Aula 1
Direito Constitucional do Surgimento e Evolução do
Trabalho
Prof.ª Verônica Calado
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Introdução
Valores políticos, jurídicos e ideológicos
Caracterização das formas das instituições
nacionais
Três fases distintas
Constitucionalismo do Império
Constitucionalismo da 1ª República
Constitucionalismo social
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Inspiração inglesa (prática)
Parlamentarismo sui generis
Poder Moderador
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Constitucionalismo Social
1ª fase: constitucionalismo do Império
Independência (1822) → Proclamação da
República (1889)
Constituição de 1924
Monarquia constitucional brasileira
Inspiração francesa (teórica)
Garantia de direitos individuais e
políticos
2ª fase: constitucionalismo liberal da
1ª república
1889-1930
Constituição de 1891
Inspiração norte-americana
Republicanismo
Forma de Estado – Federação
Forma de governo – presidencialista
 3ª Fase: constitucionalismo social

Na sociedade
1930-atualidade (?)
Abolição da escravatura (1888) → Lei Áurea
Era Vargas
Imigrantes europeus
Constituição de 1934

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Liberalismo versus direitos e garantias

individuais Fases Históricas do
Desenvolvimento do Direito
Influência das Constituições Mexicana (1917)
do Trabalho no Mundo
e de Weimar (1919)
Direitos sociais: trabalho, educação e saúde
Vinculação da propriedade à função social

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Manifestações Manifestações incipientes

incipientes
Everett Collection/SHUTTERSTOCK

Everett Collection/SHUTTERSTOCK
Revolução Industrial

Consolidação Liberdade contratual ampla

Everett Collection/SHUTTERSTOCK
Resultado?
Exploração do trabalho
Institucionalização Ausência de regulamentação estatal
gustavomellossa /SHUTTERSTOCK
Exemplo: crianças, idosos, mulheres e homens
desenvolviam atividades sem controle de
Crise e transição jornada, equipamentos de proteção (EPI) e com
Ricardo Reitmeyer/SHUTTERSTOCK remuneração inadequada

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 Consolidação

1802 – Peel’s Act, na Inglaterra (trabalho dos 1848

menores) Manifesto Comunista – Marx e Engels
Ausência de capacidade de mobilização do Encíclica Rerum Novarum
movimento operário
Papa Leão XIII
Instituição do direito do trabalho

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Institucionalização

Término da 1ª Guerra Mundial

Constituição do modelo de Estado de Organização Internacional do Trabalho (OIT)
bem-estar social – 1917

Constituição Mexicana – 1917

Constituição de Weimar – 1919

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Crise e transição do direito do trabalho

Décadas de 1970/1980
Crise do petróleo Institucionalização do Direito
Inflação, concorrência predatória, aumento do Trabalho no Brasil
das taxas de desocupação
Hipertrofia do Estado (bem-estar social)
Desenvolvimento tecnológico
Mecanização e robótica
Redução dos postos de trabalho

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 Brasil: Colônia | Império

Inexistência de uma instituição chamada

Economia “direito do trabalho”
Agricultura Pressupostos
Exploração do Trabalho livre
trabalho escravo
Assalariado
Lei Áurea (1888)
CRÉDITO- Debret, Jean Baptiste/CC-PD

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Manifestações incipientes no Brasil

1888-1930 Legislação de natureza “laboral”

Desenvolvimento de vínculos de trabalho Decreto n. 439, de 31 de maio de 1890

livre (setor cafeeiro) Organização da assistência à infância
Imigrantes europeus desvalida

Industrialização Decreto 1.313, de 17 de janeiro de 1891

Movimento operário Regulamentação do trabalho do menor

Influência do anarquismo

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Decreto n. 1.162, de 12 de dezembro de 1890 Institucionalização do direito do trabalho no

Brasil
Derrogou a tipificação da greve como
1930-1945
crime
Era Vargas
Manutenção da previsão de punição para
Intensa produção legislativa e atividade
os atos de violência praticados durante o
administrativa
movimento de paralisação
Derrocada da hegemonia do segmento
Lei n. 3.724, de 15 de janeiro de 1919 agroexportador de café
Institui a legislação referente aos 1º de maio de 1943 – Consolidação das
acidentes de trabalho Leis do Trabalho (CLT)

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 Criação do Ministério do Trabalho, Indústria e
Comércio | Decreto n. 19.443/30
Criação da estrutura sindical oficial,
dependente de autorização estatal
Unicidade sindical
Sistema de resolução de conflitos de
natureza trabalhista: comissões mistas de
conciliação e de julgamento
Observação: Justiça do Trabalho →
Decreto-lei n. 1.237/39
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Constituição de 1988 e
Transição Democrática no
Direito do Trabalho Brasileiro
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Avanços democráticos
no texto original da CRFB/88
Liberdade sindical e autonomia para
organização e gestão das entidades sindicais
brasileiras (art. 8º, incisos I e II)
Incorporação de instrumentos de incentivo à
negociação coletiva mediados pela atuação
sindical (art. 7º, incisos VI, XIII, XIV e XXVI;
art. 8º, III e IV)
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Sistema previdenciário
Vinculação com as respectivas áreas
profissionais e sindicatos (oficiais)
Legislação de natureza juslaboral. Exemplos:
regulamentação da jornada de trabalho e
regulamentação do trabalho feminino
Incorporação de um modelo trabalhista
corporativista e autocrático
Característica: forte repressão às
organizações sociais
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Constituição de 1988
1987/1988
Discussões para elaboração do texto final
da Constituição da República Federativa do
Brasil de 1988 (CRFB/88)
Superação dos paradigmas autoritários e
corporativistas
Equilíbrio entre os modelos de Estado
Bem-estar social versus liberal
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Expansão da Justiça do Trabalho (1ª e 2ª
instâncias
Art. 112 – “[...] pelo menos um Tribunal
Regional do Trabalho em cada Estado e no
Distrito Federal” (Brasil, 1988)
Ampliação institucional do Ministério Público do
Trabalho – (art. 127, caput, e art. 129, incisos II,
III e IX) e incentivo ao manejo de ações
coletivas por intermédio da substituição
processual sindical (art. 8º, inciso III) ou por
intermédio da atuação do MPT (art. 127, caput, e
art. 129, incisos II, III e IX)
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 Isonomia entre trabalhadores urbanos e rurais
(art. 7º, caput), extensão de tais direitos aos
trabalhadores avulsos (art. 7º, inciso XXXIV) e
incorporação de alguns direitos cabíveis à
categoria dos empregados domésticos
(art. 7º, parágrafo único)
Ampliação da proteção à gestante, tanto no que
diz respeito à licença previdenciária (art. 7º,
inciso XVIII) quanto no que diz respeito à
garantia de emprego prevista no art. 10, inciso
II, “b”, do Ato das Disposições Constitucionais
Transitórias (ADCT)
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Contradições antidemocráticas
no texto original da CRFB/88
Obrigatoriedade da contribuição sindical
Art. 8º, IV in fine
Representação corporativa diante do Poder
Judiciário
Arts. 111 a 117
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Emendas constitucionais
EC n. 24/99
Extinção da representação classista
EC n. 45/04
Limitação ao “desmesurado” Poder
Normativo do Tribunal Regional do
Trabalho (TRT)
Pressupostos mais específicos
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Ampliação do prazo de interrupção do
contrato de trabalho do pai, de um para cinco
dias, por ocasião do nascimento de filho (art.
7º, inciso XIX, e art. 10, §1º, do ADCT)
Unificação do prazo de 30 dias para o aviso
prévio (art. 7º, inciso XXI)
Aumento do prazo prescricional para cinco
anos, até o limite de dois anos após a
extinção do contrato de trabalho, em relação
à previsão contida no art. 11 da CLT
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Amplo poder normativo da Justiça do
Trabalho
Art. 114, §2º
Manutenção dos preceitos referentes ao
princípio da unicidade e do enquadramento
sindical
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Tendência à desregulamentação e
flexibilização das normas trabalhistas
Lei 13.467/17 – Reforma Trabalhista
Rompimento com o projeto social, inclusivo
e democrático, delineado pelo constituinte
originário e aperfeiçoado pela EC n. 24/99
e pela EC n. 45/04
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 Ideologia ultraliberal → desregulamentação do
direito do trabalho
Exclusão do conceito de tempo à disposição
do empregador (art. 4º, §§1º e 2º, da CLT)
Ordenamento Jurídico
Eliminação das horas in itinere da CLT (novo Trabalhista
art. 58, §2º, e revogação do §3º desse
mesmo artigo)
Flexibilização de regras relacionadas à
jornada de trabalho
Incentivo à contratação de prestadores de
serviços ao invés de empregados

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Ordenamento jurídico Nomogênese do

direito
FATO
Estrutura de
Conceito
poder
“[...] Complexo de princípios, regras e
Coercibilidade
institutos regulatórios da vida social em
determinado Estado ou entidade Teoria
VALOR NORMA
supranacional” (Delgado, 2018, p. 159) tridimensional
Miguel Reale

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Tipologia das fontes jurídicas

Economia

PODER LEGISLATIVO PODER JUDICIÁRIO MATERIAIS

* Pré-jurídicas
Filosofia

• Processo legislativo • Jurisdição

FONTES

Política

Teoria MONISTA Heterônoma

PODER SOCIAL PODER NEGOCIAL

FORMAIS
• Autonomia da vontade Autônomas
• Usos e costumes
privada Teoria PLURALISTA
Heterônomas
DIREITO DO
TRABALHO

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