Atenção integral ao adulto 2

Diagnóstico e planejamento
orientada, fluorterapia, diário
dietético, educação do paciente.
A sociedade contemporânea b. Restabelecimento de forma e função
c. Monitoramento
O que significam os dentes para a nossa sociedade?

1. Glorificação do dente: referência de poder e

glamour;
2. Estudos relacionam a ausência de dentes
posteriores ao surgimento e aumento de déficit
cognitivo nos pacientes.
3. Todos querem sorrisos alinhados, uniformes e
brilhantes.
4. Reflexo histórico.
Nós profissionais da odontologia, não queremos uma
odontologia mecânica. Queremos que ela seja
acessível, abrangente, não apenas voltada para questões
estéticas. Devemos promover o tratamento integral
multidisciplinar e multiprofissional atentando para as
condições sociais do paciente, sua condição de saúde
sistêmica, sua condição financeira e o que ele espera do
tratamento.
Ficha clínica
PERFIL DEMOGRÁFICO DO PACIENTE
1. Saber se o paciente está empregado ou não
2. Escolaridade: baixa escolaridade está
relacionada a maior índice de cárie.
3. Profissão: O paciente que tem renda mais baixa
tende a consumir maior quantidade de
alimentos refinados, conferindo mais chance
de desenvolver cárie e doença periodontal.
4. Cor
5. Vulnerabilidade
QUEIXA PRINCIPAL DO PACIENTE

A odontologia deve ser personalizada: devemos Perguntar ao paciente qual é o motivo da consulta.
entender a história clínica e a história social do paciente
e escutá-lo. Devemos associar nosso conhecimento aos
fatos que aprendemos sobre cada paciente em
específico para dar a ele o melhor atendimento. HISTÓRIA MÉDICA

Endocrinopatias, cardiopatias, hepatopatias,

coagulopatias, nefropatias, doenças infecciosas.
etapas do atendimento

1. Identificar: CONDIÇÕES DE SAÚDE

a. Quem é o paciente?
b. Qual a sua queixa? Gravidez, menopausa, idade, sedentarismo,
c. Anamnese completa e exames físico e dependência química e outros tipos de dependência.
complementares.

2. Diagnosticar:
a. Qual a necessidade? INTERAÇÕES MEDICAMENTOSAS
b. Qual a prioridade?
• Anestésicos: anfetaminas, anti-depressivos,
3. Planejar o tratamento do paciente: beta-bloqueadores.
a. Será um tratamento multidisciplinar? • Antibióticos: anticoagulantes,
b. Será um tratamento multiprofissional? hipoglicemiantes, álcool, alergias.
• AINES: anticoagulantes, hipoglicemiantes e
4. Tratar álcool.
a. Adequação: eliminar focos de retenção • Ansiolíticos: antidepressivos, hipnóticos e
de placa para que o paciente possa álcool.
controlar a atividade de doença • Hipossalivantes: anfetaminas, anti-
sozinho. Na fase de adequação do colinergicos- anti-histaminicos e antieméticos.
meio também entram escovação

1
Karolina Viana
 Atenção integral ao adulto 2

• Açucarados: antitussígeno e xaropes 3. Análise do fluxo salivar

• Hiperplasiantes: anti-histaminicos, anti- 4. Análises microbiológicas
convulsivantes, anfetaminas, anti-depressivos, 5. Biópsias e citologia
imunossupressores. 6. Hemograma e coagulograma
7. Testes para doenças infecciosas
HISTÓRICO FAMILIAR 8. Tomografia
9. Modelos de estudo
Riscos previsíveis. 10. Articuladores

HISTÓRICO ODONTOLÓGICO PLANEJAMENTO INTEGRAL – APÓS O

Hábitos de higiene, dieta, microbiota e história natural DIAGNÓSTICO

da doença.
1. Urgência:
a. Dor
b. Traumatismo
EXAMES
c. Problemas de ordem estetica social
(perda de dentes anteriores)
Os exames são auxiliares no diagnóstico, e devem ser
usados ao nosso favor e a favor do tratamento do
2. Fase I: Adequação – controle da atividade de
paciente.
doenças
Exame físico extra-oral a. Orientação
1. Sinais vitais b. Prescrições
2. Fácies c. Eliminação de fatores retentivos de
3. Cadeias linfonodais placa
4. Articulações (ATMs)
5. Músculos 3. Fase II: restauradora – forma e função
a. Restauração e próteses
Mucosas b. Endodontias
1. Glândulas salivares c. Cirurgias eletivas/pré-protéticas
2. Exame periodontal
3. Exame dentário 4. Fase III: manutenção
4. Exame oclusal a. Monitoramento
b. Reconsultas
Exames complementares
1. Radiografias
2. Testes pulpares

Planejamento integral
Expectativa do paciente: via de regra, o paciente quer ETAPAS
seus dentes de volta, sem dor, mastigando e com
estética razoável, pagando barato. 1. Exame clinico
2. Diagnóstico
Objetivos da odontologia 3. Planejamento
4. Plano de tratamento: é no plano de tratamento
1. Prevenção de doenças que conseguimos discutir a questão de preço
2. Alívio da dor com o paciente. Só nesta etapa é que
3. Eficiência mastigatória para o paciente conseguimos definir o quanto o tratamento
4. Fonética - conversar bem custará ao paciente. O plano de tratamento
5. Estética deve ser orientado pela queixa principal do
paciente e sua expectativa em relação ao
tratamento.

2
Karolina Viana

O plano de tratamento inclui o tempo e o custo. É
justo que o paciente saiba qual será sua trajetória
durante o tratamento.
Diagnóstico
Fase onde o profissional da saúde procura a natureza e
a causa da afecção ou do problema. Para que um
diagnóstico seja feito, é necessário que haja um
problema.
No exame clínico geral, devemos observar do paciente:
limitações de marcha e de entendimento; atitude do
paciente (falante, calado, impaciente...); presença ou
ausência de acompanhantes; estabelecimento de uma
relação de confiança profissional-paciente.
Doenças de base: devem ser sempre anotadas com
atenção, pois elas podem limitar alguma abordagem no
tratamento.
Exame físico: aspecto, pele, forma que o paciente
conversa, forma como o paciente se comporta.
Exame clínico extra-oral
• Análise facial: o paciente é simétrico?
Lembrando que não existe simetria absoluta, o
fisiológico e desejado é uma leve assimetria
entre os lados direito e esquerdo.
• Assimetria: prognatismo; retrognatismo;
mordida aberta; sorriso gengival.
• Análise facial e do sorriso.
Exame clínico intra-oral
• Oclusão: é a primeira coisa que deve ser
avaliada no paciente, sua condição oclusal.
o Alinhamento tridimensional: presença
das curvas de Spee (avaliada na
lateralidade) e de Wilson (avaliada
com o paciente de frente e a boca
entreaberta) e capacidade de
identificar quando estão alteradas. Via
de regra, se o paciente tem alterações
dentárias que levam a alteração de uma
das curvas, a outra também se
mostrará alterada. A não ser nos casos
de alterações ortopédicas como fator
causal da alteração das curvas.
o DVO: é o grande segredo dos maiores
fracassos da odontologia, como
fraturas e restaurações que não se
Karolina Viana
Atenção integral ao adulto 2
mantem no lugar. Na maioria das
vezes, o paciente apresenta redução da
DVO por desgaste, restaurações.
o Contatos oclusais estáveis
o Proteção mútua: em desoclusão, que é
lateralidade e protrusiva, idealmente
só tocam dentes anteriores.
Eventualmente ocorrem discrepâncias.
Pode haver função em grupo, o que
não é errado, desde que estejam
ausentes sinais e sintomas. O ideal é
que na avaliação do paciente a guia
canina esteja presente.
O pior toque que pode acontecer no
movimento de lateralidade é o toque
no lado de balanceio.
Levantamento global de necessidades
Odontograma descritivo: é, na verdade, um relato da
condição atual do paciente.
Exame clínico específico
Periodontograma: CPI e IHO/IPV. O periodontograma
é um exame auxiliar de diagnostico excelente. A partir
dos 45 anos é a idade de maior incidência da doença
periodontal. A doença periodontal é uma doença
insidiosa, que não da sinais claros de atividade.
O IPV também é um exame determinante de risco, que
irá guiar o tipo de abordagem no tratamento do
paciente, pois por meio dele podemos vislumbrar o
nível de colaboração do paciente e os tratamentos que
podemos propor para o caso.
Exames complementares
• Radiografias interproximais: não podem ter
sobreposição e devem mostrar o pico da crista
óssea.
• Radiografias periapicais de boca toda
• Radiografias panorâmicas: da uma visão muito
geral da condição do paciente. A técnica para a
analise de radiografias panorâmicas é a divisão
por terços no momento do diagnostico. Na
radiografia panorâmica é possível visualizar
calcificações da carótida (ateroma)
• Tomografias
• Modelos de estudo
Levantamento de necessidades
Identificação dos problemas que o paciente tem.
Começar a interpretar o problema perguntando o “por
que?” do problema, pois se não soubermos o porque do
problema, a mesma falha pode se repetir em
tratamentos subsequentes, por exemplo, uma
restauração que sempre fratura.
3
 Atenção integral ao adulto 2

O segundo questionamento deve ser “como?” como • Função: dificuldade em mastigar

podemos resolver o problema do paciente, através de
procedidmentos específicos. 2. ADEQUAÇÃO DO MEIO BUCAL
• Controle do biofilme
A partir disso, decidimos “o que” de fato será feito para • Selamento de lesões ativas
tratar o paciente, em função dessas 2 outras perguntas,
• Periodontia básica
“por que?” e “ como?”.
• Dieta: controle do consumo de
açúcares
O que? • Fluoretos: necessidade de
implementar o uso de fluoretos para o
paciente
Como? • Selamento de fóssulas e fissuras

3. TRATAMENTO – fases do planejamento

Por que? Fase I

A partir do diagnóstico e do levantamento global de
necessidades definimos a proposta de tratamento e
começamos o planejamento.
O planejamento diz respeito à preparação do trabalho
estabelecendo métodos convenientes. Conjunto de
procedimentos ou ações para a realização de um
projeto.
PROGNÓSTICO
Se refere à previsibilidade do tratamento proposto.
Suporte periodontal X planejamento protético:
devemos avaliar a implantação periodontal do dente.
Quanto mais suporte periodontal o dente tem, melhor o
prognostico. A importância do dente no arco também é
um fator que define o prognóstico.
Sequência do tratamento
Indubitavelmente, a primeira coisa a ser resolvida no
paciente é o quadro de dor.
1. Eliminação e controle das doenças bucais
2. Preservação dos dentes e da saúde dos tecidos
orais
3. Tratamento periodontal – antes do tratamento
restaurador, pois a inadequada condição
periodontal compromete o sucesso do
tratamento restaurador.
4. Cirurgia: exodontias, frenectomias e cirurgias
de rebordo
5. Endodontias e cirurgias paraendodonticas
quando necessário
6. Acertos oclusais quando há discrepâncias,
perda de DVO, extrusão dentária, ausência de
dentes com uma migração importante, esta é a
fase de restabelecer as relações maxilo-
mandibulares.
7. Resultados
8. Avaliação dos níveis de saúde
Fase II
1. Restauração ou reabilitação estética e
funcional iniciando pelas restaurações diretas
2. Próteses quando indicadas
3. Planejamento ortodôntico: nessa fase do
tratamento, para alcançar o sucesso almejado,
pode ser necessário realizar algumas
movimentações dentais para melhorar a
distribuição de espaços, eliminar excessos de
carga e melhorar o resultado do tratamento
restaurador.
4. Avaliação dos níveis de saúde e resultados

Fase III
1. RESOLUÇÃO DAS URGÊNCIAS 1. Manutenção e controle – devemos identificar a
• Controle de dor necessidade de retorno do paciente em função
• Controle de infecções agudas do tamanho do tratamento, do risco, e assim
• Tratamento de traumatismos identificamos o perfil do paciente para
dentofaciais determinar a periodicidade de retornos
2. Exames complementares pré-determinados
• Estética: fratura de dentes ou
para serem feitos na consulta de retorno
restaurações anteriores

4
Karolina Viana
 Atenção integral ao adulto 2

O tempo normal de progressão de uma lesão

proximal de cárie ativa é de 2 anos. Então,
quando decidirmos proservar e acompanhar um
caso desse, devemos radiografar o paciente a
cada 1 ano. 1 ano de evolução de uma lesão
dessa tem um dano menor do que o dano causado
pelo preparo cavitário para remoção dessa lesão
em um processo operatório restaurador. Se em 1
ano a lesão não progredir, marcamos o retorno
para depois de 1 ano novamente. Se não houver
progressão, podemos passar o controle para 2
anos, que é o período mínimo de controle de
interproximais/rotina. Se o paciente é de risco
alto, a frequência é anual. As periapicais são
pedidas para trabalhos mais críticos, como a
endodontia, movimentação ortodôntica,
implante, etc.
AUTO CUIDADO
O cuidado que cobramos do paciente deve ser
compatível com suas possibilidades de executá-lo.
Devemos saber se o paciente tem condições financeiras
de ter acesso aos produtos que indicamos, se o paciente
tem motricidade ou se apresenta dificuldades motoras;
cabe a nos buscarmos alternativas para ajudar o
paciente a resolver essas questões. A motivação e o
risco são fundamentais, o paciente deve estar
convencido de que ele sozinho é capaz de mudar sua
classificação de risco.
EXECUÇÃO DO TRATAMENTO PROPOSTO
Técnica
Planejamento das sessões de cada semana, e fazer o
planejamento para o dia específico, um roteiro.
Adequar o atendimento ao paciente, caso o paciente
não esteja se sentindo bem ou apresente outro
impedimento de horário ou de qualquer outra ordem,
podemos e devemos inverter a ordem do planejamento
das sessões, realizando um procedimento mais simples
e rápido naquele dia em específico.
Infraestrutura
Materiais e estrutura disponível e a capacidade técnica
do profissional. Quando há limitações que inviabilizem
o atendimento e a correta execução do procedimento, a
melhor conduta é encaminhar o paciente.
Custo e estimativa de tempo
Necessidade de exame complementar que o paciente
tenha que pagar por fora; despesas com o laboratório
de prótese; custo em cursos de espacialização e
encaminhamentos.
Oferecer ao paciente sempre mais de uma opção, em
função de custo, complexidade do tratamento e
tempo.

Devemos saber orientar a compra de produtos de

higiene, devemos saber prescrever produtos específicos
para cada paciente.

Antimicrobianos e suas aplicações em odontologia

Antibióticos → substâncias produzidas por diversas
espécies de micro-organismos (bactérias, fungos ou
plantas), que impedem o crescimento de outros micro-
organismos e podem eventualmente destruí-los. O
termo antibiótico não envolve os fármacos produzidos
por indústrias farmacêuticas (quimioterápicos
antimicrobianos). Antibióticos são produtos vindos de
coisas naturais. Ex.: penicilina por ser isolada do
Penicillium notatum.
na indústria farmacêutica. Ex.: Sulfonamidas (bactrim)
e as Quinolonas (ciprofloxacina, norfloxacina).
Semi-sintéticos
Drogas naturais trabalhadas na indústria farmacêutica,
nas quais se modificam um radical para melhorar sua
ação. Ex.: amoxicilina

Sintéticos
As drogas que não são antibióticos, são Antimicrobianos → é o termo certo a ser utilizado, pois
quimioterápicos. Um antimicrobiano que era engloba os naturais, semi-sintéticos e sintéticos.
proveniente de produtos naturais sofre uma adequação

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Karolina Viana

AÇÃO BIOLÓGICA
- Antimicrobianos bactericidas → remete ao conceito
de morte. As células viáveis zeram, porque elas
morrem. Mas o número de células totais permanece
porque elas ainda estão inteiras.
4 Células
Células
viáveis
2
Células
totais
0 ESPECTRO DE AÇÃO
- Antimicrobianos bacteriostáticos → não matam, mas
estacionam o crescimento populacional. Não dão
oportunidade para os micro-organismos resistentes se
multiplicarem. Sempre vai haver uma população
microbiana viva, porém, ela vai ser constante, sem
crescimento. Ainda há células íntegras. Se colocar
essas células em meio de cultura essas bactérias vão
crescer, porque ainda são viáveis. No organismo
humano, nesse caso, quem resolve esse número de
população residual é o sistema imune, se o paciente
estiver com o sistema imune adequado. Em pacientes
imunossuprimidos, crianças muito novas e pessoas
idosas o uso de bacteriostáticos pode ser um problema,
pois essas células que ainda estão viáveis podem se
multiplicar e causar uma infecção no paciente, mas isso
depende da situação clínica de cada paciente.
4
Células
viáveis
2
Células
totais
0 mas ausente nas células do hospedeiro. O alvo deve
- Antimicrobianos bacteriolíticos → lisam a célula.
Zeram o número de células viáveis e de células
íntegras, porque elas foram lisadas. Não há mais células
íntegras, portanto, se colocar essas células em meio de
cultura e encubar elas não vão crescer porque não há
células viáveis, estão todas lisadas. O problema do uso
desse tipo de antimicrobiano é que na parede celular de
bactérias pode haver componentes tóxicos para o
paciente (especialmente nas Gram-), causando uma
resposta inflamatória no organismo do paciente; os
componentes tóxicos são os LPS (lipopolissacarídeos),
que ficam aderidos à membrana externa. Essa parte
Karolina Viana
Atenção integral ao adulto 2
aderida é tóxica, e quando a célula é lisada ela é
exposta. O tipo de resposta e o grau de inflamação
dependem do sistema imune do paciente.
4 Células
viáveis
2
totais
0
Mecanismos de ação dos antimicrobianos
Alvos essenciais para sobrevivência das bactérias
(focos principais de antimicrobianos).
- Parede celular
- Membrana celular (Gram -)
- Material genético
- Proteínas
- Vias metabólicas essenciais
Mecanismos de ação principais:
- Inibição da síntese da parede celular bacteriana
- Inibição da síntese proteica, ou desregulação da
produção dessas proteínas
- Inibição de ácidos nucleicos
- Inibição de vias de metabólitos essenciais
- Danos à membrana, que é onde ocorrem reações que
em nós ocorrem nas mitocôndrias, produção de energia
para a célula.
Toxicidade seletiva → diferente de efeito colateral.
Baseado na estrutura e metabolismo microbianos, de
maneira ideal, o agente antimicrobiano deveria atuar
em sítio alvo presente no micro-organismo infectante,
existir na bactéria, mas não pode existir no paciente.
Isso é a toxicidade seletiva ideal. Pensando por esse
conceito, o alvo bacteriano ideal, que tem só na bactéria
e não tem nas células humanas é a parede celular.
Mesmo sabendo disso, não usamos APENAS
antimicrobianos que atinjam apenas a parede celular,
porque as bactérias podem estar resistentes àquele
antimicrobiano ou ele não consiga alcançar o sítio da
infecção em concentração ideal.
6

Alvos ideais:
- Os ribossomos bacterianos são semelhantes aos
nossos, mas não muito, então são bons alvos
- Enzimas envolvidas no metabolismo do folato que são
precursoras de DNA e RNA. (Folato = ácido fólico; nós
tiramos o ácido fólico que precisamos no metabolismo,
da nossa alimentação e as bactérias produzem o ácido
fólico, de maneira que se interferir nessa síntese, não
interfere no organismo humano).
Antibióticos β-lactâmicos
Todos possuem o anel β-lactâmico, sejam penicilinas
ou cefalosporinas.
PENICILINAS NATURAIS E BIO-SINTÉTICAS
MECANISMO DE AÇÃO
As penicilinas inibem a produção da parede celular
bacteriana. É um mecanismo de ação absolutamente
desejado, pois os mamíferos não tem parede celular,
por isso as penicilinas tem baixa toxicidade, sendo
medicamentos extremamente seguros. Para
conseguirem atuar na parede celular de bactérias, as
penicilinas precisam que as bactérias estejam em
período prodrômico, ou seja, em crescimento, atuando
na meiose das bactérias.
ESTRUTURA QUÍMICA
As penicilinas têm uma estrutura básica presente em
todas elas, que é o ácido 6 amino-penicilânico (6APA).
A molécula possui um anel tiazolidínico e um anel β-
lactâmico. Quando o β-lactâmico é quebrado, a
atividade biológica é perdida.
Karolina Viana
Atenção integral ao adulto 2
ESPECTRO DE AÇÃO
São eficazes contra uma grande quantidade de
microorganismos, mas há certas infecções onde
penicilinas não irão atuar. São eficazes contra gram-
positivos, cocos gram negativos, espiroquetas e
actinomicetos. Bacilos gram-negativos são atingidos
somente com doses muito elevadas. Bacilos gram-
negativos anaeróbicos são naturalmente resistentes. A
curva de ação ótima é para as infeções de trato aéreo
superior.
Existem algumas bactérias que são resistentes à
penicilina, por isso foi criada a associação com o ácido
clavulânico.
1. Amoxicilina: do ponto de vista da absorção
oral e meia vida, a amoxicilina é a pior de
todas. É a mais indicada para profilaxia
antibiótica e tem baixo custo. O ácido
clavulanico é considerado um antibiótico
suicida. A resistência as penicilinas ocorre
através da produção de uma enzima chamada
beta-lactamase, que impede que o anel beta-
lactamico seja degradado, ao saturar as
enzimas beta lactamases. A associação de
amoxicilina com acido clavulanico é muito
usada na periodontia. A opção a esta
combinação é o metronidazol com ácido
clavulanico. A amoxicilina tem interação com
probenecida, um produto usado na
hemodiálise, que atua diminuindo a excreção
da penicilina.
2. Ampicilina: tem absorção via oral pior que a da
amoxicilina. Não é um medicamento dado no
posto de saúde. Para pacientes com gota,
aumenta a possibilidade de rash cutâneo por
causa da associação com purinol???. Também
tem interação com probenecida, assim como
toda penicilina.
3. Penicilina V: tem absorção relativamente boa,
mas tem absorção de 15% a menos que a
amoxicilina e tem interação com alimentos,
não pode tomar de estomago cheio.
4. Penicilina G potássica
5. Benzilpenicilina: penicilina por via oleosa,
injetada intra-muscular. Usada periodicamente
por pacientes com febre reumática, que é uma
condição que torna o indivíduo mais
susceptível à colonização por estreptococos
alfa-hemolíticos.
7

CEFALOSPORINAS
Isolados a partir do fungo Cephalosporum
acremonium. A alergia a penicilinas apresenta reação
cruzada com as cefalosporinas: se o indivíduo tem
alergia a penicilinas, provavelmente terá alergia a
cefalosporinas, porque as estruturas químicas são
muito semelhantes. A cefalosporina não é uma boa
alternativa para penicilinas.
ESTRUTURA QUÍMICA
Ácido 7 aminocefalosporânico é a estrutura básica
presente em todas as cefalosporinas. A molécula possui
um anel β-lactâmico. Possui dois substituintes, e toda
cefalosporina tem um anel β-lactamico e um anel di-
hidro tiazídico. O anel beta lactâmico deve estar intacto
para atividade biológica.
MECANISMO DE AÇÃO
Inibem a transpeptidação na terceira fase de formação
da parede celular bacteriana. São bactericidas.
O anel beta lactâmico está ligado a um de seis
elementos.
Karolina Viana
Atenção integral ao adulto 2
São uteis para o tratamento de infecções em
odontologia.
Determinadas formas de cefalosporina podem produzir
reação do tipo dissulfiran, e podem interferir com o
nível de protrombina, como aquelas com o
Methythiotetrazole na cadeia lateral (cefotetan,
cefoperazone e cefandole).
Dissulfiram é um medicamento usado no tratamento
do alcoolismo, que é comercializado com o nome de
Antabus.
Interferencia na síntese de peptideoglicanos das
paredes externas bacterianas, idêntico ao da penicilina.
Tanto as penicilinas quanto as cefalosporinas
possuem uma estrutura muito semelhante, chamada
anel beta lactâmico, que é o que causa a sensibilidade
alérgica. Se uma pessoa tem alergia a penicilina, em
20% dos casos ela terá alergia a cefalosporina.
Macrolídeos
Tem como caracteristica um anel lactonico em sua
molecula ao qual se unem 1 ou mais açúcares. Inibem
a síntese proteica agindo sobre a translocação. São
bacteriostáticos, por definição. Porem, em clinica
usamos uma dosagem tão alta que o RNAm da bactéria
produz proteínas tóxicas que culminam com a morte da
bactéria. Para agirem, requerem que a colônia esteja
parada. Curiosamente, os calafrios que o paciente com
infecção sente a noite são sinal de que a colônia está
crescendo. O período de crescimento bacteriano é o
chamado período prodrômico, que corresponde a dose
de manutenção que deve ser tomada do acido
calvulanico.
Os macrolideos devem ser tomados 1h antes ou 1h
depois de ingerir qualquer alimento, pois eles não
combinam com alimentos, nem mesmo leite.
Esta classe é representada por eritromicina,
azitromicina, claritromicina. Tem uma estrutura
parecida com o grupo heme das hemoglobinas. A
eritromicina foi isolada do Streptomyces erytheus.
Possuem um anel lactônico de muitos membros aos
quais estão ligados desoxiaçúcares, aminoácidos ou
ambos. Ligam-se à subunidade 50s na síntese proteica.
Tem um espectro de ação semelhante ao da penicilina
8
 Atenção integral ao adulto 2

G, podendo substituí-la no tratamento de indivíduos b. Interações: fenobarbital,

alérgicos à penicilina. Tem poucos efeitos colaterais, as carbamazepina, penicilina, álcool,
reações adversas em geral são causadas devido ao terfenadine, astemizole. A ampla gama
de interações dos macrolideos se deve
estolato usado em sua preparação farmacêutica, e não à
ao fato de serem exaustivamente
eritromicina propriamente dita. Apresentam resistência metabolizados no fígado, no sistema
rápida por meio dos micro-organismos e pode haver do citocromo P450.
resistência cruzada com outros inibidores da síntese
proteica. Absorção intestinal lábil em meio ácido, por Lembrar que a penicilina deve ser
isso administrado em forma de comprimidos administrada no momento de
revestidos. Apresenta circulação entero-hepática e boa crescimento bacteriano e os
macrolideos no momento de estase.
distribuição, inclusive em abscessos. Tem baixa
toxicidade e favorece superinfecções por cândida ou
clostridium. c. Indicações: deve ser administrada de 6
em 6 horas durante 7 a 14 dias, 250mg.
d. Mecanismo de ação: inibição da
síntese proteica bacteriana.
e. Efeitos: perda de audição em idosos;
hepatite colestática com estolato de
eritromicina.
2. Claritromicina: boa absorção oral, mesmo na
presença de alimentos.
a. Drogas pertencentes à categoria C.
b. Interações: teofilina, carbamazepina,
warfarin, digoxina, cisaprida.
c. Relato de hipoacusia nas doses de 2 a
3g por dia
500 mg a 1g ao dia de 12 em 12 horas de 7 a
14 dias no máximo.

3. Azitromicina: baixa concentração sanguínea e

superior aos tecidos, mantendo-se por longos
períodos e sendo eliminada lentamente.
a. Interações medicamentosas:
ergotamina, digoxina, carbamazepina,
ciclosporina, triazolan, warfarin e
fenitoína.
b. Alumínio e magnésio diminuem as
concentrações do antibiótico. Por isso,
tomar 1h antes ou 3 horas após as
1. Eritromicina: refeições, porque este medicamento é
a. Espectro de ação: gram positivos estável em meio ácido.
(estreptococos, estafilococos, c. 1,5g de 3 a 5 dias, 1 comprimido 1 vez
clostridios, corinebactérias, leistéria),
ao dia.
bacilos e cocos gram negativos
(gonococos e meningococos)

9
Karolina Viana
 Atenção integral ao adulto 2

INTERAÇÕES MEDICAMENTOSAS DE MACROLÍDEOS

Macrolídeo 2ºfármaco Efeitos

Eritromicina Clindamicina Diminui o efeito do antibiótico

Eritromicina, claritromicina Teofilina Convulsões e arritmias

Eritromicina, claritromicina Carbamazepina Ataxia, vertigem e sonolência

azitromicina

Eritromicina, claritromicina Ciclosporina Aumento da imunossupressão e

nefrotoxicidade
azitromicina

Eritromicina, claritromicina Lovastatina Dor muscular, rabdomiólise

azitromicina

Eritromicina, claritromicina Prednisolona e metilprednizolona Aumento da imunossupressão

azitromicina

Eritromicina, claritromicina Varfarina Aumenta o efeito do anticoagulante

Azitromicina Piroxican Diminuição do efeito antiinflamatório

Tetraciclinas contraindicadas do segundo mês de gravidez até os 8

Mecanismo de ação: atuam na porção 30s do ribossomo
bacteriano. Também altera a produção do RNA
bacteriano. Inibem a síntese proteica.
Classe representada por oxitetraciclina, doxiciclina,
minociclina. As tetraciclinas são compostas por 4
aneis. São antibióticos de amplo espectro. A
oxietraciclina e a clortetraciclina são naturais, e as
demais são semi-sintéticas. Essas substâncias são
bacteriostáticas. Impedem o elongamento da cadeia
peptídica na síntese proteica ribossomal. Tetraciclinas
não formam quelatos com íons divalentes. O íon
divalente liga e impede a atividade química das
substancias. Por isso elas fixam nos ossos e produzem
a pigmentação acastanhada nos ossos e dentes. São
anos de vida. Tem má absorção na presença de
alimentos, podem apresentar toxicidade hepática, renal
e foto-toxicidade. As tetraciclinas sofrem circulação
entero-hepatica.
Tem amplo espectro de ação, atuando também sobre os
lactobacilos do intestino. Normalmente, Clostridium
dificile que são mais resistentes, não são eliminadas
pela tetraciclina, e quando tem sua competição
eliminada, acabam proliferando.
As tetraciclinas estão frequentemente relacionadas a
superinfecções e a resistência bacteriana.
Em doses baixas, inibe a colagenase tissular do
hospedeiro, por isso é importante na periodontia. O
inicio da doença periodontal é dado pela colagenase da

10
Karolina Viana

bactéria, mas a fase de destruição mais intensa é
causada pela colagenase tissular do hospedeiro.
Atinge altas concentrações no fluido gengival, osso
alveolar e tecidos inflamados.
1. Clindamicina: usada principalmente para
prevenir osteorradionecrose em pacientes
irradiados. Pode também ser alternativa para
profilaxia antibiótica de mulheres pós-
menopausa com uso de bifosfonatos.
a. Alternativa a penicilina,
principalmente nos casos de prevenção
da endocartite bacteriana.
b. Tem boa absorção e distribuição
c. Reduzir a dose em casos de
insuficiência hepática.
d. Interações medicamentosas com
bloqueadores neuromusculares e
opioides.
e. A colite pseudomembranosa, causada
pelo clostridium difficile, pode ser
provocada pelo uso de clindamicina, e
é vista a presença de sangue nas fezes.
Karolina Viana
Atenção integral ao adulto 2
Antissépticos
DIGLUCONATO DE CLOREXIDINA
Foi desenvolvido para ser usado em superfícies, e não
ser engolido.
Como colutório, deve ser usado na concentração de
0,12% e como gel para escovação deve ser usado na
concentração de 1%.
O uso prolongado causa escurecimento dos dentes,
perda seletiva da percepção do sal e desordens na
glândula salivar, pode selecionar microorganismos
resistentes, além da produção de tártaro, pois a
clorexidina é um anion, que tem alta substantividade
pelo tecido duro, ficando negativa, pegando o cálcio da
saliva e formando tártaro.
Quimioterápicos
METRONIDAZOL
Atua sobre o DNA das bactérias rompendo a dupla
hélice ou formando complexos. Tem uso odontológico.
Bactericida. Amplo espectro de ação, principalmente
contra anaeróbios, sendo por isso usado no tratamento
da GUNA e periodontites avançadas. Associado com
amoxicilinas (com ou sem ácido clavulânico) ou com o
ciprofloxacino usados em infecções endodônticas. Tem
ação de antiprotozoário. Indicado no tratamento de
Thrichomonas vaginalis e Entamoeba histolitica. São
bem absorvidos em qualquer via: oral, endovenosa e
até tópica. Pode ser mutagênico, carcinogênico e
teratogênico. Uso restrito a poucos dias.
Espectro de ação: bactérias anaeróbias e clostridium
difficile.
É o antibiótico de escolha para o tratamento da
gengivite ulcero necrosante.
O metronidazol é mais toxico que a penicilina, pois
atua na degradação do DNA bacteriano, e DNA todo
mamífero tem. Por isso a possibilidade de ocorrência
de efeitos adversos é grande.
Entre as reações adversas, estão descritas gosto
metálico e transtornos gastrointestinais.
Sofre interações medicamentosas com álcool e
varfarina.
11

É usado em periodontia com ou sem associação ao
ácido clavulânico, em doses de 250mg associado à
amoxilina 500mg de 8 em 8 horas.
Antifúngicos
NISTATINA
Indicada para o tratamento de candidíases orais,
intestinais e vaginais.
Tem ação através da ligação a componentes da parede
celular do fungo.
A candidíase é comum em indivíduos com próteses mal
adaptadas, e nesses casos, a prótese deve ser trocada. A
candidíase é um fungo oportunista, e é parte da
microbiota normal.
Prescrição: suspensão 100.000U/ml de 6 em 6 horas, de
2 a 3 ml por 5 dias.
Existe na forma de pastilhas ou pomada.
CETOCONAZOL
Inibe a síntese de ergosterol, um componente da parede
celular fúngica. Deve ser reservado aos casos de
resistência ao tratamento com nistatina.
Karolina Viana
Atenção integral ao adulto 2
É muito utilizado em pacientes HIV+ que apresentam
sintomas da síndrome.
O cetoconazol precisa de um meio ácido para a sua
dissolução.
FLUCONAZOL
Eficaz na candidíase oral e esofágica em pacientes com
AIDS.
Aumenta as concentrações da fenitoina, sulfonilureis e
do warfarin e ciclosporinas.
Tem meia vida de eliminação de 25 horas, por isso é
administrado apenas 1 comprimido.
Aciclovir
Inibe a replicação do DNA viral. É eficaz contra herpes
vírus simples do tipo 1 e 2, varicela zoster, vírus de
Epstein barr e citomegalovírus.
No caso do herpes vírus, o tipo 1 é o que manifesta no
lábio, por isso é o de interesse para a odontologia.
O desenvolvimento de resistência é comum.
O momento de uso ideal é o momento prodrômico, o
momento de crescimento do vírus, quando o paciente
sente a coceira no vermelhão do lábio. O paciente não
pode ser atendido se estiver com a vesícula intacta, mas
quando a vesícula arrebenta, o ciclo do vírus terminou,
então o paciente pode ser atendido.
Resistencia bacteriana
Mecanismos de desenvolvimento da resistência
bacteriana a antibióticos e quimioterápicos.
Mecanismos de resistência:
1. Destruição ou inativação da droga por meio de
enzimas
2. Diminuição do transporte da droga através da
droga através da membrana bacteriana
3. Superprodução de receptores
4. Efluxo ativo do antibiótico da célula do
organismo.
Os microorganismos podem adquirir resistência
através de mutações no acido nucleico e nos
cromossomos; pode ser através de conjugação; pode
12
 Atenção integral ao adulto 2

ocorrer através de transformação (captação de contaminados por causa do ducto do acesso

segmento de DNA de células rompidas); ou através de artificialmente construido da hemodiálise. O correto é
transdução (aquisição de DNA de outro organismo via ouvir a orientação do médico que acompanha o
bacteriófago ou plasmídeos). paciente.

Nos pacientes transplantados devemos tomar cuidado

com o ácido clavulanico, que é extremamente toxico
Profilaxia da endocardite para o fígado, sendo contra-indicado para hepatopatas.

Nos pacientes portadores de Shunt cerebral (válvula

Indivíduos de Alto risco
usada nos casos de hidrocefalia para retirar o liquido da
1- Válvulas cardíacas protéticas meninge), o ducto artificial é susceptível à
2- Endocardite bacteriana prévia contaminação, e precisam de profilaxia antibiótica.
3- Doença cardíaca cianótica congênita completamente
Profilaxia antibiótica cirúrgica.
reparada com material protético ou dispositivo
colocado sob cirurgia ou cateterismo, até 6 meses após
o procedimento.
4- Doença cardíaca congênita com defeitos residuais no ESQUEMA DE PROFILAXIA RECOMENDADO
local ou próximo ao local de trajetória protética ou
desvio protético (os quais inibem a formação de PELA AHA
endotélio).
5- Indivíduos que aguardam transplantes cardíacos com Profilaxia padrão: Amoxicilina
doença valvular.
Adulto: 2 g, 1 hora antes do procedimento

No caso dos pacientes diabéticos, se a glicemia basal Criança: 50mg/kg 1 hora antes do procedimento
estiver menor que 180 e o individuo tem hemoglobina
glicada igual ou menor que 7, e a glicemia em jejum
menor 60, pode ser feito sem profilaxia antibiótica.
Paciente alérgico à penicilina
O individuo tipo 1, que usa insulina, é bom sempre usar
Clindamicina: adulto 600mg, criança 20mg/kg 1 hora
a profilaxia antibiótica.
antes do procedimento
O individuo esplenectomizado que perdeu o baço,
Azitromicina ou Claritromicina: adulto 500 mg,
precisa de avaliação médica.
criança 15 mg/kg, 1 hora antes do procedimento
Pacientes imunocomprometidos e HIV+ sindrômico
sempre vão precisar de profilaxia, sempre discutindo o
caso com o médico.

Em pacientes com problemas renais ou sob

hemodiálise, tendem formar êmbolos altamente

Anti-inflamatórios não esteroidais e esteroidais

comum à estrutura do cortisol. Esta estrutura é
a mesma estrutura da aldosterona. Quando se
TIPOS DE ANTI-INFLAMATÓRIOS utiliza um esteroide, estamos fornecendo ao
organismo um composto com estrutura
1. Anti-inflamatórios esteroides: idêntica a compostos produzidos pelo
glicocorticoides, corticosteroides, anti- organismo. Acabam intensificando o efeito dos
inflamatorios hormonais. Interferem com hormônios produzidos naturalmente. A longo
todos os mediadores inflamatórios. Os prazo o corticoide da inchaço pelo acumulo de
antiinflamatorios esteroides tem uma estrutura líquidos causado pelo efeito da aldosterona.

13
Karolina Viana

Nem todos os esteroides tem a mesma
capacidade de reter líquidos
2. Antiinflamatorios não esteroides/AINES:
não hormonais, antiinflamatorios do tipo da
aspirina. São chamados de analgésicos anti-
piréticos porque inibem a ciclooxigenase
(COX), que faz a ciclo-oxigenação do ácido
aracdônico produzindo mediadores
inflamatórios chamados eicosanoides,
produzindo prostaglandinas e tromboxanos.
Existem diferenças dos antiinflamatorios com
relação à capacidade de inibir mais ou menos
as enzimas. Podemos agrupar os AINES em
agentes modificadores da doença artrítica que
não são usados como anti-inflamatório; são
usados para o tratamento de doença artrítica
que tem como fundo a inflamação, como sais
de ouro, e outros anti-inflamatórios.
Anti inflamatórios não esteroidais
1. Doenças músculo-esqueleticas
2. Em condições pós-traumaticas e pós operativas
3. Para analgesia em condições dolorosas,
cefaleias, dismenorreia, lombalgias,
metástases ósseas de câncer
4. Para reduzir a temperatura em pacientes febris.
MECANISMOS DE AÇÃO
Inibição das enzimas ciclooxigenases, promovendo, a
partir daí, a diminuição da formação de prostaglandinas
e tromboxano.
O tromboxano participa da cascata de coagulação,
então em maior ou menor grau, há alteração no tempo
de coagulação de indivíduos em uso destes
medicamentos.
Efeito antipirético
A inflamação, produz uma série de endotoxinas
bacterianas, que ativa a resposta celular de macrófagos.
A atuação de macrófagos libera outro mediador
químico, a IL-1, que ajuda a produzir a Prostaglandina-
E, que resulta no aumento da temperatura.
Do ponto de vista fisiológico, o aumento de
temperatura diz respeito à tentativa do indivíduo em
desnaturar a proteína bacteriana. Em tese, o aumento da
temperatura é benéfico. Porém, em pacientes que
Karolina Viana
Atenção integral ao adulto 2
sofrem de epilepsia, por exemplo, o aumento da
temperatura pode causar espasmos epilépticos.
Efeito analgésico
As prostaglandinas estimulam os terminais nervosos
nociceptivos aferentes à bradicinina.
Efeito anti-inflamatorio
Redução dos produtos da inflamação que causariam
vasodilatação, edema, dor, perda de função.
O efeito anti-inflamatorio dos AINES é bom, mas ainda
tem ação inferior a alguns anti-inflamatorios como o
ouro, penicilamina, colchicina, imunodepressores, que
são usados principalmente em ambiente hospitalar para
os casos de doenças auto-imunes e metástase óssea de
câncer.
A redução das células anti-inflamatórias nos casos dos
AINES não é o mecanismo mais importante. A resposta
do sistema complemento é a situação mais importante.
O papel da cox 1
Estimulo
fisiológico
COX 1
constitutiva
TXA PGI 2 PGE2 RIM
Endotélio e
mucosa
estomacal
Funções
fisiológicas e
efeitos adversos
O bloqueio da produção de prostaglandinas inibe a
produção de cicloxigenases. A mais importante é a
COX1, que está envolvida na produção de
prostaglandina tipo 2, Prostaglandina tipo 2 no Rim e
Tromboxano. A cox 1 é constitutiva, ou seja, está
presente no organismo em condições fisiológicas.
1. A prostaglandina do tipo 1 está envolvida na
produção de um mucocitoprotetor encontrado
no estômago, que impede que o organismo
14
 Atenção integral ao adulto 2

tenha uma reação aos alimentos, causando

Fosfolipideos
azia. inacessiveis de
2. A Prostaglandina do tipo 2 que está no rim membrana celular
ajuda a controlar o balanço hidroeletrolítico do
indivíduo. Por isso ao prescrever anti-
inflamatórios devemos estar atentos a Estimulo
pacientes que tem problemas no balanceio de inflamatorio
renina-angiotensina, que são pacientes
hipertensos. Os efeitos são reversíveis com a
retirada do medicamento, na maioria dos casos, Fosfolipideos
mas devemos ficar atentos com as doses e acessiveis de
membrana celular
monitorar bem a pressão do paciente.
3. Tromboxano

Fosfolipase A2
Por meio de um estímulo inflamatório, se os
fosfolípides inacessíveis da membrana celular se
tornam acessíveis, por ação da fosfolipase A2 que é Ácido
uma enzima, irá produzir ácido araquidônico. O ácido araquidonico
araquidônico da origem, a partir da cox2, a várias
prostaglandinas (PGE2, PGD2, PGF2, TXA2 E PGI2).

A partir da ação da lipoxigenase sobre o ácido COX2 5

araquidônico, há a formação dos leucotrienos que estão LIPOXIGENASE
envolvidos no controle dos brônquios no pulmão. A
ação é revertida com a remoção do medicamento, mas
deve-se ter o extremo cuidado com os pacientes PGG2 5HEPETE
asmáticos ao indicar AINES, especialmente o ácido
acetilsalicílico, cujos efeitos adversos não são
suspensos imediatamente após a retirada da medicação.
O paciente continua produzindo efeitos adversos por LTA4
mais 7 dias. PGH (LTB4),LTC4,
LTP4,LTE4
A COX 2 apesar de ser liberada normalmente após
estímulos lesivos, encontra-se localizada na PGE2, PGD2,
vasculatura renal, nas células intersticiais do rim, no PGF2, TXA2,
ducto coletor e na porção delgada da alça de Henle. PGI2
Suas prostaglandinas resultantes influenciam a
distribuição do fluxo renal, reabsorção de sódio e
EFEITOS ADVERSOS DOS AINES
liberação de renina.

É expressa constitutivamente, também, em 1. O efeito principal é no trato gastrointestinal, a

algumas regiões do encéfalo participando da ulceração e intolerância ao medicamento. São
resposta febril. completamente proibidos em pacientes com
alterações gástricas, incluindo o esôfago.
2. Bloqueio da agregação plaquetária
3. Inibição da motilidade uterina, ou seja, agente
topolítico. Contra-indicados para gestantes no
último trimestre de gravidez. Porém em casos
especiais, podem ser usados para atrasar o
trabalho de parto, para que o bebê não nasça
com o pulmão imaturo.
4. Inibição do fluxo sanguíneo renal
5. Hipersensibilidade

15
Karolina Viana

Cuidado com pacientes alcoolatras, pois todos estes
medicamentos são metabolizados pelo sistema do
citocromo p450, assim como o álcool.
Pacientes alcoólatras, com distúrbios hemorrágicos,
em tratamento com antidepresssivos inibidores da
recaptação de serotonina, colite, doença de Crohn,
diverticulite, úlcera estomacal, outros problemas
estomacais ou intestinais, diabetes mellitus,
hemorróidas, hepatites ou outras doenças do fígado,
problemas renais, irritação do reto ou sangramento
recente, lúpus eritematoso sistêmico, fumantes.
A chance das Reações Adversas ao Medicamento
(RAM) pode ser aumentada por anemia, asma,
epilepsia, retenção hídrica, problemas cardíacos,
pressão alta, cálculos renais, contagem baixa de
plaquetas e leucócitos, doença mental, Parkinson,
polimialgia reumática, porfiria, artrite na ATM
(alguns AINES fazem a doença piorar).
DERIVADO DO SALICILATO
ACIDO ACETILSALICILICO
Propriedades farmacológicas: analgesia, antipirese,
antiinflamatoria e anticoagulante plaquetário.
Para os indivíduos que fazem uso constante de AINES
pelo efeito anticoagulante, caso o medico não
recomende a suspensão do medicamento para
procedimento cirúrgico, o paciente precisará de
artifícios extra para hemostasia. Como esponja de
fibrina, sutura bem feita, eletrocoagulação e o que
estiver ao alcance.
Efeitos adversos
Estão relacionados principalmente com o efeito ácido-
base, afetando a respiração, o equilíbrio acido base,
efeitos no trato gastrointestinal, danos hepáticos e
efeitos em pacientes asmáticos.
DERIVADOS PARAMINOFENÓLICOS
PARACETAMOL OU ACETAMINOFENO
Faz parte de uma disputa por mercado comercial com a
dipirona sódica. Inicialmente desenvolvido e
comercializado pelos EUA. Para a odontologia o
paracetamol não tem efeito nenhum além de placebo.
Dipirona é melhor.
Karolina Viana
Atenção integral ao adulto 2
Não é tão bom porque é capaz de inibir a cicloxigenase
apenas em ambientes com baixo teor de peroxidases.
Distribuição muito rápida e metabolização hepática, no
sistema do citocromo p450.
A dose diária total máxima é 4 gramas por dia. Sob
risco de lesão hepática com a superdosagem.
Efeito medicamentoso bom na antipirese e analgesia,
mas ainda assim, inferior à dipirona.
Precauções: crianças com vômito e diarreia, gravidez,
alcoólatras, hepatites B e D.
Quando uma criança tem febre, ela esgota seus
estoques de glutationa, que são necessários para
metabolizar o medicamento. Por isso é muito
perigoso adiantar as doses de paracetamol em
crianças com febre. A diarreia também faz perder os
estoques de glutationa.
DERIVADOS PIRAZOLÔNICOS
DIPIRONA SÓDICA OU METAMIZOLE
Mecanismo de ação muito parecido ao do paracetamol.
Tem o efeito adicional que é a inibição da substancia P
da medula espinhal. Por isso, a dipirona é o melhor
medicamento para analgesia de dor já instalada. É
sempre uma boa opção dar uma dipirona 1h antes da
cirurgia.
É um excelente antitérmico. Atua também como
antiespasmódico, sendo uma boa opção para o controle
de cólicas menstruais.
A dipirona é um medicamento de um laboratório
alemão, e passou por problemas econômicos no pré-
guerra, tendo seu uso desmoralizado pelos EUA por
fins políticos, permitindo que o paracetamol tomasse
lugar de mercado.
Discrasias sanguíneas atribuídas à dipirona são raras, e
estão associadas a fatores idiossincráticos: fatores
genéticos, idade e duração do tratamento.
Modificações enzimáticas (causadas por problemas
genéticos) afetariam a sua velocidade de metabolização
hepática a nível do citocromo p450, como ocorre entre
os pacientes acetiladores rápidos e lentos que sejam
usuarios de analgésicos opioides ou AINES de
metabolização hepática.
Efeitos adversos: tontura e hipotensão. A tontura é
causada pelo efeito no centro de equilíbrio.
16
 Atenção integral ao adulto 2

Agranulocitose pela urina, fezes e bile. É muito usada na doença de

Neutropenia maligna por diminuição acentuada de Hodgkin também.
leucócitos granulócitos.
Posologia: 25mg, 3x ao dia ou 100mg a noite e outro
• Tipo I: causada por doses terapêuticas, AINE menos tóxico ao dia.
relacionadas a mecanismo imunológico.
• Tipo II: associada a doses elevadas e reação
tóxica. Diminuição lenta e progressiva por
DERIVADOS DO FENAMATO
exposição prolongada.

Medicamentos que causam a agranulocitose: ÁCIDO MENFENÂMICO

a. Menor toxicidade: pirazolonas (incluindo a Para quem tem a síndrome de Sjogren é o analgésico
dipirona), pirazolidinas, sulfonamidas, preferencial, por causa da possibilidade de
benzodiazepinas sangramento intestinal.
b. Maior toxicidade: fenotiazinas e tiouracil.
Os efeitos adversos são raros, acometendo 25% dos
pacientes, sendo a diarreia o mais comum.

Dipirona e agranulocitose: Usos clínicos: apenas para analgesia e atenuação dos

Estudo de Boston Conclusões sintomas da dismenorreia primaria.
1- Causas diversas para agranulocitose e anemia
aplastica: medicamentos, pesticidas e agentes
químicos.
DERIVADOS DO ÁCIDO ACÉTICO
2- Incidência global é de 6/1000000
3- Agranulocitose é rara em crianças
4- Agranulocitose é uma reação alérgica (sintomas DICLOFENACO
ocorrem 2 a 3 horas após a exposição
5- Dos 442 casos do Estudo, 9% foram conseqüência Derivado do ácido heteroarilacético. Não está
do uso de dipirona e recuperaram-se com medidas disponível no posto de saúde.
apropriadas. Inibe a COX com potência superior à indometacina e
6- Excesso de risco atribuível é de 1,1/1000000 de naproxeno.
pessoas que tenham tomado o fármaco antes do início
da doença Farmacocinética

O consenso é que a eficácia da dipirona é • Absorção por VO

inquestionável. Os riscos atribuídos a dipirona são
baixos e os dados científicos apontando relação causal
não são suficientes para alterar o status regulatório do
medicamento. Os riscos são semelhantes a outros
analgésicos/antitérmicos disponíveis. A mudança da
regulação atual incorreria em aumento do uso de outros
fármacos aumentando a notificação de suas reações
medicamentosas mais frequentes.
• Alimento X medicamento
• Ligação às p.p. em 99%
• T1/2 = 1-2 horas - acúmulo no líquido sinovial
• Metabolismo - hepático
• Eliminação: urina, fezes
Os efeitos adversos ocorrem em 20% dos pacientes.
Ocorre o aumento das aminotransferases hepáticas, por
isso o paciente em uso crônico deve ser monitorado.

Contra-indicado para crianças, nutrizes e gestantes. A

DERIVADOS INDÓLICOS
interação com AAS leva a uma eliminação mais rápida.
INDOMETACINA Posologia: 50mg de 8 em 8 horas. Existem formulações
de liberação lenta
Derivada do ácido indolico. Muito pouco usada, mas é
constantemente usada como agente tocolítico
(prolongar o prazo de gestação). A indometacina tem
poucos efeitos adversos com uma rápida concentração
plasmática máxima e meia vida de 3 horas, eliminação

17
Karolina Viana

DERIVADOS DO ÁCIDO PROPIÔNICO
Apresenta menores efeitos adversos que AAS e
indometacina.
Classe representada por ibuprofeno, naproxeno,
cetoprofeno, flurbiprofeno, oxaprozina.
Todos inibem a COX com algumas variações.
IBUPROFENO
Está disponível nos centros de saúde nas dosagens de
200 e 600 mg. Tem boa absorção por via oral, desde
que seja tomado de estomago vazio. É metabolizado
pela via do citocromo P450.
Efeitos adversos no trato gastrointestinal, apresenta
efeito teratogênico em animais e é contra-indicado para
gestantes. É o único liberado pelo FDA para uso em
crianças.
Posologia: 400mg, de 3 a 4x ao dia.
NAPROXENO
Tem um pequeno efeito adicional ao ibuprofeno. Se
consumido com alimento, tem velocidade de absorção
diminuída, mas não tem a quantidade de absorção
diminuída.
Capacidade de ligação a proteínas plasmáticas,
significando que possui uma excelente excreção.
Posologia: 240 a 500mg 2 vezes ao dia.
CETOPROFENO
Tem um mecanismo de ação adicional ao estabilizar
membranas lisossômicas antagonizando as ações da
bradicinina. Não é metabolizado pelo sistema do
citocromo p450, mas é metabolizado no fígado.
O cetoprofeno não é indicado para pacientes
hepatopatas.
Possui efeitos teratogênicos em animais.
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Atenção integral ao adulto 2
ÁCIDOS ENÓLICOS
PIROXICAM
Atua pela inibição da colagenase e proteoglicanase.
Tem meia vida longa, de 50 horas, além das várias
passagens por metabolitos ativos. A absorção oral não
é afetada por alimentação nem por antiácidos.
Os pacientes bipolares que são medicados com lítio não
podem tomar piroxicam, pois este medicamento
atrapalha completamente a biodisponibilidade do lítio.
Posologia: 20mg 1x ao dia.
MELOXICAM
Tentativa de desenvolver medicamentos seletivos
apenas para a COX2. Porém atua tanto em COX1
quanto em COX2.
Tem o tempo de meia vida de 72 horas
SULFONANILIDA
NIMESULIDE
Altamente hepatotóxico. Não pode ser administrado
em pacientes com problemas hepáticos. Não está
disponível no posto de saúde.
Teoricamente, o nimesulide tem o diferencial de
possuir o mecanismo scavanger ou vassoura, varrendo
os radicais livres, inativando as peroxidases.
Tem uma boa farmacocinética e liberação lenta pela
urina.
Posologia: 50-100mg de 12 em 12 horas.
Este medicamento é melhor absorvido de estomago
cheio.
COXIBES
Suspensão da comercialização do rofecoxib (Viox) no
Brasil em 2004, sendo ainda comercializados apenas o
celecoxib e o ertoricoxib.
Atenção para o seu uso em pacientes com insuficiência
cardíaca, ataque cardíaco, cirurgias de revascularização
(ponte de safena), dor no peito (angina) e outros riscos
cardiovasculares.
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 Atenção integral ao adulto 2

CELECOXIB ERITROCOXIB

Apresenta-se em cápsulas de 100 ou 200 mg para 2 Cápsulas de 60, 90 e 120mg empregado de 60 a 120 mg
vezes ao dia. 97% de ligação em proteínas plasmáticas 1 vez ao dia. Com 1 hora, apresenta 100% de ligação a
em 2 a 3 horas. O tempo de meia vida é de 8 a 12 horas. proteínas plasmáticas. Metabolizado pelo fígado e
excretado nas fezes.

Nome Potência Início Pico Duração Dose/dia Dose teto

Farmacológico

AAS 1 5-30’ 0,5-2h 3-7h 500-1000(5-10mg/kg) 4 6g

a6x

Ácido Mefenâmico 3 30-60’ 1-3h 3-7h 250mg (5mg/kg) 4x 1g

Piroxican 3 30-60’ 1-5 h 48-72h 10-20 mg (0,4- 23 mg

0,8mg/kg) 1-2x

tenoxican 3 30-60’ 1-5 h 48-72h 10-20 mg (0,4- 20mg

0,8mg/kg) 1-2x

meloxican 3 30-60’ 1-5 h 48-72h 7,5-15mg 1 x 15 mg

Dipirona 1-2h 6-8h 500mg (10-15 mg/kg) 4x 3 g

Indometacina 20 15-30 1-3h 4-6h 25-50 mg (0,5-1mg/kg) 200 mg

2-4x

Diclofenaco 15 15-30 1-3h 4-6h 75mg 2x 50 mg 3 -4x 200mg

Ibuprofeno 1 <30’ 2-4h 6-8h 400mg 3-4x 2,4g*

Goodman e
Gilman

Naproxeno 3 30-60 1-2h 3-7h 250-500mg, 2 vezes ao 1,25g*

dia Goodman e
Gilman

Nimesulida 1-2h 50-100 (2,5 mg/kg) 2x 200 mg

Paracetamol 1 5030 1-2h 3-7 h 500 mg (6-12mg/kg) 4- 4 g*(USPDI)

6x

Celecoxib 10-15’ 24-48 h 11 h 100-400mg 1-2x 800mg

Cetoprofeno 20 15-30 1-2h 3-4h 25-50 mg (0,5-1mg/kg) 400mg

2-4x

19
Karolina Viana

Opióides
A dor possui 2 componentes: o componente fisiológico
e a capacidade do individuo aguentar a dor, seu nível
de tolerância. Desta forma, dividimos a dor em:
a. Dor fisiológica
b. Dor interpretativa. Influenciada pelo estresse
da situação, por exemplo soldados feridos em
guerra, que não sentem dor.
Os opioides atuam na dor como sensação específica no
momento de interpretação da dor. A dor é sentida, mas
não é interpretada.
Não atua na dor nociceptiva nem na dor neuropática.
O problema dos opioides está relacionado a 3 fatores:
1. Tolerância gradual ao efeito do medicamento,
que leva o paciente ao aumento da dose,
aproximando a dose toxica da dose terapêutica.
2. Utilização para uso recreativo. Todos os
derivados do ópio tem esse efeito. Codeína,
morfina e heroína.
Os opioides atuam nos receptores para neuropeptideos,
como as encefalinas, endorfinas e dimorfinas.
Codeína
Encontrada em associação com o paracetamol sob o
nome comercial de Tylex (paracetamol 500mg +
codeína 7,5mg ou paracetamol 800mg + codeína
30mg).
Empregado como antitussígeno, antidiarreico
analgésico.
Efeitos colaterais: diminuição da salivação, dilatação
da musculatura lisa e travamento da musculatura
estriada. Devemos ter cuidado ao prescrever para
pacientes com distúrbios gastrointestinais, porque o
anus é formado de musculatura estriada, e o intestino é
liso. O opioide acentua os casos de retenção de fezes.
Completamente contra indicados para pacientes com
DPOC, depressão respiratória e pacientes com menos
de 3 anos.
AGONISTAS E ANTAGONISTAS OPIOIDES
Desenvolvidos na tentativa de reduzir o índice de
viciados em drogas. Essas drogas ocupam os receptores
antes que os opioides se liguem. Tem um efeito menos
intenso do que os opioides, mas possuem efeitos
analgésicos, sem o efeito psíquico.
Karolina Viana
Atenção integral ao adulto 2
Tramadol (Tramal)
Antagonista opioide. Posologia de 50 a 10mg 2x ao dia,
contraindicado para pacientes em uso de IMAO e
DPOC. Vem em associação com o paracetamol.
Propoxifeno
100 mg de 4/4 horas. É associado a paracetamol na
formula.
Contra-indicado em presença de colite pseudo
membranosa, em pacientes com arritmia
supraventricular, em crianças, depressão respiratória,
viciados ou com tendências suicidas; reduz o fluxo
salivar.
Adotar uma dieta rica em fibras e/ou laxantes.
Incentivar o paciente a tossir e respirar profundamente
e virar-se na cama a cada 2 horas.
Anti inflamatórios esteroidais
GLICOCORTICÓIDES
• Hormônios sintéticos que imitam as ações do
cortisol endógeno, que é produzido pela
suprarrenal. O cortisol endógeno é um anti-
inflamatório necessario.
• Empregados em dose superior a secreção
endógena do cortisol
• Mais eficazes que AINES como
antiinflamatórios.
• Possuem propriedades imunomoduladoras e
e linfolíticas. A ação se dá pelo sistema de
complemento, tendo ação analgésica
indiretamente, como efeito adicional.
• Em uso agudo (24 -72 hors) são bem tolerados
• Efeitos não imediatos, ocorrem após várias
horas. Não são indicados para terapias
emergenciais
• Efeitos endócrinos: supressão do eixo
hipotálamo hipófise-adrenal, com involução da
adrenal e cessação de secreção de corticóides
endógenos, antagonista da insulina.
• Conseqüência da retirada: recrudescimento da
doença básica (efeito rebote),
corticodependência
• Predisposição a infecções, cronicamente afeta
a cicatrização e reparação tecidual
• Deve-se ter cuidado com pacientes em uso de
corticóides a mais de 30 dias.
• Situação de estresse pode precipitar
insuficiência adrenal aguda.Considera injeção
intramuscular de 100 mg de succinato de
hidrocortizona antes da cirurgia. Paciente que
20
 Atenção integral ao adulto 2

usam as formas inaláveis e/ou tópicas não
precisam desta sulementação
• Monitorar pressão arterial
• Considerar profilaxia antibiótica antes de
procedimentos cruentos.
• Contraindicados na hipertensão arterial e
diabetes melito, pois diminuem as defesas do
sistema imune. Contra-indicados para doença
ulcerosa péptica, catarata, doença mental e
algumas infecções.
• Desenvolvimento de candidíase oral é comum,
principalmente em usuários de bombinha para
asma.

AGENTE DOSE (mg) VIA

Hidrocortizona 100 Intravenosa

Prednisolona 20/dia Oral

Sol oral 1 mg/ml

Sol 2,5% Intracanal

Triancinolona Orobase Tópica

Betametazona 1-3 gotas Intracanal

0,75-1,5 Intrarticular

Dexametazona 12/dia Oral

2-5 IM

4 Intracanal

Beclometazona 100 microgramas aerossol Bucal

Predinisona 20/dia Oral

Acetato de trancinolona: usada para lesões

inflamatórias em mucosa, especialmente para ulceras
Otosporim: antibiótico + antiinflamatrio. traumáticas.
Hidrocortisona + neomicina + polimixina B. Tentativa
de induzir a resposta imunológica superficial, sem
induzir a resposta de calcificação do restante da polpa
radicular.

21
Karolina Viana
 Atenção integral ao adulto 2

22
Karolina Viana

Resposta endócrino-metabolica ao trauma
Este tópico aborda a resposta do organismo e os
mecanismos fisiológicos que se passam por resposta a
um processo inflamatório. Qualquer situação que induz
resposta inflamatória no organismo é respondida por
uma cascata de resposta endócrino metabólica ao
trauma.
Em primeiro lugar, a porção do organismo que
comanda a maior parte destas funções se situa na
porção cranial, junto ao cérebro. O SNC tem uma
porção cranial e uma caudal localizada na região da
coluna vertebral. A medula espinhal fica alojada na
coluna vertebral, e é segmentada em partes que
respondem ao SN autônomo e ao SN simpático.
Ao visitar um doente no CTI a primeira e mais
importante pergunta que devemos fazer é: a função
renal está preservada? Há alguma lesão cerebral que
pode prejudicar a resposta do paciente?
No SNC a região importante de resposta está localizada
na região da ponte, que é a região responsável pelos 3
centros vitais do organismo. São eles:
a. Centro respiratório
b. Centro cardiovascular
c. Centro ?????
Nomenclaturas:
• Vomito: emese. (Anti-emetico: plasil)
• Peido: flatulência
• Arroto: eructos
É comum o paciente idoso pela idade ter
relaxamento de esfíncteres, que são os músculos que
fazem o fechamento ou abertura de cavidades para o
meio. A pessoa idosa flatula com maior frequência,
as vezes só de sentar na cadeira.
Em caso de parada cardiorrespiratória ou uma dor
muito intensa, o fenômeno clinico observado no
paciente é urinar, evacuar ou vomitar, o que caracteriza
o esvaziamento vesical. Essa reação promove o
esvaziamento do corpo para o organismo tentar
aumentar a pressão arterial.
Karolina Viana
Atenção integral ao adulto 2
Os sintomas de embriaguez são caracterizada por
palidez, sudorese, boca seca, taquicardia, perda do
equilíbrio, sincope ou nipotimia, e nesse momento a
pessoa urina ou evacua, mas antes disso, a pessoa
vomita. Em casos de embriaguez, quando o indivíduo
sente o ambiente girando, significa que já houve
intoxicação do SNC
Funções do cerebelo:
a. Coordenar distância
b. Coordenar taxia (fenômeno de andar). O
paciente atáxico é aquele que tem alguma
alteração na marcha ou disfunção no comando.
Um dos fenômenos mais observados nos pacientes com
tumor no cerebelo, (em mulheres, metástase de câncer
de mama ou útero ou em homem, próstata, pulmão e
coluna), produz no paciente desequilíbrio, podendo
causar quedas.
Lesões no SNC, encéfalo principalmente, dificultam a
resposta orgânica no controle dos outros órgãos.
É importante lembrar que entre o parênquima
funcional, há substancias que vão fazer o controle
osmótico e pressório do SNC.
A excitabilidade de células acontece porque há
compartimentos diferentes no organismo, com
diferentes pressões. No SNC o que mantem a fisiologia
homeostática, é o controle entre os líquidos interno, que
são localizados no primeiro, segundo, terceiro e quarto
ventrículos, que garantem que, se a pressão aumenta, o
liquido comprime área. Se o liquido diminui é porque
possivelmente houve expansão da massa por algum
motivo como um tumor, que comprime outras áreas,
que ficam menores e afetam certas funções.
Um exemplo de função afetada é a produção de odor;
não há presença de mau cheiro, mas a pessoa sempre
sente um odor. Isso é um sintoma característico na
presença de tumor.
Esclerose: em termos genéricos, se refere a um
fechamento. Um dos ramos da aorta quando sai do
coração é a aorta ascendente, nessa subdivisão ela passa
por carótida interna e externa. A carótida interna é
fundamental, porque um ramo dela vai direto para o
encéfalo, e sofre 2 tipos de subdivisões: artéria média e
23

anterior e artéria posterior. Quando a artéria se divide,
ela forma um folículo que fará circulação colateral, isso
é fundamental. Sendo assim, quando um paciente teve
um AVE isquêmico, ocorreu o fechamento, uma
esclerose ou obliteração causada por uma calcificação,
gordura ou coágulos. Quando há a presença de coágulo,
há uma coagulopaatia relacionada. Esse embolo
desloca e prende num ramo médio da artéria. Ao
obstruir este ponto, ele provoca a isquemia dessa
região. Por isso, o infarto isquêmico, recebe o mesmo
nome no coração. A necrose do sistema nervoso é
necrose do tipo de coagulação. O termo infarto
cerebral é correto, mas o termo mais correto é acidente
vascular encefálico isquemico (AVE).
AIT: O paciente se encontra em estado normal e tem
uma perda de memória repentina. Passa um período
confuso, sem saber dia, hora, fica sem oxigenação, e
depois, por algum motivo, o paciente volta a ter a
resposta normal. Esse episódio é chamado de acidente
isquêmico transitório (AIT). Ocorre quando o trombo
se desloca pelo vaso, sobe, encosta num ramo , por uma
questão de aumento da pressão ele é deslocado e a
oxigenação volta ao normal. Nesse momento, a
conduta é dar Acido Acetilsalicilico para o paciente.
Em determinada fase da vida, principalmente o
paciente que tem dislipidemia, além de tomar
sinvastatina (para quebrar a gordura) terá que fazer uso
de aspirina. Do ponto de vista clínico, para a
odontologia, aspirina 100mg tomada todos os dias
implica maior sangramento no transcirurgico.
Alternativas ao AS: clopitrogel, marevan (varfarina).
Estes são muito mais difíceis de tirar do organismo.
Então em uma urgência, é necessário entrar com
antidoto, que tem risco elevado de formação de
trombos e pode causar muito mais prejuízo ao paciente.
Os pacientes considerados de risco, ou seja, aqueles
que não podem deixar a dose de aspirina cair no
organismo, são os indivíduos com historia pregressa de
acidente isquêmico transitório, pacientes que tem
próteses, ou que tem coronariopatias, ou com stent
cardíaco ou com ponte de safena.
Uma vez que se toca no organismo do paciente, a
coagulação é estimulada. No caso da odontologia o
maior risco nesse aspecto é a trombose do seio
cavernoso. É mais comum, principalmente em
mulheres por causa da insuficiência valvo-vascular e
do histórico de uso de contraceptivos, que tem 5 a 6x
mais chances de desenvolver trombose que o homem.
Se a mulher ainda fuma, ela tem 10 a 14 x mais chances
de desenvolver trombose. Os sintomas que devemos
observar são a dor na panturrilha, vermelhidão, historia
pregressa de anticoncepcionais ou fumo, que
Karolina Viana
Atenção integral ao adulto 2
associados são alarmantes. Os sinais clínicos visíveis
são a vermelhidão na região da panturrilha,
O ideal para o paciente que está na cadeira por mais de
45 minutos, para a prevenção de trombose é fazer
movimentos de acelerar o pé de 15 em 15 minutos, para
estimular a panturrilha.
Nas viagens de avião, para controlar o risco de
trombose por jet lag em viagens longas, podem ser
feitas 2 coisas:
1. Tomar aspirina por 7 dias, 100mg.
2. Aplicar heparina no abdômen
3. Meias de compressão médias e caminhar pelo
avião.
Geralmente o acidente vascular hemorrágico está
associado com uma pressão muito forte na região da
nuca.
Antes de a pessoa ter um acidente hemorrágico ela cai
no próprio eixo. Em acidentes no SNC a pessoa cai
sempre no seu próprio eixo central. Quando a pessoa
cai com a perna tensionada internamente ou flexionada,
o paciente ainda não está tão grave. Porem quando há
o relaxamento do SNC tal que os membros girarem e
abrir as pernas, tecnicamente, expandir o esquadro para
lateral, significa que a lesão no SNC foi muito
profunda.
Visto todas as complicações que podem ser causadas
por coagulopatias, não devemos suspender a
medicação anticoagulante do paciente. O ideal é usar
de todos os outros artifícios que nós temos para
hemostasia, por exemplo: gelo, compressão.
Cuidado com o uso deliberado do gelo, pois este causa
queimaduras superficiais na pele e isquemia.
A resposta endócrina humoral associada ao
metabolismo diante do trauma é fundamental para a
resposta orgânica nas situações da vida em geral.
Musculação: provoca lesões nas fibras musculares,
actina e miosina, no sarcoma. A fibra sofre micro-
rompimentos, e é nesses locais que ocorre o aumento e
hipertrofia. Se o paciente está gripado, cheio de
Interleucina no sangue e com o ciclo da glicólise
alterado e pratica musculação, em vez de formar
musculo, a pessoa perde musculo, prejudicando ainda
mais o organismo. Para a musculação, o repouso é
fundamental, correspondendo a 40% da importância do
progresso.
24
 Atenção integral ao adulto 2

A resposta do paciente ao trauma depende da extensão Em choque, a primeira providencia é reposição de

do dano. Quanto maior o número de ossos fraturados volume sanguíneo para evitar óbito. Nos casos de
ou de órgãos perfurados, pior é a resposta. Mecanismo choque o rim e o cérebro entram em sofrimento.
de ação e reação.
Além de repor o volume com soro, para quem está
Em casos de queimaduras, também quanto maior a área acamado, é importante repor a glicose.
exposta à lesão, maior a resposta ao trauma.
O objetivo é garantir a homeostase, o equilíbrio
Ensolação: arrepio, dor, febre. A febre não orgânico mantendo a sobrevivência e a função normal.
necessariamente necessita de infecção. Houve lesão de
células, queimadura, então há a produção de febre. O
grande problema é que o organismo perdeu muita água,
e a febre é uma atividade adrenérgica, que sobrecarrega Nervos cranianos
o coração. Ao fazer sobrecarga no coração, o próximo I – Nervo olfatório
órgão que sofre é o rim. A sobrecarga do rim leva à
estase renal. Em grandes queimaduras, o rim é o II – Nervo óptico
primeiro a sofrer, inclusive com sinais de perda de
III – Nervo óculo-motor
sangue pela urina, chamada de hematúria.
IV – Nervo troclear (labirinto)
Cirurgias grandes: não existe pré-choque. O paciente
está em choque ou não. O choque é uma queda abrupta V – Nervo trigêmeo
da pressão arterial no paciente que se encontra em
VI – Nervo abducente
condição de vulnerabilidade, seja por perda de sangue,
por trauma grande que causa uma resposta inflamatória VII – Nervo facial
muito grande. A perda de sangue é o choque
hipovolêmico, a perda de sangue por infecção é o VIII – Nervo vestibulococlear
choque séptico, que é o mais comum de ocorrer em IX – Nervo glossofaríngeo
hospitais (a maioria leva a óbito) e em outras situações
grandes que levam ao politraumatismo. X – Nervo vago
XI – Nervo acessório
XII – Nervo hipoglosso

25
Karolina Viana

O nervo vago é o antídoto do sistema nervoso
simpático. Quando o paciente tem o estimulo do
vomito, há uma taquicardia muito grande, um aumento
da pressão arterial pra compensar isso tudo. No nervo
vago atua o parassimpático. O nervo vago compensa a
taquicardia de susto, medo e angustia, e após essas
situações o paciente tem vontade de evacuar, urinar ou
vomitar.
Torax e abdômen
A cavidade torácica é separada da cavidade abdominal
pelo diafragma. O que comunica estas duas cavidades
é o chamado hiato, por onde passa o esôfago e passa
artérias e veias, a aorta descendente e a veia cava
ascendente.
Karolina Viana
Atenção integral ao adulto 2
No espaço frênico é onde se deposita o liquido de
derrame pleural quando este ocorre. O espaço fica
radiopaco e se detecta pelo raio x.
Quando há obesidade e dificuldade de controlar o
diafragma, na região do hiato, a musculatura fica rígida,
provocando o influxo do esôfago. O esôfago cria então
uma hérnia, uma extrapolação de um tecido. Esta é
chamada de hérnia de hiato, e a consequência para o
paciente é o refluxo gastroesofágico quando ele fica
muito tempo deitado na cadeira. Para esse paciente,
podemos usar omeprazol 20mg antes da consulta para
melhorar o desempenho do paciente.
Diastase: separação das camadas musculares do
abdômen. Ocorre após a gravidez por causa da
distensão e força excessiva do musculo.
Diverticulo de Merckel: quando o esôfago inverte
para dentro da coluna vertebral. O diagnostico é feito
por contraste em deglutição.
26

Pulmão: a pressão do pulmão é negativa. A medida
que respiramos e enchemos o pulmão, ele fica positivo
e expande. Em condições fisiológicas, o interior é
negativo e o exterior é positivo e essa diferença tem que
ser vencida. Quando ocorre uma cavidade, como um
corte, que comunica a cavidade externa e interna, entra
ar para a cavidade torácica, um quadro chamado
pneumotórax. Se tiver sangue junto chama-se
hemopneumotorax. O pulmão tende a colabar. Por isso
insere-se uma canula para puxar o ar e voltar o pulmão
para o seu lugar e tamanho normal. O paciente fica
ofegante e não consegue respirar. O paciente com
insuficiência respiratória não pode ser colocado
deitado, ele deve permanecer sentado. Se deitar o
paciente, ele entra em desespero, porque aumenta a
dificuldade de expansão do pulmão.
O paciente que tem enfisema tem deficiência nas trocas
gasosas pulmonares. Quando o pulmão perde a
capacidade de fazer trocas gasosas, o paciente entra em
acidose respiratória. Ele tem retenção de CO2. Quanto
mais O2 der para esse paciente, maior é a retenção de
CO2 que ele terá, aumentando o quadro de acidose. Por
isso deve-se limitar o O2 para reduzir o CO2. A acidose
respiratória também é manifestada no sangue,
caracterizando acidose respiratória e metabólica
concomitantemente. Se o pH cai muito, ocorre
degeneração celular, resposta mais acentuada ao
trauma.
O oxido nitroso é usado para tratamento da hipertensão
pulmonar, para evitar a sobrecarga de liquido no
pulmão (edema) que pode levar ao derrame pleural.
Outro tratamento já usado é o viagra. Ambos são
vasodilatadores.
Coração
Veia cava superior + veia cava inferior juntas formam
o átrio. Entre átrio direito e ventrículo direito esta a
válvula tricúspide (diário da tarde), e do lado esquerdo
está a mitral (Estado de Minas).O sangue chega no átrio
direito, circula pelo ventrículo, volta para a artéria
pulmonar onde faz a troca gasosa, volta para o coração
através do átrio esquerdo, vai no ventrículo esquerdo,
sai pela aorta, e o primeiro ramo que sai da aorta é a
coronária, depois bifurca em dois ramos superiores
para fazer a irrigação cerebral e depois desce e formar
a aorta descendente. O rim está vinculado diretamente
à aorta descendente como órgão principal.
Cerebro, rim e coração são os três principais
intimamente ligados a resposta. O resto dos órgãos
conseguem aguentar maiores estresses. O grande
problema de uma queda de P.A. é que o sangue diminui
Karolina Viana
Atenção integral ao adulto 2
a perfusão no rim. Se perde a função renal o rim
murcha, que leva à insuficiência renal. O cérebro
também sofre com a baixa de perfusão e oxigenação, o
que gera encefalopatia hipoxemica, e uma área que
pode sofrer necrose por falta de oxigênio. O lugar que
mais sente é o lobo frontal, ligado a memoria, por isso
a pessoa quando retorna de coma, tem dificuldade de
lembrança.
Arritmia: o simpático estimula a aceleração dos
batimentos e o parassimpático estimula a desaceleração
deles. É o contrabalanço da função cerebral e cardíaca.
Bloqueio no nó atrial compromete todo o ritmo
cardíaco, de átrio e ventrículo, mas o bloqueio sinusal
afeta em maior parte o ventrículo. Para a odontologia é
importante saber se o paciente tem fibrilação atrial, ou
extra sístole. A extra sístole é para compensar o volume
de sangue em debito em uma irrigação muito
volumosa.
O átrio, quando fibrilado, contrai em um compasso, se
ele perde um pouco do compasso, o sangue turbilhona
dentro do coração, tocando no endotélio e estimulando
a formação de trombos.
Na presença de qualquer infecção ou inflamação, como
uma infecção de urina, o organismo libera adrenalina,
e liberando adrenalina, desencadeia um fenômeno de
produção de fenômenos coagulativos no coração.
O coagulo produzido no átrio desce e passa pelo
ventrículo, e vai para o pulmão, causando
tromboempolia pulmonar. O risco de não tratar a
fibrilação atrial é que, sempre que o paciente tiver uma
bacteremia por menor que seja (como a de uma
raspagem periodontal) ele vai fibrilar pela produção de
adrenalina, consequentemente, formaçao de trombos.
O fato de fazer exodontia e polimento coronário gera
naturalmente sobrecarga do coração. Para evitar isso,
prescrevemos 2g de amoxilina 1h antes do
procedimento (recomendação da AHA). Se o coagulo
percorrer a circulação e voltar para o coração, há
chances de ele parar na coronária. Ou então sobe pelos
ramos ascendentes ocasionando um acidente vascular
isquêmico. Quando um paciente tem um acidente
vascular isquêmico, a chance de ter outros é maior.
Qualquer atendimento odontológico gera ansiedade, o
paciente produz adrenalina e gera uma arritimia no
coração. Em todo trauma induzido pelo tratamento, a
pressão sistólica sobe um pouquinho.
Em casos de convulsão, a conduta imediata é um
Diazepam ou um alprazolam. O objetivo da conduta é
não deixar o SNC em sofrimento por muito tempo, para
não lesionar o tecido nervoso. O paciente precisa ser
oxigenado e ter a convulsão controlada. Para isso,
27

precisa sedar o cérebro, e o Diazepam é de eleição para
o caso.
Trombos de trombose venosa de veias inferiores
comumente param e se alojam no pulmão. Se parar no
intestino causa isquemia mesentérica.
Controle da pressão arterial
Frequencia cardíaca: o numero
Débito: o tanto de sangue no organismo.
Se o débito diminui, ou seja, se o paciente perde
sangue, a frequência cardíaca aumenta. Se o paciente
retém líquido, a frequência cardíaca reduz.
Durante o ciclo menstrual a mulher tem a pressão
arterial mais baixa.
O ideal é entre 65 e 75bpm. Menos de 65 é risco de
estase renal.
Aferição da PA
Quanto mais para distal, maior a tendência da PA cair.
Então, o lugar ideal para aferir é no braço direito,
porque o coração está mais perto do braço esquerdo,
por isso o braço esquerdo sempre da um digito maior.
O esfigmo deve ser colocado na axila, porque o plexo
braquial está ali, e a bulha de sangue para ausculta será
mais volumoso nessa região.
O pulso é aferido na artéria radial. Sentir volume,
perfidez e ritmo.
Idealmente, o paciente está em decúbito dorsal para
aferir. A pressão deve estar ortostática.
Durante uma cirurgia, o contato visual com o paciente
é importante.
Hoje, o padrão de 120/80mmHg é o padrão de
normotensão. Passando de 130/90mmHg é considerado
hipertensão, necessitando tratamento.
OBS.: NUNCA AFERIR PRESSÃO DO LADO QUE
O PACIENTE TEM CATETERISMO, CASO TIVER,
NEM EM BRAÇO COM ANASTOMOSE PARA
HEMODIALISE.
PIA= pressão arterial invasiva, um cateter que afere a
pressão real. No cérebro é PIC, pressão invasiva
craniana.
Ao sedar um paciente, 2 drogas são usadas: fentanil e
normolid, para a pessoa não lembrar do coma induzido.
O coma induzido induz a perda de musculatura. O
Karolina Viana
Atenção integral ao adulto 2
paciente no CTI precisa de corticoide, porque esta
sendo muito agredido, induzindo resposta muito
intensa. Também é necessário acesso central.
Exames necessarios para aferir pressão arterial: pressão
arterial basal, ausculta.
Ausculta: o pulso tem 3 características principais:
a. Ritmo que bate
b. Frequência
c. Perfidez (ou seja, um fluxo continuo). O
paciente com fistula de hemodialise tem
turbilhonamento na fistula, ou seja, ali não tem
perfidez.
Quando identifica pressão aumentada, faz-se o MAPA
ou monitoramento ambulatorial da PA. Pode-se fazer
MRPA, que é o monitoramento residencial da PA. O
paciente fica acoplado a um esfigmo com um receptor
de dados e de 15 em 15 minutos a pressão é aferida e o
paciente anota em um diário o que ele estava fazendo
quando o aparelho for inflado. Durante a noite é o
momento que ocorre os picos de PA por efeito do GH,
insulina e adrenalina. O problema deste método é que
se a bateria falhar o paciente estressa e afeta a pressão.
Isso fica por 24h. Faz-se uma curva para estabelecer a
pressão média do paciente.
Para fazer o mapeamento da PA há também o router:
eletrodos na região do tórax, que seguem a linha do
eixo central do esterno, onde o primeiro estimulo se
dará pelo nó atrial e distribui para ventrículo, passando
pelo nó sinusal. Até a região posterior é acoplada por
esses eletrodos. O eletrodo da direita faz registro das
frequências cardíacas, porque quando o paciente
supina, a tendência é de aparecer extra sístole e
arritmias cardíacas. A finalidade desse aparelho é a
seguinte: se por ele detectar que o paciente está tendo
batidas a mais, de ventrículo ou de átrio, detectando-se
arritmias.
Fibrilações ou arritmias: Quando o coração não
consegue executar sua função com a força normal;
então o coração não consegue ejetar o sangue, havendo,
portanto, turbilhonamento, o que faz o sangue bater nas
paredes de endotélio do coração formando coágulo.
Palpitação extrasístole é normal, o problema é a
fibrilação atrial, pois a fibrilação atrial “chacoalha” o
sangue no átrio formando coágulo, que em primeira
instancia vai para o pulmão, resultando em uma
28

trombose pulmonar.
Toda vez que tem infecção no corpo libera adrenalina.
Grávidas têm mais infecções (urinária, sinusite...).
Libera adrenalina, inibe a insulina, aumentando a
glicose. Só de aumentar a adrenalina, há a arritmia. Se
uma pessoa tem infecção contínua, diabetes
descompensada, maiores as chances de ela ter
inflamação sistêmica, produzir adrenalina, que vai para
o coração causando arritmia. Aumentando o risco de
formar coágulo, produzindo tromboembolia, AVI ou
acidente vascular transitório.
Este não é um exame de rotina, ele é feito quando
suspeita-se de arritmia ou quando suspeita que o
paciente teve infarto agudo do miocárdio.
Exame ergométrico/espirometria: exame usado para
excluir situações de isquemia cardíaca e funções de
sofrimento do miocárdio. O profissional correto para
fazer este exame é o educador físico.
O exame é feito com cardiologista do lado com o
aparato todo de pressão, ligado à máquina de
espirometria, para saber o consumo de oxigênio, a
liberação do CO2 (lembrando que quanto mais
oxigênio respiramos, mais produzimos CO2). Para o
paciente que tem insuficiência respiratória, quanto
maior a ventilação, mais CO2 ele produzirá e reterá,
aumentando a acidez, o pH do sangue cai, levando
acidez respiratória. Da mesma forma que acontece
respirando em um saco (o prof diz que isso da um
barato :s). Há um registro momentâneo no computador.
Cada eletrodo representa um eixo cardíaco que é
registrado. Quando um paciente tem angina, mesmo
que estável, aparece.
Troponina: mostra que algum músculo está em
sofrimento.
O eletrocardiograma é a carteira de identidade do
coração. Precisamos saber o eixo do coração, quantas
vezes bate, pressão arterial média.
Exame de doppler: feito para ver se tem refluxo, se as
válvulas estão funcionando bem. Por coloração e por
fluxo doppler (onda que bate e volta), consegue ver
aonde está passando o sangue, a pressão do sangue.
Diagnostica sopro.
Karolina Viana
Atenção integral ao adulto 2
Hipertensão arterial sistêmica (HAS) X
Hipertensão arterial primária (HAP)
A HAP tem origem conhecida, tem a noção de que o
coração está batendo mais forte. Usa propranolol ou
atenolol.
O maior problema para o coração ultimamente é o
estresse. Muitas vezes um ansiolítico melhora mais que
um medicamento para HAS ou HAP propriamente dito.
Esses medicamentos (propranolol, atenolol) se ligam a
beta1, beta2, deixando os beta3 desligados. Em
consequência disso, há a lipólise, aumentando o nível
de gorduras no sangue, causando hipercolesterolemia,
e aí o paciente tem que tomar sinvastatina associada ao
propanolol ou atenolol.
Em suma, temos 2 formas de atuar sobre a PA:
1. Diretamente sobre os vasos: há 2 tipos de
medicamentos: medicamentos ARA. ARA2:
agonista receptor de angiotensina. Atua na
enzima ECA (conversora de angiotensina), que
vai bloquear o receptor de ECA no vaso e não
deixa o vaso sofrer constrição. O nome desse
medicamento é Losartana. Ele é um
competidor de receptor.
2. É a medicação de eleição, captopril ou
enalapril (protocolo da faculdade). São
inibidores da ECA. Impede a transformação de
ECA1 em ECA2.
Como anteriormente mencionado, o órgão mais afetado
em queda abrupta da pressão ou em choque é o rim. O
coração e o cérebro sofrem também, mas o rim se ficar
um tempo sem circulação e perfusão, por menor que
seja, para de funcionar.
O melhor critério para saber se o sangue está
perfundindo bem pelos tecidos é o débito urinário.
Quando a pessoa urina menos de 30ml por hora, o rim
já está com função comprometida. O ideal é urinar
entre 60 e 90ml por hora. Lembrando que a quantidade
de agua que entra, deve ser compatível com a
quantidade que sai, o que é chamado de equilíbrio
hidroeletrolitico. Caso haja retenção de líquido, haverá
implicações sistêmicas. Claro que a função renal
também deve ser medida por exames. A função renal é
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estabelecida por dois mediadores: ureia e creatinina. A
creatinina é mais fiel, a creatina quebra e
anaerobicamente forma energia. A uréia é mais volátil
no exame.
Se o paciente faz exercício físico a creatinina vai estar
mais alta, mas paciente normal com a creatinina alta é
anormal, indicativo de insuficiência renal.
Existem 2 formas de controlar a função do rim:
• Aldosterona: hormônio produzido pelo rim que
libera liquido
• Antidiurético: hormônico que segura o liquido
Quando a mulher menstrua retém líquido através de
hormônio antidiurético para segurar a pressão arterial,
senão ela tem hemorragia. A pressão durante a
menstruação é baixa.
Pacientes com insuficiencia renal: a primeira coisa
que deve-se pensar no atendimento desse paciente é
redução de dose de anestésico, porque ele é excretado
por via renal. Não pode, sob hipótese alguma injetar
adrenalina. Deve ser usado prilocaína com felipressina.
Precisa dar antibiótico para paciente com insuficiência
renal, e o de escolha é: amoxicilina. A amoxicilina não
sobrecarrega o rim, ela passa direto. No exame desse
paciente encontra proteinúria, hematúria. O rim deixa
passar produtos que deveriam ser filtrados. A
hidroclorotiazida atua na alça renal, lasix atua na
porção mais anterior, e há outros grupos, por exemplo,
a espitrolactona que atua no cálice renal. Na maioria
dos pacientes o problema de insuficiência renal está na
alça que se abre e deixa sair sódio, potássio, cloro e etc.
Precisa fazer a reposição de glicose e potássio nesses
pacientes. Outra forma mais barata é maçã. A maçã, por
causa da pectina tem uma liberação mais lenta de
glicose. Além de diminuir a dose de anestésico,
devemos reduzir a dose de antibiotico, reduzir o tempo
de consulta, e ter conduta preventiva, para caso haja
falha do rim.
Quando o coração para, o mesentério também sofre, há
grandes chances de causar isquemia intestinal. Porém,
é a ultima coisa com que se deve preocupar. Devemos
preocupar em primeiro lugar com o coração, rim e
cérebro.
Karolina Viana
Atenção integral ao adulto 2
Pessoa fez o ergométrico e há sugestão de isquemia do
miocárdio, a pessoa fica então sedada, na sala de
hemodinâmica
Átrio funciona como uma caixa d'água e o ventrículo
como uma bomba, ejetor.
Quando o paciente apresenta estenose cardíaca, ele tem
que fazer uso de antiplaquetário ou anticoagulante para
evitar novos episódios. O método para saber como anda
a função de coagulação é o exame de RNI. Quando o
RNI esta acima de 3, só podemos fazer procedimentos
com acompanhamento do medico, porque o risco de
sangramento aumenta muito.
O rim produz um hormônio chamado eritropoetina em
pacientes anêmicos, que tem a função de aumentar a
produção dos glóbulos brancos para o paciente não ter
infecções graves no organismo. Em um procedimento
cirúrgico, o equilíbrio entre glóbulos vermelhos e
brancos é fundamental, pois os vermelhos garantem
oxigenação e os brancos garantem defesa. Quando o
paciente é anêmico, em procedimentos cirúrgicos há
maior risco de formar coagulo e infecção. Toda vez,
sem exceção, que a mulher menstrua, ocorre um
processo de apoptose do endométrio, acontece esse
processo. As mulheres produzem estrogeno, que é uma
proteção cardíaca, mas que por outro lado, oscila
durante o mês, causando maior risco de as mulheres
terem tromboembolia, porque as mulheres tem uma
produção de hemácias que oscila quantitativamente
durante o mês.
Todo mês, a mulher tem um processo inflamatório
durante o ciclo menstrual, e ela tem que produzir
prostaglandinas, prostaciclinas e tromboxana sintetase,
que é o fator de coagulação. Todo antiinflamatorio
inibe a cascata de coagulação com efeito adicional de
ação anti inflmatoria.
Existe um trabalho na literatura que prova que Aspirina
100mg não precisa ser suspendida para cirurgias. A
Varfarina precisa. Clopidrogel e heparina também
precisam de suspensão. Para ambos, o antídoto e a
protrombina.
A supra renal é como uma esponja, que se o rim puxar,
ela atua, e se o rim inchar ela se contrai. Isso é
importante para controlar a produção de hormonios. O
cortex produz hormonios esteroides. Por isso é
fudndamental usar a medicação dentro do padrao
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 Atenção integral ao adulto 2

correto para evitar problemas. Existe a ventilação assistida e a ventilação semi

O uso de esteroides anabolizantes interfere com as 3
camadas da glândula
suprarrenal e com a produção de hormônio em todas
elas.
Hiponatremia: redução do volume de sódio no
sangue. Pode ser causada por pouco sódio ou por muita
água, que se liga ao sódio e satura os níveis. Por isso,
soro IV tem que ser acompanhado por reposição de
água e sódio. Para restabelecer o nível mais
rapidamente, o ideal é repor glicose, pois junto com
uma molécula de glicose vem 3 moléculas de água e 3
moléculas de sódio atrás.
Desnutrição: perda de água, hidroeletrólitos, e
macronutrientes (proteínas e glicose).
Os mineralocorticoides controlam água, sódio,
potássio. Os outros corticoides fazem o controle de
imunologia (controle, proteção e prevenção) e os
glicocorticoides fazem o controle de metabolismo,
principalmente carboidratos.
O tipo de tumor que ocorre na medula da suprarrenal é
chamado de feocromocitoma. Esse hormônio faz
aumentar muito a quantidade de adrenalina.
assistida.
O período crítico do choque séptico são as primeiras 72
horas e o protocolo é entrar com 3 medicamentos:
anfotericina B, polimixina B e aciclovir. Depois que
descobre a origem da infecção remove-se os
antibióticos que estão em excesso.
Por que a função hepática é importante? Oxalacetato e
piruvato. Existem 2 enzimas importantes que ditam
função hepática: TGP e TGO. A importante para saber
se o paciente é pré-diabético é:
Quando estamos queimando glicose, vai chegar um
momento que a TGO vai atuar tanto para quebrar a
glicose transformando em piruvato tanto vai pegar o
substrato do piruvato, o oxalacetato e vai transforma-lo
em glicose. A TGO trabalha mais que a TGP. A TGP
faz a função de retorno, mas a TGO é a de quebra, que
trabalha em 2 sentidos.
Pessoas que fazem exercício físico tem a TGO
aumentada naturalmente.
A insulina guarda a glicose e o glucagon retira a glicose
da célula.
Alimentos integrais tem degradação mais lenta,
possibilitando um pico de glicemia mais constante.

Corticoide e adrenalina inibem a insulina. Por isso é

Avaliação da função hepática normal hipoglicemia após um trauma.
TGO, TGP, e gama GT.

Entubação

Ato de colocar uma canula até a traqueia do paciente.

O nome deste procedimento é ventilação mecânica
invasiva. A não invasiva é feita só com a máscara, mas
oxigênio queima, e esses pacientes costumam ficar com
a pele lesionada com o tira e põe da máscara.

A entubação é feita seguindo uma série de critérios

após a sedação do paciente. Entubação dói, pois precisa
de uma pressão muito alta para expandir o pulmão
rapido. Faz-se 2 tipos de sedação: fentanil, que é um
anestésico a base de morfina e para induzir o coma faz-
se com midazolam. O midazolam causa perda de
memória anterógrada, é o “boa noite cinderela”.

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Karolina Viana