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D03​ - BRAINSTORMING

Tempestade de Ideias ou “Toró de Palpites”

Há quase 30 anos, quando comecei a cursar Publicidade e Propaganda, ouvi pela


primeira vez essa palavra em inglês. Ela integrava o clássico processo de criação
composto de briefing, brainstorming, rough (rafe), layout e arte-final.

Desenvolvido pelo publicitário norte-americano Alex Osborn em 1939, o


brainstorming era utilizado em sua agência para a geração de ideias e para
promover produtos, divulgar serviços ou comunicar de forma mais eficiente uma
mensagem a um público-alvo (target) específico.

Hoje essa técnica é conhecida mundialmente e utilizada em muitas outras áreas


além da publicidade, principalmente devido a sua simplicidade de execução e a
grande eficácia, não só na geração, como também na seleção de ideias.

Antes de começar a aplicar o brainstorming é fundamental que se tenha realizado


um levantamento das informações sobre o problema em questão. Esta coleta de
dados se materializa no briefing, assunto de nosso artigo anterior.

Após a leitura, análise e interpretação do briefing, o brainstorming inicia com a


reunião dos integrantes de uma equipe ou de um departamento, tendo como
objetivo principal encontrar possíveis soluções para o problema identificado.

Em seu livro “How to think up”, Osborn evidencia a necessidade de não se julgar
quaisquer ideias apresentadas, evitar todo tipo de crítica a fim de estimular a
participação dos integrantes e valorizar as sugestões fora de padrões e modelos
conhecidos.

Em sua forma clássica há dois tipos de brainstorming:


● Estruturado:​ define-se uma pessoa responsável pelas anotações, o
problema é apresentado e os demais participantes apresentam suas ideias
sequencialmente, um após o outro, repetindo-se esse ciclo até o término do
tempo estabelecido. Com isso há um certo estímulo na participação de todos.
● Não-estruturado:​ também define-se o relator, o problema é apresentado e
então qualquer integrante pode apresentar suas ideias, tantas quantas tiver
sem ter que obedecer a qualquer sequência. Nesse tipo a espontaneidade se
torna um importante diferencial nas sugestões apresentadas.

Jornada Criativa | Agosto 2020


Após a etapa de geração de ideias, Osborn propõe o momento de seleção e
avaliação de ideias. É quando novas possibilidades podem ser criadas pela
combinação de ideias anteriores e também discute-se a viabilidade de execução de
cada proposta, bem como os possíveis resultados esperados.

O brainstorming é apenas uma entre as diversas técnicas para geração, seleção e


avaliação de ideias. Ao longo da nossa Jornada Criativa vou apresentar muitas
outras e você vai poder escolher qual se aplica melhor ao seu projeto, trabalho ou
empreendimento.

Aproveite esse mês de agosto para tirar qualquer dúvida que você tiver sobre
brainstorming. Eu estou a sua disposição, basta que você ​clique aqui​ ​para me
enviar um email com o título “BRAINSTORMING”.

Eu costumo aplicar uma dinâmica em minhas aulas presenciais onde proponho que,
quanto mais aplicarmos a técnica do brainstorming, apresentaremos cada vez mais
ideias novas, diferentes e “fora da caixinha”. Não é bem um brainstorming mas é um
exercício bem divertido. Você quer aprender?

______
Exercício 03:
Você vai precisar de um lápis, uma folha de papel e seu telefone celular.
1. Marque 1 minuto no cronômetro do seu celular;
2. Pense em uma palavra aleatória;
3. Inicie o cronômetro;
4. Pegue o lápis e comece a escrever na folha de papel toda palavra que lhe
vier à mente, uma após a outra até acabar o tempo e seu alarme disparar;
5. Conte a quantidade de palavras que você escreveu;
6. Repita esse processo umas 5 a 8 vezes.
Ao término você vai perceber que a quantidade de palavras foi aumentando.
Por que você acha que isso aconteceu?

Jornada Criativa | Agosto 2020

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