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SANTA CRUZ
2023
RIO DE JANEIRO/RJ
I- DIAGNÓSTICO E TEORIZAÇÃO
Elliê Pedrosa Ribeiro Moreira – Reside em Cesarão, Santa Cruz, rua 21, n⁰ 89, casa 1.
Alana de Andrade – Reside em Avenida Engenheiro Gastão Rangel, 525 casa n⁰ 14.
Stephanie dos Santos – Reside em Santa Cruz, rua São Sebastião n⁰ 32.
5. Perda do contato com a história e cultura: O teatro muitas vezes retrata eventos
históricos ou culturais importantes, oferecendo aos jovens uma oportunidade única de
aprender sobre seu passado e sua herança. Sem acesso a essa forma de arte, os jovens
podem perder um meio valioso de se conectar com sua história e cultura.
Um projeto que aborda a falta de acesso à cultura teatral pode ser extremamente relevante
academicamente, pois o projeto de extensão possibilita a participação ativa do aluno na
sociedade em que está inserido, tornando-o um meio social necessário através da possível
análise de situações do dia a dia. O grande ponto do projeto de extensão é retribuir à
sociedade a oportunidade do nosso aprendizado de maneira mais branda e objetiva. A
participação em projetos de extensão relacionados à cultura teatral proporciona aos alunos
a oportunidade de vivenciar experiências práticas que complementam sua educação formal.
Isso pode incluir o desenvolvimento de habilidades de comunicação, trabalho em equipe,
expressão artística e análise crítica. Além disso, a participação em projetos de extensão
garante mais destaque aos alunos, pois além de demonstrar proatividade, o estudante
participa desses projetos de extensão possuem mais capacidade para a atuação profissional
futuramente e traz também a possibilidade de conhecer diferentes realidades. Dessa forma,
pode-se observar que o contato com a sociedade é muito importante, sendo bastante
importante na nossa aprendizagem, além de podermos colocar em prática os ensinamentos
obtidos na faculdade.
O presente trabalho atua como estimulador para os jovens da comunidade de Santa Cruz,
apresentando o teatro como forma de lazer, educação, cultura, demonstrando que o acesso à
cultura é livre para todos.
Quando falamos sobre o teatro, é preciso entender, que não um luxo para os poucos
afortunados, pelo contrário, se trata de um direito humano de segunda geração que é
positivado no direito no Brasil, sendo encontrado até mesmo em sua Carta Magna, no art.
215.
Art. 215. O Estado garantirá a todos o pleno exercício dos direitos culturais e
acesso às fontes da cultura nacional, e apoiará e incentivará a valorização e a
difusão das manifestações culturais.
No artigo acima, vemos que o Estado não apenas tem a obrigação de permitir todo e
qualquer manifestação de cultura, deixando claro que existem exceções, visto que nenhum
direito é absoluto, mas também nos apresenta um fato que muitos não aceitam, o Estado
brasileiro deve fomentar a participação da população na cultura, através de incentivo e na
promoção de políticas publicas favoráveis a arte e a cultura.
Sobre esse tema temos também o Protocolo de San Salvador e o Pacto Internacional sobre
Direitos Econômicos, Sociais e Culturais, ambos recebidos como equivalentes a emendas
constitucionais, ratificados, respectivamente, em 1996 e 1992, que possui em ambos o
seguinte artigo de mesmo conteúdo (art. 14 e art. 15, respectivamente)
Os Estados Partes neste Protocolo/Pacto reconhecem o direito de toda pessoa
a:
Portanto, ora, é inegável o quão importante a cultura, seja ela teatral ou não, na vida de um
indivíduo, acaba sendo necessário democratizar esse acesso, autorizando essas minorias
periféricas para se descobrir na arte. Não é à toa que temos diversas politicas organizadas
pelo governo para auxiliar nesta jornada, desde o Projeto Mais Cultura, lançado em 2007,
que promove grupos e artistas jovens independentes, ou a Lei 13.018/2014, mais conhecida
como a Lei Cultura Viva, que permite que escolas sejam autorizadas para se tornarem polos
culturais locais, ou até mesmo a lei 12.287/2010 que obriga o ensino de arte na educação
básica.
Diretamente ou indiretamente, todas essas políticas publicas nos dão um panorama curioso
em relação a situação problema, afinal, falamos de um bairro que nunca teve um Teatro,
houveram oportunidades para se criar um, tivemos uma lei nº 139 de 1979, que fala sobre o
assunto, mas foi vetado, o motivo era que no projeto de lei nº 399, o local onde seria
construído o espaço cultural era uma escola, a Escola Professor Coqueiro, portanto
considerando Santa Cruz sendo um bairro carente, seria inviável abertura do teatro.
Diversas outras vezes houveram tentativas para a criação de um teatro no bairro, todas
infrutíferas. Essa dificuldade do acesso da população, com o foco nos jovens, bate de frente
a todas as legislações citadas anteriormente, pois o direito a cultura e lazer é indispensável
para a construção de uma pessoa, como o próprio Francisco Humberto Cunha Filho em seu
livro sobre Direito Cultural:
Passo seguinte, ao contrastar direito cultural e direito fundamental,
averiguei serem aqueles, tanto em forma como em conteúdo, espécie destes
se encaixam no texto constitucional, alguns, inclusive, nas cláusulas pétreas,
e sendo eventualmente suprimidos ou negligenciados, tal atitude afeta
valores de dignidade como a expressão a própria identidade individual e
social(CUNHA FILHO, 2000, p. 134)
Ao segregarmos parte da população, deixando-a apenas como uma “mão de obra”, sem
autorizar que ela se expresse, fere-se um dos princípios norteadores do direito, o princípio
da dignidade humana, se vai contra a própria constituição, e continuará alimentando ideias
arcaicas e preconceitos, aumentando a disparidade entre classes sociais.
INSTRUÇÕES: Breve exposição e discussão dos referenciais teóricos utilizados para entender
e esclarecer a situação-problema que orientará o desenvolvimento do projeto,
apresentando-os e relacionando-os com o desenvolvimento do projeto. O referencial teórico
escolhido deve ser assertivo para justificar as escolhas das ações formuladas, ou seja, obras
e autores citados devem ser apresentar respostas teóricas-científicas apropriadas para os
desafios enfrentados durante a execução do projeto de extensão.
O público será beneficiado porque o nosso projeto visa demonstrar como o teatro é
importante e como faz parte da vida das pessoas de maneira indireta, pois diariamente nós
consumimos seus “derivados”, por meio de série, filmes e novelas, e os benefícios sociais
que essa manifestação artística traz na vida em sociedade, além de demonstrar como o
teatro é importante e tem um papel crucial na vida desses jovens, que vivem e são
apaixonados por esse tipo de arte.
Hoje em dia, muitas pessoas consideram o teatro como algo supérfluo e inútil, mas para
esse grupo de jovens extremamente talentosos, trata-se uma forma de expressão e
manifestação artística que está além do entendimento de grande parcela da população.
Para eles, é um mundo extraordinário, grandioso, e até mesmo “a vida” deles, pois se
entregam e se dedicam arduamente a ela.
Nosso objetivo ao realizar esse projeto era trazer visibilidade ao projeto e a esses jovens,
pois o teatro gera um impacto bastante positivo na vida deles e eles infelizmente são um
grupo marginalizados, que ninguém liga ou se importa. Além disso, é importante falar da
importância e dos benefícios que essa arte traz na vida das pessoas, principalmente na vida
dessa juventude em específico, e como a arte teatral é uma forma de resgate cultural e de
vidas. Dito isto, queremos mostrar que até mesmo em grupos que menos se espera, há uma
violação clara de direitos humanos básicos e fundamentais sendo realizadas, e esses grupos
não necessariamente estão distantes da gente, muito pelo contrário, estão sempre
próximos a nossa realidade.
Ágatha Greyck
Assistir ao Assistir ao Festival Lima Ramos , 23/09/2023 Assistir a Anotar e registrar a
Festival de de teatro EnCENA, Bianca da Silva apresentação e apresentação
teatro do para obter uma de Andrade, tomar notas
Projeto Ser compreensão mais Rafaela Ferreira
Cidadão profunda do tema Mattos da
Rocha, Thuany
de Souza da
Silva
Ágatha Greyck
Elaborar o Coletar informações Lima Ramos , Durante 2 Através de Feedback dos
relatório e preparar o relatório Bianca da Silva meses pesquisas e responsáveis pelo
de Andrade, análise dos relatório e revisão
Rafaela Ferreira dados coletados do trabalho
Mattos da
Rocha, Thuany
de Souza da
Silva
4. O Raphael Melgaço dos Santos ficou responsável pelos áudios e pela gravação das
entrevistas que foram usados em nosso trabalho (parte audiovisual), além de ter
participado ativamente das entrevistas realizadas durante o desenvolvimento do
nosso trabalho e da pesquisa do referencial teórico que seria utilizado pelo grupo.
6. Recursos previstos