Escolar Documentos
Profissional Documentos
Cultura Documentos
▪ Segmento:
Ensino Médio
Segundo a BNCC – Base Nacional Comum Curricular, no Ensino Médio, é importante fortalecer a autonomia e o pensamento crítico
dos jovens, contribuindo para a formação de jovens reflexivos, capazes de tomar decisões fundamentadas e responsáveis.
A autonomia também aparece com destaque em duas competências gerais, veja:
Dar autonomia aos jovens não significa deixá-los fazerem absolutamente tudo o que desejam sem orientação ou limites. Pelo
contrário, a autonomia envolve um equilíbrio entre conceder responsabilidades e tomar decisões, ao mesmo tempo em que
oferece orientação, apoio e limites apropriados. A seguir, veja 3 dicas de como incentivar a autonomia dos seus alunos de forma
gradual e consistente:
Responsabilidades e
consequências Tecnologia e
conhecimento
Rotina e escolhas
Autonomia no Ensino Médio –
Aula 01 Um projeto de vida
A partir das dicas apresentadas até aqui, é possível planejar diversas atividades para suas turmas
de Ensino Médio. Alie ao planejamento das atividades, os preceitos da pedagogia da autonomia
defendida por Paulo Freire, ou seja, dê aos seus alunos a oportunidade de aprender por si mesmos,
através da exploração, da investigação e da descoberta.
Colocar a pedagogia da autonomia na prática requer um planejamento cuidadoso, intencional, que
leve em consideração as necessidades, interesses e níveis de desenvolvimento dos jovens.
Além disso, requer que você, professora e professor, adote uma postura flexível e observadora,
com o objetivo de orientar, facilitar e estimular o aprendizado dos alunos.
O planejamento das aulas ou das atividades a serem implementadas é
importantíssimo para estabelecer os objetivos a serem alcançados, as
competências socioemocionais a serem trabalhadas, a metodologia a ser
empregada e como pode ser feita a avaliação dos resultados.
Aula 01 Nome da aula
• Passo a passo: Apresente as propostas para os alunos e abra uma votação pra que a turma escolha o projeto que deseja
implementar. Agora, siga as etapas apresentadas a seguir para estruturar o projeto e colocá-lo em prática:
Objetivos
A partir da definição do tema, pense junto com a turma nos objetivos que devem ser alcançados com o projeto.
A lista dos objetivos vai nortear todos os outros passos.
Papéis e responsabilidades
Divida a turma em equipes com base nas habilidades, interesses e escolha dos alunos. Cada equipe terá um
papel e uma responsabilidade dentro do projeto como, por exemplo, pesquisa, planejamento, divulgação,
execução, avaliação, etc.
Pesquisa e planejamento
As equipes devem realizar uma pesquisa sobre o tema do projeto e elaborar um planejamento detalhado de
tudo o que deverá ser feito. O planejamento deve incluir busca por recursos (financeiros ou não), atividades de
cada equipe e cronograma de implantação.
Autonomia no Ensino Médio –
Aula 01 Um projeto de vida
Comunicação e colaboração
As equipes devem definir a estratégia de divulgação e de comunicação do projeto. Esta estratégia deve
contemplar as mídias a serem produzidas, o tom de voz a ser utilizado e a forma como este conteúdo chegará
até a comunidade escolar. Estimule os alunos a pensar nos canais de divulgação e em tudo o que vão precisar
para criar as peças de comunicação.
Aprovação e recursos
Depois que o projeto estiver estruturado, é preciso fazer uma aprovação com a direção da escola e demais
setores envolvidos bem como um levantamento dos recursos que serão necessários. A equipe responsável por
esta parte do projeto também pode traçar estratégias de arrecadação dos recursos bem como colocar estas
estratégias em prática.
Implementação do projeto
Agora é hora de arregaçar ainda mais as mangas e rodar o projeto. Para isto, as equipes devem executar todas
as atividades planejadas, trabalhando em conjunto para que tudo aconteça conforme o cronograma e para
que o projeto alcance os objetivos esperados.
Pensar criticamente, tomar decisões, enfrentar desafios e fazer sozinha as atividades diárias são apenas alguns dos
benefícios que o estímulo à autonomia dos pequenos pode trazer. Confira outros na lista abaixo:
Inteligência emocional: aprender a lidar com emoções e sentimentos, próprios e dos outros. No Ensino
Fundamental, as crianças devem aprender que nem tudo acontece como elas imaginam ou gostariam e é
necessário aceitar isso. E mais, os alunos precisam compreender que as outras pessoas também possuem suas
vontades, suas formas de pensar e de ser, devendo ser igualmente respeitadas. A criança que possui
inteligência emocional sabe lidar com as diferenças e aprende a ter empatia.
Desenvolvimento cognitivo: capacidade de pensar, ser criativo, usar o raciocínio lógico-matemático e buscar
soluções para os problemas que aparecem. O estímulo à independência gera crianças seguras, capazes de
experimentar, refletir e ponderar para chegar a conclusões diversas. Com isso, a criança consegue encontrar
soluções, que variam de simples a complexas, sem precisar depender dos adultos.
Habilidades sociais: capacidade de interagir com outras pessoas, expressando seus pensamentos, desejos e
emoções. As habilidades sociais são fundamentais para o desenvolvimento da comunicação e para a criação de
vínculos afetivos. Crianças independentes tendem a ser mais articuladas e a interagir melhor com outras
pessoas, inclusive com professores e colegas de turma.
Autonomia no Ensino Médio – Um projeto de vida
Agosto/2023