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Outra versão, remonta a 1827, Charles A. Goodrich. Ele, um escritor americano e ministro
da congregação, popularizou o bordão “um lugar para tudo e tudo em seu lugar” quando
escreveu e publicou seu famoso artigo “Limpeza”. Nele, defendia a importância de manter
uma fazenda ordenada como um meio de economia e conforto e também como um remédio
para o mal. Embora o crédito do bordão seja atribuído à Goodrich, a raízes dessa visão
podem ser encontradas em outros textos religiosos incluindo um poema atribuído a Santo
Agostinho.
Como uma ferramenta de negócios, 5S tinha várias coisas a seu favor, além da proposição
de senso comum de que um local de trabalho bem arranjado é mais eficiente. Primeiro, o 5S
era um método fácil de entender. Além disso, era relativamente barato para colocar no
lugar. Por estas e outras razões, 5S logo se tornou uma das técnicas mais populares de
produção enxuta.
James van Patten fornece uma análise perspicaz das implicações disso na prática. O
trabalho de Van Patten vale a pena ser lido. Gosto particularmente de seu argumento de que
a ordenação pode ser igualmente aplicada para classificar todo o trabalho em necessário e
desnecessário – ou talvez, nas atividades que agregam e que não agregam valor. Ele
também sugere que o ponto-chave do estágio de limpeza está na identificação do que
causou os problemas que você identificou. E, para aplicar o senso de limpeza, você deve
trabalhar no como evitar que eles aconteçam novamente.
A importância disto é que não é exatamente no como você traduz cada palavra que importa,
nem exatamente quantos “S” você escolhe usar. A chave está em vê-lo não apenas como
uma maneira de arrumar, mas também como uma forma de considerar como você trabalha,
o que agrega valor e como você comunica isso.
Hirano também lembrou o mundo do efeito Hawthorne. Todos nós podemos introduzir
mudanças e enquanto as pessoas considerarem que essa mudança é foco da alta gestão, os
benefícios continuarão. Ou seja, se os colaboradores sabem que a alta gestão “comprou” o
programa, ele vai para frente, caso contrário, será abandonado. Quando capacitamos os
colaboradores no Programa Lean Seis Sigma em White Belt, Yellow Belt, Green
Belt, Black Belt ou Especialista Lean, temos que ter apoio da alta direção.
Gerentes ocidentais, em particular, podem ter se beneficiado da distinção entre os elementos
processuais ou mecânicos, Seiketsu, de manter essas questões e a mudança cultural em
foco, Shitsuke, que é uma abordagem distinta para trazer uma nova maneira de trabalhar.
Uma série de publicações sobre o assunto questionaram se esta cultura pode realmente ser
abordada como parte de um exercício de âmbito relativamente limitado.
O a abordagem do kaizen, mais amplo, é construída, entre outras coisas, sobre a avaliação
de todos os membros da força de trabalho da empresa. Se os funcionários não se sentem
valorizados dentro da cultura geral da empresa, talvez a mudança necessária não seja o 5S,
mas uma abordagem mais integrada.
O que é o 5S?
O que é o 5s?
5S é um sistema para organizar o ambiente de trabalho de maneira a torná-lo mais
produtivo, evitando desperdícios. Ele é uma das ferramentas mais famosas do lean, podendo
ser aplicado em diversas organizações, como fábricas, hospitais, escritórios, etc. Este
sistema se concentra em colocar tudo onde ele pertence e manter o local de trabalho limpo,
o que torna mais fácil para as pessoas fazerem seus trabalhos sem perder tempo ou se
arriscarem em trabalhos perigosos.
O termo 5S vem de cinco palavras japonesas:
Seiri
Seiton
Seiso
Seiketsu
Shitsuke
Em português, essas palavras costumam ser traduzidas para:
Ordenar
Organizar
Limpar
Padronizar
Sustentar (autodisciplina)
Cada S representa uma parte de um processo de cinco etapas que pode melhorar a função
geral de um negócio. Na FM2S temos um curso específico de 5s, mas neste post vamos
comentar um pouco sobre a implementação dessa ferramenta. Também temos um curso
grátis de Lean, de maneira geral, que pode te ajudar a entender a essência do 5s.
Por ter uma instalação sistematicamente organizada, uma empresa aumenta a probabilidade
de que a produção ocorra exatamente como deveria.
Os benefícios do 5S
Com o tempo, a metodologia 5S leva a muitos benefícios, incluindo:
Custos reduzidos
Maior qualidade
Produtividade aumentada
Maior satisfação dos funcionários
Um ambiente de trabalho mais seguro.
Ordenar
O primeiro passo do 5S, o senso de ordem, envolve passar por todas as ferramentas, móveis,
materiais, equipamentos, etc. em uma área de trabalho para determinar o que precisa estar
presente e o que pode ser removido. Algumas perguntas a serem feitas durante essa fase
incluem:
Organizar
Uma vez que a desordem extra se foi, é mais fácil ver o que é o quê. Agora os grupos de
trabalho podem criar suas próprias estratégias para classificar os itens restantes. Coisas a
considerar:
Defeitos
Tempo de espera
Movimento extra
Inventário em excesso
Superprodução
Processamento extra
Transporte desnecessário
Talentos não utilizados
Limpar
Todo mundo acha que sabe o que é limpeza, mas é uma das coisas mais fáceis de ignorar,
especialmente quando o trabalho fica pesado (coisa comum no dia a dia). O estágio de
Limpar do 5S se concentra na limpeza da área de trabalho, o que significa varrer, esfregar,
remover o pó, limpar superfícies, colocar ferramentas e materiais, etc.
Limpeza no local de trabalho pode não parecer empolgante, mas é importante. E não deve
ser deixado apenas para o pessoal de limpeza. No 5S, todos assumem a responsabilidade de
limpar seu espaço de trabalho, idealmente diariamente. Isso faz com que as pessoas se
apropriem do espaço, o que a longo prazo significa que as pessoas serão mais investidas em
seu trabalho e na empresa.
Padronizar
Quando as três primeiras etapas do 5S forem concluídas, as coisas devem ficar muito boas.
Todo o material extra se foi, tudo está organizado, os espaços são limpos e o equipamento
está em boas condições de funcionamento.
Sustentar
Uma vez que os procedimentos padrão para 5S estão em vigor, as empresas devem realizar
o trabalho contínuo de manter esses procedimentos e atualizá-los conforme necessário.
Sustentar refere-se ao processo de manter o 5S funcionando sem problemas, mas também
de manter todos envolvidos na organização. Os gerentes precisam participar, assim como os
funcionários no chão de fábrica, no depósito ou no escritório. Sustentar é fazer do 5S um
programa de longo prazo, não apenas um evento ou um projeto de curto prazo. Idealmente,
o 5S se torna parte da cultura de uma organização. E quando o 5S é sustentado ao longo do
tempo, é quando as empresas começam a perceber resultados positivos contínuos.