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Os avanços moleculares no tratamento de Distrofia

Muscular de Duchenne
Distrofia muscular de Duchenne, a doença genética degenerativa que afeta na maioria
homens.

A distrofia muscular de Duchenne (DMD) é uma doença pediátrica rara que causa fraqueza e
perda muscular progressiva. A DMD afeta 1 em cada 3.500 meninos nascidos em todo o
mundo, e a maioria dos pacientes morre de insuficiência cardiorrespiratória aos 30 anos. Os
cientistas pesquisam há muito tempo tratamentos mais eficazes para esta doença mortal que
permanece incurável. Como ainda não há cura para a doença, o uso de terapias para retardar a
progressão da doença é fundamental e necessário.

A DMD é um distúrbio genético causado por mutações no gene DMD localizado no


cromossomo X, portanto, o distúrbio afeta os homens. O gene DMD é o maior gene humano
conhecido e consiste em 79 exons que codificam uma proteína de 3685 aminoácidos chamada
distrofina. A distrofina é uma proteína do citoesqueleto que liga o complexo proteico
associado à distrofina (DAPC) ao citoesqueleto intracelular c-actina. Esta proteína é muito
importante para a função das fibras musculares, e a sua deficiência leva à perda progressiva
das fibras musculares e à sua incapacidade de regeneração. Dado que as mutações DMD
causam deficiência de distrofina, terapias para restaurar a expressão da distrofina estão sendo
desenvolvidas para atender às necessidades clínicas.

As opções atuais de tratamento para melhorar os sinais e sintomas da DMD incluem


fisioterapia, corticoterapia (tratamento com corticosteróides) e tratamento com um
medicamento muito caro e de difícil obtenção Translarna (Ataluren), que custa R$
1.300.000,00 por ano. Os cientistas estão trabalhando em maneiras eficazes e mais baratas de
tratar a DMD. Um novo medicamento está sendo desenvolvido para tratar a distrofia
muscular de Duchenne. O salto de exon é uma nova abordagem terapêutica que corrige
mutações e restaura a expressão da distrofina em pacientes com DMD. O salto de exon
envolve a parte defeituosa do gene que afeta o tecido muscular e "salta", fazendo com que o
resto do gene se una corretamente para produzir uma proteína distrofina funcional.

Há também estudos usando ressonância magnética (RM) como biomarcador em meninos com
DMD usando o inibidor de miostatina domagrozumab. Domagrozumab é um anticorpo
monoclonal (um único clonel) de imunoglobulina humanizada recombinante que tem como
alvo a miostatina, um fator de crescimento que regula negativamente a massa muscular
esquelética. As medições de ressonância magnética podem ser biomarcadores viáveis ​para
ajudar a informar ensaios clínicos e potencialmente prever futuras alterações funcionais.

A distrofia de Duchenne é uma doença progressiva, e a expectativa de vida desses pacientes é


menor do que a da população geral. No entanto, os avanços nos diferentes tipos de suporte
que podem ser fornecidos levaram ao aumento das taxas de sobrevida, bem como à melhoria
da qualidade de vida.

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