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TRABALHO DE FARMACOLOGIA
• Mecanismo de Ação
O mecanismo de ação da cannabis nos cães envolve a interação dos compostos THC
(Tetrahidrocanabinol) e CBD (Canabidiol). O THC é o principal composto psicoativo
encontrado na cannabis. Ele se liga aos receptores canabinoides que são acoplados
a proteína G, que é o CB1 que estão abundantemente localizados no sistema nervoso
central. O THC atua como um agonista dos receptores CB1, o que leva a alterações
na função cerebral. Assim, em um quadro de intoxicação, o THC interage com
receptores CB1 no cérebro e modifica a função de vários neurotransmissores, como
dopamina, serotonina, acetilcolina, culminando em efeitos de estimulação ou inibição
nos cães. Por outro lado, o CBD (Canabidiol) não é psicoativo, ele interage com os
receptores CB2 que estão altamente concentrados no sistema nervoso periférico e no
sistema imunológico onde desempenham um papel na inflamação e na regulação da
dor. O CBD tem a capacidade de modular a ação do THC nos receptores CB1, o que
pode explicar seu potencial de reduzir alguns dos efeitos colaterais do THC. Na
Medicina Veterinária o CBD tem sido estudado por seu potencial uso para tratar
condições como epilepsia, dor crônica, ansiedade e inflamação. Sendo assim, os
sinais clínicos de intoxicação nos cães pela maconha destacam-se, agitação, ataxia,
midríase, aumento da sensibilidade ao som, hiperestesia, sialorreia, distúrbios
neurológicos, espasmos musculares e início agudo de incontinência urinária.
• Profilaxia
A prevenção para que o animal não se torne vítima dessa intoxicação por
Cannabis é fundamental através de processos bem simples de serem feitos
pelo tutor, para que não ocorra uma exposição acidental. Lembrando que os
cães são bastante atraídos pelo cheiro de certos produtos de cannabis então
tem que se atentar na hora do armazenamento desses objetos e colocá-los em
algum lugar de difícil acesso, visto também que é muito importante procurar as
informações com um médico veterinário sobre qualquer tipo de agentes que
possam intoxicar os animais domésticos, e seguidamente saber sobre seus
efeitos negativos e conscientizar a família e amigos. E também vale ressaltar
que caso o animal sofra picos de ansiedades constantes se faz necessária a
consulta com um Médico Veterinário para que se recorra a outras formas de
aliviar a ansiedade através de fármacos alternativos.
• Tratamento
O veterinário iniciará uma avaliação inicial para determinar a seriedade da
intoxicação. Isso envolverá a obtenção de informações sobre a quantidade e
tipo de cannabis que o cão ingeriu, além de observar os sintomas que o cão
está apresentando. Se a ingestão de cannabis aconteceu recentemente e o cão
está alerta e não exibe sintomas graves, o veterinário pode optar por induzir o
vômito para tentar eliminar a substância do sistema do animal. Em certas
situações, o veterinário pode administrar carvão ativado para auxiliar na
absorção do THC e outros componentes da cannabis no sistema digestivo,
prevenindo que eles entrem na corrente sanguínea. Dependendo da gravidade
dos sintomas, pode ser necessário fornecer cuidados de suporte ao cão. Isso
pode envolver a administração de líquidos por via intravenosa para evitar a
desidratação, administração de medicamentos para controlar sintomas como
vômitos e convulsões, e monitoramento constante dos sinais vitais, incluindo
temperatura corporal e pressão arterial. Caso o cão tenha convulsões, o
veterinário pode dar medicamentos anticonvulsivantes para controlá-las. Em
algumas situações, o cão ficará de permanência na clínica veterinária por várias
horas ou mesmo durante a noite, dependendo da gravidade da intoxicação.
Dipirona
• Mecanismo de Ação
Envolve a inibição da produção de prostaglandinas, substâncias que
contribuem para o desenvolvimento da dor e da inflamação. A dipirona
pode ser administrada aos cães por via oral ou injetável e é considerada
relativamente segura quando utilizada de acordo com as orientações
veterinárias.
• Profilaxia
A dipirona começa a fazer efeito em média 30 minutos após administração
oral, atingindo a maior concentração plasmática em 2 horas. Além disso,
o efeito no manejo da dor entre 4 e 6 horas, sendo posteriormente pela
urina.
A princípio, pode dar dipirona para animais desde que seja prescrito por
um Médico Veterinário para o alívio de sintomas, como febres e dores
moderadas no pet. Caso seja oferecido da maneira errada ou dose
inadequada, o medicamento pode causar intoxicação ou lesões
medicamentosas no animal, mas além disso, existe a chance do pet
apresentar outros efeitos colaterais em decorrência da superdosagem,
como:(Diarreia, vômitos, gastrite, úlceras, febres ainda mais altas,
salivação excessiva).
• Tratamento
É importante destacar que a dipirona serve apenas como um analgésico
para o cachorro, ou seja, não trata o problema em si. Por essa razão,
oferecer o medicamento sem a prescrição de um profissional pode
mascarar o real problema, e consequentemente trazer ainda mais
complicações á saúde do pet.
• Questionário
Cannabis:
Dipirona: