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Ana Aust
Fluxograma
Transporte de mercadoria recepção de mercadoria armazenamento Manipulação
transformação identificação exposição
Produto precisa ser recebido em algum lugar – nem sempre em boas condições
Precisa pensar nisso no momento da construção – área de recebimento deve ser limpa, adequada,
pensar no trajeto desde que foi descarregado até ser armazenado na Câmara fria, quanto tempo
precisa para ser o suficiente garantindo a qualidade microbiológica do alimento
deve-se avaliar o caminhão de entrega, podendo negar o produto
Chegou o produto precisa-se ver a temperatura de recebimento do produto, normalmente tem
margem de recebimento. Deve levar em conta a distância da corrida (a quanto tempo está
armazenada no caminhão a esta temperatura)
Precisa ter áreas de armazenamentos adequadas para cada tipo de produto. Quando está tudo em
um mesmo ambiente ter cuidado redobrado
Carne bovina é a que requer menor temperatura (até 4°)
Decreto 70 determina que áreas de manipulação de alimentos (“laboratórios”) deve ter temperatura
máxima de 16°C, problema que é refrigerado por forçador de ar (parece exaustor)
o Não pode ar condicionado, ventilador, só pode forçador de ar (refrigera o ar)
Produto após ser transformado deve ser no mesmo instante identificado
Instalações
Área independente para recebimento e armazenagem de mercadorias (afastadas de pisos e
paredes no mínimo 10 cm) -maior parte dos estabelecimentos não tem, tem que se adaptar.
Antes do recebimento acontecer tem que higienizar área, tem que ser em um mesmo horário, dia
da semana
Área independente para produção e manipulação de alimentos perecíveis mínimo
20m2(laboratório) – sala refrigerada com temperatura máxima de 16°C com forçador de ar
Área independente para higiene e armazenamento de produtos de higiene (DML – depósito de
material de limpeza), não pode ter material de limpeza nem embalagem no local de manipulação,
apenas o que vai ser utilizado para a produção daquele momento
Sanitários e vestiários afastados das áreas de manipulação e separados por sexo
Recebimento
Plataforma de recebimento
Veículos apropriados e em prefeito estado de conservação
Nota fiscal
Nota de controle de lacre (caminhão)
Temperatura (planilhas-variação) – todos os produtos precisam ser testados quanto a temperatura,
pela temperatura superficial. É permitido na legislação, uma variação de até 2° C no recebimento
Peso – por conta de fraude com água
Data de validade (todos os lotes ou caixa por caixa – 2/3 de vida)
Quantidade
Qualidade do produto (embalagem)
Condições de entregador
Rótulo ou etiqueta do produto
Produto fora dos padrões: devolvidos ao fabricante com justificativa
Armazenamento
Setor de perecíveis: açougue ou fiambreria
Armazenar separados por categoria: carnes bovinas, suínas, frangos In natura e temperados,
linguiças e miúdos no açougue
Frios no setor defiambreria
Câmaras frias com capacidade e em número suficiente para comportar as matérias primas e
produção
Câmara de congelados para armazenar apenas produtos congelados na indústria
Tempo de armazenamento: grau de perecibilidade, validade, tipo de armazenamento
Antigamente era usado o sistema PEPS (primeiro que entra, primeiro que sai), hoje é utilizado
PVPS (primeiro que vence primeiro que sai)
Temperatura controlada- reações biológicas
Marcador externo que garante uniformidade na temperatura e cortina de ar
Produção e manipulação
Manipulação visando evitar contaminação cruzada à todo alimento de origem animal, é
contaminado
Quando entram em sibiose a deteriorazação do produto acontece mais rápido
Fracionamento de produtos no estabelecimento é permitido mas tem que ter identificação em cada
produto fracionado, rotulagem...
Materia prima – qualidade e manutenção
Venda no atendimento é direto ao cliente, não precisa de serviço de ispeção e nem de dizeres de
rotulagem isso que diz na legislação.. tem que ter data de validade e preço
Venda no autosserviço (CDC)
Existe produtos manipulados no estabelecimento, produtos produzidos no estabelecimento e
produto que é comercializado no estabelecimento sem manipulação nesse estabelecimento
.Pia com acionamento automático exclusiva para lavagem de mãos - não pode ter utensílios na pia
Sabonete liquido com anti-séptico e papel descartável à papel branco virgem, marrom ou pouco
mais escuro não pode usar, o sabonete não pode ter cheiro, é próprio para a área de manipulação
de alimento, assim como os produtos de higiene também devem ser próprios para manipulação de
alimentos
Lixeira com acionamento não manual
Tanque para lavagem de utensílios, liso, lavável e impermeável
Paredes lisas revestidas ate 2 metros com azulejo ou lisas impermeáveis e laváveis, lavagem de
paredes mínimo 1x por semana, lavagem de teto 1x mês, câmara fria 1x mês, chão todos os dias
Luminárias com proteção contra estilhaçamento ou lâmpada de led que não estilhaça
Tabuas de corte e bandejas lisas, laváveis e impermeáveis
Decreto 70 – área climatizada a 16°C – Maximo, por isso não é permitido manipular produto
congelado
Lava botas na entrada da sala de manipulação, sempre que entrar e sair na área de manipulação é
necessário passar pelo lava botas
Serras – fita especifica para cada espécie à na serra fita se manipula bovino e suíno
As embalagens devem ficar na sala de deposito
Rotulagem
Resolução RDC n° 259/02 Anvisa/Ms aprova o regulamento técnico sobre rotulagem de alimentos
embalados
Resolução RDC N° 360/03 Anvisa/MS rotulagem nutricional de alimentos embalados
Rotulagem: processo de identificação do alimento através do rótulo
Rotulo: inscrição, legenda, imagem, matéria descritiva ou grafica, escrita, impressa, gravada,
estampada, gravada em relevo ou litografias, ou colada sobre a embalagem do produto de origem
animal
Nenhum rótulo, etiqueta ou selo pode ser aplicado escondendo ou encobrindo, total ou
parcialmente, dizeres de rotulagem ou o carimbo da inspeção Federal
Tipos de rótulo para produtos prontos para consumo para produtos fracionadas e pesados na presença do
consumidor
Identificação do produto no pronto de venda
Denominação de venda do produto
Procedência
Fabricação / lote validade
Chancela do serviço de inspeção
Lista de ingredientes
Peso
Preço/ kg
Forma de conservação
Identificar se é transgênico ou se tem produtos transgênicos (tem um “T” identificando)
Decreto – lei 986/69 – normas básicas sobre alimentos
Tradução de palavras em outros idiomas
Alimentos destinados a exportação: indicações exigidas pela lei do país a que se destinam
Não poderão constar da rotulagem denominações, designações, nomes geográficos, símbolos
figuras, desenhos ou indicações que possibilitam interpretação falsa, erro ou confusão quanto a
origem, procedência, natureza, composição ou qualidade do alimento, ou que lhe atribuam
qualidade ou características superiores aquelas que realmente possuem
Procedimento administrativo
A autoridade fiscalizadora terá acesso a qualquer local em que haja fabrico, manipulação,
beneficiamento, acondicionamento, conservação, transporte, depósito ou venda de alimentos
A interdição de alimentos para análise fiscal será iniciada....
Objetivos
Sistema Nacional de vigilância epidemiológica: VE-DTA (vigilância epidemiológica de doenças
transmitida por alimentos), programa não funciona porque não existe obrigatoriedade de notificação
de todas as doenças transmitidas por alimentos
o Salmonella, influenza, etc
Reduzir a incidência de DTAS
Desenvolver atividades de educação continuada
Medidas de prevenção e controle
Detectar mudanças no comportamento das DTAS – vírus é mutante
Identificar locais, alimentos e agentes etiológicos mais envolvidos nos surtos
Detectar, intervir, prevenir e controlar surtos
Legislação
RDC 12 de 2/01/2001
Regulamento técnico sobre padrõesmicrobiológicos para alimentos
Portaria n° 451, de 19 de Setembro de 1997
Princípios gerais para o estabelecimento de critérios e padrões microbiológicos para alimentos
Categorias
Infecções alimentares (causada apenas pela bactéria)- Salmonella spp., Shigella spp., Yersinia
enterocolitica, Campylobacter jejuni
o Sinais mais brandos e tem principalmente diarréia (distúrbio gastrointestinal)
Intoxicação (bactéria ou microrganismo libera a toxina no alimento) - Escherichia coli
enterotoxigênica, Vibrio cholerae, Vibrio parahaemolyticus, Clostridium perfringens e Bacillus
cereus (cepa diarréica)
o Tem diarreia, febre e vômito
Toxiinfecção (bactéria que produz toxina má que também se multiplica no TGI) - Staphylococcus
aureus, Bacillus cereus (cepa emética) e Clostridium botulinum.
o Diarreia sanguinolenta e vômito com sangue, é o mais agressivo
E. COLI
Enterobacteria
BacteriaE.coli
Bastonetes, moveis por flagelos ou imóveis, não esporulado
Gram negativos e anaeróbios facultativos. Produzem gases
Habitante normal do intestino
Três estirpes diferentes desta espécie, de acordo com a natureza da infecção que podem provocar:
o Estirpes oportunistas que são, em geral, inócuas no seu habitat natural, mas podendo
causar problemas se alcançarem outros locais ou tecido do hospedeiro;
o Estirpes enteropatogénicas que provocam ações lesivas na mucosa do trato intestinal,
causando gastrenterites agudas, principalmente em recém-nascidos e crianças até aos dois
anos;
o Estirpes enteroxinogénicas, que, embora não tenham capacidade de invadir a mucosa
intestinal, produzem enterotoxinas que atuam NA membrana das células epitiliais.
Características
Diarreias
Febre e náuseas
6 a 36 horas após a ingestão do alimento contaminado
SALMONELLA
Enterobacteria
Fonte de infecção: fezes humanas e de animais
Bastonetes móveis por flagelos, não esporulado, geram negativas e anaeróbias facultativas
Febre tifoide, S. Typhi
S. Typhimurium – enterotoxina
S. Enteritidis
Destruída a 60° C – 15 a 20 minutos
Ingestão da bactéria viável
Falta de higiene, temperatura de conservação inadequada, contaminação cruzada
Leite, queijos, chocolates, carnes frescas, ovos e carcaças de aves
Características
Diarreias, dores abdominais, febre e vômitos
Entre 12 a 36 horas após ingestão dos alimentos contaminados
SHIGELLA
Enterobacteria
Bastonetes, imóveis, não esporulados, gram negativos e anaeróbios facultativos
Disenteria basilar no homem
S. dysenteriae, S. boydii, S. flexneri e a S. sonnei
Poluição fecal- principal via de contaminação e dispersão
Características
Diarreias, fezes sanguinolentas e com pus
1 a 3 dias após a ingestão de alimentos contaminados
YERSINIA
Enterobacteria
Bastonetes, Gram negativos e não esporulados
Espécie Y. enterocolitica - infecções alimentares por ingestão de alimentos à base de leite e de
carnes brancas (perú).
Características
Dores abdominais, náuseas, diarréia e vômitos
16 a 48 horas após a ingestão dos alimentos
VIBRIO
Gênero Vibrio, da Família das Vibrionaceae
V. cholerae
Espécie halofílica - V. parahaemoliticus (ambientes marinhos) associada às infecções alimentares
por ingestão de peixe, moluscos e crustáceos contaminados.
A espécie Vibrio parahaemoliticus é constituida por bastonetes encurvados, móveis por um único
flagelo polar, não esporulados, Gram negativos e anaeróbios facultativos.
Características
Desidratação, diarréias excessivas, dores abdominais, vômitos e febre.
12 a 18 horas após a ingestão dos alimentos contaminados.
BRUCELLA
Cocobacilos, imóveis, não esporulados, Gram negativos e aeróbios.
B. abortus (bovinos)
A B. melitensis (caprinos)
A B. suis (suínos).
Ingestão de leite e/ou lacticínios (queijos frescos) provenientes de animais infectados, originando a
conhecida febre de Malta.
Características
Dores musculares generalizadas, cefaléias, calafrios e febre ondulante. longos períodos de
incubação – cerca de 5 a 30 dias ou mais.
PSEUDOMONAS
Gram –
Aeróbicas
Deterioram carne de aves e pescados
Fortes odores amoniacais
Alteram o sabor do alimento
Produzem pigmento esverdeado
Crescem a temperatura de refrigeração
Destruídas a 55º C
CLOSTRIDIUM
C. perfringens – produz uma enterotoxina sensível ao calor.
Bastonetes móveis, esporulados, Gram positivos e anaeróbios estritos.
Habitats - solo, sedimentos de águas marinhas ou doces e o intestino de animais e do Homem.
Ingestão de pratos de carne ou frango pré-cozidos que não sejam adequada e rapidamente
refrigerado
Após a germinação dos esporos, tem capacidade de crescer a uma temperatura de 45ºC e a pH 7,
com um tempo de geração muitíssimo pequeno, da ordem dos 10 minutos. Isto significa que com
esta capacidade de crescimento uma só célula pode originar uma população superior a 250.000
células em 3 horas
Características
Aquecimento 20 minutos a 100º C elimina a toxina
Aquecimento 120º C por 4 minutos elimina o esporo
Produção de gás
Diarréias, dores abdominais e náuseas. Geralmente, não ocorrem vômitos nem febres.
8 a 20 horas após a ingestão dos alimentos contaminados.
CAMPYLOBACTER
8 C. jejuni - responsável por enterites agudas, numa escala comparável às provocadas pelas
salmonelas.
Bastonetes espiralados, não esporulados, móveis, Gram negativos e microaerofílicos.
Habitats - trato intestinal e oral de animais como ovinos, aves, cães e gatos.
Ingestão de produtos lácteos
Características
Gastrenterites agudas e diarréias, aparecendo normalmente 2 a 10 dias após a ingestão dos
alimentos.
toxinfecção alimentar
Termófilo
Inativado a -15º C
STAPHILOCOCCUS AUREUS
GRAM +
Anaeróbios facultativos
Enterotoxinas
Temperatura de crescimento 7 a 47º C
Não produzem aspecto desagradável no alimento
LISTERIA
Listeria monocytogenes, causadora de importantes infecções (listerioses)
bastonetes curtos, regulares, não esporulados, móveis por flagelos peritríquios, Gram positivos e
anaeróbios facultativos.
Encontra-se largamente distribuída na natureza, com particular incidência na matéria orgânica em
decomposição.
As infecções por L. monocytogenes encontram-se normalmente associadas a carnes frescas, em
particular carne de porco e frango, ao leite crú ou deficientemente pasteurizado.
T oC crescimento – 30 a 37 oC
Capacidade de multiplicação – 3 a 45 oC
pH ótimo – 6 a 8
Aw 0,97 mínima 0,83
Multiplicação até 10% NaCl
Resiste ao congelamento
Em ambiente de 11 meses a 12 anos
Formação de biofilmes
Resistente a desinfetantes
Sintomatologia - parecida com o quadro patológico da meningite,
Pode provocar abortos em grávidas.
Aparecimento dos sintomas muito variável e ocorre com particular incidência nos recém-nascidos e
nos idosos.
PREVENÇÃO
Lavagem adequada de mãos
Seleção e desinfecção de alimentos consumidos crus
Higiene de equipamentos e utensílios
Forma de conservação
Alimentos inspecionados
Tratamento de água de beber e de banho
Controle microbiológico
Esporos: forma mais resistente
Bactérias – 10 a 15 minutos calor úmido 60 a 70º C
Fungos e leveduras – 5 a 10 minutos calor úmido 50 a 60º C
Esporos de fungos – 70 a 80º C