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FACULDADE DO COMPLEXO EDUCACIONAL SANTO ANDRÉ

PROGRAMA ESPECIAL DE EXTENSÃO UNIVERSITÁRIA- PROEX

MARAJANE LIMA

RELATORIO DE ESTAGIO SUPERVISIONADO I

IBARETAMA/CE
2020
Marajane Lima

RELATÓRIO DE ESTÁGIO SUPERVISIONADO I

Trabalho para nota da disciplina de


Estágio Supervisionado I, do curso de
Pedagogia, da faculdade nossa
Senhora das Vitórias.

IBARETAMA - CE
2020
“As portas da oportunidade são amplas”.
Não “digas que não pudesse entrar por
elas se nada fizeste para isso”.

(O. S. Mardem).
SUMÁRIO

01. INTRODUÇÃO ....................................................................................... 5


02. FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA.............................................................. 5
03. METODOLOGIA .................................................................................... 8
04. APRESENTAÇÃO DE DADOS .............................................................. 8
4.1. ESCOLA ................................................................................................. 8
4.2. OS EDUCADORES ................................................................................ 9
4.3. NÚCLEO GESTOR............................................................................... 10
4.4. OS EDUCANDOS ................................................................................ 10
05. RELATO DE EXPERIÊNCIA ................................................................ 10
06. CONCLUSÃO ...................................................................................... 12
BIBLIOGRAFIA ............................................................................................... 13
ANEXOS ......................................................................................................... 14
5

01. INTRODUÇÃO

O estágio constitui uma importante etapa da nossa formação como


acadêmica, pois é por meio dele que se pode observar o desenvolvimento das
práticas docentes e é também, onde os desafios e as possibilidades nos fazem
refletir sobre o que realmente queremos ser. É através do estágio, que construímos
nossa identidade como profissional, onde nos tornamos pessoas mais críticas, com
um olhar sensível, observador e investigador, querendo fazer mudanças e nos tornar
um ser que faz a diferença.

Este é um relato de experiências do estágio supervisionado da educação


infantil, do curso de Pedagogia da faculdade do Complexo Santo André, tendo
como objetivo: observar, investigar e assim aprender práticas pedagógicas,
vivenciando experiências de forma bem próxima, os conteúdos estudados em
sala de aula mais de uma forma teórica. Isso se faz com os profissionais da área
da educação infantil, bem como os que fazem parte da instituição de ensino, onde
está sendo realizado o estágio.

Ao ver as práticas pedagógicas profissionais de um docente, foi uma


experiência grandiosa e que fez com que encontrássemos algumas questões
construtivas e questões a serem melhoradas no que diz respeito nossa atuação
como profissional e aluno.

02. FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA


O estágio é objeto de várias definições e conceitos. É condição prioritária para
o corpo docente obter o diploma de bacharel. Portanto, podemos defini-lo como uma
atividade educacional e produtiva. Todos os acadêmicos podem estabelecer a sua
própria aprendizagem e autoavaliação, porque após o estágio de ensino, há um
momento para compartilhar experiências e pensar. Desse modo, segundo o
Conselho Nacional de Educação, o estágio é visto como:

[...] tempo de aprendizagem que, através de um período de


permanência, alguém se demora em algum lugar ou ofício para
aprender a prática do mesmo e depois poder exercer uma profissão ou
ofício. Assim o estágio supõe uma relação pedagógica entre alguém
que já é um profissional reconhecido em um ambiente institucional de
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trabalho e um aluno estagiário [...] é o momento de efetivar um


processo de ensino/aprendizagem que, tornar-se-á concreto e
autônomo quando da profissionalização deste estagiário. (CONSELHO
NACIONAL DE EDUCAÇÃO, 2004)

Seguindo neste raciocínio, continua ainda Ghedin (2006, p. 226) afirmando que o
estágio:
O estágio, em nossa proposta, toma por base e assume
como princípio formativo a reflexão na ação e sobre a
reflexão na ação, em que o conhecimento faz parte da
ação, em uma apropriação de teorias que possam
oferecer uma perspectiva de análise e compreensão de
contextos históricos, sociais, culturais, éticos, políticos,
estéticos, técnicos, organizacionais e dos próprios
sujeitos como profissionais, a fim de transformar a
escola em espaço de construção da identidade
profissional vinculada à produção do conhecimento com
autonomia do professor.

Portanto, durante o estágio, temos sido aspectos de observação e


flexibilidade da prática educacional para expandir formação de professores e
pensamento, e readequar o plano de prática docente. Ou seja, é a autodefinição das
práticas, a troca de aprendizado entre o estagiário e os instrutores que são os
professores e os profissionais da instituição, desde o porteiro à coordenação da
escola. Assim, Fávero (1992, p.65) afirma que não é só frequentando um curso de
graduação que um indivíduo se torna profissional. É sobretudo, comprometendo-se
profundamente como construtor de uma práxis que o profissional se forma”. Dessa
forma as práticas pedagógicas do curso de graduação em pedagogia, é enfatizada
as dificuldades dos alunos estagiários, às vezes reflete as dificuldades de alguns
professores integrar prática e teoria, embora não exatamente as mesmas, mas com
Interdependência, onde uma consolida a outra não podendo despreza-las, mais sim,
fundi-las tornando-as uma só para um melhor conhecimento e práticas.
Por tanto, o estágio supervisionado é uma complementação das disciplinas
curriculares do curso de Pedagogia, para se compreender as práticas pedagógicas
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de um professor, consolidando de forma concreta as teorias já estudadas. Sabe-se


que só teoria não forma profissionais de verdade, ou seja, não trás os
conhecimentos necessários para que isso se faça, mas sim a prática é que
complementa todo o processo do real aprendizado.
Ao iniciar o estágio, é tudo muito complexo, onde muitos estagiários se
sentem angustiados, devido às teorias e as práticas apesar de serem diferentes,
uma complementa a outra. Nesse sentido, Mao Tsé Tung (s.d.), salienta que “o
conhecimento começa por meio da prática, porque só expondo-se a um fenômeno é
que então você pode conhecê-lo”. Às vezes, aprendemos com a experiência indireta,
como conhecimentos passados ou de outros países, mas esses são produtos da
experiência direta de outras pessoas. Por tanto, sair do contexto de uma sala de
aula e entrar em contato com o externo é que um estagiário consegue realmente
aprender e construir sua identidade, como professor. É importante ressaltar que ao
entrar na realidade da escola, surgem alguns paradigmas a serem organizados,
encontrar salas de aula e metodologias ainda tradicionais, coloca tudo o que
aprendemos no curso de Pedagogia, num processo lento. Diante dessa situação,
Faria júnior (1983) “o ensino não é mais, desta forma, simples transmissão do saber
e do saber fazer, mas sim, uma preparação genérica e progressiva para um futuro
emergente". Por tanto, a educação exige profissionais adaptados ao processo de
renovação educacional e crescimento, onde o ensino não é apenas transmissão do
conhecimento a fim de eliminar o conceito do ensino tradicional e urgente. Segundo
Pimenta e Lima (2008, p. 104):
Aprendemos na escola que o ver e o escutar de forma crítica e
reflexiva o que estava em nossa volta propicia um novo olhar.
Um olhar que escuta, ouve e aprende a ver o outro, a
realidade, cria e busca a sintonia do outro, do grupo e de
outras pessoas (Aluna do Programa Especial de Formação
Pedagógica).
Tenho muito cuidado com tudo que vou fazer lá. Poucas
possibilidades de contribuir com a escola estou conseguindo
vislumbrar. A escola já tem tantos problemas! O pessoal da
administração e os professores tentando minimamente dar
conta de suas inúmeras tarefas [...] Tenho a sensação de
estar atrapalhando (Aluna do curso de Pedagogia).
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Percebe-se assim, que através das experiências vividas durante o estágio,


fortalece os conhecimentos adquiridos, quando são compartilhados. Mas essa
sensação acontece onde o ambiente do estágio não acolhe bem os estagiários, o
que não aconteceu comigo. Concluindo, toda e qualquer experiência vivida em
sala de aula, são construtivas, fortalecendo assim, as metodologias criadas por
cada um, adicionando mais um ponto positivo. Quando esse repasse de
experiência e conhecimento acontece de forma mútua a probabilidade de
formarem profissionais eficientes será maior.

03. METODOLOGIA

Para o desenvolvimento deste relato de experiência, utilizamos da


observação, participação, regência, pesquisas bibliográficas e da elaboração de um
projeto, voltado para as atividades lúdicas e brincadeiras com músicas nas turmas
da educação infantil.

Descrevemos a importância do estágio e suas associações com a teoria e a


prática. Fizemos uso de Fávero (1992), destacando a importância do estágio na
formação do indivíduo, fazendo uma análise sobre o estagiário ser o construtor de
uma práxis, palavra de origem Grega que diz respeito a ação consciente ou refletida
do homem, a partir de suas necessidades, ou seja, o indivíduo irá construir o seu
conhecimento através da prática, destacamos outros autores, todos eles falando da
importância do estágio e sua necessidade para a formação de um bom professor.
Fica nítida a importância do estágio para a profissionalização dos acadêmicos,
sendo indispensável para a conclusão de graduação.

04. APRESENTAÇÃO DE DADOS

4.1. ESCOLA
O Centro de educação infantil, Associação Humildes Servas do Senhor
Creche São José, CNPJ: 00.399.351/0002-06, é uma Instituição que tem
propriedade privada, com dependência administrativa particular filantrópica sem fins
lucrativos, localizada a Rua: Neto Brasilino, 531, Centro, Ibaretama - CE, CEP
63970-000, possui um contrato social registrado no Registro Civil de Pessoas
Jurídicas - Cartório Domínio, sob nº 8742, em 20/01/1995. Mantida pelo Cenáculo
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Madre Elisa Baldo, sediado à Via San Giuseppe 25.085, Gavardo, Brescia, Itália, IT.
AHSS.

A Creche Escola encontra-se credenciada junto ao Conselho de Educação


do Estado do Ceará, Censo Escolar nº 23270470 para o funcionamento e
Autorização para o Curso da Educação Infantil, pela Resolução 0477/2019 com
validade até 31/12/2020.

O núcleo gestor da creche escola é formado por 01(uma) coordenadora


pedagógica, 01(uma) diretora e 01(uma) secretária escolar, todos habilitados na
área de atuação. O quadro docente é formado por professores qualificados com
nível superior/especialistas, assim como os profissionais auxiliares de apoio com
experiência para atuar na área. Em relação às crianças, são aproximadamente 50
crianças, que permanecem no local em tempo integral, com nível de infantil II, III, IV
e V.

A creche possui estrutura adequada ao curso infantil com 03 salas de aula,


todas decoradas com um banco de livros dentre outros materiais didáticos expostos
em cada sala de aula, inclusive brinquedos e coloração alegres para as crianças.
Possui cadeiras pequenas, mesinhas adaptadas à idade das crianças; banheiros
dentro das salas e banheiro feminino e masculino para a higienização das crianças,
todos adaptados à educação infantil; 01 espaço livre coberto para recreação; 01
parque Infantil, dentre outros.

Em questão de limpeza, é tudo bem organizado e limpo, cada objeto em


seu lugar, a creche oferece muito amor pelas crianças e familiares. Possui uma
certa rigidez, relacionados ao comportamento das crianças, o que identifica bem a
creche, pois sua missão é oferecer às crianças um acolhimento materno levando a
uma formação humana, religiosa, crítica e participativa no meio social.

4.2. OS EDUCADORES

O corpo docente são todas mulheres formadas na área, todas


formadas/especialistas, são profissionais responsáveis pelo desenvolvimento e
eficiência do trabalho pedagógico, promovendo ações voltadas para o
desenvolvimento moral e intelectual de seus discentes. Percebe-se que os
profissionais desenvolvem um ótimo trabalho, pois buscam sempre estar presentes
na vida e nas famílias das crianças.
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4.3. NÚCLEO GESTOR


Os membros do núcleo gestor demonstram muita receptividade, para com os
estagiários, estão sempre presentes, preocupados, amorosos e atenciosos. Durante
o período de regência, os mesmos se disponibilizaram sempre em ajudar e se
preocupam em fornecer todos os documentos necessários para o desenvolvimento
do estágio. São pessoas maravilhosas, educadas e sempre dispostas a trocar
experiências.

4.4. OS EDUCANDOS

Observou-se que os alunos são pontuais e amorosos. No começo do ano


letivo as crianças ainda estavam em adaptação, pois tinha muito choro, devido os
menores que ainda não tinham muito costume com os professores, estavam em
adaptação. São crianças amorosas e espertas, tem uma boa disciplina pois as
professoras e a coordenação cobram muito isso.

05. RELATO DE EXPERIÊNCIA

Observação: No dia 17 do mês de fevereiro de 2020, às 12h e 30min,


iniciamos as observações no Centro de educação infantil, Associação Humildes
Servas do Senhor-Creche São José, neste momento não mais como mãe de aluno,
mas como estagiária, com uma carta de apresentação.
Na portaria estava o porteiro que nos acolheu muito bem e encaminhou até
a diretoria da creche. Observou-se um silêncio que não era normal já que era ali que
estudavam as crianças. O atendimento foi feito pela coordenadora Irmã Maria de
Lourdes, que me recebeu com muito carinho e atenção. Logo após, nos apresentou
o ambiente da creche, refeitório, banheiros, ambiente externo, o parquinho e fomos
ao dormitório. Me emocionei quando vi todas aquelas crianças dormindo tão quietas,
e sempre monitoradas pelas professoras que aproveitam esse momento para
planejar a aula do outro dia, pois alegam que é um dos únicos momentos disponíveis
pois trabalham em tempo integral. Depois disso, conhecemos as salas, as crianças e
fomos assinar os papéis para os trâmites do estágio.
No dia seguinte, finalmente fomos ver o que é realmente ser professor e
conhecer seus desafios e o que são enfrentados em sala de aula. Chegamos no
mesmo horário do dia anterior, as crianças estavam dormindo, as professoras
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monitorando-as e fazendo seus planos de aula. Logo após, as crianças acordaram,


outras foram despertadas e orientadas a recolher seus cobertores, pois as mesmas
os trazem de casa que os familiares compram e mandam para a creche, só levam
nos finais de semana para as famílias levarem. Logo após, as crianças guardarem
seus cobertores, fomos para a sala de aula, onde a professora fez uma oração junto
com as crianças, depois chegou a hora do lanche, na sala mesmo. Foi realizada
uma pequena atividade no livro. Ao terminar as tarefas as crianças pegaram os
brinquedos que estão expostos nas prateleiras da sala, brincaram um momento e
guardam em seus devidos lugares. Logo após as crianças foram orientadas a irem
para o refeitório, os meninos com uma professora e as meninas com outra que no
caso seria eu. As crianças esperaram seus pais no refeitório, sempre monitoradas
por uma das professoras. Observei que as irmãs sempre recebem os pais no portão
da escola, pois entende que tem que demonstrar que se importam, e realmente se
importam com as crianças.
Durante o período de observação, percebeu-se que as aulas eram sempre
no livro, talvez devido o estágio ter sido no horário da tarde, entende-se que quando
uma escola é em tempo integral, a parte da tarde é recreação, ou seja os
professores passam só um complemento do que foi estudado pela manhã, ou
reforço ou recreação com atividades lúdicas. Notei que as salas são bem decoradas,
com ambiente propício ao processo de alfabetização, com letras e número ilustrados
na parede, materiais à disposição das crianças, menos os materiais mais perigosos
como os com ponta que são guardados no armário. As crianças são participativas,
gostaram de uma professora nova, sempre carinhosa e receptível.
Participação: No dia 28 de fevereiro, após o carnaval, começou o estágio de
participação, no que pra mim sempre foi participação e regência, pois nunca só
observei, sempre tentei fazer as mesmas coisas que as professoras faziam. Mas
dentro das normas objetivei o meu estágio de participação neste dia.
Neste mesmo dia me deparei com conflitos relacionados ao plano de aula
conforme a BNCC e os conflitos e a resistência dos professores com as mudanças.
Eu não tinha muita experiência, mas aprendi junto com elas. Então foi combinado
que no dia seguinte, haveria formação dos professores, pois mesmo a creche sendo
em tempo integral, nas sextas de quinze em quinze dias há um tempo para a
formação dos professores.
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Foi aí que então, foram repassadas todas as orientações necessárias para a


construção do plano de aula de acordo com as normas da BNCC, e eu estava lá
aprendendo junto com elas e fizemos um plano de aula juntas. Foi aí que eu
compreendi que a educação está sempre sendo renovada, e que todos os
professores têm que acompanhar o que está acontecendo, se renovar, não se pode
ficar para trás e que o professor nunca para de estudar.
Regência: A regência teve início no dia 02 de março, foram momentos
inesquecíveis onde pôde-se trabalhar o projeto da música Pipoca elaborado por
mim, durante o estágio. Com a ajuda da professora orientadora, o projeto foi
aplicado com sucesso, todas as crianças amaram, e a professora também.
Foi o momento de colocar em prática tudo o que aprendi com as teorias na
durante o curso Pedagogia e pude sentir o que é realmente ser professor. Vou levar
essa experiência por toda a minha história, aprendi habilidades significativas que
não posso esquecer. O projeto com a música Pipoca, voltado para a educação
infantil no processo de alfabetização da matemática e auxiliando no processo de
adaptação das crianças nos primeiros dias de aula, contou com atividades lúdicas,
corte colagem, dança, musicalidade, atividades que estimulam a coordenação
motora de um modo geral, além contagiar o raciocínio dentre outros.
Foi muito satisfatório a experiência de estar com as crianças, sendo
professora, e tendo a experiência de aplicar um projeto feito com muito carinho por
mim, e que deu tudo certo, sem precisar de muitos materiais, foi realizado e aplicado
um projeto para ajudar as crianças e principalmente me ajudar.

06. CONCLUSÃO

Bom, para finalizar meu relatório, quero dizer que estou muito feliz por ter
sido tão bem acolhida por todos da creche, desde o porteiro até a coordenação, feliz
em ter a oportunidade de conhecer pessoas maravilhosas e de bom coração. Desde
o início fui muito bem recebida, as irmãs da instituição são muito carinhosas e
acolhedoras.
Ser responsável por uma parte da formação e desenvolvimento das crianças
nos faz refletir sobre as nossas práticas. Entendi que somos espelho e que as
crianças refletem em nós, nas nossas atitudes ou na falta delas. Percebi que as
crianças são mais sensíveis à percepção do que muitas pessoas pensam.
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Por tanto o estágio deve ser valorizado e respeitado, pois é através dele que
nos conhecemos, que temos a oportunidade de nos testar, pois teoria não nos
profissionaliza, mais sim o estágio, a prática. É através da prática que construímos
nossas metodologias, nossas habilidades que serão levadas por toda nossa carreira.
Isso não quer dizer que nossa metodologia nunca mude ou possa mudar, muda sim,
através de outras práticas, de outras experiências, de outras necessidades e
oportunidades.

BIBLIOGRAFIA

PIMENTA, Selma Garrido; LIMA, Maria Socorro Lucena. Estágio e Docência/ Selma
Garrido Pimenta, Maria Socorro Lucena Lima. 3. Ed. São Paulo: Cortez, 2008.

(Coleção docência em formação. Série de saberes pedagógicos).

FÁVERO, Maria L.A. Universidade e estágio curricular: subsídios para discussão.


In: ALVES, Nilda (org.) Formação de professores: pensar e fazer. São Paulo:
Cortez, 1992. P.53-71.

FARIA JÚNIOR., Alfredo G. Licenciados em educação física e seus estilos de


ensino. In: Encontro nacional de prática de ensino. São Paulo:Atas/FEUSP, v.2,
1983. P.353-60. TUNG, Mao-tsé. Sobre a prática: sobre a relação entre o
conhecimento e prática, a relação entre conhecer e agir. São Paulo: Centro
Acadêmico das Ciências Sociais da Universidade de São Paulo, s.d. 7p. (Mimeogr.)

GHEDIN, E. A articulação entre estágio-pesquisa na formação do professor-


pesquisador e seus fundamentos. In: BARBOSA, R. L. L. (Org.). Formação de
educadores: artes e técnicas – ciências e políticas. São Paulo: UNESP, 2006.

BRASIL. CONSELHO NACIONAL DE EDUCAÇÃO. Diretrizes Curriculares


Nacionais para a Formação de Professores da Educação Básica, em nível superior,
curso de licenciatura, de graduação plena. Parecer CNE/CP 009/2001. Brasília, DF,
maio de 2001.

BRASIL. CONSELHO NACIONAL DE EDUCAÇÃO. Parecer CNE/CP 21/2001.


https://www.unicead.com.br/areadoaluno/file.php/1/Biblioteca_Virtual/Temas_e
ducacionais/piaget_psicologia_e_pedagogia.pdf
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ANEXOS
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FACULDADE DO COMPLEXO EDUCACIONAL SANTO ANDRÉ


PROGRAMA ESPECIAL DE EXTENSÃO UNIVERSITÁRIA- PROEX

CURSO DE PEDAGOGIA

PROJETO PIPOCA
EDUCAÇÃO INFANTIL

ESTÁGIO SUPERVISIONADO I

MARAJANE LIMA

IBARETAMA - CE
2021
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JUSTIFICATIVA

Lavar a musicalidade para as crianças, a partir da música “Pipoca” do CD


“conversa de bicho” de Kitty Driemeyer, utilizando a música na educação infantil
no processo de alfabetização da criança à matemática e auxiliando no processo
de adaptação das crianças nos primeiros dias de aula.

Como todo processo de adaptação dos pequenos nas primeiras semanas


de aula é árduo e doloroso tanto para as crianças, pais e educadores, elaborei um
projeto com o objetivo de ajudar ambas as partes, corpo docente e discente, que
irá também colaborar para o professor fazer um diagnóstico de aprendizagem das
crianças. Será desenvolvida com crianças da Educação Infantil a partir de 4 anos,
estimulando a coordenação motora fina e coordenação motora grossa, no
processo ensino e aprendizagem.

É importante ressaltar que durante a aplicação do projeto com a música


pipoca, as crianças irão desenvolver ideias de regras a serem seguidas onde são
passos importantes posteriores à adaptação das crianças na escola, pois a
maioria não dispõe desse tipo de situação em casa ou na sociedade em que as
mesmas estão inseridas.

Por tanto falar o projeto além de ser uma brincadeira com música, tem
seus objetivos propostos, visto que para as crianças é só uma simples
brincadeira, mais para a educação em sí, propõe seus objetivos e metas à se
alcançar.

CARACTERIZAÇÃO DA UNIDADE DE ENSINO DO CAMPO DE ESTÁGIO


ASSOCIAÇÃO HUMILDES SERVAS DO SENHOR - CRECHE SÃO JOSÉ
Situada na zona urbana na Rua Neto Brasilino - 531, Bairro Centro, Cidade de
Ibaretama-Ceará

PROJETO MÚSICA PIPOCA

PUBLICO ALVO: 04 ANOS EDUCAÇÃO INFANTIL

OBJETIVO GERAL:

Facilitar o processo de adaptação das crianças da Educação Infantil nas


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primeiras semanas de aula, extrovertido e ajudar as crianças no cumprimento de


regras, diagnosticar e auxiliar na alfabetização da matemática.

OBJETIVOS ESPECÍFICOS:

 Estimular a atenção
 Estimular o foco no olhar
 Estimular a coordenação motora fina e coordenação motora grossa
 Identificar quantidades
 Identificar palavras parecidas
 Contar número e quantidades
 Socializar
 Cumprir regras
 Estimular a atenção
 Estimular a concentração
 Auxiliar no processo de ensino e aprendizagem
 Trabalhar a adaptação infantil
 Avaliar os níveis deaprendizagem

METODOLOGIA:

Trabalho elaborado por meio de pesquisa bibliográfica, em sites


educativos e no YouTube nos sites de músicas educativas e execução de
atividades posteriormente citadas.

1° Dia: Conversar informalmente com as crianças sobre pipoca,


estimulando a dizerem se gostam ou não, do que é que é feito, e de onde
vem. Explicar o processo desde o começo, do plantio do milho ao processo
final da pipoca e finalmente a apresentação da música.

Estimule a pensar que a elaboração da pipoca é um processo a ser


seguido, que tem regras a serem seguidas até chegar ao processo final.

Compare esse processo com a vida das crianças na escola, que tem
suas etapas.

Explique cada etapa da elaboração da pipoca comparando a


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convivência das crianças na escola, relacionando horários, etapas do tempo e


das atividades que iriam fazer na escola, até chegar a fase ou etapa final, que
é a volta deles para casa e que seus familiares viram os buscar e eles irão
voltar para casa, para sua família, fazendo assim eles terem noção de que
aquele momento na escola dura um certo tempo e que chegará a hora de
voltarem para casa e levarem sua vida normalmente.

É importante que nessa fase, os professores já tenham confeccionado


e expostos cartazes de rotina, que também tenham figuras de pipoca ou
relacionados a pipoca.

Apresentar a música para eles já irem se familiarizando, o que


facilitará o processo dos dias posteriores com o projeto.

2° Dia: Apresentação da música

Conversa informal sobre o dia anterior, relembrar todos o processo da


pipoca, relacionando à rotina deles na escola.

Convidá-los a cantar a música.

Escrever no quadro a palavra pipoca.

Chamar a atenção com perguntas sobre o som que a pipoca faz quanto
estoura (poc) e escrever no quadro.

Perguntar quantas vezes a pipoca faz “poc" na primeira vez, segunda,


terceira, quarta e quinta, sempre anotando no quadro, um abaixo do outro, e
depois contar com toda a turma em cada etapa (desenhar a quantidade de pipoca
em cada quantidade).

Colocar a música novamente e treinar com as crianças.

Deixar a música rolar e brincar com as crianças de várias formas: pulando


a cada quantidade de “poc" que a pipoca dá, com as mãos, com a boca, com os
pés, dentre outros.
Nesse momento é hora de o professor fazer uma avaliação de observação
de atitudes ou falta delas nas brincadeiras com as crianças, prestando atenção na
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interação, na coordenação motora grossa e fina, se elas estão pulando, fazendo


gestos, até mesmo gritando com euforia, é porque está tudo certo.

3° Dia: Dinâmica com garrafas pet

Receber as crianças com carinho e afeto, passando segurança como se


fizéssemos parte de sua família.

É importante que sempre ao início das aulas, que o professor faça uma
revisão da aula anterior para os alunos, isso pode acontecer através de
perguntas como: quem lembra? Vocês gostaram? Para que o processo não seja
quebrado e para que haja uma sequência, no que resultará num melhor
resultado.

Explicar para os alunos que tudo no mundo tem um som, assim como a
pipoca que estoura.

Fazer perguntas sobre quais objetos que eles conhecem que faz barulho
e que sim faz e pedir que façam com a boca.

Dar para cada criança, uma garrafa pet pequena.

Esperam as perguntas e respondê-las, despertando curiosidades.

Relembrar do que é feita a pipoca.

Mostrar os milhos em um recipiente.

Aguardar as perguntas e perguntar o que eles acham que vamos fazer


com o milho e uma garrafa pet, caso não lembrem, relembrar sobre o barulho
que os objetos fazem, e quando entram em contato com outro objeto, o som que
eles fazem.

Pedir que coloquem dez caroços de milho dentro da garrafa, um de cada


vez e contando junto com a turma. É importante que o professor faça essa
contagem junto com a turma, não é necessário que acertem a quantidade, mais
que tenham noções de contagem, e uns que já tem noções, instruam outros que
não tem, por que não são só os professores que ensinam, eles ensinam também
e principalmente uns aos outros, o que estimula o trabalho coletivo, a atenção, a
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concentração e a socialização uns com os outros.

Pedir que balancem a garrafa e perguntar que barulho faz.

Relatar sobre a quantidade de estouros das pipocas que antes faziam


com a mão, boca, pulos e pés, no dia anterior, que agora será feito com o milho.

Treinar os comandos da música de acordo com a quantidade de


estouros, com o auxílio das palavras anotadas no quadro e com o desenho das
pipocas no quadro, estimulando a concentração, atenção, foco no olhar, e
cumprimento de regras.

Tocar a música e fazer os comandos com a garrafa, cada “poc” balança


a garrafa de acordo com a quantidade.

Entregar o texto da música.

Registro de atividade de identificação da palavra PIPOCA no texto.

4° Dia: Atividade de corte e colagem e fazer a festa comendo pipoca.

Prestar atenção no comportamento das crianças, fazendo um diagnóstico


em relação a afetividade e socialização entre os colegas e professores e a
diminuição do choro.

Revisão da aula anterior.

Dinâmica de andar até o caminho do pipoqueiro, onde o aluno irá andar


em cima de uma corda até chegar ao pipoqueiro, estimulando assim, a
coordenação motora para facilitar nas atividades posteriores.

Atividades de corte e colagem, onde o aluno irá cortar as pipocas


imprimidas em uma folha e depois colar no texto da música de acordo com a
quantidade de estouros das pipocas em cada quadrinho. Cada quadrinho uma
pipoca.

Fazer uma revisão, pegando o chocalho de garrafa pet.

Cantar a música, tocando na atividade, toda vez que fizer “poc”, os alunos
irão tocar em uma pipoca na atividade com o dedo.
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Levar as crianças para o refeitório para encerrar o projeto, fazendo pipoca


junto com elas, com cuidado sempre, explicando sobre o processo da pipoca e a
prevenção de acidentes também.

PRESSUPOSTOS TEÓRICOS - METODOLÓGICOS.

O lúdico, de uma forma geral, mais especificamente a música, em sala de


aula é uma proposta que vai além da motivação, pois abre espaço para diversas
oportunidades e contribui para o desenvolvimento integral da criança. Tem
significado pedagógico, pode ser um importante elemento auxiliar na aprendizagem
da escrita e da leitura, criando o gosto pelas várias disciplinas estudadas,
desenvolvendo a coordenação motora (ritmo), contribuindo para a formação do
conceito, desenvolvimento da autoestima e interação mútua. A presença da música
na vida das crianças é indispensável, pois desde cedo as mesmas já têm contato
com músicas e sons, o que auxilia no seu desenvolvimento. De acordo com o
Referencial Nacional (1998,p. 47,48):

A música nas instituições educacionais vem atendendo, ao longo da


história, a vários objetivos, como: formação de hábitos e comportamentos,
festividades, datas comemorativas, memorização de conteúdo traduzidos em
canções. Isso reforça o aspecto mecânico, estereotipado da imitação, não
deixando espeço para as atividades de crianças ligadas à percepção e
conhecimento das possibilidades e qualidades expressivas nós sons. A música
acaba sendo tratada como um produto pronto, e não como uma linguagem, um
meio de expressão e forma de conhecimento acessível aos bebês e criança nas
diferentes idades.

Sendo assim é importante ressaltar que ao aplicar recursos como a música,


é necessário o planejamento com objetivos específicos, para um melhor resultado,
levando em consideração que a musicalidade tem seu papel importante e várias
maneiras de se utilizar, em todas as idades.

RECURSOS NECESSÁRIOS.

 Corda
 Cola e tesoura sem ponta
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 Caixa de som e Internet


 Garrafas pet e grãos de milho
 Folhas de papel A4
 Música (Pipoca)

ATIVIDADE

 Roda de conversa sobre a música


 Dança com a música
 Atividade de corte e colagem
 Brincadeiras
 Dinâmicas

AVALIAÇÂO
A avaliação será realizada permanentemente comprometida com o
desenvolvimento das crianças. Será observado o desempenho das crianças,
socialização, coordenação motora e diminuição do choro.

BIBLIOGRAFIA
PENHA, M. Reavaliação e buscas em musicalização. São Paulo: Loyola,
1990.____.Referencial Curricular Nacional para a Educação Infantil. V.3. Brasília:
MEC/ SEF, 1998

Driemeyer. 1 vídeo (1:59). Pipoca, publicado pelo canal Kitty Driemeyer, 2018.
Disponível em: https://youtu.be/cEr8V7YaSrU. Acesso em: 19 de fevereiro, 2020.
CRONOGRAMA
MES/ETAPAS Janeiro Fevereiro Março Abril

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Pesquisa
X
Bibliográfica
Elaboração do
X
projeto
Apresentação do
X
projeto

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