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UNIVERSIDADE METODISTA DE ANGOLA

FACULDADE DE CIÊNCIAS JURÍDICAS E SOCIAIS


CURSO DE LICENCIATURA EM DIREITO

DIREITO DO COMÉRCIO INTERNACIONAL

OS INCOTERMS 2010 E 2020: PRINCIPAIS ELEMENTOS DE EVOLUÇÃO

JOSÉ MALONDE KILOMBO


Nº DE ESTUDANTE 35127

LUANDA, ANO LECTIVO 2023-2024


INTRODUÇÃO
O presente trabalho académico tem por objeto os termos técnicos que regem as operações de
comércio internacional, denominados de Incoterms®, publicados pela Câmara Internacional de
Comércio (CCI). Com ênfase nas últimas duas edições, será elaborado uma análise comparativa, isto
é, no período entre 2010 e 2020, no que tange os principais elementos de evolução, entre aquela e
outras questões, serão abordados os elementos teóricos (ou doutrina), as fontes de Direito (ou
legislação Aplicável) e a prespectiva angolana (Legislativa e Doutrinária) a sua volta se couber.
A metodologia utilizada para realização do presente foi revisão bibliográfica e material disponível em
meios eletrônicos.
PALAVRAS-CHAVE: Incoterms®, Comércio Internacional, DDP, Câmara Internacional de Comércio
(CCI).
O site “Aprendendo a Exportar”, relacta que os Incoterms® servem para definir, dentro da estrutura
de um contrato de compra e venda internacionais, os direitos e obrigações recíprocas do exportador
e do importador, estabelecendo um conjunto padrão de definições e determinando regras e práticas
neutras. Os Incoterms® têm esse objetivo, uma vez que se trata de regras internacionais, imparciais,
de caráter uniformizador, constituindo toda a base dos negócios internacionais e objetivando
promover sua harmonia.
Na realidade, não impõem e sim propõem o entendimento entre vendedor e comprador quanto às
tarefas e custos necessários para deslocamento da mercadoria do local onde é elaborada até o local
de destino final.
EMBASAMENTO TEÓRICO

INCOTERMS significam, literalmente, Termos (“TERMS”) Comerciais (“CO”)


Internacionais (“IN”).
Os termos comerciais são elementos-chave nos contratos de compra e venda internacional e
desde sempre foram utilizados. Foram publicadas pela primeira vez em 1936, tendo como
título oficial “Regras Internacionais para a Interpretação dos Termos Comerciais. Nos anos
20 do século passado, a Câmara de Comércio Internacional constatou a existência de
interpretações diferentes, nos diversos países, para os termos mais importantes. Considerou
por isso necessário criar regras de interpretação que as partes pudessem concordar em
utilizar. Os Incoterms constituem justamente estas regras de interpretação.

EXISTEM DUAS PRINCIPAIS ALTERAÇÕES NOS INCOTERMS® 2020, EM COMPARAÇÃO COM A EDIÇÃO DE 2010:
• DAT (Delivered at Terminal) passa a denominar-se Delivered at Place Unloaded (DPU)
• FCA (Free Carrier) passa a permitir que os Conhecimentos de Embarque (Bills of Lading) sejam emitidos após o carregamento.
OUTRAS ALTERAÇÕES:
• CIF (Cost, Insurance and Freight) e CIP (Carriage and Insurance Paid to) estabelecem novos contratos de seguro normalizados, mas o
nível de seguro continua a ser negociável entre o comprador e o vendedor.
• Quando referida, a alocação de custo entre o comprador e o vendedor é declarada com mais precisão - um artigo refere todos os
custos pelos quais o vendedor e o comprador são responsáveis.
• FCA (Free Carrier), DAP (Delivered at Place), DPU (Delivered at Place Unloaded) e DDP (Delivered Duty Paid) passam a ter em
consideração que o comprador e o vendedor organizam o seu próprio transporte, em vez de utilizarem um terceiro.
• Obrigações relacionadas com segurança são agora mais proeminentes.
• “Notas Explicativas para Utilizadores” para cada Incoterm® substituiram as Notas de Orientação da edição de 2010 e foram concebidas
para serem mais simples para os utilizadores.
• CIP atualmente exige como norma uma cobertura de seguro ICC A ou equivalente. Nos Incoterms® 2010 era ICC C. A cobertura de
seguro exigida para CIF permanece.

TRANSFERÊNCIA DO RISCO; TRANSFERÊNCIA DA PROPRIEDADE; PAGAMENTO DO PREÇO


– QUESTÕES DE AFIRMAÇÃO PURA DE ORDENAMENTOS JURÍDICOS FACE AOS INCOTERMS

Uma das preocupações centrais dos Incoterms consiste da determinação precisa do momento
da transferência do risco. Acabamos de ver que ele se situa, com respeito aos acrónimos CFR e CIF,
no instante em que a mercadoria passa a amurada do navio. Em contrapartida, não se ocupam com a
questão da transferência da propriedade nem, logicamente, com o problema conexo da reserva da
propriedade. Sendo isto assim (como igualmente no âmbito da Convenção de Viena sobre a Compra e
Venda Internacional), é óbvio que a transferência do risco é independente da transmissão da
propriedade. À transferência da propriedade ter-se-ão de aplicar as normas materiais do ordenamento
que as partes tiverem escolhido. Na falta de escolha, as designadas pelo DIP. Tal como a respeito da
transferência da propriedade, também quanto ao pagamento do preço os Incoterms não contêm
qualquer previsão específica. Recorrendo à “alínea” atinente a esta obrigação do comprador (B1), no
termo CIF encontramos apenas a menção “Pagar o preço como previsto no contrato de venda”. E é
exatamente esta a indicação que vamos encontrar em todos os restantes, visto ser matéria de que as
regras interpretativas se não ocupam.
CONCLUSÃO
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

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