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DIFERENÇAS BÁSICAS ENTRE ARQUIVO

Arquivologi objetivo
BIBLIOTECA

arquivo
funcional (da
empresa)
biblioteca
cultural (fins de
estudos)

a
quantidade único exemplar ou múltiplos
exemplares limitado número exemplares
de cópias
formas ingresso na produção ou compra, doação ou
instituição recebimento permuta
acumulação doc. orgânica coleção (material
Arquivo é o conjunto de documentos acumulados por (vinculado à escolhido)
uma pessoa ou instituição ao longo de sua existência e entidade)
que comprovam as suas atividades. classificação doc. varia de instituição padronizada
para instituição
Suporte é o material físico em que a informação fica
registrada. Museu: instituição de interesse público, criada com a
finalidade de conservar, estudar e colocar à disposição
Exemplos de suporte: conjuntos de peças e objetos (material tridimensional)
 papel; de valor cultural.
 CD; CLASSIFICAÇÃO DOS ARQUIVOS:
 fita magnética; a. aos estágios de evolução (correntes, intermediários e
 mídias digitais; permanentes);
 película fotográfica; b. à entidade mantenedora (públicos e privados);
 papiro;
c. natureza dos documentos (especiais e especializados);
 pergaminho.
e
FUNÇÃO DO ARQUIVO d. extensão de sua atuação (setoriais e central/geral.).

Guardar e organizar os documentos, Quanto aos estágios de evolução: ciclo de vida dos
tornando disponíveis as informações documentos.
mantidas sob a sua guarda.  Correntes (1ª idade) – guardam documentos mais novos e
que estão sendo resolvidos;
FINALIDADES DO ARQUIVO  Intermediários (2ª idade) – guardam documentos que já
foram resolvidos, mas ainda podem ser questionados; e
Atende a duas finalidades básicas:  Permanentes (3ª idade) – guardam documentos que já
prescreveram e são guardados pelo valor histórico.
 servir de apoio à administração (principal);
 servir de base para a história (secundária). Entidade mantenedora: todo arquivo (conjunto de
documentos) está vinculado a alguém.
CARACTERÍSTICAS DOS ARQUIVOS
Exemplo: arquivo da Rede Globo, Arquivo do Silvio
Segurança: apresentar condições mínimas de Santos e seu arquivo pessoal. Assim, ao analisar a
segurança, incluindo-se medidas de prevenção contra entidade que está por trás do arquivo (dona do
incêndio, extravio, roubo e deterioração. Importante arquivo), teremos os arquivos públicos e privados.
cuidar do sigilo, impedindo ou dificultando o livre
acesso a documentos confidenciais.  Públicos – arquivos de órgãos e entidades
públicas;
Precisão: oferecer garantia de precisão na consulta a
documentos e assegurar a localização de qualquer Obs.: Cabe mencionar que arquivos públicos não são
documento arquivado, ou de qualquer documento que arquivos abertos ao público. Deve-se entender público
tenha sido dele retirado. como algo que pertence ao Governo em qualquer
esfera ou poder. Nesse sentido, um arquivo da ABIN
Simplicidade: ser simples e de fácil compreensão. As (Agência Brasileira de Inteligência) também é um
possibilidades de erros são reduzidas em arquivos arquivo público.
simples e funcionais.
 Privados – mantidos por entidades privadas.
Flexibilidade: acompanhar o desenvolvimento ou Podem ser institucionais (sem fins lucrativos),
crescimento da empresa, ou órgão público, ajustando- comerciais ou pessoais.
se ao aumento do volume e à complexidade dos
documentos a serem arquivados.  arquivos públicos; arquivos privados institucionais; e
arquivos privados pessoais.
Acesso: oferecer condições de consulta imediata,
proporcionando pronta localização dos documentos. Natureza dos documentos:
 Especiais – mantêm sob guarda documentos Classificados em:
de formas físicas diversas e que exijam
Fundo aberto: fundo vinculado a entidades ativas (em
tratamento diferenciado no que se refere à
funcionamento) ou a pessoas vivas, estando sujeito a
guarda e conservação. Os documentos podem
novos acréscimos de documentos; e
ser feitos de mídias digitais, fitas de vídeo, fita
cassete, material sonoro, material filmográfico Fundo fechado: fundo vinculado a entidades extintas
etc. ou a pessoas falecidas, não estando sujeito a novos
 Especializados – mantêm sob guarda acréscimos de documentos.
documentos de determinada área do
conhecimento. PRINCÍPIO DA PERTINÊNCIA (temático): os
documentos deveriam ser reclassificados por assunto
Exemplo: arquivo médico. Aqui, só existem sem ter em conta a proveniência e a classificação
arquivos especializados na área médica, original. Ou seja, documentos referentes a um mesmo
independente do material. assunto, mas pertencentes a entidades diversas, devem
ser arquivados juntos.
Extensão de sua atuação: local onde o arquivo estará
instalado dentro da empresa e a quem ele atenderá. UNICIDADE: independentemente de forma, gênero,
tipo ou suporte, os documentos de arquivos conservam
 Setoriais – Instalados junto aos órgãos
seu caráter único, em função do contexto em que
operacionais (setores), cumprindo funções de
foram produzidos.
arquivos correntes.
 Central ou Geral – Acumulam em um único RESPEITO À ORDEM ORIGINAL: o arquivo deveria
local (mesmo ambiente) documentos correntes conservar o arranjo dado pela entidade coletiva, pessoa
provenientes das diversas áreas da instituição, ou família que o produziu.
centralizando os documentos correntes.
REVERSIBILIDADE: todo tratamento empreendido
PRINCÍPIOS ARQUIVÍSTICOS em arquivos pode ser revertido, se necessário.
ORGANICIDADE: os documentos de arquivo são INDIVISIBILIDADE/INTEGRIDADE: fundos de
acumulados naturalmente ao longo das atividades da arquivo devem ser preservados sem dispersão,
pessoa (física ou jurídica), estabelecendo um vínculo mutilação, alienação, destruição não autorizada ou
orgânico com a entidade acumuladora e com os demais adição indevida. Ou seja, deve se manter íntegro. Não
documentos do conjunto. deve haver eliminação, dispersão, inclusão indevida,
haja vista que pode se fazer a eliminação regularmente,
A respeito desse princípio cabe realizar as seguintes
com controle, mas não devem ser feitas, em hipótese
observações:
alguma, a dispersão e a adição.
 doc. de arquivo são acumulados organicamente;
 doc. de biblioteca, por sua vez, são acumulados de TERRITORIALIDADE: os arquivos públicos,
forma não orgânica, o que é tecnicamente chamado próprios de um território, seguem o destino deste
de coleção. último. Esse local pode ser nacional, regional e
institucional.
Arquivo: é constituído por documentos orgânicos
(acumulação natural).
Biblioteca: é formada por documentos não orgânicos
(acumulação artificial). Os documentos de uma
biblioteca são tecnicamente chamados de coleção.
CUMULATIVIDADE: refere-se ao fato de o arquivo ir PRINCÍPIO DA PROVENIÊNCIA (ponto de
crescendo ao longo do tempo através do acúmulo de partida/paradigma) ou princípio do respeito aos
documentos. fundos.
PROVENIÊNCIA OU RESPEITO AOS FUNDOS: Fundos: ordem interna x ordem externa
produzido por uma entidade coletiva, pessoa ou família
não deve ser misturado aos de outras entidades Considerado o princípio básico da arquivologia
produtoras (fixa a identidade do documento, segundo o qual o arquivo produzido por uma entidade
relativamente ao seu produtor). coletiva, pessoa ou família não deve ser misturado aos
de outras entidades produtoras, de acordo com o
Fundo de arquivo: conjunto de documentos de DBTA. Possui 2 vertentes (graus):
uma mesma entidade.
a. Respeito dos fundos  distinção e Compete ao Arquivo Nacional a gestão e o
indivisibilidade do fundo de um arquivo, reconhecimento dos docs. produzidos e recebidos pelo
isolado e circunscrevendo a entidade que Poder Executivo Federal, bem como preservar e
constitui o fundo. facultar o acesso aos docs. sob sua guarda e
b. Respeito à ordem original  respeitando ou encaminhar e implementar a política nacional de
restabelecendo a ordem interna do fundo. arquivos.
Conservar o arranjo dado pela entidade
Ministério da Gestão e Inovação em Serviços Públicos
produtora ou fluxo orgânico no qual os
documentos foram produzidos. Arquivo Nacional SIGA
 ordem material– organização física dos documentos. vinculado

 ordem intelectual – sequência lógica de produção dos Conarq define a política nacional de arquivos públicos
documentos. e privados.

Sinar implementa política nacional de arquivos


públicos e privados. O Sinar tem como
órgão central o CONARB.

1. Respeito aos fundos: ordem eterna, garante Art. 12 integram o Sinar:


integridade. I. Arquivo nacional;
2. Respeito à ordem original: ordem interna, II. Poder Executivo Federal;
conserva arranjo. III. Poder Legislativo Federal;
IV. Poder Judiciário Federal;
PRINCÍPIOS DE ARQUIVÍSTICA V. Estaduais dos Poderes Executivo e Judiciário;
Territorialidade (ou proveniência territorial) → doc. VI. DF e seus Poderes;
VII. Municípios dos Poderes Exec. e Legislativo.
fica próximo de onde foi produzido.
GESTÃO DE DOCUMENTOS
Pertinência (ou pertinência temática ou temático) →
reclassifica o doc. de acordo com o assunto. Nega Conjunto de procedimentos e operações técnicas
proveniência. referentes à produção, tramitação, uso, avaliação e
arquivamento de docs em fase corrente ou
Pertinência territorial → doc. deve ser transferido em
intermediaria, visando sua eliminação ou
função do conteúdo (local que se relaciona).
recolhimento (para guarda permanente). Chamado
Pertinência/respeito aos fundos → manutenção no adm de doc.
respectivo fundo.
NÍVEIS DE APLICAÇÃO
Ordem original (estrutura interna) → arquivo deve
Mínimo → programas de retenção e eliminação de
conservar o arranjo original.
doc. e procedimentos para recolhimento ou arquivo
Organicidade → relação natural entre doc. de um nacional daqueles de valor permanente.
arquivo em decorrência das atividades da entidade
Mínimo ampliado → existência de um
produtora. Espelham a estrutura, funções e atividades.
ou mais centros de arquivamento
Reversibilidade → procedimento ou tratamento intermediário.
empreendido em arquivos pode ser revertido, se
Nível intermediário → elaboração e gestão de
necessário.
formulários, elaboração de sistemas de arquivos
Da autenticidade → não sofreu alteração. Não se correntes, gestão de correspondência e doc. vitais, etc.
relaciona com o conteúdo. Citados, mantidos e
Máximo (todos os níveis) → gestão de
conservados sob custodia de acordo com
diretrizes adm., de correspondência e
procedimentos regulares que podem ser comprovados.
telecomunicações, de máquinas
Da confiabilidade (ou veracidade) → é real, copiadoras, uso de recursos de
independentemente da forma. Foco no conteúdo. automoção, etc.

Da naturalidade (ou cumulatividade) → acumulação


progressiva, natural e orgânica.
TEORIA DAS 3 IDADES
ORGANISMOS ARQUIVÍSTICOS
corrente intermediári permanent
o e Classificados em 3 tipos:
Fase/ 1ª fase do 2ª fase do ciclo 3ª fase do ciclo
idade ciclo de vida de vida ou 2º de vida ou 3º Morto → estão guardados docs. que nunca ou
ou 1º idade. idade. idade. pouquíssimas vezes são consultados. Apesar da
Frequênci muito menos frequente pouco
frequente frequente/raro
condição desse tipo de arquivo, não deve ser
a de uso
Local de próximo ao um pouco mais fácil acesso ao considerado deposito de lixo. Existem depósitos
guarda usuário. distante do público. próprios p/ esse tipo de arquivo.
usuário.
Acesso restrito ao restrito ao público geral. Ex: caixas de papelão.
produtor. produtor ou a
quem for Inativo → armazena docs. com pouca frequência de
autorizado por uso. Uma boa opção p/ esse tipo de arquivo, quando há
ele.
Relevânci essencial importante p/ importante p/a grande quantidade de docs. é a microfilmagem, cujo
a para adm. adm. sociedade. processo de reprodução fotográfica reduzida atinge
Valor primário – primário – legal secundário – 95% do tamanho original.
legal e fiscal. e fiscal. histórico,
probatório e Ativo → guarda docs. que são utilizados com muita
informativo. frequência, docs. em processo de conclusão e, do ano
Fins administra- administrativos científicos,
tivos sociais e letivo.
culturais.
diferentes dos Arquivos permanentes
fins p/os quais
foram  o arquivo e seus docs. passam a interessar mais aos
produzidos. pesquisadores (fins científicos, sociais e culturais)
do que aos produtores.
 devem situar-se em lugares acessíveis e dotados de
 Valores primários → atribuídos a um doc. em salas de pesquisas p/ atender ao público como
função do interesse que possa ter para a centros culturais, de informação, universidades etc.
entidade produtora, levando-se em conta a sua  considerando que a consulta é liberada ao público
utilidade para fins adm. e seu valor legal e (especial caso de arquivos públicos), é importante
fiscal. que possuam salas de consultas adequadas.
 Valores secundários → atribuídos a um doc.
3ª fase (última) do ciclo vital de docs. De valor
em função do interesse que se possa ter para a histórico, probatório e informativo devem ser
entidade produtora e outros usuários, tendo em definitivamente preservados.
vista a sua utilidade para fins diferentes Deve ser arquivado de forma definitiva (jamais
daqueles para os quais foram originalmente eliminado).
produzidos.
Arquivos intermediários Lei 8159/91
 de 2ª idade ou 2º fase do ciclo de vida dos docs. ou Art. 8º. Documentos públicos são identificados como:
ciclo vital. conjuntos documentais que, não sendo
mais de uso corrente nos órgãos produtores, por §1º Correntes → aqueles em curso ou que, mesmo
razão de ordem adm., legal ou financeira, aguardam sem movimentação, constituam objeto de consultas
sua eliminação ou recolhimento p/guarda frequentes.
permanente.
 não precisam ficar próximos aos setores de
§2º Intermediários → aqueles que, não sendo de uso
trabalho, pois têm uso menos frequente que os corrente nos órgãos produtores, por razão de interesse
arquivos correntes. adm, aguardam sua eliminação ou recolhimento p/
 ainda possuem valor primário, podendo ser guarda permanente.
requisitados p/ uso imediato.
 deveriam dar transferência de doc. que estavam no §3º Permanentes → conjunto de docs. de valor
arquivo corrente e sua consulta é restrita ao histórico, probatório e informativo que devem ser
produtor ou a quem ele autorizar. devidamente preservados.
 após o cumprimento do prazo de guarda, os docs.
de arquivo que estão no arquivo intermediário
podem ser recolhidos p/ o arquivo permanente ou GESTÃO DE DOCUMENTOS
eliminados, caso não possuam valor de guarda Fases em resumo
permanente.

Arquivo morto Produção


 racionalização na criação de docs.; Organicidade → relação natural entre doc. de um
 otimização do uso de recursos; arquivo em decorrência das atividades da entidade
 escolha criteriosa dos equipamentos e pessoas produtora. Espelham a estrutura, funções e atividades.
empregadas.

Utilização
PROTOCOLO
 fluxo percorrido pelo doc. no cumprimento de sua
função adm; Considera-se atividades de protocolos:
 armazenamento após o encerramento; recebimento
 atividades de protocolo, expedição, organização e
arquivamento. atuação classificação

Avaliação e destinação
 Estabelecimento de prazos de guarda e destinação expedição registro
final;
 eliminação periódica de docs;
distribuição tramitação
 transferência e recolhimento de docs. p/ seus
respectivos arquivos.
controle

Arquivo corrente  operação de arranjo → resume-se à


Conjunto de docs. em tramitação ou não que, pelo seu ordenação dos conjuntos documentais
valor primário, é objeto de consultas frequentes pela remanescentes das eliminações ditadas pelas
entidade que o produziu, a quem compete a sua adm. tabelas de temporalidade e executadas nos
arquivos correntes e intermediários.
Transferência x recolhimento
Métodos de arquivamento

Ideográfico numérico – duplex


Condições para o doc. ingressar no arquivo
 Métodos numéricos → mesmo que dentro da
permanente:
subclasse dos ideográficos – é necessário
 esgotamento do valor primário; elaborar um índice alfabético remissivo, ou
 existência do valor secundário, que não prescreve. seja, método do sistema indireto.
 Facilita a localização.
 Método duplex a documentação é dividida em
Classificação quanto à classes, por assuntos, partindo-se do geral p/ o
extensão
particular e não há limite p/ criação de novas
classes (ao contrário do método decimal).
Comissão permanente de avaliação de documentos:

setoriais gerais/centrais Elaborar os códigos de classificação de docs. e as


Descentralizados. Ficam Centralizados. Mais distantes tabelas de temporalidade e destinação de doc., que são
junto aos órgãos do local de
produtores/recebedores. produção/recebimento. instrumentos técnicos de gestão relativos às atividades-
fim de seus órgãos e entidades e submetê-los à
Principais princípios da arquivologia aprovação do Arquivo Nacional.
Unicidade → assume um lugar único na estrutura A tabela de temporalidade: um instrumento de
documental do grupo ao qual pertence e no universo
destinação, aprovado por autoridade competente, que
documental.
determina prazos e condições de guarda tendo em vista Oficial → trata de assunto de serviço ou interesse
a transferência, recolhimento ou eliminação de docs. específico das atividades de uma instituição.
 resultado prático do processo de
avaliação dos docs. de arquivos. Particular → quando é de interesse pessoal de
servidores de uma instituição.
Setores de protocolo
 Embora as atividades de protocolo, expedição
 Distribuição → os docs. foram recebidos, e arquivo corrente sejam distintas, o ideal é
classificados e registrados são preparados p/ que funcionem de forma integrada com vistas
serem encaminhados aos respectivos à racionalização de tarefas comuns.
destinatários internos.  As atividades dos arquivos correntes foram
 Expedição → procedimento de remessa das distribuídas em:
1. protocolo (recebimento e classificação, registro e
correspondências ou docs. p/ outras
movimentação);
instituições (destinatários externos).
2. expedição;
Introdução ao protocolo 3. arquivamento (propriamente dito);
4. empréstimo e consulta;
O tratamento de docs. em fase corrente permite 5. destinação.
aproveitar ao máximo a informação disponível
necessária à tomada de decisões, bem como os
recursos humanos e materiais existentes, objetivando Anexação x Apensação (na juntada)
aumentar a eficácia adm, possibilitar a rápida
recuperação dos docs. e das informações neles contidas Juntada é a união de processo(s) a processo ou doc.
e racionalizar sua guarda e preservação. avulso(s) a processo, realizando-se por anexação (em
caráter definitivo) ou apensação (em caráter
 Documentos correntes ou em fase corrente são temporário).
aqueles necessários ao desenvolvimento das
atividades de rotina de um órgão ou entidade, Principais diferenças: reversão do processo, numeração
por isso os procedimentos p/ a sua produção, dos processos e das páginas.
classificação, registro, atuação, controle da Documentos sigilosos devem ser encaminhados
tramitação e arquivamento tem o objetivo de diretamente ao respectivo destinatário.
facilitar o acesso às informações. Esse
conjunto de operações técnicas caracteriza os Ações de protocolo ao receber um doc.:
serviços de gestão de docs. correntes. 1. receber;
Classificação dos documentos 2. separar oficial do particular;
3. distribuir a particular;
Métodos elencados por Schellenberg: 4. separar a oficial de caráter ofensivo da de caráter
sigiloso;
 ação doc. se refere (funcional) 5. encaminhar a sigilosa ao destinatário;
 estrutura órgão produz (organizacional)
6. abrir a ostensiva;
 assuntos dos docs. (por assuntos)
7. tomar conhecimento pela leitura;
No protocolo, encaminhar as cópias, acompanhadas dos 8. interpretar e classificar;
antecedentes, ao setor de arquivamento, isto é, ao arquivo 9. apor carimbo de protocolo;
propriamente dito. 10. anotar abaixo do número e data a 1ª distribuição e o
código de assunto;
11. elaborar o resumo do assunto.
Correspondência Procedimentos decorrentes
Destino e procedência: Arquivamento, desarquivamento e empréstimo podem
Externa → trocada entre uma instituição e outras ocorrer no protocolo como atividades decorrentes.
entidades e/ou pessoas físicas, como ofícios, cartas e Porém, não são atividades de responsabilidade do
telegramas. protocolo.
Internos → trocada entre órgãos de uma mesma
instituição. São os memorandos e despachos circulares.
Controle de tramitação
O interesse:
Os procedimentos de controle da tramitação p/ os docs. durabilidade, assim como os de pH neutro (pH = 7, são
digitais são os mesmos adotados para os docs. não quimicamente inerentes), ao contrário do papel ácido
digitais. (pH<7) que tende a ser degradar mais rapidamente que
os alcalinos.
É vedada a tramitação de doc., avulso ou processo,
sem o respectivo registro no instrumento de 0 7 14
pH<7 ácido pH = 7 neutro pH>7 alcalino
encaminhamento e de controle da tramitação,
disponíveis em sistema informatizado ou
excepcionalmente em formulário. degrada não estável quimicamente inerte maior durab. estável

Triagem (seleção) → separação de correspondências,


docs. e processos que chegam à instituição: atividade Fumigação
realizada no protocolo.
(de valor permanente) Exposição de docs. a vapores químicos,
(tabela de temporalidade)
geralmente em câmaras especiais, a vácuo ou
Etapas das operações de arquivamento não, para destruição de insetos, fungos e outros
microrganismos.

De maneira sequencial sem muita distinção entre onde Conceitos gerais norma cassares
uma termina e a outra se inicia.
Preservação → conjunto de medidas e estratégias de
São as etapas: ordem adm., política e operacional que contribuem
direta ou indiretamente p/ a preservação da integridade
1. inspeção; dos materiais.
2. estudo (ou análise);
3. classificação; Conservação → conjunto de ações estabilizadoras que
4. codificação; visam desacelerar o processo de degradação de doc. ou
5. ordenação; objetos, por meio de controle ambiental e de
6. guarda de docs.
tratamentos específicos (higiene, reparos e
Protocolo pode ser dividido em 2 grandes áreas: acondicionamento).
1. Recebimento e classificação: Restauração → conjunto de medidas que objetivam a
 recebe os docs.; estabilização ou a reversão de danos físicos e químicos
 separa os docs. (oficial do particular, adquiridos pelo doc. ao longo do tempo e do uso,
ostensivo do sigiloso); intervindo de modo a não comprometer sua integridade
 encaminha os docs. de natureza sigilosa e e seu caráter histórico.
particular aos determinados destinatários;
 interpreta e classifica os docs. intensivos; Fatores de deterioração
 encaminha os docs. ao setor de registro e
movimentação. Ambientais Biológicos Interrupções Problema
inadequadas com
2. Registro e movimentação: manuseio e
 Atua na distribuição e redistribuição de vandalismo
docs. luz, insetos (broca), uso equivocado, dolo
umidade, fungos, roedores, transporte
Instrumento de pesquisa poluição microrganismos malfeito,
catálogo – unidades documentais atmosférica limpeza mal
planejada
catálogo → descreve unitariamente as peças
promover a ventilação dos ambientes de forma
documentais de uma série, ou ainda de um conjunto de
natural e artificial de baixo custo, inclusive com a
doc. respeitada ou a ordem de classificação.
disposição adequada do mobiliário, de forma a
Catálogo seletivo → instrumento de pesquisa que traz facilitar o fluxo do ar.
uma relação seletiva de doc. pertencentes a um ou mais recomendações p/ a produção e o
fundos e na qual cada peça integrante de uma unidade armazenamento de doc. de
de arquivamento é descrita minunciosamente (critério arquivo.

temático).
Procedimentos técnicos
segurança
Níveis de pH: acido x alcalino
Qualidade do papel é fundamental para a preservação
do doc. Papéis de pH alcalino (pH >7) têm maior
Controle de acesso → gestão arquivística precisa PRINCÍPIO DA INDIVISIBILIDADE OU
limitar ou autorizar o acesso a doc. por usuários e/ou INTEGRIDADE ARQUIVÍSTICA
grupos de usuários.
A preservação dos fundos deve ser feita de maneira
Uso de rastreamento → uso de doc. pelos usuários indivisível, ou seja, é preciso manter a integridade do
deve ser registrado pelo sistema nos seus respectivos arquivo, sem dispersar, mutilar, alienar, destruir sem
metadados. autorização ou adicionar documento indevido. É o
“respeito aos fundos” gerando a integridade
arquivística. Este princípio está conectado à ideia d e
Estágio de evolução dos arquivos inter-relacionamento dos documentos de arquivo – eles
ganham sentido dentro do seu contexto. Se esse
 Correntes (1ª idade) → guardam docs. mais princípio não fosse respeitado, o conjunto documental
novos e que estão sendo resolvidos.
do fundo seria dispersado e o princípio da proveniência
 Intermediários (2ª idade) → guardam docs.
não estaria sendo aplicado – por isso se afirmar que ele
que já foram resolvidos, mas ainda podem ser
questionados. deriva do princípio da proveniência.
 Permanentes (3ª idade) → guardam doc. que PRINCÍPIO DO RESPEITO À ORDEM ORIGINAL,
já prescreveram e são guardados pelo valor
ORDEM PRIMITIVA OU “SANTIDADE” DA
histórico.
ORDEM ORIGINAL
Em relação à extensão de sua atuação, os arquivos
Trata-se de desdobramento do princípio da
podem ser:
proveniência. Para o princípio do respeito à ordem
 Setoriais → instalados junto aos órgãos original, o arquivo deve conservar o arranjo dado por
operacionais (setores), cumprindo funções quem o produziu, seja uma entidade coletiva, pessoa
de arquivos correntes. ou família. Em outras palavras, ele deve ser colocado
 Central ou geral → acumulam em um no seu lugar de origem dentro do fundo de onde
único local docs. correntes provenientes provém.
das diversas áreas da instituição,
PRINCÍPIO DA ORGANICIDADE
centralizando os docs. correntes.
relação natural entre documentos de um arquivo em
Metadados
decorrência das atividades da entidade produtora.
DADOS estruturados e codificados, que descrevem e
PRINCÍPIO DA CUMULATIVIDADE OU
permitem acessar, gerenciar, compreender e/ou
NATURALIDADE O arquivo é formado por meio de
preservar outros dados ao longo do tempo.
acumulação, ou seja, seus registros são formados de
Natureza dos arquivos maneira progressiva, natural e orgânica em função do
desempenho natural das atividades da organização,
Valor primário → atribuído a um doc. em função do família ou pessoa, por produção e recebimento, e não
interesse que possa ter p/ a entidade produtora, de maneira artificial. Arquivos não são coleções (como
levando-se em conta a sua utilidade para fins adm. e em museus e bibliotecas), mas acumulações orgânicas.
seus valor legal e fiscal.
PRINCÍPIO DA REVERSIBILIDADE
Valor secundário → valor atribuído a um doc. em
função do interesse que possa ter p/ a entidade Procedimento ou tratamento aplicado aos arquivos
produtora e outros usuários, tendo em vista a sua poderá, necessariamente, ser revertido, caso seja
utilidade para fins diferentes daqueles p/ os quais foi necessário. Isso é necessário para evitar a
originalmente produzido. desintegração ou perda de unidade do fundo.

Classificação dos arquivos PRINCÍPIOS DA INALIENABILIDADE E


IMPRESCRITIBILIDADE
 Entidades mantenedoras → públicos,
institucionais, comerciais e pessoais. Princípios arquivísticos tipicamente aplicados ao setor
 Estágio de evolução → corrente, intermediário público, estabelecendo que a transferência de
e permanente. propriedade dos arquivos públicos a terceiros é
 Extensão de atuação → setoriais proibida; e que o direito público sobre os seus arquivos
(descentralizados) e gerias/centrais. não prescreve com o tempo.
 Natureza dos docs. → especiais (formatos) e PRINCÍPIO DA UNIVERSALIDADE
especializados (temas).
Implica ao arquivista uma abordagem mais geral sobre
a gestão dos documentos de arquivo antes de se
aprofundar em maiores detalhes sobre cada natureza
documenta.
PRINCÍPIO DA AUTENTICIDADE
Qualidade de um documento ser exatamente aquele que
foi produzido, não tendo sofrido alteração,
corrompimento e adulteração.
PRINCÍPIO DA VERACIDADE
Os docs. devem refletir a verdade, ou seja, o seu
conteúdo deve ser verídico, tendo confiabilidade para
servir como prova.

1. Lei n. 8.159/91 – Lei dos Arquivos

Art. 1º É dever do Poder Público a gestão documental


e a proteção especial a documentos de arquivos, como
instrumento de apoio à administração, à cultura, ao
desenvolvimento científico e como elementos de prova
e informação.
Art. 2º Consideram-se arquivos, para os fins desta Lei,
os conjuntos de documentos produzidos e recebidos
por órgãos públicos, instituições de caráter público e
entidades privadas, em decorrência do exercício de
atividades específicas, bem como por pessoa física,
qualquer que seja o suporte da informação ou a
natureza dos documentos.
Art. 3º Considera-se gestão de documentos o conjunto
de procedimentos e operações técnicas referentes à sua
produção, tramitação, uso, avaliação e arquivamento
em fase corrente e intermediária, visando a sua
eliminação ou recolhimento para guarda permanente.
Art. 4º Todos têm direito a receber dos órgãos públicos
informações de seu interesse particular ou de interesse
coletivo ou geral, contidas em documentos de
arquivos, que serão prestadas no prazo da lei, sob pena
de responsabilidade, ressalvadas aquelas cujos sigilo
seja imprescindível à segurança da sociedade e do
Estado, bem como à inviolabilidade da intimidade, da
vida privada, da honra e da imagem das pessoas.

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