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Clínica Cirúrgica Avançada – Oftalmologia

Retina III 1. Maculopatia Relacionada à


Fonte: Vídeo-aula da Profa. Karen Amaral Pinheiro.
Idade (MRI)
Degeneração Macular Fundo de Olho
Características principais
Mácula • Presença de drusas: se não tem drusas, é difícil
Área arredondada da retina, responsável pela visão que seja uma MRI
central. Está temporal ao disco óptico e discretamente • Hiperpigmentação do EPR (epitélio pigmentado
inferior. Localizada no polo posterior (região onde temos da retina) ou despigmentação do EPR.
o disco óptico, a emergência da artéria central da retina
e seus ramos e a entrada dos ramos da veia central da
retina central).

Drusas parecem exsudatos, mas elas são diferentes.


Não são tão delimitados e brilhantes como os exsudatos
duros, nem tão esvanecentes como os algodonosos.

Outras características
• Atrofia geográfica do EPR (vasos coroidianos
visíveis)
• Descolamento de EPR (neurossensorial)
• Neovascularização coroidiana ou subretiniana
ou sub EPR
• Cicatriz tecido fibroglia/hemorragias/exsudatos

Comprometimento Visual
Causa mais comum de cegueira legal no mundo
Conceitos desenvolvido em indivíduos acima de 50 anos.
Degeneração: alteração morfofuncional progressiva de
uma estrutura viva.
Suspeita
Degeneração macular: alteração morfofuncional • Queixa perda da visão central
progressiva na mácula. • Ou identificação casual ao exame de fundo de
olho.
• É um estado avançado de maculopatia
relacionada à idade (MRI)
• Também denominada Degeneração Macular
Fatores de Risco
• Idade
Relacionada à Idade (DMRI)
• História familiar
Maculopatia relacionada à idade (MRI): exacerbação do • Raça
processo de envelhecimento normal. • Íris clara (caucasianos)
• Catarata (nuclear)
Dessa forma, temos a seguinte ordem de • Fatores de risco para doença cardiovascular
progressão de degeneração • Exposição à fumaça (ativa ou passiva)
Envelhecimento fisiológico → MRI → DMRI. • Exposição à radiação solar
• Drusas moles.

Matheus Wu – ATM 2022


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Classificação 2. Degeneração Macular
• Seca ou Não Exsudativa
• Úmida ou Exsudativa ou Neovascular Classificação segundo AREDS
Age Related Eye Disease Study – fez avaliação de fundo
DMRI Seca de olho e quão estavam alterados.
• É a mais comum
• AREDS 1: drusas pequenas em uma área total
• Caracteriza-se pela presença de drusas
de no máximo 125 micras
(distribuição conforme idade)
• AREDS 2: drusas pequenas em uma área total
• Atrofia do EPR – forma grave da DMRI seca
maior ou igual a 125 micras; ou drusas
DMRI Seca – Classificação das Drusas intermediárias; ou pigmento alterado da mácula
As drusas podem ser moles ou duras. • AREDS 3: drusas intermediárias; ou atrofia
geográfica em uma área de até 2 diâmetros do
Devemos descrever origem, localização e conteúdo
disco óptico
lipídico.
• AREDS 4: atrofia geográfica no centro da
Tamanhos: pequenas (menor que 63 micra), médias mácula; ou neovascularização coroidal.
(entre 63 e 125 micra) e grandes (maiores que 125
micra). Indicação Terapêutica
Como saber quantas micra? Sabemos que os ramos da AREDS 1 e 2 necessitam acompanhamento clínico e
veia central da retina, quando entram no disco óptico, AREDS 3 e 4 necessitam de tratamento.
têm de diâmetro 125 micra. Então é só compararmos!
Diagnóstico
DMRI seca atrofia geográfica • Clínico
• Forma grave • Angiografia fluoresceínica
• Atrofia lenta e progressiva dos • Angiografia indocianina verde (não se usa no
fotorreceptores/EPR/coriocapilar Brasil, pois é muito cara, mas permite fazer
• Hiperpigmentação focal ou atrófica EPR avaliação dos vasos coroidais).
• Perda coriocapilar • Tomografia Coerência Óptica (OCT): avaliar
• Áreas atróficas >175 micra. edema de retina.

DMRI Úmida Tratamento


• Neovascularização de coroide • Ácido cúprico
• Acontece por defeitos na membrana de Bruch, • Betacaroteno
havendo desequilíbrio VEGF e PEDF. • Vitamina C
• Vitamina E
Padrões de crescimento
• Luteína
• Tipo 1: sub EPR
• Zinco
• Tipo 2: sub-retiniano
• Tipo 3: padrão misto
Tratamento DMRI Úmida
Pode cursar com edema de mácula e com alteração • PDT (terapia fotodinâmica): verteporina a laser
anatômica, gerando importante perda da acuidade • Fotocoagulação à laser
visual. • Triancinolona
• Anti-VEGF (anti fator de crescimento vascular)
Complicações
• Tratamento cirúrgico.
Formação de membranas. Gera descolamento do
epitélio pigmentar fibrovascular. PDT caiu em desuso, e o tratamento cirúrgico tem baixa
resolubilidade. Então essencialmente o tratamento é
• Membrana clássica
fotocoagular os vasos, usar triancinolona quando houver
• Membrana oculta.
edema de mácula e anti-VEGF para minimizar
neovascularização.
Matheus Wu – ATM 2022
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Prognóstico
Variável, depende do grau de acometimento e do local
mais atingido (quando a mácula é atingida mais
centralmente, na fóvea, a perda visual é importante).

Importância
Realização de fundoscopia.

• Identificação de degeneração macular


• Diferenciação de drusas de exsudatos
• Orientação do paciente
• Encaminhamento ao especialista.

Drusas vs. Exsudatos

Drusas na imagem à esquerda e exsudatos na imagem à


direita.

Matheus Wu – ATM 2022

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