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LINGUAGEM E ESTRUTURAÇÃO MUSICAL

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Sumário
NOSSA HISTÓRIA ......................................................................................................................... 3

1. PERCEPÇÃO MUSICAL ............................................................................................................. 4

1.1 CONSTITUIÇÃO E CONCEITOS MUSICAIS.................................................................. 6


2. INTRODUÇÃO A PROPRIEDADE DO SOM: FREQUÊNCIA, INTENSIDADE E TIMBRE .......... 6

3. NOTAÇÃO MUSICAL ....................................................................................................... 9


3.1 PAUTA OU PENTAGRAMA ............................................................................................ 9
3.2 LINHAS SUPLEMENTARES........................................................................................... 9
3.3 CLAVES........................................................................................................................ 10
3.4 NOTAS MUSICAIS ....................................................................................................... 13
3.5 VALORES ..................................................................................................................... 14
4. FIGURAS RITMICAS E FORMAS DE COMPASSO ....................................................... 15
4.1 FÓRMULAS DE COMPASSO ....................................................................................... 16
4.2 COMPASSOS SIMPLES............................................................................................... 17
4.3 COMPASSOS COMPOSTOS ....................................................................................... 18
4.4 LIGADURAS ................................................................................................................. 18
4.4 PONTO DE AUMENTO ................................................................................................ 19
5. TOM E SEMI-TOM.................................................................................................................... 20

5.1 SINAIS DE ALTERAÇÃO OU ACIDENTES .................................................................. 22


5.2 SEMITOM CROMÁTICO E SEMITOM DIATÔNICO ..................................................... 23
5.3 NOTAS ENARMÔNICAS OU ENARMONIA.................................................................. 24
5.4 ACENTUAÇÃO ............................................................................................................. 24
5.5 SÍNCOPE................................................................................................................................ 25

5.6 CONTRATEMPO .................................................................................................................... 26

5.7 QUIÁLTERAS ............................................................................................................... 26


6. ARTICULAÇÃO ........................................................................................................................ 27

6.1 LINHA DE OITAVA ....................................................................................................... 28


7. INTENSIDADE .......................................................................................................................... 29

8. ORNAMENTO........................................................................................................................... 30

9. REFERÊNCIAS ........................................................................................................................ 31

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NOSSA HISTÓRIA

A nossa história inicia com a realização do sonho de um grupo de empresários, em


atender à crescente demanda de alunos para cursos de Graduação e Pós-Graduação.
Com isso foi criado a nossa instituição, como entidade oferecendo serviços educacionais
em nível superior.

A instituição tem por objetivo formar diplomados nas diferentes áreas de


conhecimento, aptos para a inserção em setores profissionais e para a participação no
desenvolvimento da sociedade brasileira, e colaborar na sua formação contínua. Além de
promover a divulgação de conhecimentos culturais, científicos e técnicos que constituem
patrimônio da humanidade e comunicar o saber através do ensino, de publicação ou
outras normas de comunicação.

A nossa missão é oferecer qualidade em conhecimento e cultura de forma confiável


e eficiente para que o aluno tenha oportunidade de construir uma base profissional e
ética. Dessa forma, conquistando o espaço de uma das instituições modelo no país na
oferta de cursos, primando sempre pela inovação tecnológica, excelência no atendimento
e valor do serviço oferecido.

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1. PERCEPÇÃO MUSICAL

Assim como qualquer área do conhecimento, a música tem seus fundamentos


básicos e suas terminologias específicas, cujo aprendizado, para muitas pessoas, é a
base para que se considere que um indivíduo tenha “formação musical”. Mas a formação
musical é menos do que isso, e ao mesmo tempo, muito mais: para deliciar-se com a arte
musical, o que precisamos é tocar, cantar, criar, e, acima de tudo, escutar. É inegável que
a apropriação da teoria musical pode sofisticar de forma significativa essa formação, mas
é a partir da vivência e da experiência com música que construímos uma verdadeira
relação com essa arte. E o que seria da música se não considerássemos o ato da
apreciação, da escuta? O ouvir é, na maioria das vezes, fundamental para uma
aproximação dos indivíduos com a arte, pois é a partir dessa ação que o estímulo sonoro
é interpretado, pelo cérebro, como “música”. Curioso é o fato de que, no contexto escolar,
muitas vezes, nos deparamos com um ensino de música que deixa de lado a audição,
dando destaque para as tarefas de execução (cantar, tocar, dançar), ou ainda, trata a
audição como um momento passivo, apenas de relaxamento, na aula de Artes.

Sabemos que a maioria das pessoas ao nosso redor, ao ouvir músicas em casa,
em um show ou em um momento de descontração qualquer, tem certa facilidade em bater
os pés, acompanhando o ritmo da música. Esse é exatamente um exemplo de o que
Penna (2010, p.31) denomina “apreender o material musical como significativo”, uma vez
que se trata de processar o estímulo musical (que nada mais é do que uma onda sonora
decodificada pelos ouvidos), interpretando-o e enviando o comando aos pés para que
batam no pulso ( ritmo regular da canção), o que só acontece se o indivíduo tiver um
mínimo grau de educação musical, mesmo que não formal. Isso nos leva novamente à
definição de musicalização: trata-se de uma abordagem em que o indivíduo se envolve
com os elementos da linguagem musical, por meio de jogos musicais, como cantos,
arranjos instrumentais, danças, audições, exercícios de movimentação corporal, etc. Ou
seja, é uma abordagem lúdica, divertida, em que se aprende música fazendo música, isto
é, a música é o foco da atenção na aula. E o que são, nesse caso, os “elementos da

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linguagem musical”? Se nas artes visuais podemos destacar elementos como os pontos,
as linhas, os planos, as cores; ou nas artes cênicas, os atores, o cenário, o figurino e a
performance; no caso da música, os elementos fundamentais são as propriedades do
som: duração (o quanto um som é mais curto ou mais longo do que outro), a intensidade
(mais forte ou mais fraco), a altura (mais grave ou mais agudo) e o timbre. Considerando
o som como matéria-prima da música, temos ainda um segundo nível de elementos
fundamentais – as propriedades de uma música: o andamento (o grau de velocidade de
uma música), a dinâmica (a intensidade de uma música ou trecho musical), a densidade
(a quantidade de sons produzidos simultaneamente em uma música), a textura (resultado
da combinação de diferentes sons em uma música). Além desses elementos, há ainda, a
forma musical, que consiste na organização dos sons na música, em frases, temas e
partes. A musicalização, portanto, é uma abordagem em que tudo isso é ensinado a partir
de uma infinidade de estratégias, e que um conceito pedagógico importante na educação
musical é o jogo musical. Trata-se do uso de atividades, em aula, que possuem duas
funções simultâneas: uma função lúdica (o divertimento do jogo) e uma função
pedagógica (o conteúdo a ser aprendido). Por meio do jogo, o indivíduo se envolve com o
conteúdo a ponto de “aprender brincando”. A pesquisadora Beatriz Ilari afirma que,,
“quando utilizado de forma lúdica, participativa e nãocompetitiva, o jogo educativo pode
constituir uma fonte rica de aprendizado, motivação e neurodesenvolvimento” (ILARI,
2003, p.15).

Enfim, a audição musical ativa, como lembra Palheiros (1995), é um processo que
implica o envolvimento ativo do ouvinte, e para o qual são necessárias a experiência e a
aprendizagem. Em outras palavras, a audição é parte fundamental do processo de
musicalização de um indivíduo, e por essa razão, os nossos estudos levarão em conta, a
partir da próxima unidade, os pensamentos de uma série de autores que consideram tão
importante o emprego da apreciação musical em aulas de música, e que nos darão pistas
de como transformar um momento aparentemente “passivo” em algo altamente
significativo para a educação musical.

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1.1 CONSTITUIÇÃO E CONCEITOS MUSICAIS

Tendo a música como a arte de combinar os sons simultânea e sucessivamente,


com ordem, equilíbrio e proporção, dentro do tempo e como a arte de manifestar os
diversos afetos de nossa alma mediante o som, seguimos nosso estudo. As principais
partes que constituem a MÚSICA são:

1) MELODIA – É a combinação dos SONS SUCESSIVOS (dados uns após outros).


É a concepção horizontal da Música.

2) HARMONIA – É a combinação dos SONS SIMULTÂNEOS (dados de uma só


vez). É a concepção vertical da Música.

3) CONTRAPONTO – É o conjunto de melodias dispostas em ordem simultânea. É


a concepção ao mesmo tempo horizontal e vertical da Música.

4) RÍTMO – É a combinação dos valores tempo. Escreve-se a música sobre 5


linhas e 4 espaços horizontais paralelas e eqüidistantes. A estas linhas e espaços dá-se o
nome de PAUTA ou PENTAGRAMA.

2. INTRODUÇÃO A PROPRIEDADE DO SOM:


FREQUÊNCIA, INTENSIDADE E TIMBRE

Tudo o que escutamos, de ruídos aos sons mais agradáveis, passa por elementos
que os classificam e modelam como propriedades sonoras. Essas propriedades dão
forma e cor ao som. Através dessas propriedades é que se torna possível notar sons mais
fortes, fracos, agudos, graves, longos ou curtos. É também daí que percebemos as
características que diferem as particularidades sonoras de cada voz ou instrumento, ou
seja, o timbre. Vamos ver como tudo isso acontece?
A altura de um determinado som refere-se à sua frequência. Ou seja, quanto
maior a frequência, mais agudo será o som e quanto mais baixa, mais grave será o som

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produzido. A voz do homem tem frequência que varia entre 100 Hz e 200 Hz e a da
mulher, entre 200 Hz e 400 Hz. Portanto, a voz do homem costuma ser grave, ou grossa,
enquanto a da mulher ser aguda, ou fina.
Nos instrumentos cujo som é produzido a partir da vibração de cordas, a frequência
depende do comprimento, da espessura e da tensão (estiramento) da corda. Assim
sendo, quanto mais curta, mais fina e mais estirada a corda de um determinado
instrumento, mais rápida será́ a sua vibração e, por conseguinte, mais agudo será́ o seu
som. Podemos exemplificar como instrumentos de corda, cuja frequência é aguda, o
violino, o cavaquinho, o bandolim, a viola clássica, a viola caipira, entre outros. Em
relação aos instrumentos de corda com frequência grave encontram-se o baixo acústico e
o baixo elétrico. Alguns instrumentos caracterizam-se por possuírem uma ampla
frequência, sendo capazes de produzir notas graves e agudas no mesmo instrumento. É o
caso do piano, que pode tocar notas extremamente graves e também muito agudas.

Nos instrumentos de sopro, o som é produzido pela vibração da coluna de ar


produzida no interior do instrumento. Nesse caso, o comprimento e o tamanho do
instrumento interferem na sua frequência característica. Quanto mais curta a coluna de ar,
mais agudo será o som. É o caso da flauta, do saxofone soprano, do trompete, entre
outros. Por outro lado, quanto mais comprida a coluna e maior o tubo (instrumento) mais
grave será o som. São exemplos de instrumentos de sopro de frequência grave: a tuba, o
trombone, o saxofone tenor e barítono, entre outros.

Cada instrumento, além da voz humana, produz uma determinada extensão de


frequências. A essa extensão dá-se o nome de Tessitura. Podemos entender que a
tessitura é a extensão entre a nota mais grave até a nota mais aguda que um instrumento
ou voz é capaz de tocar.Notem que a tessitura pode ser variar até mesmo de pessoa para
pessoa, como de instrumento para instrumento, dependendo da região onde a voz ou o
instrumento trabalham.

Chamamos de intensidade do som o que popularmente conhecemos como volume,


e relaciona-se à amplitude da onda – quanto maior a amplitude, mais forte e com maior
volume será o som e, por outro lado, quanto menor a amplitude, mais fraco e com menor
volume. A Alguns instrumentos já produzem, naturalmente, sons com maior intensidade,
como no caso do trompete. Já outros instrumentos possuem pouca possibilidade de gerarem

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sons com grande amplitude sonora, é o caso do violão, cujo volume é naturalmente baixo.
Porém, em todos os instrumentos, a intensidade é controlada pela força com que o músico
produz o som de uma determinada nota musical. Nos instrumentos eletrônicos, essa
sensibilidade se restringe e o volume também passa a ser controlado de maneira eletrônica
intensidade do som é expressa em Decibéis (dB). Os sons muito intensos são
desagradáveis ao ouvido humano. Sons com intensidades acima de 130 dB provocam
uma sensação dolorosa e sons acima de 160 dB podem romper o tímpano e causar
surdez. Notaram a diferença entre intensidade e altura? É muito comum as pessoas
pensarem que um som alto é o mesmo que se referir ao volume. ERRADO! O correto é
relacionar volume com a INTENSIDADE.

A duração do som se refere ao tempo de emissão das vibrações sonoras. Nesse


caso, o som é classificado em longo ou curto, de acordo com o tempo de prolongamento
deste som. Cada instrumento possui uma maneira específica de conseguir sons longos ou
curtos. Em alguns instrumentos, a sustentação de uma nota por um longo período é
limitada às características do próprio instrumento. O violão e a guitarra são exemplos de
instrumentos com pouca sustentação natural das notas, em função da sua própria
construção. No caso de instrumentos de sopro, a continuidade do som está associada ao
tempo em que a coluna de ar é posta em vibração, ou seja, enquanto houver entrada de ar
no tubo, de forma ininterrupta, a nota será sustentada. Nesse caso, a técnica de cada músico
influenciará nas possibilidades de sustentação de um som por um determinado período de
tempo. A mesma coisa acontece com a voz humana. Cantores mais bem preparados
tecnicamente têm mais condições de conseguirem sustentar uma determinada nota por um
período de tempo maior.

No que se refere a, podemos considera-lo como a característica ou qualidade


sonora de cada instrumento ou voz. Ou seja, é a sua “marca”, o que nos possibilita
distinguir a origem ou a fonte sonora de um determinado som.
A característica timbrística de cada instrumento é originada de diversos fatores,
muitos dos quais se relacionam à sua construção – materiais usados, modo de produção
do som, mas, principalmente, pela resultante do conjunto de ondas formadas pelo som
gerador. Basicamente, ao produzirmos um som, ao contrário do que muitas vezes se
pensa, esta não é a única frequência produzida. Quando um determinado corpo é posto

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em vibração, além de vibrar em sua totalidade, também produz vibrações em suas duas
metades, em seus três terços, em seus quatro quartos, e assim por diante.
Dessa forma, diversas ondas de menor intensidade e de frequências mais altas
são somadas à frequência inicial. A resultante destas vibrações de um corpo sonoro é um
dos principais fatores na formação do timbre de um determinado instrumento.

3. NOTAÇÃO MUSICAL
3.1 Pauta ou Pentagrama

Do sistema de tetragrama, utilizado na Música da Idade Média, derivou-se o


sistema utilizado até os dias de hoje, conhecido como pauta ou pentagrama. Nesse
modelo, acrescentou-se mais uma linha, criando-se um sistema formado por cinco linhas
e quatro espaços, onde as notas musicais são escritas e, cuja altura, é especificada a
partir da utilização de uma clave musical.
O nome da nota é dado pela posição em que a nota se encontra na pauta. As notas
podem ser escritas nas linhas ou nos espaços. A sequência das notas obedece à ordem
natural da escala musical – dó, ré, mi, fá, sol, lá, si, dó, ré. Quanto mais alta a nota estiver
escrita, mais aguda será a sua altura, e quanto mais baixa, mais grave será a nota.

3.2 Linhas Suplementares

São linhas usadas acima ou abaixo da pauta para representar notas mais graves
ou mais agudas, que ultrapassem os limites do pentagrama.

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Além das cinco linhas e dos quatro espaços da pauta natural, existem ainda linhas
e espaços situados acima ou abaixo da pauta natural para auxiliá-la em sua extensão.
Formam, respectivamente, as pautas suplementares superior e inferior.

3.3 Claves

Historicamente, as claves surgem a partir da utilização de linhas horizontais na


escrita musical do séc. IX. Quando a grafia musical passou a utilizar uma linha de
referência para as demais alturas, era escolhida uma altura inicial para essa linha,
chamada de clave (do latim “chave”). Inicialmente foi utilizada a clave de Fá e, mais
tarde, a clave de Dó. A clave de Sol foi incorporada a partir do séc. XIV.
A grafia utilizada atualmente é uma derivação de sua escrita antiga, as quais
foram originadas das letras do alfabeto que representam cada uma dessas notas, no caso
– F nota fá; C nota Dó e G nota Sol.

CLAVE DE SOL Escrita na 2ª linha. Há algum tempo atrás, também era usada na
1ª linha.
CLAVE DE FÁ É escrita na 3ª ou na 4ª linha.

CLAVE DE DÓ É escrita na 1ª, 2ª, 3ª ou 4ª linha.

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Com a criação do sistema de pentagrama, as claves passaram a ser utilizadas


para delimitar a tessitura (extensão) em que a composição se encontra, tanto na música
vocal, como na música instrumental.
Visualizando o teclado de um piano, a nota que se encontra bem ao centro do
teclado é a nota Dó. Essa nota também é conhecida como Dó central ou Dó 3. Por se
tratar de uma nota que está em uma região média em relação à sua tessitura, podemos
entender que, a partir dessa nota indo em direção à sua direita, nos movimentamos, cada
vez mais, para uma região aguda do instrumento. Por sua vez, se fizermos o caminho
contrário, indo à sua esquerda, estaremos nos movimentando para uma região cada vez
mais grave. Como o dó central na clave de Sol encontra-se abaixo da primeira linha da
pauta, há a possibilidade de se utilizar, praticamente, toda a extensão da pauta para
escrevermos notas em uma região mais aguda, acima do Dó Central. Desse modo, a
clave de sol é geralmente utilizada na escrita de instrumentos cuja tessitura encontra-se
numa região aguda. Consideramos assim que, a clave de dó pode ser utilizada na escrita
de instrumentos de tessitura média.

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Além disso, as claves também podem ser representadas em diferentes posições


no pentagrama, totalizando sete claves e possibilitando encontrarmos a mesma nota em
sete posições diferentes da pauta. Dessa forma, pode-se aproveitar o quanto possível a
extensão do pentagrama, desde que na sua clave correta, evitando o uso demasiado de
linhas suplementares, o que dificulta a leitura musical.
Atualmente, as claves mais utilizadas são as claves de Sol e de Fá na 4a linha.
Porém algumas partituras ainda são impressas conservando suas claves originais,
principalmente para a música vocal.
Além disso, uma clave pode representar uma tessitura diferente da sua tessitura
original. Por exemplo, se fôssemos escrever uma partitura para violão, teríamos de
recorrer a uma clave para instrumentos graves – a nota mais grave do violão é a nota mi
duas oitavas abaixo do dó central. Porém, usualmente utiliza-se na escrita de violão a
clave de Sol.
No caso das partituras de violão, nem sempre essa indicação aparece, uma vez
que, como a clave de Sol já é comumente utilizada na escrita deste instrumento, o fato da
música se encontrar uma oitava abaixo do que está escrito já fica subentendido.
Pode-se também utilizar a indicação do número oito acima da clave. Nesse caso,
representará que a música está soando uma oitava acima do que está escrito na partitura.

ARMADURA DE CLAVE: é a representação, no início de uma pauta, da


escala maior vigente naquela pauta.A armadura de clave indica as notas que devem
ser alteradas dentro da escala, para que a tonalidade daquela escala seja
estabelecida. Como a metodologiade construção de escalas maiores, apresentada
acima, pode tomar duas direções (dependendo dos tetracordes usados), existem
dois tipos de armaduras de clave: com sustenidos e com bemóis. Nas armaduras
de clave com sustenidos, as notas alteradas seguem a ordem de aparição de acordo
com a alteração dos sustenidosnas escalas. Ou seja, nas armaduras de clave com
sustenido, a última nota com sustenido é a última nota da escala, e a nota tônica da
escala será a próxima nota a partir do último sustenido. Nas armaduras de clave com
bemóis, as notas alteradas seguem a ordem de aparição de acordo com a alteração
dos bemóis. Ou seja, nas armaduras de clave com bemol, o penúltimo bemol éa
tonalidade da escala

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3.4 Notas Musicais

Os sons musicais são representados graficamente por sinais chamados notas. À


escrita da música dá-se o nome de notação musical. AS NOTAS SÃO SETE: DÓ – RÉ –
MI – FÁ – SOL – LÁ – SI. Essas sete notas ouvidas sucessivamente formam uma série de
sons aos quais dá-se o nome de escala.

NOME DAS NOTAS NAS PAUTAS SUPLEMENTARES

Cifras: símbolos que representam a nota em que está fundado um acorde e seu tipo
de organização (maior, menor etc.) Os nomes da nota fundamental da tríade são
representados com seu antigo nome, ainda vigente nos países anglo-saxões
(Inglaterra, Alemanha etc.):

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EXEMPLO DE CIFRAS

3.5 Valores

A música é representada pelo equilíbrio de sons e silêncios. Ambos têm durações


diferentes e são representados por sinais denominados valores. Os valores que
representam a duração dos sons musicais são chamados de FIGURAS. Os que
representam as ausências de sons são chamados de PAUSAS. A unidade de medida da
música é o TEMPO. Cada tempo corresponde a uma PULSAÇÃO.

Cada figura de SOM tem sua respectiva PAUSA que lhe corresponde ao mesmo
tempo de duração. Vejamos, por exemplo, se uma semibreve tiver 4 tempos, a pausa de
semibreve também terá 4 tempos. Demonstração:

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A Semibreve, atualmente, é a FIGURA musical de maior duração. Por esse motivo


é tomada como UNIDADE na divisão proporcional dos valores.

4. FIGURAS RITMICAS E FORMAS DE COMPASSO

Até agora, os elementos de grafia musical estudados se relacionavam com


aspectos da escrita de alturas definidas (notas musicais) em uma partitura. Porém, falta
entendermos como se dá o processo de grafia dos elementos relacionados a aspectos
rítmicos de uma composição.
Basicamente, podemos dizer que, em uma partitura musical, a nota é definida
pela posição que ocupa na pauta, determinada por uma clave. E sua duração é definida
pelo desenho ou figura que essa nota é escrita.
Assim como o sistema de pentagrama, as figuras também evoluíram ao longo da
História da Música, chegando atualmente no modelo que utiliza sete figuras, com suas
respectivas figuras de pausa, para se representar os valores rítmicos de uma nota. São
elas:

O mais importante é reconhecer, daqui em diante, que as figuras rítmicas, ou


também conhecidas como Figuras de Valor, obedecem a uma relação de
proporcionalidade, sendo a semibreve a figura de maior valor. Por sua vez, a mínima
representa a metade do valor da semibreve, a semínima a metade do valor da mínima e
assim por diante.

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Para cada figura é atribuído um número correspondente, de acordo com sua


relação de proporção com a semibreve.

4.1 Fórmulas de Compasso

As figuras que representam os valores das notas têm duração indeterminada, isto
é, não têm valor fixo. Quem os determinará será uma fração ordinária escrita após a clave
e os acidentes fixos que é chamada de FÓRMULA DE COMPASSO
A Fórmula de Compasso é um elemento da grafia musical que se relaciona com
aspectos rítmicos da composição. Podemos considerar, de uma forma geral, que a
Música Tonal Ocidental obedece não só relações específicas de harmonia e melodia, mas
também em relação à sua forma e à sua métrica.
Dessa maneira, cada composição possui uma regularidade métrica em relação às
suas acentuações. Ou seja, de quantos em quantos pulsos percebe-se um acento mais
forte (métrica musical), criando assim, ciclos de tempos, com uma determinada
quantidade de pulsos, a que chamamos de Compasso. Em uma partitura, os compassos
são delimitados utilizando um traço vertical chamado de Barra de Compasso.
A Fórmula de Compasso é uma fração colocada no início da pauta, logo após a
clave, cujo numerador indica a quantidade de pulsos que formarão um compasso, cuja
acentuação forte acontece sempre no primeiro pulso. Já o denominador da fração
corresponde ao número representativo de uma figura rítmica, que será considerada a
Unidade de Tempo do compasso.

Os compassos de dois tempos são chamados de.............BINÁRIOS


Os compassos de três tempos são chamados de..............TERNÁRIOS
Os compassos de quatro tempos são chamados de..........QUATERNÁRIOS

Cada compasso é separado do seguinte por uma linha divisória vertical


(TRAVESSÃO). Na terminação de um trecho musical usa-se colocar dois travessões
denominados de Travessão Duplo. Se a terminação for absoluta, isto é, na finalização da
música, chamar-se á de PAUSA FINAL.

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Em qualquer compasso, a figura que preenche um tempo chama-se UNIDADE


DE TEMPO; a figura que preenche um compasso chama-se UNIDADE DE COMPASSO.
Os compassos dividem-se em: SIMPLES e COMPOSTOS e são representados por uma
fração ordinária colocada no princípio da pauta, depois da clave.

4.2 Compassos simples

Chamamos de compassos simples as fórmulas de compasso cuja Unidade de


Tempo possui uma subdivisão binária, ou seja, quando a figura que representa 1 pulso no
compasso pode se desdobrar em duas figuras de igual valor. Nesse caso, o caráter
rítmico da composição se baseia em subdivisões binárias do pulso ou da própria
subdivisão. Os compassos também recebem uma classificação de acordo com sua
quantidade de tempos por compasso.

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4.3 Compassos compostos

Nos compassos compostos a subdivisão do pulso é sempre ternária, ou seja,


cada pulso é percebido com uma subdivisão interna de três figuras iguais de mesmo
valor.
Em suma, podemos dizer que os compassos simples têm os numeradores 2, 3, 4,
5 e 7. Já os compassos compostos têm os numeradores 6, 9 e 12. Os denominadores
mais comuns, ou seja, aqueles que representam a figura que vale 1 pulso, serão os
números 2 (mínima), 4 (semínima) e 8 (colcheia). Ocasionalmente, ainda poderá aparecer
o 16 (semicolcheia).

4.4 LIGADURAS

LIGADURA DE PROLONGAMENTO é uma linha curva que colocamos sobre ou


sob duas ou mais notas de mesmo nome e altura para somar-lhes os valores.

LIGADURA DE EXPRESSÃO OU LEGATO é uma linha curva colocada acima ou


abaixo de um grupo de notas de nomes ou alturas diferentes que serão pronunciadas sem
interrupção na pronuncia dos sons.

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4.4 PONTO DE AUMENTO

Um ponto colocado à direita de uma figura serve para aumentar a metade do


valor de duração dessa figura. É por isso chamado de PONTO DE AUMENTO.

No exemplo acima a mínima pontuada está valendo uma Mínima e mais uma
Semínima (metade da mínima), uma vez que o PONTO serve para aumentar a metade do
valor da figura.

As pausas também podem ser pontuadas

DUPLO PONTO DE AUMENTO: dois pontos podem ser colocados à direita da


NOTA ou PAUSA. O primeiro ponto acrescenta a metade do valor da FIGURA; o segundo
a metade do valor do primeiro ponto.

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5. TOM E SEMI-TOM

Tom e semitom são medidas intervalares usadas para classificar a distância entre
duas notas. Acompanhe os conceitos:

SEMITOM – É o menor intervalo existente entre dois sons que o ouvido humano
ocidental pode perceber e classificar.

TOM – É o intervalo existente entre dois sons, formado por dois semitons.

ESCALA DIATÔNICA – é a sucessão de 8 sons por graus conjuntos guardando,


entre si, intervalos de tom ou de semitom.

Basicamente, entre as notas musicais, os semitons encontram-se entre as notas Mi


e Fá e entre as notas Si e Dó. Entre as demais notas, os intervalos são sempre de tom.

Os tons e semitons contidos na escala diatônica são chamados de NATURAIS. A


cada uma das notas da escala, de acordo com a sua função na própria escala, dá-se o
nome de GRAU. A escala diatônica possui 8 graus, sendo o VIII a repetição do primeiro.
OS GRAUS DA ESCALA SÃO ASSIM DENOMINADOS:

I grau....................TÔNICA

II grau...................SUPERTÔNICA

III grau..................MEDIANTE

IV grau.................SUBDOMINANTE

V grau..................DOMINANTE

VI grau.................SUPER DOMINANTE

VII grau................SENSÍVEL

VIII grau...............TÔNICA

Nos instrumentos de teclado, a distância entre uma tecla branca ou preta e sua
tecla vizinha imediata é sempre de semitom. Nos instrumentos que utilizam

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trastes(Pequenas divisões de metal utilizadas para delimitar as regiões onde serão


tocadas as notas nos instrumentos de corda), a distância entre uma casa (Nos
instrumentos com trastes – violão. Guitarra, cavaquinho, bandolim, viola caipira, baixo elétrico
etc., a casa é a região delimitada por dois trastes ) e outra é sempre de semitom.

O primeiro grau da escala é o mais importante. Todos os demais graus têm com
ele afinidade absoluta. É o grau quem dá seu nome à escala e quem a termina de um
modo completo, sem nada deixar a desejar. Temos, por exemplo, a nota DÓ em função
de Tônica. Esta escala é, portanto, chamada de ESCALA de DÓ ou escala em tom de
DÓ.

Depois da tônica, as notas de maior importância são a DOMINANTE (V grau) e a


SUBDOMINANTE (IV grau). Os graus podem ser CONJUNTOS e DISJUNTOS. São
CONJUNTOS quando sucessivos, de acordo com sua relação de altura.

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São DISJUNTOS quando entre ambos vem intercalado um ou mais graus

5.1 Sinais de Alteração ou Acidentes

Dá-se o nome de acidente ao sinal que se coloca antes de uma nota para
modificar-lhe a entoação. São sinais utilizados para modificar a altura de determinada
nota. São usados do lado esquerdo da nota que se quer mudar a altura, ou ao lado da
clave no começo da partitura. Nesse caso, geram a Armadura de Clave de uma
determinada tonalidade, e que será estudada mais adiante. Os sinais de alteração são:

 SUSTENIDO: Eleva a altura da nota natural em um semitom.

 BEMOL: Abaixa a altura da nota natural em um semitom.

 DOBRADO SUSTENIDO: Eleva a altura da nota sustenida em mais meio tom.

 DOBRADO BEMOL: Abaixa a altura da nota bemolizada em mais meio tom.

 BEQUADRO: Anula o efeito de qualquer alteração.

OBS. Nas notas sustenizadas o dobrado-sustenido eleva um semitom e nas notas


bemolizadas o dobrado-bemol abaixa um semitom.

Os acidentes podem ser FIXOS, OCORRENTES ou de PRECAUÇÃO. FIXOS são


aqueles que fazem parte da armação da clave. Seu efeito vale por todo o trecho musical
OCORRENTES são aqueles que aparecem no decorrer de um trecho musical
predominando, somente, no compasso em que são escritos. DE PRECAUÇÃO são
aqueles que aparecem a fim de evitarem erros na leitura rápida. Normalmente são
grafados entre parênteses.

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5.2 Semitom cromático e semitom diatônico

Há duas espécies de semitons. Semitom CROMÁTICO – Quando formado por


duas notas do mesmo nome (entoação diferente). Semitom DIATÔNICO – Quando
formado por duas notas diferentes (sons sucessivos).

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Teoricamente sabemos que o intervalo de TOM se divide em 9 pequeníssimas


partes chamadas COMAS, sendo que o semitom DIATÔNICO e o CROMÁTICO diferem
entre si por uma COMA. É quase impossível ao nosso ouvido a percepção de uma
COMA. Entretanto, baseados em cálculos matemáticos e por meio de aparelhos
eletrônicos, os físicos provam a diferença de uma COMA existente entre os semitons
CROMÁTICO e DIATÔNICO. São 5 comas para os semitons cromático e 4 para os
semitons diatônicos.

5.3 Notas Enarmônicas ou Enarmonia

No Sistema Temperado, chamamos de notas enarmônicas as notas que possuem


nomes e grafias diferentes, mas possuem a mesma altura. Nesse caso, a escolha por
uma ou outra denominação está subordinada ao contexto musical onde as notas serão
utilizadas. ENHARMÔNIA é a faculdade que tem a escrita musical de representar com
diferentes grafias um mesmo som. NOTAS ENHARMÔNICAS são aquelas que possuem
grafias diferentes e igual efeito sonoro.

5.4 Acentuação

Como vimos anteriormente, a unidade de medida da música é o tempo e este é


parte integrante dos compassos. De acordo com sua maior ou menor acentuação na
execução musical, os tempos são chamados de Fortes ou fracos. O primeiro tempo do
compasso é considerado Forte; os demais são fracos.

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EXEMPLO

5.5 Síncope

Se uma nota executada em tempo fraco ou parte fraca de tempo for prolongada ao
tempo forte ou parte forte do tempo seguinte, teremos o que se chama de SÍNCOPE. A
SÍNCOPE produz efeito de deslocamento da acentuação natural. A SÍNCOPE pode ser
REGULAR ou IRREGULAR.

 SÍNCOPE REGULAR – Quando as notas que a formam têm a mesma duração.

 SÍNCOPE IRREGULAR – Quando as notas que a compõem não têm a mesma


duração.

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5.6 Contratempo

Dá-se o nome de CONTRATEMPO às notas executadas em tempo fraco ou parte


fraca de tempo, ficando os tempos fortes ou partes fortes de tempos preenchidos por
pausas.

5.7 Quiálteras

Quando as unidades de tempo e de compasso são subdivididas em grupos de


notas e esses grupos de notas têm seus valores alterados, tomam o nome de
QUIÁLTERAS. Usa-se colocar sobre o grupo de QUIÁLTERAS o número de figuras que
compõem a divisão alterada. Sobre esse número é comum colocar-se uma chave
abrangendo todo o grupo de notas ou uma pequena ligadura não sendo, entretanto,
imprescindível esse pormenor.

As quiálteras podem ser constituídas por figuras de diferentes valores, ou ainda por
valores de som e pausas entremeadas. Há duas espécies de quiálteras:

AS AUMENTATIVAS e AS DIMINUTIVAS

QUIÁLTERAS AUMENTATIVAS –São aquelas que alteram para mais a


quantidade estabelecida pelo signo do compasso.

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As quiálteras aumentativas se subdividem em dois grupos: Quiálteras


Aumentativas REGULARES e IRREGULARES.

 REGULARES – As que contêm no grupo o número normal de figuras mais a


metade. Será sempre um grupo de número PAR, com exceção de grupo de
3 quiálteras, que é ÍMPAR REGULAR.

 IRREGULARES – São os grupos de número ÍMPAR e os de números PAR


que não preencham a divisão estabelecida.

QUIÁLTERAS DIMINUTIVAS – São aquelas que alteram para menos a divisão


normal. As quiálteras diminutivas são usadas nas unidades Ternárias: São unidades
ternárias:

A) Unidade de compasso dos compassos ternários simples.

B) Unidade de tempo dos compassos compostos.

C) Unidade de compasso dos compassos compostos.

6. ARTICULAÇÃO

O LEGATTO e o ESTACCATTO são sinais que determinam a articulação dos sons.


ARTICULAÇÃO é o modo de atacar os sons. O legato, palavra italiana cuja significação é
LIGADO, determina que se passe de uma nota para outra (tocando ou cantando) sem
interrupção do som. O Staccato, palavra italiana, que significa DESTACADO, indica que
os sons devem ser articulados de modo seco.

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A FERMATA é um sinal que colocado acima ou abaixo de uma nota, indica que se
deve prolongar a duração do som por mais tempo do que o seu valor estabelecido. Não
tem duração determinada, isto é, varia de acordo com a interpretação do executante ou a
critério do regente. Pode-se ainda acrescentar sobre a fermata as palavras LONGA ou
CURTA, indicando uma sustentação maior ou menor do som. Também se pode colocar a
FERMATA sobre uma PAUSA. Neste caso a fermata passa a chamar-se SUSPENSÃO.

6.1 Linha de Oitava

A linha de oitava (8ª........), quando colocada acima ou abaixo de uma nota ou de


um grupo de notas, indica que as mesmas devem ser executadas respectivamente uma
oitava acima ou abaixo.

É o movimento rápido ou lento de execução da música, guardando sempre a


precisão dos tempos do compasso. Conforme a movimentação, mais ou menos rápida,
consideram-se três tipos de andamentos: LENTOS, MODERADOS E RÁPIDOS. Os
andamentos são indicados através de palavras, geralmente italianas. As palavras mais
usadas são:

ANDAMENTOS LENTOS: LARGO( O mais lento) LARGHETTO( Um pouco menos


lento) LENTO ( Lento) ADÁGIO (Um pouco mais movido que o precedente).

ANDAMENTOS MODERADOS: ANDANTE (Mais movido que o adágio)


ANDANTINO (Pouco mais rápido que o anterior) MODERATO (Moderado) ALLEGRETTO
(Mais rápido que o moderato).

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ANDAMENTOS RÁPIDOS: ALLEGRE (Rápido) VIVACE (Ainda mais rápido) VIVO


(Bastante movido) PRESTO( Muito rápido) PRESTÍSSIMO ( O mais rápido de todos).

7. INTENSIDADE

A INTENSIDADE do som, isto é, a variação dos sons FORTES e FRACOS,


constitui o colorido da MÚSICA. Indica-se a intensidade dos sons, quase sempre, por
palavras italianas (muitas vezes abreviadas) e também por sinais gráficos
convencionados. Eis as palavras mais usadas com as respectivas abreviaturas:

 PIANO – ( p ) suave

 PIANÍSSIMO ( pp ) suavíssimo

 FORTE ( f )

 MEZZO-FORTE ( mf ) meio forte

 MEZZO-PIANO ( mp ) meio suave

 MORRENDO – desaparecendo o som

 DIMINUINDO - ( DIM )

 SMORZANDO – (SMORZ ) Extinguindo o som

 RINFORZANDO – (RINF) reforçando o som

 CRESCENDO – (CRESC) etc... O crescendo também é indicado pelo sinal e


o diminuindo pelo sinal Para acentuar o som de uma determinada nota
coloca-se sobre a mesma o sinal ^, > ou - .Para sustentar o som de uma
nota coloca-se sobre ela a abreviatura: Ten. ou - De tenuta.

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8. ORNAMENTO

ORNAMENTO em Arte é o desenho acrescentado à obra principal com fins


decorativos.

ORNAMENTOS em Música são notas ou grupos de notas acrescentadas a uma


melodia. Sua finalidade é adornar as notas reais da melodia.

NOTAS REAIS são todas aquelas que fazem parte integrante da melodia.
Desenhos musicais que enfeitam ou embelezam uma melodia ou acorde:

 Ornamentos Inteiramente Improvisados – Sem nenhuma indicação no texto.

 Ornamentos Indicados na Partitura – Com sinais gráficos.

 Ornamentos Grafados Detalhadamente – Com notas exatas.

Os ornamentos são geralmente indicados por notas em formato menor precedendo


a nota principal (nota real) ou por um símbolo colocado acima ou abaixo da nota real. São
classificados como ORNAMENTOS:

Apojatura – Arpejo – Glissando – Trinado – Mordente – Floreio Grupetto –


Portamento – Cadência melódica.

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9. REFERÊNCIAS

________. Pontes educacionais: uma proposta pedagógica em apreciação musical.


In: XIII Encontro Anual da Associação Brasileira de Educação Musical, 2004, Rio de
Janeiro. Anais... Rio de Janeiro: 2004. p. 1114-1118.

BASTIÃO, ZURAIDA A. Apreciação musical: repensando práticas pedagógicas. In:


XII Encontro Anual da Associação Brasileira de Educação Musical / I Colóquio do Núcleo
de Educação Musical, 2003, Florianópolis. Anais... Florianópolis: 2003. p. 883-896.

BEYER, Esther; KEBACH, Patrícia (orgs.). Pedagogia da música: experiências de


apreciação musical. Porto Alegre: Mediação, 2009.

MADALOZZO, Tiago. PERCEPÇÃO MUSICAL-Unicentro-Paraná-Brasil

MASTRO NOBRE, Jorge. Apostila de Teoria Musical Elaboração:Governo do


Estado do CEÁRA..(2006)

RODRIGUES, Henderson. Análise músical. Rio Grande do Norte. (2011)

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