O Tribunal decidiu que a isenção de IR por moléstia grave pode ser concedida mesmo em caso de doença com código ausente na lei. O relator destacou entendimento do STJ de que a lista de moléstias na lei não é taxativa, e o magistrado pode assegurar a isenção se comprovada a existência de moléstia grave. No caso, o requerente tem transtorno bipolar não listado, mas a perícia atestou alienação mental que permite equiparação jurídica.
Descrição original:
entendimento sobre a doença de transtorno depressivo recorrente - bipolar
O Tribunal decidiu que a isenção de IR por moléstia grave pode ser concedida mesmo em caso de doença com código ausente na lei. O relator destacou entendimento do STJ de que a lista de moléstias na lei não é taxativa, e o magistrado pode assegurar a isenção se comprovada a existência de moléstia grave. No caso, o requerente tem transtorno bipolar não listado, mas a perícia atestou alienação mental que permite equiparação jurídica.
O Tribunal decidiu que a isenção de IR por moléstia grave pode ser concedida mesmo em caso de doença com código ausente na lei. O relator destacou entendimento do STJ de que a lista de moléstias na lei não é taxativa, e o magistrado pode assegurar a isenção se comprovada a existência de moléstia grave. No caso, o requerente tem transtorno bipolar não listado, mas a perícia atestou alienação mental que permite equiparação jurídica.
DECISÃO: Isenção de IR por moléstia grave pode ser concedida mesmo
em caso de doença com código ausente na lei
11/10/23 12:15
A União interpôs recurso contra a sentença que julgou procedente o
pedido para conceder a tutela de urgência, bem como o pedido para a suspensão do recolhimento do Imposto sobre a Renda das Pessoas Físicas (IRPF) sobre os proventos do apelado.
A requerente sustentou que a doença comprovada pelo autor não se
encontra entre as que dão direito à isenção do imposto.
O relator, desembargador federal Roberto Carvalho Veloso, destacou que a
Lei 7.713/1988 estabelece as hipóteses de isenção quando os respectivos titulares forem acometidos por moléstias graves. Contudo, o Superior Tribunal de Justiça (STJ) entende que, apesar do rol de moléstias graves previstas na lei, é possível conceder a isenção a pessoas que tenham outras doenças graves e incuráveis, não listadas.
No caso em questão, o apelado tem transtorno bipolar do humor – episódio
atual depressivo grave e com sintomas psicóticos –, cujo código não consta na lista de moléstias da lei.
Considerando o entendimento já consolidado do STJ, o magistrado, com
base em outras provas dos autos e se devidamente comprovada a existência de moléstia grave, pode assegurar a isenção de imposto de renda, esclareceu o relator.
O desembargador ressaltou que os resultados da perícia médica do
apelado revelaram a existência de distúrbio mental, classificando a patologia como alienação mental, sendo possível a equiparação jurídica da doença.
Assim, o autor faz jus ao reconhecimento da ilegalidade e
inconstitucionalidade da imposição do Imposto sobre a Renda de Pessoas Físicas em seus proventos, em virtude de sua condição de possuidor de moléstia grave, o que lhe confere o direito à isenção, além¿da restituição de qualquer quantia previamente retida a partir da data em que adquiriu o status de isento, devidamente corrigida e atualizada monetariamente, concluiu o magistrado.
A 13ª Turma do Tribunal Regional Federal da 1ª Região decidiu, por
unanimidade, manter a sentença, nos termos do voto do relator.
Petição Inicial de Concessão de Benefício Por Incapacidade Prorrogação Da Qualidade de Segurado Pelo Desemprego Incapacidade Reconhecida Administrativamente