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Prof. Dr.

Tiago Honorato da Silva

Entalpia e Efeitos Térmicos


Quando há transferência de calor para um sistema, mas não ocorrem transições de
fase, reações químicas e mudanças na composição, ocorre à variação de temperatura.

Dependência da capacidade calorífica com a temperatura

Com , a, b e c constates.
Para um estado de gás ideal, associando as duas equações acima, temos:

equação aplicada para uma única temperatura (processos isotérmicos).

Relação entre e .

De onde vem esses parâmetros A, B, C e D. Tabela Apêndice C, do nosso livro,


anexado no BB em conteúdo como Tabelas Termodinâmicas.

Exemplo 1: os parâmetros listados na Tabela C1 requerem o uso de temperaturas em


Kelvin. Pode-se também desenvolver equações com a mesma forma para uso com a
temperatura dada em °C, R e °F, porém os valores e parâmetros são diferentes. A capacidade
calorífica molar do metano no estado de gás ideal é fornecida como uma função da
temperatura, em Kelvins, por:
onde os valores dos parâmetros são os obtidos da Tabela C1. Desenvolva uma equação

para para as temperaturas em °C.

Resolução: K = C + 273,17

Avaliação integral do calor sensível


Para um processo onde ocorre a variação de temperatura, a equação anterior não pode
ser aplicada, porque a mesma é para processos isotérmicos. Quando temos um processo com
variação de temperatura, temos que levar em consideração, aplicando uma análise integral do
processo.

Após aplicar os conceitos de integral nessas equações, obtêm-se os valores para o


cálculo dos calores sensíveis, e temos:

∫ [ ]

〈 〉
[ ]

*com

Assim, podemos calcular a variação de entalpia pela equação:

〈 〉
Exemplo 2: Calcule o calor necessário para elevar a temperatura de 1 mol de metano
de 260 a 600°C em um processo com escoamento em regime estacionário a uma pressão
suficientemente pequena de tal forma que o metano possa ser considerado um gás ideal.
Exemplo 3: quantidade de calor igual a
0,4x106 lbmol de amônia, inicialmente a 500 °F, em um processo com
escoamento em regime estacionário, a 1 atm?
Resolução 2:
Q=?
1 mol de metano

∫ [ ]

Para o metano, os valores de A, B, C e D são:


A = 1,702
B = 9,081x10-3
C = -2,164x10-6
D = 0 (quando não tem nenhum valor atribuído, adotamos zero)

Resolução 3
T=?
Q = 0,4x106 BTU P = 1 atm
Mol = 25 lbmol
A = 3,578
B = 3,020x10-3
C=0
D = -0,186x106
Para pressão constante, temos que Q = , assim teremos que calcular a quantidade de
energia para 1 lbmol, como

Convertendo para o sistema internacional, temos:

Para o cálculo da temperatura final, teremos que utilizar métodos de cálculo numérico.
Teremos que calcular até a temperatura convergir para um ponto onde não ocorrerá mais
variação (explicação na sala de aula virtual)
i = 0, temos que , logo

〈 〉
[ ]

Substituindo os valores das constantes e calculando Cp para i = 0, temos:


〈 〉
Para o cálculo da temperatura final, teremos que utilizar essa equação 〈 〉 ,
pois:

〈 〉 〈 〉

De toda maneira, inicialmente teremos que calcular 2 vezes a temperatura, para


verificar se a mesma está convergindo.

Assim, para i = 1, temos que calcular novamente, utilizando a temperatura que


acabamos de calcular.
i = 0,
i = 1,
〈 〉
Calculamos novamente [ ]

E depois calculamos a nova temperatura 〈 〉


Nesse ponto que verificamos se converge ou diverge, calculamos a diferença entre as
temperaturas de i = 0 e i = 1, essa variação tem que ser 1 (menos ou igual a 1)

Como não obtivemos esse valor, calculamos novamente (tudo)

i = 2, teremos
〈 〉
Calculamos novamente [ ]

E depois calculamos a nova temperatura 〈 〉

______________________________________
i = 3, teremos
〈 〉
Calculamos novamente [ ]

E depois calculamos a nova temperatura 〈 〉

______________________________________
i = 4, teremos
〈 〉
Calculamos novamente [ ]

E depois calculamos a nova temperatura 〈 〉

Encontramos assim a temperatura final do processo


1275 K

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