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Anastácio L.

Rihia

Angelina de Fátima João

Aniceto Gil Tadeu

Benildo Rodrigues

Benjamim Geraldo

Métodos experimentais de difracção

(Licenciatura em Ensino de Física, Minor em Energia Renováveis)

Universidade Rovuma

Nampula

2021
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Anastácio L. Rihia

Angelina de Fátima João

Aniceto Gil Tadeu

Benildo Rodrigues

Benjamim Geraldo

Métodos experimentais de difracção

Este trabalho é de carácter avaliativo da


cadeira de Física de estados solidos, Curso
de Física 4° ano, 1° semestre.
Departamento de Ciências Naturais e
Matemática. Cadeira esta Leccionada pelo
docente:

dr. Fernando M. Oface

Universidade Rovuma

Nampula

2021
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Índic

e
1. Introdução...............................................................................................................3

2. Métodos de difracção de difracção.........................................................................4

2.1. Método de Laue..................................................................................................5

2.2. Método do cristal giratório.................................................................................5

2.3. Método dos pós ou método de Debye-Scherrer..................................................6

3. Conclusão...............................................................................................................9

4. Bibliografia...........................................................................................................10
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1. Introdução

O presente trabalho aborda a questão dos metros de experimentação em difracção,


algumas metodologias experimentais são utlizadas para obtenção do padrão da difracção
de substâncias cristalinas. Estes métodos diferem entre si, pelo tipo de amostra e pela
razão da qualidade de informações que se pretende obter sobre estes materiais.

Dentre vários métodos, neste trabalho destaca os métodos de Laue, para


monocristais, métodos de cristal giratório e a difractómetria de pó.
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2. Métodos de difracção de difracção

Santos (2010:28) A aplicação da medição da tensão por difratômetria de raios X


(DRX) em problemas práticos de engenharia teve início em meados do século passado.
O advento dos difractómetros e o desenvolvimento dos modelos de estado plano de
tensão permitiram a aplicação em aços temperados. No final da década de 1970, a
medição de tensão residual por DRX estava rotineiramente aplicada nas indústrias
nuclear e aeronáutica, envolvendo fadiga e corrosão sob tensão das ligas de Ni, Ti, bem
como Al e aços. Actualmente, as medições são executadas rotineiramente em cerâmicas,
compostos intermetálicos e, virtualmente, qualquer material cristalino de grão fino.

Esta técnica tem como princípio a medição do espaçamento entre planos da rede
cristalina dos materiais, através do uso de feixes estreitos de raios X. Por meio da
técnica de difracção de raios X, a deformação causada na superfície é obtida pela razão
da variação da distância interplanar livre de deformação, convertida em tensão, segundo
as equações derivadas da teoria da elasticidade [24], ou seja, a variação do retículo
cristalino induzida pela presença de tensões. É medida com base na Lei de Bragg e as
tensões são calculadas assumindo-se que a distorção ocorre no regime linear elástico.
Como dito anteriormente, é uma técnica não destrutiva que devido à forte absorção dos
raios X pela matéria, é limitada às camadas superficiais onde estes percorrem distâncias
da ordem de 10μm.

Martins (2007:16) Considerando uma distância interplanar fixa, é necessário que


o comprimento de onda incidente e o ângulo de espalhamento se ajustem para que a lei
de Bragg seja satisfeita. Isso é possível experimentalmente fazendo variar o ângulo de
incidência e mantendo o comprimento de onda constante ou mantendo o ângulo
constante e variando o comprimento de onda. Os principais métodos de difracção
tendem a cumprir esses requisitos, em geral, os métodos de difracção mais usados são:
método de Laue, método do cristal rotativo e o método de Debye-Scherrer.

No decorrer deste trabalho abordaremos com detalhe o método de Debye-


Scherrer, também chamado método dos pós, que é um dos métodos mais utilizados para
identificação da estrutura cristalina.
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2.1. Método de Laue

O método de Laue foi um dos primeiros métodos usados na identificação de


cristais, ele se utiliza de um único monocristal fixo, que não precisa ser maior do que 1
mm, e uma fonte de raios X de comprimento de onda numa faixa contínua ampla do
espectro ( 0 ,2−2 Ȧ˙ ), Cujo feixe é colimado. Os raios X difractados impressionam um
filme fotográfico, sendo essas marcas uma série de manchas como mostra a Figura 1,
que ocorrem para valores discretos de comprimentos de onda para quais existem
espaços interplanares e ângulos de incidência que satisfaçam a lei de Bragg.

Figura 1 – Padrão de difracção em imagens obtidas com o uso do método de Laue

(http://www.matter.org.uk/diffraction/introduction/why_diffraction.htm).

Embora o método de Laue seja bastante utilizado para a rápida determinação da


orientação e simetria de monocristais, e também para estudar a extensão das
imperfeições cristalinas, ele praticamente nunca é utilizado para determinação de
estruturas cristalinas. A ampla faixa de comprimentos de onda possibilita a reflexão em
diversas ordens em um mesmo plano, de forma que diferentes ordens de reflexão podem
sobrepor-se em um mesmo máximo. Isto dificulta a determinação da intensidade de
reflexão e, portanto, o conhecimento da base.
2.2. Método do cristal giratório
No método do cristal giratório (ou método do cristal rotativo), um único cristal é
posto a girar em torno de um eixo fixo, e sobre este cristal incide um feixe de raios X
monocromático. Uma variação do ângulo de incidência nos diversos planos atómicos é
imposta devido à rotação da amostra. Para Registro dos padrões utiliza-se um filme
fotográfico nas paredes de um suporte cilíndrico concêntrico colocado em torno da
amostra como mostra a Figura 2.
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Como no método de Laue, as dimensões da amostra não necessitam ser maiores


do que 1 mm. Mais uma vez, sempre que é satisfeita a lei de Bragg um ponto será
gravado no filme fotográfico. Através da posição dos pontos registados e da sua
intensidade torna-se possível determinar a estrutura da célula unitária bem como as suas
dimensões.

Figura 3 – Padrão de difracção obtido pelo método do cristal giratório


(http://www.matter.org.uk/diffraction/introduction/why_diffraction.htm).
2.3. Método dos pós ou método de Debye-Scherrer
Um dos métodos de difracção mais utilizados para a investigação da estrutura dos
cristais é o método dos pós, desenvolvido independentemente por Peter Debye e Paul
Scherrer na Alemanha em 1916 e por Albert Hull nos Estados Unidos em 1917, e que
ficou conhecido como método de Debye-Scherrer.
O método de Debye-Scherrer é largamente usado, pois não é preciso usar
monocristais. Neste método observa-se o padrão de difracção formado quando se faz
incidir um feixe de raios X monocromáticos sobre uma amostra pulverizada, isto é,
quebrada em pequeníssimos grãos cristalinos cujas orientações relativas são aleatórias.
O efeito dessa aleatoriedade é que os feixes de raios X difractados,
quando satisfazem a lei de Bragg, situam-se sobre superfícies cónicas com vértice na
amostra, conforme está ilustrado na Figura 3
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Figura 4 – Formação das linhas de difracção produzidas em um filme fotográfico por


um feixe
Monocromático de raios X difractado por uma amostra cristalina pulverizada
(http://www.matter.org.uk/diffraction/x-ray/powder_method.htm).
Um filme fotográfico circular sensível a raios X é posicionado no interior da
câmara para registar o padrão de difracção. A imagem característica obtida pela
digitalização do filme é ilustrada na Figura 4.

Figura 4 – Imagem do padrão de difracção obtidos pelo método de Debye-Scherrer.


A medição do filme é feita em um negatoscópio contendo cursores e escalas de
medição e as intensidades dos máximos de difracção podem ser determinadas
utilizando-se um microdensitômetro.
A partir destas imagens são obtidos diagramas, conhecidos como difratogramas
(Figura 5), onde as posições angulares das linhas de intensidade máxima de difracção
estão relacionadas, de acordo com a lei de Bragg, com os espaçamentos entre os planos
atómicos e, portanto, com a estrutura cristalina do material analisado. Já as intensidades
dessas linhas estão relacionadas com a sua composição química.
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Figura 5 – Difratograma típico de uma amostra policristalina


A intensidade total da radiação espalhada em um determinado ângulo com a
direcção de incidência dos raios X é a soma da intensidade sobre toda a superfície
cónica de difracção, e pode ser obtida como a soma da intensidade de uma linha de
difracção sobre o filme fotográfico
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3. Conclusão
Os parâmetros experimentais na difracção de raios X são determinados pela lei de
Bragg. O comprimento de onda e o ângulo de difracção podem ser alterados
experimentalmente; as condições de difracção só serão, no entanto, cumpridas se uma
das variáveis for fixa. A selecção do parâmetro variável determina a utilização do
método de difracção de raios X: o ânguloθ fixo e λ variável é utilizado no método de
Laue; o ângulo θ variável e λ fixo caracterizam o método de rotação ou método dos pós. Só
o último método referido é utilizado nos estudos de materiais policristalinos.
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4. Bibliografia
MARTINS, Diego Schmaedech, implementação de um método de Análise de
imagens para Integração da intensidade de raios x Espalhados em uma Câmara de
debye-scherrer, trabalho de graduação, UFSM, s/ed. Santa Maria, RS, Brasil 2007.
SANTOS, camila zangerolame, estudo da tensão residual através de difracção
de raios x, universidade federal do espírito santo, a/ed. CTDEM, vitória 2010.

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