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Assessoria - Plano

individualizado
Dra. Patricia Gonçalves

https://linktr.ee/pathy_prof
Sobre a autora
Graduada em Pedagogia com habilitação em Educação
Especial e em Filosofia pela UFPR, Neuropsicopedagoga,
Especialista em Metodologia do Ensino de Língua Portuguesa e
Literatura, Mestre em Filosofia, Doutora em Educação pela
UFPR na linha de pesquisa Cognição, Aprendizagem e
desenvolvimento humano e aluna do programa de Pós
doutorado UFPR. Possui experiência na Educação infantil,
Ensino Fundamental, EJA, Educação Especial com salas de
recursos, classe especial, estudantes surdos, disléxicos e
superdotados. Trabalhou como Professora web, Tutora no
ensino Superior à distância e como docente no Ensino
Superior. Atualmente leciona em cursos de pós graduação e
produz material didático e audiovisual para o ensino superior.
Pesquisa o desenvolvimento da inteligência humana, trabalha
diretamente com o enriquecimento curricular e avaliação de
estudantes Superdotados, TDAH, TEA, TOD e presta assessoria
a escolas, famílias e profissionais.

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@doutorapatriciagoncalves
Apresentação

Olá querido(a) professor(a)!

É um prazer imenso ter você nesta Assessoria.


Fico muito feliz com a sua iniciativa e espero conseguir lhe ajudar a
construir o Plano individualizado do seu aluno.
Juntos(as) vamos aprender um pouco mais sobre o público alvo da
educação especial, suas características, seus direitos, vamos elaborar um
check-list de aprendizagem, identificar potencialidades e construir um
planejamento que venha ao encontro das necessidades educacionais do
seu aluno, respeitando as suas fragilidades e desenvolvendo seu potencial,
retirando-o da caixinha do seu diagnóstico e valorizando suas
caracterísiticas individuais.
Sei que esta empreitada não é fácil, mas a partir deste momento eu estou
aqui para lhe ajudar a superar as dificuldades dos seus alunos, e as suas
também.
Conte comigo na construção de uma educação significativa e mais
inclusiva!

Dra. Patricia
Índice

Cohecendo meu aluno/Checklist da aprendizagem


1 – Lendo e compreendo o diagnóstico/avaliação
2 - Entrevista com a família
3 - Conhecendo meu aluno
4 - Aplicando avaliações pedagógicas e analisando condições cognitivas
5 - Analisando as dificuldades, identificando potenciais e eliminando
barreiras
Elaborando o Estudo de caso
1– Identificação
2 – Histórico
3 - Características e áreas de maior habilidade, dificuldade e interesse
4 – Características de aprendizagem
5 – Medidas adaptativas
6 – Equipe Multidisciplinar

Construindo o plano individualizado na Sala de aula e no AEE


1 - Na Sala de aula regular
2 – No AEE

Avaliação
1 - Avaliando no PEI/PDI/PTI
2 - Avaliando estudantes surdos ou com deficiência auditiva
3 - Avaliando estudantes Superdotados
4 - Avaliando estudantes com TGD e transtornos de aprendizagem
Conhecendo meu aluno/Checklist da aprendizagem

O modelo dessa Assessoria é mão na massa!


Imprima o Checklist que está nos anexos deste material e já vai
marcando cada uma das etapas que você realizar. Ah, não esqueça de
valorizar o seu progresso!

1 – Lendo e compreendo o diagnóstico/avaliação

O primeiro passo para construir o PEI do seu aluno é ler todos os


diagnósticos, laudos, avaliações relatórios, tudo o que a família trouxer. Em
alguns casos, também pode ser solicitado o envio destes documentos para
a escola anterior ou mesmo agendar uma reunião com a professora ou com
os professores de onde ele frequentou. Analise se essa é uma opção para
você.
Quando estiver realizando a leitura, não tenha receio em buscar o
significado de palavras e termos usados pelos profissionais. Lembre-se que
você é especialista na sua área e não saber algo a respeito da área do
outro, faz parte do processo. Caso fique com dúvidas ou tenha
questionamentos, tente agendar uma sessão de atendimento com o/os
profissionais. Isso pode contribuir muito!
Se a condição/diagnóstico for desconhecida ou se você sabe apenas
de ouvir falar, procure por artigos científicos que falem a respeito. Use
bases de dados como scielo, periódicos capes, eric, e evite julgamentos
precipitados e informações sem fundamento científico encontradas em
sites da internet. Se você está fazendo algum curso acadêmico, deseja
aprofundar seus conhecimentos ou começar a produzir seus próprios
artigos, essas são excelentes bases de dados.
No meu Instagram você encontra vários artigos, além da minha coleção
de e-books 10 perguntas e respostas para compreender diferentes áreas da
educação especial!
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2 - Entrevista com a família

Realizada a leitura de todo material, sanadas as suas dúvidas,


é hora de conhecer a família. Este não é um momento de julgamento:
saber se a família é pobre, rica, parente de quem, se é por isso que a
criança é assim ou não, nada disso! Esse é um momento de acolhimento. A
família precisa perceber que você está interessada(o) em ajudar, que
respeita e entende sobre a condição do menor e que deseja conhecer um
pouco mais sobre a sua trajetória acadêmica, antes de chegar até você.
Sugiro um roteiro com algumas perguntas importantes para construir
posteriormente o estudo de caso do estudante. Essa não é uma anamnese
formal, mas são algumas sugestões que podem nortear a conversa e lhe
ajudar a compreender um pouco mais sobre o (a) estudante.
Mas antes de começar a conversa/entrevista, se apresente à
família, ofereça um aperto de mão firme transparecendo segurança,
esclareça para eles que este ano você será o(a) professor(a) do filho(a)
deles, que você já leu os relatórios/laudos enviados e que gostaria de se
apresentar à família e conhecer mais a respeito do(a) estudante.
Esclareça que as informações serão inseridas no estudo de caso, que
este documento faz parte do Planejamento individual ao qual ele(a) tem
direito e que você está construindo. Lembre os pais que este documento é
de cunho pedagógico, que os únicos que terão acesso serão os professores
do estudante e que as informações são sigilosas e não serão divulgadas.
Sugestão de Roteiro de Entrevista/família:

Comece perguntando para a família acerca da concepção, gestação


e nascimento. Foi uma gravidez planejada, houve intercorrências, com
quantas semanas foi o parto, que tipo de parto foi realizado, chorou ao
nascer...

Desenvolvimento psicomotor – os marcos do desenvolvimento aconteceram


dentro do esperado? Idade com que sustentou a cabeça, andou, falou,
deixou as fraldas...

Inserção no ambiente escolar – Com que idade foi inserido na escola,


houve boa adaptação, como se sentia no ambiente escolar, como era seu
desenvolvimento, o que os professores relatavam...

Desenvolvimento acadêmico – Consideram que o (a) estudante acompanha


o conteúdo escolar, que tipo de adaptação já foi realizada anteriormente,
houve retenção, aceleração de série...

Como a família percebe:


- Sua memória:
- Vocabulário:
- Senso de justiça:
- Intensidade emocional:
- Senso de humor:
- Atenção:
- Coordenação motora:
- Funções executivas (habilidades para receber ordens, executar tarefas,
reter informações e utilizá-las em outros contextos, flexibilidade de
pensamento, resolução de problemas, planejamento...)

- Amizades: (tem amigos, a família considera que faz amizades com


facilidade, se adpata bem a novos ambientes e se socializa ou não...

- O(a) estudante faz uso de medicação, tem alguma alergia, restrição


alimentar, acompanhamento médico, psiquiátrico, psicológico,
fonoaudiológico, estimulação, entre outros?

- Quais são as áreas de maior habilidade/interesse?

- Como é a situação familiar e rotina da família? Ele(a) tem


responsabilidades em casa?

- Fora do ambiente escolar quais são as atividades que ele (a) frequenta?
Atendimentos, cursos, atividades de lazer...

- Há algo que não foi perguntado ou alguma informação importante que


você gostaria de acrescentar?

Antes de finalizar atualize o endereço e


os telefones da família. Pergunte em caso de
emergência quem deve ser avisado e qual o
telefone de contato.
3 - Conhecendo com meu aluno

Chegou o momento tão esperado de conhecer o seu aluno!


Sugiro que você faça esse momento antes do primeiro dia de aula, se
for possível. Assim, quando o(a) estudante chegar na escola se sentirá bem
recebido caso você já tenha realizado alguma alteração no ambiente
escolar e nas atividades que planejou para o dia. Além disso, agora ele já
lhe conhece e confia em você!
Mas, se você já é professor(a) deste aluno(a), fique tranquilo. Não
precisa esperar o ano que vem para fazer essa etapa. Você pode dizer
que está trabalhando na construção de um planejamento que pode
ajudá-lo(a) a aprender mais e melhor, e que gostaria de fazer algumas
perguntas.
Essa etapa deve ser realizada individualmente. Marque um dia e
horário antecipadamente (eles detestam não ter previsibilidade), evite que
o aluno esteja perdendo alguma atividade que gosta para estar com você,
procure um lugar tranquilo na escola como a biblioteca ou a sala de
informática e explique para ele(a) a intenção desta conversa.
Comece perguntando como ele se percebe na escola, se considera
que tem amigos, que atividades gosta de realizar...
Pergunte sobre outros espaços que frequenta, o que assiste, o que lê,
o que gosta de procurar na internet...
O que costuma fazer quando não está na escola...
Pergunte o que ele mudaria na escola se tivesse esse poder...
Você também pode perguntar como ele se sente nas aulas, quais
alterações considera que seriam relevantes para aprender mais, como
receber os materiais prontos e não precisar copiar do quadro, sentar mais
próximo do professor, ter uma mesa adaptada, um computador com
sistema de leitura dos textos (cegos), um gravador, interprete (surdos),
professor de apoio, enfim... aos poucos faça algumas sugestões caso
ele(a) esteja com receio.
Como considera que se sente melhor na sala, como acredita que
aprender melhor, ouvindo, vendo, fazendo...
Pergunte também se ele(a) considera a escola importante, se tem
sonhos de se formar, ir para uma faculdade, fazer um curso, ter uma
família... instigue as suas aspirações.
Se o(a) aluno(a) não conseguir se expressar peça ajuda para o
interprete, use prancha de comunicação, mas não deixe de realizar essa
etapa.

Em anexo, há algumas sugestões de atividades que você pode realizar com


ele(a) para aprofundar esse momento de conhecimento. Se ele(a) não
puder escrever, pode verbalizar para um escriba (você ou outro
profissional).

Questionário de Autoconhecimento - sugiro para estudantes do ensino


fundamental I e II.
Teste de inteligências múltiplas pode ser realizado com alunos a partir
do sétimo ano. Acesse no link abaixo:

http://idaam.edu.br/ambiente/multiplas-inteligencias/teste-multiplas-
inteligencias.html

Questionário de Estilos de aprendizagem (HONEY-ALONSO, 1999) que


está nos anexos, pode ser aplicado em alunos do ensino médio.
4 - Aplicando avaliações pedagógicas e analisando condições cognitivas

Nesta etapa você pode utilizar avaliações realizadas nos anos


anteriores para avaliar se o estudante apreendeu todos os conteúdos
esperados para a série, se há lacunas de aprendizagem ou no casos dos
superdotados, necessidade de aceleração escolar para aqueles com perfil
acadêmico. Nestes casos, podem ser utilizadas avaliações do ano em que
ele está matriculado ou do ano seguinte para analisar o quão a frente de
seu ano escolar ele está.
Também é possível utilizar o TDE II – Teste de desempenho escolar II
edição (STEIN, L. M, Giacomoni, C. H. e Fonseca, R. P. Teste de
Desempenho Escolar II. São Paulo: Vetor, 2019). Este é um material pago
que não pode ser copiado. Se a sua escola ou município tem uma equipe
multidisciplinar de atendimento e avaliação à estudantes público-alvo da
educação especial, vale a pena conversar com os responsáveis e solicitar
as folhas de aplicação. Este teste é composto por 3 subtestes que avaliam
leitura, escrita e aritmética. É um bom parâmetro para saber o nível
escolar do seu aluno.
Essa etapa pode ser realizada no mesmo momento da conversa ou em
um segundo momento se você julgar mais viável. É muito produtivo também
aplicar alguns jogos para analisar a memória, as funções executivas,
o controle inibitório, o planejamento, entre outras funções que foram
apresentadas na entrevista com a família.
5 - Analisando as dificuldades, identificando potenciais e eliminando
barreiras

Agora você vai montar uma pasta com todas as informações que já
temos até aqui:

- Avaliações/laudos/relatórios do(a) estudante.


- Entrevista com a família (do jeito que você foi anotando mesmo)
- Entrevista com o(a) estudante (do jeito que você foi anotando mesmo)
- Avaliações pedagógicas já corrigidas

Com base nestas informações nós vamos, a partir de agora, em 3


horas construir o PEI do seu aluno(a). Vamos lá?
Estudo de caso

Essa é a página inicial do seu Planejamento individualizado. Vou


repassar algumas informações aqui, mas, em suma, você vai inserir as
informações que coletou nas etapas anteriores: com a leitura da
documentação, a entrevista com a família, a entrevista com o(a) estudante
e os resultados das avaliações pedagógicas.
Essa etapa deve ser construída apenas uma vez por ano ou
quando você considerar necessário fazer alguma atualização.
Quando o (a) estudante receber algum novo diagnóstico, passar por um
novo processo de Avaliação Neuropsicopedagógica Multiprofissional,
mudar os atendimentos que frequenta, entre outros.

(Insira as informações a partir daqui. Arquivo word para alunos do curso)

CABEÇALHO DA INSTITUIÇÃO DE ENSINO


PLANO DE TRABALHO INDIVIDUALIZADO
NOME completo DO ESTUDANTE
ESTUDO DE CASO

I – IDENTIFICAÇÃO
Nome completo do estudante:
Data de nascimento:
Ano e turno escolar:
Diagnóstico registrado no laudo/condição/avaliação:
Professor(a):
Nome dos pais/responsáveis:
Em caso de emergência, entrar em contato com:
Telefone: ( )
Retenções ou acelerações:

II – HISTÓRICO
(Descreva brevemente as informações coletadas na entrevista com a
família)

III - CARACTERÍSTICAS E ÁREAS DE MAIOR HABILIDADE, DIFICULDADE E


INTERESSE
(Descreva as informações coletadas na sua entrevista com o estudante e
com base nas atividades de autoconhecimento que você realizou com
ele(a). Áreas de maior habilidade acadêmica, interesses, áreas de maior
dificuldade acadêmica, talentos, habilidades, interesses, perspectivas...
Aspectos sociais e psicoafetivos, descrição do comportamento esperado
para sua faixa etária em relação aos aspectos voltados à aprendizagem
do estudante...)

IV – CARACTERÍSTICAS DE APRENDIZAGEM
(Faça um relato de como o(a) estudante se sentiu diante da avaliação, se
foi colaborativo(a), resistente, comunicativo, reservado, se o seu
conhecimento está de acordo com o ano escolar inserido ou se está aquém
(quanto, por exemplo, ainda não está alfabetizado no quarto ano ou já
sabe conteúdos do terceiro e está no primeiro...) revelando um
levantamento dos aspectos de conteúdo acadêmicos do ano de matrícula
do estudante e funções como memória, atenção, linguagem e conceitos
adquiridos, obtidos através das atividades que você aplicou.
V - MEDIDAS ADAPTATIVAS
(Insira as medidas adaptativas que já foram realizadas. Adaptação do
espaço escolar, contratação de interprete, profissional de apoio, impressão
de materiais em fonte maior, compra de equipamentos leitores de textos e
insira também as suas sugestões caso considere necessário).

VI - EQUIPE MULTIDISCIPLINAR
(Inserir nome e contato dos (as) profissionais e preencher tabela como nos
exemplos)
Psicóloga: (nome e telefone de contato. Inserir na tabela dia e horário de
atendimento)
Fonoaudióloga:
Estimulação:
Futebol:

Atividades e acompanhamentos que frequenta fora do ambiente escolar

SEGUNDA-FEIRA
TERÇA-FEIRA
QUARTA-FEIRA
QUINTA-FEIRA
SEXTA-FEIRA

Se possível, criar uma tabela com os dias da semana e atividades que o(a)
estudante frequenta no contra turno ao ensino regular.
Construindo o Plano Individualizado no ensino regular e no AEE
1 – Na sala de aula regular

A parte do estudo de caso, como já explicado, você preencherá


somente uma vez por ano, ou quanto tiver alguma alteração ou atualização
das informações acrescentadas. A partir daqui, você vai construir o
Planejamento de acordo com o sistema da sua escola ou seja, semanal,
quinzenal e com os itens que o planejamento da sua unidade prevê. O
material abaixo é apenas uma sugestão. A diferença é que a cada
atividade você vai inserindo uma legenda com as adaptações que você
fará de acordo com as necessidades do seu aluno. Essa legenda pode ser
feita por cores. Por exemplo, meu aluno Autista será azul, o superdotado
laranja, o disléxico amarelo, o surdo vermelho, com baixa visão verde, com
Deficiência intelectual roxo, deficiência física marrom. Essa é apenas uma
sugestão. Você não terá toda essa diversidade na mesma sala de aula,
portanto, faça as opções que achar melhor.
Lembre-se: eu não conheço o seu aluno. Não li o seu
laudo/avaliação/relatórios, não conheci a família, não conversei com ele e
não sei os resultados das suas avaliações pedagógicas. Quem tem essas
informações é você. Quem é especialista no seu aluno, depois de todas
essas etapas, é você. E é por isso que eu tenho certeza que se você
chegou até aqui, você vai construir um excelente plano individualizado que
corresponda às demandas do seu aluno.
Volte no seu diagnóstico/avaliação, nas estratégias de
aprendizagem/ensinagem, reveja as adaptações de pequeno e grande
porte, se organize para, nas suas horas atividades/permanências, construir
materiais concretos, avaliar procedimentos, metodologias e atividades que
foram feitas e rever cada planejamento, mas, de forma alguma deixe de
fazer.
Com o tempo você perceberá que vai ficando mais fácil, pois, com
o passar das semanas você vai “pegando o jeito do seu aluno”, percebendo
seu estilo de aprendizagem, verificando seu crescimento pessoal, suas
áreas de maior habilidade, interesse, o que consegue realizar com
autonomia, o que precisa de ajuda, seu nível de controle inibitório, os
disparadores de crises, bem como a melhor maneira de voltar a calma.
Troque uma ideia com os demais profissionais, professor intérprete,
professor de apoio, demais professores e profissionais que o(a) atendem.
A seguir, você tem algumas sugestões de como pode colocar no
plano individualizado as adaptações que serão realizadas para os seus
alunos.

Para o estudante João esta atividade será realizada de forma verbal.


Para o estudante Pedro e para aqueles que terminarem com menor tempo
as atividades, vamos trabalhar o aprofundamento deste tema com a
sugestão do livro Margarida friorenta.
A estudante Maria, além do texto disponibilizado para todos os alunos,
também será entregue um resumo. Ela fará ao invés de um texto escrito.
A estudante Antônia receberá além de o texto escrito, um mapa conceitual
sintetizando o assunto explicado.
O estudante Marcos receberá o texto em fonte maior. Além disso,
levaremos ele e os demais estudante no pátio para explicar novamente a
fotossíntese, desta vez tocando nas folhas e recebendo as orientações.
Para o estudante Bruno, será ofertada também a mesma experiência de ir
pátio para explicar novamente a fotossíntese, desta vez tocando nas folhas
e recebendo as orientações.
Perceba que algumas atividades como a que será oferecida para o
estudante com baixa visão, para o aluno com deficiência intelectual, para
o superdotado, também podem ser oferecidas para todos os demais alunos
É por isso que hoje precisamos superar a visão outrora tão pregada da
inclusão que, na prática muitas vezes o incluir se resumiu a colocar dentro,
como foi feito em tristes realidades pelo Brasil, para dar lugar a um
movimento de expansão. Expansão de ideias, de práticas diferenciadas,
de novas formas de aprender e de ensinar que você pode realizar com
todos os alunos oportunizando diferentes formas de se apreender os
conteúdos.
Mas para isso, você precisa pensar fora da caixa.
Fora da caixa da inclusão igualitária que você aprendeu na faculdade,
fora da caixa em que te disseram que seu aluno deve estar por conta da
sua condição e mais: fora da caixa da procrastinação e das desculpas
para não colocar em prática os direitos dos seus alunos. Todos nós
sofremos com falta de recursos, todos nós esbarramos em algum momento
na burocracia, todos nós gostaríamos de ser melhores remunerados pelo
que fazemos e todos nós temos problemas pessoais que nos desgastam.
Mas, todos nós também escolhemos estar neste lugar.
Hoje em dia existem inúmeras profissões que podem ser exercidas
apenas por notório saber, sem necessariamente ser preciso ter cursado
uma faculdade para isso. Há muitas opções no mercado de trabalho.
Então, se você fez a opção por estar em uma sala de aula sendo
responsável pela educação de crianças e adolescentes sedentos por saber,
faça bem feito! Conheça seu aluno, entenda sua condição, prepare
materiais e recursos que possam ajudá-lo a aprender e comemore cada
vitória! Você vai perceber que aos poucos essas alterações beneficiarão
não apenas o aluno PAEE, mas todos os outros, pois sua sala se tornará
muito mais rica diversificada e cheia de oportunidades de aprendizagem!
Vamos lá?
(Comece a editar o planejamento a partir daqui. Arquivo word para alunos
do curso)

Tema/Conteúdo:
Deve estar de acordo com a BNCC ou do material utilizado na instituição,
correspondendo com o ano escolar em que o estudante está inserido.

Objetivo Geral:
Objetivo do trabalho a ser desenvolvido tomando como referência o acesso
ao currículo do ano de matrícula no ensino comum de forma a amenizar as
defasagens e desenvolver o potencial do estudante. Contudo, as
adaptações relativas aos objetivos e conteúdos podem incluir a priorização
de determinados objetivos e áreas ou unidades de conteúdos, a
reformulação da sequência de conteúdos e a eliminação de conteúdos
secundários.

Objetivos Específicos:
O mesmo vale para os objetivos específicos. Etapas que se pretende
desenvolver para atingir o objetivo geral. Em outras palavras, os objetivos
específicos são o detalhamento do objetivo geral que devem vir ao
encontro do que você deseja ensinar ao seu aluno neste momento, pois
esses ajustes nos objetivos e conteúdos devem adequar-se às
características e atender às características individuais do estudante.

Período:
No que diz respeito à temporalidade, podem ser feitos ajustes aumentando
ou diminuindo o tempo previsto para determinado objetivo ou conteúdo,
como a demanda de um maior tempo para os alunos surdos nas atividades
exclusivamente verbais ou para alunos cegos em atividades escritas, tempo
de aprofundamento para os superdotados, mais tempo para os alunos com
deficiência intelectual...

Metodologia/Estratégias de Adaptação:
Descrever o percurso de aprendizagem partindo do conhecimento prévio
do estudante. É importante criar situações de aprendizagem que
aproximem o máximo possível os conhecimentos trazidos pelo estudante ao
currículo do ano de matricula. Para tanto, é preciso organizar o espaço, os
materiais, procedimentos e equipamentos em função das propostas de
ensino planejadas em relação ao ano de matricula do estudante no ensino
comum, respeitando suas dificuldades e potencializando seus talentos e
áreas de interesse, proporcionando assim, equidade educacional. Nela
devem estar presentes as adaptações de método, de instrumentos ou de
recursos.
É aqui que você vai colocar as adaptações de acordo com a cor da
legenda que você definiu. Aponte como será realizada a adaptação e
quais instrumentos serão utilizados para tal. É importante utilizar uma
variedade de ferramentas e instrumentos, pois, quanto mais diversificada
sua aula for, mais oportunidades o estudante PAEE e os demais terão para
demonstrar seu conhecimento.

Segue outras sugestões:


Mapa conceitual
Vídeos (pode recomendar ou pedir que o aluno faça se ele se sentir à
vontade)
Provas verbais (para estudantes com dificuldades ou impossibilidade de
escrita)
Infográficos
Podcast (você pode sugerir ou pedir que o aluno crie o seu)
Desenhos
Provas objetivas
Maquetes
Construção de desenhos em quadrinhos
Poesia
Provas digitais
Debates
Grupos de estudos
Experimentos no laboratório
Aulas de campo (pode ser dentro dos espaços da escola mesmo, são
ótimas oportunidades de trabalhar conteúdos de ciência, sociologia,
história)
Visitas a teatros, cinemas, museus (sei que nem sempre é fácil organizar,
nem sempre temos ônibus, mas quando possível é uma excelente opção. Só
se lembre de verificar a acessibilidade do local).

Recursos:
Materiais que você adaptou, equipamentos, livros, demais recursos.
Insira aqui também os materiais que você deseja solicitar via secretaria de
educação, direção escolar, família...

Avaliação: (item próprio)


2 - No AEE
Para os professores que atendem no Atendimento Educacional
Especializado – AEE, tudo deve ser realizado da mesma forma até a
parte do estudo de caso, a saber, a leitura da documentação, a
entrevista com a família, a entrevista com o(a) estudante, os resultados das
avaliações pedagógicas e a construção do estudo de caso.
A diferença estará no planejamento dos atendimentos, pois neste
caso não trabalhamos com conteúdo sistematizado, mas com conceitos:
desenvolvimento da memória, planejamento, funções executivas,
habilidades de comunicação entre outros. De acordo com o MEC, o AEE
tem como função identificar, elaborar e organizar recursos pedagógicos,
estratégias de ensino e de acessibilidade que eliminem as barreiras para a
plena participação dos alunos, considerando suas necessidades
específicas.
Além disso, é muito importante estar em parceira com os
professores da sala de aula regular para conhecer um pouco mais das
necessidades acadêmicas do seu aluno. Contudo, é importante ressaltar
que AEE não é reforço! É claro que você pode apresentar um conteúdo
trabalhado em sala com diferentes materiais, com um tempo maior de
exposição ou com uma explicação diferenciada, mas, nada de passar
exercícios repetitivos de fixação, cruzadinhas, caça palavras, caligrafia,
cópias e atividades de cunho artesanal de forma descontextualizada. Essas
atividades estão proibidas! (na minha opinião não só no AEE, deveriam ser
proibidas em todas as escolas).
Segue algumas sugestões de objetivos que você pode adaptar de
acordo com as necessidades do seu estudante:
- Possibilitar
- Estimular
- Desenvolver
- Promover
- Superar
- Organizar
- Identificar
- Planejar
- Reconhecer
- Estimular

Os períodos podem ser mais longos também: bimestre, trimestre,


semestre, vai depender da organização da sua escola ou município. Além
disso, as atividades podem ser realizadas em grupo. Essa divisão fica a
critério do professor que pode reunir seus alunos por habilidades,
dificuldades, áreas de interesse ou objetivo a ser trabalhado.
É preciso também organizar um cronograma de atendimento. Pode
ser que os estudantes frequentem duas, três vezes por semana, fica a
critério do professor avaliar a necessidade.

Organização do atendimento:
Dias de atendimento: 2ª, 5ª e 6ª.
Tempo de atendimento (em horas ou minutos por sessão): 6 horas (total da
semana)
Composição do atendimento: ( ) individual ( ) em grupo
Os demais itens

Metodologia:
Estratégias de Adaptação:
Recursos
Avaliação:

Podem seguir as mesmas orientações do modelo de Plano


individualizado para a sala regular, descrevendo de acordo com o conceito
ou tema que você está trabalhando nos atendimentos.
É importante que o professor esteja ciente de que, no caso dos
superdotados, “por geralmente aprenderem mais rápido que os demais
colegas e por terem áreas de interesse específicos, nem sempre voltados
para os conteúdos do ensino regular, o professor precisa ser bastante
dinâmico e criativo para que suas intervenções sejam realmente atraentes”
(GONÇALVES, 2021, p.89).
Sugiro que você procure parcerias com universidades, profissionais
aposentados que possuam especializações em alguma área de interesse
dos estudantes, ONG’s e demais instituições locais voltadas para o
desenvolvimento de pesquisas, com o objetivo de proporcionar novas
aprendizagens ou o aprofundamento de algum tema de interesse dos
estudantes. Outra forma de estimulá-los, são participações em
competições e concursos nacionais e internacionais, como a Olimpíada de
Astronomia (OBA), a Olimpíada Brasileira de Matemática das Escolas
Públicas (OBMEP), entre outros eventos, de venham ao encontro do
interesse dos seus alunos. Por mais interessante que você considere a
participação em um evento, se não for do interesse dos seus alunos, não
fará sentido para eles.
Avaliação
1 - Avaliando no e o PEI/PTI/PDI:

Nesta etapa você deve avaliar os resultados obtidos pelo estudante


e redirecionar as propostas que não foram satisfatórias. Para atender
as especificidades dos alunos PAEE em relação à avaliação, você pode
alterar os instrumentos padrões utilizados, como, por exemplo, possibilitar
que um aluno cego faça a prova em braile ou oralmente, elaborar provas
mais objetivas e com menor número de questões para estudantes dentro do
Transtorno do Espectro Autista e Dislexia. Dar espaço para um estudante
superdotado expressar sua opinião ou crítica sobre o tema. Contudo, caso
não atinja o resultado esperado por você ele não deve ser punido por isso.
Lembre-se a intenção é oportunizar e não punir.
Dentro do grupo da educação especial é importante considerar que o
mais importante é a aprendizagem de conteúdos e os avanços do
estudante com relação a si mesmo, e não comparado aos demais.
Assim, falando especificamente do grupo com algum tipo de deficiência
intelectual ou dificuldade de aprendizagem, esse conteúdo muitas vezes
precisará ser frequentemente revisto para não ser esquecido e para que o
professor possa, a partir desta retomada, ir aos poucos ensinando novos
conceitos (GONÇALVES, 2023).
Lembrando que rever um conteúdo não consiste necessariamente
em repeti-lo. É importante apresentar um mesmo conteúdo de diferentes
maneiras, considerando que o estudante pode não ter compreendido da
forma com que o professor expôs da primeira vez e que, especificamente
quando falamos de alunos com algum dos sentidos prejudicados, é
importante explorar todos os sentidos, como forma de estimular seus
demais que foram preservados.
Logo, antes de avaliar um estudante especial, é preciso retomar
os conteúdos ensinados de diferentes formas e perceber através da
realização das atividades em sala se ele já reteve o conteúdo inicialmente
proposto, para só então depois verificar essa aprendizagem por meios
formais, que nem sempre precisa necessariamente ser uma prova.
Avaliar diversos estudantes utilizando a mesma métrica é uma
forma muito injusta de aferição de conhecimento sobre um tema, já que
dessa forma não são respeitadas as habilidades e limitações de cada um.
Além disso, a avaliação não deve ser um momento pontual em que você
avalia tudo o que foi trabalhado em determinado período.
Realizar a construção de um portfólio pode facilitar a avaliação
acerca do que o estudante aprendeu ao longo do processo, com quais
recursos ele se adaptou melhor, se apresentou melhores resultados em
atividades com desenho, pintura, oralidade, instrumentos concretos, entre
outros.
Para Sartoretto, (2010, p. 3) com o portfólio no processo de avaliação
podemos:

- melhorar a dinâmica da sala de aula consultando o portfólio


dos alunos para elaborar as atividades:
- evitar testes padronizados;
- envolver a família no processo de avaliação;
- não utilizar a avaliação como um instrumento de classificação;
- incorporar o sentido ético e inclusivo na avaliação;
- possibilitar que o erro possa ser visto como um processo de construção de
conhecimentos que dá pistas sobre o modo cada aluno está organizando o
seu pensamento.
Assim, o portfólio é um importante recurso, pois permite ao professor
acompanhar o processo de aprendizagem dos estudantes especiais
analisando a construção do conhecimento de cada um, sempre em relação
a si mesmo e não a uma turma homogênea em que todos aprendem da
mesma forma e ao mesmo tempo, o que sabemos que na prática
dificilmente ocorre.
Essa é uma oportunidade de além de avaliar o que o aluno
aprendeu, avaliar o que deu certo. Reveja suas estratégias, reflita sobre
o que pode ser diferente, troque ideias com outros professores, repita o
que está dando certo e nunca tenha vergonha de rever estratégias,
métodos e conceitos!

8.2 - Avaliando estudantes com deficiência

Os estudantes surdos podem apresentar dificuldades em expressar


todo seu conhecimento por meio de uma prova escrita, considerando que
nem sempre o que se traduz em Libras é a forma literal como falamos.
Nesse sentido, exceto no caso das provas de língua portuguesa, para
aqueles que se comunicam por Libras, é essencial que seja oferecida a
oportunidade de seu intérprete auxiliá-lo. Assim como para os estudantes
cegos e com deficiência intelectual, é importante prestar atenção no
número de questões e na forma com que elas são redigidas, considerando
o objetivo do conteúdo que se pretende avaliar (GONÇALVES, 2023).
Também é possível solicitar a construção de desenhos, infográficos,
mapas conceituais, ou – no caso de avaliações da disciplina de língua
portuguesa – que este estudante tenha a oportunidade de fazer uso de um
computador portátil que o auxilie na escrita das respostas, caso o professor
esteja avaliando, por exemplo, a produção de um texto ou de uma poesia
(GONÇALVES, 2023).
No caso dos estudantes com baixa visão, é possível imprimir as
avaliações em fonte maior. Mas, para isso, é preciso que você saiba o
quanto ele(a) enxerga e se apenas essa adaptação é o suficiente. Os
estudantes cegos tem direito a um profissional ledor nas provas nacionais,
concursos e avaliações oficiais. Em sala de aula, você ou o professor de
apoio podem realizar essa função. Nestes casos, a realização da prova
deve ocorrer em um espaço licencioso para que o estudante possa
entender todas as consignas com atenção, quantas vezes ele considerar
necessário. Evite excesso de imagens, gráficos, tabelas, pois isso dificulta o
trabalho do ledor e pode afetar o desempenho do estudante.
Assim, ainda que ele tenha este profissional é preciso realizar uma
avaliação adaptada com questões diretas e objetas onde você pergunte
exatamente o que deseja saber. E mais uma vez: a avaliação não deve se
resumir a um único momento. Prefira avalia-lo no dia-a-dia escolar ou
através de provas orais.
No caso dos estudante com deficiência intelectual, tudo vai
depender do nível de entendimento e aprendizagem que ele possui. As
adaptações em relação a tornar as perguntas mais claras e objetivas
também se empregam aqui. Evite infantilizar este e os demais processos
em sala de aula. Sua função é entender as necessidades do estudante,
adaptar os conteúdos, a forma de explicação, avaliação, mas é importante
respeitar não apenas o nível de entendimento, mas também a idade
cronológica do seu estudante.
Importante: em nenhum momento a legislação nacional proibe a
retenção de estudantes PAEE. Se você considera que o seu estudante
não atingiu os resultados de aprendizagem suficientes para ser aprovado,
a reprovação pode ser considerada. Por isso é tão importante manter
registros, diversificar as formas de avaliação e registrar no seu Plano
individualizado todas essas informações sobre o seu desenvolvimento.
3 - Avaliando estudantes com TGD e transtornos de aprendizagem

Assim como nas condições apresentadas anteriormente, para os


estudantes com TGD e transtornos de aprendizagem, é preciso considerar
que o que está sendo avaliado é a aprendizagem do estudante em
relação aos conteúdos ensinados na disciplina. Logo, seria injusto
descontar pontuação de um estudante com dislexia por não escrever
corretamente as palavras em provas que não sejam de língua portuguesa,
dado sua dificuldade com a aquisição da leitura e da escrita.
As orientações dos órgãos nacionais, no momento da realização de
avaliações padronizadas, é o de que seja disponibilizada uma hora a mais
para que os estudantes PAEE possam realizar essas provas. Contudo, a
extensão do tempo não assegura que este estudante terá um êxito
maior considerando que, a depender de seu poder de concentração, ele
não terá interesse em permanecer mais tempo na sala que seus colegas.
O que recomendamos é que as avaliações sejam verdadeiramente
adaptadas, com questões menos complexas e mais objetivas, que se
analise o uso excessivo de imagens, principalmente para os estudantes
dentro do Transtorno do Espectro Autista, que apresentam dificuldades em
analisar expressões e compreender frases com duplo sentido ou uso de
metáforas, adequando as avaliações e oportunizando aos estudantes a
expressão do seu conhecimento (GONÇALVES, 2023).
No caso destes estudantes, além da construção de um portfólio, sugiro
outras adaptações como: alteração na construção dos enunciados,
tornando-os mais breves e claros possível; construção de objetivos
individualizados, considerando que o aluno deve ser avaliado de acordo
com seus avanços e não em relação aos demais colegas; e a utilização de
materiais concretos que possam auxiliar o estudante na construção do seu
raciocínio.
4 - Avaliando estudantes Superdotados

Podemos pensar que, devido ao fato de os estudantes superdotados


apresentarem facilidade de aprendizagem, eles podem ser submetidos a
processos de avaliação mais complexos e com maior número de questões
ou aprofundamento dos conteúdos. Contudo, essa é uma visão equivocada
desta condição.
Primeiramente, esse equívoco ocorre porque os superdotados podem
ter habilidades específicas e muitas vezes estas podem não estar
relacionadas aos conteúdos escolares – como os que têm habilidades
cinestésicas, intrapessoais e interpessoais – e depois, como vimos, a
avaliação não deve ter caráter punitivo e oferecer uma avaliação mais
complexa ou com maior número de questões para o superdotado pode
soar como uma punição (GONÇALVES, 2023).
O que sugerimos é que, caso a habilidade do estudante esteja
dentro da disciplina e do conteúdo da disciplina, o professor ofereça a
ele um espaço como comentar determinado assunto, ou uma questão de
matemática mais aprofundada, mas com o objetivo de que ele possa
expressar sua maior habilidade em relação aos demais colegas, mas sem
ser prejudicado, caso não atinja o resultado esperado (GONÇALVES,
2023).
Dito de outro modo, o professor pode adicionar uma questão ou a
oportunidade de o estudante apresentar seu conhecimento
aprofundado sobre o conteúdo em um momento em sala, mas sem
desconto de nota, ou seja, essa ocasião deve ser oferecida como uma
oportunidade de você avaliar o quanto o estudante sabe, para
posteriormente trabalhar nas atividades de enriquecimento, mas não de
punir o estudante por não saber algo que não foi cobrado dos demais.
Muito obrigada por ter chegado até aqui!
Eu e todos os seus estudantes, sejam eles PAEE ou não, agradecemos
imensamente todo o seu empenho e vontade de aprender e fazer a
diferença na vida de tantas pessoas!
Parabéns!
Parabéns pela sua busca incansável por conhecimento, pelo seu ímpeto em
fazer a diferença e pela sua proatividade em buscar por conta própria a
como melhorar o seu planejamento e as suas aulas. Você já é uma
influência muito positiva no seu local de trabalho. Comemore e
incentive outros colegas a atualizarem suas práticas!
Nos vemos no nosso próximo encontro da Assessoria, com todas essas
etapas realizadas para discutirmos as alterações necessárias. Mas, se ficou
alguma dúvida ou deseja me mandar um recadinho antes, o nosso suporte
é realizado através do e-mail:

doutorapatriciagoncalves@gmail.com
10 - Bônus

Além de tudo o que você já aprendeu aqui, segue em anexo alguns bônus,
que só são disponibilizados para os alunos do curso, mas que abri uma
excessão especial para você!

Checklist da Aprendizagem
Roteiro de Entrevista com a família
Questionário de Autoconhecimento
Questionário de estilos de aprendizagem

Editáveis:
Estudo de caso
Modelo PEI - Ensino regular
Modelo PEI - AEE
Referências

APA – AMERICAN PSYCHIATRY ASSOCIATION. Diagnostic and Statistical Manual of Mental disorders -
DSM-5. 5 ed. Washington: American Psychiatric Association, 2013.

ARANHA, M.S.F. Projeto Escola Viva garantindo o acesso e permanência de todos os alunos na escola:
Alunos com necessidades educacionais especiais/ Adaptações Curriculares de Grande Porte. Brasília:
MEC/SEE, 2000.

ASSUMPÇÃO JUNIOR, F. B.; KUCZYNSKI, E. Autismo: conceito e diagnóstico. In: SELLA, A. C.; RIBEIRO,
D. M. (org.) Análise do comportamento aplicada ao transtorno do espectro autista. Curitiba: Appris,
2018.

BRASIL. Constituição da República Federativa do Brasil, de 1988. Diário Oficial da União, Poder
Legislativo, Brasília, DF, 5 out. 1988. Disponível em:
https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/constituicao.htm. Acesso em: 09 nov. 2022.

BRASIL. Decreto n. 6.096, de 24 de abril de 2007. Diário Oficial da União, Poder Executivo, Brasília,
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BRASIL. Decreto n. 7.611, de 17 de novembro de 2011. Diário Oficial da União, Poder Executivo, Brasília,
DF, 18 nov. 2011. Disponível em: https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2011-
2014/2011/decreto/d7611.htm. Acesso em: 09 nov. 2022.

BRASIL. Lei n. 9.394, de 20 de dezembro de 1996. Diário Oficial da União, Poder Legislativo, Brasília,
DF, 23 dez. 1996. Disponível em: http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/l9394.htm. Acesso em: 09
nov. 2022.

BRASIL. Lei n. 10.172, de 9 de janeiro de 2001. Diário Oficial da União. Poder Legislativo, Brasília, DF, 10
jan. 2001. Disponível em: https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/leis_2001/l10172.htm. Acesso
em: 12 dez. 2022.

BRASIL. Lei n. 13.005, de 25 de junho de 2014. Diário Oficial da União, Poder Legislativo, Brasília, DF,
26 jun. 2004. Disponível em: http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2011-
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BRASIL. Ministério da Educação. RESOLUÇÃO Nº 4, de 13 de junho de 2010. Define diretrizes


curriculares nacionais gerais para a Educação Básica. Brasília, DF, 2010. Disponível em:
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COOK, A.; POLGAR, J.; ENCARNAÇÃO, P. Assistive Technologies: Principles and Practice. 5 ed.
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GONÇALVES, Patricia. Práticas pedagógicas inclusivas. Curitiba: Editora IESDE, 2023.


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SARTORETTO, M. L. Como avaliar o aluno com deficiência? Porto Alegre: Assistiva Tecnologia e
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SELLA, A. C.; RIBEIRO, M. D. (org). Análise do Comportamento Aplicada ao Transtorno do Espectro
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UNESCO. Declaração de Salamanca e Enquadramento da Ação na Área das Necessidades


Educativas Especiais. Lisboa: Instituto de Inovação Educacional, 1994.

VANDERHEIDEN, G. C.; VANDERHEIDEN, K. R. Accessible design of consumer products: Guidlines for


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