Resoluções das atividades
M
Ó 4 Histologia animal - Sistema imunitário e tecido muscular » 1
D 5 Histologia animal – Tecido nervoso; Fisiologia humana – Sistema nervoso » 2
U 6 Drogas; Fisiologia humana – Sistema sensorial » 5
L Atividades discursivas » 7
O
S
MÓDULO 4 Histologia animal – Sistema imunitário e
tecido muscular
PARA SALA
ATIVIDADES
01 B
Os soros já contêm os anticorpos necessários ao combate
de uma determinada doença ou intoxicação, enquanto
as vacinas contêm agentes infecciosos incapazes de pro-
vocar a doença (a vacina é inócua), mas que induzem o
sistema imunológico da pessoa a produzir anticorpos, evi-
tando a contração da doença. Portanto, o soro é curativo,
enquanto a vacina é, essencialmente, preventiva.
02 B
A criança I utilizou o procedimento de administração de
soro (imunização passiva), que já possui anticorpos espe-
cíficos para o combate ao parasita, mas confere apenas
imunidade temporária. Enquanto isso, a criança II utilizou
o procedimento de vacinoterapia (imunização ativa), que
representa a administração de antígenos atenuados ou
inativos para induzir uma resposta primária do organismo,
com criação de células de memória.
03 B
Os antibióticos são ineficazes contra os vírus, devendo ser
usados no tratamento de doenças causadas por bactérias,
no caso, a leptospirose. O soro deve ser administrado em
situações em que a pessoa recebe uma toxina muito forte,
como a de uma cobra venenosa. As vacinas, de caráter
preventivo, devem ser administradas quando há risco de
contrair a febre amarela.
04 B
No texto, observa-se a importância da prática do exercício
físico na prevenção do desenvolvimento de doenças car-
diovasculares em relação aos indivíduos sedentários. Ao
mesmo tempo, o estudo aponta que o uso de anabolizan-
tes como o decanoato de nandrolona, tanto por sedentá-
rios como por esportistas, potencializa os riscos, podendo
anular os benefícios do exercício e aumentar a área afe-
tada pelo infarto.
05 C
As características observadas por Joana permitem reco-
nhecer o tecido como muscular cardíaco, devido à pre-
sença de discos intercalares, que são ramificações conec-
tadas que garantem a distribuição do estímulo nervoso ao
longo de todo o músculo cardíaco, promovendo a contra-
ção do coração.
Pré-Vestibular – Livro 2
2021_PV_BIO2_L2_RES.indd 1
BIOLOGIA 2
06 C
Os exercícios são importantes para estimular o desenvol-
vimento de fibras musculares. De acordo com o tipo de
fibra formada, há uma diferença na síntese de energia para
esse músculo. A quantidade de mitocôndrias aumenta de
acordo com a demanda por energia nos exercícios físicos.
Na musculatura, há o aumento da produção de ATP, assim
como da síntese de proteínas, entre outras substâncias.
Dependendo da demanda do músculo por energia, a con-
centração de mitocôndrias aumenta até certo limite, e con-
sequentemente a demanda por gás oxigênio, já que ele é
essencial à produção de energia.
ATIVIDADES
PROPOSTAS
01 B
A vacina consiste em uma terapia de imunização ativa, em
que o indivíduo é colocado em contato com o antígeno
inativado ou atenuado, com o objetivo de elaborar uma
resposta imunológica primária para a formação de células
de memória. A importância de vacinar homens jovens está
no fato de que estes podem transmitir o vírus da doença
a mulheres gestantes; a vacina preventiva favorece o con-
trole e a erradicação da virose.
02 D
A imunização ativa ou vacinoterapia consiste na admi-
nistração de antígenos (microrganismos ou parte deles)
atenuados ou inativados para induzir uma resposta imune
com produção de anticorpos (imunoglobulinas) por ação
dos linfócitos B (plasmócitos). Sendo assim, na imagem,
os imunobiológicos I e II estão sendo utilizados no ser
humano e no equino com a mesma finalidade – produção
de anticorpos. Já o imunobiológico III é formado a par-
tir desses anticorpos produzidos no equino e, posterior-
mente, administrados em humanos – conferindo ação de
imunização passiva (soroterapia).
03 E
A vacina anti-HPV (vírus do papiloma humano) é aplicada
em várias doses. No reforço, a resposta secundária é mais
rápida e intensa, devido ao desenvolvimento das células
de memória. Sendo assim, a vacina ou imunização ativa
atua de forma preventiva e profilática à medida que possui
antígenos que estimulam a produção de anticorpos e dos
linfócitos de memória.
1
10/11/2020 17:15:18
 BIOLOGIA 2
04 E
A resposta humoral consiste na produção de anticorpos
pelo reconhecimento dos determinantes antigênicos reco-
nhecidos pelos linfócitos T e linfócitos B, desencadeando
a produção de anticorpos. As vacinas promovem a for-
mação de células de memória imunológica, enquanto os
soros combatem os antígenos já presentes no sangue e
não estimulam a formação de células de memória imuno-
lógica. A resposta imunitária secundária consiste na produ-
ção de anticorpos mais rapidamente e em menor quanti-
dade em relação à resposta imunitária primária, na qual a
produção de anticorpos é mais lenta e menos intensa.
05 D
Os vasos linfáticos são vasos muito finos que recolhem o
líquido extravasado dos capilares sanguíneos, que passa
a ser chamado de linfa. A linfa circula pelo corpo e passa
pelos linfonodos, nos quais é filtrada pelas células de
defesa para retirada de agentes estranhos. Depois, segue
em direção à veia subclávia esquerda, na qual se conecta à
rede sanguínea e retorna ao sistema circulatório.
06 B
Os monócitos são leucócitos granulócitos de origem mie-
loide, com núcleo em forma de rim, que fagocitam, princi-
palmente, bactérias. Os neutrófilos, também de linhagem
mieloide e granulócitos, apresentam núcleo geralmente
trilobado e fagocitam corpos estranhos que invadem os
tecidos. Os linfócitos, produzidos na linhagem linfoide da
medula óssea vermelha, possuem núcleo ocupando quase
toda célula e são responsáveis pelo reconhecimento dos
determinantes antigênicos e produção de anticorpos.
07 C
O segmento compreendido entre B e C representa o
momento em que a tensão desenvolvida está em 100%,
o que implica afirmar que as moléculas de actina e mio-
sina estão interagindo com a máxima eficiência possível
para promover a contração muscular.
08 C
Na contração muscular, ocorre a união do complexo acti-
na-miosina. Assim, a parte globosa dos filamentos de mio-
sina se prende aos filamentos proteicos de actina. Esse
processo consome ATP e ocorre na presença de íons de
cálcio e magnésio. Desta forma, o músculo encurta, provo-
cando a contração.
09 C
O tecido muscular de origem mesodérmica apresenta-se
no organismo sob três formas distintas: estriado esque-
lético, estriado cardíaco e liso, anteriormente chamado
tecido muscular liso. No tecido muscular estriado cardíaco,
existem estruturas típicas, denominadas discos intercala-
res, que permitem a interação entre as células musculares,
favorecendo a transmissão do sinal elétrico. As fibras mus-
culares lisas encontram-se em diversos órgãos e possuem
actina e miosina, porém não há o mesmo arranjo que o
2 Pré-Vestibular – Livro 2
2021_PV_BIO2_L2_RES.indd 2
observado no tecido muscular estriado. As fibras estriadas
esqueléticas são alongadas e multinucleadas, pois são
oriundas da fusão de diversas células e possuem estria-
ções transversais.
10 B
A toxina botulínica provoca a paralisia do tecido muscular,
o que pode provocar a morte dos indivíduos infectados,
pois os músculos não reagem aos estímulos de contração.
Utilizando sua capacidade paralisante, a versão modificada
atenua os sintomas do blefaroespasmo.
11 D
No tecido estriado, o arranjo entre as fibras de actina e mio-
sina determina o padrão clássico de estriações. Segundo
a teoria dos filamentos deslizantes, a interação entre os
filamentos de actina e miosina resulta no estabelecimento
do complexo actomiosínico, determinando a contração
muscular. Para que esse processo ocorra, é essencial a pre-
sença de íons cálcio. Durante o relaxamento, o estabele-
cimento do complexo actomiosínico ocorre quando esses
íons são transferidos para o retículo sarcoplasmático.
12 C
Os exercícios de musculação aceleram o crescimento e a
resistência muscular, pois estimulam a multiplicação de célu-
las e fibras musculares, reduzindo os riscos de sarcopenia.
MÓDULO 5 Histologia animal – Tecido nervoso;
Fisiologia humana – Sistema nervoso
ATIVIDADES
PARA SALA
01 B
A bainha de mielina constitui um envoltório de natureza
lipídica, presente no revestimento da fibra axônica e dire-
tamente relacionado à velocidade de propagação do
impulso nervoso. Grande parte das doenças neurodege-
nerativas, inclusive a ALD, resulta da degradação progres-
siva dessa bainha, levando à dificuldade na transmissão
dos impulsos nervosos.
02 D
O tecido nervoso é composto pelos neurônios e pelas célu-
las da glia. Estas constituem cerca de metade do sistema
nervoso central. A maior parte dos neurônios do sistema
nervoso é envolvida por um revestimento denominado
estrato mielínico. Esse estrato, ou bainha, isola o axônio;
no entanto, ao longo do axônio aparecem regiões que não
são cobertas pela bainha, denominadas nós neurofibrosos.
A existência dessas regiões promove o aumento da veloci-
dade de propagação do impulso nervoso. No sistema ner-
voso periférico, as células produtoras desse estrato são as
células de Schwann, e no sistema nervoso central, a bainha
é produzida pelos oligodendrócitos.
10/11/2020 17:15:18

03 B
A despolarização da membrana de neurônio consiste na
inversão de polaridade, caracterizada pela entrada passiva
de íons sódio. Esse processo é gradual e ocorre ao longo
do trecho ascendente da curva (fase 0), completando-se na
ordenada do gráfico. A repolarização ocorre pela neces-
sidade de a célula retornar ao seu potencial de repouso
(polarizada) e, portanto, configura-se pela saída de íons
potássio de dentro da célula. Este último é um processo
que ocorre ao longo da curva descendente (fase 3).
04 D
A substância anestésica impede os neurotransmissores
de serem liberados pela fenda sináptica. Dessa forma, o
impulso nervoso não é conduzido de célula a célula, dimi-
nuindo ou cessando, então, a sensação de dor.
05 D
Agindo como antidepressivo, a serotonina é um neurotrans-
missor que se concentra, por meio de medicamentos, no
terminal sináptico do axônio, garantido a propagação do
impulso nervoso. Outras funções da serotonina são regular as
funções neuroendócrinas e atividades motoras e cognitivas.
06 C
A imagem representa a transmissão química do impulso
nervoso, em que 1 indica a vesícula sináptica no terminal
do axônio; 2, a liberação do neurotransmissor na fenda
sináptica, que é indicada por 4, e os receptores pós-sináp-
ticos, indicados por 3.
07 D
As meninges são três membranas que revestem todo o
sistema nervoso central, protegendo-o de choques contra
os ossos do crânio e vértebras. Entre duas dessas membra-
nas, há também um líquido que circula entre as meninges,
chamado de líquor.
08 D
O aumento dos batimentos cardíacos é determinado pela
ação do ramo simpático do sistema nervoso autônomo.
Essa porção do SNA atua de forma dependente da adre-
nalina e da noradrenalina e promove a aceleração dos
batimentos cardíacos (taquicardia), a dilatação da pupila,
a inibição da salivação etc. Já o SNA parassimpático se
apresenta de forma antagônica ao simpático, e a ativação
é resultado da ação do mediador acetilcolina.
09 A
a) (V)
b) (F) O sistema nervoso central é composto por encéfalo
e medula espinal, e o periférico pelos nervos e gân-
glios.
c) (F) Os neurônios são classificados em sensitivos ou afe-
rentes, motores ou eferentes e mistos.
Pré-Vestibular – Livro 2
2021_PV_BIO2_L2_RES.indd 3
BI OLOGI A 2
d) (F) As fibras nervosas do ramo parassimpático se loca-
lizam nos nervos cranianos e raquidianos, enquanto
que as do simpático estão localizadas nos nervos
cranianos.
e) (F) O sistema nervoso somático controla as ações
voluntárias do corpo, como respiração. Batimento
cardíaco é ação involuntária.
PROPOSTAS
ATIVIDADES
01 C
A esclerose múltipla é uma doença neurodegenerativa
que promove a destruição da bainha de mielina, estru-
tura lipídica que isola o neurônio e permite aumento da
velocidade de propagação do impulso nervoso. Quando
há desencapamento dos neurônios em virtude da doença,
ocorre então diminuição da velocidade de propagação
dos impulsos nervosos.
02 B
A bainha de mielina é formada por múltiplas dobras da
membrana plasmática das células de Schwann ao longo
do axônio, no sistema nervoso periférico, e dos oligoden-
drócitos, no sistema nervoso central, atuando como iso-
lante elétrico e aumentando a velocidade da propagação
do impulso nervoso.
03 C
Os oligodendrócitos (1-A) e as células de Schwann (3-E)
são células glia responsáveis pela formação da bainha de
mielina nos sistemas nervosos central e periférico, res-
pectivamente. Já os astrócitos (2-C) são células glia que
atuam na nutrição dos neurônios, entre outras funções. As
microglias (5-D), por sua vez, são células glia relacionadas
à defesa do sistema nervoso. Por fim, as células ependimá-
rias (4-B) atuam no revestimento do sistema nervoso.
04 A
O impulso nervoso que percorre a cadeia de neurônios
é unidirecional nas células e em suas terminações. O tra-
jeto segue a sequência: dendritos, corpo celular, axônio e
sinapse, local em que o sinal é propagado pela liberação
de neurotransmissores.
05 B
As terminações do axônio possuem vesículas que contêm
neurotransmissores. Ao atingirem essa região, os impul-
sos nervosos vão estimular a liberação dessas substâncias
químicas, permitindo que o impulso nervoso seja propa-
gado para o neurônio adjacente.
06 C
A continuidade entre os neurônios ocorre por meio de
sinapses elétricas e sinapses químicas. Nas sinapses quí-
micas, são liberadas substâncias denominadas neurotrans-
missores, que podem ser estimuladores ou inibidores. Um
neurônio em repouso encontra-se polarizado, apresen-
tando maior concentração de sódio no meio extracelular e
menor concentração de íons potássio no meio intracelular.
3
10/11/2020 17:15:18
 BIOLOGIA 2
Nos axônios dos neurônios, existe uma estrutura denomi-
nada bainha de mielina, que interfere na velocidade de
propagação do impulso nervoso. Nas fibras mielínicas,
a propagação do sinal elétrico é mais rápida do que nas
fibras amielínicas.
07 B
A questão descreve a passagem do impulso nervoso com
a participação de neurotransmissores, caracterizando
a sinapse química. Dessa forma, o processo tem início
com os neurotransmissores atingindo o dendrito e com o
impulso se propagando por ele. Em seguida, o impulso
chega ao corpo celular, propaga-se pelo axônio e este não
libera os neurotransmissores.
08 C
Com o bloqueio dos receptores dopaminérgicos, é possí-
vel o tratamento de transtornos nos sistemas mesolímbico
e mesocortical, que envolvem ações comportamentais,
emocionais e cognitivas, comuns na esquizofrenia.
09 A
Os mediadores químicos ou neurormônios são substân-
cias liberadas por uma fibra nervosa quando excitada. Eles
atuam como intermediadores dos impulsos nervosos, pro-
movendo a sua propagação de um neurônio para outro.
Os neurormônios são liberados por um neurônio nas
fendas sinápticas, e se ligam a receptores localizados no
neurônio adjacente. Assim, não há contato físico entre os
neurônios para que o impulso nervoso seja propagado.
10 C
A imagem mostra a transmissão do impulso nervoso em
uma sinapse química mediada por neurotransmissores,
substâncias liberadas na fenda sináptica no momento em
que o impulso chega à porção terminal do axônio. Essa
transmissão é unidirecional, no sentido dos dendritos à
porção final do axônio. Os receptores dos neurotransmis-
sores estão localizados na membrana pré e pós-sináptica.
O impulso nervoso desencadeia uma inversão de cargas
na membrana do axônio, promovendo a entrada de íons
sódio e a saída de íons potássio.
11 D
A serotonina é um neurotransmissor presente em drogas
antidepressivas, que aumentam a concentração dessa
substância na fenda sináptica. A serotonina se relaciona à
regulação do humor, da sensibilidade à dor, do ritmo cicar-
diano, do sono e do apetite.
12 D
As recentes pesquisas sugerem que o consumo rico em
gorduras leva a uma diminuição dos níveis de receptores
de dopamina, reconhecidos pela neurociência como cen-
tros de prazer. Muitas drogas de atividade estimulante,
como o cloridrato de cocaína e seus derivados, atuam
nos mesmos centros sinápticos. Sendo assim, o vício em
alimentos ricos em gordura acaba acionando os mesmos
centros de prazer que a cocaína.
4 Pré-Vestibular – Livro 2
2021_PV_BIO2_L2_RES.indd 4
13 B
A função respiratória, bem como sua frequência, é abso-
lutamente mantida pelo bulbo raquidiano (centro respira-
tório), de forma involuntária e controlada pelo pH do san-
gue. Em situações de acidose, ocorre excitação do bulbo e
aumento da frequência respiratória, enquanto na alcalose
ocorre depressão do centro respiratório.
14 D
Os neurônios aferentes ou sensitivos transmitem informa-
ções de sensações ou percepções dos órgãos efetores
para o SNC, enquanto os neurônios eferentes ou motores
transmitem informações de respostas que foram proces-
sadas no SNC para os órgãos efetores (aqueles que vão
executar a ação).
15 B
A adrenalina é um hormônio liberado em situações de
emergência ou medo. Atua estimulando o sistema ner-
voso e deixando o organismo em estado de alerta, pre-
parado para fuga ou reações adversas. Algumas de suas
ações são: aumento da frequência cardíaca e respiratória,
elevação da pressão sanguínea, maior liberação de glicose
pelo fígado, dilatação da pupila e dos vasos sanguíneos. É
um neurotransmissor liberado nas extremidades dos axô-
nios dos neurônios. Por acelerar o metabolismo, disponi-
biliza maior quantidade de energia para o corpo com base
na metabolização de carboidratos e lipídios, considerados
compostos energéticos.
16 C
O curare é uma toxina que impede a ação do neurotrans-
missor acetilcolina. Desta forma, a musculatura não sofre
contração e torna-se flácida. Esse neurotransmissor é reco-
nhecido nas placas motoras como sinal para a contração
muscular. A baixa produção de acetilcolina não se rela-
ciona à morte neuronal.
17 D
A acetilcolina é um neurotransmissor liberado pelos neurô-
nios pós-ganglionares do sistema nervoso autônomo
parassimpático, estimulando principalmente atividades
relaxantes, como a redução da frequência cardíaca, saliva-
ção e estímulo do peristaltismo do intestino grosso.
18 B
No SNC, a substância cinzenta é formada pelos corpos
celulares dos neurônios, enquanto a substância branca
é formada pelas fibras nervosas. Os 12 pares de nervos
cranianos conectam o encéfalo aos órgãos dos senti-
dos e à musculatura, apresentando funções sensitivas e
motoras. Em geral, o SN autônomo simpático e o paras-
simpático apresentam funções antagônicas. Porém, tra-
balham de forma coordenada sobre diversos sistemas do
organismo. As sinapses ocorrem entre o axônio de um
neurônio e o dendrito de outro.
10/11/2020 17:15:18

MÓDULO 6 Drogas; Fisiologia humana – Sistema
sensorial
ATIVIDADES
PARA SALA
01 A
A dor de cabeça muitas vezes se encontra associada à
compressão dos nervos em decorrência da vasodilatação.
Dessa forma, alguns medicamentos, objetivando maior efi-
cácia no combate à dor de cabeça, têm adição de cafeína,
que, atuando no sistema nervoso, estimula as suprarrenais
a produzirem adrenalina, um vasoconstritor. Com isso, o
efeito seria uma diminuição da compressão sobre as ter-
minações nervosas.
02 A
O álcool etílico ou etanol é produzido pela fermentação
alcoólica de carboidratos, agindo como antagonista do
neurotransmissor inibitório ácido gama-aminobutírico
(GABA), estimulando sua liberação em várias regiões do
sistema nervoso central. Curiosamente, a ação inicial do
álcool é liberar GABA em regiões inibidoras do sistema
nervoso central, o que acaba tendo um efeito estimulante.
Assim, em pequenas doses, o álcool aumenta a capaci-
dade de concentração e mesmo a memória, tendo ainda
efeitos como a promoção de bem-estar e desinibição, uma
vez que afeta inicialmente os centros do julgamento lógico
do cérebro. Em doses mais elevadas, o efeito depressor
do etanol começa a se fazer notar, o que é agravado pelo
fato de o álcool começar a ser transformado em seu meta-
bólito, o acetaldeído, ainda mais tóxico (e principal res-
ponsável pelas dores de cabeça da ressaca).
03 B
O crack é uma droga derivada da cocaína, acrescida de
outras substâncias como o amoníaco e bicarbonato de
sódio. Possui alta capacidade de gerar dependência. Em
geral, seus efeitos são: depressão, delírios, ataques de
pânico, impacto na capacidade cognitiva, além de doen-
ças cardíacas e pulmonares. Também se verificam sensa-
ção de poder, hiperatividade e insônia em usuários.
04 C
As células fotorreceptoras da retina são os cones e bas-
tonetes, ambos sensíveis à luminosidade; no entanto, os
bastonetes são mais sensíveis, sendo responsáveis pela
visão em ambientes pouco iluminados (penumbra). Os
cones são responsáveis pela visão em cores.
05 A
Na retina, estão as células fotorreceptoras que permitem a
visão: os bastonetes e os cones. Os bastonetes são células
muito sensíveis, que se tornam ativas em ambientes com
pouca luz, garantindo a visão de penumbra e com pouca
nitidez. Os cones são células ativas em ambientes bem ilu-
minados, que garantem a visão em cores e com muita niti-
dez. Desta forma, a degeneração dessas células impediria
a visão das cores. A projeção dos raios na retina depende
Pré-Vestibular – Livro 2
2021_PV_BIO2_L2_RES.indd 5
BI OLOGI A 2
da integridade da córnea. Embora a imagem seja proje-
tada na retina invertida, no cérebro ela é interpretada na
posição normal. A dificuldade em visualizar objetos próxi-
mos é comum à miopia, distúrbio relacionado a um alon-
gamento anteroposterior do globo ocular. O diâmetro da
pupila é controlado por músculos que se prendem à íris.
06 B
a) (F) As células sensoriais que detectam a posição do
corpo em relação à gravidade, responsáveis pelo
equilíbrio, se localizam na orelha interna.
b) (V) A cóclea capta as vibrações que vêm da orelha
média, que se propagam pelo seu interior, e as
transforma em impulsos nervosos que serão con-
duzidos até a região temporal do encéfalo, onde os
sons são interpretados.
c) (F) A membrana timpânica se localiza no limite entre a
orelha externa e a orelha média.
d) (F) Os ossículos martelo, bigorna e estribo se localizam
na orelha média.
e) (F) A tuba auditiva liga a orelha média à faringe, parti-
cipando do controle da pressão interna.
ATIVIDADES
PROPOSTAS
01 D
O álcool é uma droga depressora do sistema nervoso cen-
tral. Em pequenas doses, pode haver comprometimento
da coordenação motora, das funções sensoriais e desi-
nibição no comportamento; em doses médias, os refle-
xos ficam mais lentos; em altas doses, pode haver visão
dupla, ataxia e parada respiratória. A ingestão de café ou
outras bebidas, assim como a prática de exercícios físicos
e a ingestão concomitante de alimentos salgados, não
reduz os efeitos do álcool. Por ser absorvido, em parte,
pela mucosa estomacal e ser altamente solúvel em água, o
álcool se espalha rapidamente na corrente sanguínea, ele-
vando a alcoolemia. A água fria tende a contrair os vasos
periféricos, o que reduz o fluxo sanguíneo para certas
áreas, mas não intervém na atividade hepática, que é onde
o álcool é metabolizado. Assim, os efeitos permanecem.
02 C
Alguns componentes do fumo, como o alcatrão e os hidro-
carbonetos, podem provocar câncer e destruir os tecidos
de revestimento da mucosa das vias aéreas com a fumaça
aquecida, além de liberar o monóxido de carbono, con-
siderado um gás tóxico. O CO se liga à hemoglobina de
forma estável, formando o composto chamado carboxie-
moglobina. Essa ligação impede o transporte de gás oxi-
gênio para as células, pois a hemoglobina não se liga ao
O2, causando hipóxia nos tecidos.
03 D
A convivência com fumantes pode causar prejuízos tão
graves quanto causa para quem é fumante ativo. Os ben-
zodiazepínicos não causam ilusões ou alterações de sen-
tidos, são drogas tranquilizantes que inibem a ação do
sistema nervoso. A maconha ainda é uma droga ilícita
em muitos países, inclusive na América do Sul. As drogas
5
10/11/2020 17:15:19
 BIOLOGIA 2
sintéticas são produzidas em laboratórios. A cocaína é uma
droga estimulante extraída de uma planta da América do
Sul e também apresenta efeitos anestésicos, fato que a fez
ser usada com indicações clínicas no passado; no entanto,
devido aos seus efeitos prejudiciais ao sistema nervoso,
seu uso se tornou obsoleto. Por fim, as chamadas drogas
sintéticas são sintetizadas por meio de elementos diversos
presentes na natureza, os quais, combinados, produzem
alteração de consciência.
04 B
O etanol é um agente químico empregado para diversos
fins e componente das bebidas denominadas alcoólicas,
sejam destiladas ou fermentadas. Essa substância tem efei-
tos sobre a atividade dos neurônios de certas áreas do encé-
falo e também sobre a atividade do tecido hepático. Como
o fígado tem várias funções metabólicas, o consumo crô-
nico de álcool causa alterações hepáticas que interferem no
metabolismo, por exemplo, dos lipídeos. As células huma-
nas são estruturas complexas dotadas de componentes
diversos que incluem organelas e núcleo celular contendo
envoltório ou carioteca. No fígado, as células são diploides,
e as lesões podem ser recuperadas por meio do processo
mitótico, que resulta na formação de novos hepatócitos.
05 E
As drogas constituem substâncias exógenas que inter-
ferem de alguma forma na dinâmica de funcionamento
dos sistemas do organismo. As psicotrópicas vão pro-
mover modificações no sistema nervoso central (SNC),
sendo classificadas de acordo com sua ação em: depresso-
ras, estimulantes e perturbadoras. Dentro desse modelo,
o álcool possui ação depressora, a cocaína é estimulante,
enquanto a maconha é perturbadora.
06 D
As drogas estimulantes do sistema nervoso central, de
modo geral, levam a efeitos sistêmicos como taquicardia,
hipertensão, taquipneia, euforia, aumento no estado de
vigília e supressão da fome. São exemplos: cafeína, nico-
tina, cocaína e anfetaminas. As drogas depressoras do sis-
tema nervoso central, de modo geral, levam a efeitos sistê-
micos como bradicardia, hipotensão, bradipneia, letargia
e sonolência. Algumas delas, como álcool e opioides, em
pequenas doses, têm efeitos estimulantes.
Assim, depressão e estimulação do SNC também podem
ser efeitos do uso, respectivamente, de álcool e crack.
07 B
a) (F) Quanto maior a intensidade sonora, maior os riscos
à saúde auditiva; assim, quem ouve música durante
quinze minutos a 100 dB tem mais riscos do que um
operário trabalhando duas horas a 85 dB.
b) (V)
c) (F) A surdez é uma condição que pode ser determi-
nada geneticamente, por hábitos da pessoa e/ou
com a idade.
d) (F) Os canais semicirculares determinam a percepção
do equilíbrio corpóreo.
e) (F) A cóclea faz a percepção das ondas mecânicas que
são transferidas para o nervo auditivo e conduzidas
ao cérebro, onde os sons são interpretados.
6 Pré-Vestibular – Livro 2
2021_PV_BIO2_L2_RES.indd 6
08 C
a) (F) O sistema sensorial é responsável por captar os
estímulos do ambiente e transmiti-los ao SNC por
meio de impulsos nervosos.
b) (F) As sensações de dor e temperatura são detectadas
por diferentes receptores e transmitidas ao SNC
por fibras nervosas distintas.
c) (V)
d) (F) Os bulbos terminais de Krause são modificações
dendríticas de neurônios sensíveis às variações tér-
micas detectadas pela pele.
e) (F) Os receptores cutâneos se espalham por todo o
corpo, não somente na ponta dos dedos.
09 A
a) (V)
b) (F) As lentes convergentes são usadas para a correção
da hipermetropia; as divergentes, para miopia; e as
cilíndricas, para astigmatismo.
c) (F) O astigmatismo é consequência de uma assimetria
na curvatura da córnea ou do cristalino, projetando
imagens em vários pontos, por isso forma uma
visão sem nitidez.
d) (F) Ao penetrar os olhos, a luz passa por: córnea,
humor aquoso, pupila, lente, corpo vítreo, retina e
nervo óptico, em sequência.
e) (F) A retina forma a camada mais interna do globo ocu-
lar e contém dois tipos de células fotorreceptoras,
os bastonetes (visão com baixa luminosidade) e os
cones (responsáveis pelas cores).
10 E
Na língua existem sensores, as papilas linguais, que detec-
tam a presença de substâncias químicas que determinam
os sabores dos alimentos. Esses sabores são conduzidos
por nervos até o cérebro e os sabores são interpretados. A
percepção dos sentidos está relacionada aos nervos sensi-
tivos, que compõem o sistema nervoso periférico. O olfato
e o paladar são dois sentidos diretamente relacionados.
Acredita-se que, ao se ingerir um alimento, substâncias
voláteis são liberadas e percebidas pelo bulbo olfativo e
enviadas ao cérebro.
11 C
a) (F) O tecido conjuntivo se origina na mesoderme.
b) (F) Ao se moverem para cima, as células se tornam
achatadas, e não cilíndricas.
c) (V)
d) (F) As proteínas queratina e melanina são produzidas
pelo tecido epitelial.
e) (F) As células queratinizadas da epiderme estão distin-
tas da lâmina basal.
12 D
Uma disfunção visual que afete os fotorreceptores deno-
minados cones ocasionará alteração na captação e inter-
pretação das cores. Assim, independentemente da luz
empregada na iluminação de um objeto, ele se apresen-
tará ao cérebro como sendo cinza, uma vez que somente
a ação dos bastonetes vincula-se à captação da luminosi-
dade, sem, no entanto, promover a diferenciação das cores.
10/11/2020 17:15:19

ATIVIDADES
Módulo 4
01 a) Os dois fragmentos referem-se à imunização ativa, ou
seja, à vacinação, não possuindo, pois, relação com a
à imunização passiva (soroterapia). Nos dois casos, os
indivíduos receberam antígenos e passaram a produzir
anticorpos.
b) Com base nas experiências relatadas, puderam ser produ-
zidas vacinas. Na presença de antígenos, provenientes das
vacinas, as células de memória produzem os anticorpos.
02 a) A destruição inespecífica de bactérias patogênicas é
feita por meio da fagocitose, pelos macrófagos presen-
tes no tecido conjuntivo e pelos neutrófilos do plasma
sanguíneo.
b) A reação humoral específica é a produção de anticor-
pos pelos linfócitos B.
03 a) Os maratonistas pertencem ao grupo C, pois em corridas
de longas distâncias é necessário uma maior quantidade
de energia, conseguida pela alta densidade de mitocôn-
drias e pelo metabolismo aeróbico. Os velocistas estão
representados pelo grupo A, já que em corridas de curta
distância as fibras do tipo II, de contração rápida e meta-
bolismo anaeróbico, são mais utilizadas.
b) Devido à taxa inadequada de gás oxigênio, as fibras
musculares realizam atividade anaeróbica para a produ-
ção de energia, o que leva ao acúmulo de ácido lático.
Esse acúmulo de ácido lático no músculo é o responsá-
vel pela dor, situação a qual é rapidamente contornada
pela metabolização rápida desse ácido.
Módulo 5
01 a) Os impulsos se propagam de Y para X.
b) Entre os neurônios existe uma fenda, na qual ocorre a
sinapse. Mediada por neurotransmissores, ela permite
a passagem do impulso nervoso de um neurônio a
outro ou às células efetoras.
c) A transmissão unidirecional na sinapse é possível
devido às vesículas com neurotransmissores que se
encontram nas terminações do axônio pré-sináptico.
02 a) Entre dois neurônios existe um espaço, chamado de
fenda sináptica, no qual ocorre a sinapse, que é a trans-
missão do impulso nervoso de um neurônio a outro por
meio dos neurotransmissores.
b) Em geral, reações de raiva provocam taquicardia, cau-
sada pela liberação do hormônio adrenalina.
Pré-Vestibular – Livro 2
2021_PV_BIO2_L2_RES.indd 7
BI OLOGI A 2
03 a) X corresponde ao ramo parassimpático do sistema ner-
voso autônomo e Y corresponde ao ramo simpático.
b) O sistema nervoso simpático atua mais rapidamente
em situações de emergência, pois provoca a estimula-
ção de vários órgãos que garantem uma resposta ime-
diata do corpo. Outras ações do ramo simpático são:
aumento da frequência cardíaca, da pressão arterial e
vasoconstrição periférica.
04 Entre os neurônios existe um espaço chamado de sinapse
neuronal, em que os neurotransmissores são liberados e o
impulso nervoso passa de um neurônio para outro.
Módulo 6
01 A organela afetada é a mitocôndria. A região alterada é a
crista mitocondrial, em que ocorre a cadeia respiratória e a
maior produção de ATP.
02 a) A luz atravessa a córnea, chega ao cristalino responsável
pela focalização da imagem e atinge a retina, na qual é
formada a imagem invertida. O estímulo é transmitido
pelo nervo óptico até o cérebro, no qual é interpretado.
b) No olho de uma pessoa míope, a imagem se forma antes
da retina, pois o globo ocular de um míope é mais alon-
gado. A correção desse defeito visual é possível com o
uso de lentes divergentes. Já no hipermetrope, o globo
ocular é um pouco mais estreito; logo, a imagem tende a
se formar depois da retina. Para se corrigir a hipermetro-
pia, deve-se utilizar lentes c­ onvergentes.
03 a) As orelhas (nomenclatura mais atual) são compostas por:
orelha externa, orelha média e orelha interna. As células
lesadas pelo excesso de ruído se situam na orelha interna.
b) Na orelha externa, ocorrem a captação e a condução do
som. Na orelha média, ocorre a transmissão do som por
meio da membrana timpânica e dos ossículos para a
orelha interna, na qual os estímulos passam pelo órgão
em espiral e chegam ao nervo auditivo para serem
enviados ao cérebro.
7
10/11/2020 17:15:19