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Nome: Julia Fernandes Domingos

Obra: A sociedade Punitiva – Michel Foucault. ( 1973 )


– Reunião de Citações, para o podcast.
3 de janeiro de 1973 / Página - 32

18. “ essa figura de homo sacer ao direito arcaico, “ essa figura do homem que qualquer um
pode matar sem cometer homicídio, mas não pode ser executado formalmente”, será
estudado por Giorgio Agamben em sua obra Homo Sacer. “

A Sociedade Punitiva / Página - 28

p.1072 “ nossa sociedade começou a praticar um sistema de exclusão e inclusão – a internação


ou a reclusão - contra todo indivíduo que não atendesse a essas normas. A a partir daí
algumas pessoas foram excluídas do circuito da população e ao mesmo tempo incluídas nas
prisões. “

A Sociedade Punitiva / Página – 23

“ no sistema de marcação, a multa tem outro papel, diferente daquele da compensação;


muitas vezes ela é simbólica nesse sistema e não constitui realmente uma diminuição do
status econômico do indivíduo. Não compromete seu direito à cidadania ponto ao contrário,
tem a função simbólica de designar ocupado, marcallo como tal e, principalmente, importa a
marca visível de soberania do poder pagar uma multa no sistema da marcação é dobrar-se
diante dessa relação de poder que possibilita alguém, uma autoridade, obrigar efetivamente a
dar uma soma de dinheiro, ainda que esta seja simbólica em relação a fortuna possuída.
Portanto, a multa não é uma espécie de pena que pode se encontrar do mesmo modo em
qualquer sistema. “

Aula de 3 de janeiro de 1973 / Página – 22

“ Na tática de exclusão, o que significa confiscar bens ? É certa maneira de suprimir ou de


comprometer o direito de residência, de suspender assim os privilégios políticos, os direitos
civis referente a essas propriedades assim suprimidas. Certa maneira de apagar a cidadania do
infrator. É obrigado a ir buscar alhures em lugar ao sol. É impedido de deixar bens atrás de si,
depois da partida ou da morte. “

A Sociedade Punitiva / Página - 21

3) “ Marcar. Fazer uma cicatriz, deixar um sinal no corpo, em suma, impor esse corpo uma
diminuição virtual ou visível, ou então, caso-o corpo real do indivíduo seja atingido, infrigir
uma mácula simbólica a seu nome, humilhar seu personagem, reduzir seu status. De qualquer
maneira, trata-se de deixar sobre o corpo visível ou simbólico, físico ou social, anatômico ou
estatutário algo como um vestígio. O indivíduo que tiver cometido a infração ficará assim
marcado por um elemento de memória ou reconhecimento. Nesse sistema a infração já não é
aquilo deve ser ressarcido, compensado, reequilibrado, portanto até certo ponto apagado; ao
contrário, é aquilo que deve ser ressaltado, que deve escapar ao esquecimento, ficar fixado
numa espécie de monumento, ainda que este seja uma cicatriz, uma amputação, algo que gira
em torno da vergonha ou da infâmia, são todos os rostos expostos no pelourinho as mãos
cortadas dos ladrões. O corpo visível ou social, nesse sistema, deve ser o brasão das penas, e
esse brasão remete a duas coisas. Por um lado a culpa, de que ele deve ser o vestígio visível e
imediatamente reconhecível: sei muito bem que és ladrão, pois não tem mãos; e {por outro
lado, } ao poder que impôs a pena e, com essa pena, deixou no corpo suplicado a marca de sua
soberania. Na cicatriz ou amputação, visível não é apenas a culpa, mas também o soberano.
Foi essa tática de marcação que ponderou no Ocidente desde o fim da Alta Idade Média até o
século XVIII. “

A Sociedade Punitiva / Página – 39

“O crescimento de poder faz os homens entrarem no sistema dos signos, das marcas, e o
aumento de poder está essencialmente destinado a instaurar nas relações entre os homens e a
marca visível {do} poder { de um deles }. É essa vontade de impor respeito que Hobbes chama
de “glória”: a capacidade de impor respeito por meio de signos exteriores a todos aqueles que
teriam a pretensão de substituí-lo. “

A Sociedade Punitiva / Página – 39

“ Glória, desconfiança, rivalidade essas são as três dimensões, inteiramente individuais, que
constituem a guerra universal de todos os indivíduos contra todos os indivíduos. Hobbes diz
isso claramente: a guerra de todos contra todos é “ consequência necessária das paixões
naturais dos homens. “

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