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RITUAIS INDÍGENAS BRASILEIROS

Os índios já estavam aqui muito antes de Pedro Alvares Cabral chegar


aqui. São um povo muito rico, cheio de crenças, mitos, rituais e que
infelizmente sofreram várias perseguições ao longo dos anos. Desde
que Cabral chegou aqui essa população mudou muito.

Eles são um povo com várias tribos e falam 180 línguas. Algumas
pessoas podem achar que eles levam uma vida tranquila no meio da
natureza e vivem livres do estresse das cidades, mas esse não é o
caso. Apesar das mudanças desde a época de Cabral, os índios
conseguiram manter alguns de seus rituais. Geralmente eles
acontecem para marcar alguma passagem, um momento de mudança
ou uma iniciação. Aqui nessa lista mostramos alguns desses rituais do
povo indígena.

1 - Veneno nos olhos

A tribo da floresta Amazônia, os Matis, fazem rituais para ver se os


meninos da tribo são ou não aptos a ir caçar com os homens. O que
eles fazem é colocar veneno direto no olho dos meninos que, segundo
a tradição, melhora a visão e aguça os sentidos. Depois disso eles são
chicoteados e recebem outro veneno, dessa vez de um sapo da região.
Esse outro veneno é para aumentar a força e a resistência, mas antes
vários enjoos, vômitos e diarreia são necessários.
2 - Morada das almas

Os índios Bororo tem um ritual de morte que pode levar até três
meses. Quando alguém morre eles colocam o corpo em uma vala rasa
no pátio da aldeia e regam todos os dias para acelerar a decomposição
do corpo. Durante o período em que o morto está lá se decompondo
vários rituais de dança, comida e teatro são feitos. Depois de três
meses o corpo é exumado e levado para o rio para lavarem o resto de
tecido podre dos ossos. Esses ossos são pintados e é feito um cesta
com eles. As cestas são levadas de volta para o rio e afundadas na
parte mais funda ficando presas por um pau que fica com a ponta para
fora do rio. Esse lugar é chamado de morada das almas.

3 - Se tornando mulher

A tribo Tukuna, na Amazônia, tem um ritual de iniciação para meninas


se tornarem mulheres. Quando começam a menstruar, elas são
isoladas em um lugar construído com esse propósito de 4 a 12
semanas. A crença deles é que a menina está no submundo e corre
perigo por causa de um demônio chamado Noo. Para se proteger, a
menina fica dois dias com o corpo pintado todo de preto, no terceiro
dia ela é levada para se juntar as festividades e dançar até o
amanhecer. Os índios usam máscaras e se tornam reencarnações do
demônio. A menina recebe uma lança com fogo para jogar no suposto
demônio e quando ela o faz ela está livre para se tornar uma mulher.

4 - Ritual de masculinidade

Esse ritual é da tribo Satere-Mawe da Amazônia. Para provarem sua


masculinidade, os garotos da tribo tem que enfiar a mão em uma luva
cheia de formigas-bala, que tem uma mordida 20 vezes mais doída
que uma vespa. Os meninos ficam com a mão na luva por 10 minutos
e tendo ainda que dançar. A dor é tão grande que pode causar
convulsões e durar 24 horas.
5 - Ritual de guerra

Os índios da tribo Tupinambá praticavam a antropofagia como parte


do seu ritual de guerra. Eles acreditavam que quando consumissem a
carne dos guerreiros adversários eles iriam absorver sua coragem e
bravura. Ser comido era uma das formas mais honráveis de morrer,
porque mostrava que o guerreiro derrotado era corajoso e forte.

6 – Iniciação

A tribo Karajá tem um ritual de iniciação para os meninos da tribo.


Quando eles têm mais ou menos sete ou oito anos de idade o seu
lábio inferior é furado para receber um adorno. Esse furo é feito com
uma clavícula de macaco, e a perfuração é feita junto com os pais do
garoto.
7 - Pajés

Os Yanomami tem um ritual para aqueles índios que vão se tornarem


pajés. Os homens realizam uma sessão com yãkuãna, que é um pó
alucinógeno. Esse ritual é sempre conduzido por índios mais velhos.

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