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3525 ALIMENTOS
ufcd 3525 – Dietética e confeção de alimentos
Índice
Introdução..................................................................................................................3
Âmbito do manual....................................................................................................3
Objetivos.................................................................................................................3
Conteúdos programáticos.........................................................................................3
Carga horária...........................................................................................................4
1.3.Grupos alimentares.............................................................................................9
2.1.1.Idosos.......................................................................................................20
2.1.2.Adultos......................................................................................................23
3.1.Noções de dietética...........................................................................................26
3.4.1.Desidratação..............................................................................................38
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3.4.3.Desnutrição................................................................................................43
3.4.4.Imobilização...............................................................................................44
3.4.5.Infecção....................................................................................................45
3.4.6.Estados terminais.......................................................................................47
4.2.Insuficiências biliares........................................................................................50
4.4.Diabetes..........................................................................................................54
4.5.Obesidade........................................................................................................57
Bibliografia................................................................................................................58
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Introdução
Âmbito do manual
Objetivos
Conteúdos programáticos
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o Noções de dietética
o Princípios gerais da confeção de alimentos
o Controlo das condições de preparação e distribuição de alimentos
o Nutrição em situações especiais
- Desidratação
- Carência proteica ou vitamínica
- Desnutrição
- Imobilização
- Infeção
- Estados terminais
o Nutrição em determinadas doenças
- Úlceras gástricas e duodenais
- Insuficiências biliares
- Insuficiência cardíaca e hipertensão
- Diabetes
- Obesidade
Carga horária
50 horas
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Comer é uma necessidade biológica para o ser humano, que assegura a sua sobrevivência.
Viver, para o organismo humano, significa crescimento, movimento, pensamento,
regeneração, reprodução e manutenção.
Estas funções vitais são asseguradas pelos alimentos que o próprio organismo, por
mecanismos mais ou menos complexos, decompõe em nutrientes.
É a nutrição que fornece praticamente tudo aquilo de que as nossas células, (e, por
consequência, tecidos, órgãos e sistemas) necessitam para se manterem vivas e
desempenharem as funções que lhe estão destinadas.
Para além do oxigénio, que capturamos do ar pelos pulmões, todo o material exterior de
que necessitamos vem através da nutrição.
Do mesmo modo que tivemos de ser iniciados em palavras, para podermos construir frases
e, daí podermos escrever páginas de um texto, para podermos «construir» uma ementa
equilibrada temos de conhecer os alimentos e reconhecer o «funcionamento» dos
nutrientes.
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Existem sete famílias de nutrientes, em que cada família tem as suas características, a sua
constituição e a sua função:
Os Prótidos (ou Proteínas)
Os Glícidos (ou Hidratos de Carbono)
Os Lípidos (ou Gorduras)
As Vitaminas, os Minerais, as Fibras e a Água.
Os Prótidos ou Proteínas
Podem ser de origem animal, como o peixe e a carne, sendo o leite e os ovos dois
alimentos muito equilibrados e ricos em proteínas. Mas também existem proteínas de
origem vegetal como o feijão, o grão e a soja.
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Quimicamente são hidratos de carbono ou, mais simplesmente, açúcares no sentido lato do
termo, já que o pão, as massas, as batatas, as leguminosas secas (grão e feijão) e o arroz
fazem parte desta família, mesmo que não tenham um sabor adocicado.
Também os açúcares têm como função fornecer energia necessária para a realização das
atividades em geral e tal como as proteínas 1 gr de glícidos = 4 quilocalorias
Os Lípidos ou gorduras
Depois dos materiais de construção e dos carburantes, surgem os lípidos como reservas do
organismo.
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As Vitaminas
Tipos
Lipossolúveis
o Vitamina A
o Vitamina D
o Vitamina E
o Vitamina K
Hidrossolúveis
o Vitamina B1
o Vitamina B2
o Vitamina B5
o Vitamina B6
o Vitamina B12
o Vitamina C
o Vitamina H
o Vitamina M
o Vitamina PP
o Vitamina P
Os Sais Minerais
O organismo necessita de cerca de vinte minerais, mas os principais são o cálcio, o sódio o
potássio e o ferro.
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A Água
A água é vital. Sem alimentos podemos sobreviver durante algumas semanas, mas sem
água somente alguns dias.
As Fibras
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1.3.Grupos alimentares
Com exceção do leite nos primeiros meses de vida, não há nenhum alimento capaz de
fornecer todos os nutrientes em quantidades apropriadas.
A partir das características nutritivas dos alimentos, eles agrupam-se em 6 grupos distintos.
Este grupo fornece proteínas de alto valor biológico, elevada quantidade de cálcio e de
vitamina B2.
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Este grupo de alimentos inclui tanto alimentos de origem animal - gorduras saturadas
(manteiga, banha e toucinho) como de origem vegetal - gorduras insaturadas (azeite -
monoinsaturada, óleos e margarinas - polinsaturadas).
As gorduras saturadas são mais prejudiciais à nossa saúde apesar de serem as mais
consumidas.
São alimentos altamente energéticos pela gordura que contêm, podem fornecer grandes
quantidades de vitaminas lipossolúveis (vitaminas solúveis nas gorduras), como a vitamina
A e D.
É constituído por alimentos ricos em glícidos, pobres em gorduras (exceto o cacau) e com
quantidade média ou elevada (legumes secos) de proteínas.
O açúcar pertence a este grupo e é constituído quase exclusivamente por glícidos pelo que
se diz que é um «fornecedor de calorias vazias».
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Alguns componentes corados do grupo, como as folhas verdes e certos frutos, podem
conter caroteno em elevada concentração.
Grupo VI – Bebidas
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A Roda dos Alimentos é uma imagem ou representação gráfica que ajuda a escolher e a
combinar os alimentos que deverão fazer parte da alimentação diária.
A Roda dos Alimentos Portuguesa foi criada já em 1977 para a Campanha de Educação
Alimentar “Saber comer é saber viver”.
A água, não possuindo um grupo próprio, está também representada em todos eles, pois
faz parte da constituição de quase todos os alimentos.
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Cada um dos grupos apresenta funções e características nutricionais específicas, pelo que
todos eles devem estar presentes na alimentação diária, não devendo ser substituídos
entre si.
A- leite e derivados
B- carne, peixe e ovos
C- leguminosas
D- cereais, tubérculos e legumes
E- hortaliças
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F- fruta
G- gorduras
H- água
Porções
Lacticínios
2 a 3 porções
Leguminosas
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1 a 2 porções
1 colher de sopa de leguminosas secas cruas (ex: grão de bico, feijão, lentilhas)
(25g)
3 colheres de sopa de leguminosas frescas cruas (ex: ervilhas, favas) (80g)
3 colheres de sopa de leguminosas secas / frescas cozinhadas (80g)
4 a 11 porções
1 pão (50g)
1 fatia fina de broa (70g)
1 e 1/2 batata - tamanho médio (125g)
5 colheres de sopa de cereais de pequeno-almoço (35g)
6 bolachas - tipo Maria / água e sal (35g)
2 colheres de sopa de arroz / massa crus (35g)
4 colheres de sopa de arroz / massa cozinhados (110g)
Hortícolas
3 a 5 porções
Gorduras e óleos
1 a 3 porções
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Bebidas
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Uma alimentação saudável e equilibrada é uma das condições necessárias para que se viva
uma vida longa e com qualidade.
De acordo com as regras de uma alimentação saudável, a elaboração da ementa deve ser:
• Equilibrada, variada e rica nutricionalmente, respeitando o contexto sociocultural
dos clientes a que se destina;
• Diversificada e de acordo com as necessidades de cada cliente;
• Atenta às preferências de cada cliente;
• Elaborada com a colaboração de todos os responsáveis, no estabelecimento, por
este processo (diretor do estabelecimento, cozinheiro), incluindo o nutricionista ou o
seu aconselhamento;
• Elaborada, no mínimo, semanalmente, pelos responsáveis por este processo, no
estabelecimento;
• Composta por dietas especiais, em caso de necessidade.
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As necessidades energéticas devem ser adaptadas aos gastos, para que o indivíduo
não acumule peso.
Deve ser respeitada uma repartição calórica ao longo do dia, a qual se divide da seguinte
forma :
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Pequeno-almoço 25 % 20 % 20 % 20 %
Almoço 40 % 35 % 35 % 40 %
Lanche 15 % 10 % 5 à 10 %
Jantar 35 % 25 % 30 % 25 à 30 %
A dose energética deve ser equilibrada em termos de qualidade, para que sejam fornecidos
os vários nutrientes, consoante as necessidades do organismo:
Proteínas 12 a 15 % da dose diária
Lípidos 30 a 35 % da dose diária
Glúcidos 50 a 55 % da dose diária
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Leite meio
500 500 500 500 350 350 500
gordo
Queijo 40 60 40 40 60 40 40
Carne, peixe,
180 200 180 200 170 150 150
ovo
Cereais ou
50 50 50 50 40 30 30
derivados
Manteiga 30 35 20 20 15 10 10
Margarina 20 15 10
Óleo 20 25 20 20 20 20 15
Açúcar 60 70 50 50 60 50 45
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2.1.1.Idosos
No caso do cliente ser uma pessoa idosa, na elaboração da ementa/dieta dever-se-á ter em
atenção os seguintes aspetos:
• Hidratos de carbono – entre 50-60% do valor calórico total, representando cerca
de 250-280g por dia, à exceção das pessoas diabéticas.
• Proteínas – cerca de 60% devem ser de origem animal (leite, ovos, peixe e
carne). Os restantes 40% devem ser de origem vegetal.
• Gorduras - evitar gorduras animais e consumir preferencialmente gorduras do tipo
vegetal.
• Alimentos a limitar - sal, condimentos fortes e bebidas alcoólicas.
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Saltar refeições
Pequeno-almoço
Contribuem para a perda de massa muscular, que é consumida para produzir a glicose
essencial ao funcionamento das células, nomeadamente dos neurónios.
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Até uma comida simples e bem apresentada poderá fazer com que o idoso sinta prazer em
comer.
Uma bebida quente à noite pode ser agradável para o idoso, ajudando mesmo a induzir ao
sono.
As refeições na terceira idade devem ser pouco abundantes e repartidas, para que cada
uma não sobrecarregue demasiado o estômago do idoso.
À medida que aumenta a idade, a tendência será para que as refeições se tornem
isocalóricas e com intervalos de cerca de 2,30 a três horas.
Estas refeições devem ser preparadas para facilitarem a mastigação e permitirem uma fácil
digestão, evitando a utilização de condimentos fortes e de gorduras em excesso e muito
aquecidas.
No entanto, as dietas específicas, sob prescrição médica, devem ser conhecidas pela
equipa da cozinha e devidamente respeitadas.
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2.1.2.Adultos
A elaboração de ementas é sempre de uma certa subjetividade, pois deve estar adequada
às características individuais de cada pessoa, bem como às suas necessidades específicas
do trabalho que realiza, idade, sexo, eventuais restrições ou necessidades aumentadas,
etc.
Também contribui para essa subjetividade a refeição a que se destina. Por exemplo,
enquanto o almoço deve contribuir com um valor de 31%, o jantar já só deve contribuir
com cerca de 28% do valor calórico do dia.
A distribuição pelos diferentes nutrimentos também pode variar de indivíduo para indivíduo.
Para a elaboração de ementas, vamos partir de um valor calórico diário de 2600 kcal. e
uma distribuição nutricional de 15% de proteínas, 30% de gorduras e 55% de glícidos.
Esta é a distribuição percentual para um adulto saudável e o valor calórico está adequado à
necessidade média de uma população adulta jovem sadia.
A refeição escolhida é o almoço, sendo portanto ementas com cerca de 805 kcal.
ALMOÇO
Sopa:
15 g de feijão (antes de demolhar)
ou 15 g de grão (antes de demolhar)
ou 70 g de ervilhas frescas
ou 70 g de favas frescas
ou 40 g de batatas
50 g de produtos hortícolas de folha (hortaliça)
50 g de outros produtos hortícolas
3 g de azeite
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2º prato:
90 g de carne (peso limpo)
ou 110 g de peixe ou moluscos (peso limpo)
80 g de massa (4 colheres de sopa)
ou 80 g de arroz ( 4 c.s.)
ou 120 g de feijão (antes de demolhar) (6 c.s)
ou 120 g de grão (antes de demolhar) (6 c.s)
ou 360 g de ervilhas (8 c.s)
ou 360 g de favas (8 c.s)
ou 320 g de batatas (3 batatas médias)
50 g de quaisquer hortaliças
50 g de salada
25 g de pão
1 peça de fruta
Alguns conselhos:
Seja ativo:
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Pequenas quantidades de álcool podem ser benéficas, mas beber em demasia pode
ser desastroso para a sua saúde.
Beber dentro dos limites significa entre 2 e 3 bebidas por dia para homens e 1 a 2
para mulheres.
Suplementos Nutricionais
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3.1.Noções de dietética
Durante toda a vida, o ser humano deve alimentar-se corretamente para garantir a sua
saúde.
Porém, cada período da vida de cada um, desde o seu nascimento até à morte, exige um
tipo de alimentação.
LEI DA ADEQUAÇÃO
A finalidade da alimentação está subordinada à sua adequação no organismo.
Indivíduo sadio – conservá-lo assim
Enfermo – curar a enfermidade
Criança – assegurar crescimento e desenvolvimento
Trabalhador – favorecer rendimento no trabalho
Para fazermos uma alimentação correta, devemos sempre ter em atenção alguns conselhos
nutricionais.
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devem guardar latas de conserva depois de abertas (o seu conteúdo deve ser
transferido para recipientes apropriados).
Resíduos alimentares
Os resíduos, alimentares ou outros, não devem ser acumulados em locais onde são
manipulados alimentos, exceto na medida em que tal seja inevitável para a
execução adequada do trabalho.
Os resíduos alimentares devem ser depositados em contentores fechados e
mantidos em condições que permitam fácil limpeza e desinfeção.
Os colaboradores efetuam a remoção dos resíduos após terem sido servidas as
refeições.
Os resíduos são armazenados em locais que permita boas condições de limpeza e
em local próprio no exterior das instalações do estabelecimento. A recolha dos
resíduos é efetuada pelas entidades competentes.
Abastecimento de água
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Descongelação
Os alimentos devem ser descongelados em micro-ondas ou sob água corrente fria (nunca
quente) ou à temperatura ambiente, isolados por saco de plástico, mesmo nas situações de
emergência.
Existem quatro zonas de trabalho diferentes: carnes cruas, peixe cru, vegetais crus e
produtos confecionados.
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Existem quatro cores diferentes dos materiais a utilizar, de acordo com as diferentes zonas
de trabalho.
Etapas:
Confeção de refeições
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Temperatura
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AUTOCONTROLO
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MEIOS DE TRANSPORTE
A colocação e proteção dos géneros alimentícios dentro das caixas de carga e dos
contentores deve reduzir ao mínimo o risco de contaminação.
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AMOSTRAS DE TESTEMUNHO
Em cada refeição (de todos os pratos confecionados) são efetuadas recolhas de amostras
testemunha, que se guardam durante 72h (3 dias), seguindo os seguintes passos:
• É realizada antes de servir;
• Recolhe-se no mínimo 100 g de alimentos no total, que devem incluir todos os
que constituem a refeição;
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3.4.1.Desidratação
Descrição
Sintomas ou consequências
Prevenção e Tratamento
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CARÊNCIA PROTEICA
Definição
Sintomas
Tratamento
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CARÊNCIA VITAMÍNICA
Definição
Isto pode ocorrer mediante uma ingestão alimentar insuficiente ou, então, devido a um
problema que dificulte a assimilação e o aproveitamento das vitaminas, situações que
podem ocorrer nas seguintes circunstâncias:
• Alimentação insuficiente.
• Alimentação invariável, baseada em muito poucos alimentos.
• Exclusão da dieta de algum grupo de alimentos (regimes vegetarianos).
• Circunstâncias que necessitam de uma taxa vitamínica mais elevada (gravidez,
aleitamento ou primeira infância).
• Consequência de perturbações orgânicas, que impedem uma absorção intestinal
adequada das vitaminas ou do seu posterior metabolismo.
• Ingestão de medicamentos ou produtos tóxicos que interfiram no metabolismo
das vitaminas.
Sintomas
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Bastante comum nos países não desenvolvidos, nos industrializados verifica-se, sobretudo,
em pessoas com perturbações do fígado, que dificultam a transformação de carotenos em
vitamina A ativa, ou em períodos especiais da vida em que as necessidades aumentam e
nem sempre são satisfeitas adequadamente, como a gravidez e o aleitamento.
Provoca um quadro conhecido como beribéri, patologia frequente nas regiões onde a
alimentação se baseia no consumo de arroz descascado e relativamente comum em
indivíduos alcoólicos.
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Pode ocorrer em quem segue uma dieta vegetariana rigorosa, embora a sua causa mais
comum seja a gastrite atrófica. Provoca anemia, bem como alterações neurológicas.
Provoca fragilidade excessiva dos vasos sanguíneos e má reparação dos epitélios, o que se
manifesta por uma tendência para as hemorragias e para os hematomas, juntamente com
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debilidade, apatia, dores nos ossos e nas articulações, inflamação das gengivas e queda de
dentes, má cicatrização e maior vulnerabilidade às infeções.
Carência de vitamina D.
Este défice não depende apenas de fatores alimentares, uma vez que na pele humana
existe uma provitamina que se transforma em vitamina D ativa sob a ação dos raios
ultravioletas do sol.
Portanto, apenas se verifica em pessoas com um défice alimentar que não se expõem
suficientemente ao sol.
Esta vitamina participa no metabolismo do cálcio e do fósforo, minerais que fazem parte do
tecido ósseo, pelo que a sua carência dá lugar a perturbações no esqueleto (raquitismo nas
crianças e osteomalacia nos adultos).
Carência de vitamina E.
Carência de vitamina K.
Não costuma ter origem alimentar, visto que a substância é fabricada pelas bactérias da
flora intestinal.
Por isso, nos adultos, apenas costuma ocorrer perante uma perturbação na sua absorção,
em pessoas com patologias hepáticas ou mediante tratamentos prolongados com
antibióticos que destroem a flora intestinal, ou através de sobredosagem de fármacos que
desativam a vitamina K, como aqueles que são prescritos para prevenir a trombose.
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Tratamento
Porém muitas vezes para reverter sintomas de avitaminose leve como a queda de cabelo
ou pele ressecada, uma alimentação mais cuidada corrige a carência leve de vitaminas:
Vitamina A: Brócolos, espinafres, abóbora, batata-doce, folhas de beterraba,
tomate, melancia, repolho, couve-flor, cenoura.
Vitamina D: Frutas em geral, associadas à exposição de raios solares que
contribuem na absorção e aproveitamento desta vitamina.
Vitamina E: Gérmen de Trigo, cereais, beterraba, salsa e folhas verdes em geral.
Vitamina K: Vegetais de folhas verdes, couve-flor.
Vitaminas do complexo B: Produtos de origem animal, folhas verdes, alfafa, gérmen
de trigo
Vitamina C: Brócolos, couve-flor, batata, tomate, couve-de-bruxelas, maçã, frutas
cítricas, morangos, pimentão verde/vermelho.
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3.4.3.Desnutrição
Definição
A desnutrição pode ser definida como uma condição clínica decorrente de uma
deficiência ou excesso, relativo ou absoluto, de um ou mais nutrientes essenciais.
Sintomas
Avaliação clínica (observação de características como peso, altura e idade) até uma
completa avaliação do estado nutricional do paciente, análise clínica, dados sobre
alimentação, avaliação bioquímica e imunológica, avaliação metabólica e diagnóstico
nutricional.
Consequências
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Tratamento
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3.4.4.Imobilização
Alimentação
Deve ser prescrita por um especialista, pois cada caso é um caso. Geralmente as refeições
são pequenas e nutritivas.
Antes das refeições deve-se conduzir a pessoa à casa de banho ou dar-lhe a aparadeira, se
a pessoa sofrer de incontinência deve-se lava-la a fazer necessidades após a refeição.
Deve-se acomodar a pessoa de uma forma confortável, sentada e nunca deitada, nunca
dar água ou a refeição a pessoas sonolentas.
Líquidos
Deve-se levar em conta que o paciente pode estar menos sensível à sensação de sede
sendo incapaz de solicitar líquidos. Outro facto relevante é uso de diuréticos que pode
agravar esse quadro.
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Sondas
A dieta a ser usada, artesanal ou industrializada, sempre será determinada pelo profissional
de nutrição em conjunto com o médico do paciente.
As dietas industriais são excelentes, mas o custo acaba por vezes inviabilizando sua
prescrição.
A dieta artesanal é uma alternativa mais acessível. Essas dietas podem ser feitas em casa,
porém com cuidados de asseio rigorosos no preparo.
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3.4.5.Infecção
FEBRE
Descrição
Tratamento
INFECÇÃO URINÁRIA
Definição
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Sintomas
Tratamento geral
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3.4.6.Estados terminais
Cuidados paliativos
A nutrição em pacientes com doença avançada deve oferecer: conforto emocional, prazer,
auxiliar na diminuição da ansiedade, aumento da autoestima e independência, além de
permitir maior integridade e comunicação com seus familiares.
DIARREIA
Descrição
Tratamento
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OBSTIPAÇÃO
Descrição
Tratamento
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Descrição
Sintomas
Tratamento
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4.2.Insuficiências biliares
INSUFICIÊNCIAS BILIARES
Descrição
Sintomas
Acolia (fezes claras), colúria (urina escura), prurido (comichão), icterícia (pele
amarela)
Tratamento
INSUFICIÊNCIA HEPÁTICA
Definição
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Sintomas
Tratamento
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INSUFICIÊNCIA CARDÍACA
Descrição
É uma doença grave quantidade de sangue que o coração bombeia por minuto
(débito cardíaco) é insuficiente para satisfazer as necessidades de oxigénio e de
nutrientes do organismo.
Redução da capacidade do coração para manter um rendimento eficaz
Sintomas
Tratamento
Diminuir sal
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HIPERTENSÃO
Descrição
Implicações
Tratamento
A dieta hipossódica
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Para se seguir uma dieta hipossódica, deve-se reduzir ou, melhor ainda, suprimir o hábito
de adicionar sal às refeições, bem como moderar ou suprimir o consumo de alimentos ricos
em sódio: determinadas águas minerais, enchidos, conservas, queijos, carne e peixe
salgados, fumados ou curados, mariscos, produtos elaborados industrialmente, etc.
É importante eleger formas de cozedura que potenciem o sabor próprio dos diferentes
alimentos.
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4.4.Diabetes
Descrição
DIABETES TIPO I
Definição
Sintomas
Tratamento
Especifico para cada caso, sendo determinada pelo médico, tendo em consideração
a idade, sexo, estado de saúde e historial clínico.
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DIABETES TIPO II
Descrição
Sintomas
Tratamento
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Importância da dieta
Alimentação adequada
Sabe-se hoje que o efeito que qualquer alimento ou bebida tem nos níveis de
glucose no sangue, não só depende da quantidade de açúcar nele contida.
Por exemplo uma bebida açucarada ingerida em jejum aumenta o nível da glicemia
de um modo mais acentuado do que se for ingerida durante uma refeição, isto
porque a sua absorção decorre de forma mais lenta
Fruta e legumes
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Água e bebidas
Os diabéticos podem recorrer a bebidas com açúcar (sem gás) quando: for preciso
corrigir uma hipoglicemia, se pretender prevenir a hipoglicemia durante o exercício
físico ou atividade intensa.
Fracionamento alimentar
Uma correta distribuição dos nutrientes passa por 6 a 7 refeições diárias, com
intervalos de 2 horas e meia a 3 horas entre cada uma delas durante o dia, cerca
de 8 horas de noite.
O fracionamento contribui ainda para: evitar a hipoglicemia entre e após as
refeições, facilita o emagrecimento, beneficia a normalização das taxas de colesterol
total, LDL e TG.
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4.5.Obesidade
Descrição
Tratamento
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ufcd 3525 – Dietética e confeção de alimentos
Bibliografia
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