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Edilene M.

da Silva
DCI/UFPE/ BIBLIOTECONOMIA
-INFLUÊNCIA DOS FILÓSOFOS PARA ADMINISTRAÇÃO
 Sócrates – bens públicos e privados são
administrados da mesma forma.
 Francis Bacon – princípio conhecido em
Administração da “prevalência do principal sobre o
acessório”.
 René Descartes-1) princípio da dúvida sistemática
ou da evidência; 2) análise da decomposição; 3)
síntese ou da composição; 4) enumeração ou da
verificação.
Vários princípios da administração como os da
divisão de trabalho, da ordem, do controle, etc.
estão basicamente contidos nos princípios
cartesianos.
INFLUÊNCIA DA IGREJA CATÓLICA

A unidade de propósitos e objetivos facilita a


administração.
 Organização: hierarquia de autoridade, estado-
maior (assessoria) e sua coordenação funcional. A
igreja tem um organização hierárquica e eficiente
que possibilita a sua enorme organização mundial
operar satisfatoriamente sob o comando de uma só
cabeça executiva: o papa – autoridade delegada
por uma autoridade divina.
INFLUÊNCIA DA ORGANIZAÇAO MILITAR
 -Organização linear.

 - O princípio da unidade de comando –


fundamental para a função de direção.
 -Escala de hierarquia – escalas de níveis de
comando conforme a autoridade e
responsabilidade.
 -Com o aumento do tamanho das batalhas houve
uma mudança: centralização de comando e à
descentralização da execução.
 O Estado-maior (staff) foi criado para assessorar o
comando (linha) militar. Os oficiais de linha e de
assessoria trabalhavam independentemente, numa
nítida separação entre o planejamento e execução
das operações de guerra.
 -Princípio da direção – todo soldado deve saber
perfeitamente o que se espera dele e aquilo que ele
deve fazer.
 É considerado o pai da Administração
científica por introduzir métodos cartesianos.

 Estudos dos tempos e movimentos


 Especialização do trabalhador
 Divisão do trabalho (planejar X executar)
 Remuneração por produtividade
 Aumentar a eficiência e produtividade
Henry Ford definiu a linha de montagem de
produtos não-diferenciados, em 1914. A
produção em massa tem princípios básicos:
A) Divisão de trabalho e especialização do
trabalhador;
B) Fabricação peças e componentes
padronizados e intercambiáveis.
Exemplo: a produção do Ford T preto.
 Divisão do trabalho: planejador, supervisor,
executor.
 Linha de montagem: o produto desloca-se ao
longo do processo e as peças eram dispostas
junto ao trabalhador. Diminuiu o tempo de
produção de 514 minutos para 1,19 minuto.
 Aumento de salário para estimular a
produção e também o consumo/aquisição de
automóveis.
- Produção desde a matéria-prima inicial até o
produto final acabado;
- Alto investimento em matéria-prima;
- Carros a preços populares e dentro de um plano
de vendas e de assistência técnica de grande
alcance;
- Na área mercadológica implantou a assistência
técnica, o sistema de concessionários e uma
inteligente política de preços.
- Just-in-case= “por via das dúvidas”, “só para
garantir”, “para qualquer atividade”. Para atender a
sociedade de consumo segue-se a filosofia do
just-in-case, isto significa manter recursos
abundantes, particularmente máquinas e
estoques, em estado de prontidão, para cumprir a
programação da produção e enfrentar as
flutuações do mercado.
Quais os princípios da administração que
permanecem até hoje?

Mudam as técnicas, mas os princípios


continuam os mesmos?
Distinguiu a função administrativa das demais.
 Função técnica (produção)
 Comercial (compra, venda, troca)
 Financeira (procura e utilização do capital)
 Segurança (proteção da propriedade e das
pessoas)
 Contabilidade (registro de estoques,
balanços, custos, estatísticas)
 Administração (planejamento, organização,
comando, coordenação, controle)
Só que este modelo se moldou muito bem aos
Estados Unidos e alguns países da Europa, no
entanto, no Japão....
Principais nomes:
Eiji Toyoda, proprietário da Toyota (na década de 1950,
após a II Guerra mundial, visitou Detroit e viu de perto
como funcionava o fordismo e percebeu que aquele
modelo não adequava ao Japão)
Taichi Ohno, chefe de engenharia da empresa.

Alguns fatos interessantes!


- O Japão arrasado após a guerra;
- As indústrias japonesas precisavam de nova forma de
organização do trabalho, mais flexível e que exigisse
menor concentração de estoques, pois sabia que o país
possuía um mercado pequeno, capital e matéria – prima
escassos.
PRINCÍPIOS DO TOYOTISMO:
- Eliminação de desperdícios= eliminar o que
não agrega valor ao produto, por exemplo,
especialistas, assessores e funcionários.
- Produção flexível= treinar os operários para
fazer a troca das prensas usando mecanismos
de movimentação e regulagem. Diminuiu o
tempo para 3 minutos, enquanto que no resto
do mundo levava 1 dia inteiro.
- Produção de veículos com qualidade=controle
de defeitos por meio de identificação das
causas. Daí surge a administração pela
qualidade.
“ENTENDER E ESTUDAR O DESPERDÍCIO É O
FATOR PRINCIPAL DA FILOSOFIA DO
TOYOTISMO”
Classificaram o desperdício em 7 tipos principais:
- tempo que se perdia para consertos ou refugo,
- produção maior do que o necessário, ou antes, do
tempo necessário,
- operações desnecessárias no processo de
manufatura,
- transporte,
- estoque,
- movimento humano,
- espera.
Ainda para evitar desperdícios...
- Ohno agrupou os operários em grupos com um
líder em vez de um supervisor;
- As equipes receberam um conjunto de tarefas de
montagem e a missão de trabalhar coletivamente de
modo a executá-las da melhor maneira possível.
- Em seguida os grupos receberam tarefas simples de
manutenção dos seus próprios equipamentos,
consertos de pequenas ferramentas e controle de
qualidade.
- As equipes se reuniam para sugerir
aprimoramentos. O processo de aprimoramento
contínuo japonês recebeu o nome de KAIZEN.
Just-in-time = “na hora certa” , só em caso
de necessidade”, ou ainda “momento exato”.
É o princípio de que peças e componentes
somente devem ser fabricados, estocados ou
fornecidos quando necessários.

JUST-IN-TIME É O OPOSTO AO JUST-IN-CASE


Planejou-se um modelo de produção composto
por:
 automatização,

 just-in-time,
 kaban (controle de peças),

 trabalho em equipe (líder) ,


 administração por estresse,

 flexibilização da mão-de-obra=polivante,
 gestão participativa,

 controle de qualidade e
 Subcontratação.
CHIAVENATO, I. Iniciação à teoria das organizações.
Barueri, SP: Manole, 2010.
FUTATA, M. D. de A. Breve análise sobre o
toyotismo: modelo japonês de produção. Revista
Espaço Acadêmico , v. 47, 2005. Disponível em:
http://www.espacoacademico.com.br/047/47cfuta
ta.htm Acesso em: 10 mar. 2012.
MAXIMIANO, A C, A. Teoria geral da administração.
São Paulo: Atlas, 2010.
MOTTA, F. C. P. Teoria das organizações: evolução e
crítica. 2. ed. São Paulo: Pioneira Thomson Learning,
2003.
 Fordismo X Toyotismo
 Foco no processo e/ou resultado X Foco no
cliente.
 Transformações políticas, econômicas e
sociais após a Segunda Guerra Mundial.
 Aumento de competitividade.
 As organizações se tornam mais flexíveis,
inovadoras e empreendedoras.
Por volta de 1930 o controle da qualidade iniciou sua
fase científica com os estudos de Shewhart, Joseph
M. Duran e Edwards Deming. (BELLUZO; MACEDO,
1993).
A partir da década de 1950, surgiu a preocupação
com a gestão da qualidade, que trouxe uma nova
filosofia gerencial com base no desenvolvimento e
na aplicação de conceitos, métodos e técnicas
adequados a uma nova realidade.
A gestão da qualidade total como ficou conhecida
essa nova filosofia gerencial, marcou o
deslocamento da análise do produto ou serviço para
a concepção de um sistema da qualidade.
Logo após a Segunda Guerra Mundial, o Japão
se apresenta ao mundo literalmente
destruído e precisando iniciar seu processo
de reconstrução. W.E. Deming foi convidado
pela Japanese Union of Scientists and
Engineers ( JUSE ) para proferir palestras e
treinar empresários e industriais sobre
controle estatístico de processo e gestão da
qualidade.
 A crise dos anos 1970 trouxe à tona a
importância da disseminação de informações.
Variáveis informacionais, sócio-culturais e
políticas passaram a ser fundamentais e
começaram a determinar uma mudança no
estilo gerencial.
 Na década de 1980, o planejamento
estratégico se consolida como condição
necessária, mas não suficiente se não estiver
atrelado às novas técnicas de gestão
estratégica.
A competitividade e o desempenho das
organizações são afetados negativamente em
termos de qualidade e produtividade por uma
série de motivos. Dentre eles destacam-se:
a) deficiências na capacitação dos recursos
humanos;
b) modelos gerenciais ultrapassados que não
geram motivação;
c) tomada de decisões que não são sustentadas
adequadamente por fatos e dados; e
d) Posturas e atitudes que não induzem à melhoria
contínua.
 Japonesa, baseada nos princípios de Deming,
nos métodos estatísticos e, sobretudo, no
respeito e valorização do ser humano.
 Européia, se baseia na padronização
estabelecida pela Norma ISO9000, editada em
1997, e que se tornou padrão de referência
para a qualidade.
Mas, afinal o que qualidade?
 Qualidade é totalidade de propriedades e
características de um produto ou serviço, que
confere sua habilidade em satisfazer
necessidades explícitas e implícitas.
 Gestão da qualidade, parte da função global
que determina e implementa a política de
qualidade.
A gestão da qualidade total tem início no Japão
e insere-se em seu conceito seis atributos ou
dimensões básicas que lhe conferem
características de totalidade:
1) qualidade intrínseca;
2) custo,
3) Atendimento (local, prazo e quantidade)
4) Moral (clientes internos)
5) segurança (cliente externo)
6) Ética (código ou regras de condutas e
valores)
 A GQT ocorre em um ambiente participativo.
A descentralização da autoridade, as decisões
tomadas o mais próximo possível da ação, a
participação na fixação das metas e objetivos
do trabalho e as metas e objetivos de
melhoria da produtividade são considerações
essenciais.
Isso lembra alguma coisa???
1) Identificar processos/atividades presentes
na organização, o seu estudo e a definição
da maneira melhor e mais correta de
executá-los;
2) Treinar recursos humanos para a
conscientização de todas as pessoas
envolvidas em relação à nova filosofia
gerencial;
3) Controlar o desenvolvimento dos
processos/atividades mediante a medição
do trabalho executado;
4) Ações corretivas voltadas para os
processos/atividades, como resultado da
avaliação realizada.
Os 4 passos descritos formam a técnica
gerencial do Ciclo PDCA de Controle ou Ciclo
do Dr. Deming – um dos instrumentos
básicos para a revolução da qualidade no
Japão, após a II Guerra.
A literatura considera 3 situações para o
estabelecimento de padrões de qualidade:
1. Olhar ao redor para detectar problemas e
tentar sua solução em termos de alvos;
2. Fazer um levantamento para identificar
necessidades e expectativas dos usuários;
3. Fazer um análise de “cima para baixo do
trabalho da biblioteca”, desde a missão,
objetivos, serviços oferecidos.
O método de Deming compreende 14 pontos
básicos:
1. Instituir o aperfeiçoamento de produtos e
serviços como objetivo permanente;
2. Adotar a filosofia da qualidade;
3. Avaliar o processo;
4. Acabar com a prática de fazer negócios
baseados somente no preço;
5. Instituir a melhoria constante;
6. Instituir o treinamento em serviço;
7. Instituir a liderança;
8. Afastar o medo;
9. Eliminar barreiras;
10. Introduzir a comunicação produtiva;
11. Abandonar cotas numéricas;
12. Remover barreiras ao orgulho à execução;
13. Instituir programa de educação e
aperfeiçoamento;
14. Empreender ações para realizar a
transformação.
PRINCIPAL ESTUDIOSO – ELTON MAYO
Mayo foi convidado para estudar o comportamento
dos trabalhadores na Hawthorne Works.

 O nível da produção é resultante da integração


social e depende das normas sociais do grupo e
não da política da organização;
 Comportamento social dos empregados – o
comportamento do indivíduo se apóia fortemente
no grupo ao qual pertence;
 Recompensas e sanções sociais – o
comportamento dos trabalhadores está
condicionado a normas sociais;
 Existência de grupos informais cuja a
estrutura e os propósitos nem sempre
coincidem com os da organização;
 Relações humanas buscavam aceitação e
compreensão;
 O conteúdo do cargo tem influência sobre o
trabalhador e a especialização não cria uma
organização mais eficiente;
 Ênfase nos aspectos emocionais;
Organização formal = RACIONAL
Organização informal = NATURAL
Características da organização informal:
 Relação de coesão ou antagonismo;
 Status;
 Colaboração espontânea;
 Possibilidade de oposição à organização formal;
 Padrões de relações e atitudes;
 A organização informal transcende a organização
formal;
 Padrões de desempenho definido nos grupos
informais
 Os métodos de trabalho visam apenas à
eficiência;
 O trabalho é uma atividade tipicamente
grupal;
 O operário não reage como indivíduo isolado,
mas como membro de um grupo social;
 É necessário formar uma elite capaz de se
comunicar;
 Melhorou a capacidade técnica e perdeu-se a
capacidade de relacionar-se. O ser humano é
motivado pela necessidade de
reconhecimento, de estar junto e de receber
adequada comunicação;
 A industrialização traz como consequência a
desintegração dos grupos primários;
 Conflito social – os métodos convergem para
a eficiência e não para cooperação humana.
Para Roethlisberger e Dickson a organização
industrial têm 2 funções:
Econômica que busca o equilíbrio externo –
produzir bens e serviços ;
Social que busca o equilíbrio interno da
organização – distribuir satisfações entre
seus participantes
 Oposição cerrada à perspectiva clássica;
 Inadequada visualização dos problemas
industriais;
 Concepção ingênua do operário;
 Parcialidade das conclusões;
 Ênfase nos grupos informais;
 Enfoque manipulativo das relações humanas.
BELUZZO, R. C. B.; MACEDO, N. D. A gestão da
qualidade em serviços de informação: contribuição
para uma base teórica. Ci. Inf., Brasília, v. 22, n. 2,
p. 124-132, maio/ago. 1993.
ROCHA, E. C.; GOMES, S. H .A. Gestão da qualidade
em unidades de informação. Ci. Inf., Brasília, v. 22,
n. 2, p. 142-152, maio/ago. 1993.
LONGO, R. M. J. Gestão da Qualidade: evolução
histórica, conceitos básicos e aplicação na
educação. In: SEMINÁRIO GESTÃO DA QUALIDADE
NA EDUCAÇÃO: EM BUSCA DA EXCELÊNCIA, 1996,
Brasília.
 Aparece por volta de 1940, a partir de críticas
voltadas as teorias Clássica e das Relações
Humanas. Sofre influência da Sociologia
Organizacional.
 Para Weber, (1864-1920 Sociólogo)
administração burocrática significa,
fundamentalmente, o exercício do controle
sobre a base de Conhecimento. Burocracia
remete sempre a uma organização eficiente por
excelência;
 Distinguiu autoridade e poder;
 Burocracia é uma organização ligada a normas e
regulamentos;
 Objetivo: Máxima EFICIÊNCIA da Organização.
 Organização ligada a normas e regulamentos;
 Caráter formal das comunicações (papelório);
 Caráter racional e divisão do trabalho;
 Impessoalidade nas relações (dentro e fora da
organização);
 Hierarquia de autoridade (proteção aos
subordinados de ações arbitrárias);
 Rotinas e procedimentos padronizados;
 Competência técnica e meritocracia (seleção
e transferência de funcionários segundo
critérios racionais);
 Especialização da administração
(afastamento capitalista);
 Profissionalização dos participantes (é
crucial a especialização dos profissionais –
principalmente dos que gerenciam a
organização);
 Previsibilidade das ações dos profissionais e
dos resultados alcançados.
•Objetivos claros;
• Definição rígida dos cargos;
• Constância e firmeza nas decisões;
• Uniformidade nas rotinas e procedimentos.
• Resistência às mudanças;
• Despersonalização do relacionamento;
• Conflito com os clientes;
• Internalização das regras e apego aos
regulamentos
1. Divisão do trabalho de acordo com a
especialização funcional;
2. Hierarquia de autoridade;
3. Regras e Regulamentos;
4. Formalização das comunicações e,
conseqüentemente, impessoalidade entre
as pessoas;
5. Seleção e promoção baseadas na
competência técnica.
Aspectos Modelo Burocrático Perspectiva Estruturalista

Ênfase Estrutura Organizacional Estrutura Organizacional


Pessoas e Ambiente

Abordagem Organização Formal Org. Formal e Informal

Enfoque Sistema Fechado Sistema natural ou


orgânico

Conceito de Organização Sistema Social – conjunto Sistema Social – atingir


de funções oficiais objetivos
Características do O ser isolado reage como O ser social desempenha
Comportamento Humano ocupante de um cargo papéis dentro de várias
organizações

Objetivos Objetivos Objetivos


Organizacionais Organizacionais e
Individuais
Críticas Excessivo Racionalismo Convergência de várias
perspectivas divergentes
• Existe uma tendência para a integração das ciências naturais e
sociais. Esta integração parece orientar-se rumo a uma teoria dos
sistemas.

• A teoria dos sistemas constitui o modo mais abrangente de estudar


os campos não físicos do conhecimento científico, como as
ciências sociais.

• A teoria dos sistemas desenvolve princípios unificadores que


atravessam verticalmente os universos particulares das diversas
ciências envolvidas, objetivando a unidade da ciência.
• Os sistemas existem dentro de sistemas:
cada sistema é constituído de subsistemas e, ao mesmo
tempo faz parte de um sistema maior, o supra sistema.

• Os sistemas são abertos:


em decorrência da premissa anterior, cada sistema existe
dentro de um meio ambiente constituído por outros
sistemas que se relacionam entre si.

• As funções de um sistema dependem de sua


estrutura: cada sistema tem um objetivo que constitui
seu papel no intercâmbio com outros sistemas no meio
ambiente
ABORDAGEM TRADICIONAL ABORDAGEM SISTÊMICA

Reducionismo Expansionismo

 Divisão das ciências  Integração


 Física (estudo dos átomos)  Articulação
 Química (estudo das substâncias)  Visão do conjunto
 Biologia (estudo das células)  Foco no todo e na totalidade
 Psicologia (estudo dos instintos e necessidades básicas)  Relações entre as partes do sistema
 Sociologia (estudo dos indivíduos)  Visão periférica
 Administração (Taylorismo)

Pensamento Analítico Pensamento Sintético

 Decomposição  Cada fenômeno é parte de outro maior


 Divisão no trabalho  Todo sistema tem subsistemas
 Especialização  Cada sistema está contido em um suprassistema
 Somar para compor o todo  Cada sistema tem uma função e um papel
 Método cartesiano  Juntar e não separar
 Metodologia para soluções de problemas

Mecanicismo Teologia

 Relação simples de causa e efeito  A causa é necessária, mas não suficiente


 A cada causa é suficiente para o efeito  Relação de causa e efeito é probabilística
 Determinismo na relação causa e efeito  Ênfase na finalidade ou no objetivo
 Não existem exceções  Ênfase no campo dinâmico de forças
 Raciocínio linear e sequencial  Emergente sistêmico: o todo é diferente das partes
 Ênfase no sistema fechado  Os sistemas são entidades globais
 Ignorância do meio ambiente  Os sistemas buscam alcançar objetivos
• Entrada ou insumo (input): é a força ou o impulso de partida do
sistema que fornece o material, energia ou informação para a
operação do sistema; recebe também o nome de importação.

• Saída, produto ou resultado (output): consequência para a qual


se reúnem os elementos e relações do sistema. Os resultados dos
sistemas são as saídas e recebem o nome de exportação.

• Processamento ou processador ou transformador (throughput):


mecanismo de conversão das entradas em saídas; nela entram os
insumos e dela saem os produtos.
• Retroação, retroalimentação, retroinformação
(feedback): é um subsistema planejado para perceber a
saída e compará-la com o padrão preestabelecido para
mantê-la controlada dentro daquele padrão ou critério,
evitando desvios.

• Ambiente: é o meio em que envolve externamente o


sistema;o sistema aberto recebe suas entradas do
ambiente, processa e efetua saídas ao ambiente,
existindo entre ambos – sistema e ambiente - uma
constante interação.
• O sistema aberto oferece um constante intercâmbio de transações com o
ambiente e conserva-se no mesmo estado (autorregulação) apesar da matéria e
energia que o integram se renovarem constantemente (equilíbrio dinâmico ou
homoestase).
Ex.: O corpo humano e o meio ambiente.
• Subsistema técnico: compreende as tarefas a serem
desempenhadas

• Subsistema social: envolve pessoas com características físicas e


psicológicas diferentes.

 Essa abordagem pressupõe que toda organização “importa”


insumos do meio ambiente e utiliza essas importações em processo
de “conversão”, para então “exportar” produtos e serviços.
a) Importação: aquisição de matérias-primas e insumos.
b) Conversão: transformação das importações em exportações
(insumos em produtos)
c) Exportação: Colocação dos resultados da importação e da
conversão.
Sistema
gerencial

Importações Exportações

Sistema Sistema
técnico social
 Menos criticada por concordar com o modelo estrutural-
funcionalista das ciências sociais atuais. O conceito de sistemas
tem sua origem nas disciplinas científicas e estas tem um
denominador comum - a estrutura estática.

 A Teoria da Organização não foge da estrutura estática, porém, há


uma preocupação com o processo de interação entre as partes
dessa estrutura:
a) Multidimensional: considera a organização do ponto de vista
micro e macroscópico.
b) Multimotivacional: As organizações existem porque seus
participantes esperam satisfazer vários objetivos individuais
através dela.
 c) Probabilística: demonstra que muitas variáveis podem ser
explicadas em termos preditivos e não com absoluta certeza.

 d) Multidisciplinar: conceito advindo de vários campos de estudo.

 e) Descritiva: Compreende os fenômenos organizacionais e deixa a


escolha de objetivos e métodos ao pesquisador.

 f) Multivariável: um evento pode ser causado por vários fatores


inter-relacionados e interdependentes.

 g) Adaptativa: para se manter viável em seu ambiente, a


organização deve adaptar-se aos requisitos cambiantes do
ambiente. Organização e ambiente são vistos como
interdependentes e em contínuo equilíbrio dinâmico.
A palavra Contingência significa algo incerto ou
eventual, que pode suceder ou não. Segundo
Shenhar et al. (2005) a abordagem contingencial
salienta que não se atinge a eficácia
organizacional seguindo um único e exclusivo
modelo organizacional, ou seja, o mito de que
um único método pode se ajustar a todos os tipos
de projeto tem conduzido ao descontentamento
com a área de gestão de projetos.
A relação entre suas práticas administrativas e
seu ambiente externo revela diferentes
procedimentos administrativos. As organizações
são classificadas como mecanísticas e
orgânicas.
Esses dois sistemas são divergentes, no qual
o sistema mecanicista opera em condições
ambientais estáveis e o sistema orgânico opera
em condições ambientais mutáveis.
Segundo Toffler (1972), a sociedade do
futuro será dinâmica e mutável. Diante disto,
elas precisarão mudar para se adequarem as
novas estruturas organizacionais tornando–se
orgânicas.
Devido ao ambiente inovador e
antiburocrático surgirá uma nova forma de
organização chamada Adhocracia.
1) Baixo formalismo do comportamento;
2) Pouca padronização de procedimentos, uma vez que a
inovação é o imperativo;
3) Papéis sem definição clara;
4) Descentralização seletiva;
5) Organização do trabalho fundamentada em equipes
especializadas;
6) Transferência do poder para equipes especialistas;
7) Especialização horizontal do trabalho;
8)Alto custo de comunicação;
9) Cultura baseada em valores democráticos e não
burocráticos.
CONDIÇÕES ATORES
1. tecnológicas; 1. Fornecedores;
2. legais; 2. Clientes ou usuários;
3. políticas; 3. Concorrentes;
4. Econômicas; 4. Entidades reguladoras.
5. Demográficas;
6. Ecológicas;
7. Culturais.
As organizações enfrentam desafios tanto internos
como externos, independente do seu tamanho ou
natureza. Ela se diferencia em três níveis
organizacionais:
a) NÍVEL INSTITUCIONAL OU NIVEL ESTRATÉGICO

b) NÍVEL INTERMEDIÁRIO OU MEDIADOR

c) NÍVEL OPERACIONAL, TÉCNICO ou NÚCLEO


TÉCNICO
São sistemas abertos que se confrontam com a
incerteza provenientes de coações e
contingências externas impostas pelo ambiente e
que nelas penetram por meio do nível
institucional.
Atualmente há uma preocupação com o desenho
das organizações estruturada e caracterizada
pela flexibilidade e adaptabilidade ao ambiente
e à tecnologia.
Equipe de apoio Equipe de tecnologia
Recursos humanos; Sistemas de
finanças e informação; de
contabilidade jurídico inteligência; de
relacionamento com
o cliente
Aproveitamento das Conflitos
vantagens da estrutura
funcional Aumento de tempo
Reduz barreiras entre
departamentos Descentralização
Menor tempo exagerada
Participação das
pessoas
Menores custos
administrativos
A Estrutura em rede
permite que a organização
transfira algumas funções
para empresas ou unidades
separadas, interligadas por
meios de um órgão
coordenador o qual
constitui o núcleo central.
Permite Falta de controle
competitividade em global
escala global
Maior incerteza e
Flexibilidade da força potencial de falhas.
de trabalho e liberdade
para as tarefas onde A lealdade das pessoas
são necessárias. é enfraquecida.

Custos administrativos
reduzidos.
 Relatividade na Teoria organizacional;

 Bipolaridade e relatividade nos conceitos;

 Ênfase no ambiente;

 Ênfase na tecnologia;

 Compatibilidade com a abordagem de sistema.


A QUINTA ONDA

O mundo viveu ciclos dominados por atividades econômicas diferentes.


Mudanças mais rápidas, intensas e descontínuas conduzem a novos formatos
diferentes do passado.
Inovar pela destruição criativa, destruir o velho para criar o novo.
Romper o equilíbrio por meio da inovação tecnológica, em vez de otimizar o
que existe.
A globalização dos negócios: provoca mudanças
nos negócios devido o aumento de atividades
através da redução de fronteiras e da tecnologia
Word wide web: Interliga milhões
da informação, ocasionando comunicação
de computadores. A lógica dessa
instantânea com o mundo.
onda é não há como se fazer as
 Mobilidade
mesmas coisas do passado, o
 Simultaneidade
importante é conhecê-las para
 Desvio – múltiplas escolhas
pode criar e inovar.
 Pluralismo
 As organizações organizam-se em torno da lógica do cliente;

 Estabelecem metas elevadas;

 Selecionam pensadores criativos com uma visão ampla;

 Encorajam o empreendedorismo;

 Sustentam o aprendizado constante;


 Colaboram com os parceiros;
 Conhecimento
 Digitalização
 Virtualização
 Molecularização
 Desintermediação
 Convergência
 Imediatismo
 Globalização
 Discordância
As Tendências organizacionais no mundo moderno se caracterizam por:
 Cadeias de comando mais curtas e menos unidades de comando;
 Amplitudes de controle mais amplas;
 Mais participação e empowerment;
 STAFF como consultor e não como executor;
 Ênfase nas equipes de trabalho;
 A organização como um sistema de unidades de negócios
interdependentes;
 Infoestrutura;
 Abrandamento dos controles externos;
 Foco no negócio essencial (CORE BUSINESS);
 Consolidação da economia do conhecimento.
Gestão da informação, do conhecimento e do capital intelectual. O capital
intelectual é constituído por três aspectos intangíveis:

1)Nossa organização

2)Nossos clientes

3)Nossas pessoas
Os principais objetivos da educação corporativa são:

1) A universidade corporativa é um processo permanente de aprendizagem e


não somente um lugar físico;

2) Oferecer oportunidades de aprendizagem que dêem sustentação aos


assuntos organizacionais mais críticos e importantes;

3) Oferecer um currículo fundamentado em três Cs: cidadania corporativa,


contexto situacional e competências básicas;

4) Treinar toda a cadeia de valor envolvendo todos os parceiros: clientes,


distribuidores, fornecedores, terceiros, instituições de ensino superior. A
educação corporativa vai além das tradicionais fronteiras organizacionais.
5) Passar do tradicional treinamento conduzido pelo instrutor para vários e
diferentes formatos de apresentação da aprendizagem. O importante não é apenas
ensinar, mas acima de tudo aprender;
6) Encorajar e facilitar o desenvolvimento dos líderes com o aprendizado;

7) Assumir foco global e sistêmico no desenvolvimento de soluções de


aprendizagem;

8) Obter e desenvolver vantagens competitivas para a organização entre os novos


mercados.
Peter Senger, em 1974, propõe cinco disciplinas de aprendizagem:

1)Domínio pessoal

2) Modelos mentais

3) Visão compartilhada

4) Aprendizagem de equipes

5) Pensamento sistêmico
As principais vantagens competitivas são:

1)Qualidade

2)Velocidade

3)Confiabilidade

4)Flexibilidade

5)Custo
Os principais atributos de equipe de desempenho são:
1) Participação
2) Responsabilidade
3) Clareza
4) Interação
5) Flexibilidade
6) Foco
7) Criatividade
8)Velocidade
É o código de moral de uma A ética responde a algumas indagações,
pessoa ou organização que tais como:
estabelece os padrões de conduta  O que afeta o meio ambiente
considerados corretos ou  Quais efeitos colaterais os produtos
adequados por uma sociedade. causam
São aspectos morais da atividade e  Como as políticas corporativas
do comportamento das pessoas. atingem empregadores e clientes, e
quem se beneficia e quem sai
prejudicado.
 Incorporar objetivos sociais em seus processos de planejamento;
 Aplicar normas comparativas de outras organizações em seus programas
sociais;
 Apresentar relatórios aos membros e parceiros da organização sobre os
progressos na responsabilidade social;
 Experimentar diferentes abordagens para medir seu desempenho social;
 Procurar medir os custos dos programas sociais e o retorno dos
investimentos em programas sociais.
Agencia do
governo

Acionistas Funcionários

Institutos
Sindicatos Organização
educacionais

Instituição Institutos
financeira jurídicos

Clientes
 A responsabilidade social emerge do poder social da organização;
 As organizações operam em um sistema aberto de duas vias;
 Os custos e benefícios sociais de uma ação, produto ou serviço
devem ser calculados e considerados nas decisões a respeitos deles;
 Os custos sociais relacionados a cada ação, produto ou serviço devem
ser repassados ao consumidor;
 Para serem cidadãs, as organizações devem estar envolvidas na
responsabilidade em certos problemas sociais que estão fora de suas
áreas fins de atuação.
Ambiente Abordagem de sensibilidade social
organizacional

Comunidade
Abordagem da responsabilidade social

Abordagem da organização social e legal


organização
CHIAVENATO, I. Iniciação à teoria das
organizações. Barueri, SP: Manole, 2010.
MAXIMIANO, A C, A. Teoria geral da
administração. São Paulo: Atlas, 2010.
MOTTA, F. C. P. Teoria das organizações:
evolução e crítica. 2. ed. São Paulo: Pioneira
Thomson Learning, 2003.

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