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MARATONA PARA O PRÓXIMO NÍVEL 14 de fevereiro de 2020 - www.mppn.com.

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AULA #4
SMART - DEVICE - TECNOLOGIA

O SUPER DENTE
BRUXISMO

Não existe tratamento e


O canino foi desenhado para ser um super dente, capaz sim controle.

de aguentar as forças da desoclusão, com a sua raiz longa e


Devemos proteger os
triangular, sua bossa canina vestibular e seu cíngulo palatino,
dentes e os nossos
com grande estrutura de esmalte. trabalhos reabilitadores.

Ele tem a ponta incisal fina para diminuir o atrito e está Quanto mais protegido e
localizado na curva da arcada, o ponto mais distante da ATM, o equilibrado estiver o
fulcro do movimento mandibular. Sua estrutura foi desenhada sistema, maior a
longevidade

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para absorver bem as forças laterais, de


palatina para vestibular, no caso do canino
superior, e de vestibular pra lingual, no caso
do inferior.

No entanto, o super dente também


tem a sua criptonita (um ponto fraco). Se a
incidência de forças sobre o canino
acontecer de mesial para distal ou de topo,
normalmente acontece no movimento de
protrusão, o canino sofrerá com as lesões
cervicais, pois acontecerá a torção da
"O grande mal da Odontologia
estrutura coronária, assim como acontece com
moderna, a incidência de
os dentes posteriores quando recebem forças
laterais.
FORÇAS NÃO
FUNCIONAIS sobre os
dentes."
DEVICE -MARCOS LABOISSIERE

O objetivo da placa desoclusiva é


PROTEGER. Ela pode ser usada para
proteger dentes e restaurações da
parafunção em pacientes que não podem
fazer o tratamento reabilitador, ou ainda para
proteger os tratamentos que realizamos.

Por que não fazer a placa desoclusiva em


MIH?
Porque assim a placa vai reproduzir as
básculas que existem na MIH. Os dentes que
estão sob o acrílico ficarão protegidos, mas
os antagonistas que ocluem e fazem a placa desoclusiva estabilizadora
desoclusão na placa sofrerão com as forças
P.F.M - identificar possíveis básculas.
laterais geradas pelas interferências replicadas
na placa.
objetivo PROTEÇÃO dos dentes naturais e
trabalhos de reabilitares.
De quais registros precisamos para fazer
o device? guias LONGAS e suaves
Montagem do arco facial, registro da
PFM com JIG e PUA e montagem dos material de ser RÍGIDO
modelos no no ASA.
na face OCLUSAL deve ser lisa, gerar o máximo
O device NÃO serve para: de contatos e gerar o mínimo de interferência
Tratar DTM, tratar bruxismo, tratar
doenças articulares, curar dor de cabeça. Os

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resultados de melhora da dor após a


utilização da placa desoclusiva estão
relacionados ao equilíbrio muscular
proporcionado pela placa feita em PFM.

ÂNGULO
Se o canino superior se relacionar de
maneira muito vertical com o canino inferior,
o movimento lateral será dificultado, sendo
necessário utilizar mais força, ou seja, mais
músculos. “A tecnologia não resolve
Em contrapartida, o ângulo aberto pode
problemas, fundamentos
facilitar o surgimento interferências nos dentes
SIM. A tecnologia pode
posteriores. amplia os seus erros.”
-MARCOS LABOISSIERE
O device deve ter rampas com uma
angulação LONGA E SUAVE, ou seja algo
aproximadamente 45 graus para que as guias
de desoclusão sejam suaves, permitindo aos
pterigoideos trabalharem de forma tranquila.

TECNOLOGIA
O articulador virtual dos sistemas CAD-
CAM não conseguem reproduzir de forma
simples os movimentos de básculas articulares,
problema que aparece quando há PFM da MIH
adaptada.

O domínio dos softwares de CAD/CAM


para planejamento virtual para equilibrar os
movimentos de desoclusão eliminar básculas
ainda é muito complexo e dependem da
associação de diversos programas.

O futuro breve é a democratização e


fusão do escaneamento da face e das arcadas
superior, inferior com a tomografia do crânio,
criando o articulador IDEAL. Isso já é possível
hoje, mas ainda não é simples nem replicável.
Principalmente se comparado ao ASA real, no
que se refere ao diagnóstico.

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OCCLUSENSE
É o dispositivo sem fio, produzido pela BAUSCH que registra a trajetória dos
contatos dentários durante os movimentos mandibulares, mostrando a intensidade
de cada contato durante o movimento, criando um “filme" da dinâmica dos contatos,
criando uma relação dos toques com o tempo.

Tudo registrado num aplicativo próprio com gráficos tridimensionais que


correlacionam o momento dos toques, a intensidade com representações de cores e
barras.

Na prática, colocamos o JiG e PUA no paciente, deixamos de 5 a 10 minutos,


depois tiramos e pedimos para o paciente morder o sensor. Vamos ver assim o
primeiro toque que acontece na PFM e toda a sequência de toques até atingir a MIH.
Pedimos ainda para o paciente fazer os movimentos de lateralidade e conseguimos
ver se há interferências e a intensidade dos seus toques, diferentemente da
visualização dos contatos com o carbono no ASA, onde vemos que o contato existe,
mas não é possível medir a sua intensidade.

TOXINA
Imagine que um paciente tenha uma atividade muscular intensa e interferências
desoclusais, essa parafunção aciona as fibras musculares de força, com as do masseter,
para auxiliarem a realização do movimento lateral.

Se paralisarmos parte dessas fibras do masseter com a toxina, em um primeiro


momento a intensidade do movimento é diminuída sim. Mas se as interferências não
forem removidas, quando houver os estímulos musculares as fibras não paralisadas
sofrerão sobrecarga pois as interferências permanecem e o movimento lateral precisa
acontecer.

Essa sobrecarga nas fibras não paralisadas causará a sua hipertrofia, e quando
a ação da toxina se encerrar, o masseter terá fibras hipertrofiadas que farão o músculo
atuar de maneira ainda mais forte, quando a tonicidade das fibras atingidas pela
toxina voltar ao normal. Por isso, quando um paciente é submetido à aplicação de
toxina para “tratar” o bruxismo, a parafunção volta muito mais intensa ao término do
tempo de ação do medicamento.

No entanto, há uma situação em que a toxina botulínica pode ser utilizada com
segurança para esse fim, que é quando devolvemos o equilíbrio ao sistema e
executamos a reabilitação do paciente, e ao final protegemos com o device, aí sim,
podemos fazer a aplicação para ajudar o paciente a sair da crise.

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