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Prefiro rosas, meu amor, à pátria,

O sujeito poético prefere rosas à pátria e prefere E antes magnólias amo


magnólias que o sentimento de glória e virtude.
Que a glória e a virtude
O sujeito poético afirma que mesmo que a vida não o
canse, deixa que a vida passe por este, isto é, tem
consciência que mesmo que este não tenha este Logo que a vida me não canse, deixo
sentimento a vida vai acabar por passar por ele na
mesma, tem consciência da passagem inexorável do Que a vida por mim passe
tempo e indiferença perante a vida Logo que eu fique o mesmo
O sujeito afirma que se ele fica o mesmo, com a passagem
deste tempo, o que importa àquele que já nada importa,
ou seja, que é indiferente perante as coisas, que alguém
Que importa àquele a quem já nada importa
vença ou perca (inutilidade da ação humana) se a manhã Que um perca e outro vença,
raia sempre (ciclo da natureza). Nesta estrofe o sujeito
poético mostra a inutilidade de sentir sentimentos, Se a aurora raia sempre
através de ganhar ou perder, se a manhã quer estes
sintam ou não vai acabar sempre por vir.
Se cada ano com a primavera
Nesta estrofe mostra a passagem do tempo e o ciclo da
natureza, através das estações do ano, demonstrando que
As folhas aparecem
todos os anos as folhas nascem na primavera e caem no E com o Outono cessam
outono. Tudo acontecem sem as ações humanas porque
tudo parte do Destino.
E o resto, as outras coisas que os humanos
Através do uso da interrogação retórica, questiona-se se o
que os humanos acrescentam às suas vidas, Acrescentam à vida,
nomeadamente, imaginações, sentimentos e sobretudo o
envolvimento o que acrescentam ao eu poético e
Que me aumentam na alma?
pergunta ao leitor se alguma coisa que é conquistada
durante a vida, se algo fica com ele quando este morre.
Nada, salvo o desejo de indiferença
Responde à sua pergunta dizendo que nada lhe E a confiança mole
acrescenta e afirma o desejo de ser indiferente perante a
morte e que a passagem da vida apenas lhe traz a certeza Na hora fugitiva
que caminha para a morte.

4 temas principais abordados na poesia de Ricardo Reis:

- passagem inexorável do tempo (v. 5, v.9, v.10, v.11, v.12)

- efemeridade da vida (v.18, flores)

- aceitação do destino (v.16, v.17, v.18)

- autocontrolo e autodisciplina nas emoções (v.1, v.2, v.3, v.6, v.7, v.8, v.13, v.14, v.15, v.16, v.17)

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