HISTÓRIA

RESOLUÇÕES DAS ATIVIDADES

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Com o fim do Império Romano e a chegada dos povos
Capítulo Formação dos reinos medievais germânicos, surgiram diversos reinos na Europa. Grande
parte deles se converteu ao cristianismo. Assim, apesar
das diferenças, a crença em comum acabou se tornando
Agora é com você! – página 6 um elemento de unidade entre os reinos que se forma-
ram. A Igreja, por sua vez, empenhou-se para que todos
1 A queda do Império Romano do Ocidente, em 476, é comungassem da mesma crença, enviando religiosos
o acontecimento que tradicionalmente define o fim da aos mais variados e distantes lugares da Europa com o
Antiguidade e o início da Idade Média. Essa definição intuito de difundir a fé cristã.
é criticada porque, segundo muitos historiadores, ela
está atrelada a eventos históricos ocorridos na Europa 3 As línguas neolatinas, como as citadas no enunciado,
e desconsidera processos históricos de outras partes do resultaram de dialetos que se originaram da mistura
mundo. do latim vulgar, falado pela população romana, com os
idiomas falados pelos povos germânicos.
2 Os novos reinos foram denominados romano-germâni-
cos porque se formaram da mistura de elementos carac-
terísticos do Império Romano com elementos típicos das Ler e descobrir
sociedades germânicas. Por exemplo, os novos reinos
procuraram manter a mesma estrutura administrativa 1 Entre as semelhanças, pode-se mencionar que as duas
usada pelo Império Romano, com os mesmos impostos imagens representam o rei Clóvis sendo batizado pelo
e, às vezes, as mesmas instâncias municipais; contudo, papa e que, em ambas, o batismo é acompanhado por
mantiveram algumas tradições dos germanos, como a muitas pessoas. Quanto às diferenças, é possível apon-
fragmentação do poder entre os chefes guerreiros. tar as seguintes: na primeira imagem, o rei Clóvis, ape-
sar de adulto, é representado em tamanho inferior ao
das outras pessoas, quase como uma criança, enquanto,
3 na pintura de Dejuinne, além de ser representado como
adulto, ele ainda carrega um machado; na primeira
Povos obra, o rei está em uma pequena pia, e, na segunda, ele
Aspecto Império Romano
germânicos sai de um tanque maior, que parece uma piscina.
Baseada principalmente Essencialmente
Economia
no comércio agropastoril 2 A imagem mais adequada é a do século XIX. O presi-
Inicialmente politeísta; dente Charles de Gaulle, em sua fala, credita o nasci-
adotou o cristianismo mento da França à conversão do rei Clóvis ao cristia-
Religião Politeísta
como religião oficial nismo, mas deixa claro que o rei é uma figura ativa nesse
em 380 processo. Ainda que as duas obras tenham representa-
Tinha a cultura da Não tinham a ções religiosas, na pintura de Dejuinne, verifica-se forte
Escrita apelo nacionalista, com o rei Clóvis saindo da água
escrita cultura da escrita
como um guerreiro, um líder, o que se relaciona com a
Baseada em
Legislação Baseada em leis escritas fala do presidente francês.
tradições orais
Organização do Centralizada em torno Fragmentada entre
poder da figura do imperador os chefes tribais Agora é com você! – página 17

1 O rei Clóvis foi responsável pelo processo de unifica-

Agora é com você! – página 10
ção das diferentes tribos dos francos em torno de um
reino. Por volta de 496, ele se converteu ao cristianismo,
1 No início da Idade Média, o rei era um chefe guerreiro, fazendo dos francos o primeiro reino germânico cristão
que considerava o reino como sua propriedade. Assim, da Europa. Com isso, a Igreja passou a legitimar o poder
ele costumava doar extensões de terras a aliados ou de Clóvis, afirmando que ele era rei não apenas perante
dividir o reino entre seus herdeiros. Como chefe dos os seres humanos, mas também perante Deus.
guerreiros, procurava manter os soldados constante-
mente em campanhas militares para conquistar novas
terras e saquear as regiões dominadas. O butim era divi-
dido entre os soldados, a aristocracia e o próprio rei.

6o ANO – ENSINO FUNDAMENTAL – LIVRO 4

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2 Em 800, o papa Leão III coroou Carlos Magno como
imperador dos romanos, passando a considerá-lo
um representante de Deus na Terra. Com isso, Carlos
Magno passou a exercer mais poder sobre a Igreja Cató-
lica, estabelecendo como deveria ser o funcionamento
dos ritos religiosos e nomeando bispos, abades etc. Ao
mesmo tempo, o imperador ajudou na propagação da
fé cristã por todo o império.
3 Para controlar todo o império, Carlos Magno dividiu-o
em territórios menores (condados), deixando-os com
pessoas (condes) de sua confiança para governá-los. A
união de alguns condados formava um ducado, admi-
nistrado por um duque. Além disso, nas áreas frontei-
riças, foram criadas as marcas, que ficaram sob a admi-
nistração dos marqueses. Havia ainda os missi dominici,
que, além de supervisionarem o trabalho de membros
da Igreja, resolviam os problemas considerados difíceis.
4 A Querela das Investiduras foi um movimento motivado
pela perda de poder da Igreja para os nobres, que pas-
saram a interferir na organização hierárquica religiosa,
exercendo poder inclusive sobre o papa. Com isso,
diversos grupos religiosos, como os monges da Abadia
de Cluny, tentaram recuperar a autonomia política den-
tro da Igreja, entrando em conflito com os reis do Sacro
Império Romano-Germânico por várias décadas.
+Atitude
Atividade de pesquisa.
Explore seus conhecimentos
1 B
O acolhimento do cristianismo pelos povos germânicos
permitiu que parte substancial da cultura greco-romana
permanecesse ao longo da Idade Média e chegasse à
modernidade. Embora as invasões germânicas tenham
aprofundado o processo de fragmentação do império,
muitos aspectos culturais da Antiguidade se mantive-
ram, sendo incorporados pelos germânicos, sobretudo
em virtude dos trabalhos de intelectuais ligados à Igreja
Católica.
2 D
A transição da Antiguidade para a Idade Média foi mar-
cada pelo fortalecimento da Igreja Católica, cujas lide-
ranças – entre elas, clérigos e pensadores defensores da
nova doutrina – acabaram por conciliar o credo cristão
com o pensamento filosófico dos gregos e dos roma-
nos. Incumbida de legitimar os valores religiosos defi-
nidos ainda na Antiguidade, a Igreja se encarregou de
proteger o patrimônio greco-romano.
6o ANO – ENSINO FUNDAMENTAL – LIVRO 4
HISTÓRIA
3 B
A vastidão do Império Romano tornou a vigilância sobre
suas fronteiras, ou a manutenção de seus territórios,
cada vez mais complexa e dispendiosa. Terras férteis
e clima ameno foram alguns dos fatores que atraíram
povos vizinhos a adentrar seus limites. Alguns desses
povos já eram pressionados por outros, restando como
única alternativa fugir para terras romanas; muitos aca-
baram sendo recrutados para o trabalho agrícola e para
o exército. A constituição de pequenos reinos bárbaros
na Europa foi, aos poucos, desfigurando e fragilizando
o Império Romano.
4 D
Com a queda do Império Romano, o reino que conquis-
tou maior destaque no Ocidente foi o Reino Franco,
liderado por Clóvis. Esse reino se tornou o primeiro
sob a influência papal, o que permitiu o movimento
ascendente de poder da Igreja Católica. Com o apoio
da Igreja, Clóvis conseguiu expandir os domínios terri-
toriais do reino e, consequentemente, afirmar o cato-
licismo como religião predominante em boa parte da
Europa.
5 C
A Dinastia Carolíngia foi marcada pelo caráter expansio-
nista e pela afirmação da Igreja Católica como forte ins-
tituição de poder. Em razão das dimensões territoriais
do reino, Carlos Magno institucionalizou a figura dos
missi dominici, agentes imperiais enviados aos conda-
dos para supervisionar os trabalhos de duques, condes
e outras autoridades leigas e religiosas.
6 a) Segundo o documento, em um passado recente,
muitas das cartas redigidas nos mosteiros eram mal
escritas, já que continham “raciocínios corretos e
discursos desordenados”. Carlos Magno receava
que essa falta de instrução afetasse também a capa-
cidade dos religiosos de ler e interpretar as Sagradas
Escrituras. Assim, afirma: “embora os erros das pala-
vras sejam perigosos, muito mais perigosos são os
erros do pensamento”.
b) O Renascimento Carolíngio é o nome dado ao pro-
cesso de renovação intelectual promovido por Carlos
Magno, tendo como objetivo contar com um clero
e com nobres mais bem qualificados. Assim, entre
outras coisas, foram criadas escolas palatinas, para
garantir a educação dos jovens da nobreza, e esco-
las episcopais, destinadas à formação de padres. O
documento revela a preocupação de Carlos Magno
com essa formação dos religiosos que atuavam nos
limites de seu governo.
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