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TRANSPORTADOR DE

CORREIA
(ACOPLAMENTOS)

CLASSIFICAÇÃO DO AÇO /ACOPLAMENTOS MAGNÉTICOS

Nome:
Edilaine Felipe Graciano Gomes
Instrutor: Vanderson Júnior

Dezembro/2023
Os acoplamentos são componentes essenciais do maquinário de uma indústria. Eles
são responsáveis pela conexão e transmissão mecânica em acionamentos de
equipamentos. Sendo assim, são peças fundamentais em qualquer sistema de
produção e equipamentos rotativos. Portanto, a utilização dos acoplamentos é muito
comum nos mais diversos setores da indústria e em diferentes tipos de equipamentos,
eles fazem a ligação do eixo do motor com o eixo do equipamento e são componentes
indispensáveis no acionamento das máquinas.

O acoplamento magnético permite que os componentes do transportador possam


funcionar de um modo otimizado, sofrendo menos desgaste, diminuindo a chance de
quebra de eixo e de superaquecimento do sistema. Isso porque, por meio do
acoplamento magnético, o sistema pode realizar uma partida sem trancos, mais suave,
reduzindo vibrações e transmitindo a velocidade gradativamente, de modo que ele
receba o torque necessário para movimentar a correia sem receber impactos e energia
mecânica a mais ou a menos do que a necessária para operar.

Quando pensamos no transportador de correia, é válido ressaltar que a aceleração do


motor independente da carga do equipamento e a velocidade de transferência é algo
essencial, responsável por assegurar a eficiência do processo.
Por possuírem uma limitação do torque máximo transmitido sem contato físico, este tipo
de dispositivo oferece proteção ao motor e à outros elementos contra danos de
sobrecarga e vibração. Os acoplamentos magnéticos colaboram muito nesses aspectos
para minimizar a manutenção.
Por meio desses dispositivos, sistemas sensíveis podem operar de forma mais segura,
o que torna a sua utilização amplamente recomendada, principalmente para máquinas
e equipamentos que realizam operações que demandam muita energia, amortecimento
efetivo dos choques e atividade em ambientes extremamente agressivos.
Assim que o motor é ligado, a força produzida por ele começa a girar o rotor com placas
de cobre e, por consequência, a rotação criada gera uma indução magnética e a
interação entre os componentes, aumentando o fluxo de magnetismo entre os rotores,
transmitindo o torque através do ar, sem contato físico. Quanto mais próximo o rotor
magnético em relação as placas de cobre, mais forte será a transferência, tornando mais
fácil o movimento.

Além de fazer a ligação do eixo do motor para o equipamento, fazendo a transmissão


do torque e rotação, os acoplamentos possuem outras funções, como:

 Absorção de choques;
 Compensação de desalinhamentos;
 Redução de vibrações;
 Proteção do motor contra sobrecargas;
 Economia de energia elétrica.

A produção de acoplamentos envolve vários processos, incluindo projeto, moldagem,


usinagem, tratamento térmico e acabamento. Os fabricantes de acoplamentos usam
materiais de alta qualidade, como aço, ferro fundido, alumínio e plástico, para produzir
acoplamentos de alta qualidade e durabilidade. Alguns fabricantes também oferecem
soluções personalizadas de acoplamentos, projetadas especificamente para atender às
necessidades específicas de um cliente.
Como funciona a fabricação de acoplamentos
A fabricação de acoplamentos começa com a escolha do material adequado para a
aplicação. Alguns dos materiais comuns utilizados na fabricação de acoplamentos
incluem aço, ferro fundido, bronze e alumínio. O material escolhido deve ser capaz de
suportar as cargas e as condições de trabalho a que o acoplamento será submetido.
Uma vez que o material é selecionado, o processo de fabricação começa com a
usinagem do corpo do acoplamento. O corpo do acoplamento é geralmente usinado a
partir de uma barra sólida de metal, usando tornos e fresadoras. O processo de
usinagem pode incluir furação, rosqueamento, fresamento e tornear para produzir o
formato final desejado.
Depois que o corpo do acoplamento é usinado, ele é submetido a processos de
tratamento térmico, como têmpera e revenimento, para melhorar sua resistência
mecânica e durabilidade. Em seguida, ele é limpo e revestido para protegê-lo contra
corrosão.
A seguir, os elementos de fixação são montados no corpo do acoplamento. Estes podem
incluir parafusos, porcas e anéis de travamento. O processo de montagem pode ser feito
manualmente ou com máquinas automatizadas, dependendo da escala da produção.
Em seguida, o acoplamento é submetido a testes de inspeção para garantir que atenda
aos padrões de qualidade e desempenho especificados. Isso pode incluir testes de
carga, medidas dimensionais, análise de materiais e ensaios de durabilidade.
Finalmente, o acoplamento é embalado e pronto para envio ao cliente. A embalagem
deve ser segura e adequada para proteger o acoplamento durante o transporte.
Materiais construtivos do ACOPLAMENTO, no TRANSPORTADOR DE
CORREIA.

COMPONENTES MATERIAL CLASSIFICAÇÃO


Carcaça Aço carbono 1045
Componentes internos Aço inox 430
Placas de cobre Cobre 7440-50-8
Parafusos Aço carbono 1045
Eixos de fixação Aço carbono 1045

Aço 1045 → Aço ao carbono com percentual médio de 0,45 de carbono

 Aço 1040 a 1060 – Meio Duro


 Resistência a ruptura – 65 a 75 kg/ mm2
 Teor de carbono – 0,40% a 0,60%
 Adquire boa têmpera
 Muito difícil para soldar

O acoplamento magnético funciona por meio de uma combinação de dois componentes


principais: imãs permanentes e placas de cobre. De modo que, quando acionado, o
sistema transmite torque através do ar utilizando o fluxo magnético gerado pelos imãs
e arrastando a outra parte do acoplamento onde estão fixadas as placas de cobre, para
que assim a máquina ou equipamento comece a operar.
Aplicação: Peças de grande dureza, motores, peças de máquinas, ferramentas de corte,
molas trilhos.
O percentual de carbono em peso da liga é definido da seguinte forma: divide-se os
últimos dois ou três números finais por 100:

 SAE 1020: 20/100 = 0,2 % C.


 SAE 1045: 45/100 = 0,45% C.
 SAE 4140: 40/100 = 0,40% C.
 SAE 52100: 100/100 = 1,0% C.

Placas de cobre: Números de identificação de uma substância química – CAS


7440-50-8
. CAS Registry Numbers (frequentemente chamados CAS RN® ou Números CAS)
são universalmente utilizados para fornecer um identificador de substâncias químicas
único e inconfundível. Um CAS Registry Number não traz em si um significado químico
inerente, mas é um meio inequívoco de identificar uma substância química ou estrutura
molecular quando há muitos nomes sistemáticos, genéricos, proprietários ou triviais
possíveis.
O registro CAS é separado por traços em três partes: a primeira parte tem até 6
algarismos, a segunda, até dois algarismos e a terceira é um número de controle de um
algarismo. Os números são atribuídos cronologicamente e não têm significação
particular.
Para facilitar a identificação das substâncias químicas, existem vários sistemas de
numeração. O mais conhecido e utilizado é o número CAS, número de registro fornecido
pelo Chemical Abstrats Service (CAS).
O cobre é um elemento químico de símbolo Cu, número atômico 29 e de massa atómica
63,54 u. À temperatura ambiente o cobre encontra-se no estado sólido. Classificado
como metal de transição, pertence ao grupo 11 da Classificação Periódica dos
Elementos.
Cobre/Número CAS
7440-50-8

Tipos de Aço Inox

Existem mais de 60 tipos de aço inox. No entanto, todo o grupo pode ser dividido em
cinco classes. Cada um é identificado pelos elementos de liga que afetam sua
microestrutura e para os quais cada um é nomeado.

 Austeníticos
 Ferríticos
Os ferríticos são altamente resistentes à corrosão, mas menos duráveis do que
austeníticos. Também não podem ser endurecidos por tratamento térmico. Eles contêm
entre 10,5% e 27% de cromo e muito pouco níquel, se houver. A maioria das
composições inclui molibdênio; alguns, alumínio ou titânio.

Podemos dizer que o inox do tipo ferrítico possui as seguintes características:


magnético, baixa expansão térmica, resistência à oxidação em alta temperatura,
excelente resistência ao escoamento, alta resistência mecânica
 430 – é o mais famoso entres os aços ferríticos. Cromo deve ser superior a 16%,
e o carbono menor ou igual a 0,12%.

 Martensíticos
 Duplex
 Endurecíveis por precipitação
Propriedades do Aço inoxidável

1. Força de rendimento

Dependendo do tipo, o aço inoxidável pode apresentar alta resistência e baixo


alongamento ou propriedades de baixa resistência e alto alongamento. Eles se
comparam muito bem aos aços carbono quando se trata de resistência ao escoamento.

2. Força em altas temperaturas

O aço inox tem um desempenho comparativamente melhor do que outros aços carbono
em temperaturas mais altas. Apresenta melhor resistência ao fogo devido ao seu alto
fator de retenção de resistência em temperaturas elevadas (acima de 500° C).

3. Resistência à tração

Quando se trata de resistência à tração, o aço inoxidável é superior a materiais como


alumínio, latão e aço carbono. A maior resistência à tração é observada no
endurecimento por precipitação e ligas martensíticas.

4. Resistência criogênica

Alguns tipos de aço inoxidável são extremamente adequados para lidar com uma faixa
mais ampla de temperaturas. Em especial, os aços austeníticos apresentam tenacidade
excepcional e maior resistência à tração em temperaturas abaixo de zero. Isso amplia
o escopo de seu uso, abrindo novos caminhos para aplicações modernas.

5. Ductilidade

A ductilidade de diferentes tipos de aço inox pode ser significativamente diferente.


Alguns tipos têm alta ductilidade, permitindo o uso de processos extenuantes de repuxo
profundo.

6. Maior taxa de endurecimento por trabalho

Esta propriedade se refere à capacidade de um metal de aumentar sua resistência por


meio de processos de trabalho a frio. Os aços inoxidáveis podem ser recozidos e
trabalhados a frio para manipular sua resistência ao nível desejado. Isso significa que a
mesma classe pode ser usada em várias aplicações, variando sua resistência. Por
exemplo, o mesmo tipo pode ser usado como uma mola ou um fio dobrável por
recozimento e trabalho a frio.
Usos e aplicações das diferentes ligas de aço inoxidável

O sistema AISI (American Iron and Steel Institute) usa números de três dígitos
começando com 2, 3 ou 4.

Série 200

Esta série é usada para graus austeníticos que contêm manganês. Esses aços cromo-
manganês têm baixo teor de níquel (abaixo de 5%).

Usos:

✔️Máquinas de lavar roupas;


✔️Talheres;
✔️Equipamentos para alimentos e bebidas;
✔️Indústria automobilística;
✔️Equipamentos internos, etc.

Série 300

Aços inoxidáveis austeníticos com carbono, níquel e molibdênio. A adição de molibdênio


melhora a resistência à corrosão em ambientes ácidos, enquanto o níquel melhora a
ductilidade.

Aplicações:

✔️Indústria de alimentos e bebidas;


✔️Indústria automobilística;
✔️Estrutural para ambientes críticos;
✔️Instrumentos médicos;
✔️Joalharia, etc.

Série 400

Ligas ferríticas e martensíticas formam esta série de aço inoxidável. Essas classes estão
disponíveis para tratamento térmico. Fornecem uma boa combinação de força e alta
resistência ao desgaste. No entanto, as propriedades de resistência à corrosão são
inferiores às da série 300.
Utilidades:

✔️Equipamento agrícola;
✔️Eixos do motor;
✔️Peças de turbina a gás, etc.

Classes e padrões de aço

O aço pode ser classificado por vários métodos diferentes, mas o padrão mais comum
é o SAE/AISI. O American Iron and Steel Institute (AISI) – Instituto Americano de Ferro
e Aço, em português – foi fundado na década de 1930 e lida principalmente com
classificações para diferentes tipos de aço.
O AISI tem uma conexão significativa com a Society of Automobile Engineers (SAE) –
Sociedade dos Engenheiros Automotivos, traduzido –, que foi fundada
aproximadamente na mesma época, mas tem um sistema de classificação voltado para
a indústria para metais usados na fabricação de automóveis.
Assim, os dois órgãos eram envolvidos na padronização numérica do aço. Mas, desde
1995, o AISI transferiu a manutenção futura do sistema de classificação para a SAE.
É importante saber disso já que as certificações do aço comumente fazem referência
tanto ao SAE quanto ao AISI e, para demandas mais generalistas ou trabalhos manuais,
não haverá diferenças entre trabalhar com um aço denominado “SAE 4140” ou “AISI
4140”, por exemplo. Entretanto, para projetos mais específicos, é recomendado sempre
seguir a classificação SAE exata recomendada!

Classificação SAE dos Aços

A classificação SAE / AISI dos aços utiliza um sistema básico de quatro dígitos (às vezes
cinco) para designar a composição química dos aços carbono e dos aços-liga.

O elemento de liga na especificação SAE / AISI é indicado pelos dois primeiros dígitos
e a quantidade de carbono é indicada pelos dois últimos dígitos.

Designação SAE Tipo

1xxx Aço carbono

2xxx Aço níquel

3xxx Aço níquel-cromo

4xxx Aço molibdênio


5xxx Aço cromo

6xxx Aço cromo-vanádio

7xxx Aço tungstênio

8xxx Aço níquel-cromo-molibdênio

9xxx Aço silício-manganês

Aplicações de cada grupo SAE

Aplicações de cada classe de designação SAE da tabela acima.

 SAE 1xxx
Os aços carbono são utilizados em aplicações gerais, como parafusos, eixos,
chapas, engrenagens, entre outros.
 SAE 2xxx
Os aços níquel são aplicados em peças que exigem alta tenacidade e
temperaturas sub-zero.
 SAE 3xxx
As ligas níquel-cromo têm uso em eixos, peças cementadas, pinos de alta
resistência, etc.
 SAE 4xxx
A classe de aços ao molibdênio é utilizada numa vasta gama de aplicações
mecânicas, devido sua alta resistência mecânica e ótima temperabilidade. Nesta
categoria, são destaques as ligas dos grupos 41xx e 43xx:
 🔸SAE 41xx
Essas ligas de aço apresentam boa temperabilidade, soldabilidade e ductilidade.
São utilizadas em parafusos/tirantes para vasos de pressão, peças estruturais
aeronáuticas e outras aplicações mecânicas mais severas.
 🔸SAE 43xx
Já as ligas de classificação SAE 43xx de aços molibdênio ligados ao cromo e
níquel, são utilizadas na fabricação de peças sujeitas a tensões cíclicas e outras
aplicações de alta responsabilidade mecânica. Isso graças ao excelente
comportamento ao tratamento térmico de têmpera e revenimento.
 SAE 5xxx
Aços com ótima resistência mecânica e à corrosão. As ligas desta classe com
baixo teor de carbono são adequadas ao tratamento térmico de cementação.
Como adquirem superfície dura, tem uso em rolos de correntes e barras chatas
resistentes ao desgaste.
 SAE 6xxx
Essa classe de aço é utilizada em eixos, molas e engrenagens, possuindo alta
resistência mecânica e à fadiga.
 SAE 7xxx
Possuem alta dureza e são utilizados em peças de trabalho a quente (como
matrizes de extrusão).
 SAE 8xxx e SAE 9xxx
Esses dois grupos possuem aços de alta tenacidade com uma ampla gama de
propriedades mecânicas! Oferecem uma excelente resposta ao tratamento
térmico de têmpera e revenimento. Destaque para o SAE 8620 e SAE
8640 utilizados amplamente na indústria de construção mecânica.
Classificação SAE para Aços Inoxidáveis

Os aços inoxidáveis também estão classificados no sistema Sae. Mas diferente dos
aços carbono, são fornecidos com números de três dígitos começando com 2, 3, 4 ou
5.

Os tipos de aço inoxidável austenítico da série 300 e os tipos martensíticos da série 400
são as especificações mais populares desse tipo de aço.

Às vezes, uma letra é adicionada entre o segundo e o terceiro dígitos dos grupos de
código, como 11L41, 12L14 ou 50B40. A letra L indica a adição de chumbo (entre 0,15%
e 0,35%) para melhorar a usinabilidade do aço. A letra B indica a adição de boro (entre
0,0005% e 0,003%) aos aços de baixo carbono para aumentar a dureza do aço.

Além disso, os aços de qualidade comercial usados como barras de aço laminadas a
quente na produção de peças não críticas de máquinas e estruturas são designados
com o prefixo M. Os aços de liga com o prefixo E indicam aço de forno elétrico e o sufixo
H indica que o aço foi produzido aos limites de temperabilidade exigidos.

Apesar da classificação SAE dos aços ser bastante extensa e completa, alguns
aços comumente usados não se enquadram nela. Isso ocorre pois existem aços
que possuem elementos de liga que não estão dentro das faixas previstas nesta
classificação!

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