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Atividades e Exercícios Físicos na Pandemia: podem ajudar?

Autor:Jorge Ricardo de Souza Araujo


29/03/2021
RESUMO
Há mais de um ano, o mundo inteiro vem passando por um pesadelo por assim dizer. Um
surto mundial do SARS-CoV-2, doença causada pelo coronavírus.Coronavírus é um vírus
zoonótico, um RNA vírus da ordem Nidovirales, da família Coronaviridae (1).Estes vírus
provocam infecções respiratórias, tendo sido isolados pela primeira vez na década de 30,
sendo descritos como tal na década de 60, como decorrência da sua aparência na
microscopia assemelhando-se uma coroa (2). Temos alguns tipos de coronavírus conhecidos
até o momento são: alfa coronavírus HCoV-229E e alfa coronavírus HCoV-NL63, beta
coronavírus HCoV-OC43 e beta coronavírus HCoV-HKU1, SARS-CoV (causador da
síndrome respiratória aguda grave ou SARS), MERS-CoV (causador da síndrome
respiratória do Oriente Médio ou MERS) e SARSCoV-2, sendo esse uma nova variante
coronavírus, descrito no final de 2019 após casos registrados na China. Sendo chamada de
COVID-19(2).Diante desse novo quadro mundial, tudo comoconhecíamos mudou. Simples
gestos de carinhos como, abraços, beijos ou apenas um aperto de mão, não eram mais
seguros. O que dizer então de coisas fundamentais para nós seres humanos, trabalho, saúde,
educação e lazer. De uma hora para outra nos tornamos reféns de nossas próprias casas, nos
separando de tudo e de todos que amávamos.Essa pandemia por si, só já reflete de forma
devastadora, e o pior é que ela ainda traz consigo uma avalanche de consequências que
juntando-se a ela, culminam de uma vez por todas com a saúde de todos nós, sejam elas,
físicas ou psicológicas. É como se tivéssemos em uma estrada, e nos deparássemos com uma
bifurcação. Em qual direção devemos avançar? Quais medidas diante de tudo o que vem
acontecendo, podemos tomar? Perantetudo isso, será que as Atividades e os Exercícios
Físicos poderão auxiliar na manutenção e prevenção de doenças? Como os exercícios podem
melhorar o nosso sistema imune, a influência hormonal? E em especial o CORONAVÍRUS,
será que os exercícios podem prevenir?
PALAVRAS – CHAVES: Coronavírus; prevenção; sistema imune; hormônios; atividades e
exercícios; intensidade

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INTRODUÇÃO

O surto mundial (PANDEMIA) do SARS-CoV-2, doença causada pelo Coronavírus


(COVID 19). Fazendo com que governos estaduais e municipais adotem medidas restritivas
como: fechamento de estabelecimentos comerciais, escolas, shoppings e academias, com a
esperança de conter o avanço da doença.

O referido estudo vem com o objetivo de esclarecer a importância das academias no


que se refere proporcionar, qualidade de vida e saúde a população de modo geral, através dos
exercícios e dos benefícios destes para a preservação e manutenção física e psicológica do
indivíduo.

Além de mostrar que, o exercício físico quando realizado sob a orientação de um


Profissional de Educação Física, pode melhorar a qualidade de vida do indivíduo em
inúmeros aspectos: sistema imunológico, cardiorrespiratório, cardiovascular, controle arterial,
estresse, ansiedade, obesidade, depressão e outros.

O exercício físico também tem a importância de agir direta e indiretamente nas ações
de muitos hormônios, onde esses agirão de modo especifico na regulação fisiológica e
imunológica do indivíduo.

DESENVOLVIMENTO

ATIVIDADE FÍSICA E EXERCÍCIO FÍSICO

Embora muitos artigos usem os dois termos para definirem algum assunto voltado ao
corpo, existe sim uma diferença entre os dois termos. Então o que viriam a ser atividades
físicas e exercícios físicos?

Atividade física é qualquer movimento feito pelos músculos do corpo, que resultem
gastos energéticos superiores aos gastos em repouso (ACMS, 2006).

Como exemplo de atividades físicas podemos citar: andar; correr para pegar um
ônibus; pular; saltar; subir e descer uma escada; abaixar para amarrar um cadarço; puxar e

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empurrar um sofá, estender os braços para pegar um objeto numa prateleira. Ou seja, são as
chamadas, Atividades de Vida Diárias (AVDS).

Já os exercícios físicos, também são atividades físicas, que além do gasto energético,
proporciona maior aptidão física e atlética, mas o que não quer dizer “melhor saúde”. O
exercício físico é um treino sistematizado, onde há uma duração, um tempo especifico, uma
intensidade, que pode ser de baixa, média ou alta. Números de séries e de repetições, que irão
determinar o tipo de treinamento a ser realizado.

Assim sendo, atividades físicas, é tudo o que faz com que aja movimento muscular,
gasto energético, mas que tem como característica as tarefas do dia a dia. E os exercícios
físicos são, atividades pré-determinadas, onde há uma sistematização com relação a duração,
com tempo especifico do treino, sua intensidade e o objetivo desse (ACMS, 2006).

O mesmo Colégio Americano de Medicina do Esporte (ACMS) diz que, há uma


diferença entre os exercícios relacionados com a saúde e a aptidão física. Ele continua “Os
exercícios para se atingir os benefícios para a saúde, podem ser diferentes dos recomendados
para a melhora da aptidão física.

BENEFÍCIOS DOS EXERCÍCIOS

A prática regular de exercícios físicos tem seus benefícios comprovados, isso para
ambos os sexos. Exercitar-se agora é tão importante quanto, cuidar da alimentação e do sono.

Além de saudável, fazer exercícios promove bem estar, melhora a qualidade de vida e
auxilia em aspectos como: melhora hormonal, redução de percentual de gordura, aumento de
massa muscular, e o principal prevenção de doenças e melhora do sistema imune.

EXERCÍCIOS: BENEFÍCIOS PARA AS MULHERES

Quando falamos sobre qualquer assunto referente as mulheres, citamos os hormônios,


e os exercícios tem influência direta sobre eles.Os hormônios cumprem inúmeras funções
como, ativar e inibir enzimas, são responsáveis pela reprodução. Controlar o uso e

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armazenamento de energia, tem ação dinâmica sobre vários órgãos, além de características
sexuais.

Os exercícios agem auxiliando na regulação de muito destes hormônios:

PROGESTERONA – Que é secretado pelo ovário, útero e glândulas mamarias, vindo a


regular o ciclo menstrual.

INSULINA – Hormônio responsável pela redução da glicemia, ao promover a entrada de


glicose nas células onde será usada como energia. É importante para quem treina e quer
emagrecer ou ganhar músculos, ativando a produção de massa magra.

TIROXINA – Produzida pela glândula Tireoide e Paratireoide, regulando o metabolismo de


cálcio e fósforo no organismo.

ADRENALINA – Produzida pelas glândulas Adrenais, aumenta a frequência cardíaca,


contrai vasos sanguíneos causando um estado de alerta e excitação.

SEROTONINA – Neurotransmissor, controla o humor, apetite e sono.

DOPAMINA – Neurotransmissor, controla o aumento da frequência cardíaca e pressão


arterial.

PROLACTINA – Responsável pela produção de leite na gravidez, prazer durante o ato


sexual.

LEPTINA– Hormônio que reduz o apetite, aumenta o gasto energético, regula a função
neuroendócrina e o metabolismo da glicose e das gorduras. Tem sua ação de liberação no
hipotálamo (SNC).

EXERCÍCIOS: BENEFICIOS PARA OS HOMENS

HORMÔNIO DO CRESCIMENTO (GH) – Proteína extremamente anabólica fundamental


para o ganho de massa muscular, sintetizada pela hipófise

CATECOLAMINAS – (norepinefrina, epinefrina, dopamina) neurotransmissores, controla


função cardíaca, liberação de insulina e degradação de gordura.Produzidos, principalmente,

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por células cromafim da medula supra-renal e fibras pós-ganglionares do sistema nervoso
simpático.

GLUCAGON – Hormônio que tem ação direta no metabolismo dos hidratos de carbono.
Produzido no pâncreas e células do trato gastrointestinal.

INSULINA–Hormônio responsável pela redução da glicemia, ao promover a entrada de


glicose nas células onde será usada como energia. É importante para quem treina e quer
emagrecer ou ganhar músculos, ativando a produção de massa magra.

ENDORFINA– Tem ação analgésica, estimulando a sensação de bem estar melhorando o


humor e alegria. Liberada pela glândula hipófise, ocorre após a realização de uma atividade
ou exercício físico.

LEPTINA – Hormônio que reduz o apetite, aumenta o gasto energético, regula a função
neuroendócrina e o metabolismo da glicose e das gorduras. Tem sua ação de liberação no
hipotálamo (SNC).

Assim sendo para que se tenha uma compreensão da importância dos exercícios físicos
é preciso entender que o corpo humano é um conjunto de um todo: sistema nervoso funciona
em conjunto com o sistema endócrino. Um produz neurotransmissores, o outro hormônios que
se complementam. Dessa forma, ao realizarmos exercícios o nosso corpo, ativa uma série de
processos químicos ou neuroquímicos.

Dessa forma, ao se realizar uma série de exercícios físicos, o nosso corpo irá gerar
inúmeras adaptações no nosso metabolismo, sistema respiratório e vascular. Dessa forma
quando se realiza exercícios físicos, ocorrem, regulação da temperatura corporal,
fortalecimento muscular, variação de ânimo, além do nosso corpo estimular o metabolismo na
promoção de perda de peso, mas tendo em mente um fator de suma importância. A
intensidade desses exercícios.

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EXERCÍCIOS: REDUÇÃO DO PERCENTUAL DE GORDURA

Os exercícios tem ação direta quanto a redução de percentual de gordura. Embora ter
uma dieta seja muito importante para uma boa manutenção e redução do peso corporal, os
exercícios acabam influenciando algumas reações favoráveis à redução de gordura.

Os exercícios aumentam o gasto energético e reduz a perda de massa magra. Além


também de ajudar na manutenção da taxa metabólica de repouso.

Até certo tempo acreditava-se que para reduzir o percentual de gordura, somente
exercícios predominantemente aeróbico e de longa duração seriam eficazes, visto os seus
efeitos no sistema cardiovascular. (BLUMENTHAL et al, 1982). Porém um estudo da Revista
Brasileira de Prescrição Fisiologia do Exercício (2000) diz que. “O treino resistido
(MUSCULAÇÃO), também é eficaz para a redução de peso e percentual de gordura”.

Para as mulheres o ideal seria entre 20% e 28%, paro os homens esse ideal seria 14% a
20%. Porém isso pode variar de acordo com cada indivíduo. O percentual de gordura pode
aumentar com a idade, fatores relacionados a queda ou aumento de hormônios,
sarcopenia.Pessoas treinadas, podem ter o seu percentual reduzido em relação aos indivíduos
sedentários.

Valores de Gordura Corporal Ideal para Mulher

20 a 29 anos 30 a 39 anos 40 a 49 anos 50 a 59 anos

Atleta - menos de 16% menos de 17% menos de 18% menos de 19%

Bom – 16% a 19% 17% a 20% 18% a 21% 26% a 28%

Normal – 20% a 28% 21% a 29% 22% a 30% 29% a 31%

Elevado – 29% a 31% 30% a 32% 31% a 33% 32% a 38%

Muito elevado – mais de 31% mais de 32% mais de 33% 39% a 50%

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Valores de Gordura Corporal Ideal para Homens

20 a 29 anos 30 a 39 anos 40 a 49 anos50 a 59 anos

Atleta - menos de 11% menos de 12% menos de 14% menos de 15%

Bom - 11% a 13% 12% a 14% 14% a 16% 15% a 17%

Normal – 14% a 20% 14% a 21% 17% a 23% 18% a 24%

Elevado – 21% a 23% 22% a 24% 24% a 26% 25% a 27%

Muito Elevado – Mais de 23% Mais de 24% Mais de 26% Mais de 27%

Assim sendo, acreditar que o treino resistido, tem menos gasto calórico é um erro. E
esse erro, acaba fazendo com que o treino resistido seja cada vez mais deixado de lado.

Treinos aeróbicos, muita das vezes vem acompanhada de uma dieta hipercalórica, o
que pode levar a uma redução de massa muscular, podendo também reduzir a taxa metabólica
basal e o gasto calórico diário.

Já o treino resistido (MUSCULAÇÃO) auxilia no aumento da taxa metabólica basal, o


que leva ao aumento de massa muscular, potência muscular e resistência muscular.

EXERCÍCIOS:AUMENTO DE MASSA MUSCULAR

O que é hipertrofia? A hipertrofia é a ação de aumentar a secção transversa do


músculo. O interessante é que qualquer indivíduo tem a capacidade de aumentar os seus
músculos com a prática do treinamento resistido. Claro que haverá alguns que desenvolverão
essa hipertrofia mais rápido do que outros, daí a importância de se utilizar os vários
protocolos existentes, sempre levando em consideração a variabilidade biológica de cada um.

Para que se obtenha ganho de massa muscular, deve-se levar em consideração algumas
variáveis como, volume, intensidade, duração, intervalos, velocidade e frequência.

Por décadas muitos estudos buscam a comprovação dos benefícios que os exercícios
físicos podem trazer para a saúde física e mental do indivíduo. Podemos citar como um deles
a melhora significativa do metabolismo, ou seja, o aumento do catabolismo lipídico e a
queima de calorias do corpo. O que promoverá a queima de gordura corporal, fazendo

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também com que haja um aumento de flexibilidade, crescimento muscular, densidade óssea,
fortalecimento ósseo e aumento do volume sistólico(SANTARÉM, 1999).

Outros benefícios a serem citados na realização de exercícios físicos, são: redução do


estresse, ansiedade e depressão, reduz a tensão muscular, insônia o que pode levar o indivíduo
a diminuir o uso de medicamentos e outro fato é diminuir a pressão arterial. (SANTARÉM,
1996; SAMULSKI E LUSTOSA, 1996; MATSUDO, 1999).

Outro fator muito importante, é respeitarmos o tempo de intervalo entre sessões e as


séries de treinamentos. Ter em mente que os objetivos e os resultados não aparecerão da noite
para o dia. Um bom treino de hipertrofia, pode começar a ser observado depois de 8 semanas
de treinamento, e isso se dará devido alguns fatores hormonais, como exemplo a liberação de
adrenalina e cortisol, hormônios de estresse.

Serão as necessidades existentes que irão proporcionar, quais tipos de treinamentos


serão realizados, com o objetivo de atender as características de cada indivíduo. Tal
treinamento tem como meta proporcionar uma melhora, tanto no sistema anatômico
locomotor, bem como no sistema cardiovascular, o que propiciará um aumento da qualidade
de vida e segurança dos mesmos(MATVEEV, 1977).

De acordo com Fleck(1999), é de suma importância nos atentarmos às inúmeras


variáveis existentes na elaboração de um treinamento resistido, como: números de repetições,
intervalo entre as séries e exercícios, velocidade em que a execução é realizada, ordem dos
exercícios, amplitude, além da frequência semanal.

Fleck (1999) continua. “o treinamento contra resistência (ou resistido), tem a


característica de promover o aumento da força muscular e hipertrofia, podendo esse ser
associado a diferentes faixas etárias.

EXERCÍCIOS: O TREINAMENTO RESISTIDO NA TERCEIRA IDADE

O envelhecimento está intimamente relacionado ao sistema fisiológico, social e


cronológico. É uma ação biossocial visto em todos os indivíduos, que se expressa literalmente
na diminuição de toda capacidade, no desenrolar da vida, sofrendo diferentes modificações
genéticas, além das mudanças psicoemocionais (Guedes, 2001).

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Heikkinen (1998), Define como fenômeno, a alta complexidade variável, comum a
todos os indivíduos pertencentes a uma mesma espécie progressivo. Esses mecanismos afetam
a capacidade de desempenho para realização de inúmeras funções. Funções de cunho
multidimensional e multidirecional.
Devido ao crescimento considerável dos indivíduos idosos, e com eles o aumento das
doenças infecto - contagiosas e crônico – degenerativo, o que implica na busca de outros
caminhos para melhorar a vida do idoso. Além dos problemas que a muito os acompanha
como a sarcopenia.
Dessa forma, fica evidente a importância dos exercícios físicos, entre eles o resistido
na melhora do processo de envelhecimento: como ganho de massa muscular, ganho de força,
resistência e equilíbrio. Assim sendo, busca mensurar o valor de se ter uma qualidade de vida
na terceira idade, tendo em mente a importância do treinamento resistido para essa melhora.
Esse crescimento da população idosa torna-se então visível, atribuindo dessa forma
para uma maior expectativa de vida e uma diminuição da taxa de natalidade (GUEDES,
2001). Para o Ministério da Justiça do Brasil no Estatuto do idoso, Lei n° 10.74, de 1° de
outubro de 2003 vê como idoso ou pessoa da terceira idade, indivíduos a cima de 60 anos de
idade, instituído pelo estatuto do idoso (MIN. DA JUSTIÇA DO BRASIL. EST. DO IDOSO:
LEI N°10.74, DE 1º DE OUTUBRO DE 2003).

Segundo dados da WHO (WORLD HEALTH ORGANIZATION, 2004), existiam 390


milhões de pessoas acima de 65 anos em 1998 e estima-se que em 2025 essa população será o
dobro. Em muitos países em desenvolvimento, especialmente na América Latina e Ásia é
esperado um aumento de 300% na população idosa chegando a 02 bilhões de pessoas acima
de 60 anos até 2025.

No Brasil o número de pessoas idosas era de 15 milhões em 2002, e calcula-se que


para o ano de 2020, o número de indivíduos a cima de 60 anos aumente 16 vezes mais em
relação ao ano de 1950 (IBGE, 2002).

Segundo Coelho e Ramos (1999), uma pesquisa epidemiológica a respeito do


envelhecimento no Nordeste do Brasil mostrou um percentual próximo a 8% na cidade de
Fortaleza, sendo esse igual ao da cidade de São Paulo, estando ela a cima da média nacional.
A pesquisa mostrou também que a maioria destes indivíduos sofrem algum tipo de problema
em áreas mais pobres.

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Segundo Oliveira (1985), o idoso precisa de alguma moradia, ter uma ocupação, ter
um grupo que lhe proporciona um convívio afetivo e uma socialização no que se refere a
comunicação.

Já Néri (2001) associa a depressão, angustia, insatisfação com a vida e o bem-estar


com os baixos índices de saúde na velhice, o autor afirma.

As dificuldades do idoso em realizar as atividades da vida diária,


devido a problemas físicos, ocasionam dificuldades nas relações
sociais e na manutenção da autonomia, trazendo prejuízos à sua saúde
emocional. O conceito “envelhecimento com sucesso”, que engloba
três diferentes domínios multidimensionais: A) evitar as doenças e
incapacidades; B) manter uma alta função física e cognitiva; e C)
engajar-se de forma sustentada em atividades sociais e produtivas
(NÉRI, 2001).

OS BENEFÍCIOS DOS EXERCÍCIOS FÍSICAS PARA A TERCEIRA IDADE:

Hoje em dia fica evidenciado que, quanto mais ativo é um indivíduo, menor serão as
suas limitações físicas. E em meio os inúmeros benefícios relacionados aos exercícios físicos,
a proteção da capacidade funcional é a mais importante em todas as idades, principalmente
nos idosos (NAHAS, 2001).

Com o passar do tempo o envelhecimento torna-se inevitável, uma vez que a


remodelagem do sistema imunitário é complexa. Estas mudanças estão associadas ao
surgimento de doenças responsáveis por grande parte da mortalidade em população idosa.
Recentes estudos mostram que a prática regular de atividades físicas tem sido proposta como
intervenção para o abandono dos remédios, com amplos benefícios sobre a regulação de
processos decorrentes da imunossenescênia. Levando tudo isso em consideração, este estágio
visa estudar as abordagens com relação a melhora tanto muscular quanto de força por meio do
Treinamento Resistido (BRITO, 2011).

Os componentes da aptidão física relacionados à saúde e que podem ser mais influenciados
pelas atividades físicas habituais são a aptidão cardiorrespiratória, a força e resistência
muscular e a flexibilidade, por isso são os mais avaliados, sendo predicativos da condição da
saúde. A prática de atividade física também promove a melhorada composição corporal, a
diminuição de dores articulares, o aumento da densidade mineral óssea, a melhora da

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utilização de glicose, a melhora do perfil lipídico, o aumento da capacidade aeróbia, a
melhora de força e de flexibilidade a diminuição da resistência vascular (MATSUDO, 2003).

A aceitação por parte de alunos nas salas de musculação com idade a cima dos 65, 70
anos foi excelente e mesmo com pouco tempo, foi notório o progresso de indivíduos que
passaram a fazer exercícios diariamente. Tanto no que diz respeito ao ganho de massa
muscular e força, como no comportamento social. Esses indivíduos mostraram-se mais ativo,
nos resultados aparentes de, ganho de força, amplitude de movimentos, controle motor e
principalmente no que se refere baixo risco de lesões, o programa de Treino Resistido
mostrou-se eficaz de uma forma bem predominante.
Isso ocorreu uma vez que, no treinamento resistido a síntese de proteica é acelerada,
resultando num incremento no tamanho muscular. Desse modo novas fibras musculares são
recrutadas, aumentando consequentemente, a força muscular. A síntese proteica efetua-se
mais lentamente nos idosos, mas em qualquer idade determinada, o treinamento de força serve
para manter a força em um nível mais alto do que em uma pessoa sedentária.
Portanto, apesar do envelhecimento muscular, o idoso ativo permanece muito mais forte
do que o idoso sedentário mesmo nos anos finais da vida. (MAZZEO et al., 1998, apud
TERNES; ZABOT, 2009)
O maior efeito do exercício pode não ser o resultado sobre o fortalecimento ósseo, mas
a melhora da força muscular e possivelmente do equilíbrio e marcha, reduzindo a incidência
de quedas e fraturas (NAYAK; RANDALL; SHANKAR, 2002, apud SHEPHARD, 2003).
Sabe-se que um programa de atividade física bem orientada, moderado, de pratica regular.
Faz retardar o processo de degeneração física e contribui para sua
preservação. Ainda leva o indivíduo a conviver em comunidade,
realizando uma participação grupal, associativo, que resulta um bom
nível de bem-estar bio – psico - físico. (SINÉSIO, 1999, p. 48)

O exercício resistido regular é particularmente importante para evitar a perda muscular


no idoso frágil. Tal exercício pode produzir um aumento substancial de massa muscular
mesmo nos indivíduos extremamente idosos, assim como redução de percentual de gordura,
bem como um aumento correspondente na capacidade de desempenhar as atividades da vida
diária.
Os gráficos abaixo mostram os resultados de um treino de 12 semanas com um
indivíduo de 68 ano do sexo masculino, e os pontos positivosde se fazer exercícios na terceira
idade.

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No que diz respeito ao peso magro houve um aumento de 65,21 (fig.1) para 69,40
(fig.2) ou seja um aumento de 6,43% em relação ao início do trabalho e referente ao peso
gordo a redução também foi visível, havendo uma redução de 16,29 (fig.1) para 14,20 (fig.2),
uma redução de 12,83%.
Outro ponto a ser observado foi a redução do percentual de gordura que, nas 12
semanas de treino manteve-se abaixo do linear desejado.
Ainda nos gráficos representados nas figuras 1 e 2, é possível analisar a redução do percentual
de gordura de 19,99 para 16,98 ou seja, uma redução de 15,05%, em relação ao peso total
houve um aumento, de 81,50 para 83,60 sendo assim um aumento de 2,06%, e no que se
refere ao peso muscular, foi de 35,95 para 39,63 sendo assim um acréscimo de 10,23% de
massa muscular.

Figura 1: Gráfico de Composição Corpora

Fonte: Sistema Fox de Avaliação (2019)

Figura 2: Gráfico de Composição Corporal

Fonte: Sistema Fox de Avaliação Física (2019)

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Após uma análise dos referidos artigos e testes realizados, no final de 12 semanas foi
possível notar que a elaboração adequada de um programa de treinamento proveniente de
exercícios resistidos, resulta em inúmeros benefícios aos indivíduos idosos, são eles; aumento
gradativo da força muscular, da resistência muscular, uma melhora significante da
coordenação motora, além de hipertrofia muscular e outros.

Figura 3 - Exercício unilateral na Cad. Extensora


Tais benefícios, vão refletir mais à frente na melhora
da qualidade de vida do idoso, e uma maior
independência, para que os mesmos possam realizar
suas atividades diárias, como sentar, levantar de uma
cadeira, subir ou descer escadas, entre outros.

EXERCÍCIOS, PRESSÃO ARTERIAL E SISTEMA


CARDIOVASCULAR

Os exercícios atuam também na melhora do


sistema cardiovascular, por meio da Adenosina
Fonte - Arquivo pessoal Trifosfato (ATP), que é a principal forma de energia
química nos exercícios. E ela vai promover a liberação da prostaglandina e o óxido nítrico
(NO), que irá ocasionar um relaxamento da musculatura lisa proporcionando assim, vaso
dilatação dos vasos sanguíneos, aumentando o fluxo sanguíneo. Um bom fluxo sanguíneo,
promoverá mais transporte de oxigênio, nutrientes, hormônios e células de defesa para todo o
corpo através das artérias, veias e vasos capilares.

Para Noronha et al (2016). São inúmeras as transformações fisiológicas no organismo


provenientes dos estímulos oferecidos pelos exercícios físicos, especialmente no sistema
cardiovascular. Ao sair do sedentarismo pela prática de exercícios físicos, não só as
disfunções cardiovasculares diminuem, mas também, as intervenções farmacológicas para
hipertensos, tem sua utilização reduzida.

O treinamento resistido, conhecido também como treinamento de força, por exigir um


trabalho muscular especifico contra uma força contraria que pode ser realizado através de
halteres, equipamentos articulados (máquinas), e peso corporal (NASCIMENTO FILHO 2010
apud FLECK, KRAEMER 1999).

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A sociedade Brasileira de hipertensão (2016), estima que no Brasil existem 17 milhões
de hipertensos e que até o ano de 2025 haverá um aumento de 80%, em países em
crescimento. Esses números são baseados em estudos realizados juntamente com a Escola de
Economia de Londres, tendo o Instituto Karolinska da Suécia e a Universidade Americana do
Estado de Nova Iork.

No Brasil as doenças cardiovasculares levam a óbito aproximadamente 300 mil


pessoas, onde mais de 50% são decorrentes da hipertensão arterial. Esses números assustam,
visto que 30% são indivíduos acima dos 50 anos, 50% na terceira idade e 5% em crianças e
adolescentes (SOCIEDADE BRASILEIRA DE HIPERTENSÃO, 2016).

Praticar exercícios e atividades físicas, tornam-se fatores primordiais numa forma não
medicamentosa, como meio de prevenir a hipertensão arterial. Assim realizando exercícios
tanto aeróbicos como resistidos ou ambos em conjunto, ao tratamento realizado com
fármacos, certamente os resultados serão mais efetivos, levando sempre em consideração as
diretrizes nacionais e internacionais (MATAVELLI et al 2014).

De acordo com Malachias, Souza, Plavnik, et al (2016, p.31)

A prática regular de exercícios pode ser benéfica tanto na prevenção


quanto no tratamento de H.A, reduzindo ainda a morbimortalidade
cardiovascular. Indivíduos ativos apresentam risco 30% menor de
desenvolver H.A que os sedentários, e o aumento do exercício físico
diário reduz a PA.

Caminhadas, ciclismo, musculação, natação ajudam a melhorar a pressão arterial e o


sistema cardiovascular por melhorar o Vo2 Máx, diminuindo a hiperventilação, melhorando
por sua vez a frequência cardíaca (F.C).

EXERCÍCIOS:ESTRESSE, ANSIEDADE, OBESIDADE E DEPRESSÃO

ESTRESSE

A palavra estresse quer dizer pressão ou insistência e, portanto, estar estressado


significa “estar sobre pressão” ou “estar sob a ação de um estimulo insistente” (NUNOMURA
et al., 2004). O termo estresse também pode ser definido como o estado gerado pela
percepção de estímulos que provocam excitação emocional (MARGIS et al., 2003). Quando
estes estímulos perturbam a homeostasia, eles disparam um processo de adaptação, que é
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caracterizado, entre outras alterações, pelo aumento da secreção de adrenalina, o que produz
diversas manifestações sistêmicas oriundas de distúrbios fisiológicos e psicológicos
(MARGIS et al., 2003).

O processo de estresse é caracterizado por três fases distintas (CAROMANO et al.,


2003). A fase I ou fase de alerta é constituída por sintomas iniciais de estresse. Quando o
estressor é indicado pelo organismo, há uma hiperatividade do sistema nervoso simpático, o
que pode promover hiperventilação, taquicardia e aumento da pressão arterial.

A fase II ou fase de resistência ocorre quando o estímulo estressor persiste por muito
tempo. Isto faz com que o indivíduo utilize sua energia adaptativa para restabelecer o
equilíbrio com o meio.

A fase III ou fase de exaustão ocorre quando toda energia adaptativa é consumida e,
então, o organismo fica debilitado, dando margem ao aparecimento de várias doenças, que
podem variar de acordo com a vulnerabilidade de cada indivíduo. A resposta ao estresse pode
ser do tipo cognitivo, comportamental e fisiológico (MARGIS et al., 2003). A resposta ao
agente estressor depende em grande parte da forma como o indivíduo filtra e processa as
informações, assim como avalia as situações ou estímulos que devem ser considerados
relevantes, agradáveis ou aterrorizantes.

ANSIEDADE

Em frente a todos os acontecimentos atuais, a ansiedade tem crescido muito no mundo


todo, e no Brasil não seria diferente. Segundo a Organização Mundial da Saúde, o Brasil é o
país mais ansioso do mundo, com mais de 18,6 milhões de pessoas convivendo com o
transtorno (e o Coronavírus só faz esse quadro agravar).a crise de ansiedade pode ser
desencadeada por fatores genéticos ou externos.

Traumas como a morte de uma pessoa querida e situações de agressão física e


psicológica podem fazer com que o corpo entre frequentemente em estado de alerta.Se
analisarmos a questão mais detidamente, percebemos que o Corona vírus é um gatilho para
um problema mais profundo e nocivo: a ansiedade.

Medo, angústia, inquietação, insônia, podem fazer com que o indivíduo acabe
evoluindo para um quadro de obesidade, o que pode gerar, um quadro de depressão.

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A ansiedade é um padrão de resposta incondicionado, com um conjunto de reações
fisiológicas referentes à emissão de comportamentos de luta ou de fuga frente a situações
perigosas (SENA FILHO et al., 2006). A ansiedade pode ser dividida em dois tipos:
ansiedade-traço que representa a acomodação da personalidade de modo quase permanente
(condição estável) e ansiedadeestado que representa as reações do indivíduo frente a situações
ou tensões temporárias (DE QUADROS et al., 2006).

Quando o indivíduo está ansioso ocorre um aumento da frequência cardíaca, do


consumo de oxigênio, da pressão arterial e da frequência respiratória (DE QUADROS et al.,
2006). Os principais sintomas associados com a ansiedade são: náusea, delírio, secura na
boca, sensação de fadiga ou fraqueza, bocejo frequente e tremor.

OBESIDADE

Vários fatores são importantes na gênese da obesidade, entre eles podemos citar, a
herança genética, o meio ambiente, os fatores sócio-econômicos, os fisiológicos, os
metabólicos, os psicológicos, bem como gênero, a idade e o padrão de distribuição de gordura
corporal – estão contribuindo para a elevação dos índices de obesidade (GUEDES e
GUEDES, 1997).

No entanto, o que explicaria este crescente aumento do número de indivíduos obesos


são às mudanças no estilo de vida e aos hábitos alimentares (ROSENBAUM 1998). O
aumento no consumo de alimentos ricos em açúcares simples e gordura, com alta densidade
energética, “fastfoods” e a diminuição da prática de exercícios físicos, são os principais
fatores relacionados ao meio ambiente (OLIVEIRA et. al. 2003).

A obesidade é tratada no Brasil como problema de saúde pública desde de 2000, quase
metade da população adulta em nosso país apresenta sobre peso. E o número de crianças
também vem crescendo muito.

A obesidade é uma enfermidade crônica que vem acompanhada de múltiplas


complicações, caracterizada pela acumulação excessiva de gordura em uma magnitude tal que
compromete a saúde (CONSENSO LATINO AMERICANO EM OBESIDADE – 2001).

Entre as complicações mais comuns está o diabete mellitus, a hipertensão arterial, as


dislipidemias, as alterações osteomusculares e o incremento da incidência de alguns tipos de

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carcinoma e dos índices de mortalidade (MELO 2009). A obesidade é ainda o resultado de
ingerir mais energia que a necessária.

Não há dúvidas que este consumo excessivo pode iniciar-se em fases muito remotas da
vida, nas quais as influências culturais e os hábitos familiares possuem um papel fundamental.
Por isso dizemos que a obesidade possui fatores de caráter múltiplo, tais como os genéticos,
psicosociais, cultural-nutricionais, metabólicos e endócrinos

A obesidade pode ser classificada de duas formas: 1- endógena ou primária, que deriva
de problemas hormonais, tais como: alterações do metabolismo tireoidiano, gonadal,
hipotálamo - hipofisário, tumores como o crânio farigeoma e as síndromes genéticas; 2-
exógena ou nutricional ou secundária que é multicasual, derivada do desequilíbrio entre a
ingestão e o gasto calórico, devendo ser manejada como orientação alimentar, especialmente
mudanças de hábito e otimização da atividade física (FISBERG 2005; MELLO; LIFT;
MEYER, 2004).

Segundo Rodrigues 1998, 95% dos casos de obesidade estão relacionados ao tipo
exógena, e por esse motivo o estudo desta última se faz mais relevante, já que a incidência é
mais elevada. Campos (1995) salienta que a família de indivíduos com obesidade exógena
apresenta como características: excesso de ingestão alimentar, sedentarismo, relacionamento
intrafamiliar complicado, desmame precoce, introdução precoce dealimentos sólidos,
substituições de refeições por lanches e dificuldades nas relações interpessoais.

A saúde é um bem inestimável, mas para que ela permaneça é preciso evitar alguns
hábitos de vida considerados como prejudiciais como, por exemplo, o sedentarismo, o qual
segundo Silva (2005) é cada vez mais freqüente no cotidiano de adultos, adolescentes e
crianças, de ambos os gêneros e diferentes faixas etárias.

De acordo com Epstein et. al. (1996) existe uma influência direta do baixo nível de 7
atividade física sobre o desenvolvimento da obesidade na infância e adolescência. Logo, uma
das alternativas para o tratamento da obesidade é aumentar o nível de atividade física.

Emboraainda não haja um levantamento sobre o aumento da obesidade nos últimos


anos. Uma das hipóteses relaciona o crescimento da obesidadeao declínio do gasto energético.
Muito provavelmente devido aos avanços tecnológicos: celulares, tablets, e outros aparelhos
eletrônicos.
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Sabe-se que a prática regular de atividades físicas sistematizadas pode contribuir para
a melhoria de diversos componentes da aptidão física relacionada à saúde, como força,
resistência muscular, resistência cardiorrespiratória, flexibilidade e composição corporal.
Essas modificações podem favorecer, sobretudo, o controle da adiposidade corporal, bem
como a manutenção ou melhoria da capacidade funcional e neuromotora, facilitando o
desempenho em diversas tarefas do cotidiano (MORRIS e MORTON et al, 1994).

Entretanto, as diminuições dos níveis de atividade física podem favorecer para o


aparecimento de disfunções crônico-degenerativas não somente em adultos, mas também em
jovens e crianças. Segundo Alves (2003, p. 5).

Ser fisicamente ativo desde a infância apresenta muitos benefícios,


não só na área física, mas também nas esferas sócio e emocional, e
pode levar a um melhor controle das doenças crônicas da vida adulta.
Além disso, a atividade física melhora o desenvolvimento motor da
criança, ajuda no seu crescimento e estimula a participação futura em
programas de atividade física.

É indiscutível a enorme importância de se sair da inércia, pois além do ganho físico, há


um aumento na auto-estima. Para Alves (2003) existem três grandes vantagens da atividade
física em crianças: 1) as crianças são mais saudáveis: têm menos excesso de peso, apresentam
um melhor desempenho cardiovascular, número menor de crises de asma, além de
apresentarem uma maior densidade óssea; 2) esses efeitos são transferidos para idade adulta;
3) manutenção do hábito na vida adulta. Crianças e adolescentes que se mantêm fisicamente
ativos apresentam uma probabilidade menor de se tornarem sedentários.

Faz-se necessário que as atividades físicas sejam eficientes e que promovam alterações
fisiológicas capazes de tratar e prevenir a obesidade. O importante é entender como o
exercício é capaz de promover o emagrecimento, para que possa trazer resultados eficientes
(DE ROSE, 2002).

O colégio Americano de Medicina do Esporte, enfatiza a importância de se fazer 30


minutos de exercícios físicos sejam eles aeróbios ou resistidos. Os exercícios moderados pelo
menos 5x na semana, e intensos 3x na semana.

DEPRESSÃO

A depressão também tem atingido a população de um modo geral, principalmente


devido a essa pandemia (COVID 19). Assim sendo a pandemia do SARS-CoV-2 (COVID
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19), tem sido um retrato desse mal. Pensamentos mórbidos, catastróficos, abandono, dores
físicas e psicológicas, são sintomas desse problema que já vinha crescendo mundialmente e
que agora teve a pandemia como um acelerador.

O termo depressão foi apresentado em dicionário médico a partir de 1860 (CORDÁS,


2002). A depressão é uma condição frequeente e crônica, que é associada com altos níveis de
incapacitação funcional, isto é, o indivíduo não consegue se enquadrar perante a sociedade
(SENA FILHO et al., 2006). Na vida adulta, há vários fatores associados com a depressão
como, por exemplo, os agentes estressores oriundos da infância, tais como morte dos pais ou
substitutos, privação por abandono materno ou paterno, separação ou divórcio entre outros
(ZAVASCHI et al., 2002).

Os sintomas associados com a depressão são: tristeza e/ou irritabilidade durante a


maior parte do dia e frequentemente; indisposição (desânimo e cansaço); perda gradativa da
capacidade de sentir prazer nas atividades habituais (trabalho, lazer e desejo sexual);
sentimento de culpa, insegurança, entre outros (BORGES; RAUCHBACH, 2004;
BENEDETTI et al., 2008). A tendência para ter doenças afetivas seria herdada geneticamente,
passadas dos pais ou avós para as outras gerações

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