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Faculdade de Minas
Sumário
NOSSA HISTÓRIA ......................................................................................................................... 3
8. ORNAMENTO........................................................................................................................... 30
9. REFERÊNCIAS ........................................................................................................................ 31
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NOSSA HISTÓRIA
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1. PERCEPÇÃO MUSICAL
Sabemos que a maioria das pessoas ao nosso redor, ao ouvir músicas em casa,
em um show ou em um momento de descontração qualquer, tem certa facilidade em bater
os pés, acompanhando o ritmo da música. Esse é exatamente um exemplo de o que
Penna (2010, p.31) denomina “apreender o material musical como significativo”, uma vez
que se trata de processar o estímulo musical (que nada mais é do que uma onda sonora
decodificada pelos ouvidos), interpretando-o e enviando o comando aos pés para que
batam no pulso ( ritmo regular da canção), o que só acontece se o indivíduo tiver um
mínimo grau de educação musical, mesmo que não formal. Isso nos leva novamente à
definição de musicalização: trata-se de uma abordagem em que o indivíduo se envolve
com os elementos da linguagem musical, por meio de jogos musicais, como cantos,
arranjos instrumentais, danças, audições, exercícios de movimentação corporal, etc. Ou
seja, é uma abordagem lúdica, divertida, em que se aprende música fazendo música, isto
é, a música é o foco da atenção na aula. E o que são, nesse caso, os “elementos da
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linguagem musical”? Se nas artes visuais podemos destacar elementos como os pontos,
as linhas, os planos, as cores; ou nas artes cênicas, os atores, o cenário, o figurino e a
performance; no caso da música, os elementos fundamentais são as propriedades do
som: duração (o quanto um som é mais curto ou mais longo do que outro), a intensidade
(mais forte ou mais fraco), a altura (mais grave ou mais agudo) e o timbre. Considerando
o som como matéria-prima da música, temos ainda um segundo nível de elementos
fundamentais – as propriedades de uma música: o andamento (o grau de velocidade de
uma música), a dinâmica (a intensidade de uma música ou trecho musical), a densidade
(a quantidade de sons produzidos simultaneamente em uma música), a textura (resultado
da combinação de diferentes sons em uma música). Além desses elementos, há ainda, a
forma musical, que consiste na organização dos sons na música, em frases, temas e
partes. A musicalização, portanto, é uma abordagem em que tudo isso é ensinado a partir
de uma infinidade de estratégias, e que um conceito pedagógico importante na educação
musical é o jogo musical. Trata-se do uso de atividades, em aula, que possuem duas
funções simultâneas: uma função lúdica (o divertimento do jogo) e uma função
pedagógica (o conteúdo a ser aprendido). Por meio do jogo, o indivíduo se envolve com o
conteúdo a ponto de “aprender brincando”. A pesquisadora Beatriz Ilari afirma que,,
“quando utilizado de forma lúdica, participativa e nãocompetitiva, o jogo educativo pode
constituir uma fonte rica de aprendizado, motivação e neurodesenvolvimento” (ILARI,
2003, p.15).
Enfim, a audição musical ativa, como lembra Palheiros (1995), é um processo que
implica o envolvimento ativo do ouvinte, e para o qual são necessárias a experiência e a
aprendizagem. Em outras palavras, a audição é parte fundamental do processo de
musicalização de um indivíduo, e por essa razão, os nossos estudos levarão em conta, a
partir da próxima unidade, os pensamentos de uma série de autores que consideram tão
importante o emprego da apreciação musical em aulas de música, e que nos darão pistas
de como transformar um momento aparentemente “passivo” em algo altamente
significativo para a educação musical.
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Tudo o que escutamos, de ruídos aos sons mais agradáveis, passa por elementos
que os classificam e modelam como propriedades sonoras. Essas propriedades dão
forma e cor ao som. Através dessas propriedades é que se torna possível notar sons mais
fortes, fracos, agudos, graves, longos ou curtos. É também daí que percebemos as
características que diferem as particularidades sonoras de cada voz ou instrumento, ou
seja, o timbre. Vamos ver como tudo isso acontece?
A altura de um determinado som refere-se à sua frequência. Ou seja, quanto
maior a frequência, mais agudo será o som e quanto mais baixa, mais grave será o som
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produzido. A voz do homem tem frequência que varia entre 100 Hz e 200 Hz e a da
mulher, entre 200 Hz e 400 Hz. Portanto, a voz do homem costuma ser grave, ou grossa,
enquanto a da mulher ser aguda, ou fina.
Nos instrumentos cujo som é produzido a partir da vibração de cordas, a frequência
depende do comprimento, da espessura e da tensão (estiramento) da corda. Assim
sendo, quanto mais curta, mais fina e mais estirada a corda de um determinado
instrumento, mais rápida será́ a sua vibração e, por conseguinte, mais agudo será́ o seu
som. Podemos exemplificar como instrumentos de corda, cuja frequência é aguda, o
violino, o cavaquinho, o bandolim, a viola clássica, a viola caipira, entre outros. Em
relação aos instrumentos de corda com frequência grave encontram-se o baixo acústico e
o baixo elétrico. Alguns instrumentos caracterizam-se por possuírem uma ampla
frequência, sendo capazes de produzir notas graves e agudas no mesmo instrumento. É o
caso do piano, que pode tocar notas extremamente graves e também muito agudas.
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sons com grande amplitude sonora, é o caso do violão, cujo volume é naturalmente baixo.
Porém, em todos os instrumentos, a intensidade é controlada pela força com que o músico
produz o som de uma determinada nota musical. Nos instrumentos eletrônicos, essa
sensibilidade se restringe e o volume também passa a ser controlado de maneira eletrônica
intensidade do som é expressa em Decibéis (dB). Os sons muito intensos são
desagradáveis ao ouvido humano. Sons com intensidades acima de 130 dB provocam
uma sensação dolorosa e sons acima de 160 dB podem romper o tímpano e causar
surdez. Notaram a diferença entre intensidade e altura? É muito comum as pessoas
pensarem que um som alto é o mesmo que se referir ao volume. ERRADO! O correto é
relacionar volume com a INTENSIDADE.
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em vibração, além de vibrar em sua totalidade, também produz vibrações em suas duas
metades, em seus três terços, em seus quatro quartos, e assim por diante.
Dessa forma, diversas ondas de menor intensidade e de frequências mais altas
são somadas à frequência inicial. A resultante destas vibrações de um corpo sonoro é um
dos principais fatores na formação do timbre de um determinado instrumento.
3. NOTAÇÃO MUSICAL
3.1 Pauta ou Pentagrama
São linhas usadas acima ou abaixo da pauta para representar notas mais graves
ou mais agudas, que ultrapassem os limites do pentagrama.
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Além das cinco linhas e dos quatro espaços da pauta natural, existem ainda linhas
e espaços situados acima ou abaixo da pauta natural para auxiliá-la em sua extensão.
Formam, respectivamente, as pautas suplementares superior e inferior.
3.3 Claves
CLAVE DE SOL Escrita na 2ª linha. Há algum tempo atrás, também era usada na
1ª linha.
CLAVE DE FÁ É escrita na 3ª ou na 4ª linha.
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Cifras: símbolos que representam a nota em que está fundado um acorde e seu tipo
de organização (maior, menor etc.) Os nomes da nota fundamental da tríade são
representados com seu antigo nome, ainda vigente nos países anglo-saxões
(Inglaterra, Alemanha etc.):
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EXEMPLO DE CIFRAS
3.5 Valores
Cada figura de SOM tem sua respectiva PAUSA que lhe corresponde ao mesmo
tempo de duração. Vejamos, por exemplo, se uma semibreve tiver 4 tempos, a pausa de
semibreve também terá 4 tempos. Demonstração:
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As figuras que representam os valores das notas têm duração indeterminada, isto
é, não têm valor fixo. Quem os determinará será uma fração ordinária escrita após a clave
e os acidentes fixos que é chamada de FÓRMULA DE COMPASSO
A Fórmula de Compasso é um elemento da grafia musical que se relaciona com
aspectos rítmicos da composição. Podemos considerar, de uma forma geral, que a
Música Tonal Ocidental obedece não só relações específicas de harmonia e melodia, mas
também em relação à sua forma e à sua métrica.
Dessa maneira, cada composição possui uma regularidade métrica em relação às
suas acentuações. Ou seja, de quantos em quantos pulsos percebe-se um acento mais
forte (métrica musical), criando assim, ciclos de tempos, com uma determinada
quantidade de pulsos, a que chamamos de Compasso. Em uma partitura, os compassos
são delimitados utilizando um traço vertical chamado de Barra de Compasso.
A Fórmula de Compasso é uma fração colocada no início da pauta, logo após a
clave, cujo numerador indica a quantidade de pulsos que formarão um compasso, cuja
acentuação forte acontece sempre no primeiro pulso. Já o denominador da fração
corresponde ao número representativo de uma figura rítmica, que será considerada a
Unidade de Tempo do compasso.
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4.4 LIGADURAS
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No exemplo acima a mínima pontuada está valendo uma Mínima e mais uma
Semínima (metade da mínima), uma vez que o PONTO serve para aumentar a metade do
valor da figura.
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5. TOM E SEMI-TOM
Tom e semitom são medidas intervalares usadas para classificar a distância entre
duas notas. Acompanhe os conceitos:
SEMITOM – É o menor intervalo existente entre dois sons que o ouvido humano
ocidental pode perceber e classificar.
TOM – É o intervalo existente entre dois sons, formado por dois semitons.
I grau....................TÔNICA
II grau...................SUPERTÔNICA
III grau..................MEDIANTE
IV grau.................SUBDOMINANTE
V grau..................DOMINANTE
VI grau.................SUPER DOMINANTE
VII grau................SENSÍVEL
VIII grau...............TÔNICA
Nos instrumentos de teclado, a distância entre uma tecla branca ou preta e sua
tecla vizinha imediata é sempre de semitom. Nos instrumentos que utilizam
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O primeiro grau da escala é o mais importante. Todos os demais graus têm com
ele afinidade absoluta. É o grau quem dá seu nome à escala e quem a termina de um
modo completo, sem nada deixar a desejar. Temos, por exemplo, a nota DÓ em função
de Tônica. Esta escala é, portanto, chamada de ESCALA de DÓ ou escala em tom de
DÓ.
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Dá-se o nome de acidente ao sinal que se coloca antes de uma nota para
modificar-lhe a entoação. São sinais utilizados para modificar a altura de determinada
nota. São usados do lado esquerdo da nota que se quer mudar a altura, ou ao lado da
clave no começo da partitura. Nesse caso, geram a Armadura de Clave de uma
determinada tonalidade, e que será estudada mais adiante. Os sinais de alteração são:
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5.4 Acentuação
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EXEMPLO
5.5 Síncope
Se uma nota executada em tempo fraco ou parte fraca de tempo for prolongada ao
tempo forte ou parte forte do tempo seguinte, teremos o que se chama de SÍNCOPE. A
SÍNCOPE produz efeito de deslocamento da acentuação natural. A SÍNCOPE pode ser
REGULAR ou IRREGULAR.
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5.6 Contratempo
5.7 Quiálteras
As quiálteras podem ser constituídas por figuras de diferentes valores, ou ainda por
valores de som e pausas entremeadas. Há duas espécies de quiálteras:
AS AUMENTATIVAS e AS DIMINUTIVAS
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6. ARTICULAÇÃO
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A FERMATA é um sinal que colocado acima ou abaixo de uma nota, indica que se
deve prolongar a duração do som por mais tempo do que o seu valor estabelecido. Não
tem duração determinada, isto é, varia de acordo com a interpretação do executante ou a
critério do regente. Pode-se ainda acrescentar sobre a fermata as palavras LONGA ou
CURTA, indicando uma sustentação maior ou menor do som. Também se pode colocar a
FERMATA sobre uma PAUSA. Neste caso a fermata passa a chamar-se SUSPENSÃO.
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7. INTENSIDADE
PIANO – ( p ) suave
PIANÍSSIMO ( pp ) suavíssimo
FORTE ( f )
DIMINUINDO - ( DIM )
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8. ORNAMENTO
NOTAS REAIS são todas aquelas que fazem parte integrante da melodia.
Desenhos musicais que enfeitam ou embelezam uma melodia ou acorde:
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9. REFERÊNCIAS
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