Escolar Documentos
Profissional Documentos
Cultura Documentos
TRABALHO PRÁTICO
1. Introdução
2. Protocolo de observação
2.1 Nome dos observadores
2.2 Objetivo da observação
2.3 Data da observação
2.4 Horário da observação
2.5 Diagrama da observação do local em que foi realizado às tarefas piagetianas
2.5.1 Planta baixa sala de jantar
2.5.2 Vista superior da sala de jantar
2.5.3 Vista da porta da garagem I
2.5.4 Vista da porta da garagem II
2.5.5 Vista da porta da lavanderia
2.6 Diagrama da observação do local em que foi realizado o registro contínuo
2.6.1 Planta baixa sala de estar
2.6.2 Vista superior da sala de estar
2.6.3 Vista
2.6.4 Vista
2.6.5 Vista
2.7 Relato do ambiente físico
2.7.1 Sala de jantar
2.7.2 Sala de estar
2.8 Descrição do sujeito observado
2.9 Relato do ambiente social
2.10 Observação com Registro Contínuo
3. Tarefas Piagetianas
3.1 Período Pré Operatório
3.1.1 Conservação de massa
3.1.2 Conservação de líquido
3.1.3 Conservação de número
3.1.4 Questão referente a quantidade de irmãos
3.1.5 Questão referente a fenômenos da natureza
3.1.5.1 Lua
3.1.5.2 Sonho
3.1.6 Apresentação de fotografias
3.2 Tarefas da Teoria da Mente
3.2.1 Desejos diferentes
3.2.2 Crenças diferentes
3.2.3 Acesso ao conhecimento
3.2.4 Crença falsa ok
3.2.5 Crença falsa explícita
3.2.6 Crença emoção ok
3.2.7 Emoção real- aparente ok
3.3 Tarefas de Função Executiva
3.3.1 Dia e Noite
3.3.2 Urso e Dragão
4. Discussão dos resultados obtidos
4.1 A teoria piagetiana e às diferentes fases do desenvolvimento
4.2 As operações concretas e o experienciado
5. Conclusão
6. Referencial teórico
7. Anexos
7.1 Autorização dos pais
7.2 Materiais utilizados
7.2.1 Fotografia cachorro
7.2.2 Fotografia do urso de pelúcio
7.2.3 Fotografia de um carro
7.2.4 Fotografia de um carrinho de brinquedo
7.2.5 Fotografia de uma boneca
7.2.6 Fotografia de uma mulher
7.2.7 Desenho de um menino
7.2.8 Desenho de sol
7.2.9 Desenho de lua
7.2.10 Desenho de uma menina
7.2.11 Desenho de uma árvore
7.2.12 Desenho de uma cesta
7.2.13 Imagem de um urso
7.2.14 Imagem de um dragão
1. INTRODUÇÃO
A reflexão sobre o desenvolvimento humano constitui uma das diferentes áreas do
conhecimento da Psicologia cuja as análises concentram-se no esforço de
compreender o homem em seus diferentes aspectos, considerando as fases que este
passa durante o curso da vida. A proposta apresentada na disciplina de
Desenvolvimento Humano I aborda o período da infância sob a perspectiva de
diferentes autores em relação a forma como dá-se o aprendizado, as emoções, os
vínculos afetivos e o desenvolvimento biológico entre outras temáticas vivenciadas na
infância.
Dentre as teorias apresentadas, a de Jean Piaget (1896-1980), que é uma das
referências principais deste trabalho, se destaca pelas ideias inovadoras e pela relação
dos sujeitos com o aprendizado. O autor acredita que há uma origem biológica na
aprendizagem que é ativada pela ação e interação do organismo com o meio ambiente
- físico e social - que o rodeia (Coll, 1992). Dessa forma, o autor apresenta-se como um
importante pilar para a reflexão da infância.
Outro ponto a ser considerado no desenvolvimento infantil relaciona-se com a
capacidade de compreender os diferentes estados mentais como sentimentos, desejos,
crenças dos outros e de si mesmo. Esta capacidade, segundo Astington (2003), é uma
aquisição cognitiva de extrema importância para a criança, pois, permite que haja
maior percepção do mundo, uma vez que o mundo é representado pela mente. E
também é ressaltado que, a forma como realizada interpretação do mundo pelo sujeito,
representa o que a pessoa diz ou faz.
Este trabalho de cunho prático, então, se constitui na observação e registro de
atividades piagetianas e da teoria da mente, propostas para uma criança de 7 anos
incluindo o diagrama da situação de observação, relato do ambiente físico, do sujeito e
do ambiente social com o objetivo de relacionar aspectos teóricos discutidos em sala
de aula com experiências práticas vivenciadas pelas alunas.
2. PROTOCOLO DE OBSERVAÇÃO
2.1 Nomes dos observadores:
Rafaela Pereira e Renata Reis
3.1.5.1 Lua
RR: - S, agora eu vou te perguntar sobre sol, Lua, nuvens… Pode ser?
S: - Sim
RR: - Eu quero que você me conte o que é a Lua.
S: - A lua é onde… A lua tem gravidade pra gente saltar.
RR: - Saltar? Como que é saltar na Lua?
S: - Tipo se a gente quiser andar - S dá um passo para demonstrar como seria andar
na Lua em direção a porta da garagem, esticando bem suas pernas - eu salto.
RR: - Ah entendi… E porque você acha que a Lua só aparece a noite?
S para por volta de 5 segundos e responde:
S: - Para iluminar porque a noite é escura.
RR: Entendi. E qual é a forma da Lua?
S: - Ela tem… Humm, pera ai.
S fica por volta de dez segundos em silêncio olhando para as mãos enquanto
movimenta os dedos e responde:
S: - Cheia, Minguante, Crescente ou Nova.
RR: - Nossa. Mas, então, ela tem diferentes formas?
S:- Sim.
RR: - Mas você sabe me dizer que forma tem uma delas?
S: - Uma é tipo uma banana, a outra é tipo uma esfera, a outra é… é aquele que não
aparece.
RR: - Ah, tá ótimo, S. E porque ela fica lá longe da gente no céu? O que você acha?
S fica em silêncio por volta de cinco segundos e responde:
S: - Porque se não ia ter luz demais e eu ia ficar cega.
RR: - Boa! E sabe o que eu queria te perguntar, por que às vezes a lua fica grande?
Por que ela cresce?
S: Porque tipo, sabe, a lua tem vááários movimentos. Tipo, não tem que imaginar
porque ela faz de qualquer jeito, tipo, Cheia, Minguante, Crescente ou Nova. Cheia é
quando os lobos latem, auuuuuuu.
RR: - Ah, que legal, S!
3.1.5.2 Sonho
RR: - S, agora eu queria que você me contasse o que você acha que é um sonho.
S: - Sonho é quando você sonha de algumas coisas que pensou, tipo, de terror, filme
legal, de aventura…
RR: - Entendi, então é alguma coisa que você pensa?
S balança a cabeça para cima e para baixo respondendo positivamente a pergunta
RR: - Mas o que é o pensamento, S?
S: - Pensamento… É aquele que você pensa, tipo, se eu quero pensar em alguma
coisa, tipo, em amigos, se eu não tivesse amigos eu ia eu pensar como seria o terceiro
ano.
RR: - Você imagina o terceiro ano, é isso?
S: - Sim.
RR: - Mas o que muda do pensamento para o sonho?
S: - Sonho é porque o cérebro escolhe o sonho e a gente pensa em algumas coisas
que a gente não sabe.
RR: - Mas deixa eu te perguntar, você falou que o cérebro escolhe e a gente sonha,
né? Mas, onde é que o sonho fica?
S: - O sonho fica na cabeça.
RR: - Na cabeça?
S: - Sim.
RR: - Mas ele está agora na sua cabeça?
S: - Não.
RR: - E como que ele vem?
S: - Quando eu to acordada ele fica dormindo e quando eu to dormindo ele fica
acordado fazendo os sonhos.
RR: - E eu tenho como ver o seu sonho?
S: - Não.
RR: - Quem vê seu sonho?
S:- Só eu.
RR: E por que você acha que acontece isso?
S: - Porque eu não entro na sua cabeça e você não entra na minha.
RR: - Então sua mãe, seu pai e seus irmãos não conseguem ver seu sonho?
S: - Não, só eu.
RP: - E você acha que todo mundo sonha?
S: - Sim, todo mundo… Às vezes os adultos sonham de terror porque eles veem filmes
que mata, coisa assim.
RR: - Verdade. E você sonha todas as noites?
S: - Simm.
RP: - E você lembra deles?
S: - Sim. Um dia eu sonhei que estava aqui em casa com meu pai, aí eu fui pra rua
brincar com os meus amigos que era minha festa de aniversário, aí todo mundo foi
embora. Eu sai pra olhar a rua e meu irmão me trancou para fora, mas eu tinha o poder
de abrir a porta. Aí apareceu um palhaço assassino, outro palhaço assassino, outro
palhaço assassino... Um monte de palhaço assassino. E eles colocaram um nariz de
palhaço para me ver, e o nariz era uma câmera!!!
RR: - Nossa que sonho assustador… Mas como você sabe que estava sonhando isso?
Será que não foi uma coisa que você viveu?
S pensa por volta de cinco segundos e pergunta:
S: - Como eu sei que isso não aconteceu?
RR: - Isso. Como você sabe quando é sonho e quando não é? Como você sabe que
não está sonhando agora?
S: - Eu não estou sonhando porque meu sonho tá pensando, escolhendo, como que vai
ser meu sonho. Porque, tipo, se eu for em um lugar eu sonho dele, porque aí eu filmo
na minha cabeça.
RR: - Entendi, muito bem S.
5. CONCLUSÃO
Pode-se concluir que o objetivo central do trabalho foi realizado com sucesso, tendo
em vista que aquele consistia em colocar em prática as teorias vistas em aula a fim de
proporcionar um melhor aprendizado.
A observação e interação com a participante permitiu uma ampla discussão da dupla
no quesito do Desenvolvimento Infantil, aprofundamento da teoria Piagetiana e
instigando-nos a procurar distintas fontes não só sobre o tema mas também sobre a
Teoria da mente. Além disso, acreditamos ter enriquecido nosso olhar frente aos
processos de aprendizagem uma vez que foi possibilitado, pela vivência prática,
compreender como a criança observada formulava suas hipóteses e às testava.
Também consideramos muito relevante o aprendizado em relação ao processo de
maturação do organismo e como este relaciona-se com as experiência com objetos,
com a vivência social, tornando possível a equilibração do organismo ao meio.
Dessa forma, cremos ser lícito concluir que os ideais piagetianos representam um salto
na compreensão do desenvolvimento humano, uma vez que é evidenciado uma
tentativa de integração entre o sujeito e o mundo que o circunda.
6. REFERENCIAL TEÓRICO
Danna, M. F. & Matos, M.A. (1982). Ensinando a observação: uma introdução. São
Paulo: Edicon. (Unidades, 4, 5 e 6)