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Artimanhas do Amor

Copyright © 2020 Tory Baker


Copyright da Tradução © 2024 Editora Five
Todos os direitos reservados.
Produção Editorial: Grupo Editorial Five
Arte de Capa: One Minute Design
Tradução: Marcela Portelo Pettezzoni
Revisão e Preparação: EN Serviços Editoriais
Diagramação: Carol Dias
Imagens de diagramação: Freepik
Nenhuma parte do conteúdo desse livro poderá ser reproduzida em qualquer meio ou
forma — impresso, digital, áudio ou visual — sem a expressa autorização sob penas criminais e
ações civis.
Esta é uma obra de ficção. Nomes, personagens, lugares e acontecimentos descritos são
produtos da imaginação da autora. Qualquer semelhança com nomes, datas ou acontecimentos
reais é mera coincidência.
Sumário

Início
Capítulo 1
Capítulo 2
Capítulo 3
Capítulo 4
Capítulo 5
Capítulo 6
Capítulo 7
Capítulo 8
Capítulo 9
Capítulo 10
Capítulo 11
Capítulo 12
Capítulo 13
Capítulo 14
Epílogo
Sobre a autora
Sobre a Five
Não tem como você começar o próximo capítulo da sua vida se continuar relendo o anterior.
— Anônimo
Não acredito que eles me demitiram. Claro, sou uma das arquitetas juniores mais
jovens, mas foi muito de repente. Eu tinha acabado de sair da faculdade e mal conseguia juntar
dois centavos quando consegui o emprego na Gardener’s Engineering. Eu deveria saber que era
bom demais para ser verdade. Agora estou de volta em casa, chorando e bebendo. Em uma casa
que nem é minha, aliás, é de Cooper, e tenho a sensação de que, quando contar a ele que perdi
meu emprego, ficarei sem teto novamente.
Eu estava trabalhando como bartender no bar de Tyler quando conversei com ele sobre
meu aluguel e como o contrato estava chegando ao fim quando ele mencionou que Cooper tinha
uma casa com dois quartos. Olhei para Tyler como se ele estivesse louco. Embora a ideia me
agradasse, tinha que ser melhor do que o chiqueiro em que eu estava vivendo com as meninas.
Olhei para Coop com esperança nos olhos e ele balançou a cabeça negando enfaticamente. Até
Tyler, meu chefe e amigo, me ajudar. Ele literalmente salvou minha vida. Por quê? Não faço
ideia. Eu considerava Tyler um irmão mais velho, ele sabia dos meus objetivos e sonhos e os
encorajava. Ainda não faço ideia de como ele convenceu Cooper a ter uma colega de quarto
quando ele claramente não precisava de uma.
Não me interpretem mal, sou muito grata por isso, o contrato do meu aluguel acabou
em menos de três semanas e, entre trabalhar, ir à faculdade e pagar as contas, tive que escolher as
contas pois minha conta bancária estava criando poeira.
Cooper não precisava de uma colega de quarto e nem de uma amiga. A maneira como
ele vestia suas camisas e calças, sempre da melhor procedência, me provou que ele não precisava
mesmo da primeira parte. Ele sempre vinha ao bar com alguns homens de terno. Na maioria das
vezes, o paletó era descartado, as mangas eram arregaçadas e a gravata era enfiada no bolso.
Quando ele começou a vir, Tyler pedia licença para sair do bar e me pedia para servi-
los enquanto eles conversavam e bebiam. Eu adorava trabalhar atrás do balcão, sem falar nas
gorjetas que ganhava. Às vezes acho que Tyler fez isso de propósito. Quando contei que estava
me formando, chorei em seu colo. Estava triste por ter que sair do bar, era mais um capítulo se
encerrando e eu estava com medo de perder Tyler também. De certa forma, ele era a única
família que eu tinha, algo que ele sabia por que eu sempre comentava sobre quando fechávamos
o bar juntos.
Onde eu morava antes de parar em uma casa como a de Cooper? Simples. Três outras
garotas e eu alugamos um apartamento por quase nada nos arredores do campus. Eram duas
garotas por quarto, mas era dividido em quatro partes. Duas voltaram para seus estados de
origem, e a outra foi morar com seu agora noivo. É triste. É de se pensar que teríamos formado
um vínculo morando juntas, mas não.
Minha agenda era além de caótica e trabalhar em um bar também não ajudava muito.
Então, quando a formatura estava se aproximando, eu disse a Tyler que não tinha certeza do que
fazer a seguir e ele me dizia para ter paciência, pois conhecia alguém. Ele ofereceu para que eu
ficasse na casa dele, mas Tyler morava em um apartamento em cima do bar e teria sido péssimo
para sua vida agitada. O cara é workaholic e já vi o modo como as mulheres flertam com ele,
passando seus números disfarçadamente ou se agarrando nele quando ele as acompanhava para
fora do bar. Isso me fazia ter crises de riso enquanto ele balançava a cabeça e dizia: “Você
poderia ter ajudado, porra”.
Isso me leva ao aqui e agora. É bem provável que eu me ajoelhe e implore pelo meu
emprego no The Alibi novamente.
Me sentindo como a idiota que sou, parei no supermercado a caminho de casa e
comprei duas garrafas de vinho. Do barato, porque é o que eu prefiro; agora mais do que nunca.
Estou silenciosamente me perguntando o que diabos vou fazer. Claro, tenho dinheiro suficiente
para pagar minha parte do aluguel pelos próximos dois meses e meus empréstimos estudantis
caíram para alguns mil dólares, pelo menos eu fui inteligente nisso. Eu poderia estender o tempo
dos empréstimos, mas ter essa dívida me faz estremecer.
— Eu poderia pedir seguro-desemprego, — digo para o ar. O condomínio de Coop é
incrível, fica no centro da cidade, tem todos os luxos de uma casa e ainda tem uma varanda. É
onde estou sentada nesse momento, já na garrafa número dois, quando ouço a porta da frente se
abrir. Está uma temperatura agradável de vinte e três graus em nossa pequena área central do
Tennessee. A vista deslumbrante do rio, as árvores ondulando ao vento e o cheiro da água nos
paredões. O clima está fresco e sei que o outono está chegando.
Cooper odeia quando deixo as portas do pátio abertas enquanto fico sentada do lado de
fora, diz que deixa o apartamento úmido. Ele é só papo, isso sim. Adivinha quem estava sentado
no meu lugar apreciando a vista quando cheguei em casa do trabalho algumas semanas atrás? O
próprio Cooper.
— O que você disse?
Meus olhos se movem de seus sapatos de couro preto italiano verdadeiro, para suas
calças sociais que foram feitas sob medida para suas pernas e cintura, e param em sua camisa
social branca que, sem dúvida, também foi feita especialmente para ele. Seus antebraços estão à
mostra, exibindo seus músculos e a camisa está desabotoada na altura do pescoço. O cabelo de
Cooper ainda está penteado para trás devido à maneira como ele o ajeita para o trabalho e seus
olhos azuis me hipnotizam. Ele está sorrindo, como se soubesse de algo que eu não sei, e isso
está me fazendo querer algo que nunca quis antes.
— Ouvi você dizer alguma coisa, Hadley. Sabemos que você fala baixinho quando
pensa que está sozinha. O que está acontecendo? — Ele se agacha na minha frente. Minhas
pernas estão pressionadas contra o meu corpo, meus braços estão em volta delas e meu queixo
está apoiado nos joelhos.
— Estou fodida, — falo de uma vez só.
— Percebi. Quantas taças de vinho você bebeu sozinha? — ele retruca e eu bufo.
Cooper é meu melhor amigo. Para ser sincera, ele e Tyler são meus únicos amigos de verdade.
— Não assim, embora eu esteja quase lá. Aquela segunda garrafa de Riunite
Lambrusco está chamando meu nome. Foram os melhores oito dólares que já gastei.
Cooper segura meu pulso e desliza o polegar sobre minha pulsação. Querido Deus, o
que está acontecendo? Deve ser o vinho falando. Não há como meu colega de quarto que virou
meu melhor amigo estar fazendo meu coração bater tão forte assim no peito.
— Trouxe o jantar, vamos comer. Vou beber um pouco do seu vinho barato e você
pode me dizer por que está triste.
— Você provavelmente vai me achar uma fracassada depois que eu te contar. Então,
não diga que não avisei.
Cooper me ajuda a levantar e, de alguma forma, consigo equilibrar meu corpo.
— Não acho que seja possível. Vamos. Peguei comida no Merchant’s.
— Por favor, me diga que você comprou o pimentão assado com queijo, a salada
wedge e o peru deles? — eu gemo. Comida e vinho são meus dois maiores pontos fracos. É algo
que aprendi a apreciar, mesmo me dando mais curvas do que realmente quero ou preciso.
— Não é o que trago sempre? — Cooper me oferece seu sorriso de derreter as
calcinhas e, mais uma vez, fico perplexa com a origem desse pensamento. Estou definitivamente
colocando a culpa no vinho. Só pode ser ele o culpado.
Hadley está prestes a tomar um porre. Ela não costuma beber assim, mas de vez em
quando acontece. É um jantar e um show ao mesmo tempo. Estou com meu braço em volta dela,
caso ela perca o equilíbrio e sua cabeça está apoiada entre meu braço e meu peito quando a ouço
murmurar.
— Uhmm, você tem um cheiro bom, Cooper. De brisa fresca com canela e um toque
cítrico.
É, está na hora de colocar comida na barriga dela, e rápido. Entramos no apartamento e
Hadley se senta na cadeira enorme. É a cadeira dela, ou pelo menos é o que diz. Há um empate
entre o que ela mais ama na casa: a varanda ou onde ela acabou de sentar sua bundinha gostosa.
A deixo ali e vou pegar nossa comida, vamos comer na sala esta noite. Não tenho certeza do que
a deixou deprimida. Ela mora comigo há mais de um ano, algo com o qual fiquei relutante em
concordar. Eu não precisava de uma colega de quarto, muito menos alguém que fosse tão gostosa
quanto Hadley. Senti cheiro de problema assim que ela pousou aqueles olhos cor de avelã em
mim e a súplica em seu rosto me disse que eu nunca seria capaz de dizer não à ela. E eu não fui
capaz mesmo. Porra, todos esses meses depois, e ainda não consigo.
Nas noites de sexta, sempre jantamos em casa. Vamos ao The Alibi depois ou ficamos
em casa assistindo filmes até ela capotar e eu a levar para a cama. Na maioria das vezes, é por
pura exaustão e não como ela está agora, mais bêbada do que o normal. Na sua cama, porém, já
pensei em me deitar com ela naqueles lençóis brancos e imaculados, nós dois enrolados neles,
puxando seu cabelo e respirando ofegante.
Esses pensamentos fazem meu pau ganhar vida. Balanço a cabeça antes de olhar para
ela por cima do ombro. Hadley está deitada na cadeira com a cabeça inclinada para cima,
olhando para o teto como se lá estivessem todas as respostas do mundo. Os longos cachos
naturais que ela tem estão pendurados na borda do apoio de braço e sua regata está caída no
ombro, me contando que mais uma vez ela não está usando sutiã. Não é fácil ter uma melhor
amiga que mora com você, principalmente quando essa melhor amiga é Hadley.
— Você está bem? — pergunto enquanto preparo nosso jantar.
— Ótima. — Ela ainda está olhando para o teto.
— Ah, querida. Não deve ser tão ruim assim, — digo enquanto preparo nossa comida.
Se ela continuar bebendo a segunda garrafa de vinho, rezará diante do trono de porcelana muito
em breve.
— É sim, mas é gentil da sua parte dizer isso, — ela solta um suspiro. É profundo e
pesado. É o suspiro que me conta que algo está errado.
Paro o que estou fazendo, abandonando tudo, por Hadley. Ela nem percebe o quão
fortemente entrelaçamos nossas vidas. Eu larguei tudo por ela mais vezes do que consigo contar,
e cara, ela retribui na mesma intensidade, mesmo que seja algo mundano como pegar minha
roupa na lavanderia ou eu pegar o jantar de sexta à noite.
Hadley me vê chegando e tira as pernas da borda da cadeira, abrindo espaço para que
eu me sente ao seu lado. Passo meu braço em volta do seu ombro e ela coloca a mão no meu
peito, meu coração batendo rapidamente sob sua palma. A cabeça de Hadley se enterra na curva
do meu pescoço. Nessas raras vezes em que ela deixa seu escudo cair como agora, me faz querer
ter muito mais do que apenas esse status de “melhores amigos” em que ela nos colocou.
Solto um suspiro tentando encontrar as palavras certas para que ela não se feche
novamente.
— Estou realmente me tornando a pessoa que meus pais disseram que eu me tornaria,
— Hadley diz.
— Olhe para mim, — minha mão que não está em volta de seu ombro pousa em seu
queixo para que ela possa olhar nos meus olhos. Os pais dela não são como a maioria. É algo
sobre o qual conversamos direto. Eles não são ruins, por assim dizer, só esperam muito da
carreira de sua filha e não são amorosos. É por isso que ela quis começar a vida do zero enquanto
estava na faculdade. Ela se mudou para Nashville e não quis voltar para casa em Missouri
quando se formou, o que diz muito.
Os olhos de Hadley pousam nos meus. Há tanta coisa escrita neles. Eu consigo ver sua
tristeza.
— Você não é nada disso. Você tem tanta coisa pela frente. Porra, você define metas e
as alcança. Você não desiste. Essa palavra simplesmente não está no seu vocabulário, querida. O
que quer que esteja acontecendo, você passará por isso e eu a ajudarei em cada passo do
caminho.
— Não tenho tanta certeza disso, mas adoro o jeito como você acredita em mim. —
Sua cabeça cai de volta no meu peito. Brinco com o seu cabelo enquanto ela relaxa, sem me
importar que nossa comida esteja esfriando. Se é disso que ela precisa, então serei sua paz em
um dia turbulento.
E pensar que quase disse não para Tyler quando ele me disse que Hadley precisava de
um lugar para morar. Não só isso, também vi a expressão em seus olhos que dizia que ele a
levaria para seu apartamento caso precisasse. Eu sabia que ele estaria lá para ela sempre, que se
Hadley precisasse de dinheiro extra, ele a deixaria cuidar do bar pelas gorjetas. Mas não havia
motivo para ele realmente a querer em seu apartamento, isso atrapalharia sua rotina de solteiro
que vem junto com ser dono de um bar. Nas poucas vezes que a encontrei, percebi que ela era
geniosa, perspicaz e sempre demonstrava o que sentia. Era óbvio que ela seria minha colega de
quarto. Porém, agora Hadley é mais que isso. Porra, muito mais.
Os grunhidos do meu estômago fazem com que o peso desapareça do ar que nos
rodeia. Coop desliza ao meu lado, com a mão estendida para eu segurá-la.
— Pronta para comer? — ele questiona, segurando minha mão na sua e eu me levanto,
firme em meus pés. Não tenho certeza de como faço isso, devido a quantidade de vinho que
consumi.
— Sim, estou morrendo de fome.
O braço de Cooper passa pela minha cintura e eu derreto ao seu lado. Estou grudada
contra seu corpo. Já nos abraçamos no sofá enquanto assistíamos filmes, e ele me levou até a
cama em mais de uma ocasião, mas algo me diz que esta será uma daquelas noites. Consigo
sentir o cheiro do nosso jantar e isso faz com que meus sentidos se agucem.
— Não sei como você não ficou triste. Provavelmente sou só eu, não é? — Minhas
inseguranças estão impossíveis hoje, cara.
— Você não está incomodando, não vamos falar disso, — ele me lança um olhar
afiado.
— Tudo bem, — levanto minhas mãos em um sinal de rendição.
Coop e eu preparamos nossos pratos e, em vez de comermos na sala, vou em direção a
varanda. Há algo calmante no vento soprando, nas luzes acendendo conforme anoitece e no ato
de observar as pessoas na rua.
— Aqui fora esta noite, então? — Cooper comenta enquanto se senta ao meu lado. Ele
tem um apartamento e tanto, não chega nem aos pés do de Tyler. Mas para ser justa, o dele é em
cima de um bar.
— Sim, o ar está fresco esta noite. Você quer um pedaço? — pergunto indicando o
meu pimentão assado com queijo. Ele já sabe que não vou dividir minha salada. Geralmente
dividimos metade dos nossos sanduíches. Ele pega um sanduíche francês de dar água na boca.
Eu provavelmente deveria pedir a mesma coisa que ele, mas desse jeito podemos dividir.
— Pode ser. — Cooper geralmente se senta na minha frente, mas esta noite ele está
sentado ao meu lado.
Em todos os lugares do apartamento é capaz de se ter uma vista linda. Claro que eu
também dei alguns toques a mais ao longo do caminho. Uma almofada, algumas plantas,
cobertores. Não pude acreditar que Cooper não tinha um mísero cobertor na sala; isso era um
absurdo para mim e precisava ser corrigido. Mantive o tema dele, que realmente não era nada
demais junto de suas peças brancas e cinzas. Trouxe algumas cores bordô e laranja, ajudando a
iluminar o espaço. Mesmo no pátio, ele tem duas cadeiras com uma mesa entre elas e quatro
banquetas em que estamos sentados agora. São mais altas e é possível ver a agitação da rua
durante o dia.
Vivo a noite pela vida noturna, pelas risadas, pela forma como casais se abraçam,
pelos seus corpos balançando, pelos beijos que roubam enquanto caminham à beira do rio. É
algo saído direto de um filme de romance, sabe, daquele tipo em que está chovendo, mas o casal
não se importa e passam pela chuva felizes e apaixonados. Isso é algo que eu quero.
Desesperadamente.
Os dedos de Cooper deslizando pelas minhas costas me faz pular.
— Sobre o que você estava pensando?
— Na vida, no amor, na busca pela felicidade? — dou uma risada seca e cheia de
sarcasmo. Seus dedos não param de se mover e seus movimentos lentos pela minha pele sensível
fazem meus sentidos aguçarem.
— Sei, e isso tem alguma coisa a ver com o vinho? — Viro a cabeça para encará-lo.
Não tenho certeza se Coop já passou por alguma dificuldade. Não o invejo nem um pouco, mas
às vezes acho que ele esquece que existe um mundo grande lá fora e que sou uma daquelas
pessoas que lutam para sobreviver.
— Vou precisar de mais vinho para tocar nesse assunto, — retruco.
Seus olhos percorrem todo meu corpo, começando pela boca, parando no meu
pescoço, observando enquanto eu engulo o ar e depois descem até o topo dos meus seios. Depois
de ser demitida, voltei para casa, arranquei meu uniforme de trabalho e o deixei no chão no lugar
em que caiu. Coloquei um short de algodão que já viu dias melhores e uma regata branca, sem
sutiã. É meu traje habitual para dormir que geralmente coloco depois do banho e do nosso jantar,
mas hoje foi um daqueles dias em que eu apenas queria ficar confortável.
Pigarreio e Cooper se levanta abruptamente, empurrando a cadeira para trás.
— Então acho que vou pegar mais uma taça. E vê se come, se não vou te expulsar, —
ele exige.
Cooper Jackson de terno é algo para se babar.
E em casa, quando ele está vestindo apenas um short de academia. Tenho que ficar
atenta à baba que ameaça cair da minha boca diariamente, principalmente quando ele chega da
corrida matinal. Juro que já queimei a boca com café mais de uma vez, o que normalmente faz
Cooper sorrir e se afastar presunçosamente, me dando a visão mais deliciosa de seus ombros
largos e de sua cintura estreita, e ele ainda tem aquelas covinhas na base das costas. Entretanto,
essas são palavras não ditas entre nós — nenhum dos dois assumiria que gostamos de olhar mais
do que deveríamos.
Faço o que Cooper pediu, mergulhando na comida para me preparar para a conversa.
Eu realmente deveria apenas arrancar o Band-Aid logo. Porém, algo ainda me segura, fazendo
com que eu me odeie ainda mais.
Só quando termino a salada e dou a primeira mordida no sanduíche é que ele volta e eu
o ouço antes mesmo de vê-lo.
— Espero que você beba meu vinho como prometeu. Olha, estou até comendo como a
boa menina que sou, — exagero no sarcasmo.
— O que você acha que eu sou, Hadley? Um mentiroso? — Ele se senta e coloca
minha taça de vinho na minha frente. Seus lindos antebraços aparecem no meu campo de visão e
percebo que ele tirou o terno e vestiu algo mais confortável.
— Você não, Coop, — minha voz está rouca, e não é o vinho de antes que está
causando isso. É ele, a sensação dele por perto sem nem estar me tocando.
— Aqui está o seu vinho. Você quer me dizer agora o que te deixou tão chateada?
Me viro na cadeira, dando um grande gole de vinho antes de olhar para ele. Preciso
dessa garantia antes de lhe dizer que sou uma idiota.
— Você vai pensar que sou um fracasso.
A mão de Cooper cai em meu ombro nu e o calor de sua mão causa um curto-circuito
em minha mente. O formigamento na minha pele quando ele desliza a palma pela minha mão
para segurá-la deixa minha cabeça girando.
— Eu jamais poderia pensar isso de você, Hadley, — ele aperta minha mão me
assegurando.
— Fui demitida hoje. — Não olho para Cooper depois de jogar a bomba nele, assim
como o lugar que se tornou um segundo lar para mim fez hoje mais cedo. Em vez disso, bebo o
resto do vinho. Eu normalmente apreciaria cada gole, mas sentindo o fracasso que sinto hoje,
bebo todo o resto sem pausas.
— Porra, Hadley. — Cooper faz exatamente o oposto do que pensei que faria pois sou
envolvida pelos seus braços.
— Sinto muito, Cooper. Ainda tenho dinheiro para o aluguel dos próximos dois meses.
Vou procurar um emprego amanhã bem cedo. Se eu não conseguir encontrar um até acabar o
dinheiro, encontrarei outro lugar para ficar, — falo rapidamente, não querendo que pense que eu
me aproveitaria da generosidade que ele tem oferecido nesses últimos meses.
— Essa é a última coisa em que estou pensando. Sei o que esse trabalho significava
para você. Deixe-me dizer uma coisa e me escute: você não é um fracasso. Você é muito mais do
que a perda de um emprego. Merda, você não é a primeira pessoa com quem isso acontece e não
será a última.
Concordo com a cabeça. Ele puxa a cadeira antes de me pegar, me colocando em seu
colo enquanto me segura.
— Mas eu amava meu trabalho, Coop. Era como uma parte de mim, —digo a ele.
— É só um trabalho. Você pode encontrar outro. Não deixe que isso a atrapalhe. E
você não vai a lugar nenhum. Esta é sua casa tanto quanto é minha. Entendeu? — Ele levanta
meu rosto que estava encostado em seu peito.
— Sim, — murmuro.
Aquela última taça de vinho deve estar subindo à minha cabeça porque umedeço meus
lábios com a língua e nem percebo o que estou fazendo. Os olhos de Cooper se fixam em mim,
cheios de luxúria. Já no segundo seguinte, nós dois estamos nos aproximando um do outro.
Nossos lábios colidem, Cooper assume o controle e sou dominada por uma necessidade intensa.
— Porra, — ele termina nosso beijo antes mesmo de começar.
— Ah, — é a única coisa que me vem à cabeça.
— Não terminei com você ainda.
Dessa vez quando Cooper me beija, ele começa devagar e suga meus lábios antes de
aprofundar o beijo. Somos uma confusão de corpos, minhas mãos mergulham em sua nuca e as
mãos de Cooper envolvem minha cintura, me puxando para mais perto de seu corpo.
Estou em uma névoa de luxúria quando ele se levanta. Não penso em nada, exceto
neste momento, enquanto ele caminha em direção ao seu quarto. Nem na comida que ainda não
foi comida, nem no meu vinho ou na cerveja dele, nem no fato de ter perdido meu emprego.
Nada importa neste momento exceto o aqui e agora.
A sensação de ter Hadley em meus braços, a pele macia que estou tocando enquanto a
carrego para minha cama, é o suficiente para me fazer perder todo o controle, pressioná-la contra
a parede e a comer com força. Porém, não faço isso, não tenho nem certeza de como chegamos
no meu quarto. Ela desliza as mãos pelo meu corpo enquanto as minhas seguram sua regata pela
parte inferior, a puxando de seu corpo e a deixando apenas de cueca boxer, uma que eu sei que
ela roubou de mim.
— Porra, querida, — meus olhos a absorvem. Seus mamilos com pontas vermelhas me
dão água na boca e seus seios mal cabem na minha mão. Caramba, eu sabia que eles estavam ali
o tempo todo, especialmente pela maneira como ela anda sem sutiã às vezes.
Quando Hadley cai de joelhos, minha cabeça se inclina para ver o que ela está fazendo.
Cerro minha mão ao meu lado, tentando evitar envolvê-la em seu cabelo.
— Quero provar você, Coop, — seus olhos castanhos estão cheios de desejo.
— Hadley, — gemo, inclinando minha cabeça para trás enquanto sinto suas mãos em
meu cinto. O botão se desfaz facilmente, e o único som que pode ser ouvido é o barulho do zíper
deslizando para baixo e os gemidos ofegantes que vêm de nós dois.
— Puta merda, — sua respiração sai com pressa. — Não sei nem se consigo colocar
tudo na boca, — suas bochechas ficam vermelhas. Isso me dá a chance de puxar minha camiseta
para cima e tirá-la. Tensiono meus joelhos quando sua mão aperta o comprimento do meu pau.
— Porra, — gemo quando a língua dela entra em ação. Hadley lambe a ponta,
chupando a gota de excitação que está ali. Movo seu cabelo para o lado, afastando de seu rosto,
não querendo perder um único segundo dela chupando meu pau.
— Está tudo bem? — Hadley aperta a palma da mão enquanto a desliza lentamente ao
longo do meu pau.
— Porra, sim. Se ficar ainda mais, vou gozar no seu peito, — resmungo.
— Talvez seja melhor se sentar? — Sua sobrancelha está arqueada.
— Tenho uma ideia melhor, — eu a ajudo a se levantar e a guio até a cama.
— Você não queria isso? — ela pergunta.
— Sim. Mais do que você imagina, mas tenho uma ideia melhor. Eu quero minha
língua e meus lábios em sua boceta enquanto sua boca está no meu pau. — Puxo o short dela
pelas pernas sem me demorar. Se eu fizesse isso, seria eu quem ficaria de joelhos pelo resto da
noite. Hadley tem a intenção de chupar meu pau, e não serei eu a negar isso a ela.
— Ok. — Observo como suas pernas se mexem enquanto ela espera pelo que faremos
a seguir.
— De costas, Hadley, — eu a movo até que sua cabeça fique levemente pendurada na
lateral da cama. — Confortável? — pergunto, minhas mãos já percorrendo a lateral de seu
pescoço, deslizando em direção ao seu seio.
— Sim, — ela sussurra, sua língua já envolvendo meu pau.
Eu mergulho minha cabeça, colocando um mamilo na boca, não ficando tanto tempo
quanto eu gostaria. Do jeito que ela já está envolvendo a boca em meu comprimento, sei que
precisarei voltar e prestar homenagem aos seus lindos seios mais tarde. Sinto o gosto de sua pele
doce, o aroma de morangos com que Hadley ensaboa a pele ao nosso redor. Traço um caminho
com minha língua dos seus seios até o abdômen. Ela respira fundo, me fazendo parar quando
suas bochechas se fecham ao redor do meu pau.
— Porra, — gemo e minha mão se move antes da minha boca. Aquela pequena
quantidade de pelos que ela mantém não esconde sua boceta de mim, e ela é como uma respirada
de ar fresco.
— Ah, meu Deus, Cooper, — ela segura forte meu pau enquanto eu puxo levemente o
pelo aparado.
— Eu sei, querida, eu sei, — paro de provocá-la. Merda, está me matando não a
provar. Eu só piorei a situação para mim mesmo, em vez de construir nossos orgasmos juntos.
O primeiro contato entre o gosto dela e a minha língua me deixa ganancioso. Trilho
um caminho com a minha língua de seu clitóris até os lábios de sua boceta, não deixando de dar
prazer a ela, mesmo recebendo dez vezes mais. Eu me recuso a gozar antes dela. Seus quadris
balançam contra mim, me incentivando, e quem sou eu para negar isso a ela?
Meus lábios envolvem seu clitóris, dando puxões suaves no início, tentando avaliar o
que ela gosta mais. O prazer? Ou ela gosta de um pouco de dor? A maneira como agarra a parte
de trás das minhas coxas enquanto me chupa profundamente me diz que Hadley gosta do que
estamos fazendo.
Enquanto minha boca está ocupada com seu clitóris, penetro dois dedos nela,
pressionando levemente antes tirá-los, como meu pau estaria fazendo agora se não estivéssemos
dando prazer um ao outro que levará a um orgasmo épico.
O gemido que ela solta em volta do meu pau me faz dobrar meus esforços. Sua boceta
contrai contra meus dedos a cada investida em seu clitóris.
— Hadley, — a palavra sai como uma súplica, sussurrando contra sua carne sensível.
Eu a sinto engolir em seco contra meu pau, e de repente Hadley está desmoronando embaixo de
mim, seu corpo tremendo. Paro lentamente de estocar meus dedos para dentro e para fora de sua
boceta enquanto minha língua desacelera lentamente até que seu orgasmo acabe por completo.
— Ai, meu Deus, Coop, — ela mergulha a boca no meu comprimento novamente.
Eu me levanto. Após sua declaração, ela redobra seu esforço. Desta vez, enquanto está
chupando meu pau profundamente, eu seguro sua cabeça enquanto meus olhos observam sua
garganta se movendo a cada vez que ela toma meu pau ainda mais fundo.
— É melhor você parar se não for engolir, Hadley, — eu falo.
Em vez de parar, ela continua chupando meu pau. Minha mão se move para seu
pescoço, querendo senti-la engolir cada grama que tenho para lhe dar. Desta vez sou eu quem
está tremendo quando gozo em sua boca, desejando que fosse sua boceta.
— Hadley, — gemo, meus quadris balançando enquanto ela engole cada gota do meu
orgasmo.
Graças a Deus a noite ainda não acabou. Eu planejo me enterrar dentro dela a noite
toda.
Meus olhos se abrem. O sol está brilhando pela janela. Estou aconchegada e aquecida.
Isso é tão incomum. Meu quarto é escuro, provavelmente porque não tenho uma janela que dê
para o rio, como no que estou agora.
É quando percebo que o calor irradia do corpo de outra pessoa e tudo o que aconteceu
invade a minha mente. Eu estava um pouco embriagada ontem à noite, mas definitivamente não
estava bêbada. A boca de Cooper na minha, nossos corpos se contorcendo um contra o outro, o
barulho da embalagem da camisinha fazendo com que nós dois nos agarrássemos no meio da
noite.
Me lembro vividamente.
Cooper estava entre minhas coxas, acariciando cada centímetro das minhas pernas.
Meu nome era como uma súplica em seus lábios quando ele gozou dentro de mim. Eu desejei
desesperadamente que não houvesse uma barreira entre nós. Mas, não estou tomando
anticoncepcional então não era algo que eu estava disposta a arriscar. Principalmente com a
minha situação atual de desemprego.
— Puta merda, — Cooper se senta, arrastando os cobertores consigo, me deixando
nua.
O que ele poderia estar pensando que ainda não esteja passando pela minha cabeça?
Ele se arrepende da nossa decisão? Estragamos nossa amizade ou é uma linha de pensamento
completamente diferente? Ele está pensando em como fomos bons juntos, em como funcionamos
juntos perfeitamente em nosso desejo e em nossa paixão durante a noite toda? Seu corpo está tão
deliciosamente dolorido quanto o meu?
O olhar de Cooper permanece no meu corpo nu. Me sinto mais grata do que nunca por
ter caminhado para o trabalho todos os dias. Ele esfrega lentamente sua mandíbula enquanto me
observa, minhas pernas se movendo juntas para reprimir a dor que está crescendo dentro de mim
novamente. A forma como a parte interna das minhas coxas está irritada pela aspereza de sua
barba crescendo depois de trabalhar o dia todo, me faz desejá-lo ainda mais. Juro que todo o meu
corpo ganhou vida ontem à noite, pela primeira vez. Quando ele me pegou por trás pela segunda
vez, uma de suas mãos agarrou meu cabelo enquanto a outra esfregava meu clitóris, me levando
até o limite. Quando ele acabou, seu corpo travou e Cooper ficou dentro de mim até minha
boceta parar de tremer, me fazendo desejá-lo ainda mais.
— Você está bem, Hadley? — o comportamento de Cooper muda. Em um piscar de
olhos, o que eu pensava ser tudo se tornou nada. Eu estraguei tudo mais uma vez, e desta vez do
pior jeito possível.
— Uhm, sim. Só vou tomar um banho e vestir uma roupa, — baixo o olhar, pego a
camiseta que Cooper usou ontem à noite, puxo-a pela cabeça e saio correndo.
Chego ao meu quarto, bato a porta e a tranco por precaução. Mesmo que Coop tenha se
arrependido de tudo na noite passada, não há como eu poder ou querer ver a decepção estampada
em seu rosto. Seu tom por si só me fez recuar o mais rápido que pude. De jeito nenhum eu queria
ficar por perto e ouvir o que ele tinha a dizer. Me sinto mais grata do que nunca por ter um
banheiro anexo ao meu quarto. A casa de Cooper é realmente incrível, e tenho quase certeza de
que estraguei tudo, como de alguma forma continuo fazendo.
As lágrimas ameaçam cair. Tento o meu melhor para mantê-las contidas enquanto ligo
o chuveiro. A camiseta de Cooper não caiu descuidadamente no chão. Em vez disso, eu a tiro,
dobro e a coloco sobre o balcão. Pode ter sido apenas uma noite com ele, mas meu coração
floresceu com tanto desejo e necessidade. Eu queria desesperadamente depois do beijo que ele
me deu, não apenas de uma forma sexual, mas de uma forma que incluísse corações e
margaridas. Como uma adolescente, eu poderia me imaginar escrevendo nossos nomes juntos,
com desenhos rabiscados ao redor deles, talvez até mesmo jogando aquele antigo jogo de amor,
vendo sobre casamento e bebês ao longo da nossa vida juntos.
Eu fui tão burra em pensar que ele iria querer isso também, tão burra. Finalmente entro
no chuveiro, deixando as lágrimas escorrerem pelo meu rosto. A perda de Coop, do meu
emprego e, muito provavelmente, do único lugar que chamo de lar está indo pelo ralo junto com
tantas esperanças e sonhos.
A dor é ensurdecedora, estou evitando que minha angústia me faça gritar e trazer mais
atenção desnecessária para mim. Tento manter o silêncio absoluto. Vou me permitir neste banho
chorar por tanta merda que parece estar me cercando. Porém, depois disso, vou vestir minhas
roupas de mulher adulta, sair de casa e tentar encontrar um emprego. Se o pior acontecer,
lamberei minhas feridas enquanto trabalho no bar de Tyler novamente. Aquele antigo ditado que
diz que as coisas acontecem em três, é claramente o que está acontecendo comigo. Porém não
vou deixar isso atrapalhar. Vou superar tudo isso e de alguma forma consertar essa merda, e
rápido. Com esse pensamento em mente, lavo meu cabelo e meu corpo, limpando dele os
“pecados” que aconteceram ontem à noite. Desligo o chuveiro, me enxugo e me visto.
Não demora mais de dez minutos para que meu cabelo esteja seco e preso em um rabo
de cavalo bagunçado, com mechas de cabelo soltas na frente para ajudar a emoldurar meu rosto.
Coloco um short jeans rasgados, uma regata preta básica e tênis antes de sair do meu quarto.
Paro no meio do caminho ao avistar Coop. Ele está curvado sobre o balcão, com um
short pendurado solto nos quadris e sem sinal de uma camiseta.
— Oi, — ele olha para cima, parecendo arrasado pela noite passada. De jeito nenhum
vou deixar que ele me destrua em pedaços com o que tem a dizer. Em vez disso, resolvo para ele.
— Ontem à noite foi um erro. Sinto muito, Cooper, — com isso, vou até a porta da
frente, meus pés me levando até o elevador antes que ele possa dizer outra palavra.
Ouço Cooper gritando meu nome quando entro no elevador. Pressiono o botão de
fechar a porta repetidamente até ela finalmente se fechar, me mantendo longe de algo que apenas
despedaçaria meu coração e o deixaria espalhado no chão.
— Filha da mãe, — expiro enquanto meu punho bate na porta do elevador, sabendo
que Hadley se foi. Ela nem me deixou explicar. Eu queria tudo aquilo ontem à noite e muito
mais.
Quando acordei e ela ainda estava na minha cama, quase estendi a mão para ela. A
única coisa que me impediu foi saber que usei seu corpo com força ontem à noite. Ela estava tão
insaciável quanto eu, sua boca na minha pele, beijando meu corpo antes de sua boca quente
engolir meu pau. Foi o suficiente para eu arrancar meu pau de sua boca, rasgar a embalagem da
camisinha e deslizar meu comprimento para dentro dela.
— Porra! — Agarro o cabelo da base da cabeça, outro lembrete de que estou
precisando desesperadamente de um corte de cabelo, algo que Hadley faz em seu tempo livre.
Bato o punho na porta uma última vez antes de voltar para o nosso apartamento.
Se ela acha que vou aceitar essa desculpa lamentável, Hadley está fora de si. Eu a senti
gozar em meu pau, ouvi seus gemidos ofegantes, observei como ela se contorcia contra mim
enquanto alcançava seu próprio orgasmo. Não tem como fingir esse tipo de luxúria. Vou deixá-la
lamber as feridas um pouco. Se ela não estiver em casa amanhã de manhã, vou sair e procurá-la,
ou melhor, arrastá-la de volta para casa. Já sei que ligar para Hadley está fora de cogitação; ela
não responde quando está chateada. Mando uma mensagem para ela do mesmo jeito, mesmo
sabendo que ela provavelmente não responda.

Eu: Eu não vou a lugar nenhum e você também não.

Hadley não responde, mas meu celular me diz que ela leu. Isso terá que servir por
enquanto. Uma vez, entramos em uma discussão em que ela saiu correndo. Foi logo depois que
se mudou para cá. Aquela teimosa queria pagar um depósito e o primeiro mês de aluguel. Tyler
já tinha me dito que ela estava dura por conta da faculdade, trabalhando no bar dele e tentando se
estabilizar na Gardener’s. Quando eu disse a Hadley que não aceitaria, ela também saiu correndo,
mas voltou algumas horas depois.
Então expliquei a ela o que estava tentando fazer. Ela achou que era uma esmola,
mulher teimosa. É por isso que sei que preciso lhe dar espaço, por mais que odeie fazer isso.
Mal tinha desligado a tela do meu celular quando ele começa a tocar. Olho para a tela
me perguntando quem está me ligando em um sábado e, se for minha secretária, tenho certeza de
que não atenderei. Tenho uma regra rigorosa de não trabalhar no final de semana para todo o
escritório. Embora Mary tenha dito que tinha algumas coisas para colocar em dia hoje, eu avisei
que não estaria disponível antes de sair ontem.
A tela do meu celular me informa que é Tyler.
— Oi, — eu atendo.
— Oi, só queria te avisar que Hadley está aqui, — consigo ouvir a preocupação em
sua voz. Fico feliz que ela tenha Tyler, mesmo que ele aja como um Neandertal na maioria dos
dias.
— Sim, imaginei que esse seria o primeiro lugar para onde Hadley correria. Mandei
uma mensagem para ela. Ela voltará para casa quando estiver pronta, — resmungo, já de pé,
antes de caminhar até a varanda, abrir a porta e deixar a brisa entrar. Percebi que Hadley estava
vestindo pouca roupa quando saiu daqui furiosa. Aquela mulher fica com frio até quando sopra
uma leve brisa, então tenho certeza de que vai congelar em pouco tempo.
— Essa garota é cheia de fogo. Eu disse a ela que poderia trabalhar aqui até
descobrir o próximo passo, mas ela não ganharia o mesmo que ganhava na Gardener’s, — o
ouço dar uma tragada no cigarro; é um vício do qual ele nunca perderá. Deus abençoe a mulher
que irá acalmá-lo. Ela precisará ter a paciência de uma santa.
— É, Hadley vai descobrir um jeito. Eu disse a ela que poderia ficar tranquila aqui até
achar algo, — respondo.
— Tem mais alguma coisa a incomodando. Você tem alguma ideia do que possa ser?
— Sim, e não é da sua conta, — deixo por isso mesmo.
— Sei. Se ela ficar ruim, você quer que eu a leve até você ou você vem buscá-la? —
Tyler pergunta.
— Eu vou buscá-la. Não faz sentido você vir até aqui depois de fechar o bar. Fique de
olho nela, sim?
— Claro, amigo. Tenho certeza de que te ligarei de novo mais tarde.
— Sem dúvidas.
Desligamos e eu volto para o meu poleiro na beira da varanda, observando a orla e as
pessoas indo e vindo. É um dos passatempos favoritos de Hadley.
— Hoje o dia vai ser uma merda, — digo em voz alta. Claro, não há ninguém aqui
para ouvir minha reclamação.
Dou uma última olhada e me viro. Não é tão divertido sem Hadley, e sempre há
trabalho que posso fazer em meu escritório se ela não voltar para casa tão cedo. O que não parece
que ela fará. Juro por Deus, se Hadley passar a noite na casa de Tyler, ela vai levar uma surra, e
não do modo como ela gostou ontem à noite.
Eu balanço minha cabeça, não adianta nutrir esses pensamentos agora, tudo o que eles
farão é me deixar duro como uma pedra. Esse inferno de mulher ainda vai me dar trabalho, isso é
certo.
Vim ao bar de Tyler para fugir de Cooper. Eu estava com medo, e o que Hadley
Monroe faz quando fica com medo? Ela foge. Não sei como alguém consegue me aguentar. Nem
eu consigo me aguentar. Resumidamente, eu estraguei tudo.
— Não estou dizendo que você não pode trabalhar aqui. Só estou dizendo que você
sabe que o salário é uma merda e só vai piorar quando o turismo diminuir. Você sabe que você é
como uma irmã para mim, Hads, e se eu não fosse honesto com você, não estaria sendo seu
amigo, — Tyler limpa o balcão enquanto fala comigo. Cheguei logo na abertura do bar e dois
dos clientes habituais já estavam no seu canto de sempre, falando merda e bebendo cerveja
barata.
— Eu sei, mas não posso deixar de trabalhar enquanto procuro outro emprego. Tenho
que pelo menos fazer a minha parte com Cooper. Você me conhece, mesmo com a oferta dele de
não me preocupar com aluguel por alguns meses, ainda vou me preocupar. Nunca deixei de
pagar minhas próprias despesas e não vou começar agora. — Eu tremo. — Em quantos graus
está o ar-condicionado? Menos quarenta?
— O trabalho é seu. Vá pegar um moletom no estoque. Se quiser, enquanto estiver lá,
pode dar uma limpada. A garçonete que ficou com a sua vaga é péssima, e essa é a menor das
minhas preocupações agora, — Tyler afirma.
Viro a cabeça tentando entender por que ele permitiu que algo assim passasse
despercebido.
— Não comece, — eu o vejo se afastar. Sua camisa preta indica que ele é funcionário,
como se ninguém soubesse disso além dos turistas desta cidade.
Reviro os olhos antes de caminhar até a área de mercadorias do The Alibi. Eu sei
exatamente por que ele não está pressionando a garçonete para fazer o seu trabalho; Tyler não é
muito mulherengo, mas de vez em quando cede à tentação. Aparentemente desta vez foi uma
garçonete. Isso é tão incomum para Tyler. Essa eu quero ver. Ele tem uma regra clara aqui que
diz que ao contratar alguém, nada de relacionamentos entre funcionários. Acho que vou ficar por
aqui até ela chegar.
Pego um moletom e coloco por cima da blusa. Ajeito meu rabo de cavalo — assim
como deveria dar um jeito no que aconteceu entre Cooper e eu, mas isso fica para outra hora — e
resolvo a bagunça.
— Caramba, é como se ninguém entrasse aqui há meses, — coço a cabeça. Isso é ruim
até para Tyler.
— Ninguém entra mesmo, — uma morena magra com o cabelo preso em um coque
bagunçado diz. É aí que percebo quem ela é. Deve ser a garçonete de Tyler. Não me admira que
ele tenha quebrado as próprias regras. Ela é maravilhosa. Não é aquela beleza comum. Essa
garota sabe que é bonita e definitivamente se aproveita disso.
— Percebi. Eu sou Hadley, — estendo a mão, mas ela não aperta. Ah, não, ela faz algo
que eu nunca esperaria, ela zomba debochadamente da minha mão como se eu estivesse abaixo
dela. — Tudo bem então, — expiro antes de retornar à minha tarefa. Se ela quer que seja assim,
que seja então. Tyler pode lidar com ela. Tenho certeza de que trabalhando alguns turnos por
semana, nossos caminhos se cruzarão, e posso dizer agora que não estarei muito ansiosa para
isso.
— Anya! —Tyler deve estar chateado. O cara geralmente não levanta a voz. Ele é
muito parecido com Cooper nesse aspecto, quieto e reservado. Nada o abala. Às vezes posso
jurar que eles são mais irmãos do que amigos.
Minha mente volta para Cooper. Claro, a interação com Anya me fez pensar nas coisas
por alguns minutos, mas depois que ela saiu, dobrar as camisetas, moletons e shorts que Tyler
oferece como uma espécie de souvenir mantém meus pensamentos afastados.
— Você vai trabalhar esta noite, Anya saiu. Já faz um tempo, espero que não se
importe. Vou até avisar Cooper, já que aparentemente vocês dois estão brigados, — ele faz aspas
com o dedo no ar.
— Sem problemas. Estou até usando tênis. Só não estou de calça. É pegar ou largar. E
nós não discutiremos o que Cooper e eu somos até que nós discutamos isso primeiro, — eu
mantenho minha postura. Juro que Tyler está tentando me irritar, esperando que eu morda a isca
e conte tudo para ele. O que não vai acontecer.
— Tudo bem, você provavelmente conseguirá gorjetas melhores de shorts mesmo, —
ele ri e eu reviro os olhos. Há um pequeno detalhe no The Alibi: Tyler não tem uniformes como
outros bares costumam ter. Me sinto muito grata por isso agora.
— Ha-ha! O que aconteceu com Anya?
— Além do fato de que ela deveria abrir hoje e ontem ligou dizendo que estava doente
cinco minutos antes do início do turno?
— Caramba, — termino de dobrar o short antes de ir até as camisetas.
— Ela não foi muito amigável com você, e você é a minha família, porra. Anya sabia
disso. Ela estava tentando fazer algo que não era possível e não funcionou, — a maneira como
Tyler afirma isso aquece meu coração. Tenho tentado conter as lágrimas o dia todo, mas quando
ele diz isso a cachoeira é liberada. — Ah, merda. Vem aqui, Hads.
Tento enxugar as lágrimas com as mangas do moletom antes de dar a volta no balcão.
Os braços de Tyler me envolvem e ele me deixa chorar, embora não tenha ideia do motivo.
— Desculpe, — eu choro contra seu peito.
— Sem problemas. Você está bem?
Me afasto dele, balançando a cabeça e enxugando os olhos.
— Eu? Nunca estive melhor, — reviro os olhos e rio ao mesmo tempo.
— Se precisar sair e voltar para o Coop não tem problema, — ele oferece.
— Obrigada, mas preciso de espaço para respirar. Ele estará em casa quando eu
chegar. Talvez até lá meus hormônios furiosos já tenham se acalmado, — isso faz Tyler rir.
— Tudo bem, vou mandar uma mensagem para ele e avisar que você está trabalhando.
— Não, eu mando. Preciso responder à mensagem dele, — suspiro.
Tyler assente com a cabeça antes de sair. Volto à minha tarefa, mas não antes de
mandar uma mensagem para Cooper.
Eu: Ei, estou trabalhando para Tyler hoje. Prometo que conversaremos
quando eu terminar o turno.

Coloco meu celular no bolso de trás, sem imaginar que ele responderia imediatamente.

Cooper: Estarei aqui, Hadley. Eu não vou a lugar algum.

Suas palavras me fazem pensar que talvez não tenhamos feito besteira. Elas também
me fazem pensar que talvez fugir como se o diabo estivesse atrás de mim não tenha sido a
melhor coisa a se fazer. Acho que saberei em questão de horas o que será de Cooper e de mim.
Porra, fiz tudo o que pude hoje em meu escritório. A única coisa capaz de manter
minha mente longe de Hadley e de sua fuga. Foi um desastre de proporções épicas, tão ruim que
me recusei a deixar a faxineira entrar aqui para sua rotina de limpeza semanal. Hadley me pediu
para limpar tudo, mas quando estou no meio de um projeto, parece que a casa vira uma bola de
demolição.
Não ajuda o fato de que depois que Hadley me enviou aquela mensagem de texto,
Tyler me ligou para me avisar que ela desabou nele. Ele não disse muito, mas claramente a
merda precisa ser discutida. Precisamos colocar tudo em pratos limpos. Se eu fosse resolver do
meu jeito, teria ido direto ao The Alibi, jogado Hadley por cima do meu ombro e a trazido para
casa, onde ela pertence. Eu sabia que se fizesse isso, não adiantaria nada. Hadley iria embora de
novo e nada seria resolvido. E sua determinação pioraria antes de melhorar.
Tyler disse que Hadley irá trabalhar para ele hoje depois que ele dispensou uma
garçonete, mas que ela não irá fechar o bar e que ele se certificará de que ela não se canse tanto.
Algo me diz que Tyler consegue ler nas entrelinhas o que está acontecendo entre Hadley e eu.
Recolho a bagunça da noite passada que ainda está na varanda. A comida descartada, a garrafa
de cerveja e a taça de vinho vazia. Eu balanço minha cabeça; Hadley ficaria tão chateada consigo
mesma por jogar sua comida fora e não guardar as sobras se tivesse a chance, especialmente seu
pimentão assado com queijo. Aquela garota é apaixonada por tudo que tem queijo.
Depois de limpar tudo, pego meu celular na sala e ligo para alguém que eu deveria ter
ligado há algum tempo, minha mãe. Ela e meu pai estão casados há trinta e quatro anos. Ainda
me lembro do dia em que fiz as contas e descobri que minha mãe estava grávida no dia do
casamento. Claro, eu era criança, mas sabia que o amor entre eles foi feito para durar. Passamos
por momentos difíceis enquanto eu crescia, às vezes vivendo de salário em salário, meus pais
trabalhando o dia todo, voltando para casa cansados, mas ainda assim me levando para o treino
de futebol, e nunca faltando um único dia, embora meu pai estivesse construindo sua empresa do
zero, uma empresa que agora tenho a sorte de ter assumido.
Não me interprete mal, ele me fez trabalhar para conquistar isso. Não me foi entregue
de graça, pode ter certeza. Comecei trabalhando na sala de correspondência durante os verões do
ensino médio. Depois que comecei a faculdade, tudo continuou na mesma: trabalhei como peão
até subir na hierarquia corporativa. Meu diploma universitário não me deu vantagem; nem ter o
sangue do meu pai. Posso ter discutido bastante com ele durante aqueles anos quando eu era
mais novo, mas agora que tenho trinta e três anos, olho para trás e sorrio. Meus pais me
moldaram para ser o sucesso que sou hoje, embora nem tudo tenha sido culpa deles. Eles
garantiram que era o que eu queria. Mesmo se eu não tivesse seguido o legado, eles teriam me
aplaudido, apoiando qualquer caminho que eu seguisse.
Então, quando minha mãe atende no segundo toque com uma felicidade evidente, sei
que fiz a escolha certa.
— Oi! Como está meu filho favorito? — ela pergunta, me fazendo rir.
— Sou seu único filho, mãe. Estou bem, bom, estarei assim que Hadley e eu
resolvermos as coisas. Como você e o pai estão? — respondo.
— Eu amo aquela garota. O que você fez agora? Estamos bem. Seu pai está ocupado
instalando um novo sistema no closet para os meus sapatos. — Ela nem age como se a culpa
pudesse ser de Hadley, que não é mesmo. Na verdade, é de ambos.
— Quem disse que a culpa é minha e quantos sapatos você tem para que ele precise
instalar todo um sistema?
— Ah, benzinho, você tem muito a aprender. A culpa é sempre do homem. É apenas a
natureza das coisas, — ela ri. Eu sei muito bem que é preciso duas pessoas para piorar uma
situação, mas ela sempre brinca com isso quando ela e papai brigam por diversão. — E não fale
dos meus sapatos. Eles são sensíveis.
Isso me faz cair na gargalhada. Seus sapatos são sensíveis.
— Sim, tenho certeza de que as solas dos seus sapatos têm alma, mãe.
— Vou te dar um conselho, se você ama, vá atrás. Qualquer coisa que valha a pena
ter, vale a pena lutar para manter. Agora, não fale sobre meus sapatos. Suas solas são minha
alma, você sabe disso. Eu tenho sapatos, e seu pai tem carros. — Tenho certeza de que ela
revirou os olhos ao falar dos carros. Ela não está errada. Meu pai possui cerca de sete carros.
Dois deles são os de uso diário dele e da minha mãe e os outros são antiguidades que eles usam
por capricho ou quando decidem fazer uma curta viagem.
— Eu sei. Ela está trabalhando no The Alibi agora. Não vou apressá-la e fazê-la correr
ainda mais para longe.
— Por que diabos ela está trabalhando lá? Ela tem um emprego na Gardener’s. Não,
não me diga. Eu conheço aquele saco de merda preguiçoso e inútil. Aposto que ela merecia um
aumento e melhores benefícios. Em vez de entregá-los a ela, ele a deixou ir. Essa é a mesma
coisa que ele faz com todos. Diga a ela para ficar calma. Hadley não precisa deles. — Minha
mãe parece ter ficado revoltada com isso, provavelmente mais do que Hadley.
— Eu já disse isso a ela. Hadley é determinada, você sabe, igual uma outra pessoa
desta família que eu conheço.
— Não fale de você dessa maneira, — ela dispara de volta.
— Ha-ha. Avisarei você sobre o jantar amanhã. Não quero me comprometer se Hadley
ainda precisar de espaço, — suspiro, rezando para que essa merda se resolva esta noite. Minha
mãe está com esse hábito novo em que gosta de receber Hadley e eu algumas vezes por mês,
mesmo que seja apenas para um brunch de domingo.
— Então levante-se e dê um jeito nisso, Cooper Alexander Jackson, — ela adverte.
— Eu vou, se você me der um minuto para te contar. Meu Deus, aposto que o pai está
apreciando o tempo sozinho no seu closet de sapatos. Você está mal-humorada hoje. —
Brincamos assim o tempo todo e meu pai apenas balança a cabeça e interrompe de vez em
quando.
— Tanto faz. Faça essa garota ser sua, de uma vez por todas. Quero netos e não estou
ficando mais jovem.
— Mãe, se você falar isso para Hadley amanhã, a guerra é sua, — contenho o riso.
Hadley e eu ainda não temos nada sólido, mas sei que quando tivermos, meus pais não vão
sossegar até nos ver casados e com dois ou três filhos pulando ao nosso redor nos jantares de
domingo.
— Ela concordaria comigo. Vocês dois podem não ver o que está bem na sua frente,
mas esses olhos velhos aqui conseguem ver a um quilômetro de distância. Eu só estava
esperando você tirar a cabeça do mundo da lua.
— Você está tão boa com as palavras hoje, mas preciso te dizer, eu te amo e preciso ir.
Divirta-se incomodando o pai. Ligo para você amanhã para dizer se iremos ou não, — digo a ela.
Se continuarmos conversando, ela continuará me dando esporro.
— Eu também te amo, mas você sabe que estou certa, — ela desliga, dando a última
palavra. Sei que ela está certa. Não fica mais fácil quando Hadley não está aqui.
Levanto, vou até meu quarto para pegar uma camiseta e vou atrás da garota que roubou
meu coração. Eu iria atrás dela de qualquer maneira, mas o que minha mãe acabou de dizer
solidifica meu desejo ainda mais. Vou garantir que Hadley saiba que estamos juntos nessa, para
sempre.
— Tyler, odeio fazer isso, mas tenho que ir, — eu ando por trás do balcão do bar. O
movimento está meio lento aqui hoje, ou eu não teria dito o que acabei de dizer.
— Estou chocado que você tenha ficado tanto tempo. Você e Coop precisam resolver
essa situação de vocês. O trabalho é seu, mas algo me diz que você não precisará dele por muito
tempo, — Tyler pisca para mim enquanto pego minha bolsa.
— Obrigada, você quer que eu feche o caixa? — ofereço, embora esteja morrendo de
vontade de ir embora neste segundo.
— Não, não se preocupe com isso. Nada que não possamos resolver mais tarde.
Entrarei em contato com você para fazer o seu pagamento.
Dou um rápido abraço de despedida em Tyler, sem me preocupar em tirar o moletom
que peguei mais cedo. Tenho sorte que o The Alibi sirva comida, ou eu estaria com um odor
muito pior do que apenas álcool e comida. Tyler fuma, mas não consigo me imaginar
trabalhando em um lugar onde é permitido fumar. Eu teria que lavar meu cabelo diariamente, e
não iria gostar.
Saio correndo do bar e viro à esquerda, em direção ao nosso apartamento. Durante
todo o caminho penso no que vou dizer a Cooper. Como vamos fazer isso funcionar, e se
realmente conseguiremos fazer funcionar. Em questão de minutos, entro no prédio usando minha
chave, o que é incomum, nosso porteiro não está trabalhando hoje, parece que ele tirava folga
nos finais de semana para ficar com a esposa. Acho que a administração do prédio ainda não
encontrou um substituto. Eu poderia me candidatar ao emprego. Esse pensamento me faz rir.
— Do que você está rindo? — Paro brevemente. Cooper está bem na minha frente. Ele
está devastadoramente bonito, mas posso ver as linhas de preocupação marcando seu lindo rosto.
— O fato de poder me candidatar ao emprego de fim de semana e ser porteira.
Engraçado, não é? — tento aliviar o peso que nos cerca.
Sua cabeça está inclinada para o lado e ele parece perdido em pensamentos. Meu olhar
se move de seu cabelo despenteado para suas linhas de expressão, depois para sua barba por
fazer, e para nas roupas que ele está vestindo. Cooper não está nada arrumado. Nem perto disso,
o que quer dizer alguma coisa porque mesmo que ele não se preocupe em se vestir bem nos
finais de semana, nunca é desse modo. Sua camiseta preta está amassada e sua calça jeans é
provavelmente a mais antiga que ele possui e a usa quando seu pai precisa de ajuda em casa,
além de estar usando chinelos.
— Querida, essa merda não tem graça. Você é boa demais até para a Gardener’s.
Inferno, você é boa demais até para mim, mas não vou deixar você ir, — Cooper caminha em
minha direção, lentamente. Não estou tentando evidenciar o domínio que ele está demonstrando,
mas sei muito bem que ele nunca foi do tipo cuidadoso.
— Ah. — Olho por cima do ombro dele para a pintura na parede. — Eu, hum, sim.
Acho que estou estragando tudo, — minha mão vai até meu peito, enquanto a outra cobre minha
boca que está aberta em choque.
— Não, é preciso duas pessoas para fazer funcionar ou para estragar.
Meu corpo tem mente própria. Parece que há uma atração gravitacional quando me
aproximo dele. As mãos de Cooper deslizam pelos meus braços até eu soltar as minhas. Ele
entrelaça nossas mãos e beija meus dedos. Isso causa uma sensação totalmente nova no meu
corpo. E nem é algo sexual. Aparentemente, meu corpo não se importa com a maneira em que
meus mamilos se contraem, e não é a primeira vez no dia que me sinto grata pelo moletom que
peguei no The Alibi.
— Achei que você estava chateado hoje de manhã. Foi por isso que sai correndo, —
meus olhos disparam para o chão, mas Coop não permite isso.
— Porra, não. Nunca. Talvez comigo mesmo por ter deixado você dolorida. Eu vi
como sua pele estava vermelha e irritada e eu odiei ser a razão disso, mas amei ao mesmo tempo,
— sua voz está baixa e sua boca está roçando a parte inferior da minha orelha enquanto ele
pronuncia cada palavra pontuada por seus quadris balançando contra os meus.
— Eu preciso de você, — sussurro em resposta.
— Sim, Hadley. Precisa, mas não será no maldito lobby. — Toda a bravata
desaparece. Tenho certeza de que deveríamos conversar muito mais sobre essa nova reviravolta
nos acontecimentos. Não apenas isso, eu realmente preciso me desculpar, mas o tom rouco em
sua voz quando ele expressou sua preocupação em me machucar me impede.
— Me leve para cima? Sempre podemos conversar depois, — questiono enquanto
esfrego minhas coxas e os olhos de Cooper veem exatamente o que estou fazendo. O leve
levantar de seus lábios, a fome em seus olhos, me mostra isso. Podemos ter começado como
colegas de quarto, viramos amigos, mas definitivamente somos muito mais agora.
A mão de Cooper desliza pelo meu corpo. Estou amaldiçoando meu moletom neste
momento. Se eu pudesse arrancar todas as minhas roupas agora, eu arrancaria. Quando as pontas
dos seus dedos encontram a parte de trás da minha coxa, consigo sentir perfeitamente a pressão.
— Passe sua perna em volta de mim, querida, — é só quando ele diz isso que meu
corpo atende à sua exigência, querendo senti-lo em todos os lugares.
Estou pressionada contra a parede ao lado do elevador, seus lábios prendendo os meus
enquanto ele continua pressionando o botão para subir, me fazendo rir.
— Você está com pressa? — questiono, afastando meus lábios dos dele, meus quadris
esfregando seu comprimento duro.
— Como se você não estivesse, — a voz de Cooper está rouca. A porta finalmente se
abre e eu escalo nele como uma árvore, enquanto antes apenas uma perna estava em volta de sua
cintura e ele me carregava desajeitadamente. Dessa forma, nossos corpos ficam firmemente
pressionados um contra o outro.
— Mal posso esperar para sentir você dentro de mim. Parece que já se passaram dias.
— Nunca me senti assim; mas quando se trata de Cooper, não há palavras suficientes no meu
vocabulário para descrever com precisão o que ele faz comigo.
— Porra, isso é porque já faz muito tempo mesmo, Hadley.
Entramos no elevador, esquecendo dos botões enquanto os lábios de Cooper pousam
de volta nos meus, nossas línguas se entrelaçando. Nenhum de nós se importa se alguém
aparecer ou se precisar do elevador.
— Rápido! — Afasto minha boca da dele, tentando me inclinar em direção ao painel
que mostra os sete andares, incluindo o saguão e a garagem. Temos um longo caminho a
percorrer já que moramos no último andar.
— Agora quem é que está com pressa? — Cooper afirma enquanto finalmente aperta o
botão. Ele volta a me beijar, suas mãos segurando a base do meu pescoço, algo que notei que ele
gostou de fazer ontem à noite enquanto eu o tinha em minha boca. Não tenho certeza se é algo
que não percebe ou se faz isso deliberadamente, mas de certa forma me faz sentir como se ele
estivesse me contando mais do que está dizendo.
Algum dia, vou perguntar a ele. Mas hoje não. Hoje só quero sentir como é estar
cercada por Cooper, mesmo que tenhamos muito o que conversar.
Meus lábios pousam nos de Hadley, o fato de que estamos em um elevador já foi
esquecido. A única coisa que importa para nós é chegar em nosso apartamento logo. Quero
mergulhar tão fundo em Hadley até chegar em um ponto que ela não saiba onde eu termino e ela
começa.
— Ah, Deus!
Estou amaldiçoando o fato de ela estar de short e eu de calça jeans. Seria muito mais
fácil afundar em seu calor se ela estivesse usando uma daquelas saias lápis ou as saias curtas e
esvoaçantes que ela usa nos finais de semana. Meus lábios percorrem seu pescoço, precisando e
querendo provar cada centímetro, mas o moletom está atrapalhando. Minhas pernas e pélvis a
seguram, enquanto suas pernas ainda estão em volta da minha cintura.
— Braços para cima. — Hadley obedece sem perguntar o porquê, confiando em mim
para segurá-la e impedi-la de cair.
Tiro seu moletom pela cabeça, levando junto sua regata, deixando-a com um sutiã de
renda verde-oliva. Seu peito arfante empurra os mamilos para fora da borda, me dando uma bela
visão deles duros. Minha boca está salivando com a necessidade de ter meus lábios em volta
daqueles botões apertados.
As mãos de Hadley encontram meu cabelo enquanto traço um caminho com a língua
desde a base de seu pescoço até cutucar a renda que esconde aonde quero chegar para o nosso
prazer.
— Cooper, — os quadris de Hadley balançam em mim enquanto lambo seu mamilo,
provocando-a no início, querendo ver o que realmente a excita quando se trata de seus lindos
seios. A noite passada não foi suficiente para saciar minha fome. Na verdade, apenas abriu meu
apetite.
— Você vai gozar para mim, assim mesmo. Com a minha boca nos seus mamilos e
seus quadris roçando meu pau. Você vai, não vai? — Hadley adora quando falo enquanto estou
dentro dela. É algo que a deixou louca inúmeras vezes na noite passada.
— Deus, eu poderia gozar apenas com suas palavras, — ela geme. Minha boca trava
em seu mamilo, lambendo, chupando e dando aquela mordidinha que Hadley tanto ama, antes de
passar para o outro lado. Não há como não aproveitar cada centímetro de seu corpo.
Movo meus lábios de seu mamilo, lentamente trazendo suas pernas para baixo,
querendo devorar sua doce boceta, beijando um caminho até sua barriga, inalando o perfume que
nos rodeia. Minha testa pousa em sua barriga. Posso sentir seu corpo tremer. As mãos de Hadley
nunca abandonam meu cabelo. Porra, ela fica fascinada com ele quando está à beira do orgasmo.
— Consigo sentir seu gosto, e minha boca ainda nem está nessa boceta maravilhosa,
— meus dedos deslizam pela parte interna de sua coxa. Estou agradecendo aos deuses pela
existência dos shorts jeans rasgado.
— Por favor, — as mãos de Hadley alcançam o meio das suas pernas, me mostrando
exatamente o que ela quer. Quando vejo sua mão começar a descer, me inclino para trás.
— Porra, sim, me mostre onde você quer minha boca, dedos e pau. — Eu a ajudo a
tirar o short. A calcinha rendada que ela está usando não esconde a umidade que se acumula nos
lábios de sua boceta.
Hadley começa a baixar a calcinha, mas não tenho paciência para isso. Minha boca
engole sua boceta, com renda e tudo, agarrando, saboreando tudo o que ela tem para dar. Uma
mão segura meu cabelo, e a outra belisca seu mamilo. Mordo seu clitóris e ela desmorona, meu
nome é um sussurro em sua língua. Isso só me faz amá-la mais.
— Porra, adoro quando você goza na minha língua, — sussurro contra sua boceta; isso
causa arrepios em sua pele.
— E eu amo sua língua, mas quero muito sentir seu pau dentro de mim, — seus olhos
se abrem. Ela parece completamente bêbada. Isso me dá vontade de bater no peito de orgulho por
tê-la deixado assim.
— Ah, sim, isso vai acontecer, e em breve. — Me levanto, pronto para desabotoar
minha calça jeans quando um pensamento me ocorre.
— Por que você parou? — Hadley questiona.
— Já deveríamos estar no nosso andar. — Em todos os anos que moro aqui, nunca
tivemos problema no elevador.
Minha cabeça vira em direção ao painel ao lado da porta. Todos os botões estão
acesos.
— Nós não tocamos nisso, não é? — Hadley tem um tom tímido na voz.
— Não, odeio ter que te contar isso, mas talvez você queira se vestir caso tenhamos
audiência se essa coisa começar a se mover novamente, — lambo meu lábio inferior, odiando
que Hadley esteja se vestindo.
— Acho que sim. Que merda. Só porque eu queria saber se o que dizem sobre sexo de
reconciliação nas revistas é verdade, — ela bate o pé, fazendo seus seios balançarem. Tudo que
faço é sorrir.
— Você lê revistas demais, mas vamos experimentar e comparar nossas anotações
com as deles. — Pego o telefone que está dentro do painel e levo-o ao ouvido, pronto para ouvir
uma operadora, mas o que recebo é um tom de discagem. — Merda.
— Ah, não. Você está de brincadeira. Você sabe tão bem quanto eu que o sinal de
celular neste elevador é, na melhor das hipóteses, uma merda.
Eu nem preciso contar a Hadley o que aconteceu com o telefone, pelo jeito que eu o
bati.
— É, parece que estamos presos por enquanto. — Minhas costas batem na parede e
deslizo até o chão, levando Hadley comigo. Ela não voltou a vestir o short. Suas pernas estão
nuas, sua regata é a única coisa que esconde o que eu acabei de colocar em minhas mãos e boca.
— Acho que o sexo de reconciliação terá que esperar, — ela faz beicinho.
— Mas vai valer a pena e talvez não demore tanto. Se a sra. Smith se incomodar e
reclamar, você já sabe que ela vai fazer um inferno na vida de quem estiver ouvindo.
— Verdade. E se tenho que ficar presa em um elevador, não há ninguém com quem eu
preferiria estar além de você, — os olhos de Hadley encontram os meus. Sua declaração por si só
me faz atacar sua boca.
Nossas bocas se encontram, nossos lábios colidem e nossas línguas se entrelaçam. A
ideia de ficar aqui por horas não parece mais assustadora, e o desejo que havia diminuído agora
está voltando com força total, com cada movimento de nossas línguas se entrelaçando.
— Poderia ser muito pior. Poderíamos estar presos em um elevador sem energia e sem
ar-condicionado, — sussurro. Minha cabeça está enfiada na curva do pescoço de Coop. Estou
inalando seu cheiro. Ele cheira a casa, uma casa da qual quase fugi.
— Querida, não me importa onde estamos. Qualquer momento com você vale a pena,
— Coop beija minha testa.
— Como pude pensar que a noite passada foi um erro? Me desculpe por ter fugido de
nós. — Sua mão percorre meu ombro em direção às minhas costas, agarrando meu quadril, me
respondendo da melhor maneira possível. Cooper não é um homem de muitas palavras; suas
ações falam muito mais.
— Eu não ia deixar você ficar afastada por muito tempo. Por que acha que te encontrei
no lobby? Eu não estava lá por nenhum outro motivo, — consigo ouvir a convicção em sua voz.
Causa um arrepio em todo o meu corpo quando ele fala desse modo, seu lado dominante se
mostrando presente sem nenhum esforço.
A maneira como ele aperta meu quadril enquanto seus dedos movem o material da
minha regata me dá permissão para levantar minha perna e me sentar em seu colo.
— Porra, Hadley. Eu não tenho camisinha aqui. — A ideia de senti-lo sem nenhuma
barreira entre nós me excita. Ele me provocou ontem à noite dizendo que não se importava e que
iria me ter de qualquer maneira, mas eu estava nervosa e não me mexi. Hoje parece que serei eu
quem cederá à tentação.
— Ah, você sempre pode tirar antes, — rebolo meus quadris contra seu corpo,
tentando transmitir meu ponto de vista.
— Você está me matando. Se alguma merda acontecer e não funcionar, você vai
aceitar a ideia de ter um filho meu? — Uma de suas mãos se move do meu quadril até a parte
inferior do meu abdômen.
Eu respiro fundo. Nunca pensei em ter filhos, nem com ninguém, nunca. Até Cooper
falar isso.
— Sim, desde que você esteja ao meu lado, me sinto preparada para tudo. — Tiro a
regata pela cabeça e abro meu sutiã enquanto Cooper olha atentamente para o meu corpo. Só
quando minhas mãos encontram a barra de sua camiseta é que ele entende.
— Hadley, você vai me montar, querida? Fazer o que você não pôde ontem à noite? —
Cooper geme enquanto desabotoa a calça. Eu me ajoelho e observo enquanto ele a abaixa até que
seu pau fique à vista. Minha mão fecha e agradeço aos céus por ele estar sem cueca hoje.
— Deus, sim. — Minha mão ainda está em seu eixo duro quando sinto o dedo de Coop
se mover sobre a renda da minha calcinha, empurrando-a para o lado, dando-lhe uma visão
desimpedida de como estou molhada por ele. Desta vez, o show é meu, sou eu quem decide se
vamos com calma e devagar ou se queremos ir forte e rápido. Escolho o primeiro, querendo
sentir cada nuance de sua dureza afundando dentro de mim.
— Devagar, — Cooper lê a minha mente.
Movo meus quadris para que seu pau fique na minha entrada, então deslizo centímetro
por centímetro em vez de me afundar de uma só vez. Sinto os lábios de Cooper se fecharem
sobre um dos meus mamilos. Talvez ele não saiba disso, mas eu poderia gozar só pela maneira
como ele os chupa. Isso faz com que meu interior se tensione; algo que eu sei que ele consegue
sentir pois geme contra mim antes de morder a pele ao lado do meu botão apertado. Desta vez, é
Cooper quem não leva as coisas devagar.
Suas mãos pousam de volta em meus quadris me puxando para baixo enquanto os seus
dão investidas para cima.
— Chega de ir devagar, — comento, movimentando meus quadris em círculos
enquanto estabelecemos um ritmo constante.
— Estou te sentindo na pele, Hadley. Você não pode esperar que eu não queira te foder
com força, — toda a sua bravata desaparece. Somos só nós dois, nossa respiração pesada, a pele
escorregadia de suor, gemidos agudos vindos de mim e grunhidos vindo dele.
— Isso é tão bom. — Ler revistas é o meu passatempo favorito, e desta vez está
valendo a pena. Estou testando agora aqueles exercícios Kegel que recomendam e parecem
funcionar perfeitamente. Estou contraindo meu interior contra seu comprimento cada vez que ele
vai fundo dentro de mim. Juro que ele está tão fundo dentro de mim que o sinto em um lugar que
causa dor e prazer ao mesmo tempo.
— Porra, você tem que parar de fazer isso, ou eu vou gozar dentro de você, Hadley.
Você quer que eu goze em você e te preencha com nosso filho? — Não sei como ele consegue
manter uma conversa estável quando estou à beira de um precipício que me consome.
Quando Cooper leva o polegar ao meu clitóris, reunindo a umidade que nos rodeia e
depois deslizando contra aquele feixe de nervos, começo a me mover muito mais rápido.
— Está vendo isso, Hadley? Meu pau está escorregadio com sua umidade. Nunca mais
vou querer usar camisinha com você. Ou você começa a tomar pílula ou teremos filhos em breve,
— ele geme e é quando meu corpo decide ceder ao orgasmo. Minha cabeça tomba para trás e eu
agarro meu próprio cabelo enquanto Cooper continua me movendo para cima e para baixo em
seu pau. — Você gosta dessa ideia, não é? Eu jorrando meu gozo dentro de você.
Estou voltando do sentimento mais eufórico que já experimentei quando sou
abruptamente puxada para fora de seu comprimento, meu corpo odiando perdê-lo. Observo
enquanto ele aperta seu pau, se masturbando. Eu me movo apressadamente e me posiciono entre
suas pernas abertas, de joelhos, e assumo o lugar dele.
— Quero provar você, — murmuro antes de lamber a ponta. Desta vez, as mãos de
Cooper envolvem meu cabelo, me informando que ele quer meus lábios em volta de seu pau. Eu
obedeço, sentindo a necessidade em dar a ele o que ele me deu.
— Porra, sim, assim mesmo, — ele geme enquanto eu uso a palma da minha mão,
girando-a levemente, levando seu pau o mais fundo que consigo. Meus olhos se fixam nos azuis
dele, mas Cooper não está olhando nos meus. Ah, não, ele está observando atentamente a minha
boca.
Eu sei que ele está prestes a gozar pela forma como suas costas arqueiam, suas pernas
se movem e eu não paro até engolir cada gota do gozo que ele tem para me dar. Dou uma última
lambida na cabeça de seu pau e isso o faz recuar. Eu sei que ele está sensível, mas também sei o
que ele fez comigo quando eu estava desse jeito ontem à noite.
— Venha aqui, — ele geme, nós dois alheios ao fato de que acabamos de transar
presos em um elevador. A única coisa com que nos importamos é um com o outro, e não há
outro lugar onde eu queira estar do que aqui com Cooper.
— Meu Deus, Hadley. Você é incrível, — digo enquanto nos afastamos do nosso
beijo. Hadley acaba comigo ainda mais com o beijo que ela dá em meu coração ainda batendo
rapidamente.
— É você. Não acredito que fui estúpida a ponto de não ver o que estava na minha
frente esse tempo todo. Sua amizade, a maneira como você lida com a minha loucura, nunca me
deixando fugir de você ou da vida. Eu te amo, Cooper Jackson. — Depois que ela acabou de
chupar meu pau, eu a trouxe de volta para os meus braços. Ainda estamos um contra o outro
enquanto ela causa um terremoto dentro de mim.
— Droga, Hadley. Você sabe exatamente como atingir meu coração, querida. Eu te
amo, já faz um tempo, vou amar por muito tempo, e não há nada que me impeça de ir atrás de
você. Você está bem aqui, em um dia ensolarado ou no dia mais nublado de todos. Você está
bem aqui, — coloco a mão dela sobre meu coração, deixando-a saber o quanto ela significa para
mim.
— Cooper, — seus olhos se enchem de lágrimas. Tento afastá-las com um beijo, mas
elas continuam caindo, partindo meu coração a cada uma.
— Shh, você está bem. Não há necessidade de chorar. — Ela esconde o rosto na curva
do meu pescoço, o corpo tremendo com soluços incontroláveis.
— Eu sinto muito, — ela fica repetindo indefinidamente.
— Bote tudo para fora, — eu a seguro firme. Isso é algo que ela precisa, mais do que
nunca. Não há nada como ficar preso em um elevador com a pessoa que você mais ama no
mundo. Não que eu esteja reclamando, porque, vamos encarar, tenho a garota que sempre quis
em meus braços, mesmo que ela esteja chorando. Eu sempre estarei aqui para ela.
— Ok, estou melhor. Quer dizer, eu fiz uma bagunça na sua camiseta, mas talvez
devêssemos nos vestir. Quem sabe quando esse elevador irá voltar a funcionar. Tenho certeza de
que nossos vizinhos não querem me ver nua e não tenho certeza se gostaria que eles vissem o
que você tem aí, — Hadley diz se recompondo.
— O quê, você não quer que a velha sra. Smith veja o pau do seu homem? — eu
brinco de volta.
— De preferência não. Ela pode ter um ataque cardíaco se isso acontecer, — Hadley se
levanta, seu corpo nu à mostra para mim. — Já? — ela olha para baixo. Meu pau está duro como
um tijolo novamente.
— Nesse ponto, você já deveria saber que uma vez só não é suficiente, — eu
resmungo, deslizando minha calça jeans para cima antes de me levantar para ajudar Hadley a se
vestir.
— Eu realmente preciso começar a tomar anticoncepcional, a menos que estejamos
prontos para ter um filho em breve. E com a minha situação de desemprego atual, pode não ser
uma boa ideia.
Lamento o fato de seu corpo estar coberto por roupas.
— Estarei pronto quando você estiver. Se fosse como eu gostaria, estaríamos indo para
a capela mais próxima e você se tornaria a sra. Jackson ainda hoje, — eu admito.
— Não acredito que você acabou de dizer isso, — a boca de Hadley abre em estado de
choque.
— O que foi? É a verdade. Eu quero você para sempre. Não me importo se você não
tem um emprego no momento. Não me importo nem se você nunca voltar a trabalhar. Tenho
dinheiro suficiente para termos mais do que uma vida confortável. Se você quiser voltar, tudo
bem também, — seguro suas bochechas, nossas testas se encontrando enquanto lhe ofereço
minha declaração. Não há nada que eu adoraria mais do que voltar para casa e encontrar Hadley
descalça e grávida, com um bebê brincando em seus pés enquanto ela faz isso ou aquilo em casa.
Claro, o apartamento teria que ser vendido em algum momento; as crianças precisam de uma
casa e um quintal para brincar, não de uma varanda.
— Acho que sei o que quero fazer. Pode levar algum tempo e nossos planos de ter um
bebê precisarão ser adiados, mas assim que eu tiver um plano concreto, poderemos revisitar essa
conversa sobre casamento e bebês, — ela sugere.
— Certo, me avise quando estiver pronta. Estou apenas esperando por você, Hadley.
— Ando em sua direção enquanto ela recua contra a parede do elevador. Minha mão agarra a
parte de trás de sua coxa e eu a deixo saber exatamente o que quero fazer com ela a cada
movimento do meu corpo.
— Estou vivendo o aqui e o agora. Eu prometo a você, Cooper. — Suas costas
arqueiam enquanto ela se move para me sentir contra seu núcleo. É quando as luzes piscam, o
elevador sacode e começamos a nos mover. Desta vez, porém, vamos para baixo rapidamente.
— Acho que isso pode esperar. Segure-se na barra, querida, — fico ao lado de Hadley,
sabendo que se ela enlouquecer farei o que for preciso.
— Estou feliz que isso tenha acontecido enquanto você estava comigo. Não sei como
teria lidado com essa situação se estivesse sozinha, — sua voz sai baixa, Hadley não gosta de
mostrar suas fraquezas. Mesmo quando ela começou a deixar revistas espalhadas pela casa
enquanto eu não estava lá e tentava escondê-las assim que eu entrava pela porta. Eu não dava a
mínima. Minha casa era uma casca de casa até ela se mudar.
— Não há lugar onde eu preferiria estar, Hadley, — beijo sua testa. O elevador para e
a porta se abre.
— Desculpe por isso, senhor, senhora, — suponho que seja o mecânico do elevador
que está ao lado do supervisor do prédio.
— Sem problemas. Acho que vamos subir pelas escadas. A menos que você precise de
nós para alguma coisa? — eu pergunto. A mão de Hadley está na minha. Provavelmente não vou
soltá-la por um tempo, se é que vou soltá-la.
— Não, vocês estão liberados. Minhas desculpas mais uma vez. — Concordo com a
cabeça, olhando por cima do ombro para Hadley, observando enquanto ela tenta conter o riso.
Lá, atrás do mecânico e do supervisor, está a sra. Smith. Hadley não estava errada; se não
tivéssemos nos vestido, a sra. Smith teria visto muito mais de nós, como o cabelo sexy e
bagunçado de Hadley e minha camiseta amassada de quando ela a segurou com força enquanto
me chupava profundamente. Algo me diz que isso é apenas o começo com Hadley. Há muito
mais para viver ainda.
Duas semanas depois...
— Sem chance. Estou dolorida, Cooper, — isso o interrompe. Já se passaram algumas
semanas desde que deixei de ser uma tola e admiti meus sentimentos em relação a Cooper.
— Porra, deixe-me fazer você se sentir melhor.
Estou tentando me ajeitar para a proposta comercial que levarei aos pais dele. Sua mãe
ligou outro dia e me disse que tinha uma ideia para apresentar ao marido. Acho que desde que
Cooper assumiu os negócios da família, o pai está entediado em casa e cansado de jogar golfe.
Ela sabia o que eu estava pensando em fazer desde, bem, desde que Cooper se ofereceu para
pagar pelo plano inicial. Claro, ele não aderiu ao que eu queria, inclusive à taxa de juros. Ele
queria apenas entregar uma montanha de dinheiro sem se preocupar se meus planos falhassem.
Eu não iria aceitar nada disso, então a mãe dele, Sandra, ligou ontem e me disse para ir até sua
casa hoje e apresentar meu plano de negócios a eles.
— Sem chance! Eu tenho que ir e você vai ficar aqui. Não me siga, não ouça a reunião
e não se intrometa. — Cooper parece estar em condições de respeitar as minhas exigências. Eu
sei que se ele for junto, ficarei ainda mais ansiosa do que já estou.
— Claro que não, não vou aceitar isso. Vou levá-la e ficar no pátio enquanto você dá
tudo de si, mas de jeito nenhum vou deixar você pegar um maldito Uber quando posso levá-la.
Além disso, vamos comemorar depois, — ele afirma.
— Tudo bem, mas não se atreva a invadir a reunião, — eu desisto, provavelmente com
muita facilidade, mas Cooper parece estar ansioso para jogar dinheiro em minhas mãos para
tornar meu plano um sucesso, e estou dizendo não a ele a torto e a direito. Eu sei que ele precisa
disso, pelo menos.
— Bom, agora me deixe ver sua linda bocetinha, — sua voz é profunda, me fazendo
esfregar as coxas.
— Você pode olhar, mas não pode tocar, — provoco, sabendo muito bem que se ele
fizer as coisas do seu jeito, chegaremos mais do que atrasados. Eu meio que gostaria que
tivéssemos mais tempo, porque eu aceitaria um orgasmo para distrair minha mente de um
fracasso em potencial.
Puxo para baixo minha saia de negócios, algo que Cooper separou para eu usar
enquanto estava no banho esta manhã. Ele tem uma obsessão por essas saias, embora eu não as
use há algumas semanas. Ele falou muito sobre elas na semana passada, quando fui ao
consultório médico para tomar a vacina depois que nos sentamos e tivemos uma conversa
honesta. Nós dois queremos filhos. Cooper quer o quanto antes, mas decidimos rever a decisão
em seis meses. Gostaria de começar meu negócio e ver aonde vai. Se não der certo, eu já disse a
ele que pretendo me tornar arquiteta freelancer. Isso exigiria que eu assumisse uma parte do
apartamento. Cooper ofereceu seu escritório e eu sabia que isso não funcionaria pois ele trabalha
em casa de vez em quando. Então, se isso acontecer, vamos transformar meu quarto em um
segundo escritório, já que, sabe, Cooper me fez mudar para o quarto dele. Revirei os olhos para
seu tom dominante quando ele me contou. Porém, secretamente, eu adorei. Tenho certeza de que
ele também sabe disso, mas é divertido tentar fingir que isso me incomoda.
— Tudo bem, pode ser, — ele enfia os dedos na lateral da minha calcinha antes de cair
de joelhos na minha frente, seu nariz se aninhando nos meus pelos. Ele já me disse diversas
vezes o quanto gosta que eu deixe assim. Sinto sua língua lamber meu clitóris e perco toda a
noção do tempo. Tudo que quero neste momento é o orgasmo que meu corpo anseia.
— Não pare, — gemo, mas ele faz exatamente isso.
— Você vai se atrasar se eu não parar, vai fazer beicinho e tentar me deixar longe
dessa boceta esta noite. E eu quero sentir seu calor me envolvendo, pele com pele, eu enterrado
profundamente dentro de você. — Cooper já está de pé, com a mão onde estava a língua,
colocando minha calcinha de volta no lugar.
Eu faço beicinho, mas isso não faz nada para influenciá-lo.
— Vamos, vamos assinar e selar isso. Sabe, já que você não me deixou te ajudar, —
ele ainda está um pouco ressentido por eu não ter aceitado sua oferta, mas não havia como eu
aceitar.
— Calma, você não sabe ainda se eles vão querer investir. — Pego minha bolsa, calço
os sapatos e caminho na frente dele em direção à porta da frente.
— Você sabe muito bem o quanto eles acreditam em você. Assim como eu, — Cooper
segura a porta da frente aberta para mim.
— Não vou comemorar até ouvir a palavra final. Eu sei que eles são seus pais, mas não
quero que haja conflito, entende?
— Querida, no minuto em que minha mãe soube do que o Gardener fez com você, ela
ficou sedenta por sangue. O que significa que você sabe que meu pai estava lá com ela. Aposto
que o último evento foi muito divertido. Quase desejei que tivéssemos ido.
Aparentemente, houve um evento no clube de campo deles ao qual o sr. Gardener
compareceu. Claro, a mãe de Coop estava me colocando sob uma luz excepcional e afirmando
como deve ser embaraçoso para Gardener ter que demitir funcionários nesta época do ano.
Cooper morreu de rir quando sua mãe contou a ele pelo telefone. Seu pai também estava rindo ao
fundo. Os pais dele são realmente incríveis. Meus pais poderiam ter umas aulas com eles. Claro,
os meus são ótimos, mas eles não se esforçam muito para dizer o quanto estão orgulhosos ou
perguntar estou bem. Eles me criaram e me expulsaram de casa o mais rápido possível. É assim
que eles são. Nada mais e nada menos.
— Dedos cruzados. — Saímos juntos e pegamos o elevador até a garagem. Toda vez
que estamos juntos neste elevador, nossos olhos se encontram pensando no momento que nos
tornou completos.
— Você consegue, Hadley. Apenas espere e veja, — Cooper diz. Rezo para que ele
esteja certo porque realmente quero ver esse sonho se tornar realidade.
— O tempo vai dizer. Já falei o quanto te amo hoje? — Invado o lado de Cooper e o
abraço.
— Acho que não, — ele brinca, sabendo muito bem que as palavras saem dos meus
lábios mais de dez vezes por dia. Ele sempre responde e, em alguns dias, é o primeiro a dizer isso
e entrar no meu jogo.
— Eu te amo.
— E eu te amo, — ele beija meu nariz antes de pegar minha mão e nos levar até seu
carro.
Sinto um frio na barriga, mas estou preparada para ver o fim disso ou para me
concentrar em trabalhar para chegar lá. Aconteça o que acontecer. Enquanto eu tiver Cooper,
terei tudo que preciso.
Eu sabia que meus pais não diriam não. Dei uma olhada em seu projeto de negócios e
sabia que era algo sólido, mas Hadley não cederia a um empréstimo sem juros. Ela está certa, eu
sabia que ela queria merecer, e desta forma o fará. Mesmo que fosse uma droga, eu entendia. É
por isso que, depois do jantar de comemoração que tivemos na casa dos meus pais, voltamos
para casa em vez de sair como normalmente fazemos nas nossas noites de sexta-feira. O The
Alibi estará lá amanhã, e Tyler também. Além disso, ele sabe sem dúvida o que esta noite trará.
Ele e minha mãe foram comigo escolher o anel de Hadley. Eu sabia que ela não iria querer nada
sofisticado ou sem originalidade. É por isso que fomos a uma loja de antiguidades do outro lado
da cidade para encontrar o que eu procurava. A maldita coisa está queimando no meu bolso nos
últimos três dias. Algo continuava me dizendo para esperar. Foi uma droga, mas agora sei que
esperar até hoje foi a melhor decisão.
— Quer uma taça de vinho? — pergunto a Hadley. Ela está tirando os saltos altos.
— Por favor. Eu vou trocar de roupa. Já volto, — Hadley já está se despindo enquanto
caminha pela casa em direção ao quarto principal. Foi ótimo mudar ela e suas roupas para o meu
quarto, metade do meu armário já estava vazio de qualquer jeito. Não há nada como acordar e
adormecer com ela, mesmo que Hadley se mova sem parar durante o sono até que meus braços a
envolvam. É a única maneira dela se acalmar, murmurando palavras doces enquanto relaxa.
Usei calça jeans na reunião dela. Minha mãe me olhou de canto quando entrei, mas eu
disse a ela que não era para se preocupar comigo e saí para o pátio dos fundos, como disse a
Hadley que faria depois de cumprimentar todos. Tiro meus próprios sapatos e meias antes de
tirar a camisa. Sirvo uma taça de vinho para ela e pego uma garrafa de cerveja para mim.
— Eu realmente espero que abrir um negócio em nossa casa não prejudique as coisas,
mas devo dizer que a ideia de não ter que usar roupas formais todos os dias também têm seu
apelo, — Hadley sai do quarto. Ela pegou uma das minhas boxers e uma das minhas camisetas. E
eu sei com certeza que ela está sem calcinha e sem sutiã.
— Isso significa que você vai usar isso o dia todo? Porque se for esse o caso, acho que
vou me beneficiar mais com isso do que você, — consigo ouvir o desejo em minha própria voz.
— Sim, seu pervertido, — ela brinca.
— Bom, acho que vou trabalhar mais de casa então, — resmungo, entregando a ela a
taça de vinho que servi.
— Sacada? — ela questiona. O sol está se pondo lentamente no horizonte, e sei que ela
vai querer assistir antes de começar a observar as pessoas à noite.
— Por favor, — sigo Hadley até lá, deixando a porta de correr de vidro aberta para
entrar uma brisa da beira do rio.
— Você vai fazer coisas incríveis, Hadley Monroe, — digo a ela assim que nos
sentamos no sofá ao ar livre, meu braço pendurado nas costas e o corpo dela na curva do meu.
Coloco minha cerveja na mesinha lateral, outra coisa que Hadley acrescentou ao lugar depois que
se mudou.
— Eu não conseguiria sem você, seus pais e Tyler. Você sabe como são meus pais.
Claro, eles ficarão felizes por mim e por nós, mas é uma ligação aleatória em um aniversário ou
feriado, ou um cartão. Sou muito grata por ter você em minha vida e sei que quando chegar a
hora e tivermos filhos, eles terão os melhores pais do mundo, — sua cabeça está inclinada para
trás.
— Tem razão, — eu a puxo para o meu lado, minhas duas mãos segurando aquele
dedo que eu quero tanto colocar meu anel. Eu lentamente movo-o do meu dedo mínimo para o
dedo anelar esquerdo dela. — Posso não estar de joelhos pedindo que você se case comigo, mas
estou pedindo mesmo assim. Case comigo, Hadley, torne-se minha esposa, minha parceira, a
outra metade da minha alma, a mãe de nossos futuros filhos, — coloco o anel de noivado
europeu dos anos trinta em seu dedo. Eu teria comprado outro com uma pedra maior, mas
quando vi esse estilo, foi como se tivesse sido feito para Hadley.
— Sim, Cooper, mil vezes sim. — Pego a taça de vinho dela antes que Hadley derrame
tudo, colocando-a ao lado da minha garrafa de cerveja antes que ela se jogue no meu colo.
Hadley tem essa coisa de montar em mim quando fica feliz...
— Porra, eu te amo, — sussurro contra seus lábios.
— Eu te amo muito. Mal posso esperar para me tornar sua esposa, — seus olhos se
fecham enquanto beijo sua boca, minha língua dominando a dela a cada movimento.
Três meses depois
— Não acredito que estamos casados, — eu exalo. Estou usando meu vestido de noiva
da cerimônia que terminou há apenas algumas horas e Cooper está de terno. Sua gravata foi
descartada assim que as fotos foram tiradas. A camisa branca que ele está vestindo está com a
gola aberta, mostrando sua pele bronzeada e um pescoço que me faz querer lamber, beliscar e
beijar enquanto ele entra lentamente em mim.
— Acredite se quiser, sra. Jackson, — os lábios de Cooper encontram minha testa
enquanto balançamos ao som da música que Tyler está tocando no The Alibi. Quem diria que ele
seria capaz de fazer algo tão elaborado. Tenho certeza de que Sandra e Max tiveram bastante a
ver com isso.
Poderíamos ter tido algo bem mais elaborado, mas não é o nosso estilo. Preferimos
muito mais ter uma lua de mel. Sem mencionar que a empresa de Cooper está crescendo
exponencialmente. A minha também. Alguns dias, Cooper tem que me tirar do escritório quando
chega em casa, às seis da tarde. Meu cabelo preso de modo bagunçado e desleixado, usando uma
regata emprestada e boxers com o cos enrolado na cintura. Ele me diria que o tempo acabou, que
era o nosso momento. Eu nunca o questiono. Eu salvo meu trabalho, largo meu celular e nos
aconchegamos no sofá ou nos sentamos na varanda.
— Tenho um presente de casamento para você, — digo com um sorriso. Já tivemos
esta conversa tantas vezes e a única resposta de Cooper é “quando você estiver pronta”.
— Você é o único presente que preciso, querida, — o olhar ardente que Cooper me
lança reafirma o que ele está dizendo. Faço a segunda melhor coisa: pego a mão dele e a coloco
na minha barriga.
— Eu não tomei minha injeção anticoncepcional. Acha que podemos tentar fazer um
bebê de lua de mel?
— Meu Deus, você acabou de elevar muito o nível. Você, uma praia e ninguém por
perto por quilômetros. Vou fazer o meu melhor para colocar um bebê em sua barriga, Hadley.
Tanto que você precisará de férias do sexo, — seu tom é áspero enquanto Cooper me puxa para
perto, me permitindo sentir o quão feliz ele está com o início de nossa lua de mel e de nossa
família.
— Estou pronta quando você estiver, — digo a ele. Nós já jantamos e já comemos uma
fatia de bolo como sobremesa.
— Onde vocês pensam que estão indo? — Tyler para na nossa frente para nos impedir
de sair da pista de dança.
— Para longe de você, — Cooper grunhe e isso me faz rir ainda mais.
Tyler está sendo oficialmente um empata foda, quando, na verdade, deveríamos ser
nós que empatamos Tyler. Desde seu último incidente com a garçonete, ele está solteiro. Bem,
verdade seja dita, ele sempre foi solteiro. Acho que nunca vai sossegar, mas nenhum de nós o viu
com outra mulher desde então, e principalmente com outra garçonete. Ele está constantemente
dizendo que vai manter seu pau dentro da calça de agora em diante.
— A diversão está apenas começando. Olhe para seus pais, eles estão tomando shots
no bar. — Eu olho. Meus olhos provavelmente estão saltando das órbitas neste momento. Sandra
e Max estão lambendo o sal das costas das mãos, tomando shots de tequila e chupando limão.
— Meu Deus, da última vez que eles fizeram isso aqui, tive que carregar minha mãe
enquanto meu pai mal conseguia andar. Quem vai levá-los para casa desta vez? E de quem foi a
ideia idiota de servir shots a eles? — Coop arqueia a sobrancelha enquanto olha para Tyler.
— Não olhe para mim. Foi seu pai quem foi atrás do bar e pegou a tequila. Você teve
sorte de ele não ter bebido uísque dessa vez, — os braços de Tyler estão levantados tentando
demonstrar inocência.
— Vamos ficar e garantir que eles cheguem bem em casa. De qualquer forma, não
partiremos para Cabo até amanhã, — sugiro.
— Não vamos, não. Tyler pode levá-los para casa ou deixá-los dormir lá em cima.
Nem pensar. O apartamento de Tyler é mais um chiqueiro do que uma casa. A ideia de
eu ficar lá, sem falar dos pais dele, me faz estremecer.
— Minha casa não é tão ruim assim. Quer dizer, normalmente é, mas contratei um
serviço de limpeza. Então, não me olhe assim, Hads, — ele responde.
— Estou orando pela pobre pessoa desavisada que limpará. Não acredito que você
encontrou alguém para limpar. Aposto que isso lhe custou muito.
Tyler não dá ouvidos. Seu bar pode ser imaculado, mas seu apartamento nem tanto.
— Espertinha. Organizei bastante antes de deixá-la entrar. De qualquer forma,
pombinhos, saiam daqui. Eu cuidarei deles para vocês.
— Obrigada, Tyler, por tudo, não só por isso. Pela sua amizade, por ser um irmão para
mim, e por ter me ajudado a criar juízo quando eu mais precisei, — saio do lado de Cooper, vou
até Tyler e dou um abraço nele, enquanto meu marido fica de lado, fazendo beicinho. Sim, eu
disse fazendo beicinho. Nada como um homem de trinta e três anos ficar mal-humorado porque
estou dando um abraço em nosso amigo.
— Sempre que precisar, irmãzinha. Sempre que precisar, — ele beija o topo da minha
cabeça. — Agora volte para o mal-humorado ali antes que ele comece a chorar.
— Não me faça destruir seu rostinho bonito, — Cooper dispara e todos nós rimos.
Nos despedimos, até mesmo dos pais de Cooper. Eu gostaria que os meus tivessem
conseguido vir, mas não foi possível. Quase chorei por causa disso, mas então disse a mim
mesma que entendia o motivo. Isso é o melhor que eles têm a oferecer e serviu para me alertar
sobre o que não devo fazer com nossos futuros filhos. E isso por si só é a coisa mais importante.
— Pronta para começar nossa próxima jornada? — Cooper pergunta.
— Desde que eu esteja com você, estou sempre pronta. — Fico na ponta dos pés,
beijando seu pescoço. O seu rosnado baixo me diz tudo o que ele não precisa dizer.
Cooper aperta meu quadril e saímos pela porta, ambos ansiosos pelas próximas duas
semanas de sol e areia, sem falar na promessa que Cooper me fez.
Saímos da recepção, com os pais de Coop e Tyler aplaudindo. Bem, Tyler não está
exatamente aplaudindo — ele está gritando como um louco. Olhamos para trás por um segundo,
mas depois disso só temos olhos um para o outro, algo que parece fazermos sempre. Numa sala
lotada ou quando estamos observando pessoas, nossos olhares sempre parecem gravitar um para
o outro, e eu amo isso cada dia mais.

COOPER
Cinco anos depois
— Você vai ficar quietinha? — gemo em seu ouvido. Meu abdômen está colado nas
costas dela e nossos dedos estão entrelaçados enquanto eu a fodo por trás. Nosso amor um pelo
outro só fica mais intenso a cada ano que passa, com cada criança que trazemos para nossas
vidas. Só tem crescido. Mesmo com os pequenos contratempos que tivemos ao longo do
caminho, como durante o processo de compra da casa e nas vezes em que Hadley deixou os
sapatos espalhados na entrada da garagem e eu quase tropecei neles.
— Não quando você faz isso, eu não consigo, — o tom áspero dela, o jeito que tenta
não falar alto para não acordar nossas duas filhas. Eu sei o que ela quer dizer. Hadley inclina os
quadris para trás, fazendo com que eu afunde ainda mais dentro de sua boceta apertada enquanto
impulsiono os meus. É o suficiente para me obrigar a fazer uma pausa para não gozar dentro
dela.
— Você tem que ficar, ou seremos interrompidos de novo. — Deslizo lentamente para
fora antes de estocar novamente assim que recupero o fôlego. Eu amo Lilian e Delilah, mas juro
que elas puxaram o tio Tyler no departamento de empata foda.
— Não nos jogue praga.
Nossos corpos estão escorregadios de suor, nós dois buscando aquela necessidade
profunda de gozarmos juntos. Uma coisa eu sei com certeza: se não encerrarmos isso logo,
nenhum de nós gozará até a hora da soneca, e isso vai demorar muito pois acabamos de acordar.
Desta vez, foi a boca de Hadley no meu pau me acordando, mas da última vez, fui eu traçando
um caminho pelo seu corpo com a língua, absorvendo cada nova curva que ela desenvolveu ao
longo dos anos, mesmo ela tentando esconder as marcas que nossas meninas deixaram nela. Eu
não presto atenção; essas marcas são apenas uma prova das vidas de nossas filhas e do amor que
compartilhamos.
— Você está pronta para gozar? — Se ela não gozar, nada vai acontecer e eu me
odiarei se gozar antes dela.
— Sim. — Consigo sentir sua boceta apertando meu comprimento, e sei exatamente o
que fazer para levá-la ao limite. Solto sua mão e corro meus dedos pelo seu corpo, indo para o
lugar que sei que ela sentirá a pontada de dor que tanto ama.
— Você quer isso, não é? Minha mão na sua boceta enquanto afundo meu pau em
você, fodendo forte e rápido. — Meus dedos encontram seu clitóris, provocando-a a princípio,
tentando pegar seu corpo desprevenido. Quando ela começa a tremer e sua cabeça cai no
colchão, eu acelero. Masturbo sua boceta enquanto deslizo profundamente dentro dela. Nossos
corpos travando enquanto gozamos.
— Cooper, — seu gemido é silencioso, mas revela o quão saciada ela está. Tenho
certeza de que minha esposa voltará a dormir no minuto em que eu a limpar.
— Eu sei, querida, eu sei, — beijo a lateral do seu pescoço antes de sair dela. Quando
Hadley se move para se levantar, pressiono a parte inferior de suas costas, deixando-a saber que
quero que ela fique deitada.
Vou até o banheiro, aquele que Hadley redesenhou depois que compramos uma casa
antiga. Ainda não sei no que ela estava pensando quando pediu banheiros e uma cozinha
totalmente brancos, já que temos duas arteiras que adoram fazer bagunça diariamente, senão de
hora em hora. Eu sorrio para mim mesmo, pego duas toalhas, molho uma e vou cuidar de
Hadley.
— Muito sensível, — ela sussurra quando eu a limpo com a toalha quente.
— Shh, volte a dormir. As meninas vão acordar daqui apouco. Vamos pegar uns
donuts e acordaremos você quando voltarmos.
Ela se vira, com o corpo ainda nu. Isso está me deixando duro de novo.
— Obrigada, — ela suspira, já voltando a dormir, me deixando querendo-a novamente.
Meu Deus, isso nunca mudará.
— De nada. Volto em breve, — beijo o canto da boca dela e me afasto. Pegue um
short, uma camiseta e vou até a cozinha para esperar as outras duas mulheres da minha vida
acordarem e virem em busca de comida. Lillian acabou de fazer quatro anos e Delilah três,
ambas tão parecidas com a mãe que sei que terei problemas.
Eu me pergunto se consigo convencer Hadley a ter mais um bebê. A ideia dela grávida
coloca um sorriso em meu rosto ao mesmo tempo em que ouço o barulho de pezinhos vindo do
corredor. Quando estávamos procurando uma casa para comprar, a única coisa que fui inflexível
é que precisava ser uma casa de um andar. Eu queria que este fosse nosso lar para sempre.
Hadley sonhava com uma casa grande de dois andares, mas quando eu disse a ela que não queria
me mudar novamente, sua perspectiva mudou.
— Papai! — Lilian grita enquanto corre até mim, seu cobertor arrastando no chão atrás
dela.
— Bom dia, princesa, — baixo a voz, não querendo acordar Delilah, na esperança de
que ela continuasse dormindo.
Eu a pego, suas pernas me envolvem, seu polegar entra em sua boca e sua cabeça
repousa no meu peito. Ela pode ter quatro anos e provavelmente velha demais para chupar o
dedo, mas Lilian vai parar quando estiver pronta. Vou até o sofá, com o café esquecido,
querendo aproveitar os aconchegos matinais. Lilian está pegando o controle remoto quando
Delilah vem para a sala. Ela está segurando seu urso de pelúcia pela orelha. Ela e Lilian são
como o dia e a noite. Juro que Delilah herdou a atitude matinal da mãe, enquanto Lilian é mais
parecida comigo.
— Papai, — a palavra sai mais como um gemido, mas sei que ela ainda está
acordando.
— Aí está a minha filhinha. Quer ver desenhos conosco e depois talvez ir comprar
alguns donuts para a mamãe?
As duas meninas me olham animadas quando digo a palavra mágica.
— Vou considerar isso um sim, mas que tal terminarmos de acordar primeiro? Depois
podemos ir, — estou conversando com elas, mas seus olhos estão grudados na televisão. Lilian
está chupando o dedo e Delilah está chupando a orelha do urso. É assim que gosto de começar as
manhãs de sábado, com as minhas meninas ao meu lado.
Nos acomodamos, assistindo seus desenhos favoritos enquanto o sol aparece pelas
janelas. Mas isso não as faz querer se mexer. Eles devem precisar disso tanto quanto eu. Na
verdade, o tempo passa tão rápido que Hadley sai da cama e nos encontra. Nada mudou muito —
ela ainda rouba minhas roupas e se aconchega tanto quanto as meninas quando acorda. Quando
Delilah a vê caminhar até o sofá, ela se senta no meu colo, dando espaço a Hadley ao meu outro
lado. Estou cercado pelas minhas garotas. Nada poderia ser mais perfeito no meu mundo.
FIM!

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Tory Baker é uma mãe dedicada de dois adolescentes, que a mantêm ocupada com
muita energia e esportes, além de também ser mãe de pet. Ela mora na ensolarada Flórida, onde
aproveita o sol, a areia e o mar sempre que pode.
Na maioria das vezes você pode encontrá-la ao ar livre com um laptop no colo,
tomando banho de sol enquanto escreve sobre homens Alfa que amam suas mulheres com tudo o
que têm para dar e as colocam em primeiro lugar em tudo o que fazem, com um “felizes para
sempre” garantido.

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