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É uma expressão inglesa formada pela

junção das palavras "brain", que significa


(cérebro, intelecto) e "storm" (tempestade).

Brainstorming

Material desenvolvido pelo Núcleo de Práticas Pedagógicas


www.espm.br/professores
o que é brainstorming?

É uma expressão inglesa formada pela junção das palavras


brain (cérebro, intelecto) e storm (tempestade)

Tempestade de Ideias
O que é brainstorming?
Trata-se de uma técnica criativa,
não envolve noções de certo ou errado,
todas as contribuições são consideradas válidas
Objetiva gerar novas ideias, deixando fluir a imaginação, espontaneamente
Com a ajuda de um mediador,
coleta-se as ideias verbalizadas pelos membros do grupo de participantes acerca de:
- como resolver determinado problema
-como desenvolver um projeto
-como melhorar uma situação existente etc.
É realizado de forma oral ou escrita

(adaptado de Anastasiou & Alves, 2003; Hiltz & Turoff, 1978; Osborn 1953)
Brainstorming Oral
O mediador lança um tema ou problema e
busca captar o máximo de ideias possíveis
“antes de as submeter às regras do pensamento lógico”
(Coutinho & Bottentuit Junior, J.P, 2007, p. 108)

Pode ocorrer de duas formas:


Brainstorming Estruturado
os participantes se manifestam de acordo com uma ordem pré-estabelecida,
de forma que todos tenham oportunidades iguais para falar
a sua vantagem é dar chance de participação para todos
Brainstorming Não-Eestruturado
os participantes expõem as suas ideias à medida que vão surgindo,
sem necessidade de esperar a sua vez
Brainstorming Escrito
(brainwriting)

Individualmente,
os participantes têm alguns minutos
para registrar por escrito
(em forma de texto e/ou desenho)
as suas ideias
Na sequência, cada participante
passa a sua folha de papel à pessoa
colocada ao seu lado para que ela
acrescente as suas ideias.
Este processo pode se repetir por
diversas vezes,
mas geralmente duas ou três passagens
são suficientes
(adaptado de HILTZ & TUROFF, 1978).
A técnica foi proposta em 1953
pelo publicitário estadunidense
Alex Osborn
no livro
Applied Imagination:
principles and procedures of creative
thinking
Passou a ser recorrentemente
utilizada em reuniões executivas,
a fim de favorecer o processo criativo
das equipes e/ou a tomada de
decisões

No campo da Educação, a técnica passou a ser


utilizada na década de 1980,
primeiramente na Educação Básica,
posteriormente na Educação Superior
Por que utilizar em ambientes
educacionais ?
-desperta nos Estudantes uma rápida
vinculação com
o objeto de estudo
- pode ser utilizada para coletar
ideias capazes de ajudar na solução
de um problema
- possibilita que o Professor
retome a teia de relações,
avalie a criatividade e a imaginação,
e os avanços do Estudante sobre o
assunto em estudo
(adaptado de Anastasiou & Alves, 2003, p.82)
Exemplo da riqueza da utilização do Brainstorming
Numa atividade de tempestade cerebral vivenciada com professores
universitários, apenas para conhecimento da técnica e de suas possibilidades, foi
proposta a palavra-chave ‘barata’, como desencadeadora da estratégia.
Surgiram as contribuições esperadas:
medo, inseto, cozinha, sujeira, chinelo, inseticida etc.
Mas apareceu também a palavra ‘música’, que criou entre os participantes
surpresas e incompreensão... qual seria o nexo estabelecido?
No momento da exploração, a explicação dada referiu-se à música infantil:
‘a barata diz que tem sete saias de filó...’, que o participante ouvira naquela
semana sendo cantada por sua filha.
Este exemplo ilustra a riqueza da possibilidade de se estabelecer múltiplas
conexões, pontos de chegada e de partida que os participantes trazem ...
Tudo tem um nexo pessoal, e nos resta, como mediadores do processo,
criar o espaço para que o nexo seja explicitado, explorado,
ampliando a teia relacional que a estratégia possibilita.
Isto nos faz retomar o princípio de que o complexo é o que é tecido junto.
Essa forma se presta, também, para elaboração da síntese
(adaptado de Anastasiou & Alves, 2003, p.82-3)
Etapas do brainstorming
1.Exposição de abertura
o mediador expõe o problema e oferece informações que ajudem na geração das
ideias, deixando claro o objetivo da dinâmica
2.Exposição de ideias
é considerada a etapa de produção, momento em que os participantes expõem as
suas ideias sobre o problema proposto
3.Fase de escrutínio
seleção e organização das ideias,
seguida do fechamento e síntese por parte do mediador

(adaptado de Minicucci, 2001; Anastasiou & Alves, 2003, p.82-3)


Pontos que merecem atenção (a)
1. Trabalhar com um tema bem definido
A participação na dinâmica é proporcional à clareza dos objetivos.
Por isso, é necessário declarar o problema a ser resolvido pelos participantes.
Ele pode ser formulado em uma única pergunta, tópico ou expressão.
Caso ele seja demasiadamente complexo, é importante dedicar tempo para explicá-lo.
2. Evitar o julgamento acerca das contribuições dos participantes
São proibidas críticas e autocríticas durante a exposição das ideias.
Todas as ideias são bem-vindas, mesmo as que inicialmente pareçam absurdas.
A preocupação principal não recai sobre a qualidade, mas sobre a quantidade de ideias coletadas.
É permitido que se façam associações às ideias de outros participantes.
3. Estabelecer um tempo máximo
Fixar o tempo envolvido em cada rodada de exposição das ideias.
Isso ajuda o grupo manter o foco.
Se não houver um controle do tempo, a sessão pode se estender demais e perder o rumo.
Comprometendo a seleção e organização das ideias, o fechamento e a síntese da dinâmica.

4. A relevância do papel do mediador


O papel do mediador é observar o processo e cuidar do fluxo de ideias.
Impedir qualquer tipo de censura. Inibir que um participante exagere ao “vender”
demasiadamente a sua ideia para o grupo.
Auxiliará o grupo a não perder o foco, caso os participantes desviem do tema/probelma.
Lembrará a pergunta original da dinâmica cada vez que se faça necessário.
Encorajará os participantes a contribuir com ideias ousadas.
Pontos que merecem atenção (b)

5. O ambiente precisa ser acolhedor


É necessária a criação de um ambiente tranquilo, onde não haja interferências externas.
É importante o mediador garantir que o grupo esteja confortável o suficiente para falar o
que lhe venha à cabeça, sem filtros.

6. Registrar tudo
Seja numa lousa ou em post-its individuais, é preciso registrar as ideias.
O princípio que regula atividade é que a quantidade é soberana,
todas as propostas devem ser registradas, sem exceção.

7. Não discutir todas as propostas levantadas


O brainstorming pode gerar centenas de ideias em poucos minutos.
Depois de registrar as propostas, levando em conta os objetivos justificadores da
dinâmica, cabe solicitar aos participantes a seleção das mais interessantes.
“Limpando” os excessos, otimiza-se o tempo dedicado ao agrupamento das ideias
e à formulação da síntese.

8. Fazer a síntese e o fechamento


É fundamental que o mediador faça o fechamento, assim haverá a amarração das ideias, e
a oportunidade de relaciona-las aos objetivos de aprendizagem.
É possível realizar um brainstorming a distância,
por teleconferência,
também conhecido como webstorming
O uso de brainstorming em ambientes virtuais de aprendizagem amplia
as chances de os participantes se dispersarem
durante a exposição de ideias.
A mobilização dos Estudantes, sobretudo o esforço para que eles
mantenham o foco nos objetivos justificadores da atividade, exigirão
uma participação ainda mais ativa do Professor-Mediador.
A avaliação durante o brainstorming
Observação das habilidades dos Estudantes na exposição das ideias quanto a:
capacidade criativa, concisão, logicidade, aplicabilidade e pertinência,
no seu desempenho no processo de descoberta de soluções apropriadas
ao problema proposto
(adaptado de Anastasiou & Alves, 2003, p.82-3).
Referências
ANASTASIOU, L. das G. C.; ALVES, L. P. (orgs) (2003). Processos de Ensinagem na
Universidade: pressupostos para as estratégias de trabalho em aula. 3. ed. Santa
Catarina: UNIVILLE.
COUTINHO, C. P.; BOTTENTUIT JUNIOR, J.P. (2007) “Utilização da técnica do
brainstorming na introdução de um modelo de e/b-learning numa escola profissional
portuguesa: a perspectiva de professores e alunos”. In: In SANTANA, M. O. R. ;
RAMOS, M. A. ; ALVES, A. B. (org). Encontro Internacional Discurso Metodologia e
Tecnologia: actas do Encontro Internacional Discurso Metodologia e Tecnologia.
Miranda do Douro, Portugal,p. 102-118.
FELDER, R. M. ; BRENT, R. (2001) "Effective Strategies for Cooperative Learning”.
The Journal of Cooperation and Collaboration in College Teaching. Vol. 10. (2), p.69-
75.
HILTZ, S. R.; TUROFF, M. (1978). The Network Nation: human communication via
computer. London: Addison-Wesley Publishing Company .
MINICUCCI, A. (2001). Técnicas do Trabalho de Grupo. 3.ed. São Paulo: Atlas, 2001.
OSBORN , A. F. Applied imagination. (Rev. ed) New York: Scribner, 1957.
TAYLOR , D. W. BERRY , P. C. BLOCK , C. H. (1957). “Does group participation
when using brainstorming facilitate or inhibit creative thinking?” Technical Report
n.1, Yale University, Department of Psychology, Office of Naval Research.
Referências
Kelley, Tom e Littman, Jonathan
As 10 faces da inovação

http://www.d4s-de.org/

http://freemind.sourceforge.net/wiki/index.php/Main_Page

técnicas brainstorm:
http://www.mindtools.com/brainstm.html

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