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PESQUISA DE PREVENÇÃO AOS RISCOS CARDIOVASCULARES

ALIADOS AO ESTRESSE OCUPACIONAL E SEDENTARISMO

Um levantamento do Instituto Nacional de Cardiologia (INC) mostra que,


entre 2008 e 2022, o número de internações por infarto aumentou no Brasil
consideravelmente. Entre os homens, a média mensal passou de 5.282 para
13.645, alta de 158%. Entre as mulheres, a média foi de 1.930 para 4.973,
aumento de 157%.

Atualmente, alguns dos principais fatores que podem levar ao ataque do


coração são a má alimentação (níveis de colesterol alto), sedentarismo e, muita
das vezes, o estresse. Os altos níveis de estresse podem causar taquicardia e
aumento da pressão arterial, condições que, quando persistem por muito tempo,
podem aumentar o risco de infarto e AVC. E uma das principais causas de
acúmulo de estresse está no ambiente de trabalho.

Levando isso em consideração, foi elaborada uma pesquisa de prevenção


e cuidados a serem tomados no ambiente de trabalho e assim garantir a saúde
do colaborador. Para isso, duas voluntárias, de uma determinada empresa, onde
o ambiente de trabalho é estressante, foram escolhidas para adotarem diferentes
estilos de vida e serem avaliadas no decorrer de 4 semanas.

Durante esse período, a voluntária A passou a ter as seguintes mudanças:


uma alimentação mais balanceada e saudável, prática de exercícios diariamente
(nada fora do comum) e dormir no mínimo 7h por noite. Diferentemente, a
voluntária B continuou sua rotina “normal”: onde a alimentação é pouco
balanceada, sedentarismo e poucas horas de sono.

Vale ressaltar que as duas desempenham a mesma função e ambas


trabalham sentadas o dia inteiro, o que é relevante e prejudicial à saúde. Além
disso, a pressão arterial das voluntárias foi monitorada diariamente durante o
período da pesquisa, sendo assim, obtendo um resultado melhor.
A tabela abaixo mostra detalhes sobre as voluntárias e, logo em seguida,
os resultados decorrentes das “mudanças” no estilo de vida:

Altura Peso Pressão


Voluntária A 1,70 cm 68 kg 120/80 mmHg
Voluntária B 1,68 cm 65 kg 120/80 mmHg

A seguir, o resultado do monitoramento das voluntárias, feito diariamente,


durante 4 semanas:

Voluntária A Voluntária B
1ª Semana Pressão arterial se manteve a A pressão arterial se manteve a
mesma durante a semana. mesma. A princípio não sentiu
Melhora no bem-estar, porém diferença, mas ao decorrer da
com uma certa dificuldade de semana, apresentou menos
se livrar de maus hábitos disposição e mais cansaço
alimentares e físicos.

2ª Semana Pressão arterial se manteve Houve variações na pressão


igual. Perda de peso, melhor arterial, pequeno aumento de peso,
condicionamento físico, mais rigidez nas articulações, piora
melhoria nos aspectos físicos na saúde mental (maior estresse).
além de melhora no apetite.

3ª Semana Sem alterações na pressão Cansaço e letargia constante,


arterial, aumento de libido, problemas para dormir, variações
melhor desempenho das na pressão arterial, apneia do sono,
atividades diárias, menos maiores picos de estresse, dores
acúmulo de estresse, melhoras em algumas regiões do corpo.
na pele.

4ª Semana Melhoria no bem-estar, melhor Mudanças no metabolismo e


condicionamento físico, aumento de peso, oscilação na
melhoria na libido, aumento de pressão arterial, má qualidade de
concentração, perca de sono, enfraquecimento de
gordura, melhor desempenho músculos, dificuldades de
em atividades laborais e concentração, desmotivação, entre
cotidianas, entre outros. outros.

Com base nos dados acima, fica explícito, portanto, que pequenas
mudanças diárias podem fazer uma enorme diferença à saúde à longo prazo.
Isto é, atividades físicas, alimentação saudável, sono regulado, controle de peso
entre outros, são essenciais para uma melhor qualidade de vida não só no
ambiente de trabalho, mas em todos os ambientes.

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