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UNIDADE CURRICULAR

MANUTENÇÃO
MECÂNICA
APLICADA
UNIDADE CURRICULAR

MANUTENÇÃO
MECÂNICA
APLICADA
CONFEDERAÇÃO NACIONAL DA INDÚSTRIA – CNI

Robson Braga de Andrade


Presidente

DIRETORIA DE EDUCAÇÃO E TECNOLOGIA - DIRET

Rafael Esmeraldo Lucchesi Ramacciotti


Diretor de Educação e Tecnologia

SERVIÇO NACIONAL DE APRENDIZAGEM INDUSTRIAL - SENAI

Robson Braga de Andrade


Presidente do Conselho Nacional

SENAI – Departamento Nacional

Rafael Esmeraldo Lucchesi Ramacciotti


Diretor-Geral

Gustavo Leal Sales Filho


Diretor de Operações
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MANUTENÇÃO
MECÂNICA
APLICADA
© 2021. SENAI – Departamento Nacional

© 2021. SENAI – Departamento Regional de Santa Catarina

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SENAI Departamento Nacional


Unidade de Educação Profissional e Tecnológica - UNIEP

SENAI Departamento Regional de Santa Catarina


Gerência de Educação

FICHA CATALOGRÁFICA

S491m
Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial. Departamento Nacional.
Manutenção mecânica aplicada / Serviço Nacional de Aprendizagem
Industrial. Departamento Nacional, Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial.
Departamento Regional de Santa Catarina. Brasília : SENAI/DN, 2021.
673 p. il. (Série Metalmecânica - Mecânica).

ISBN

1. Mecânica. 2. Manutenção. 3. Soldagem. 4. Lubrificação. I. Serviço Nacional


de Aprendizagem Industrial. Departamento Regional de Santa Catarina. II. Título.
III. Série.

CDU: 62-7
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SUMÁRIO
Gerenciamento da Manutenção - UE1................................................................................ 19
Contexto!.......................................................................................................................... 21
Problematizando............................................................................................................. 23
Conhecimento em pauta!............................................................................................... 23
Você sabia?!...................................................................................................................... 28
Solução do Problematizando......................................................................................... 28
Agora é com você!........................................................................................................... 29

Gestão de equipes de manutenção - UE1........................................................................... 31


Contexto!.......................................................................................................................... 33
Problematizando............................................................................................................. 34
Conhecimento em pauta!............................................................................................... 34
Fique por dentro!............................................................................................................ 37
Solução do Problematizando......................................................................................... 39
Agora é com você!........................................................................................................... 40

Insumos da Manutenção - UE1........................................................................................... 43


Contexto!.......................................................................................................................... 45
Contexto!.......................................................................................................................... 46
Problematizando............................................................................................................. 47
Conhecimento em pauta!............................................................................................... 47
Você sabia?!...................................................................................................................... 50
Solução do Problematizando......................................................................................... 50
Agora é com você!........................................................................................................... 51

Seleção de recursos para a manutenção - UE1.................................................................. 53


Contexto!.......................................................................................................................... 55
Problematizando............................................................................................................. 56
Conhecimento em pauta!............................................................................................... 56
Fique por dentro!............................................................................................................ 57
Solução do Problematizando......................................................................................... 59
Agora é com você!........................................................................................................... 59

Ferramentas de controle da manutenção - UE1................................................................ 61


Contexto!.......................................................................................................................... 63
Problematizando............................................................................................................. 64
Conhecimento em pauta!............................................................................................... 64
Solução do Problematizando......................................................................................... 68
Agora é com você!........................................................................................................... 69
Fundamentos técnicos para monitoramento de manutenção preditiva - UE1............. 71
Contexto!.......................................................................................................................... 73
Problematizando............................................................................................................. 74
Conhecimento em pauta!............................................................................................... 74
Trocando Ideias!.............................................................................................................. 76
Solução do Problematizando......................................................................................... 78
Agora é com você!........................................................................................................... 79

Interpretação de manuais e catálogos técnicos - UE1...................................................... 81


Contexto!.......................................................................................................................... 83
Problematizando............................................................................................................. 84
Conhecimento em pauta!............................................................................................... 84
Você sabia?!...................................................................................................................... 86
Solução do Problematizando......................................................................................... 87
Agora é com você!........................................................................................................... 88

Recuperação ou substituição de elementos de máquinas - UE1..................................... 91


Contexto!.......................................................................................................................... 93
Problematizando............................................................................................................. 94
Conhecimento em pauta!............................................................................................... 94
Solução do Problematizando......................................................................................... 97
Agora é com você!........................................................................................................... 98

Tratamentos de superfícies - UE1...................................................................................... 101


Contexto!........................................................................................................................103
Problematizando...........................................................................................................104
Conhecimento em pauta!.............................................................................................104
Para saber mais!............................................................................................................106
Fique por dentro!..........................................................................................................107
Solução do Problematizando.......................................................................................109
Agora é com você!.........................................................................................................111
Referenciando!..............................................................................................................111

Processos de soldagem MIG/MAG - UE1........................................................................... 113


Contexto!........................................................................................................................115
Problematizando...........................................................................................................116
Conhecimento em pauta!.............................................................................................116
Para saber mais!............................................................................................................118
Solução do Problematizando.......................................................................................120
Agora é com você!.........................................................................................................121

Processo de soldagem Oxigás - UE1.................................................................................. 123


Contexto!........................................................................................................................125
Problematizando...........................................................................................................126
Conhecimento em pauta!.............................................................................................126
Fique por dentro!..........................................................................................................127
Você sabia?!....................................................................................................................130
Solução do Problematizando.......................................................................................131
Agora é com você!.........................................................................................................131
Soldagem TIG - UE1.............................................................................................................. 133
Contexto!........................................................................................................................135
Problematizando...........................................................................................................136
Conhecimento em pauta!.............................................................................................136
Fique por dentro!..........................................................................................................137
Fique por dentro!..........................................................................................................138
Para saber mais!............................................................................................................140
Solução do Problematizando.......................................................................................141
Agora é com você!.........................................................................................................141

Processos de Soldagem - UE1............................................................................................. 143


Contexto!........................................................................................................................145
Problematizando...........................................................................................................146
Conhecimento em pauta!.............................................................................................146
Solução do Problematizando.......................................................................................150
Agora é com você!.........................................................................................................151

Gestão de equipes de manutenção - UE1......................................................................... 153


Contexto!........................................................................................................................155
Problematizando...........................................................................................................156
Conhecimento em pauta!.............................................................................................156
Fique por dentro!..........................................................................................................159
Solução do Problematizando.......................................................................................160
Para saber mais!............................................................................................................160
Agora é com você!.........................................................................................................161

Avaliação do processo de manutenção - UE1.................................................................. 163


Contexto!........................................................................................................................165
Problematizando...........................................................................................................166
Conhecimento em pauta!.............................................................................................166
Fique por dentro!..........................................................................................................167
Para saber mais!............................................................................................................168
Solução do Problematizando.......................................................................................170
Agora é com você!.........................................................................................................170

Manutenção aplicada - UE1................................................................................................ 173


Contexto!........................................................................................................................175
Problematizando...........................................................................................................176
Conhecimento em pauta!.............................................................................................176
Solução do Problematizando.......................................................................................181
Agora é com você!.........................................................................................................181

Análise de parâmetros de equipamentos - UE1.............................................................. 183


Contexto!........................................................................................................................185
Problematizando...........................................................................................................186
Conhecimento em pauta!.............................................................................................186
Solução do Problematizando.......................................................................................191
Agora é com você!.........................................................................................................192
Procedimentos de lubrificação - UE1................................................................................ 195
Contexto!........................................................................................................................197
Problematizando...........................................................................................................198
Conhecimento em pauta!.............................................................................................198
Você sabia?!....................................................................................................................202
Solução do Problematizando.......................................................................................202
Agora é com você!.........................................................................................................203

Plano de lubrificação - UE1 ................................................................................................ 205


Contexto!........................................................................................................................207
Problematizando...........................................................................................................208
Conhecimento em pauta!.............................................................................................208
Para saber mais!............................................................................................................212
Fique de olho!................................................................................................................214
Trocando Ideias!............................................................................................................214
Solução do Problematizando.......................................................................................214
Agora é com você!.........................................................................................................215

Obedecendo ao plano de lubrificação - UE1.................................................................... 217


Contexto!........................................................................................................................219
Problematizando...........................................................................................................220
Conhecimento em pauta!.............................................................................................220
Para saber mais!............................................................................................................224
Solução do Problematizando.......................................................................................224
Agora é com você!.........................................................................................................225

Lubrificação: normas ambientais de descarte - UE1....................................................... 227


Contexto!........................................................................................................................229
Problematizando...........................................................................................................230
Conhecimento em pauta!.............................................................................................230
Para saber mais!............................................................................................................233
Solução do Problematizando.......................................................................................235
Agora é com você!.........................................................................................................235

Lubrificação: analisando a qualidade - UE1..................................................................... 237


Contexto!........................................................................................................................239
Problematizando...........................................................................................................240
Conhecimento em pauta!.............................................................................................240
Solução do Problematizando.......................................................................................243
Agora é com você!.........................................................................................................244

Descarte de óleo lubrificante - UE1................................................................................... 247


Contexto!........................................................................................................................249
Problematizando...........................................................................................................251
Conhecimento em pauta!.............................................................................................251
Fique de olho!................................................................................................................253
Solução do Problematizando.......................................................................................254
Agora é com você!.........................................................................................................254
Tecnologia de diagnóstico na manutenção - UE1............................................................ 257
Contexto!........................................................................................................................259
Problematizando...........................................................................................................260
Conhecimento em pauta!.............................................................................................260
Você sabia?!....................................................................................................................262
Solução do Problematizando.......................................................................................264
Agora é com você!.........................................................................................................266

Avaliação do processo de manutenção - UE1.................................................................. 269


Contexto!........................................................................................................................271
Problematizando...........................................................................................................272
Conhecimento em pauta!.............................................................................................272
Fique de olho!................................................................................................................273
Solução do Problematizando.......................................................................................275
Agora é com você!.........................................................................................................276

Análise de conformidade na manutenção - UE1.............................................................. 279


Contexto!........................................................................................................................281
Problematizando...........................................................................................................282
Conhecimento em pauta!.............................................................................................282
Solução do Problematizando.......................................................................................287
Agora é com você!.........................................................................................................288

Elaboração de relatório técnico - UE1............................................................................... 291


Contexto!........................................................................................................................293
Problematizando...........................................................................................................294
Conhecimento em pauta!.............................................................................................294
Para saber mais!............................................................................................................297
Solução do Problematizando.......................................................................................298
Agora é com você!.........................................................................................................298

Entrega startup de máquinas e equipamentos - UE1...................................................... 301


Contexto!........................................................................................................................303
Problematizando...........................................................................................................304
Conhecimento em pauta!.............................................................................................304
Fique por dentro!..........................................................................................................305
Fique por dentro!..........................................................................................................307
Solução do Problematizando.......................................................................................309
Agora é com você!.........................................................................................................309

Requisitos na realização de startup - UE1......................................................................... 311


Contexto!........................................................................................................................313
Problematizando...........................................................................................................314
Conhecimento em pauta!.............................................................................................314
Você sabia?!....................................................................................................................318
Solução do Problematizando.......................................................................................318
Agora é com você!.........................................................................................................318
Realização de testes funcionais em máquinas e equipamentos - UE1......................... 321
Contexto!........................................................................................................................323
Problematizando...........................................................................................................324
Conhecimento em pauta!.............................................................................................324
Fique por dentro!..........................................................................................................327
Solução do Problematizando.......................................................................................327
Agora é com você!.........................................................................................................327

Avaliação do processo de manutenção - UE1.................................................................. 329


Contexto!........................................................................................................................331
Problematizando...........................................................................................................332
Conhecimento em pauta!.............................................................................................332
Solução do Problematizando.......................................................................................335
Agora é com você!.........................................................................................................336

Ajustes no cronograma de manutenção - UE1................................................................. 339


Contexto!........................................................................................................................341
Problematizando...........................................................................................................342
Conhecimento em pauta!.............................................................................................342
Solução do Problematizando.......................................................................................347
Agora é com você!.........................................................................................................347

Avaliar para validar - UE1................................................................................................... 349


Contexto!........................................................................................................................351
Problematizando...........................................................................................................352
Conhecimento em pauta!.............................................................................................352
Solução do Problematizando.......................................................................................354
Agora é com você!.........................................................................................................355

Interpretação de manuais e catálogos para o controle da manutenção - UE1........... 357


Contexto!........................................................................................................................359
Problematizando...........................................................................................................360
Conhecimento em pauta!.............................................................................................360
Você sabia?!....................................................................................................................361
Para saber mais!............................................................................................................362
Solução do Problematizando.......................................................................................363
Agora é com você!.........................................................................................................363

Ferramentas para manutenção e controle - UE1........................................................... 365


Contexto!........................................................................................................................367
Problematizando...........................................................................................................368
Conhecimento em pauta!.............................................................................................368
Para saber mais!............................................................................................................370
Você sabia?!....................................................................................................................373
Solução do Problematizando.......................................................................................373
Agora é com você!.........................................................................................................374
Riscos ocupacionais nas operações de manutenção - UE1............................................ 377
Contexto!........................................................................................................................379
Problematizando...........................................................................................................380
Conhecimento em pauta!.............................................................................................380
Para saber mais!............................................................................................................381
Fique por dentro!..........................................................................................................382
Solução do Problematizando.......................................................................................383
Agora é com você!.........................................................................................................384

Instalação de sinalizações de segurança - UE1................................................................ 387


Contexto!........................................................................................................................389
Problematizando...........................................................................................................390
Conhecimento em pauta!.............................................................................................390
Solução do Problematizando.......................................................................................393
Agora é com você!.........................................................................................................394

Nivelamento e alinhamento - UE1..................................................................................... 397


Contexto!........................................................................................................................399
Problematizando...........................................................................................................400
Conhecimento em pauta!.............................................................................................400
Solução do Problematizando.......................................................................................402
Agora é com você!.........................................................................................................403

Análise de parâmetros e ferramentas de controle - UE1.............................................. 405


Contexto!........................................................................................................................407
Problematizando...........................................................................................................408
Conhecimento em pauta!.............................................................................................408
Solução do Problematizando.......................................................................................412
Agora é com você!.........................................................................................................413

Requisitos para movimentação de carga - UE1............................................................... 415


Contexto!........................................................................................................................417
Problematizando...........................................................................................................418
Conhecimento em pauta!.............................................................................................418
Solução do Problematizando.......................................................................................422
Agora é com você!.........................................................................................................423

Movimentação de carga - UE1........................................................................................... 425


Contexto!........................................................................................................................427
Problematizando...........................................................................................................429
Conhecimento em pauta!.............................................................................................429
Fique por dentro!..........................................................................................................433
Solução do Problematizando.......................................................................................433
Agora é com você!.........................................................................................................433
Características da instalação e reinstalação - UE1.......................................................... 435
Contexto!........................................................................................................................437
Problematizando...........................................................................................................438
Conhecimento em pauta!.............................................................................................438
Para saber mais!............................................................................................................440
Solução do Problematizando.......................................................................................441
Agora é com você!.........................................................................................................442

Instalação de Máquinas e Equipamentos - UE1............................................................... 445


Contexto!........................................................................................................................447
Problematizando...........................................................................................................448
Conhecimento em pauta!.............................................................................................448
Solução do Problematizando.......................................................................................451
Agora é com você!.........................................................................................................452

Aplicação de elementos de vedação - UE1....................................................................... 455


Contexto!........................................................................................................................457
Problematizando...........................................................................................................458
Conhecimento em pauta!.............................................................................................458
Solução do Problematizando.......................................................................................461
Agora é com você!.........................................................................................................461

Técnicas de manutenção aplicadas a sistemas de bombeamento - UE1..................... 463


Contexto!........................................................................................................................465
Problematizando...........................................................................................................466
Conhecimento em pauta!.............................................................................................466
Você sabia?!....................................................................................................................469
Solução do Problematizando.......................................................................................470
Agora é com você!.........................................................................................................471

Técnicas de manutenção para compressores - UE1....................................................... 473


Contexto!........................................................................................................................475
Problematizando...........................................................................................................476
Conhecimento em pauta!.............................................................................................476
Solução do Problematizando.......................................................................................481
Agora é com você!.........................................................................................................481

Técnicas de manutenção aplicadas a redutores - UE1.................................................... 483


Contexto!........................................................................................................................485
Problematizando...........................................................................................................486
Conhecimento em pauta!.............................................................................................486
Fique de olho!................................................................................................................490
Solução do Problematizando.......................................................................................490
Agora é com você!.........................................................................................................491
Técnicas de manutenção aplicadas a esteiras - UE1....................................................... 493
Contexto!........................................................................................................................495
Problematizando...........................................................................................................496
Conhecimento em pauta!.............................................................................................496
Solução do Problematizando.......................................................................................501
Agora é com você!.........................................................................................................501

Técnicas de manutenção aplicadas a mancais - UE1...................................................... 503


Contexto!........................................................................................................................505
Problematizando...........................................................................................................506
Conhecimento em pauta!.............................................................................................506
Solução do Problematizando.......................................................................................509
Agora é com você!.........................................................................................................509

Técnicas de manutenção aplicadas a mancais de rolamento - UE1.............................. 511


Contexto!........................................................................................................................513
Problematizando...........................................................................................................514
Conhecimento em pauta!.............................................................................................514
Solução do Problematizando.......................................................................................517
Agora é com você!.........................................................................................................518

Manutenção aplicada - UE1................................................................................................ 521


Contexto!........................................................................................................................523
Problematizando...........................................................................................................524
Conhecimento em pauta!.............................................................................................524
Solução do Problematizando.......................................................................................527
Agora é com você!.........................................................................................................528

Balanceamento e vibração de máquinas - UE1................................................................ 531


Contexto!........................................................................................................................533
Problematizando...........................................................................................................534
Conhecimento em pauta!.............................................................................................534
Solução do Problematizando.......................................................................................538
Agora é com você!.........................................................................................................539

Requisitos para movimentação de carga - UE1............................................................... 541


Contexto!........................................................................................................................543
Problematizando...........................................................................................................544
Conhecimento em pauta!.............................................................................................544
Para saber mais!............................................................................................................547
Solução do Problematizando.......................................................................................550
Agora é com você!.........................................................................................................551

Equipamentos e acessórios para movimentação de carga - UE1.................................. 553


Contexto!........................................................................................................................555
Problematizando...........................................................................................................556
Conhecimento em pauta!.............................................................................................556
Para saber mais!............................................................................................................557
Solução do Problematizando.......................................................................................559
Agora é com você!.........................................................................................................560
Suprimento da manutenção - UE1.................................................................................... 563
Contexto!........................................................................................................................565
Problematizando...........................................................................................................566
Conhecimento em pauta!.............................................................................................566
Atenção!..........................................................................................................................568
Solução do Problematizando.......................................................................................571
Agora é com você!.........................................................................................................571

Componentes e insumos necessários para a realização da manutenção - UE1......... 573


Contexto!........................................................................................................................575
Problematizando...........................................................................................................576
Conhecimento em pauta!.............................................................................................576
Solução do Problematizando.......................................................................................580
Agora é com você!.........................................................................................................580

Normas ambientais de descarte - UE1............................................................................. 583


Contexto!........................................................................................................................585
Problematizando...........................................................................................................587
Conhecimento em pauta!.............................................................................................587
Solução do Problematizando.......................................................................................591
Agora é com você!.........................................................................................................592

Requisitos em normas de segurança para serviços da manutenção - UE1.................. 595


Contexto!........................................................................................................................597
Problematizando...........................................................................................................598
Conhecimento em pauta!.............................................................................................598
Solução do Problematizando.......................................................................................600
Agora é com você!.........................................................................................................601

Aspectos centrais da ISO 9001 para manutenção - UE1................................................. 603


Contexto!........................................................................................................................605
Problematizando...........................................................................................................606
Conhecimento em pauta!.............................................................................................606
Solução do Problematizando.......................................................................................609
Agora é com você!.........................................................................................................610

Sistema de Gestão Ambiental: I­ SO 14000: aspectos centrais - UE1.............................. 613


Contexto!........................................................................................................................615
Problematizando...........................................................................................................616
Conhecimento em pauta!.............................................................................................616
Solução do Problematizando.......................................................................................620
Agora é com você!.........................................................................................................620

Reconhecendo os aspectos centrais da ISO 26000 - UE1................................................ 623


Contexto!........................................................................................................................625
Problematizando...........................................................................................................626
Conhecimento em pauta!.............................................................................................626
Você sabia?!....................................................................................................................627
Para saber mais!............................................................................................................630
Solução do Problematizando.......................................................................................630
Agora é com você!.........................................................................................................631
Qualidade Ambiental - UE1................................................................................................. 633
Contexto!........................................................................................................................635
Problematizando...........................................................................................................636
Conhecimento em pauta!.............................................................................................636
Para saber mais!............................................................................................................638
Solução do Problematizando.......................................................................................640
Agora é com você!.........................................................................................................640

Avaliação da própria conduta: cuidados com a saúde - UE1.......................................... 643


Contexto!........................................................................................................................645
Problematizando...........................................................................................................646
Conhecimento em pauta!.............................................................................................646
Você sabia?!....................................................................................................................649
Solução do Problematizando.......................................................................................649
Agora é com você!.........................................................................................................650

Liderança - UE1.................................................................................................................... 653


Contexto!........................................................................................................................655
Problematizando...........................................................................................................656
Conhecimento em pauta!.............................................................................................656
Solução do Problematizando.......................................................................................661
Agora é com você!.........................................................................................................661

Controle emocional no trabalho - UE1.............................................................................. 663


Contexto!........................................................................................................................665
Problematizando...........................................................................................................666
Conhecimento em pauta!.............................................................................................666
Para saber mais!............................................................................................................669
Você sabia?!....................................................................................................................670
Solução do Problematizando.......................................................................................671
Agora é com você!.........................................................................................................672
Unidade de Estudo
01

GERENCIAMENTO
DA MANUTENÇÃO

Unidade Curricular
Manutenção
Mecânica Aplicada
Contexto!
Contexto!

O técnico Amarildo relatou para Valdomiro que a equipe de manutenção tem


encontrado dificuldades em manter o histórico de falhas, manutenções e materiais
utilizados no departamento de manutenção.

Você não sabe qual a última Não consigo entender por que
falha apresentada pela máquina, os funcionários não estão
nem quando foi utilizado o conseguindo registrar as
último material do lote? informações para o controle da
manutenção.

ODLIRAMA
ANDRÉ OCINCÉT
TÉCNICO

FERNANDO
TÉCNICO

VALDOMIRO
GERENTE

Eu sei o motivo! Veja bem,


Amarildo, isso está acontecendo
por causa da chegada de novos
técnicos e saída de técnicos
experientes da empresa.

AMARILDO
TÉCNICO
Contexto!
Contexto!

A forma mais coerente de


resolvermos isso é
implementando um software de
gerenciamento da manutenção.

AMARILDO
TÉCNICO
UE1 | Gerenciamento da Manutenção

?
Problematizando...
Problematizando...

Por que o supervisor Valdomiro precisa implantar um software de gerenciamento da ma-


nutenção?

Conhecimento em pauta!

SOFTWARE DE GERENCIAMENTO DA MANUTENÇÃO

Em nosso cotidiano nós também fazemos o gerenciamento de informações e guarda-


mos o histórico. Imagine, por exemplo, que você comprou 13 jogos de videogame e quando
decide jogar encontra apenas 3 jogos. Aí surgem as perguntas: onde foram parar? Vendi?
Quebraram? Foram emprestados?

Para responder a essas perguntas, provavelmente você vai analisar o histórico: quais
eram os 13 jogos? Quem costuma jogar com você? Enfim, depois de um levantamento histó-
rico, você provavelmente será capaz de analisar por que tem em casa apenas 3 dos 13 jogos.
Observe um exemplo de como essas informações podem ser organizadas em uma tabela
para controle:

23
Manutenção Mecânica Aplicada

LISTA DE JOGOS (EMPRESTADOS / QUEBRADO)

TIPO COMPRADO JOÃO PEDRO JAMILE QUEBROU MINHA CASA

Futebol 1 0 0 0 0 1

Corrida 2 1 0 0 0 1

Ação 4 0 3 0 0 1

Arcade 6 1 2 2 1 0
2 5 2 1
Totais 13 3
10

Na indústria também é assim. Devido à necessidade do gerenciamento da manutenção


e a complexidade dos processos produtivos, passou-se a utilizar softwares de gestão de ma-
nutenção, com capacidade de armazenar todos os dados com segurança e facilidade de
análise.

Vamos ver, nessa Unidade de Estudo, alguns requisitos necessários, na maioria dos ca-
sos, para a implantação/utilização deste tipo de software. Seguem abaixo os requisitos ne-
cessários:

CADASTRAMENTO

CRIAÇÃO DE NOTAS
DE MANUTENÇÃO
0

CRIAÇÃO DE ORDENS
DE MANUTENÇÃO
(OM)

VALIDAÇÃO DE OM

CADASTRAMENTO
É o início da criação de um planejamento de manutenção, onde o responsável pelo sof-
tware cadastra cada máquina/equipamento com os dados gerais (especificações técnicas),
localização (onde a máquina se encontra), garantia, manutenções preventivas (segundo o
fabricante) e histórico de manutenções realizadas (corretiva, preventiva ou preditiva).

24
UE1 | Gerenciamento da Manutenção

Histórico
Máquina
Cadastrar

220V
Oficina
Mecânica

Manual 0

Garantia

CRIAÇÃO DE NOTA DE MANUTENÇÃO (NM)


A nota de manutenção é um documento que registra a primeira ação para a execução da
manutenção. Pode ser criada de duas formas:

Nota manual: quando é identificada uma avaria, mau funcionamento ou ruído no equi-
pamento. Deve ser criada manualmente uma requisição de conserto dentro no software de
apoio.

Nota Manual

Máquina
avariada

25
Manutenção Mecânica Aplicada

Nota automática: quando o software tem no seu cadastro de equipamento instruções


de manutenções preventivas (mensal, semanal, anual, horas, etc.) que criam de forma auto-
mática uma nota de manutenção para o departamento de manutenção.

MANUTENÇÃO MANUTENÇÃO
PREVENTIVA PREVENTIVA
MENSAL SEMANAL

Nota automática

MANUTENÇÃO MANUTENÇÃO
PREVENTIVA PREVENTIVA
ANUAL HORAS

As principais informações que as notas de manutenção devem ter são:

Emergencial

O atendimento deve ser imediato, pois a produção parou ou há


condições inseguras de trabalho com riscos de perdas materiais,

Urgência
O atendimento deve ser o mais breve possível, antes de se tornar uma
Emergência. Quando a produção é reduzida ou está ameaçada de ser
totalmente paralisada em pouco tempo.

Necessária

O atendimento pode ser adiado por algum tempo específico


(minutos, horas, dias, meses, etc.), porém este tempo específico não

Prorrogável

O atendimento pode ser adiado para um momento em que existam


recursos disponíveis e não interfira na produção e no atendimento
das prioridades anteriores. É quando se torna necessária uma
melhoria da instalação ou defeito em equipamento alheio à

26
UE1 | Gerenciamento da Manutenção

CRIAÇÃO DE ORDENS DE MANUTENÇÃO (OM)


Todas as atividades de manutenção devem ser realizadas mediante a criação de uma
ordem de manutenção (OM) ou ordem de serviço (OS), que são criadas pelo setor de manu-
tenção a partir de uma nota de manutenção, conforme mostra a imagem:

Criar Ordem Executar


de manutenção Manutenção

Máquina
0

VALIDAÇÃO DA OM
Toda OM criada deverá ser validada após a realização da manutenção com as atividades
realizadas e resultado final. Criando um histórico para atividades futuras com tempo de
execução, material utilizado, técnico executor, entre outros. Veja a seguir que independen-
temente da nota ser manual ou automática, sempre é necessário realizar a validação do que
foi previsto na ordem de manutenção e o que realmente foi realizado.

Criar Ordem Executar


Nota automática de manutenção manutenção Validação

Máquina

Máquina
Máquina
avariada

Nota manual

27
Manutenção Mecânica Aplicada

Vocêsabia?!
Você sabia?!
É crescente a utilização de sistemas integrados de gestão empresarial - ERP (Enterprise
Resource Planning). Esses softwares integram todos os dados e processos da empresa em um
único lugar (finanças, contabilidade, recursos humanos, fabricação, Gestão da Manuten-
ção, marketing, vendas, compras, etc.).

Atualmente, existe no mercado um grande leque de softwares ERP. Eles podem ser di-
vididos em três tipos: Computer Maintenance Manangement System (CMMS), Enterprise Asset
Management (EAM) e o mais completo de todos, o próprio ERP. Veja os detalhes de cada
software no quadro a seguir.

CMMS EAM ERP FUNCIONALIDADES

SIM SIM SIM Histórico de equipamentos

SIM SIM SIM Tratamento de ordens de serviço

SIM SIM SIM Controle de indicadores de manutenção

SIM SIM SIM Nivelamento de recursos

NÃO SIM SIM Compartilhamento de banco de dados

NÃO SIM SIM Integração com outros softwares da corporação

NÃO NÃO SIM Software unificado (gestão unificada da empresa)

SIM SIM SIM Comunicação com periféricos

!
Solução
Solução do Problematizando...
do Problematizando...

Por que o supervisor Valdomiro precisa implantar um software de gerenciamento da ma-


nutenção?

Porque com o software ele e sua equipe terão maior gestão no departamento de manu-
tenção com o histórico de falhas, de manutenções e materiais utilizados.

Valdomiro solicitou aquisição de um software, e com uma equipe de trabalho de técnicos


mais experientes, iniciou os requisitos para implantação e passou a gerenciar de forma mui-
to mais eficiente todos os processos da área de manutenção.

28
UE1 | Gerenciamento da Manutenção

ORDEM DE M
ANUTENÇÃO
MÁQUINA
:
INÍCIO DA
MANUTEN
____/____/__ ÇÃO
__
TÉRMINO D
A
MANUTEN
ÇÃO
____/____/__
__

Agora
Agora éécom
comvocê!
você!
Vamos aplicar esses conhecimentos! Afinal, essa ação é necessária para reforçar o pro-
cesso de aprendizagem! Sucesso!

29
Unidade de Estudo
01

GESTÃO DE EQUIPES
DE MANUTENÇÃO

Unidade Curricular
Manutenção
Mecânica Aplicada
Contexto!
Contexto!

Gerônimo solicitou a Valdomiro que definisse a quantidade de funcionários de


manutenção necessária para uma nova filial da Metaltech.

Para esse procedimento,


você precisa estudar os
indicadores da empresa
e estimar o total de
horas de manutenção
dos equipamentos novos
e usados para chegar no
dimensionamento de VALDOMIRO
GERENTE

equipe correto.
ETNEREG
OVITUCEXE
Manutenção Mecânica Aplicada

?
Problematizando...
Problematizando...

Com os indicadores da empresa e as horas de manutenção dos equipamentos novos e


usados, como Valdomiro definirá a equipe de trabalho?

Conhecimento em pauta!

DIMENSIONAMENTO DE EQUIPE
Quando vamos produzir/fazer uma festa, por exemplo, precisamos definir algumas infor-
mações importantes como:

Para quantas pessoas


Quanto custará?
será a festa?

Quanto tempo terá? Ondeserá?


Onde será?

Com essas informações, será preciso se reunir com seus amigos e dividir as tarefas e
responsabilidades: comida, bebida, música, financeiro, etc. Enfim, para tomada de decisão,
você tem que analisar uma série de informações com critérios e dimensionar corretamente
as pessoas e recursos que tornará possível a festa.

34
UE1 | Gestão de equipes de manutenção

SUPERVISOR MANUTENÇÃO

TÉCNICA ASSISTENTE TÉCNICO


MECÂNICA MECÂNICO ELETRÔNICA

Na indústria também é assim que funciona. Quando aumentamos ou diminuímos a


quantidade de máquinas de uma empresa ou sua produção, setores se reúnem com seus
indicadores para analisar, entre outras coisas, o dimensionamento de equipe, estabelecen-
do a função de cada um.

Nesta Unidade de Estudo veremos como pode ser feito o dimensionamento de equipe
para o setor de manutenção.

SUPERVISOR MANUTENÇÃO

TÉCNICA ASSISTENTE TÉCNICO


MECÂNICA MECÂNICO ELETRÔNICA

35
Manutenção Mecânica Aplicada

DIMENSIONAMENTO DE EQUIPE DE MANUTENÇÃO


Para fazer o dimensionamento de equipe de manutenção são necessários dois dados
importantes:

Quantidade de horas/mês total


de manutenção para todos os
equipamentos da empresa.

Quantidade de horas/mês traba-


lhadas por um funcionário con-
tratado pela empresa. Assim:

Dimensionamento de equipe = (horas/mês Total de manutenção) / (horas/mês trabalhadas)

No Brasil, um funcionário de manutenção, normalmente, tem jornada de trabalho de 44


horas/semana. Considerando uma média de 4,5 semanas/mês, o trabalhador cumpre um
total de 198 horas/mês trabalhadas.

FUNCIONÁRIO

horas/semana semana/mês* horas/mês

44 4,5 198

* em média 4,5 semanas por mês

Dimensionamento de equipe = (horas/mês Total de manutenção) / (198/mês)

Para se determinar a quantidade de horas/mês total de manutenção dos equipamen-


tos, deve ser realizado um estudo aprofundado de todos os equipamentos que estarão em
operação na empresa, verificando o tipo, características e principalmente o tempo de ma-
nutenção (corretiva, preventiva, etc.) necessário para que ele opere sem ocorrência de falha.

36
UE1 | Gestão de equipes de manutenção

! Fique
Fique porpor dentro!
dentro!

O dimensionamento de equipe ou funcionários é também conhecido na indústria como o


termo em inglês headcount, que tem tradução literal “contar cabeças”.

Os indicadores de desempenho são importantíssimos para qualquer área/setor de uma


empresa. São eles que vão comprovar os resultados dos trabalhos empregados por uma
equipe. Os indicadores vão justificar o aumento ou redução dos recursos, sempre obede-
cendo o custo-benefício.

Entre outros critérios, se a empresa estiver aumentando sua capacidade produtiva com a
instalação de equipamentos novos e usados, o estudo deverá ser dividido em:

37
Manutenção Mecânica Aplicada

Equipamentos usados: realizar consulta


Equipamentos novos: realizar principalmente ao histórico de manutenção
estudo de manuais e consultas em software de apoio, manuais, documen-
aos fabricantes sobre os tipos tos, colaboradores da empresa com ex-
de manutenções e as horas periência de manutenção, chegando próxi-
empregadas para realizá-las mo da realidade com as experiências ocorri-
(corretivas e preventivas). das dos tipos de manutenções e horas em-
pregadas para realizá-las (corretivas e pre-
ventivas).

Vamos supor que após os estudos fosse construído o quadro a seguir:

HORAS DE MANUTENÇÃO/MÊS
Equipamento
Corretiva (horas) Preventiva (horas) Subtotal (horas)
A 0 10 10

B 0 50 50

Novos C 1 2 3

D 0 4 4

E 1 60 61

F 2 100 102

G 1 250 251
Usados H 0,5 55 55,5

I 1 58 59

J 4,5 300 304,5

Total 11 889 900

Chegando em 11 horas/mês de manutenções corretivas e 889 horas de manutenções


preventivas, temos um total de 900 horas de manutenção/mês para toda empresa.

38
UE1 | Gestão de equipes de manutenção

Dimensionamento de equipe = (900 horas/mês) / (198/mês)

Dimensionamento de equipe = 4,5 funcionários/mês

Como o resultado encontrado é fracionado (4,5), é comum na indústria optar-se pela re-
dução dos resultados calculados por questões financeiras, chegando ao dimensionamento,
neste caso, para 4 técnicos de manutenção.

Se os indicadores da empresa indicarem que não poderá assumir risco de falhas, ou para-
das nas operações, poderá ser justificada a contratação de mais 1 funcionário, aumentando
a equipe para 5 técnicos.

!
Solução
Solução do Problematizando...
do Problematizando...

Vamos retomar o problematizando?

Com os indicadores da empresa e as horas de manutenção dos equipamentos novos e


usados, como Valdomiro definirá a equipe de trabalho?

39
Manutenção Mecânica Aplicada

Então, Valdomiro realizou o estudo dos equipamentos novos e usados da empresa,


encontrando um total de horas/mês de manutenção.

Equipamento
HORAS
Corretiva DE MANUTENÇÃO/
Motor-bomba
(horas) MÊS
Compressor Preventiva
0 (horas)

Novos
Injetora Sub total
0 20
Torno mecânico 50 20
0
Ponte rolante 10 50
0
Motor-bomba 20 10
0
20

Usados
Compressor 6 60
Injetora 20 60
2
Torno mecânico 55 26
2
Ponte rolante 20 57
5
40 22
30
70 45
45
365 100
410

VALDOMIRO
GERENTE

HORAS DE MANUTENÇÃO/ MÊS


Equipamento
Corretiva (horas) Preventiva (horas) Sub total
Motor-bomba 0 20 20
Compressor 0 50 50
Novos

Injetora 0 10 10
Torno mecânico 0 20 20
Ponte rolante 0 60 60
Motor-bomba 6 20 26
Compressor 2 55 57
Usados

Injetora 2 20 22
Torno mecânico 5 40 45
Ponte rolante 30 70 100
45 365 410

Conferiu que com o total 410 h estava atendendo aos indicadores existentes e esperados
pela Metaltech e fez os cálculos dividindo o total de horas/mês de manutenção, pelo total
de horas/mês trabalhadas por um técnico na empresa (410 horas/mês) / (198
horas/mês= 2,07 técnicos). Como não podemos ter um técnico fracionado e como a
variação está mais próxima de 2 técnicos do que de 3, definiu o dimensionamento da
equipe necessária para atendimento integral da sua área de manutenção com 2 novos
técnicos.

GERENTE
EXECUTIVO

VALDOMIRO
GERENTE

Agora
Agora éécom
comvocê!
você!
Chegou a hora de aplicar os conhecimentos adquiridos nesta Unidade de Estudo. Não
perca tempo, aplique-os! Sucesso!

40
UE1 | Gestão de equipes de manutenção

Anotações

41
Unidade de Estudo
01

INSUMOS DA
MANUTENÇÃO

Unidade Curricular
Manutenção
Mecânica Aplicada
Contexto!
Contexto!

O supervisor Valdomiro chamou o técnico João Pedro e solicitou que ele realizasse
a manutenção da caixa de redução “A”.

Veja bem, João Pedro, de


acordo com o nosso
cronograma, a
manutenção deve ser
iniciada ainda hoje.

VALDOMIRO JOÃO PEDRO


GERENTE TÉCNICO

Conto com seu apoio


para que essa tarefa
seja finalizada dentro
do prazo.

VALDOMIRO
GERENTE

JOÃO PEDRO
TÉCNICO

João Pedro parou para avaliar bem a relação dos insumos que poderá precisar para
realizar a manutenção solicitada.
Contexto!
Contexto!

João Pedro parou para avaliar bem a relação dos insumos que poderá precisar para
realizar a manutenção solicitada.

ORDEP OÃOJ
OCINCÉT
UE1 | Insumos da Manutenção

?
Problematizando...
Problematizando...

Por que o técnico precisa conhecer os insumos para realizar a manutenção?

Conhecimento em pauta!

INSUMOS DA MANUTENÇÃO
Constantemente, utilizamos uma série de recursos materiais para realizarmos uma tare-
fa. Se decidirmos fazer uma pequena horta em nossa casa, por exemplo, precisaremos de
sementes, mudas, vasos, terra, ferramentas, água, etc. Eventualmente, contrataremos um
jardineiro para nos orientar. A estes recursos utilizados especificamente para a realização
de uma tarefa, a exemplo da horta, damos o nome de insumos.

Na indústria, para produzirmos bens ou serviços, também contamos com a reunião de


diversos insumos. Nesta Unidade de Estudo abordaremos os insumos da manutenção.

47
Manutenção Mecânica Aplicada

INSUMOS DA MANUTENÇÃO
O insumo é qualquer elemento necessário em um processo produtivo, a exemplos de:
ferramentas de trabalho, maquinário, energia elétrica, térmica, mão de obra, entre outros.

Quando uma máquina ou equipamento entra em manutenção, a equipe deve formular


algumas perguntas que ajudarão no levantamento dos insumos. Para exemplificar, vamos
considerar a manutenção de uma unidade de potência hidráulica, em inglês hydraulic power
unit (HPU).

Observe as perguntas que devemos fazer para realizar a manutenção desse equipamen-
to e selecionar os insumos necessários:

Qual é o equipamento?
HPU
Como ele trabalha?
É alimentado pela rede elétrica, através de bombas comprime fluidos hidráulicos que
devem ser utilizados em outros sistemas da fábrica.
Por qual motivo o equipamento parou de funcionar?
Vazamento hidráulico.
Quais são as peças que devem ser desmontadas?
Mangueiras hidráulicas.
Na desmontagem, alguma peça será quebrada?
Pouco provável.
Será necessário substituir componentes?
Sim. Vedações e componentes eletrônicos que eventualmente foram contaminados
pelo fluido que vazou. Poderá ser avaliada a troca ou limpeza de filtros.
Será necessária a remoção de óleo ou combustível?
Será completado o óleo que vazou.
Quais as ferramentas necessárias para desmontar este equipamento?
Chave de boca.
Quantos técnicos serão necessários para a realização dessa manutenção?
3.
Será necessário técnico de especialidades diferentes?
Sim, dois de mecânica e um de eletrônica.

48
UE1 | Insumos da Manutenção

Observe, nas imagens a seguir, os insumos a serem utilizados na manutenção da unidade


de potência hidráulica – HPU:

Ferramentas (desmontagem ou
reaperto).

Fitas (isolante, veda rosca, etc.).

Fluido Hidráulico (substituir ou


completar) e filtros (limpar ou
substituir ou completar).

Componentes de vedação
(juntas, o-rings, etc.)

Componentes eletrônicos
(queima ou falha em unidades
de controle).

Mão de obra: Técnicos em Mecânica,


Assistente Mecânico (Técnico em
Eletrônica, em caso de substituição de
componentes ou falha eletrônica).

49
Manutenção Mecânica Aplicada

Assim, vimos nesta Unidade de Estudo que a seleção de insumos necessários para a exe-
cução da manutenção possibilita a economia de tempo e dinheiro, além de proporcionar
rapidez para a manutenção.

Vocêsabia?!
Você sabia?!
A energia é um insumo importante para a indústria. Em 2007, o setor industrial foi res-
ponsável por 46,73% de toda a energia consumida no Brasil? Já o setor residencial foi res-
ponsável por 22,05% desta energia.
Fonte: Empresa de Pesquisa Energética (EPE), Balanço Energético Nacional (BEN), 2008.

!
Solução
Solução do Problematizando...
do Problematizando...

Vamos retomar o problematizando? Por que o técnico precisa conhecer os insumos para
realizar a manutenção?

Porque com isso ele poderá contar com a melhor preparação da manutenção. Levando
todos os insumos de uma só vez, ele economizará tempo e custos para a empresa, realizan-
do a manutenção com maior agilidade.

Ele reuniu todos os insumos necessários para desmontar a caixa de redução “A”, chamou
um assistente de mecânica, prepararam as ferramentas e materiais, realizando a manuten-
ção rapidamente, sem a necessidade de recorrer a outros insumos ou técnicos da equipe de
manutenção Metaltech.

50
UE1 | Insumos da Manutenção

Agora
Agora éécom
comvocê!
você!
Chegou a hora de aplicar os conhecimentos adquiridos nesta Unidade de Estudo. Não
perca tempo, aplique-os! Sucesso!

51
Unidade de Estudo
01

SELEÇÃO DE
RECURSOS PARA A
MANUTENÇÃO

Unidade Curricular
Manutenção
Mecânica Aplicada
Contexto!
Contexto!

A linha de montagem da Metaltech será paralisada pela equipe de produção,


fazendo surgir uma oportunidade para o técnico fazer uma avaliação do ruído
mecânico vindo de uma das máquinas.

TÉCNICO

TÉCNICO JOÃO PEDRO


TÉCNICO

Mas antes, João Pedro fez uma reflexão.

Será necessário verificar a melhor tecnologia para


fazer uma rápida avaliação e manutenção,
deixando o equipamento disponível para a equipe
de produção com o menor tempo possível.

JOÃO PEDRO
TÉCNICO
Manutenção Mecânica Aplicada

?
Problematizando...
Problematizando...

Por que o técnico em mecânica precisa conhecer os recursos disponíveis para fazer uma
manutenção?

Conhecimento em pauta!

SELEÇÃO DE RECURSOS
Frequentemente, selecionamos recursos tecnológicos para desempenharmos da melhor
forma possível nossas tarefas. Quando vamos abrir uma garrafa em nossa casa, por exem-
plo, analisamos se ela é de tampinha ou rolha, assim, selecionamos o melhor abridor para
realizar a tarefa de abrir a garrafa.

Garrafa de refrigerante
Abridor de tampinha Sem abridor
com tampinha

Garrafa de suco de uva


Saca-rolha Sem saca-rolha
com rolha

Abridor de tampinhas
Garrafa com tampinha Garrafa com rolha
e saca-rolha

Na manutenção também é assim: avaliamos nossas tarefas constantemente. Precisamos


conhecer as máquinas que operamos na empresa, quais seus princípios físicos (hidráuli-
co, pneumático, eletrônico, elétrico, etc.) e tecnologias. Após conhecermos, selecionamos

56
UE1 | Seleção de recursos para a manutenção

nossas ferramentas, instrumentos, materiais, equipe técnica, equipamentos de segurança,


entre outros, e partimos para executar a manutenção.

! Fique
Fique porpor dentro!
dentro!

A etapa de aquisição de recursos deve ser realizada após conhecer o planejamento, bem
como o conjunto de atividades que serão realizadas na sua execução.

Nesta Unidade de Estudo veremos a importância da seleção de recursos para a manu-


tenção.

SELEÇÃO DE RECURSOS PARA A MANUTENÇÃO


A avaliação termográfica é um exemplo do uso inteligente de instrumentos e recursos
para a manutenção. Quando utilizada, são avaliados pontos de aquecimento, identificando
falhas a serem corrigidas, como: atrito, alta corrente elétrica, etc.

Um dos elementos mecânicos com falha que podem ser identificados na inspeção termo-
gráfica é o rolamento. Quando trabalhamos com rolamentos, é comum a necessidade de
substituição por desgaste.

57
Manutenção Mecânica Aplicada

Os recursos consistem nos meios que possibilitam o alcance de determinado objetivo.


Desse modo, os recursos podem ser classificados em materiais, financeiro, técnicos ou tec-
nológicos, e ainda os recursos humanos.

Vamos conhecer o conceito de cada classe de recurso, a seguir:

Todos esses recursos devem ser adquiridos de forma direcionada e relacionada à área na
qual a empresa atua e, ainda, observando as características e necessidades do projeto que
será executado.

58
UE1 | Seleção de recursos para a manutenção

!
Solução
Solução do Problematizando...
do Problematizando...

Vamos retomar o problematizando? Por que o técnico em mecânica precisa conhecer os


recursos disponíveis para fazer uma manutenção?

Porque, com isso, ele poderá escolher os melhores recursos para realizar seus trabalhos
da melhor forma, com segurança, agilidade, eficiência, redução de custos, etc.

Então, João Pedro escolheu um instrumento termográfico e juntamente com o


assistente técnico identificou o rolamento com ruído, desmontou as peças
necessárias e substituiu o mesmo.

Ufa! Todo o trabalho foi realizado com segurança,


eficiência e sem atrasos para a equipe de produção.

TÉCNICO

JOÃO PEDRO
TÉCNICO

Agora
Agora éécom
comvocê!
você!
Chegou a hora de colocar o conhecimento aprendido em prática. Aplique-o com atenção.

59
Unidade de Estudo
01

FERRAMENTAS
DE CONTROLE DA
MANUTENÇÃO

Unidade Curricular
Manutenção
Mecânica Aplicada
Contexto!
Contexto!

Numa manhã agitada na Metaltech, André liga para Valdomiro...

Senhor Valdomiro, as bombas da


planta aqui da empresa estão com
baixo rendimento e necessitam de
uma atenção especial.

Humm... E agora? Temos


apenas três dias para realizar
todas as manutenções!
VALDOMIRO
ANDRÉ GERENTE
TÉCNICO

Darei um jeito! Aprendi sobre uma


ferramenta muito importante no
curso de planejamento e controle
da manutenção que fiz...

Controle da
manutenção!
VALDOMIRO
ANDRÉ GERENTE
TÉCNICO
Manutenção Mecânica Aplicada

?
Problematizando...
Problematizando...

Qual ferramenta de controle André e Valdomiro podem utilizar para realizar o monitora-
mento das manutenções dentro do prazo?

Conhecimento em pauta!

MONITORAR É PRECISO!
É de costume que nos finais de semana, aos domingos, a família se reúna para fazer um
belo almoço e o prato mais pedido, com certeza, é a lasanha!

O cozimento deste prato costuma ser no forno e, para que ele não queime, são necessá-
rios o monitoramento e o controle da temperatura.

Na indústria também é possível fazer monitoramentos e um deles é na manutenção. Para


isso, é de extrema importância usar as ferramentas de controle e, assim, obter um bom re-
sultado final. Nesta Unidade de Estudo você vai aprender a reconhecer as ferramentas de
controle da manutenção, suas características, requisitos funcionais e formas de uso.

64
UE1 | Ferramentas de controle da manutenção

FERRAMENTAS DE CONTROLE DA MANUTENÇÃO


Existem diversas ferramentas aplicadas ao controle dos processos de manutenção. O uso
correto delas causa impacto diretamente na produtividade e nos custos do processo produ-
tivo da empresa, pois tendem a reduzir os custos e aumentar a produtividade.

Entre as ferramentas, podemos citar o ciclo PDCA (do inglês Plan, Do, Check, Action; para
o português Planejar, Executar, Checar e Agir), TPM (do inglês Total Productive Maintenance;
para o português Manutenção Produtiva Total), MCC (Manutenção Centrada na Confiabili-
dade), etc.

Dentro do uso dessas ferramentas, muitos aspectos são importantes para uma boa ma-
nutenção: a gestão de equipes, a análise dos resultados e as ações de melhorias do proces-
so são alguns deles.

a) Gestão de Equipes
Dimensionar a equipe de manutenção é definir o corpo técnico dos profissionais que es-
tarão inseridos no processo. Nesta etapa, é importante ter o controle dos custos com a mão
de obra, e ao mesmo tempo ter a quantidade suficiente de técnicos atuando, com o intuito
de garantir a disponibilidade do sistema.

65
Manutenção Mecânica Aplicada

Após dimensionar, é chegada a hora de fazer o levantamento do desempenho da equipe,


analisar se os profissionais selecionados estão executando as suas atribuições de forma res-
ponsável e produtiva. Além disso, é papel do gestor promover reuniões de feedback, motivar
a equipe para alcançar resultados de excelência, alinhar as metas e reconhecer a dedicação
dos seus colaboradores.

b) Análise dos resultados do processo de manutenção

A análise do processo de manutenção


depende diretamente dos resultados
obtidos do processo. Esses resultados,
se bem analisados, servirão de base
para tomadas de decisões importantes
referentes a intervenções de
manutenção, priorização de atividades
e substituição de equipamentos com
base no índice de falhas.

c) Melhoria no processo de manutenção


Gerenciar é planejar, acompanhar a execução, verificar existência de desvios e corrigir
quando necessário, a fim de manter a melhoria contínua do processo de manutenção, defi-
nindo metas para os resultados por meio da compreensão desses processos.

66
UE1 | Ferramentas de controle da manutenção

Vamos conhecer um pouco mais sobre o ciclo PDCA:

O ciclo PDCA é uma ferramenta de controle que permite atuar em todas as etapas do pro-
cesso, caracterizada por sua capacidade de monitorar a eficiência das atividades que foram
definidas no plano de ação. Observe a figura a seguir:

Agir/
Ajustar Planejar

CICLO
PDCA
Checar/ Desenvolver
Verificar /Executar
50
40
30
20
10
0

Controlar um processo é estudar todos os seus aspectos e ter domínio sobre suas causas,
na busca de manutenção e melhoria dos seus resultados.

Vamos a um exemplo prático de aplicação do ciclo PDCA:

O departamento de manutenção de
uma fábrica de chocolate recebeu
informação de que a linha de
produção iria parar sete dias, então
identificaram que era um ótimo
momento para realizar a manutenção
dos dez tanques misturadores, pois
apresentavam baixa eficiência nos
últimos meses.

67
Manutenção Mecânica Aplicada

Percebendo que o tempo para execução era curto, decidiram


utilizar uma ferramenta de controle da manutenção, o PDCA.
Então, os supervisores de manutenção, juntamente com o setor
de planejamento, definiram que fariam em quatro etapas:

Planejamento
Realizaram um planejamento com o plano de ação, estabelecendo que fosse
necessária uma ação de correção, utilizando a mão de obra de 3 técnicos de
manutenção mecânica, cada um portando uma mala de ferramentas e o serviço
deverá ser realizado em no máximo 7 dias, para não causar impacto nos prazos.

Execução
Iniciaram os trabalhos de manutenção nos 10 tanques misturadores, conforme
planejamento no plano de ação.

Checagem
Durante a execução, os supervisores de manutenção monitoraram as atividades
para se certificarem de que o serviço estava progredindo como o planejado. Eles
notaram que havia lentidão no trabalho e que a programação de 7 dias não seria
suficiente. Um dos técnicos informou que o motivo da lentidão era o
compartilhamento das ferramentas de trabalho, pois tiveram avarias no início das
atividades, e que isso estava retardando o processo de manutenção.

Ajustes

Após a identificação do atraso na execução dos serviços pelo compartilhamento


de ferramentas, imediatamente o supervisor solicitou ao setor de compras da
empresa que efetuasse a aquisição de mais duas malas de ferramentas. O pedido
de compra foi realizado com brevidade, as malas de ferramentas foram entregues
aos técnicos e o serviço concluído em 7 dias conforme o programado.

Os meios e as ferramentas utilizados para o controle da manutenção precisam sempre


ser discutidos, a fim de se chegar ao melhor modo de obtenção do produto desejado.

!
Solução
Solução do Problematizando...
do Problematizando...

Vamos voltar ao nosso problematizando? Qual ferramenta de controle André e Valdomi-


ro podem utilizar para realizar o monitoramento das manutenções dentro do prazo?

68
UE1 | Ferramentas de controle da manutenção

Após analisar os parâmetros do plano de ação, André aplicou a ferramenta PDCA e,


junto com Valdomiro, realizaram o planejamento para manutenção das bombas.

Pronto! Agora iremos


corrigir os eventuais
As manutenções estão pequenos atrasos e
sendo feitas e a execução realizar toda a
estava ocorrendo ANDRÉ
TÉCNICO

manutenção dentro do
conforme planejado. prazo estipulado de
três dias.

VALDOMIRO
GERENTE

Agora
Agora éécom
comvocê!
você!
Chegou a hora de colocar o conhecimento aprendido em prática. Responda o que se
pede com atenção.

69
Unidade de Estudo
01

FUNDAMENTOS
TÉCNICOS PARA
MONITORAMENTO
DE MANUTENÇÃO
PREDITIVA

Unidade Curricular
Manutenção
Mecânica Aplicada
Contexto!
Contexto!

Após verificar o cronograma, Valdomiro notou que seria necessário realizar um ensaio
não destrutivo de ultrassom em algumas soldas de uma importante estrutura metálica
da Metaltech.

Preciso reconhecer os
fundamentos para realizar o
monitoramento e criar um
diagnóstico dessas soldas
através do ultrassom.
Manutenção Mecânica Aplicada

?
Problematizando...
Problematizando...

Quais os fundamentos técnicos necessários para que Valdomiro possa executar o moni-
toramento e diagnóstico das soldas?

Conhecimento em pauta!

MONITORANDO UM PROCEDIMENTO
Um teste ergométrico realiza uma avaliação ampla do funcionamento cardiovascular de
um paciente e coleta informações para o registro do eletrocardiograma. São colocados no
tórax do paciente eletrodos que enviam informações de pressão arterial e batimento cardí-
aco para monitoramento.

Monitorar o paciente durante a realização do exame é de extrema importância e deve ser


feito por um profissional qualificado, pois caso o paciente passe mal, sofrendo uma arritmia,
parada cardíaca ou princípio de infarto, terá o atendimento inicial adequado.

Assim como é necessário o monitoramento na realização de exames, na indústria, os


equipamentos também necessitam de monitoramento durante a execução dos ensaios de
análises, e também exigem profissional técnico qualificado que conheça o procedimento.

74
UE1 | Fundamentos técnicos para monitoramento de manutenção preditiva

Nesta Unidade de Estudo iremos aprender a reconhecer os fundamentos técnicos reque-


ridos para o monitoramento e o diagnóstico de manutenções preditivas.

TÉCNICAS DE MONITORAMENTO E DIAGNÓSTICO


A manutenção preditiva apresenta diversas técnicas de monitoramento e diagnose de
falhas. Observe algumas a seguir:

Radiografia Emissão
Ultrassom
industrial acústica

Partículas Análise de
magnéticas Termometria
vibrações

Análise Análise de
termográfica óleos

75
Manutenção Mecânica Aplicada

Todas as técnicas citadas são consideradas ensaios não destrutivos e têm como objetivo
identificar uma falha ou não conformidade, e saná-las a tempo de não danificar totalmente
o equipamento.

Trocando
Trocando Ideias!
Ideias!
Será que qualquer técnico em manutenção está capacitado a realizar ensaios de manu-
tenção preditiva nos equipamentos? A resposta é não. O técnico em manutenção estará ca-
pacitado desde que participe de treinamento prático em cada uma das técnicas e/ou realize
um curso específico na área.

Não é tão simples verificar uma não conformidade utilizando as técnicas de monitora-
mento e diagnose, pois a interpretação dos dados coletados exige um treinamento especial
dos técnicos que irão analisá-los.

Vamos conhecer uma dessas técnicas: a análise de vibração.

ANÁLISE DE VIBRAÇÃO
A análise de vibração é um método utilizado na manutenção preditiva com o objetivo de
medir as vibrações do equipamento e compará-las com os limites de vibrações predeter-
minadas. Este processo irá garantir a integridade do equipamento, pois as peças não irão
trabalhar com vibrações acima do aceitável, o que possivelmente causaria falhas mecânicas.

76
UE1 | Fundamentos técnicos para monitoramento de manutenção preditiva

A análise de vibrações consiste em um instrumento capaz de transformar sinais mecânicos


em sinais elétricos.

Sensor Piezoelétrico
(acelerômetro)

Sensor Piezoelétrico
(acelerômetro)

Mancais

Observe, na imagem anterior, que os sensores de análise de vibrações (acelerômetros)


foram inseridos nos mancais de rolamentos, por serem estes que absorvem as vibrações
transmitidas pelo eixo. Os mancais são elementos estáticos de sustentação do eixo, e pos-
suem um ou mais rolamentos em seu interior, o que permite o movimento relativo entre
eixo e mancal.

Observe o mancal no detalhe da imagem a seguir:

77
Manutenção Mecânica Aplicada

Nos mancais, são inseridos óleos lubrificantes ou graxa para reduzir o contato metal/
metal e refrigerar o sistema. Após fazer a verificação das vibrações, é necessário que o téc-
nico capacitado realize a interpretação dos dados coletados para determinar os níveis de
vibração e as possíveis causas.

Além da inserção dos óleos, coleta e interpretação dos dados, existem outros fundamen-
tos técnicos requeridos para realizar a análise de vibração em um equipamento. Veja a se-
guir:

Definir os pontos de medição e


monitoramento.

Definir o método correto de fixação


do sensor.

Definir as faixas de resultados


Reconhecer os parâmetros de adequados.
vibração na Norma ISO 10816 que
define as unidades métricas de:
Definir a periodicidade em que o
- Velocidade (mm/s) – milímetro por monitoramento será feito.
segundo;
- Deslocamento (Mícron) - um
Interpretar e propor soluções
milésimo de milímetro;
para os resultados encontrados.
- Aceleração (m/s²) – metro por
segundo ao quadrado.

Portanto, aprendemos que todo procedimento de monitoramento de equipamentos exi-


ge uma fundamentação técnica, para que ele possa ser realizado atendendo às necessida-
des solicitadas e seguindo os padrões.

!
Solução
Solução do Problematizando...
do Problematizando...

Voltando ao problematizando:

Quais os fundamentos técnicos necessários para que Valdomiro possa executar o moni-
toramento e diagnóstico das soldas?

78
UE1 | Fundamentos técnicos para monitoramento de manutenção preditiva

Para diagnosticar e monitorar as soldas, eu preciso...


• Reconhecer o método de monitoramento
adequado;
• Reconhecer a periodicidade em que o
monitoramento será feito;
• Reconhecer as faixas de resultados adequados;
• Reconhecer o método correto de utilização do
equipamento;
• Reconhecer os pontos de medição e
monitoramento;
• Interpretar e propor soluções para os resultados
encontrados.
VALDOMIRO
GERENTE

Agora
Agora éécom
comvocê!
você!
Chegou a hora de colocar o conhecimento aprendido em prática. Responda o que se
pede de acordo com os seus conhecimentos.

79
Unidade de Estudo
01

INTERPRETAÇÃO
DE MANUAIS
E CATÁLOGOS
TÉCNICOS

Unidade Curricular
Manutenção
Mecânica Aplicada
Contexto!
Contexto!
Manutenção Mecânica Aplicada

?
Problematizando...
Problematizando...

Como o Técnico em Mecânica conseguirá identificar os requisitos, condições e referên-


cias para o controle da manutenção do novo compressor de ar?

Conhecimento em pauta!

INTERPRETAÇÃO DE MANUAIS E CATÁLOGOS TÉCNICOS


Você já leu um manual de uma máquina de lavar roupas? Ele traz informações impor-
tantes como: modelo, modo de instalação, manutenção e outras informações. Observe um
exemplo de manual a seguir:

˜ ˜

Modelo Instalação

Manutenção

Ler e seguir todas as instruções dos fabricantes garante que teremos o melhor controle
do uso dos recursos e manutenções do produto. Veremos, nesta Unidade de Estudo, que
a interpretação de manuais e catálogos permite um maior conhecimento dos produtos co-
mercializados, como modelos, funcionalidades, segurança e manutenções importantes para
utilizarmos ao máximo os recursos do produto com o maior tempo possível.

84
UE1 | Interpretação de manuais e catálogos técnicos

MANUAIS E CATÁLOGOS
O profissional que atua na área de manutenção, rotineiramente, necessita realizar pes-
quisas em fontes confiáveis, tais como manuais e catálogos de fabricantes, desenhos técni-
cos, sites na internet, programas em sistemas informatizados, entre outros.

Nos manuais e catálogos de máquinas e equipamentos, os técnicos devem encontrar to-


das as informações necessárias e importantes sobre a instalação, manutenção e operação
do equipamento e seu funcionamento ideal.

CATÁLOGO é comumente utilizado para a divul-


gação de informações técnicas de forma resumida
(por seções, tipos de produtos), principalmente
com objetivo comercial.

MANUAL é utilizado para detalhar um produto,


máquinas e equipamentos com informações
sobre operação, manutenção, transporte e segu-
rança.

85
Manutenção Mecânica Aplicada

Vocêsabia?!
Você sabia?!
A NR 12 - Segurança no trabalho em máquinas e equipamentos, no item 12.125, informa que
as máquinas e equipamentos devem possuir manual de instruções fornecido pelo fabrican-
te ou importador, com informações relativas à segurança em todas as fases de utilização.

Vamos a um exemplo prático de uso de manuais?

Vamos verificar a seguinte situação: uma nova bomba hidráulica foi instalada e você será
o responsável pelo controle das manutenções. A primeira ação que você deve ter é consul-
tar o manual do fabricante. Este documento deve conter todas as informações, requisitos,
condições e referências para controlar as manutenções do equipamento.

Quando necessário, o manual apresentará um esquema básico para facilitar a interpre-


tação e a realização das atividades de instalação, desinstalação, reparos, conforme figura a
seguir. Observe os detalhes referentes à altura de sucção, localização da bomba e compo-
nentes.

86
UE1 | Interpretação de manuais e catálogos técnicos

01 - Válvula de pé
02 - Curva de 90º
06 03 - União
05 04 - Bujão
05 - Registro
06 - Válvula de retenção
07 04 de coluna
07 - “Tê”
03
Bomba 02

10 cm do fundo da cisterna
20 cm do fundo do poço
01

A leitura de manuais e catálogos facilita a interpretação de diversos processos da utiliza-


ção de máquinas e equipamentos, desde sua compra, uso, transporte, segurança, instalação
e manutenções. Essas interpretações permitem o melhor controle das manutenções.

!
Solução
Solução do Problematizando...
do Problematizando...

Vamos retomar o problematizando? Como o técnico em mecânica conseguirá identificar


os requisitos, condição e referências para o controle da manutenção do novo compressor
de ar?

Com a interpretação das informações técnicas contidas no manual do novo compressor


de ar. Então, João Pedro leu o manual do compressor de ar, identificou a pressão, tempera-
tura e nível de óleo de trabalho mínimos e máximos, estabelecendo os melhores requisitos
para o uso e controle da manutenção do novo compressor de ar “B”.

87
Manutenção Mecânica Aplicada

Medição da pressão

Medição da temperatura

Nível de óleo

MANUAL
JOÃO PEDRO
TÉCNICO

Agora
Agora éécom
comvocê!
você!
Chegou a hora de colocar o conhecimento aprendido em prática. Aplique-o com atenção.

88
UE1 | Interpretação de manuais e catálogos técnicos

Anotações

89
Unidade de Estudo
01

RECUPERAÇÃO OU
SUBSTITUIÇÃO DE
ELEMENTOS DE
MÁQUINAS

Unidade Curricular
Manutenção
Mecânica Aplicada
Contexto!
Contexto!

João Pedro estava realizando manutenção preventiva em uma esteira


transportadora, quando percebeu um ruído incomum vindo da caixa de redução.

ORDEP OÃOJ
OCINCÉT

Após a inspeção, João Pedro constatou que existia uma folga considerável
provocada por desgaste nas engrenagens. Nesse caso, o técnico observou que
será preciso realizar um reparo ou substituição das engrenagens.
Manutenção Mecânica Aplicada

?
Problematizando...
Problematizando...

Por que o técnico em mecânica precisa reconhecer as técnicas de recuperação ou substi-


tuição de elementos de máquinas?

Conhecimento em pauta!

RECUPERAÇÃO OU SUBSTITUIÇÃO
O uso de máquina e equipamentos é muito importante para realizarmos nossas tarefas.
O carro ou a moto, por exemplo, tem papel fundamental na locomoção de pessoas, pois
uma vez adquirido, não pensamos em ficar sem. Surge então a preocupação com as manu-
tenções e os elementos que sofrem desgastes ou avarias.

O pneu, quando muito utilizado, deve ser substituído por desgaste, pois suas funções de
aderência e resistência são afetadas. Quando ele é avariado por furo ou corte, avaliamos a
possibilidade de repará-lo ou substituí-lo.

Na indústria também funciona assim. Em algumas situações, quando os elementos de


máquinas utilizados sofrem desgaste ou avaria, após avaliação técnica e comercial criterio-
sa, eles são recondicionados e reaproveitados, caso contrário, são substituídos por outro
com as mesmas características e especificações do fabricante.

Nesta Unidade de Estudo veremos como o Técnico em Mecânica trabalha com as recupe-
rações ou substituições de elementos de máquinas.

94
UE1 | Recuperação ou substituição de elementos de máquinas

RECUPERAÇÃO OU SUBSTITUIÇÃO DE ELEMENTOS DE MÁQUINAS


Nas indústrias, é comum as máquinas e equipamentos possuírem a mesma função, po-
rém são utilizadas e adaptadas de forma diferente. Os eixos, engrenagens, tubulações, flan-
ges, rotores, correias, mancais, polias, válvulas de segurança e selos mecânicos são exemplo
de elementos de máquinas que são utilizados nas mais variadas indústrias e, frequentemen-
te, precisam passar por uma avaliação de recuperação ou substituição.

Na avaliação, para a recuperação ou substituição, serão levados em consideração alguns


pontos. Veja os mais comuns:

Recomendações do fabricante
do equipamento (manuais, ca-
tálogos, histórico e consultas).

Importância para o processo


produtivo (por funcionamento
ou segurança).

Complexidade da manutenção
(será uma manutenção rápida,
demorada? É necessária uma
grande equipe de trabalho?).

Acesso à máquina ou local onde


será substituído o elemento de
máquina (necessário EPI e EPC
específicos? Equipamentos que
facilitem o acesso?).

95
Manutenção Mecânica Aplicada

Reparação ou substituição do eixo?

Assista ao vídeo a seguir e veja como reconhecemos o reparo ou a substituição de um


eixo desgastado.

Com essas informações, podemos fazer a avaliação em 2 pontos que vimos anteriormen-
te, como exemplo:

1. RECOMENDAÇÕES DO FABRICANTE DO EQUIPAMENTO

Informa que a diminuição de 10% do diâmetro deve


ser considerada desgaste profundo e indica a substi-
tuição do eixo;
Informa que desgastes inferiores a 10% do diâmetro
devem ser considerados desgastes superficiais e pode
ser realizado o reparo superficial do eixo.

2. IMPORTÂNCIA PARA O PROCESSO PRODUTIVO

Equipamento crítico para o processo;


Desgaste superficial (diminuição do diâmetro até
9,9%): deve ser programada a substituição, mesmo
com a indicação do fabricante para o reparo superfi-
cial;
Desgaste profundo (diminuição de 10% ou mais): deve
ser programada a substituição imediata do eixo ava-
riado.

96
UE1 | Recuperação ou substituição de elementos de máquinas

Portanto, com base nas características fornecidas pelas imagens, a indicação é substitui-
ção, já que o equipamento que utiliza o eixo é um equipamento crítico. Mas se o equipamen-
to não fosse crítico, poderíamos fazer o reparo superficial. Que técnica utilizaríamos?

REPARO DO DESGASTE SUPERFICIAL DE UM EIXO


Assista ao vídeo a seguir e veja como acontece a recuperação do eixo desgastado.

Vimos nesta Unidade de Estudo quatro principais pontos a serem considerados na avalia-
ção de reparo ou substituição de componentes de máquinas e equipamentos. Conhecemos
também uma das principais avarias para os eixos, o desgaste superficial ou profundo, tor-
nando possível a avaliação de seu reparo ou substituição. Por fim, aprendemos o reparo no
eixo com a técnicas de recomposição.

!
Solução
Solução do Problematizando...
do Problematizando...

Vamos retomar o problematizando? Por que o Técnico em Mecânica precisa reconhecer


as técnicas de recuperação ou substituição de elementos de máquinas?

97
Manutenção Mecânica Aplicada

Porque reconhecendo as
técnicas de recuperação ou
substituição de elementos de
máquinas, sua execução será
feita de forma mais adequada,
rápida, segura e econômica.

JOÃO PEDRO
TÉCNICO

Então, João Paulo avaliou que não seria possível realizar o


reparo nas engrenagens conforme especificação do fabricante,
ORDEP OÃOJ
OCINCÉT

remontou o equipamento colocando-o disponível para a


produção, pois não trazia risco à segurança ou produção.

Conversou com a equipe de produção e manutenção


ORDEP OÃOJ
FERNANDO
OCINCÉT
TÉCNICO
ERIKA
ESTAGIÁRIA

sobre as limitações do equipamento.

Pedido
Especificou, para o departamento de compra, um conjunto de
engrenagens para substituir, antes que houvesse uma avaria
maior no equipamento.

Agora
Agora éécom
comvocê!
você!
Chegou a hora de colocar o conhecimento aprendido em prática. Aplique-o com atenção.

98
UE1 | Recuperação ou substituição de elementos de máquinas

Anotações

99
Unidade de Estudo
01

TRATAMENTOS DE
SUPERFÍCIES

Unidade Curricular
Manutenção
Mecânica Aplicada
Contexto!
Contexto!

João Pedro recebeu do seu supervisor a missão de realizar o tratamento de


superfície em um rotor de uma bomba.

O rotor está
bastante danificado.

JOÃO PEDRO
TÉCNICO

Vamos retirar a peça


VALDOMIRO
GERENTE

para analisarmos
mais de perto.

O rotor apresentava, além de corrosão, desgaste excessivo de espessura em


alguns pontos.

Preciso avaliar qual será


o melhor tratamento de
superfície para o rotor.

JOÃO PEDRO
TÉCNICO
Manutenção Mecânica Aplicada

?
Problematizando...
Problematizando...

Por que o técnico em mecânica precisa conhecer as diferentes técnicas de tratamento de


superfícies empregadas na manutenção de máquinas e equipamentos?

Conhecimento em pauta!

TRATAMENTOS DE SUPERFÍCIES
A preocupação com o tratamento de superfícies é constante no nosso dia a dia. Nos au-
tomóveis, por exemplo, além da lavagem, eventualmente é necessário aplicar produtos de
proteção (ceras, etc.) para dificultar que sujem novamente, ou que o depósito de sujeiras
tenha efeitos corrosivos em toda sua superfície metálica, ou até mesmo que tenhamos um
automóvel com brilho e fique bonito esteticamente.

Depois aplicamos um Temos um carro limpo,


Primeiramente produto protegido contra a
limpamos a superfície com características sujeira ou oxidação com
específicas aparência de carro novo

Na indústria, muitas superfícies de máquinas e equipamentos são fabricadas em material


metálico e são colocadas em condições adversas de estresse mecânico, químico, climáticas,
etc. Aí surge a pergunta: como tratar essas superfícies? As técnicas de tratamento de super-
fícies utilizadas visam melhorar, restaurar ou manter o seu estado, protegendo contra fenô-
menos físicos e químicos agressivos, como: corrosão, erosão, atrito, depósito de impurezas,
etc.

O tratamento de superfícies é feito por diversos métodos. Vejamos alguns deles: jatea-
mento, aspersão térmica e galvanoplastia.

104
UE1 | Tratamentos de superfícies

JATEAMENTO
É uma operação de tratamento de superfícies que se baseia em projetar em alta velocida-
de um fluxo de material abrasivo contra uma superfície. Este processo tem como principal
objetivo a remoção de resíduos físicos ou químicos de superfícies, necessitando, por muitas
vezes, de um outro tratamento de superfície com foco na proteção ou atraso de novas ações
de resíduos físicos ou químicos.

Os meios propulsores mais usados para realização do jateamento são o ar comprimido e


a água. Veremos mais detalhes sobre cada um deles.

JATEAMENTO COM AR COMPRIMIDO


O jateamento com ar comprimido é composto de uma fonte de ar, cuja pressão e vazão
são fornecidas por um compressor, um bico de jateamento, mangueiras e um reservatório
das partículas de material abrasivo.

BICO DE JATEAMENTO

105
Manutenção Mecânica Aplicada

Observe, na figura, que o fluxo de ar arrasta as partículas pelo bico de jateamento e pro-
jetam-nas contra a superfície da peça, removendo a camada escura que está impregnada
na superfície da peça.

Exemplos de partículas abrasivas:

METÁLICO Granalhas e aço.

Materiais que são retirados da natureza sem sofrer


NÃO processamento, exemplos: areia de sílica, olivina, constituída por
METÁLICOS silicatos de magnésio e ferro e formando uma solução sólida e
dolomita ou dolomite, que é um mineral de carbonato de cálcio e
magnésio CaMg (CO3)2.

OUTROS Bicarbonato de sódio, gelo seco, microesfera de vidro e plástico


ABRASIVOS granulado.

O acabamento deixado pelo processo de jateamento tem uma classificação em função


do aspecto visual.

Parasaber
Para saber mais!
mais!
Sobre a classificação do acabamento deixado no processo de jateamento, consulte a norma
ISO 8501-1 Preparation of steel substrates before application of paints and related products – Vi-
sual assessment of surface cleanliness, em português - Preparação de substratos de aço, antes
da aplicação de tintas e produtos relacionados - Avaliação visual da limpeza da superfície.

JATEAMENTO COM ÁGUA (HIDROJATEAMENTO)


O jateamento com água, ou hidrojateamento, é a aplicação de um jato de água de alta
pressão sobre uma superfície. Uma característica específica desse tipo de jateamento é que
a alta velocidade da água gera uma pressão que varia de 100 a 1.000 kgf/cm². Essa alta pres-
são remove da superfície da peça carepas, um tipo de oxidação, e impurezas.

106
UE1 | Tratamentos de superfícies

A figura anterior mostra um operador realizando um hidrojateamento. Observe que a


região atingida pelo jato de água começa a mudar de cor pela eliminação das impurezas.

! Fique
Fique porpor dentro!
dentro!

Na operação com hidrojateamento, faz-se necessário cuidados redobrados, pois a bomba


de água gera um jato, cuja pressão pode chegar a 1000 kg/cm², o que é capaz de cortar
um homem ao meio.

ASPERSÃO TÉRMICA
A aspersão térmica é uma técnica de tratamento de superfície que busca a proteção an-
ticorrosiva, desgaste e restauração de uma superfície.

Neste processo, materiais metálicos ou não metálicos são pulverizados ainda na forma
fundida ou semifundida, e depositados por meio de jato de gás comprimido sobre um subs-
trato previamente preparado, formando uma nova camada com características próprias
(iguais ou melhores que a superfície antes de ter passado por este processo).

107
Manutenção Mecânica Aplicada

Processo de Aspersão Térmica

Material de Aplicação Calor para Fusão Partículas fundidas Partículas impactam Revestimento
(em pó ou arame) (fonte gás ou elétrica) aceleradas na peça de trabalho finalizado

O material aquecido pode ser em pó, vareta, arame, é transformado em partículas (no
estado fundido, semifundido ou sólido) e, ao se chocar com a superfície da peça, forma fi-
nas plaquetas que se conformam e aderem às irregularidades da superfície, formando uma
nova camada. Vamos assistir ao vídeo que nos mostra o processo de aspersão térmica onde
a fonte de calor é elétrica.

Arame
Revestimento

Ar de atomização
Arco elétrico

Partículas fundidas

Bicos de contato Posicionador de bicos


Substrato

GALVANOPLASTIA
A galvanoplastia é um processo de tratamento de superfície onde é utilizada a eletrólise
(reação química de oxirredução provocada pela passagem da corrente elétrica) em meio
aquoso, para cobrir a superfície de uma peça com outro metal, adquirindo novas proprie-
dades, como:

108
UE1 | Tratamentos de superfícies

Resistência à Aumentar a Ampliar a Aumentar a


Melhorar a
oxidação e resistência ao espessura condutividade
estética da
corrosão desgaste da peça elétrica ou
peça
térmica

O processo funciona assim: em uma solução, íons de metais são levados por um campo
elétrico para a superfície da peça em tratamento.

Fluxo de elétrons

Ânodo Ânodo

Cátodo

Conforme figura, o objeto é conectado ao polo negativo, funcionando como cátodo, onde
ocorrerá a redução do metal na forma de depósito superficial na peça trabalhada; enquanto
o metal que sofre a oxidação será ligado a um polo positivo, o ânodo.

!
Solução
Solução do Problematizando...
do Problematizando...

Vamos retomar o problematizando? Por que o Técnico em Mecânica precisa conhecer as


diferentes técnicas de tratamento de superfícies empregadas na manutenção de máquinas
e equipamentos?

Porque com isso ele poderá escolher o melhor tratamento de superfície possível, entre-
gando a peça recebida com uma superfície limpa em estado igual ou melhor que o anterior
à manutenção realizada.

109
Manutenção Mecânica Aplicada

João Pedro inspecionou o rotor, decidiu fazer uma limpeza com jateamento com
ar comprimido (abrasivo), fez medições dos pontos com maior corrosão, consultou
o manual do fabricante, decidiu fazer uma aspersão térmica que garante as
propriedades do rotor conforme o fabricante especifica, possibilitando a correção
de espessura nos pontos necessários e reinstalou o rotor na bomba da Metaltech.

JOÃO PEDRO
TÉCNICO

JOÃO PEDRO
TÉCNICO

110
UE1 | Tratamentos de superfícies

Referenciando!
Referenciando!
https://www.manualdaquimica.com/fisico-quimica/galvanoplastia.htm

Agora
Agora éécom
comvocê!
você!
Chegou a hora de colocar o conhecimento aprendido em prática. Aplique-o com atenção.

111
Unidade de Estudo
01

PROCESSOS
DE SOLDAGEM
MIG/MAG

Unidade Curricular
Manutenção
Mecânica Aplicada
Contexto!
Contexto!

João Pedro solicitou ao soldador que realizasse a tarefa de reparos nas


tubulações que abastecem a principal máquina da Metaltech.

Será necessário fazer a


soldagem em posições
diferentes e de forma rápida,
para que o processo volte ao
JOÃO PEDRO
normal o quanto antes.
TÉCNICO

Mas antes, preciso saber o


material das tubulações
que serão reparadas.
Manutenção Mecânica Aplicada

?
Problematizando...
Problematizando...

Por que o técnico em mecânica precisa conhecer o material da tubulação que será repa-
rada?

Conhecimento em pauta!

PROCESSO DE SOLDAGEM
Constantemente estamos tentando consertar itens pessoais que quebraram. Um brin-
quedo, por exemplo, quando quebra em duas ou mais partes, pensamos em reparar com
algum tipo de cola que encontramos no mercado.

Aí surge a pergunta: que tipo de cola devemos usar? Na própria embalagem das colas
encontramos a indicação do material em que poderá ser utilizada, como: tipos de plásticos,
madeira, porcelana, etc. Enfim, só conseguiremos juntar novamente essas partes se souber-
mos o tipo de cola e qual o material com o qual o brinquedo foi fabricado.

Na indústria também temos situações parecidas e, para realizarmos a união de partes


quebradas, precisamos conhecer os processos e recursos que temos disponíveis, bem como
os materiais que compõem as peças que iremos trabalhar.

Para unir peças metálicas, um dos métodos mais eficientes na indústria é a Soldagem.
Esse método pode ser realizado por diversos processos diferentes. Mas, nesta Unidade de
Estudo veremos o processo de soldagem conhecido por soldagem MIG/MAG.

116
UE1 | Processos de soldagem MIG/MAG

CARACTERÍSTICAS E APLICAÇÕES MIG/MAG


A Soldagem MIG/MAG é um processo de soldagem por fusão a arco elétrico, ou seja, ocor-
re pelo aquecimento provocado pelo arco elétrico gerado entre a peça e o consumível em
forma de arame, em uma determinada região. Esse processo forma uma poça de material
fundido na peça, onde é depositado o metal de adição. Ao ponto que essa poça é deslocada,
vai ocorrendo a solidificação do material, formando o cordão de solda.

Arame de
Soldagem

Proteção
Gasosa

Poça de fusão
Peça

Arco elétrico

Nesse processo, é utilizado um gás de proteção, onde o tipo de gás utilizado na poça de
fusão diferencia o processo por MIG ou MAG:

MIG (Metal Inert Gas) MAG (Metal Active


o gás de proteção Gas) se a proteção for
utilizado: se for inerte realizada por um gás
(por exemplo, argônio ativo (por exemplo,
ou hélio), o processo é gás carbônico ou
denominado MIG. oxigênio) ou por uma
mistura de gás ativo e
inerte, este processo é
denominado MAG.

MIG MAG

117
Manutenção Mecânica Aplicada

Em alguns casos, o gás ativo, além de proteger o processo de solda, pode auxiliar na
composição química da poça de fusão. Os gases auxiliam na estabilidade do arco elétrico,
transferência de metal de adição, penetração da solda, etc. Essas variações interferem di-
retamente nas características dos perfis do cordão de solda, que ajustadas com a corrente
elétrica utilizada, permitem um melhor controle da penetração da solda.

Parasaber
Para saber mais!
mais!
A norma ASME seção IX regulamenta as variáveis de influência no processo de soldagem
MIG/MAG, tais como: qualificação do soldador, qualificação do procedimento de soldagem,
metal de base, metal de adição, tratamento térmico, preaquecimento, tipos de gás, junta a
ser soldada, posição de soldagem, parâmetros de soldagem e técnicas de soldagem. Con-
sulte a Norma!

Na soldagem MIG/MAG, o que define suas aplicações e a escolha dos gases são os metais
que compõem as peças que serão trabalhadas/reparadas.

MAG
• Aço-carbono;
• Aços-liga; • Gases ativos;
Metais
• Aços inoxidáveis; Ferrosos: • Gases ativos e inertes.
• Ferro fundido, etc.

• Ligas de alumínio;
MIG
• Cobre;
• Estanho; Metais
• Gases inertes
Não Ferrosos:
• Níquel;
• Chumbo, etc.

118
UE1 | Processos de soldagem MIG/MAG

Outra principal característica da soldagem MIG/MAG é a utilização de um arame (metal


de adição), que é protegido da atmosfera pelo fluxo do gás.

PROCESSO DE SOLDAGEM MIG / MAG


O processo de soldagem MIG/MAG pode ser semiautomático ou totalmente automatiza-
do pelo alimentador de arame, aumentando assim a produtividade, mas também os custos.

Bobina Cilindro
Alimentador de arame de gás
de arame
Gás de
proteção

Tocha de
soldagem Cabos de
potência

Peça

Veremos, a seguir, o processo de soldagem por completo. O que irá diferenciar (MIG/
MAG) serão apenas os gases de proteção e arame (metal de adição), que serão definidos
pelo material metálico do que é constituída a peça de trabalho.

Bocal

Bico de contato

Transferência metálica

Solda Arame A C Proteção gasosa

B Arco elétrico

D Poça de fusão

119
Manutenção Mecânica Aplicada

VANTAGENS E LIMITAÇÕES
Como todo processo, a soldagem com MIG/MAG tem vantagens e desvantagens. Vamos
conhecê-las?

a) Executar todas as posições de soldagem;


b) Alimentação contínua do eletrodo, podendo ser automática;
c) Velocidade de soldagem elevada;
d) Taxa de deposição elevada;
e) Não há formação de escória;
f) A raiz da soldagem é mais uniforme em comparação com o eletrodo revestido;
g) Visibilidade total do metal de base;
h) Facilidade de execução.

VANTAGENS
DESVANTAGENS
a) Menor portabilidade que o eletrodo revestido;
b) A soldagem precisa ser protegida da corrente de ar;
c) A operação é difícil em locais de acesso restrito;
d) São projetadas gotas de metal fundido durante o processo de soldagem;
e) Elevada emissão de raios ultravioleta;
f) Equipamentos mais caros em comparação com o processo a eletrodo revestido;
g) Por ter uma maior velocidade de resfriamento, pode aumentar o surgimento de trincas.

!
Solução
Solução do Problematizando...
do Problematizando...

Vamos retomar o problematizando? Por que o técnico em mecânica precisa conhecer o


material da tubulação que será reparada?

Porque com isso ele poderá identificar o melhor processo de soldagem e consumíveis
(eletrodo e gás), fazendo a recuperação por soldagem de peças e componentes mecânicos,
conforme necessidade.

120
UE1 | Processos de soldagem MIG/MAG

Então, João Pedro identificou que as tubulações eram de aço-carbono e verificou


as posições para a soldagem.

Metal ferroso
ORDEP OÃOJ
OCINCÉT

Juntamente com o soldador, decidiram realizar o reparo com solda MIG/MAG,


usando gás e eletrodo para o processo MAG e assim realizaram os reparos de
forma rápida.

ORDEP OÃOJ
OCINCÉT

Agora
Agora éécom
comvocê!
você!
Chegou a hora de colocar o conhecimento aprendido em prática. Aplique-o com atenção.

121
Unidade de Estudo
01

PROCESSO DE
SOLDAGEM
OXIGÁS

Unidade Curricular
Manutenção
Mecânica Aplicada
Contexto!
Contexto!

João Pedro recebeu a tarefa de auxiliar na instalação de


um gerador para obra de ampliação da Metaltech.

JOÃO PEDRO
TÉCNICO

Porém, o Eletricista relatou que


uma chapa da base de fixação
do gerador tinha quebrado.

JOÃO PEDRO
TÉCNICO

Nesse caso, o técnico observou que


será preciso fazer o reparo com
solda na chapa, sem a utilização da
energia elétrica para concluir a
instalação do gerador.

JOÃO PEDRO
TÉCNICO
Manutenção Mecânica Aplicada

?
Problematizando...
Problematizando...

Qual o processo mais adequado que João Pedro deverá utilizar para realizar o reparo na
chapa sem o uso da energia elétrica?

Conhecimento em pauta!

PROCESSO DE SOLDAGEM OXIGÁS


Atualmente, temos uma série de facilidades e, quando nos deparamos com alguma difi-
culdade, achamos que não vai ter saída. Quando falta energia elétrica, por exemplo, imedia-
tamente ficamos ansiosos e nos preocupamos em ficar no escuro, mas ainda temos recursos
antigos e baratos como: velas, lanternas, entre outros, que podem suprir a energia elétrica.

Na indústria também existem alternativas para determinados recursos ou tarefas sem


o uso da energia elétrica. Para a união de peças metálicas, um dos processos mais antigos,
baratos e que não necessitam do uso da energia elétrica é o processo de solda por fusão à
combustão, conhecido como oxigás.

A fusão é a transição de um material da fase sólida para a fase líquida. Neste processo,
ocorre um alto aquecimento provocado pela combustão de uma mistura de gases, no caso
da soldagem metálica, como os metais, que são ótimos condutores de energia (elétrica ou
térmica). Esses gases e metais logo se resfriam e se solidificam, fazendo a união do material
fundido.

126
UE1 | Processo de soldagem Oxigás

Nesta Unidade de Estudo veremos esse processo que possibilita a construção e reparo
de peças metálicas de pequenas espessuras sem a necessidade da energia elétrica, usando
o processo de soldagem oxigás.

PROCESSO DE SOLDAGEM OXIGÁS


Vamos entender como é feito o processo de soldagem oxigás assistindo ao vídeo a seguir.

! Fique
Fique porpor dentro!
dentro!

Em aplicações onde a peça tem espessura muito fina (a exemplo até 3 mm), é possível
realizar a solda sem a necessidade do metal de adição.

127
Manutenção Mecânica Aplicada

PRINCIPAIS CARACTERÍSTICAS E APLICAÇÕES


Uma das principais características do processo oxigás é a utilização de uma mistura de
gases, que dispensa o uso da energia elétrica. O controle de temperatura fornecida para a
formação da solda é regulado com as misturas dos gases e a distância da chama do metal
de base. Esse controle da temperatura é regulado pelo operador.

Observe, na imagem, os detalhes e equipamentos utilizados no processo de oxigás.

Regulador de pressão Regulador de pressão


para acetileno para oxigênio

Cilindro ou instalação Cilindro ou instalação


centralizada para centralizada para
acetileno 1,5
2 10 15
oxigênio
2,5 5
20
1

3
0
0,5

25
30
0

Mangueira de alta
2 10 15
1,5
2,5 5
20
1

3 0 25
0,5

30

pressão para
0
AC

E
TI

Mangueira de alta
LENO

condução do O
XI
GÊNIO
pressão para a condução
acetileno do oxigênio

Dispositivo de Maçarico
segurança

A seguir temos uma tabela com os principais gases combustíveis e suas temperaturas de
combustão, utilizados na indústria para a solda oxigás. É possível observar que o gás mais
utilizado, o Acetileno, também é o que atinge maior temperatura.

128
UE1 | Processo de soldagem Oxigás

Temperatura de combustão
Gás em graus Celsius Cº
combustível Com oxigênio Com Ar
Acetileno (C2H2) 3480º 2650º

Hidrogênio (H2) 2980º 2200º

Propano (C3H8) 2980º 2150º

Butano (C4H10) 2925º 1470º

Gás natural 2775º 2090º


(CH4 e H2)

Esses gases apresentam as seguintes características:

Inércia
Alta Alto química
temperatura potencial Novoscom
o metal de
da chama energético base e adição

A soldagem por oxigás, utilizada na indústria, apresenta baixo custo e não precisa do uso
de energia elétrica. Proporciona boa solda para construção ou reparo de peças metálicas
ferrosas e não ferrosas, soldagem de estruturas e solda de tubos de pequeno diâmetro (até
50 mm).

129
Manutenção Mecânica Aplicada

Esse processo de solda emprega uma intensidade de calor menor, quando comparado
com outros processos. É largamente usado para soldar metais duros como: aço-carbono e
algumas ligas de aço. Mas quando necessitamos fazer a construção ou o reparo de peças
metálicas de grandes espessuras, o processo normalmente se torna inviável, pois quando
comparado a outros processos, a exemplo de fusão por arco elétrico, o oxigás se torna mui-
to mais lento.

Vocêsabia?!
Você sabia?!
Uma das principais aplicações dos equipamentos de oxigás na indústria atual é o corte ou
aquecimento de peças para reparo. Este processo também é conhecido como oxicorte.

130
UE1 | Processo de soldagem Oxigás

!
Solução
Solução do Problematizando...
do Problematizando...

Vamos retomar o problematizando? Qual o processo mais adequado que João Pedro de-
verá utilizar para realizar o reparo na chapa sem o uso da energia elétrica?

O processo escolhido foi a soldagem por oxigás, garantindo o reparo da chapa fina, sem
o uso da energia elétrica. Então, João Pedro verificou que a chapa era de aço, definiu o mate-
rial de adição, chamou o Soldador, levaram os equipamentos de solda oxigás e recuperaram
a chapa para instalar o gerador.

TÉCNICO

JOÃO PEDRO
TÉCNICO

Agora
Agora éécom
comvocê!
você!
Chegou a hora de colocar o conhecimento aprendido em prática. Aplique-o com atenção.

131
Unidade de Estudo
01

SOLDAGEM TIG

Unidade Curricular
Manutenção
Mecânica Aplicada
Contexto!
Contexto!

João Pedro recebeu da indústria química uma máquina para reparo.

Foi identificado que


precisamos refazer a
soldagem em uma
tubulação.

Porém, na ordem de serviço diz que o equipamento é de inox e trabalha


sob alta pressão.

Observando aqui, será


necessário definir o processo
de soldagem mais adequado
para o reparo nesse tipo de
material.

JOÃO PEDRO
TÉCNICO
Manutenção Mecânica Aplicada

?
Problematizando...
Problematizando...

Qual o processo de soldagem mais adequado que João Pedro deverá definir para realizar
o reparo?

Conhecimento em pauta!

PROCESSOS DE SOLDAGEM
Quando itens essenciais ao nosso dia a dia quebram, procuramos repará-los da melhor
forma possível, com custos inferiores à aquisição de um novo e que possibilite funcionar um
pouco até que possamos substituí-los.

Os sapatos, por exemplo, quando a sola se solta, utilizamos uma cola apropriada para
colar sapatos e aplicamos de forma distribuída, de forma que todas as áreas tenham a mes-
ma quantidade, possibilitando que a cola prenda todas as partes da melhor forma possível.

Controle no processo de fixação

Cola bem distribuída Sapato reparado

Na indústria também é assim, fazemos reparos constantes que possibilitam utilizarmos


por mais um tempo máquinas e equipamentos, mas precisamos conhecer os processos e
recursos que temos disponíveis, bem como os materiais que compõem as peças que iremos
trabalhar.

136
UE1 | Soldagem TIG

UNIÃO POR SOLDAGEM


Para a união de peças metálicas, um dos processos mais eficientes é o processo de solda
de fusão por arco elétrico, a exemplos do eletrodo revestido, MIG/MAG e TIG.

! Fique
Fique porpor dentro!
dentro!

A fusão é a transição da fase sólida de um material para a fase líquida.

A soldagem de peças metálicas ocorre com o alto aquecimento provocado pelo arco elé-
trico, que é uma fagulha instantânea resultante de um fluxo de corrente em meio normal-
mente isolante, tal como o ar. Como os metais são ótimos condutores, logo se resfriam e se
solidificam, fazendo a união do material soldado.

137
Manutenção Mecânica Aplicada

Nesta Unidade de Estudo veremos um dos processos que possibilita uma soldagem lim-
pa, uniforme, com ótima propriedade mecânica, conhecido por soldagem TIG (sigla em in-
glês para Tungsten Inert Gas).

PROCESSO DE SOLDAGEM TIG - CARACTERÍSTICAS E APLICAÇÕES


A soldagem TIG é um processo de soldagem com a fusão por arco elétrico que utiliza um
eletrodo não consumível de tungstênio, proteção gasosa (gás inerte argônio, hélio ou uma
mistura dos dois) e com um metal de adição.

1. Energia
2. Gatilho
3. Pinça
4. Difusor de gás
5. Bocal cerâmico
6. Eletrodo de tungstênio
7. Metal de adição
8. Chanfro
9. Poça de fusão
10. Gás de proteção
11. Arco elétrico
12. Cordão de solda

! Fique
Fique porpor dentro!
dentro!

Os equipamentos e consumíveis do processo TIG são de custos elevados se comparados


com outros processos de soldagem, mas possibilita uma das melhores soldas de fusão
por arco elétrico. Por isso, o processo TIG só deve ser aplicado quando se precisa de qua-
lidade na solda, fabricação ou reparo de peças importantes, pouca espessura, resistência
mecânica, etc.

138
UE1 | Soldagem TIG

Na maioria dos casos, a soldagem é realizada manualmente, o soldador conduz a tocha


de soldagem com uma das mãos, e a outra conduz o metal de adição, exige destreza do sol-
dador, como podemos ver na imagem a seguir:

Metal de adição

Tocha de soldagem
com eletrodo
de tungstênio

Apesar da dificuldade na destreza do soldador, a estabilidade do arco elétrico no proces-


so TIG proporciona um cordão de solda bem feito e com ótimo acabamento.

Este processo é bastante utilizado na soldagem de vários metais, como aços-carbono e


baixa liga, aços inoxidáveis, ligas de alumínio, ligas de níquel, ligas de cobre e ligas de mag-
nésio.

Exemplos de aplicações:

APLICAÇÕES DE SOLDA TIG

Indústria aeroespacial Indústria automotiva

Indústria química, alimentícia Materiais cirúrgicos


e farmacêutica

139
Manutenção Mecânica Aplicada

Parasaber
Para saber mais!
mais!
Consulte a norma específica para Qualificação em soldagem – Terminologia, ABNT NBR
10474. Nela você encontrará detalhes dos termos empregados nas operações de qualifica-
ção e soldagem.

PROCESSO DE SOLDAGEM TIG


Vamos conhecer o processo de soldagem:

Fonte
Cilindro
de gás

Tocha Metal de
Eletrodo adição
tungstênio A Arco D
B

F
metal
Metal de base de adição C Gás E
Metal de proteção
de base
Solda

Poça de fusão

No processo TIG, a ignição de arco é feita sem tocar o eletrodo na peça, a fim de evitar a
transferência do eletrodo de tungstênio para a peça e danos no eletrodo. A abertura é feita
por meio de dispositivos que formam um tipo de arco piloto, sendo que o mais utilizado é
um ignitor de alta frequência.

VANTAGENS E DESVANTAGENS DO PROCESSO


Como todo processo, a soldagem TIG tem vantagens e desvantagens. Vamos conhecê-
-las?

140
UE1 | Soldagem TIG

!
Solução
Solução do Problematizando...
do Problematizando...

Vamos retomar o problematizando? Qual o processo de soldagem mais adequado que


João Pedro deverá definir para realizar o reparo?

O processo de soldagem TIG garante uma solda limpa, homogênea, com ótimas proprie-
dades mecânicas para resistir às condições de trabalho da máquina que é de alta pressão.

Então João Pedro separou os equipamentos e consumíveis para soldar inox, juntamente
com um soldador qualificado para o processo TIG e realizaram o reparo da solda.

Agora
Agora éécom
comvocê!
você!
Chegou a hora de colocar o conhecimento aprendido em prática. Aplique-o com atenção.

141
Unidade de Estudo
01

PROCESSOS DE
SOLDAGEM

Unidade Curricular
Manutenção
Mecânica Aplicada
Contexto!
Contexto!

João Pedro recebeu do supervisor Valdomiro uma ordem de serviço para reparo
do portão do galpão de manutenção da empresa.

A base do portão é fabricada em aço-carbono, então


recomendo a soldagem por eletrodo revestido.

JOÃO PEDRO
TÉCNICO

VALDOMIRO
GERENTE
Manutenção Mecânica Aplicada

?
Problematizando...
Problematizando...

Por que Valdomiro recomendou que o processo de reparo do portão deveria ser realiza-
do por soldagem com eletrodo revestido?

Conhecimento em pauta!

O SEGREDO DO CONFEITEIRO
Você já acompanhou um processo de confecção de um bolo de três andares? O con-
feiteiro prepara os bolos separados e, depois, coloca um por cima do outro. Mas, como os
bolos ficam perfeitamente montados? Fácil, o confeiteiro adiciona uma pasta entre os bolos,
fazendo com que eles fiquem unidos.

Na indústria, quando se faz necessário realizar a união de materiais, principalmente me-


tálicos, utiliza-se o processo de soldagem. Um dos principais métodos que permitem a união
entre os metais é o processo por fusão com adição de material.

Nesta Unidade de Estudo você irá reconhecer o processo de soldagem por eletrodo re-
vestido e suas características.

146
UE1 | Processos de Soldagem

SOLDAGEM POR ELETRODO REVESTIDO


A soldagem por eletrodo revestido é realizada com o calor de um arco elétrico mantido
entre a extremidade de uma vareta metálica revestida e metal de base (peça de trabalho).

REVESTIMENTO

VARETA (ALMA)

ATMOSFERA
PROTETORA ESCÓRIA
SOLIDIFICADA
POÇA DE
FUSÃO

METAL DE SOLDA

METAL DE BASE

O revestimento do eletrodo tem diversas funções, entre elas, a de criar uma atmosfera
protetora para proteger a poça de fusão e o metal de solda contra contaminação. Além dis-
so, tem a função de estabilizar o arco elétrico e ajustar a composição do cordão de solda,
adicionando elementos químicos, ajudando na geração da escória que irá proteger o cordão
de solda durante a solidificação.

Soldador executando a soldagem por eletrodo


revestido em uma tubulação.

147
Manutenção Mecânica Aplicada

EQUIPAMENTOS NECESSÁRIOS PARA O PROCESSO DE SOLDA POR


ELETRODO REVESTIDO
Veja as ferramentas para o trabalho com solda com eletrodo revestido.

Fonte

Cabo

Porta
eletrodo

Martelo picador

Escova
de aço

CUIDADOS APÓS A SOLDAGEM


Após o soldador realizar a soldagem, enchendo o vazio entre as partes, terá que ter aten-
ção para a criação do cordão de solda. Este cordão deve ser limpo das escórias com as fer-
ramentas adequadas: picadeira e escova de aço. Observe na figura a seguir:

148
UE1 | Processos de Soldagem

PROCEDIMENTO DE SEGURANÇA
Como em todas as operações de soldagem, o operador deverá seguir os procedimentos
de segurança e operação. Este processo deve ser realizado por profissionais qualificados em
soldagem. É obrigatória a utilização de equipamentos de segurança, EPIs, conforme normas
de segurança. Veja na figura a seguir os EPIs utilizados na operação de soldagem.

NORMAS TÉCNICAS PARA CONSUMÍVEIS DE SOLDAGEM


Os eletrodos, também chamados de consumíveis de soldagem, são padronizados pela
norma American Welding Society (AWS) – Associação Americana de Soldagem. Veja, a seguir,
algumas referências dessa norma. Como as normas são originariamente em inglês, foram
mantidos os títulos originais com a sigla entre parênteses.

149
Manutenção Mecânica Aplicada

Devido ao seu baixo custo, simplicidade e fácil manuseio dos equipamentos, a soldagem
por eletrodo revestido é muito utilizada em situações de reparo e manutenção em campo.
Entretanto, este processo é caracterizado por ter baixa produtividade devido à baixa taxa de
deposição de material e a necessidade de remoção da escória a cada passe de solda, o que
reduz a taxa de ocupação do soldador.

!
Solução
Solução do Problematizando...
do Problematizando...

Vamos retomar o problematizando? Por que Valdomiro recomendou que o processo de


reparo do portão deveria ser realizado por soldagem com eletrodo revestido?

150
UE1 | Processos de Soldagem

João Pedro, com essa técnica você fará uma ótima


solda em aço-carbono, com baixo custo e fácil
manuseio, pois o serviço será no campo, ao ar livre,
e não será preciso utilizar cilindro de gás para
proteger a solda.

JOÃO PEDRO
TÉCNICO

Ok. Irei resolver


esse problema! VALDOMIRO
GERENTE

Agora
Agora éécom
comvocê!
você!
Chegou a hora de colocar o conhecimento aprendido em prática. Responda o que
se pede de acordo com seus estudos.

151
Unidade de Estudo
01

GESTÃO DE
EQUIPES DE
MANUTENÇÃO

Unidade Curricular
Manutenção
Mecânica Aplicada
Contexto!
Contexto!

Valdomiro recebeu um chamado urgente para uma manutenção não programada,


na unidade de potência hidráulica (HPU).

O equipamento
acabou de quebrar
com a colisão de uma
empilhadeira.
JOÃO PEDRO
TÉCNICO
ORIMODLAV
ETNEREG

Ao chegar no local, o supervisor fez uma observação.

ODNANREF
OCINCÉT

JOÃO PEDRO
TÉCNICO

ORIMODLAV
ETNEREG

Será preciso dimensionar


rapidamente uma equipe
para iniciar os reparos.
Manutenção Mecânica Aplicada

?
Problematizando...
Problematizando...

Por que é necessário dimensionar uma equipe para o reparo da manutenção não pro-
gramada?

Conhecimento em pauta!

DIMENSIONAMENTO DE EQUIPE
Nesta Unidade de Estudo vamos falar sobre um assunto fundamental dentro de qualquer
empresa: o dimensionamento de equipe. Não existe um profissional que saiba de tudo. Ele
precisa sempre estar se relacionando com outros profissionais para, juntos, solucionarem
um problema, fazerem manutenções ou fazerem pontos para vencer uma partida, a exem-
plo de jogos como o vôlei.

Isto é o que traduz o trabalho em equipe: todos em prol de uma mesma finalidade, mos-
trando as suas competências individuais, que somadas, transformam-se em resultados be-
neficentes ao time.

Na indústria também é assim, constantemente precisamos resolver problemas que en-


volvem diversas áreas técnicas (mecânica, hidráulica, eletrônica, elétrica, soldagem, etc.),
onde é necessário dimensionar uma equipe com a capacidade de resolver problemas.

156
UE1 | Gestão de equipes de manutenção

DIMENSIONAMENTO DE EQUIPE – QUANTITATIVO E PERFIL


Na manutenção não programada, o dimensionamento é iniciado por uma ou mais pesso-
as com experiência nas manutenções e processos da empresa, que conheça o equipamento
a ser reparado e possa rapidamente avaliar todas as possibilidades, riscos, precauções e
reparos imediatos ou definitivos.

Quando fazemos o dimensionamento de uma equipe, é necessário especificar o quanti-


tativo e o perfil técnico da equipe da manutenção.

Quantitativo: Perfil técnico:


é quando identifi- é quando definimos
camos a quantidade a área técnica de atu-
de pessoas que es- ação para cada
tarão envolvidas na pessoa envolvida na
manutenção. manutenção.

Para exemplificar, consideremos que uma HPU tenha sofrido uma colisão com uma empi-
lhadeira. Para realizar a manutenção, será necessária uma avaliação do cenário por etapas:

AÇÕES AÇÕES/
AVALIAÇÃO RELIGAÇÃO
IMEDIATAS REPARO
DE RISCOS (r)
(ai) (ar)

157
Manutenção Mecânica Aplicada

Assim, teremos que seguir as etapas indicadas no quadro, para a manutenção da HPU:

Avaliação
Ações imediatas (ai) Ações Reparo (ar) Religação ( r )
de riscos
Substituir
Vazamento Fechar e conter tubulações Inspecionar
1ai 1ar 1r
(Óleo hidráulico) vazamento, etc. por mangueiras vazamentos

Sinalizar a área,
Queda limpeza do Verificar
2ai equipamento para 2ar Limpeza total 2r
(escorregamento) vazamentos
segurança e
inspeção visual

Choque Trocar componen-


(a colisão deixou 3ai Desligamento 3ar tes elétricos, pro- 3r Religar
fios expostos) teger fios, etc.

Verificar estado
Quadro elétrico do quadro (substi- Substituição total Verificar
4ai 4ar 4r
avariado tuição total ou do quadro funcionamento
parcial)

Em uma avaliação rápida e criteriosa do cenário, é possível quantificar 4 riscos, com 4


ações imediatas, seguida de 4 ações de reparos e 4 ações para a religação.

Verificamos que, 2 destes riscos (choque e quadro elétrico) avaliados, envolvem energia
elétrica e área específica que não está enquadrada no perfil do técnico em mecânica. Por-
tanto, já poderíamos dimensionar a equipe com quantitativo de 4 funcionários, com perfil
de mecânica e elétrica:

1 técnico em Mecânica (ações 1ai, 1ar e 1r)


1 assistente em mecânica (ações 2ai, 2ar e 2r).

1 técnico em elétrica (ações 4ai, 4ar e 4r)


1 assistente em elétrica (ações 3ai, 3ar e 3r).

158
UE1 | Gestão de equipes de manutenção

Neste caso, após a identificação do risco, o quadro fica dividido conforme a seguir:

Avaliação Ações Ações Reparo


Equipe Equipe Equipe Religação
de Riscos Imediatas Imediato
Substituir
Vazamento Técnico - Fechar e conter Técnico - Técnico - Inspecionar
tubulações
(Óleo hidráulico) - Mecânica vazamento, etc. - Mecânica - Mecânica vazamentos
por mangueiras
Limpeza do
Queda Assistente equipamento Assistente Assistente Verificar
Limpeza total
(escorregamento)Técnico Mecânica para segurança Técnico Mecânica Técnico Mecânica vazamentos
e inspeção visual
Trocar
Choque Assistente Assistente Assistente
componentes
(a colisão deixou Técnico Desligamento Técnico Técnico Religar
elétricos,
fios expostos) Eletricista Eletricista Eletricista
proteger fios, etc.
Verificar estado
Quadro Técnico do quadro Técnico Substituição Técnico Verificar
elétrico avariado Eletricista (substituição Eletricista total do quadro Eletricista funcionamento
total ou parcial)

! Fique
Fique porpor dentro!
dentro!

Com o aperfeiçoamento das técnicas de recrutamento e seleção de colaboradores, as


organizações valorizam cada vez mais pessoas com maior facilidade de interação com
grupos de trabalho.

DIMENSIONAMENTO DA EQUIPE DE MANUTENÇÃO NÃO PLANEJADA

A equipe dimensionada para a manutenção não planejada realizará o reparo imediato,


colocando o equipamento disponível em operação com segurança o mais rápido possível.

159
Manutenção Mecânica Aplicada

No caso da manutenção na HPU, a equipe será composta com o quantitativo de 4 fun-


cionários, dois deles da área de mecânica e mais dois da área de elétrica, conforme figura a
seguir:

1 TÉCNICO 1 ASSISTENTE
EM MECÂNICA EM MECÂNICA

1 TÉCNICO 1 ASSISTENTE
EM ELÉTRICA EM ELÉTRICA

Parasaber
Para saber mais!
mais!
Consulte a norma específica para princípios fundamentais e medidas de proteção que ga-
rantem a saúde e a integridade física dos trabalhadores, a NR 12 – SEGURANÇA NO TRABA-
LHO EM MÁQUINAS E EQUIPAMENTOS.

!
Solução
Solução do Problematizando...
do Problematizando...

Vamos retomar o problematizando? Por que é necessário dimensionar uma equipe para
o reparo da manutenção não programada?

Porque com isso é possível definir corretamente o quantitativo e o perfil técnico dos fun-
cionários para resolverem os problemas na manutenção não planejada, de forma rápida e
segura.

160
UE1 | Gestão de equipes de manutenção

Então, Valdomiro identificou os riscos, ações imediatas, ações de reparo e


religação, dimensionando os técnicos e perfis técnicos.

ORIMODLAV
ETNEREG

Avaliação de
Ações imediatas (ai) Ações reparo (ar) Religação (r)
riscos

Vazamento Substituir
Fechar e conter Inspecionar
(óleo hidráulico) 1ai 1ar tubulações por 1r
vazamento, etc. vazamentos
mangueiras
Sinalizar a área,
limpeza do
Queda equipamento Verificar
Limpeza total
(escorregamento) 2ai para segurança e 2ar 2r vazamentos
inspeção visual
Trocar
Choque coponentes
(a colisão deixou 3ai Desligamento 3ar elétricos, 3r Religar
fios expostos) proteger fios,
etc
Verificar estado
Quadro elétrico 4ai do quadro 4ar Substituição total 4r Verificar
avariado (substituição do quadro funcionamento
total ou parcial)

Assim, profissionais trabalharam em equipe, colocando a HPU disponível o


mais rápido possível.

Agora
Agora éécom
comvocê!
você!
Chegou a hora de colocar o conhecimento aprendido em prática. Aplique-o com atenção.

161
Unidade de Estudo
01

AVALIAÇÃO DO
PROCESSO DE
MANUTENÇÃO

Unidade Curricular
Manutenção
Mecânica Aplicada
Contexto!
Contexto!

João Pedro recebeu um comunicado da equipe de operação.

Uma das bombas centrífugas Fique tranquilo, vou acompanhar o


começou a apresentar ruído. desempenho de vazão da bomba.

TÉCNICO

JOÃO PEDRO
TÉCNICO

TÉCNICO
Manutenção Mecânica Aplicada

?
Problematizando...
Problematizando...

Por que o técnico em mecânica precisa acompanhar o desempenho da bomba centrífuga?

Conhecimento em pauta!

DESEMPENHO DE MÁQUINAS E EQUIPAMENTOS


Constantemente, identificamos o desempenho de pessoas, máquinas e equipamentos.
Em um aquário, por exemplo, quando identificamos que a bomba de oxigênio não está de-
sempenhando bem sua função, ou para de funcionar, substituímos a bomba, pois sabemos
que teremos um aquário sem oxigênio, acumulando limo e impurezas, o que possibilita a
morte dos peixes.

Na indústria também é assim. Acompanhamos o desempenho de máquinas e equipa-


mentos para analisarmos suas condições e criticidades tomando ações antes de sua parada
total.

Nesta Unidade de Estudo conheceremos as condições e características do desempenho


de máquinas e equipamentos, permitindo a tomada de decisão quanto à realização de ma-
nutenções não planejadas.

166
UE1 | Avaliação do processo de manutenção

! Fique
Fique porpor dentro!
dentro!

O desempenho é um conjunto de características ou capacidades de comportamento de


uma pessoa, organização, sistemas, empreendimentos, máquinas e equipamentos, etc.

Na manutenção, é possível expressar o desempenho utilizando-se de métricas, funções,


dados de vazão, corrente, índice, etc. Para entendermos sobre desempenho de máquinas
e equipamentos na manutenção, é preciso, primeiramente, entender o significado de 3 pa-
lavras, defeito, falha e pane, que caracterizam o desempenho antes de sua parada total:

Qualquer desvio de uma característica de um item em


relação aos seus requisitos. São ocorrências em máquinas
DEFEITO e equipamentos que não impedem seu funcionamento,
mas a curto ou longo prazo, evoluem para sua
indisponibilidade.

Término da capacidade de um item desempenhar a função


requerida. E se diferencia da pane, pois, a falha é um
“evento”, e a pane um “estado”. Um evento de falha pode
FALHA não impedir o funcionamento de máquinas e
equipamentos, mas limitar recursos dos mesmos por um
breve período de tempo. A falha pode ocorrer de forma
aleatória, sistemática, gradual, intermitente ou parcial.

Estado de um item caracterizado pela incapacidade de


desempenhar uma função requerida (máquinas e
equipamentos indisponíveis). A pane é também conhecida
como quebra, e geralmente é o resultado de uma falha de
PANE um item, mas pode existir sem uma falha anterior. Na
indústria, temos como resultado a parada total de uma
máquina que deixa de ter as condições necessárias do seu
correto funcionamento, necessitando uma manutenção
corretiva.

Uma vez conhecendo esses conceitos, podemos entender como estão relacionados e
como normalmente ocorre a parada de uma máquina ou equipamento na indústria:

167
Manutenção Mecânica Aplicada

DEFEITO FALHA PANE

Iniciação Propagação Ruptura Parada

Há perda do bom
É comum encontrar Geralmente acontece
funcionamento.
um defeito na por modos de falhas,
Ocorre de maneira
“saúde do modo como a falha
acelerada logo
equipamento”, um se apresenta, em
após a propagação
defeito na funcionamento, tais
no tempo.
concepção ou uma como a fadiga, o
causa intrínseca desgaste, etc.
(choque, sobrecarga
repentina, etc.).

De um modo geral, a falha é precedida por defeitos (anomalias) que são o início do pro-
cesso de falha no equipamento e apesar de não interferirem no desempenho total do com-
ponente, se não tratadas, geram as falhas ou a pane (quebra/ruptura/parada) de máquinas
e equipamentos.

Parasaber
Para saber mais!
mais!

Consulte a norma ABNT 5462 para conhecer mais a fundo as principais definições da
“Confiabilidade e Mantenabilidade”, a exemplo do defeito, falha e pane.

Então, utilizamos esse conhecimento para acompanhar e entender o desempenho das


máquinas e equipamentos, de forma a entender o que está acontecendo e como irá se
comportar.

ANÁLISE DAS CONDIÇÕES E/OU CRITICIDADE DE DESEMPENHO DE


MÁQUINAS E EQUIPAMENTOS
Conhecendo as 3 etapas que levam a parada total de máquinas e equipamentos, pode-
mos entender, identificar ou prever uma falha ou pane, agindo de forma antecipada à sua
parada total.

168
UE1 | Avaliação do processo de manutenção

As ações a serem tomadas na manutenção dessas máquinas e equipamentos devem ser


sempre analisadas, considerando:

Integridade A quantidade Aumento dos


Segurança Custos do meio e a qualidade custos
humana de reparos ambiente de produção operacionais

Então, além de analisarmos o desempenho das máquinas e equipamentos, precisamos


analisar os itens relacionados anteriormente, para chegarmos à melhor decisão quanto à
realização das melhores ações de manutenção não planejada. Vamos a um exemplo:

Função

Defeito
Anomalia
Fa
lh
a

Pane
Quebra

Tempo
T Falha

169
Manutenção Mecânica Aplicada

Para reforçar o entendimento, assista ao vídeo:

12
10 10 10 10 10 10 10 10 10 10 10 10 10 10 10 10 10 10
10 9
8
8 7
6
m3/h

6 5

44

2
0
0
0 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13 14 15 16 17 18 19 20 21 22 23 24

HORA

!
Solução
Solução do Problematizando...
do Problematizando...

Vamos retomar o problematizando? Por que o técnico em mecânica precisa acompanhar


o desempenho da bomba centrífuga?

Com essa supervisão, posso verificar o desempenho da bomba


centrífuga, chamar o supervisor Valdomiro e vocês da equipe de
operações, para verificarmos as condições e criticidade da produção.

Decidindo a parada para uma manutenção não planejada.

TÉCNICO

JOÃO PEDRO
TÉCNICO

TÉCNICO

Agora
Agora éécom
comvocê!
você!
Chegou a hora de colocar o conhecimento aprendido em prática. Aplique-o com atenção.

170
UE1 | Avaliação do processo de manutenção

Anotações

171
Unidade de Estudo
01

MANUTENÇÃO
APLICADA

Unidade Curricular
Manutenção
Mecânica Aplicada
Contexto!
Contexto!

Fernando recebeu um chamado urgente da equipe de produção com a tarefa


de reparar rapidamente um sistema motor-bomba que acabou de quebrar.

Precisarei definir as
condições para fazer
esta manutenção
Ok, estou indo. não programada.

FERNANDO
TÉCNICO
Manutenção Mecânica Aplicada

?
Problematizando...
Problematizando...

Quais condições Fernando deverá definir para realizar a manutenção não programada
do motor-bomba?

Conhecimento em pauta!

A PREPARAÇÃO É A ALMA DO NEGÓCIO


Em algum momento, já nos deparamos com manutenções não programadas, isto é, com
problemas que precisávamos resolver de forma imediata sem estarmos preparados, mas
precisamos de requisitos mínimos para este trabalho.

Em um vazamento de banheiro, por exemplo, não partimos diretamente para o conserto,


pois corremos risco de acidente, ou de aumentar o vazamento, danificar a tubulação e per-
der os móveis. Por isso, atendemos primeiramente a requisitos mínimos como: colocar uma
contenção (balde), fechar o registro geral, trocar as vedações, fazer reapertos, entre outros.

Fechamento do registro Montagem/Desmontagem planejada

Na indústria também é assim. Constantemente, precisamos nos preparar para uma ma-
nutenção que não esperávamos. A essas manutenções damos o nome de manutenções não
programadas.

176
UE1 | Manutenção aplicada

Assim como no caso do banheiro, as manutenções não programadas exigem um preparo


e critérios antes e durante os trabalhos. Nesta Unidade de Estudo veremos quais os requisi-
tos ou condições para uma montagem e desmontagem em conjuntos mecânicos de forma
não programada.

DESMONTAGEM E MONTAGEM EM MANUTENÇÃO NÃO PLANEJADA


De modo geral, máquinas e equipamentos precisam constantemente ser substituídos ou
reparados, com planejamento ou não. Para isso, convém utilizarmos os procedimentos de
desmontagem e montagem.

Nestes processos, os conjuntos mecânicos serão dispostos de forma correta, em sequ-


ência, conforme sua fabricação e normas vigentes, garantindo que funcione de acordo com
o projetado. Então, precisamos estar atentos e preparados para a manutenção não progra-
mada. Observe essas três medidas/requisitos:

DIMENSIONAMENTO DE EQUIPE
Podemos definir uma equipe para a manutenção não planejada basicamente em três
aspectos:

• Quanto ao conhecimento das máquinas e equipamentos: conhecer e entender os pro-


cessos de funcionamento.

177
Manutenção Mecânica Aplicada

• Analisar os riscos envolvidos: analisar os riscos envolvidos antes de iniciar as atividades,


fazendo bloqueios e contenções.

178
UE1 | Manutenção aplicada

• Quanto aos profissionais: dimensionar tempo, quantitativo e perfil da equipe de traba-


lho.

Nas manutenções não programadas, é comum a necessidade imediata (pouco tempo)


de resolver o problema, por questões de custo e segurança operacional. Para isso, deve-se
contar com técnicos de áreas diferentes (mecânico, eletricista, eletrônico, etc.) para o “pri-
meiro combate”.

Selecionar o técnico com maior experiência de desmontagem e montagem, na máquina


ou equipamento que será trabalhado, é o primeiro passo. Se esse técnico tiver perfil, intitu-
lá-lo como um líder, para organizar as tarefas de forma rápida e segura.

Podemos, portanto, resumir o dimensionamento de equipe como:

DIMENSIONAMENTO DE EQUIPE

CONHECER máquinas e equipamentos

ANALISAR riscos envolvidos

PROFISSIONAIS tempo quantitativo perfil

179
Manutenção Mecânica Aplicada

PRIMEIRAS AÇÕES
Com a equipe dimensionada, tomamos as primeiras medidas necessárias à manutenção
não programada:

Realizar a limpeza e a
inspeção da máquina ou
Bloquear e conter as
equipamento antes de
condições inseguras
iniciar as atividades Identificar e proteger
identificadas
verificando se existe elementos mecânicos
anteriormente. (Bloqueio
alguma peça, adaptação, de impurezas.
elétrico, de fluxo,
ou condição insegura que
mecânico, de vazamento,
não estava conforme
etc.).
manual da máquina ou
equipamento.

Limpeza
Bloqueio Identifição PRIMEIRAS
Inspeção
e Contenção e Proteção AÇÕES
Verificação

Após a montagem da equipe e realizadas as primeiras ações, podemos partir para a des-
montagem e montagem da manutenção não programada.

180
UE1 | Manutenção aplicada

DESMONTAGEM E MONTAGEM
Nesta etapa, devem ser seguidas as orientações do líder, os manuais e as normas vigen-
tes já conhecidas pela equipe dimensionada.

!
Solução
Solução do Problematizando...
do Problematizando...

Vamos retomar o problematizando?

Quais condições Fernando deverá definir para realizar a manutenção não programada
do motor-bomba?

Fernando adotou as condições corretas e conseguiu realizar a manutenção do


conjunto, mesmo de forma não programada, rápida e segura.

Fernando deverá dimensionar


rapidamente a equipe, realizar
as primeiras ações para a
manutenção e realizar a
desmontagem e montagem
FERNANDO
TÉCNICO
do conjunto motor-bomba.

Agora
Agora éécom
comvocê!
você!
Chegou a hora de colocar o conhecimento aprendido em prática. Aplique-o com atenção.

181
Unidade de Estudo
01

ANÁLISE DE
PARÂMETROS DE
EQUIPAMENTOS

Unidade Curricular
Manutenção
Mecânica Aplicada
Contexto!
Contexto!

João Pedro recebeu de Valdomiro o resultado da termografia


de uma bomba centrífuga, que apresentava um aquecimento
no rolamento posicionado do lado do acoplamento.

JOÃO PEDRO
TÉCNICO

VALDOMIRO
GERENTE

Aproveitando a oportunidade, o supervisor fez uma solicitação ao técnico.

João Pedro, preciso que você confirme se


esse aquecimento está acima do normal
para o equipamento.

JOÃO PEDRO
TÉCNICO

VALDOMIRO
GERENTE
Manutenção Mecânica Aplicada

?
Problematizando...
Problematizando...

Como o técnico poderá ter a certeza de que o rolamento está com a temperatura acima
do normal para aquele equipamento?

Conhecimento em pauta!

ANÁLISE DE PARÂMETROS
Em vários momentos de nossas vidas, precisamos tomar decisões que são possíveis com
a análise de referências, também conhecida como análise de parâmetros.

A limpeza da piscina é um exemplo. Para mantê-la limpa, temos kits de teste de qualidade
da água, que por reações químicas, apresentam resultados em escala de cores, e juntamen-
te com as informações dos rótulos de produtos químicos, a exemplo do cloro, permitem
uma análise de parâmetros para correta diluição dos produtos na água.

Na indústria funciona da mesma forma. Constantemente utilizamos ferramentas para


a realização da análise de parâmetros que permitem as melhores ações nas manutenções
industriais.

Nesta Unidade de Estudo conheceremos as principais ferramentas que colaboram com


a análise de parâmetros de funcionalidade de máquinas e equipamentos para a realização
das manutenções.

186
UE1 | Análise de parâmetros de equipamentos

IDENTIFICAÇÃO E ANÁLISE DE PARÂMETROS FUNCIONAIS


Um parâmetro nada mais é que: uma referência utilizada para estabelecer uma compa-
ração.

No caso da manutenção, permite decidir


sobre a realização de um reparo, a
substituição e até mesmo a permanência de
peças e equipamentos conforme se
encontram no momento da análise.

Existem várias ferramentas que podem ser utilizadas para a identificação e análise de
parâmetros, tipo: análise de vibração, análise de óleos, análise termográfica, entre outras.
Nesta Unidade de Estudo falaremos um pouco sobre análise termográfica e análise de óleo.

ANÁLISE TERMOGRÁFICA
A análise termográfica é uma técnica de monitoramento baseada na medição a distância
e interpretação da radiação infravermelha que é emitida por um corpo, com o objetivo de
identificar regiões ou pontos onde a temperatura se encontra alterada em relação a um
padrão preestabelecido, tornando-se assim uma ferramenta no diagnóstico de falhas no
sistema inspecionado.

187
Manutenção Mecânica Aplicada

Aplicação da termografia: detecção de conexões elétricas sem o devido aperto; inspeção


de motores elétricos; inspeção de rolamentos, inspeções de sistema de vapor, entre outros.

Para se realizar a inspeção termográfica, é necessário ter:

Um bom termovisor; o mesmo deverá estar calibrado.

Identificar a emissividade, que é a capacidade de emissão de energia


por radiação da superfície a ser analisada.

A pré-inspeção, uma preparação para a inspeção termográfica, onde


deve ser elaborada uma programação a fim de coletar o máximo de
informações do equipamento a ser analisado.

Usar os equipamentos de segurança obedecendo as normas de


segurança ao trabalhar com equipamentos energizados.

Durante o processo de inspeção, é necessário capturar a imagem térmica do equipamen-


to, no caso, vamos supor que estejamos inspecionando os rolamentos da bomba centrífuga.
É preciso comparar a imagem térmica com as informações do manual. Se possível, capture
imagens térmicas dos outros rolamentos localizados na mesma área, que executam funções
semelhantes.

188
UE1 | Análise de parâmetros de equipamentos

Normalmente, os problemas com rolamentos são confirmados comparando-se as tem-


peraturas superficiais de rolamentos compatíveis, trabalhando em condições similares.

O uso da análise termográfica nos permite:

Evitar danos que possam Realizar inspeção em diversos


provocar elevados custos equipamentos em um curto
de reparação. período de tempo.

Realizar o diagnóstico
durante o funcionamento Diversos outros benefícios.
do equipamento.

ANÁLISE DE ÓLEO
A análise de óleo é uma técnica de monitoramento do óleo com os seguintes objetivos:
verificar as condições do óleo e localizar possíveis falhas do equipamento. Com este moni-
toramento, é possível escolher o lubrificante correto; manter o lubrificante limpo; manter a
temperatura correta; garantir o bom desempenho da lubrificação.

A análise do óleo reduz ou elimina falhas por deficiência na lubrificação, protege o equi-
pamento de desgaste excessivo, reduz os custos de manutenção, aumenta a disponibilidade
do equipamento e reduz custos com o lubrificante.

189
Manutenção Mecânica Aplicada

O lubrificante, normalmente, tem dois processos básicos de falha, que são: a contami-
nação por partículas de desgaste do equipamento ou por agentes externos e a degradação
das propriedades, devido às alterações das características do lubrificante, prejudicando o
desempenho de suas funções.

Algumas características da análise de óleo:

Avaliações laboratoriais rápidas e precisas, sendo possível detectar


o desgaste das peças dos equipamentos, assim como qualquer
contaminação nele.

Antecipações dos riscos, reduzindo os custos de manutenção.

Realiza um diagnóstico das condições físicas e químicas dos


lubrificantes, antecipando assim as falhas nas máquinas.

Tipos de análises de óleo:

Físico-química Contaminação

Indica a capacidade de isolamento e o Identifica as substâncias estranhas que


estado do óleo presente no não deveriam estar presentes no óleo,
equipamento. É realizado o teste de cores como água, poeira, partículas oriundas
e de densidade, verificando possíveis do desgaste, ar etc. Ela é de extrema
alterações na composição. importância para o desempenho da
máquina, já que o óleo contaminado
representa não só uma perda de
produtividade, como também diminui
sua vida útil.

Espectrometria Ferrografia

Identifica a composição elementar Avalia o desgaste dos elementos de um


das partículas nas amostras. Com ela, equipamento através da quantificação
identifica-se a presença de elementos e da observação de partículas em
metálicos como cobre, alumínio, ferro suspensão presentes no óleo.
e cromo.

190
UE1 | Análise de parâmetros de equipamentos

Conclui-se que a análise de óleo é um dos modos mais eficientes de manter os equipa-
mentos funcionando, evitando problemas graves, pois é possível avaliar desgastes do equi-
pamento, a contaminação do lubrificante e a condição atual deste lubrificante. Com base
nesta avaliação, o técnico poderá tomar uma decisão.

Vimos, portanto, duas ferramentas de controle dedicadas à identificação e à análise de


parâmetros funcionais de equipamentos por ocasião da realização da manutenção.

!
Solução
Solução do Problematizando...
do Problematizando...

Vamos retomar o problematizando?

Como o técnico poderá ter a certeza de que o rolamento está com a temperatura acima
do normal para aquele equipamento?

JOÃO PEDRO
TÉCNICO

Para ter convicção de que o rolamento está com a temperatura acima do


considerado normal, João Pedro verificou as referências termográficas do
equipamento no manual e comparou com as imagens térmicas obtidas.

Na recomendação diz que se deve


comparar o resultado com os outros
rolamentos similares existentes que
trabalham em condições semelhantes.

AL
NU
191 MA JOÃO PEDRO
TÉCNICO
Para ter convicção de que o rolamento está com a temperatura acima do
considerado
Manutenção Mecânicanormal,
Aplicada João Pedro verificou as referências termográficas do
equipamento no manual e comparou com as imagens térmicas obtidas.

Na recomendação diz que se deve


comparar o resultado com os outros
rolamentos similares existentes que
trabalham em condições semelhantes.

AL
NU
MA JOÃO PEDRO
TÉCNICO

Segundo as referências do manual, a temperatura está acima


do normal, porém, devido às variáveis possíveis em função das
condições de trabalho, ele refletiu.

Fazendo a análise termográfica em outros


equipamentos, João Pedro comparou com
o primeiro e avisou a Valdomiro sobre o
A temperatura do rolamento está
resultado da verificação.
realmente acima do normal.

ORDEP OÃOJ
OCINCÉT

ODLIRAMA
OCINCÉT

VALDOMIRO
GERENTE

Agora
Agora éécom
comvocê!
você!
Chegou a hora de colocar o conhecimento aprendido em prática. Aplique-o com atenção.

192
UE1 | Análise de parâmetros de equipamentos

Anotações

193
Unidade de Estudo
01

PROCEDIMENTOS
DE LUBRIFICAÇÃO

Unidade Curricular
Manutenção
Mecânica Aplicada
Contexto!
Contexto!

Durante uma inspeção simples, o técnico João Pedro verificou que uma esteira
transportadora da Metaltech apresentava um ruído estranho.

JOÃO PEDRO
TÉCNICO

Então, o técnico identificou que o ruído viria da caixa redutora, que também
apresentava um aumento de temperatura incomum.

JOÃO PEDRO
TÉCNICO
Manutenção Mecânica Aplicada

?
Problematizando...
Problematizando...

O que poderá estar causando o ruído e o aumento de temperatura na caixa redutora da


esteira transportadora?

Conhecimento em pauta!

PROCEDIMENTOS DE LUBRIFICAÇÃO
Você se lembra de quando andava de bicicleta? Periodicamente fazíamos uma limpeza
em toda a bicicleta e lubrificávamos as partes móveis como a corrente e engrenagens.

Na indústria, a lubrificação é utilizada com a finalidade de reduzir o contato entre as par-


tes móveis e, consequentemente, o calor gerado pelo atrito, mantendo máquinas e equipa-
mentos operacionais.

Nesta Unidade de Estudo vamos conhecer um pouco dos métodos de lubrificação empre-
gados em processos de manutenção de máquinas e equipamentos.

LUBRIFICAÇÃO MANUAL
É o método mais antigo e comum que existe. Este método baseia-se na aplicação do óleo
lubrificante a partir de um recipiente chamado almotolia ou pincel, como veremos a seguir.

198
UE1 | Procedimentos de lubrificação

A almotolia consiste em uma pequena bomba manual com bico dosador que permite
melhor acesso à aplicação de óleo lubrificante em máquinas e equipamentos.

Ainda na lubrificação manual, podemos lubrificar utilizando um pincel com óleo ou graxa.
Geralmente este processo é utilizado em engrenagens de caixas redutoras de velocidade,
antes da montagem.

Este método tem uma desvantagem: não produzir uma camada homogênea do lubrifi-
cante na superfície onde foi aplicado.

199
Manutenção Mecânica Aplicada

LUBRIFICAÇÃO POR GRAVIDADE


Para a realização da manutenção por gravidade, acoplamos ao mancal um dispositivo
composto por um reservatório preenchido de óleo lubrificante, uma vareta que passa por
um orifício na parte inferior deste reservatório e uma luva de fixação.

A partir do movimento de rotação do eixo, a vareta que está em contato com o eixo se
desloca para cima, permitindo a descida do óleo por gravidade, lubrificando o eixo e o man-
cal, por isso a lubrificação se denomina como lubrificação por gravidade.

Reservatório
de óleo

Vareta Luva

Um ponto negativo deste método de lubrificação é o fato dele só ser possível de ocorrer
quando o sistema a ser lubrificado estiver abaixo do reservatório de óleo.

LUBRIFICAÇÃO POR SALPICO


A lubrificação por salpico é utilizada em motores. Este método utiliza um pequeno dis-
pensador de óleo para lubrificar peças como rolamentos, eixos e outros elementos dos mo-
tores.

200
UE1 | Procedimentos de lubrificação

O lubrificante fica contido no cárter e é arrastado e borrifado através de peças móveis.


Há recomendações de que este tipo de lubrificação seja realizado em motores pequenos,
como motor de popa para barcos ou motor de cortador de grama, pois não é tão eficiente
em motores grandes. Este tipo de lubrificação também serve para diminuir o aquecimento,
isto é, absorve e dissipa o calor gerado pelo atrito.

LUBRIFICAÇÃO POR IMERSÃO


Esse tipo de lubrificação é bastante utilizado em mancais de rolamentos de máquinas di-
nâmicas, por exemplo, no conjunto motor-bomba, ou em caixas de redução de velocidade.
Consiste basicamente de um reservatório preenchido com óleo lubrificante, onde as peças
a serem lubrificadas ficam submersas, como pode ser visto a seguir.

201
Manutenção Mecânica Aplicada

Deve-se ter atenção no nível de óleo, pois caso fique muito abaixo do especificado, pode
ocorrer superaquecimento dos elementos, gerando falhas por excesso de calor, visto que
o lubrificante também desempenha o papel de trocador de calor, ou seja, ajuda no resfria-
mento do sistema mecânico.

Vocêsabia?!
Você sabia?!
Em um estudo feito, a lubrificação inadequada juntamente com a contaminação são os
causadores de 50% das falhas em rolamentos, gerando um prejuízo grande para as indús-
trias de todo o Brasil.

!
Solução
Solução do Problematizando...
do Problematizando...

Vamos retomar o problematizando? O que poderá estar causando o ruído e o aumento


de temperatura na caixa redutora da esteira transportadora?

Como João reconhece as técnicas de lubrificação, ele sabe que as caixas de


redução trabalham com lubrificação por imersão e salpico.

Humm... A caixa
redutora deve estar
trabalhando abaixo
do nível de óleo
recomendado.
JOÃO PEDRO
TÉCNICO

JOÃO PEDRO
TÉCNICO

202
UE1 | Procedimentos de lubrificação

JOÃO PEDRO
TÉCNICO

Então, João verificou que o nível estava baixo, removeu um pequeno


vazamento e completou o nível do óleo.

Conforme vimos, a lubrificação por imersão, além de ter um importante papel


na redução do atrito entre os componentes, também proporciona o
resfriamento do sistema mecânico.

JOÃO PEDRO
TÉCNICO

VALDOMIRO
GERENTE

Agora
Agora éécom
comvocê!
você!
Chegou a hora de colocar o conhecimento aprendido em prática. Aplique-o com atenção.

203
Unidade de Estudo
01

PLANO DE
LUBRIFICAÇÃO

Unidade Curricular
Manutenção
Mecânica Aplicada
Contexto!
Contexto!

Um dia, na Metaltech....

JOÃO PEDRO
TÉCNICO

GRAXA

Ao chegar na área de produção, o técnico João Pedro notou que uma das
operadoras não estava realizando a lubrificação da máquina de forma adequada.

Questionado, a operadora informou que não sabia quais eram os pontos e nem
a periodicidade de cada máquina para efetuar a lubrificação. Além disso, não
sabia também qual deveria ser o fluido lubrificante para cada ponto.

JOÃO PEDRO
TÉCNICO

ERIKA
ESTAGIÁRIA

GRAXA

Depois de analisar as informações e entender que a operadora se tratava de


uma funcionária recém-contratada, João Pedro viu a necessidade de orientá-la
corretamente.

JOÃO PEDRO
TÉCNICO

ERIKA
ESTAGIÁRIA

GRAXA
Manutenção Mecânica Aplicada

?
Problematizando...
Problematizando...

O que é necessário ser apresentado à operadora no treinamento, para que ela possa
realizar a lubrificação da máquina adequadamente?

Conhecimento em pauta!

FEZ BARULHO, PÕE ÓLEO!


Quando as portas da nossa casa começam a fazer barulho, rangido ou ficam difíceis de
abrir ou fechar, logo associamos à lubrificação. Então, inserimos um pouco de óleo nas do-
bradiças, que voltam ao normal. Fazemos isso quase que instintivamente e não precisamos
anotar quando fizemos da última vez, não calculamos quando será a próxima e nem qual
tipo de óleo usar.

Mas na indústria é diferente. As máquinas e os equipamentos precisam de cuidados es-


peciais para que tenham seu ciclo de vida prolongado e a lubrificação tem um papel muito
importante nisso.

Vamos ver, nesta Unidade de Estudo, um pouco sobre como interpretar um plano de lu-
brificação e, com isso, poder controlar as ações executadas pelos operadores.

208
UE1 | Plano de lubrificação

PLANO DE LUBRIFICAÇÃO
A lubrificação organizada é atualmente um dos critérios para se estabelecer uma manu-
tenção eficiente. Empresas que não trabalham dessa maneira correm sérios riscos de ter as
suas máquinas paradas, levando a altos índices de tempo perdido, porque ficam à mercê da
experiência e opinião do profissional que irá realizar a lubrificação na máquina. Deste modo,
deve-se elaborar um plano de lubrificação para estabelecer uma manutenção eficiente.

Neste plano, há informações sobre o setor, área, linha e qual o equipamento em que
será feita a lubrificação. Também, há informações sobre qual ponto será lubrificado. Além
disso, há a atividade a ser feita, associada ao tipo de lubrificante, quantidade e frequência
de aplicação.

Vamos ver um exemplo para este plano:

Setor Área Linha Equipamento Ponto Atividade Lubrificante Quantidade Frequência

Envase de Envase de Envasadora Mancal do Lubrificar KSI3R-10 45 g Semestral


líquidos detergentes Linha 01
rotativa- 003 carrossel- M1 rolamento
Redutor
Envase de Envase de Linha 01 Envasadora Verificar nível
Principal- PGLP 320 6 Litros Trimestral
líquidos detergentes rotativa- 004 de óleo
REDU- 0015

É comum encontramos erros clássicos associados à interpretação equivocada por parte


de quem elabora este plano, como: lubrificante incorreto para a aplicação, quantidade in-
correta de lubrificante (muito lubrificante ou pouco lubrificante) e definição incorreta (ou
incompleta) dos pontos de lubrificação. Deste modo, podemos considerar que um plano de
lubrificação estará correto e adequado à manutenção quando possibilita ao trabalhador a
identificação dos pontos de lubrificação, a frequência, tipo de fluido e demais informações
relacionadas.

EQUIPAMENTOS
Em relação às informações a respeito do equipamento no plano de lubrificação, podemos
citar 4 itens para rastrear o equipamento, isto é, identificá-lo e localizá-lo. Observe e siga
esta ordem:

209
Manutenção Mecânica Aplicada

1º Identificar qual o setor em que o equipamento se encontra.

2º É necessário identificar a área em que o equipamento se encontra.

3º É necessária uma maior especificação, através da identificação da linha


em que o equipamento se encontra.

Por fim, e mais importante, é necessário identificar qual é o equipamento


4º a ser lubrificado.

Em um mesmo setor, área e linha de produção, há vários equipamentos semelhantes.


Deste modo, é necessário codificá-los. Por exemplo, no plano de lubrificação citado ante-
riormente, há a instrução de que o equipamento que deve ser lubrificado é a envasadora
rotativa. Além disso, é informado que deve ser realizado em envasadoras específicas, que
neste caso é a envasadora rotativa – 003 e a envasadora rotativa – 004.

PONTOS DE LUBRIFICAÇÃO
O foco do plano de lubrificação deve estar nos componentes dos equipamentos que se-
rão lubrificados. Assim, é preciso identificar os principais tipos de componentes em que a
lubrificação será aplicada:

Rolamentos
Tipos de Componentes

Acoplamentos

Redutores

Eixos cardans

Pinos

Outros...

Após identificar o tipo de componente, é necessário identificar qual o componente a ser


lubrificado. Por exemplo, vamos voltar ao plano de lubrificação citado anteriormente. Nele,
há uma instrução de lubrificar o “mancal do carrossel - M1”. Deste modo, fica claro ao técnico
que ele deve lubrificar o componente “mancal” e, além disso, deve lubrificar o mancal “M1”.

210
UE1 | Plano de lubrificação

Portanto, se não tivesse essa informação “M1” o técnico não saberia


qual o mancal que ele deveria lubrificar, facilitando a ocorrência de
algum erro por parte do técnico, o qual provocaria alguma falha no
equipamento.

Por fim, também há informações a respeito de qual o tipo de


lubrificante que deve ser utilizado, com a finalidade de facilitar a
especificação do lubrificante. Isto é feito pela divisão dos
componentes em 2 categorias, os que são lubrificados com graxa e
aqueles que são lubrificados com lubrificantes líquidos.

LUBRIFICANTES
Em relação aos lubrificantes líquidos, a norma DIN 51502 define a nomenclatura dos óle-
os lubrificantes. Por exemplo, existe o fluido sintético PGLP 220, no qual as duas primeiras
letras são letras indicativas para óleos lubrificantes, as outras 2 letras são letras indicativas
adicionais e os 3 dígitos se referem à classificação da viscosidade ISO, que define a viscosi-
dade cinética do fluido a determinada temperatura.

A seguir, podemos ver uma tabela com as iniciais de alguns tipos de lubrificante líquido
com as suas respectivas aplicações:

Letras Tipo do lubrificante e


Norma Aplicação
inidicativas propriedades

Óleos minerais
C
Óleo para lubrificação circulante, DIN Mancais de deslizamento, rolamento
sem aditivos. 51517 e transmissões.

Fluidos sintéticos

PG Óleo a base de poliglicol com elevada Pontos de mancais com condições


-
resistência ao envelhecimento. frequentes de atrito misto.

Letra Adicional Aplicação e explicação


L Para lubrificantes que são misturados à agua
Para lubrificantes com agentes aditivos para a
P redução de atrito e desgaste em setores de atrito
misto e/ou elevação de carga

211
Manutenção Mecânica Aplicada

Ao observar a tabela, o fluido sintético PGLP 220 significa que ele é um óleo à base de
poliglicol com elevada resistência ao envelhecimento, o qual é misturado com água e possui
agentes aditivos para a redução de atrito e desgaste em setores de atrito misto e/ou eleva-
ção de carga.

Já para os lubrificantes sólido e graxas, também é definida a nomenclatura pela DIN


51517. Por exemplo:

O primeiro dígito se refere à


classificação da viscosidade ISO.

Graxa K SI 3 4 - 10

As outras 2 letras são letras indicativas adicionais, sendo


A primeira letra significa
que a última letra é em relação a uma classificação da
letra indicativa para graxa.
temperatura superior de uso e o último número é um
índice adicional.

A seguir, podemos ver uma tabela com as iniciais de um tipo de lubrificante sólido e gra-
xa:

Graxas

Letras indicativas Aplicação/aditivos Letras indicativas Aplicação/aditivos


K Geral: mancais de G Caixa de engrenagens
deslizamento, de
fechadas.
rolamento e superfícies
de deslizamento.

LUBRIFICANTE SÓLIDO
Temperatura
Lubrificante Sigla Aplicação
de utilização
Em pó ou pasta e como aditivo
para óleos lubrificantes e
Grafita C -18 ATE 450
graxas, não em oxigênio,
nitrogênio e vácuo.

Parasaber
Para saber mais!
mais!
Consulte a DIN 51501, 51502, 51513 51517 para obter informações complementares a
respeito da classificação de graxas, lubrificantes líquidos e sólidos.

212
UE1 | Plano de lubrificação

SIMBOLOGIA INDICATIVA DE LUBRIFICANTE


A norma DIN 51502 também adota simbologia, que pode ser empregada em planos de lu-
brificação, para facilitar o entendimento do tipo de lubrificante, a periodicidade e a atividade
a ser feita, conforme pode ser visto nas 3 tabelas a seguir:

Tipo de lubrificante

Símbolo Elemento lubrificante Símbolo Elemento lubrificante

Graxa Base Mineral Graxa Base Sintética

Óleo Base Mineral Óleo Base Sintética

Spray lubrificante

ATIVIDADE A SER EXECUTADA

Símbolo Atividade Símbolo Atividade

Visualização de nível Trocar o óleo


de óleo

Visualização de nível de
óleo através do visor Seleção da ação

Completar nível de óleo

Cor Periodicidade

Diariamente

Semanalmente

Mensalmente

Anualmente

213
Manutenção Mecânica Aplicada

Trocando
Trocando Ideias!
Ideias!
Vamos ver um exemplo prático? Se nos deparamos com a seguinte simbologia, o que
devemos fazer?

PG

Esta simbologia nos diz que é necessário usar um Óleo Base Sintético (Fluido Sintético),
por causa do formato do símbolo, do tipo PG, pelo conteúdo que está no símbolo, com o
intervalo semanal para a lubrificação, por causa da cor amarela.

Fiquede de
Fique olho!olho!

O tipo de lubrificante a ser utilizado por uma máquina é determinado pelo fabricante e
deve ser utilizado de acordo com essa especificação. Portanto, lembre-se sempre de con-
sultar o manual do fabricante da máquina para verificar qual o lubrificante correto a ser
utilizado e jamais utilize um diferente, sem antes ter certeza de que irá trabalhar com o
mesmo ou maior desempenho e eficiência.

!
Solução
Solução do Problematizando...
do Problematizando...

Vamos retomar o problematizando? O que é necessário ser apresentado a operadora no


treinamento, para que ela possa realizar a lubrificação da máquina adequadamente?

214
UE1 | Plano de lubrificação

Agora, irei te mostrar um plano de lubrificação.


Neste plano, você poderá identificar os pontos
de lubrificação, a frequência, tipo de fluido e
demais informações relacionadas às máquinas
e ao procedimento. Logo você estará experiente
no assunto.

ORDEP OÃOJ
OCINCÉT

ERIKA
ESTAGIÁRIA

Agora
Agora éécom
comvocê!
você!
Chegou a hora de colocar o conhecimento aprendido em prática. Aplique-o com atenção.

215
Unidade de Estudo
01

OBEDECENDO
AO PLANO DE
LUBRIFICAÇÃO

Unidade Curricular
Manutenção
Mecânica Aplicada
Contexto!
Contexto!

Argeu recebeu a tarefa de verificar o nível de óleo dos motores dos geradores da
Metaltech. Ao realizar o processo de análise, percebeu que o óleo de um deles estava
com a coloração e a viscosidade diferentes dos demais.

Humm... será preciso comparar os


dados de trocas de lubrificante.

UEGRA
OCINCÉT
Manutenção Mecânica Aplicada

?
Problematizando...
Problematizando...

Onde Argeu pode identificar e interpretar as informações sobre as trocas de óleo dos
motores?

Conhecimento em pauta!

IMPORTÂNCIA DA LUBRIFICAÇÃO NOS EQUIPAMENTOS


A lubrificação está presente no nosso cotidiano em diversas máquinas e equipamentos.
Um clássico exemplo é a troca de óleo dos carros. Ao atingir uma quilometragem determi-
nada ou em um tempo estipulado, deve-se realizar a troca de óleo e filtros, proporcionando
o correto funcionamento e conservação do motor. Essas trocas obedecem às especificações
técnicas do fabricante.

Durante o cotidiano industrial, quando aplicadas às manutenções preventivas, devem ser


seguidas as orientações referentes às metas de monitoramento de lubrificação, evitando
paradas inesperadas e baixo rendimento de máquinas e equipamentos.

Interpretar as referências técnicas dos fabricantes para a execução do plano de manu-


tenção de lubrificação é de extrema importância, pois permite que os procedimentos sejam
realizados de maneira correta, além de obter informações sobre a periodicidade da lubri-
ficação, a quantidade ideal de lubrificante a ser usado, o local que deve ser inserido, etc., o
que por fim resulta em manter a vida útil dos equipamentos.

220
UE1 | Obedecendo ao plano de lubrificação

INTERPRETAÇÃO DO MANUAL DO FABRICANTE


O manual do fabricante traz informações de quais são os tipos de lubrificantes e em que
locais devem ser utilizados em um equipamento específico, além de nos mostrar a impor-
tância do controle da periodicidade de lubrificação. Mas o que pode acontecer se essas
ações não forem seguidas? Observe, a seguir, algumas dessas consequências.

Consequências do não cumprimento das especificações:

Superaquecimento: além de lubrificar, o


óleo lubrificante também possui a função
de refrigerar o sistema, sendo classificado
por faixas de temperatura de trabalho para
realizar a troca térmica das superfícies com
as quais entra em contato;

Viscosidade: um lubrificante muito viscoso


terá mais dificuldades em escorrer pelas
superfícies, não permitindo a formação do
filme de óleo. Já um lubrificante muito fluido,
escorre com muita facilidade da superfície,
sem cumprir seu papel corretamente.
Deve-se utilizar a viscosidade correta,
garantindo a lubrificação total dos
elementos mecânicos.

Risco de incêndio: um óleo lubrificante


inadequado, além de não refrigerar
corretamente, pode, durante o processo
de superaquecimento, se inflamar-se e
provocar incêndios;

Contaminação: a contaminação implica na


vida útil do óleo, alterando suas
propriedades originais. Pode ser causada
por sujeira, mistura de óleos, contato com o
meio externo e a não substituição de
elementos filtrantes. Alterando suas
propriedades originais, portanto, o óleo não
estará mais fazendo a lubrificação correta.

221
Manutenção Mecânica Aplicada

Todos esses fatores impactam diretamente na redução da vida útil e no baixo desempe-
nho do equipamento. Por isso, deve-se ficar atento sempre às recomendações do fabrican-
te, seguindo os períodos corretos de troca, monitoramento das condições do lubrificante,
substituição dos elementos filtrantes e seguir sempre o plano de lubrificação.

Seguindo essas recomendações testadas e aferidas pelo fabricante, é necessário, ainda,


registrar todos os trabalhos realizados para manter o histórico das lubrificações.

A IMPORTÂNCIA DOS RELATÓRIOS


A confecção de relatórios de manutenção é importante para manter o histórico e contro-
lar as informações de máquinas e equipamentos. Através deles, qualquer técnico consegue
ter acesso a informações das manutenções realizadas, podendo, assim, comparar os dados
e verificar se as recomendações estão sendo seguidas conforme o fabricante.

Portanto, os relatórios proporcionam a rastreabilidade dos dados, o que permite saber,


por exemplo:

Dados sobre o
acompanhamento de cada Datas de manutenção
procedimento realizado

Componentes
Quem foi o responsável
substituídos (filtros, anéis
pela manutenção
de vedação, etc.)

Quais lubrificantes foram


utilizados e se obedecem às
Quando foi substituído
recomendações técnicas
dos fabricantes

Outra informação presente nos relatórios é o


acompanhamento das metas traçadas durante
um período. Tais metas podem abranger, por
exemplo, se todos os motores passaram pela
rota de lubrificação, no máximo em 15 dias.

Vamos a um exemplo prático?

Em uma indústria alimentícia, um técnico em mecânica é responsável pela lubrificação


dos equipamentos industriais, entre eles os conjuntos motor-bomba que atendem os tan-
ques de armazenamento.

222
UE1 | Obedecendo ao plano de lubrificação

Em um dia comum de serviço, o técnico foi direcionado pelo seu supervisor para executar
o plano de lubrificação dos rolamentos desses equipamentos, mas desta vez o técnico não
revisou o manual do fabricante, que indicava o tipo de óleo para cada máquina, e foi realizar
o serviço.

Realizada a manutenção, algo incomum foi notado após o religamento das máquinas: um
dos conjuntos motor-bomba apresentava baixa rotação. Ao abrir o equipamento, o técnico
notou que os rolamentos estavam travando e impedindo o movimento rotacional do eixo na
frequência habitual de funcionamento.

Por não consultar o manual de fabricante de todos os equipamentos, o técnico acabou


confundindo os conjuntos motor-bomba e inseriu o lubrificante errado naquela máquina.
Ao reconhecer o erro, ele tomou as atitudes cabíveis e o equipamento voltou a operar nor-
malmente.

223
Manutenção Mecânica Aplicada

Não se atentar aos manuais e catálogos técnicos dos fabricantes pode gerar uma série de
consequências para um equipamento, além de impactar diretamente na produtividade da
produção, pois um equipamento parado reflete na lucratividade da empresa.

Parasaber
Para saber mais!
mais!

O programa de lubrificação conta com as orientações da norma DIN 51502. Esta norma é
utilizada para a elaboração de planos de lubrificação.

!
Solução
Solução do Problematizando...
do Problematizando...

Vamos retomar o problematizando? Onde Argeu pode identificar e interpretar as infor-


mações sobre as trocas de óleo dos motores?

Argeu sabia que poderia encontrar as informações sobre as trocas de óleo dos
motores nos manuais e catálogos técnicos das máquinas e equipamentos.

ARGEU
TÉCNICO

Desta forma, Argeu soube qual tipo de lubrificante deveria ser usado em cada
equipamento, em qual local inseri-lo, a quantidade ideal, a periodicidade da troca,
além das suas características e outras informações.

ARGEU
TÉCNICO

224
UE1 | Obedecendo ao plano de lubrificação

Desta forma, Argeu soube qual tipo de lubrificante deveria ser usado em cada
equipamento, em qual local inseri-lo, a quantidade ideal, a periodicidade da troca,
além das suas características e outras informações.

ARGEU
TÉCNICO

Agora
Agora éécom
comvocê!
você!
É hora de colocar em prática os conhecimentos adquiridos nesta Unidade de Estudo.
Vamos exercitar!

225
Unidade de Estudo
01

LUBRIFICAÇÃO:
NORMAS
AMBIENTAIS DE
DESCARTE

Unidade Curricular
Manutenção
Mecânica Aplicada
Contexto!
Contexto!

A Metaltech precisou descartar vários tonéis de lubrificantes, mesmo ainda estando


na validade. Este descarte é fruto de um problema no gerenciamento.

João Pedro, para que isso não


volte a acontecer, gostaria de
pedir que fique responsável
pelo gerenciamento da
armazenagem e manuseio dos
lubrificantes.

JOÃO PEDRO
TÉCNICO

VALDOMIRO
GERENTE

Para a nova atividade, João Pedro precisará conhecer bem as técnicas de


armazenagem e manuseio de cada lubrificante.
Manutenção Mecânica Aplicada

?
Problematizando...
Problematizando...

Por que João Pedro precisará identificar as técnicas de armazenagem e manuseio de cada
lubrificante da Metaltech?

Conhecimento em pauta!

LUBRIFICANTES: ARMAZENAGEM, MANUSEIO E CUIDADOS


Diariamente passamos por situações onde temos que manusear e organizar produtos de
forma segura e preservada. Na cozinha, por exemplo, armazenamos os alimentos em local
com temperatura ambiente sem umidade, e outros, na geladeira.

Cada produto tem um local correto de armazenamento. Tomamos cuidados, ainda, quan-
do manuseamos estes alimentos para evitar que estraguem. Adotamos diversas medidas
para que os alimentos sejam utilizados por completo até o final do prazo de validade, caso
contrário terá que ser descartado antecipadamente.

No cotidiano industrial não é diferente. Peças e componentes, matéria-prima, máquinas


e equipamentos, combustíveis ou lubrificantes, todos têm cuidados especiais quanto à ar-
mazenagem e ao manuseio, para sempre estarem disponíveis quando necessário e não
estragarem antes do tempo.

230
UE1 | Lubrificação: normas ambientais de descarte

Nesta Unidade de Estudo veremos os principais cuidados com a armazenagem e manu-


seio de lubrificantes na indústria, que permitem sua preservação, organização e segurança.

MANUSEANDO CORRETAMENTE
O manuseio dos lubrificantes deve ser realizado por profissionais treinados e capacita-
dos, desde o recebimento até os métodos e práticas de estocagem. Ao receber um lubrifi-
cante, deve-se verificar se ele está sendo entregue de acordo com o pedido, se os lacres dos
tambores e baldes não foram violados, entre outras observações e, também, a movimenta-
ção correta.

RECOMENDAÇÕES DE ARMAZENAGEM DOS LUBRIFICANTES


Todos os processos industriais seguem orientações para manter a padronização, a segu-
rança e a qualidade. Os procedimentos de armazenagem e manuseio de lubrificantes não
são diferentes. As condições de armazenamento devem atender às seguintes características:

231
Manutenção Mecânica Aplicada

Ambiente limpo e sinalizado


Tambores fechados
Local restrito a pessoas autorizadas
Armazenado em temperatura ambiente
Recomendável manter os lubrificantes no interior de
galpão ou prédio

O piso deve ser projetado para fácil escoamento e ter capacidade


para suportar o peso dos tambores/tanques

Armazenamento centralizado (Tudo em apenas um local)

Atentar para as normas de segurança e incêndio

No armazenamento também deve-se ter cuidado com as informações de cada produto


e fornecer instruções para todos os funcionários envolvidos no processo. Para isso, deve
ser fixada, ao lado de cada produto, a Ficha de Informação de Segurança para Produtos
Químicos (FISPQ), garantindo que todos tenham o conhecimento da composição química
de cada produto, suas condições de armazenagem, manuseio, descarte e ações em caso de
contaminações e vazamentos.

De acordo com a NR 20, os tambores expostos em áreas externas devem ser posiciona-
dos na horizontal e em uma base, jamais diretamente no chão. Com isto, a água da chuva
não irá acumular, o que causaria uma aceleração da corrosão e, posteriormente, a contami-
nação do lubrificante com a própria água ou outros elementos do ambiente.

232
UE1 | Lubrificação: normas ambientais de descarte

Parasaber
Para saber mais!
mais!

A FISPQ foi elaborada pela Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT). Para saber
mais sobre essa importante ferramenta, consulte a NBR 14725-4.

ARMAZENAGEM INCORRETA
A armazenagem incorreta dos lubrificantes também influencia na qualidade. Tanto o am-
biente, quanto o manuseio incorreto, podem proporcionar a contaminação, fazendo-os per-
der as propriedades. Durante a movimentação de um tambor, caso ele receba algum impac-
to e amasse, com o tempo, pode ocorrer a oxidação interna e prejudicar todo o conteúdo,
por isso, é necessário muito cuidado no manuseio e armazenagem.

Seguem alguns tipos de contaminantes:

Líquidos
Água (altera as propriedades de lubrificação), óleo usado
(por estar contaminado, reduz a eficácia do óleo novo,
além de poder conter borras e partículas, devendo ser
trocado totalmente).

Sólidos
Limalha de ferro, carepas, areia, ferrugem, aços, entre
outros. Influenciam na oxidação do lubrificante,
alterando suas propriedades.

Gasosos
Vapores gerados por lubrificantes sujos durante os
processos.

A seguir, uma exemplificação de óleo limpo (A) e de óleo sujo (B). A coloração escura indi-
ca que o lubrificante já não possui as características adequadas.

233
Manutenção Mecânica Aplicada

A - Óleo limpo B - Óleo sujo

Se os cuidados para armazenamento não forem realizados corretamente, será necessá-


rio realizar o descarte dos lubrificantes, acarretando em custos para a empresa.

DESCARTE
Diversos processos geram resíduos e rejeitos que necessitam ser destinados correta-
mente, pois não terão mais função naquele ambiente. Desde peças e componentes quebra-
dos, cavacos de metal, caixotes de embalagem, até resíduos líquidos (água de processos e
lubrificantes, por exemplo), devem ser devidamente descartados para evitar danos físicos e
ambientais.

No caso dos lubrificantes e suas embalagens, até os procedimentos de armazenagem,


manuseio e descarte devem ser realizados com bastante atenção, visto que as proporções
dos danos causados por eles são enormes, atingindo fauna, flora, recursos hídricos e preju-
dicando as gerações futuras. Para isso, existem empresas responsáveis pela coleta e desti-
nação de maneira correta.

O descarte de lubrificantes no meio ambiente é crime ambiental. Para saber mais, pes-
quise a resolução 362/2005 do Conselho Nacional do Meio Ambiente (CONAMA).

234
UE1 | Lubrificação: normas ambientais de descarte

!
Solução
Solução do Problematizando...
do Problematizando...

Vamos retomar o problematizando?

Por que João Pedro precisará identificar as técnicas de armazenagem e manuseio de cada
lubrificante da Metaltech?

João precisou identificar as técnicas de armazenagem e manuseio de cada


lubrificante, para reduzir os desperdícios.

JOÃO PEDRO
TÉCNICO

João Pedro leu o procedimento de armazenagem para cada tipo de óleo


lubrificante da empresa e conseguiu tomar as providências corretas,
garantindo que os padrões fossem obedecidos.

Agora
Agora éécom
comvocê!
você!
É hora de aplicar os conhecimentos aprendidos nesta Unidade de Estudo. Mostre que
você compreendeu e mãos à obra. Bom desempenho!

235
Unidade de Estudo
01

LUBRIFICAÇÃO:
ANALISANDO A
QUALIDADE

Unidade Curricular
Manutenção
Mecânica Aplicada
Contexto!
Contexto!

João Pedro recebeu a tarefa de colocar em prática o plano de lubrificação do gerador


de emergência da empresa.

Nossa! Quantas impurezas nesse lubrificante!


Melhor enviar uma amostra para o laboratório.

JOÃO PEDRO
TÉCNICO

Dias depois, o laboratório retornou com os resultados, que


deverão ser interpretados corretamente por João Pedro.

Resultados - Análise de óleo

Plano
Descrição (OS 635222)
02/06/2019
Alumínio 0,1
Chumbo 0
Cobre 0,92
Ferro 1,73
Silício 0,1

Classificação partículas ferrosas:


Esfoliação e amaciamento
Manutenção Mecânica Aplicada

?
Problematizando...
Problematizando...

De posse do resultado da análise do óleo lubrificante, como João Pedro deverá interpre-
tá-lo?

Conhecimento em pauta!

ANÁLISE QUALITATIVA DE LUBRIFICANTES


O monitoramento da saúde é muito importante para garantir a qualidade de vida. Um
dos exames mais comuns para detecção desses índices é o exame de sangue. Nele são
indicadas as informações necessárias para informar se estamos bem de saúde. Com este
exame é possível comparar os resultados obtidos com padrões estabelecidos pela medicina,
como: açúcar, colesterol, etc. Assim, caso algo esteja fora do padrão, podemos corrigi-los.

Assim como no exame de sangue, na indústria também realizamos análises para cuidar-
mos da “saúde” dos equipamentos e máquinas. Devemos estar atentos às suas condições
de operação, e uma dessas maneiras é através da manutenção preditiva com a coleta e
análise dos óleos lubrificantes.

240
UE1 | Lubrificação: analisando a qualidade

É importante aprendermos meios de analisar amostras de óleo, e como isso pode ajudar
na análise de falhas através das comparações de resultados colhidos.

ALGUNS TIPOS DE TESTES E ANÁLISES


Como existem diversos tipos de óleos para as mais variadas aplicações, existe também
uma grande variedade de testes e análises que podem ser realizados para que haja o deta-
lhamento de suas características. Consequentemente, a identificação de alguma anormali-
dade comparando os resultados obtidos com os padrões.

Podemos dividir esses testes em 4 grupos: Análise de contaminação, Ferrografia, Espec-


trometria e Análise físico-química.

Espectrometria Ferrografia

Análise de Análise físico-


contaminação química

Para nosso estudo, veremos uma destas, a ferrografia.

241
Manutenção Mecânica Aplicada

FERROGRAFIA
É um ensaio que analisa amostras de lubrificantes, avaliando as condições de desgastes
do equipamento, através das partículas presentes no óleo lubrificante analisado em labora-
tório. A ferrografia pode ser dividida em dois tipos:

Quantitativa Analítica

Técnica de leitura direta, que É um ensaio mais completo que a


analisa o tamanho e quantidade de quantitativa, pois permite a
partículas das amostras, visualização das partículas de
classificando-as por tamanho. maneira a classificá-las pelo: tipo de
Serve para analisar tendências e desgaste, sua forma ou até a
para um melhor acompanhamento composição. Por ser mais
do equipamento. Por exemplo: o detalhado, consegue-se definir
processo normal de desgaste, de causas de possíveis falhas e sua
superfícies trabalhando de forma severidade.
normal e estável, gera partículas de
desgaste de tamanho máximo de
15 mícrons. O desgaste fora do
normal* deve gerar partículas
grandes.

*exceto o desgaste corrosivo

Dentro da classificação do tipo de partículas presentes na amostra de lubrificante, vamos


mostrar os tipos gerados por partículas ferrosas:

Classificação Motivo Características

São naturais das condições normais de operação de


Esfoliação e uma máquina. Os resultados são partículas com
amaciamento formato de escamas finas e largas, de aspecto liso e
formas arredondadas.

É resultante da penetração de uma superfície em


outra, num trabalho semelhante ao executado por
Abrasão um torno. Os resultados são partículas finas e
compridas.

Partículas ferrosas
É típico de mancais de rolamentos, embora possa
geradas por desgaste ocorrer também na região da linha primitiva de um
Fadiga de rolamento dente de engrenagem. Os resultados podem ser
partículas de fadiga, esféricas ou laminares.

Desgaste que ocorre normalmente entre duas


superfícies, que deslizam uma em relação à outra.
Desgaste severo Normalmente, diferenciam-se da partícula de
por deslizamento desgaste normal. Em relação ao tamanho e o
formato que é irregular, apresentando farpas
muitas vezes.

242
UE1 | Lubrificação: analisando a qualidade

Os testes e análises comentados proporcionam um monitoramento das condições dos


equipamentos e máquinas. Através deles, pode-se perceber se existe algum desgaste anor-
mal de componentes. A correta manutenção preditiva, a exemplo do monitoramento de
óleo lubrificante, permite que os equipamentos e máquinas tenham mais confiabilidade,
desempenho dentro dos padrões e que sua vida útil seja cumprida corretamente.

!
Solução
Solução do Problematizando...
do Problematizando...

Vamos retomar o problematizando? De posse do resultado da análise do óleo lubrifican-


te, como João Pedro deverá interpretá-lo?

Para interpretar o resultado da análise de óleo, João Pedro deve fazer uma comparação
com os procedimentos internos (plano de lubrificação), com o manual do fabricante do
equipamento e com as instruções do lubrificante.

Parâmetros do plano
Resultados - Análise de óleo
de manutenção

Permitido Plano
Descrição Unidade Descrição (OS 635222)
ppm 02/06/2019
Alumínio 0,4 Alumínio 0,1
Chumbo 0,05 Chumbo 0
Cobre 1,5 Cobre 0,92
Ferro 2,1 Ferro 1,73
Silício 0,38 Silício 0,1

Classificação partículas ferrosas:


Esfoliação e amaciamento

Ao interpretar, analisar e comparar os resultados, o técnico pode identificar a presença


de contaminantes acima do recomendado pelo manual do equipamento e do plano de
manutenção.

JOÃO PEDRO Resulta


dos -
TÉCNICO Análise
de óleo
Descriç
ão Plano
(OS 635222
Alumín )
io 02/06/2
Chumb 019
o 0,1
Cobre
0
Ferro
0,92
Silício 1,73

Classifi 0,1
cação
partícu
Esfolia las ferrosa
ção e
amacia s:
mento

Pois, as partículas de cobre e ferro, provenientes de desgastes de elementos


mecânicos, chegaram a 61% e 82% do permitido. Com este alto índice de partículas
presentes no óleo, e baseado no manual do fabricante, no plano de manutenção e
nas instruções do lubrificante, João Pedro logo planeja a troca do óleo lubrificante,
bem como uma manutenção preventiva a fim de avaliar o grau de desgaste dos
componentes de cobre e ferro.

Resultados - Análise de óleo

243 Plano
Descrição (OS 635222)
02/06/2019
JOÃO PEDRO Resulta
dos -
TÉCNICO Análise
de óleo
Descriç
ão Plano
(OS 635222
Alumín )
io 02/06/2
Chumb 019
o 0,1
Cobre
0
Ferro
0,92
Silício 1,73

Classifi 0,1
cação
partícu
Esfolia las ferrosa
ção e
amacia s:
mento

Manutenção Mecânica Aplicada

Pois, as partículas de cobre e ferro, provenientes de desgastes de elementos


mecânicos, chegaram a 61% e 82% do permitido. Com este alto índice de partículas
presentes no óleo, e baseado no manual do fabricante, no plano de manutenção e
nas instruções do lubrificante, João Pedro logo planeja a troca do óleo lubrificante,
bem como uma manutenção preventiva a fim de avaliar o grau de desgaste dos
componentes de cobre e ferro.

Resultados - Análise de óleo

Plano
Descrição (OS 635222)
02/06/2019
Alumínio 0,1
Chumbo 0
Cobre 0,92
Ferro 1,73
Silício 0,1

Classificação partículas ferrosas:


Esfoliação e amaciamento

Agora
Agora éécom
comvocê!
você!
É hora de aplicar os conhecimentos aprendidos nesta Unidade de Estudo. Mostre que
você compreendeu e mãos à obra. Bom desempenho!

244
UE1 | Lubrificação: analisando a qualidade

Anotações

245
Unidade de Estudo
01

DESCARTE DE ÓLEO
LUBRIFICANTE

Unidade Curricular
Manutenção
Mecânica Aplicada
Contexto!
Contexto!

Amarildo verificou, no plano de lubrificação, a necessidade da troca do


óleo lubrificante de um dos redutores de velocidade.

AMARILDO
TÉCNICO

Essa troca vai garantir o funcionamento correto do equipamento.

Para realizar o descarte do lubrificante usado de maneira correta, Amarildo resolveu


consultar as referências técnicas e normativas.
Essa troca vai garantir o funcionamento correto do equipamento.
Contexto!
Contexto!

Para realizar o descarte do lubrificante usado de maneira correta, Amarildo resolveu


consultar as referências técnicas e normativas.

MANUA
L
AMARILDO
TÉCNICO
UE1 | Descarte de óleo lubrificante

?
Problematizando...
Problematizando...

Como Amarildo deve realizar o procedimento de descarte correto do lubrificante do re-


dutor de velocidade?

Conhecimento em pauta!

ÓLEO
Quando acabamos de fritar batatas com óleo de soja, por exemplo, devemos descartá-lo,
pois a sua reutilização pode causar problemas à nossa saúde. Talvez você possa achar que
basta despejar o óleo no ralo da cozinha, mas isso pode causar danos ao meio ambiente.

O descarte deve ser feito de maneira correta, armazenando em um recipiente e entregan-


do a uma empresa especializada na reciclagem deste tipo de produto, uma vez que o óleo
pode contaminar os solos e as águas.

Na indústria, devemos trocar periodicamente o óleo lubrificante dos equipamentos, pois


eles perdem as suas propriedades com o passar do tempo e do uso, o que afeta o funciona-
mento correto do equipamento.

Seu descarte deve ser feito de forma adequada, já que os óleos lubrificantes representam
um perigo para o meio ambiente e para a saúde do trabalhador.

251
Manutenção Mecânica Aplicada

Nesta Unidade de Estudo você vai aprender a interpretar as referências técnicas


e normativas no que diz respeito ao descarte correto dos óleos lubrificantes. Vamos
lá?

ÓLEO LUBRIFICANTE
É importante realizar o descarte correto dos óleos lubrificantes, considerado um resíduo
perigoso por causa da sua toxicidade, segundo a norma da ABNT NBR-10004: Resíduos só-
lidos - Classificação. Ele pode gerar graves danos ao meio ambiente e intoxicar os trabalha-
dores - devido ao contato direto com a pele, ou por causa dos gases que o óleo pode liberar.

Segundo a resolução 362 do Conselho Nacional do Meio Ambiente (CONAMA), o óleo


lubrificante usado deve ser destinado ao processo de reciclagem conhecido como rerrefi-
no. Caso essa opção seja inviável, deve-se aplicar outro processo de reciclagem, desde que
esteja licenciado pelo órgão ambiental competente.

252
UE1 | Descarte de óleo lubrificante

COMO DESCARTAR CORRETAMENTE O ÓLEO


É importante conhecermos as principais etapas para a realização do descarte correto dos
óleos lubrificantes usados, até chegar ao processo de rerrefino.

Fiquede de
Fique olho!olho!

A resolução do CONAMA 362 proíbe o descarte de óleos usados em solos, subsolos e em


águas, sejam elas de rios, mares ou esgoto, devido à sua toxicidade. Ela não considera a
combustão ou incineração como uma forma de reciclagem ou uma destinação correta.

253
Manutenção Mecânica Aplicada

!
Solução
Solução do Problematizando...
do Problematizando...

Vamos retornar ao problematizando? Como Amarildo deve realizar o procedimento de


descarte correto do lubrificante do redutor de velocidade?

Amarildo deve retirar o óleo do equipamento utilizando EPIs para impedir a sua intoxi-
cação pela pele ou por vias respiratórias. Em seguida, deve colocá-lo em um recipiente que
impeça o contato do produto com o solo e água, para não causar contaminação.

Finalmente, Amarildo deve armazenar o óleo usado em um local adequado estabelecido


pela empresa, onde será destinado ao processo de rerrefino, segundo a resolução CONAMA
362.

Agora
Agora éécom
comvocê!
você!
Agora chegou o momento de testar seus conhecimentos. Boa sorte!

254
UE1 | Descarte de óleo lubrificante

Anotações

255
Unidade de Estudo
01

TECNOLOGIA DE
DIAGNÓSTICO NA
MANUTENÇÃO

Unidade Curricular
Manutenção
Mecânica Aplicada
Contexto!
Contexto!

Numa manhã, no chão de fábrica da Metaltech, um motor-bomba apresentou


um ruído estranho.

JOÃO PEDRO
TÉCNICO

VALDOMIRO
GERENTE

João, você precisa diagnosticar o


motivo deste ruído que vem desse
sistema motor-bomba. O
problema deve ser solucionado
antes que ele pare de funcionar.

Farei agora
mesmo!
JOÃO PEDRO
TÉCNICO

VALDOMIRO
GERENTE

Huumm... Precisarei
utilizar alguma tecnologia
de diagnóstico de falha
para identificar a origem
do ruído.

ORIMODLAV
ETNEREG

JOÃO PEDRO
TÉCNICO
Manutenção Mecânica Aplicada

?
Problematizando...
Problematizando...

Qual tecnologia João Pedro irá utilizar no diagnóstico do sistema motor-bomba?

Conhecimento em pauta!

TECNOLOGIA PARA DIAGNÓSTICOS


Nos dias atuais, na medicina, contamos com diversas tecnologias que possibilitam a aná-
lise de dados ou informações e permitem a identificação dos pontos de falha que devem ser
corrigidos. O médico utiliza diversos desses recursos tecnológicos, o que permite a melhor
decisão para o tratamento do paciente.

Como na medicina, na indústria, ao lidarmos com uma máquina com problemas, precisa-
mos emitir um diagnóstico. Atualmente, contamos com diversos recursos tecnológicos que
permitem o diagnóstico dos pontos de falha em máquinas e equipamentos, como veremos
a seguir.

TECNOLOGIAS PARA DIAGNÓSTICOS EM MÁQUINAS E


EQUIPAMENTOS
Primeiramente, para escolher o recurso tecnológico de investigação ideal, precisamos
identificar:

260
UE1 | Tecnologia de diagnóstico na manutenção

Qual é o sintoma (modo de


falha) da máquina ou
equipamento que será
verificado? Qual é a
mudança de
comportamento que
ocorrerá?
Alterações Alterações
físico-químicas de vibrações

Alterações Alterações
de temperatura de ruídos

Através da análise de dados desse estudo é que conseguiremos diagnosticar a falha. En-
tendendo essas principais alterações que poderão ocorrer nas máquinas e equipamentos,
poderemos partir para a escolha das tecnologias que facilitarão o diagnóstico.

DIAGNÓSTICO POR VIBRAÇÃO


Esta tecnologia parte do princípio da leitura da vibração produzida por máquinas e equi-
pamentos. Conhecendo a vibração inicial de vários elementos de uma máquina ou equipa-
mento, é possível identificar o ponto de falha pela alteração da sua vibração.

Esse diagnóstico é possível com o uso do equipamento de análise de vibrações, que utili-
za sensores que convertem a energia mecânica em sinais elétricos.

261
Manutenção Mecânica Aplicada

No exemplo a seguir, podemos verificar que o nível médio de vibrações do sistema mo-
tor-bomba é delimitado pela linha vermelha e que em três pontos suas vibrações estão
ultrapassando esse nível médio. Portanto, é necessário fazer suas correções.

Amplitude de vibração

Nível médio de vibração

Frequência

O diagnóstico por vibrações é mais aplicado para os equipamentos com elementos de


rotação, como: motores, caixas de engrenagens, turbinas, rolamentos, acoplamentos, etc.

Sua avaliação encontrará: desalinhamentos, excentricidade, desbalanceamentos, falhas


em rolamentos, folgas, etc.

Vocêsabia?!
Você sabia?!
Em máquinas e equipamentos instalados em locais com muita vibração, deve ser verifica-
do se vibrações externas não influenciam nas leituras realizadas.

DIAGNÓSTICO POR NÍVEIS DE RUÍDOS


Esta tecnologia parte da análise dos sons produzidos em operações de máquinas e equi-
pamentos. Assim, quando é identificada uma alteração do som, é possível diagnosticar a
falha. Essa análise é possível com o uso do equipamento de som em alta frequência – ultras-
som – que apresenta os resultados das alterações dos sons emitidos e recebidos.

262
UE1 | Tecnologia de diagnóstico na manutenção

Sua aplicação é comum para análise de falhas mecânicas, elétricas, hidráulicas e identifi-
cação de trincas. Sua detecção encontrará: falha em rolamentos, arcos elétricos, vazamen-
tos e trinca em sólidos.

DIAGNÓSTICO POR TEMPERATURA


Esta tecnologia é utilizada para medição de temperatura em máquinas e equipamentos.
Conhecendo a temperatura inicial ou padrão, para uma determinada operação, é possível
identificar que há um ponto de falha quando essa temperatura sobe ou diminui considera-
velmente.

Essa coleta pode ser realizada por termômetros ou equipamentos termográficos que
captam a radiação infravermelha emitida pelos corpos. Este último representa a intensidade
de temperatura por cores e números.

263
Manutenção Mecânica Aplicada

Sua aplicação é comum para motores, caixas de engrenagens, turbinas, rolamentos, pai-
néis, cabos, equipamentos elétricos, etc. Sua detecção mostrará as variações de tempera-
turas provocadas por resistência elétrica ou mecânica, podendo ainda identificar alguma
propagação de calor gerada por outro equipamento ou sistema que venha afetar a máquina
ou equipamento em estudo.

ANÁLISE DE ÓLEO (FERROGRAFIA)


Esta tecnologia, também conhecida como ferrografia, é muito utilizada para análise das
partículas de desgaste encontradas nas amostras de óleos utilizados em máquinas e equi-
pamentos rotativos. Essa análise consiste em testes laboratoriais (físico-química) de forma
quantitativa e qualitativa.

Análise Análise
quantitativa qualitativa
busca identificar a busca identificar os
quantidade de elementos materiais de partículas
contaminantes no óleo. encontradas no óleo.

Sua aplicação é comum para motores, caixas de engrenagens, sistemas hidráulicos, etc.
Tem como principais aplicações os equipamentos com elementos de rotação que fazem uso
de óleos lubrificantes ou hidráulicos.

Sua detecção encontrará falhas em elementos mecânicos rotativos com o desprendimen-


to de material ou contaminações por falha em elementos de vedação.

Verificamos então que possuímos várias tecnologias para a realização de diagnósticos de


falhas em máquinas e equipamentos. Elas permitem, com base em dados de normas téc-
nicas e específicas dos fabricantes, um diagnóstico mais preciso da identificação de falhas,
permitindo o planejamento da manutenção e suas ações.

!
Solução
Solução do Problematizando...
do Problematizando...

Vamos retomar o problematizando? Qual tecnologia João Pedro irá utilizar no diagnóstico
do sistema motor-bomba?

264
UE1 | Tecnologia de diagnóstico na manutenção

Sabendo que o sistema motor-bomba é composto por elementos


mecânicos rotativos, o técnico decidiu utilizar o diagnóstico por vibração.

JOÃO PEDRO
TÉCNICO

João identificou o nível médio de vibração no relatório de instalação do


sistema motor-bomba e então realizou as medições, identificando a
diferença nas vibrações de um acoplamento, e dos rolamentos devido a
um desalinhamento do conjunto motor-bomba.

JOÃO PEDRO
TÉCNICO

JOÃO PEDRO
TÉCNICO

Tudo certo, chefe. Aqui


está o relatório para
que possa programar a
manutenção.

Muito bem,
João. Excelente
trabalho!
JOÃO PEDRO
TÉCNICO

VALDOMIRO
GERENTE

265
Manutenção Mecânica Aplicada

Tudo certo, chefe. Aqui


está o relatório para
que possa programar a
manutenção.

Muito bem,
João. Excelente
trabalho!
JOÃO PEDRO
TÉCNICO

VALDOMIRO
GERENTE

Agora
Agora éécom
comvocê!
você!
Vamos aplicar esses conhecimentos! Afinal, essa ação é necessária para reforçar o pro-
cesso de aprendizagem! Sucesso!

266
UE1 | Tecnologia de diagnóstico na manutenção

Anotações

267
Unidade de Estudo
01

AVALIAÇÃO DO
PROCESSO DE
MANUTENÇÃO

Unidade Curricular
Manutenção
Mecânica Aplicada
Contexto!
Contexto!

Argeu recebeu a ordem de serviço (OS) preditiva para fazer a análise termográfica
de um motor-bomba.

UEGRA
OCINCÉT

Em seguida, o técnico verificou no manual as imagens termográficas fornecidas


pelo fabricante e seguiu para realizar as suas medições.

MANUAL
Manutenção Mecânica Aplicada

?
Problematizando...
Problematizando...

Por que o técnico em mecânica primeiramente verificou as imagens termográficas do


fabricante e, depois, foi realizar as medições?

Conhecimento em pauta!

COMPARAÇÃO DE RESULTADO DE INSPEÇÃO TERMOGRÁFICA


Diariamente identificamos e fazemos escolhas por comparação. Para isso, fazemos com-
parações com referência a padrões preestabelecidos, ou pesquisamos uma referência para
permitir escolhas com menor margem de erro.

Quando vamos comer uma fruta, por exemplo, aprendemos na infância parâmetros
como a coloração, consistência, cheiro, etc. Assim, comparamos e escolhemos o melhor
alimento, ou evitamos o mais estragado, por esse direcionamento.

Na indústria também funciona assim. Constantemente utilizamos parâmetros fornecidos


ou estudados, para compararmos os resultados encontrados, permitindo o diagnóstico de
manutenções a serem realizadas.

Entre os meios disponíveis para realizar estes diagnósticos, podemos citar: sensores de
vibração, relógios comparadores, instrumentos de metrologia, estroboscópio, endoscópio,
etc. Vejamos em detalhe um destes meios disponíveis.

272
UE1 | Avaliação do processo de manutenção

TERMOGRAFIA
Esta tecnologia capta a radiação infravermelha emitida pelos corpos e as representa por
imagens com intensidade de temperatura através de cores e números. É muito utilizada
para avaliação e diagnósticos de falha, onde não é possível o contato físico. Exemplo:

EQUIPAMENTOS ELÉTRICOS EQUIPAMENTOS MECÂNICOS


Exemplo: Painéis elétricos Exemplo: Tubulações

A termografia possibilita a análise do equipamento a uma distância considerável, evitan-


do acidentes.

Fiquede de
Fique olho!olho!

A que distância ficar do equipamento? Você deve obedecer a distância indicada pelo fabri-
cante. Consulte sempre o manual, ele é seu instrumento de trabalho.

COMPARAÇÃO TERMOGRÁFICA
Quando conhecemos a temperatura inicial ou padrão, para uma determinada operação,
é possível identificar que há um ponto de falha quando essa temperatura sobe ou diminui
consideravelmente.

Normalmente, a elevação de temperatura irá retratar um excesso. Como exemplos, no


caso de um estresse mecânico, é comum o atrito, logo, as partes irão esquentar. No caso
elétrico, um excesso de corrente devido à deficiência de algum componente elétrico ou ele-
trônico fará com que haja a elevação de temperatura.

273
Manutenção Mecânica Aplicada

Vamos a um exemplo:

Veja o quadro a seguir. Suponha que o conjunto motor-bomba, na figura da esquerda,


representa uma imagem termográfica fornecida pelo fabricante. Assim, se tivermos uma
imagem semelhante ao Resultado da Inspeção, podemos comparar e identificar se houve
uma alteração de comportamento do equipamento.

PARÂMETRO DO MANUAL RESULTADO DA INSPEÇÃO Escala de


Máquina funcionando normalmente Máquina apresentando problemas temperatura

P1 P2
P2

Neste caso, é provável que haja um problema de alinhamento, sendo necessária a parali-
sação do conjunto, para realinhar ou realizar diagnóstico mais completo de todo o conjunto
com possíveis substituições (acoplamento, rolamento, etc.).

OUTRAS APLICAÇÕES DA TERMOGRAFIA


Quase todos os equipamentos possuem limites de temperatura em operação. Isto é cau-
sado pelos materiais que são utilizados na fabricação das peças apresentarem pontos de
fundição, pontos de evaporação, pontos de cristalização, entre outras propriedades térmi-
cas. Por isso, a temperatura deve ser rigorosamente controlada, pois não existe um equipa-
mento perfeito, que não gere atrito e, consequentemente, calor.

Sua aplicação é comum para motores, caixas de engrenagens, turbinas, rolamentos, pai-
néis, cabos, equipamentos elétricos, etc.

Logo, a termografia é muito útil ao identificar alguma propagação de calor gerada por
outro equipamento ou sistema, que venha afetar a máquina ou equipamento em estudo.

274
UE1 | Avaliação do processo de manutenção

Portanto, como comparar parâmetros preestabelecidos de termografia para a análise de


resultados?

De forma simples e objetiva, podemos visualizar os passos como:

Resultado da
Dados do inspeção
fabricante (temperatura
(temperatura ou imagem)
ou imagem)

Comparação

Análise de resultados

!
Solução
Solução do Problematizando...
do Problematizando...

Vamos retomar o problematizando? Por que o técnico em mecânica primeiramente veri-


ficou as imagens termográficas do fabricante e, depois, foi realizar as medições?

275
Manutenção Mecânica Aplicada

Porque Argeu sabia que precisava de parâmetros preestabelecidos pelo fabricante para
poder comparar com sua inspeção. Então, Argeu fez a análise termográfica dos mesmos
pontos que encontrou no manual do fabricante. Ao comparar, o técnico identificou uma
temperatura excessiva devido a um alto esforço. A causa era um desalinhamento no acopla-
mento do motor-bomba.

Argeu logo se preparou para realizar o alinhamento do acoplamento da bomba.

ARGEU
TÉCNICO

Agora
Agora éécom
comvocê!
você!
Vamos aplicar esses conhecimentos! Afinal, essa ação é necessária para reforçar o pro-
cesso de aprendizagem! Sucesso!

276
UE1 | Avaliação do processo de manutenção

Anotações

277
Unidade de Estudo
01

ANÁLISE DE
CONFORMIDADE
NA MANUTENÇÃO

Unidade Curricular
Manutenção
Mecânica Aplicada
Contexto!
Contexto!

João Pedro recebeu a ordem de serviço (OS) para desmontagem e limpeza


do trocador de calor do motogerador.

JOÃO PEDRO
TÉCNICO

Após concluir o serviço, verificou no plano de manutenção que esse serviço deveria
ser de 12 em 12 meses, mas o último tinha acontecido apenas em 9 meses.

CRONOGRAMA
Jan Fev Mar Abr

Mai Jun Jul Ago


JOÃO PEDRO

Set Out Nov Dez


X
TÉCNICO

João Pedro observou que existia alguma não conformidade de manutenção.

Preciso analisar o que ocorreu


para antecipar a manutenção!
Manutenção Mecânica Aplicada

?
Problematizando...
Problematizando...

Como João Pedro poderá analisar a não conformidade encontrada?

Conhecimento em pauta!

ANÁLISE DE CONFORMIDADE

282
UE1 | Análise de conformidade na manutenção

Na indústria também é assim. Constantemente precisamos analisar as conformidades


dos serviços executados na manutenção para corrigirmos possíveis desvios na qualidade do
serviço prestado ou diminuirmos os custos.

Nesta Unidade de Estudo veremos como analisar a conformidade dos serviços de manu-
tenção prestados com referências nas indicações contidas no plano de manutenção.

ANÁLISE DE CONFORMIDADE NA MANUTENÇÃO


Na indústria, realizamos análise de dados da manutenção através de um estudo detalha-
do de um conjunto de informações: dados de testes, inspeções, medições e manutenções.
Com isso, é possível conhecer melhor as funções, relações e causas de falhas em máquinas
e equipamentos. Vamos ver como isso acontece?

Tudo começa quando vamos executar uma ordem de serviço (OS), onde encontramos
a descrição dos serviços que devem ser realizados. Então, seguimos os procedimentos:

A OS é gerada no Com as informações Realizamos o Arquivamos a OS


plano de da OS, executamos o preenchimento de preenchida no plano
manutenção e serviço. dados e informações de manutenção,
recebemos as do serviço juntamente com as
instruções para executado. anteriores para
executar o serviço. consultas futuras.

283
Manutenção Mecânica Aplicada

Quando precisamos analisar um conjunto de dados, seguimos os seguintes passos:

1º: Consulta no Plano de


manutenção: identificamos 2 º: Reunimos as OSs:
e pegamos um conjunto de fazemos a leitura do
ordens de serviço que histórico de dados.
permitem encontrar os
dados.

3 º: Análise dos dados: 4º Serviço realizado:


reunimos todos os dados e após análise da
informações e fazemos a conformidade, executa-se
análise da conformidade. o serviço corretamente.

As análises com referência nas indicações contidas no plano de manutenção permitem


uma identificação das conformidades ou não conformidades, evitando falhas nos processos
de manutenção e custos desnecessários.

Vamos supor que realizamos uma manutenção de desmontagem completa para deso-
bstruir um trocador de calor devido a sujeiras. Então, verificamos no plano de manutenção
que fizemos esse serviço três meses antes do recomendado.

284
UE1 | Análise de conformidade na manutenção

Reunimos então as últimas ordens de serviço referentes ao trocador de calor e procura-


mos alguma inconsistência ou falha no seu cumprimento. Após isso, foi observado que nos
últimos oito meses, em duas ordens de serviço, os seus filtros não foram substituídos pela
razão de não haver disponibilidade de estoque.

Equipamento Trocador de calor Data:


Código / TAG BR - BA - TROCALOR - 01 10/02/19
Marca Metaltech
Capacidade 20º a 90ºC
Modelo 2
Série TC005
Localização do
Sala de geradores
equipamento
Descrição das
Resultado da verificação Obs
atividades
Temperatura
Verificar a temperatura
Medição 85º dentro do
do trocador de calor
esperado.
Não foi substituído
Fazer a substituição do Bom Necessário
x por falta de filtro
filtro do trocador de calor estado substituir
em estoque.

285
Manutenção Mecânica Aplicada

Ao reunir as medições de temperatura do último ano e compará-las com o período atual,


encontramos as informações conforme o gráfico e vimos que em todos os meses a tempe-
ratura subia e nada foi feito.

Temperatura por mês


120

100
Temperatura ºC

80

60
Temp. Medida

40

20

0
1 3 5 7 9 11

Mês

Se analisarmos o ano anterior, podemos verificar que de quatro em quatro meses, o cres-
cimento de temperatura cai logo após a substituição do filtro.

286
UE1 | Análise de conformidade na manutenção

Temperatura por mês


90

80

70

Temperatura ºC
60

50
Temp. Medida
40

30

20

10

0
1 3 5 7 9 11

Mês

Verificamos, portanto, no exemplo prático do trocador, mostrado nos gráficos, como é


importante entendermos todo o processo de execução e arquivamento da OS, pois no mo-
mento da análise de conformidade, é através dela que temos diversas informações impor-
tantes para avaliar os serviços de manutenção executados.

!
Solução
Solução do Problematizando...
do Problematizando...

Vamos retomar o problematizando? Como João Pedro poderá analisar a não conformida-
de encontrada?

João Pedro pesquisou no plano de manutenção as ordens de serviço com o histórico dos
serviços realizados e todas as medições de temperaturas. Ele reuniu os dados de tempera-
tura e observou que houve um crescimento em todos os meses, pois os filtros deveriam ter
sido substituídos conforme ordens de serviço no quarto e oitavo mês, mas não foram feitas
por falta de filtro no estoque.

Temperatura por mês


120

100
Temperatura ºC

80

60
Temp. Medida

40

20

0
1 3 5 7

287
Manutenção Mecânica Aplicada

Agora
Agora éécom
comvocê!
você!
É hora de colocar em prática os conhecimentos adquiridos nesta Unidade de Estudo.
Vamos exercitar?

288
UE1 | Análise de conformidade na manutenção

Anotações

289
Unidade de Estudo
01

ELABORAÇÃO
DE RELATÓRIO
TÉCNICO

Unidade Curricular
Manutenção
Mecânica Aplicada
Contexto!
Contexto!

João Pedro percebeu uma antecipação de mais de 3 meses nos serviços de


manutenção de um trocador de calor do motor gerador.

Essa manutenção
estava prevista
para julho!

Serviço de manutenção
DOM SEG TER QUA QUI SEX SAB

Preciso registrar essa


ocorrência em relatório
agora mesmo! Isso não
pode ocorrer novamente!
Manutenção Mecânica Aplicada

?
Problematizando...
Problematizando...

Como o técnico em mecânica deverá produzir o relatório de manutenção?

Conhecimento em pauta!

ELABORAÇÃO DE RELATÓRIO TÉCNICO


A todo momento estamos nos comunicamos sobre eventos ocorridos, acontecendo ou
que irão acontecer. Nessa comunicação, obedecemos, mesmo que de maneira inconsciente,
uma sequência lógica, ou estrutura que permita a melhor interpretação possível do assunto
que queremos abordar. Assim, aprendemos e exercitamos as redações na escola.

Ao seguir as regras estruturais da escrita de uma redação, temos maiores chances de


acertarmos na comunicação de todas as informações, da melhor forma possível e de forma
que diversas pessoas possam entender as mensagens.

Na indústria também é assim. Constantemente precisamos nos comunicar sobre ocor-


rências na manutenção e precisamos registrar de forma que todos possam ler e entender
tudo que queremos falar. Para isso, utilizamos os relatórios de manutenção.

Nessa Unidade de Estudo veremos como se deve produzir um relatório de manutenção


que tenha todas as informações necessárias para realizarmos a melhor comunicação possí-
vel das informações levantadas, analisadas, etc.

294
UE1 | Elaboração de relatório técnico

ESTRUTURA DO RELATÓRIO
Assim como nas redações, devemos obedecer uma estrutura básica, para diminuirmos
a possibilidade de esquecer alguma informação ou embaralhar as informações. Veremos,
a seguir, as três principais estruturas de um relatório: introdução, ocorrências e conclusão.

O quê? Equipamento: Nome do equipamento ou máquina

Onde? Localização: Local do equipamento

Como? Assunto: O que será tratado no relatório?

Quando? Data: DD/MM/AA

Por quê? Objetivo: Por que foi feito o relatório?

Quem? Nome: Quem elaborou o relatório?

Com as informações organizadas e apresentadas na introdução, é possível descrever as


ocorrências, como atividades, inspeções e diagnósticos realizados em máquinas e equipa-
mentos.

295
Manutenção Mecânica Aplicada

Agora, de forma mais detalhada, descrever, onde, como,


Descrição
quando e por quê.

Dados e informações fornecidos por manuais, catálogos,


Parâmetros
normas, etc.

Como foram realizadas as atividades que estamos relatando


Procedimento
aqui no relatório?

Assim, a estrutura do relatório já está praticamente pronta, restando apenas concluir.

CONCLUSÃO

Descrever de forma conclusiva o que as


ocorrências, atividades, inspeções e diagnósticos
Conclusão
realizados em máquinas e equipamentos
permitem advertir, analisar, criticar ou até
mesmo propor como melhorias a um problema.

Desse modo, a estrutura do relatório ficará assim:

RELATÓRIO DE MANUTENÇÃO

Introdução
Ocorrências
Conclusão

296
UE1 | Elaboração de relatório técnico

Essa é uma estrutura básica. Normalmente, os relatórios são padronizados na própria


empresa, com base nesse tipo de estrutura e em normas como a ABNT NBR 10719:2015.

Parasaber
Para saber mais!
mais!

Consulte a norma ABNT NBR 10719:2015 - Informação e documentação - Relatório técni-


co e/ou científico.

Vamos a um exemplo prático? A seguir, visualizaremos o relatório de manutenção da


Metaltech, devidamente preenchido com a letra em azul.

Data: 17/04/2018 Relatório de Manutenção Metaltech

1 - INFORMAÇÕES:
Equipamento: Trocador de calor TAG: BR-BA-TROCAL-001
EMISSÃO :
Local: Sala dos Geradores
Assunto: Intervalo de tempo de desmontagem e limpeza
Identificar por que ocorreu a antecipação em mais de 3 meses da desmontagem para
Objetivo:
desobstrução do trocador de calor.
Emitente: João Pedro Requisito Norma Fabricante
2 - OCORRÊNCIA:

Após executar a ordens de serviço para desmontagem e limpeza do trocador


de calor do motor gerador. Foi verificado no plano de manutenção que esse
Descrição:
serviço deveria ser de 12 em 12 meses, mas o último serviço tinha acontecido
apenas em 9 meses. Portanto, foi observado uma não conformidade dos
serviços de manutenção por antecipar a manutenção.

Foram utilizados como parâmetros o manual do fabricante e as últimas ordens de


serviço.
PARÂMETROS:
Manual: o trocador de calor deve trabalhar em uma faixa de temperatura de 20° a
90° segundo o fabricante.
Ordens de serviço: informam os últimos serviços executados e as medições de

Com os parâmetros de temperatura de 20° a 90° do fabricante, foram


PROCEDIMENTOS: comparadas as temperaturas de todos os meses.

Foi realizada a leitura de 12 ordens de serviço, duas dessas solicitando a


substituição de filtro.

Foi possível observar com a comparação dos últimos 9 meses, que a


temperatura do trocador subiu todos os meses, até atingir 95°, 5° de
temperatura acima do estabelecido.
Com a leitura das 12 últimas ordens de serviço, permitiu identificar que, nas 2
últimas foram solicitadas a substituição dos filtros, mas que não foram
3 - CONCLUSÃO: realizadas por falta de filtro no estoque.
É sugerido, portanto, que o estoque do filtro do trocador de calor seja
aumentado para não termos a necessidade de antecipar a manutenção de
desmontagem geral e limpeza em 3 meses, conforme realizado pela corretiva
OS 203266.

É sugerido também que esse relatório seja anexado ao próximo pedido de


Assinatura:

297
Manutenção Mecânica Aplicada

!
Solução
Solução do Problematizando...
do Problematizando...

Vamos retomar o problematizando? Como João Pedro deverá produzir o relatório?

Conhecendo a estrutura de relatórios de manutenção, João Pedro reunirá todas as infor-


mações necessárias e seguirá o padrão de relatório da Metaltech. João Pedro utilizou o mo-
delo de relatório padronizado, preencheu com as informações, descreveu os procedimentos
e parâmetros utilizados em sua análise, concluindo o relatório de forma clara, organizada,
considerando todos os dados técnicos necessários de forma objetiva e fez sugestões.

Data: 17/04/2018 Relatório de Manutenção Metaltech

1 - INFORMAÇÕES:
Equipamento: Trocador de calor TAG: BR-BA-TROCAL-001
EMISSÃO :
Local: Sala dos Geradores
Assunto: Intervalo de tempo de desmontagem e limpeza
Identificar porque ocorreu a antecipação em mais de 3 meses da desmontagem para
Objetivo:
desobstrução do trocador de calor.
Emitente: João Pedro Requisito Norma Fabricante
2 - OCORRÊNCIA:

Descrição:

PARÂMETROS:

PROCEDIMENTOS:

Agora
Agora éécom
comvocê!
você!
É hora de aplicar os conhecimentos aprendidos nesta Unidade de Estudo. Mostre que
você compreendeu e mãos à obra. Bom desempenho!

298
UE1 | Elaboração de relatório técnico

Anotações

299
Unidade de Estudo
01

ENTREGA STARTUP
DE MÁQUINAS E
EQUIPAMENTOS

Unidade Curricular
Manutenção
Mecânica Aplicada
Contexto!
Contexto!

João Pedro recebeu a tarefa de realizar os testes de funcionamento de uma


nova bomba centrífuga que acabava de ser instalada na sala de bombas.

JOÃO PEDRO
TÉCNICO

Ele observou que será necessário decodificar as informações técnicas do manual e as


informações do processo para realizar a startup do novo equipamento.

U AL
MAN
M
AN
UA
L

JOÃO PEDRO
TÉCNICO
Manutenção Mecânica Aplicada

?
Problematizando...
Problematizando...

Por que o técnico em mecânica precisa decodificar as informações técnicas do manual do


fabricante para realizar a startup do novo equipamento?

Conhecimento em pauta!

A INTERPRETAÇÃO DOS MANUAIS E CATÁLOGOS TÉCNICOS E SUA


IMPORTÂNCIA
Constantemente precisamos “decodificar” informações técnicas em máquinas ou equi-
pamentos que adquirimos, para podermos utilizá-los. Quando adquirimos um automóvel,
por exemplo, precisamos ler o manual do condutor e de manutenção para tirar todas as
dúvidas. Aprendemos a decodificar os símbolos do painel, uso do câmbio manual ou auto-
mático, etc.

Interpretando o uso do Decodificação para leitura


câmbio automático do painel do carro

Todas essas informações contribuirão para termos a percepção de uso e funcionalidades,


do monitoramento se o automóvel está se comportando conforme esperado, ou se temos
problemas, sendo necessário acionar a garantia.

Na indústria também funciona assim. Quando recebemos uma máquina ou equipamento


novo, precisamos decodificar ou interpretar todas as informações importantes para a ma-
nutenção e operação, evitando problemas por mau uso, ou acionar o fabricante do produto
em garantia.

Assim, veremos nesta Unidade de Estudo como decodificar as principais informações


técnicas de manuais e catálogos de máquinas e equipamentos na ocasião de uma startup.

304
UE1 | Entrega startup de máquinas e equipamentos

! Fique
Fique porpor dentro!
dentro!

Startup é um termo em inglês, utilizado na indústria para ação ou processo de colocar algo
em operação.

STARTUP DE MÁQUINAS E EQUIPAMENTOS


Ao finalizar uma montagem de máquinas e equipamentos, é comum que a equipe de ma-
nutenção faça a entrega oficial e documentada deste equipamento para a área operacional,
atestando que a máquina está em condições de operar.

Alguns procedimentos são necessários para evitar a operação incorreta da máquina ou


riscos de acidentes de trabalho e desperdícios de materiais do processo produtivo. De acor-
do com a complexidade e conforme as normas internas das empresas, são adotadas siste-
máticas como:

Sendo assim, é possível constatar que é importante realizar a decodificação e interpreta-


ção de todos os dados técnicos ao funcionamento de máquinas e equipamentos, de forma a
garantir o correto funcionamento para o qual foi adquirido e para que não venha apresentar
problemas por falha na instalação ou mau uso.

A etapa em que mais trabalhamos com essa decodificação e interpretação é o teste de


funcionamento. Vamos estudá-la!

305
Manutenção Mecânica Aplicada

TESTE DE FUNCIONAMENTO
Esta etapa consiste em realizar todos os testes necessários para confirmar as funciona-
lidades e instalação correta, além disso, ocorre após a instalação. Então, deve-se realizar a
análise de parâmetros das máquinas e equipamentos com a decodificação e interpretação
de manuais e catálogos.

1 2

Assim, como existe uma vasta aplicação na indústria de dados e informações de máqui-
nas e equipamentos, é comum a utilização de uma lista (checklist) com os passos que devem
ser seguidos e parâmetros interpretados que devem ser monitorados durante um determi-
nado período de tempo, realizando assim os primeiros testes funcionais da nova máquina.
Se necessário, devem ser realizados ajustes, conforme orientação do manual, evitando as-
sim falhas ou quebra do equipamento.

Após decodificar/interpretar os dados, o técnico utiliza o checklist e faz os testes funcio-


nais.

306
UE1 | Entrega startup de máquinas e equipamentos

! Fique
Fique porpor dentro!
dentro!

Para aumentar a segurança na startup, processo que ocorre após uma instalação, algu-
mas empresas recrutam outra equipe de manutenção, para seguir os mesmos passos
com outra percepção e, assim, identificar possíveis falhas não identificadas pela equipe
de manutenção da própria empresa.

Vamos a um exemplo prático?

INSTALAÇÃO DA BOMBA CENTRÍFUGA


Vamos estudar um exemplo da instalação de uma bomba centrífuga. O principal objeti-
vo deste equipamento é realizar o transporte de fluidos de um local para outro. Uma das
principais restrições para a performance desse deslocamento de fluido é a altura máxima
de sucção e a altura máxima de elevação, pois quanto maior for essas alturas, mais trabalho
a bomba terá para empurrar o fluido, diminuindo a vazão. Então, esses são dados im-
portantes que devem ser decodificados ou interpretados no manual da nova bomba
centrífuga.

Altura máxima
de elevação

Altura máxima
de sucção Sucção da bomba.
Evitar obstrução
durante operação

Deste modo, caso uma bomba hidráulica não seja instalada corretamente, obedecendo
aos parâmetros estabelecidos pelo fabricante, não funcionará corretamente, com baixa va-
zão, por exemplo, sendo necessário realizar a sua reinstalação e readequação ao sistema no

307
Manutenção Mecânica Aplicada

qual está instalada. Sendo reprovado assim no teste funcional. Na figura a seguir podemos
visualizar a identificação de 2 dados importantes (vazão e altura) na interpretação de um
manual de bombas centrífugas.

Com os dados importantes, vamos supor que


a demanda de operação seja de 1,5 m3 /h;
precisamos assim saber identificar no manual
em qual altura a bomba deverá ser instalada
para que opere nessa vazão.

No gráfico a seguir, comum em manual dos fabricantes de bombas centrífugas, podemos


identificar que, para se obter uma vazão de 1,5m3/h, a bomba deve ser instalada a uma altu-
ra máxima de 21 metros (ponto B). Caso contrário, perderá vazão à medida que essa altura
for aumentando, como 0,6 m³/h, caso seja instalada a uma altura de 45 metros (ponto A).

H (m) Vazão X Altura


70
63
56
49 A
42
35
28
B
21
14
7
0
Altura 0.0 0.3 0.6 0.9 1.2 1.5 1.8 2.1 2.4 2.7 3.0
Q (m3/h)
Vazão

Neste caso, decodificamos uma informação importante, a instalação não atenderá seus
requisitos (vazão 1,5 m³/h), caso a altura seja superior a 21 m.

308
UE1 | Entrega startup de máquinas e equipamentos

!
Solução
Solução do Problematizando...
do Problematizando...

Vamos retomar o problematizando? Por que o técnico em mecânica precisa decodificar as


informações técnicas do manual do fabricante para realizar a startup do novo equipamento?

João Pedro decodificou as orientações técnicas dos manuais, com o auxílio de um


checklist, verificou se a bomba estava funcionando conforme o manual e explicou
ao operador todas as informações necessárias para o correto funcionamento,
evitando sua falha por instalação errada ou acionamento inadequado na startup.

JOÃO PEDRO
TÉCNICO

FERNANDO
TÉCNICO

Precisamos saber decodificar


informações técnicas, pois, assim,
temos domínio e conhecimento de cada
componente da bomba centrífuga, além
de respeitar os parâmetros de
funcionamento fornecidos pelo manual
do equipamento.

JOÃO PEDRO
TÉCNICO

Agora
Agora éécom
comvocê!
você!
É hora de aplicar os conhecimentos aprendidos nesta Unidade de Estudo. Mostre que
você compreendeu e mãos à obra. Bom desempenho!

309
Unidade de Estudo
01

REQUISITOS NA
REALIZAÇÃO DE
STARTUP

Unidade Curricular
Manutenção
Mecânica Aplicada
Contexto!
Contexto!

João Pedro foi convocado a participar de um startup (início de funcionamento de um equi-


pamento novo ou que passou por uma manutenção significativa) para um novo conjunto
motor-bomba, para a linha de produção 3 da Metaltech. Como forma de saber informações
sobre o novo equipamento, João Pedro percebeu que precisava ler o manual e o relatório de
pré-instalação do novo equipamento.

MAN
ORDEP OÃOJ
OCINCÉT UAL

ERIKA
ESTAGIÁRIA
Manutenção Mecânica Aplicada

?
Problematizando...
Problematizando...

Por que o técnico em mecânica precisa ler o manual e o relatório de pré-instalação?

Conhecimento em pauta!

DOCUMENTAÇÃO TÉCNICA AUXILIANDO AJUSTES E REGULAGENS

Quando compramos novos produtos, lemos o seu manual


na intenção de identificar suas funcionalidades, requisitos,
técnicas de uso, ajustes e regulagens, principalmente na
primeira vez que vamos utilizar.

A impressora, por exemplo, devemos ler como


instalar, como trocar os cartuchos, ter acesso às
restrições por exemplo, não colocar a
impressora em local com sol, etc.

Então, fazemos uma pré-instalação, instalamos o


software e fazemos o primeiro uso com uma impressão
teste para calibração.

Na indústria também é assim. Para identificarmos os requisitos, etapas e técnicas apli-


cáveis aos ajustes e à regulagem de novas máquinas e equipamentos, também fazemos a
leitura e interpretações de manuais, catálogos, etc.

Nessa Unidade de Estudo veremos como identificar esses requisitos e técnicas para a
realização de um startup.

314
UE1 | Requisitos na realização de startup

DOCUMENTAÇÃO TÉCNICA - MANUAL


Quando recebemos um equipamento, ele deve vir acompanhado de um manual comple-
to. Esses manuais diferem de fabricante para fabricante, mas todos apresentam as princi-
pais informações necessária para:

Reposição de
Identificação Movimentação peças
do produto Operação Manutenção
e instalação sobressalentes

Portanto, para a instalação, deve ser lido todo o material, não apenas o item de instala-
ção, pois a correta interpretação dos demais itens pode permitir uma adaptação, ou melho-
ria na instalação, como melhoria no acesso para manutenção, facilitando a desmontagem
do equipamento para reparo, limpeza, substituição, etc.

Assim, é realizada uma pré-instalação e testes conforme instruções do manual. Então,


deve ser programado a startup, onde a equipe de manutenção, juntamente com os ope-
radores (equipe de produção), irão testar se tudo está conforme esperado pelo manual e
operação, aprovando o equipamento para uso permanente.

Para ficar mais claro, vejamos o fluxograma a seguir com os passos da startup:

315
Manutenção Mecânica Aplicada

Documentação técnica: Manual do


Fazemos a leitura e interpretação
fabricante e Relatório com detalhes
da documentação técnica.
e observações da pré-instalação.

Realizamos a startup com os testes Criamos um checklist com as


passo a passo, realizamos ajustes e especificações técnicas, ajustes e
regulagens se necessário, relatamos regulagens necessárias e partimos
todos os passos em um relatório e para a startup.
arquivamos.

Vamos a um exemplo prático?

REQUISITOS NA STARTUP DE MÁQUINAS E EQUIPAMENTOS


Realizamos a leitura e interpretação técnica para a instalação de um motor-bomba cen-
trífuga. Então, criamos um checklist para a startup, convocamos a equipe de operação e par-
timos para os testes e verificações. Conforme exemplo de checklist a seguir, no qual em azul
são as observações preenchidas durante a startup, podemos ver:

316
UE1 | Requisitos na realização de startup

Checklist startup
Status Checar Observações
OK Bomba e motor estão fixados
Positivo.
firmemente na base.

Conjunto está devidamente alinhado. Realizados testes de alinhamento, e está


OK
conforme.
A base do conjunto motor-bomba está Positivo, verificado por instrumentos de
OK
devidamente nivelada. nivelamento.
Tubulações estão devidamente
OK Positivo, linha de sucção 8 m, linha de
instaladas, por comprimento, diâmetro e
recalque 20 m, tubulações Ø5 cm.
fixação.
Linha de sucção está livre de sujeira que Linha de sucção instalada na altura correta,
OK
venha a obstruir a linha. 30 cm do fundo do tanque, livre de sujeiras.
Encontram-se funcionando corretamente.
Ligações elétricas e os sistemas de
OK Com corrente e temperatura conforme
proteção do motor.
indicação no manual.
OK Lubrificações. Usado o recomendado pelo manual.
Sentido de rotação do motor está Correto.
OK correto.
Bomba está escorvada (rotor submerso
OK Bomba escorvada.
no fluido ).
Bomba funcionando perfeitamente com
OK Ligar a bomba e verificar a vazão. 30 m³/h, conforme solicitado pela equipe
de produção.

É recomendável, juntamente com o checklist, utilizar um desenho esquemático com base


no manual do fabricante para verificar a instalação. Assim, é possível também anotar os
ajustes ou regulagens feitas em distâncias, alturas, etc., ou ainda indicar alteração ou locali-
zação no desenho.

Registro de gaveta

Altura de Válvula de retenção


recalque
Bujão
2o m Tê
União
Curva

Suporte de
fixação da
tubulação

Altura de
Aterramento sucção 8 m

Válvula de pé
(opcional)
e/ ou pré-filtro

Mínimo 30 cm

317
Manutenção Mecânica Aplicada

Vocêsabia?!
Você sabia?!
Algumas empresas montam uma equipe para a pré-instalação e uma equipe para a star-
tup, assim entendem que aumentam as chances de equipes diferentes identificarem erros
antes que o equipamento faça parte de sistemas de produção.

!
Solução
Solução do Problematizando...
do Problematizando...

Vamos retomar o problematizando? Por que o técnico em mecânica precisa ler o manual
e o relatório de pré-instalação?

Porque com a leitura poderá identificar todos os requisitos, etapas e técnicas aplicáveis a
ajustes e regulagens do novo conjunto motor-bomba. Então, João Pedro leu todos os docu-
mentos técnicos, identificou os requisitos, etapas e técnicas aplicáveis ao ajuste e regulagem
do novo conjunto motor-bomba. Seguiu para a startup preparado, com os itens em checklist
e com o desenho esquemático, verificando e aprovando todo o processo.

ORDEP OÃOJ
OCINCÉT

Agora
Agora éécom
comvocê!
você!
Chegou a hora de colocar o conhecimento aprendido em prática. Aplique-o com atenção.

318
UE1 | Requisitos na realização de startup

Anotações

319
Unidade de Estudo
01

REALIZAÇÃO
DE TESTES
FUNCIONAIS EM
MÁQUINAS E
EQUIPAMENTOS

Unidade Curricular
Manutenção
Mecânica Aplicada
Contexto!
Contexto!

Por favor, realize alguns testes para averiguar se os


aparelhos de ar-condicionado, que foram recentemente
adquiridos, estão funcionando corretamente.

AMARILDO
TÉCNICO

VALDOMIRO
GERENTE

Amarildo, técnico em mecânica da Metaltech, recebeu


uma ordem de serviço do supervisor Valdomiro.

Ok! Para realizar esse procedimento, irei buscar os


equipamentos corretos, identificando a sua forma de
uso, além de conhecer as suas principais características.

AMARILDO
TÉCNICO

VALDOMIRO
GERENTE
Manutenção Mecânica Aplicada

?
Problematizando...
Problematizando...

Por que Amarildo deve reconhecer as características, funcionalidades e formas de uso


dos equipamentos utilizados para a realização dos testes funcionais das máquinas?

Conhecimento em pauta!

EQUIPAMENTOS PARA TESTES


Comumente, nós aferimos a nossa pressão arterial com algum tipo de aparelho de pres-
são para nos certificarmos de que está tudo bem. Mas para assegurar que o resultado obti-
do no aparelho condiz com a realidade, temos que usá-lo de maneira correta, conhecendo
as suas funcionalidades e características.

Na indústria isso também acontece. Usamos alguns equipamentos na realização de tes-


tes em máquinas para analisar se eles estão funcionando de maneira correta, são os cha-
mados testes funcionais. Mas é importante, antes da realização do serviço, conhecer as
características, funcionalidades e formas de uso desses equipamentos para assim realizar
o trabalho de forma correta.

Nesta Unidade de Estudo você vai aprender sobre alguns equipamentos utilizados em
testes funcionais e reconhecer as suas principais características, funcionalidades e formas
de uso, bem como a sua importância. Vamos lá?

324
UE1 | Realização de testes funcionais em máquinas e equipamentos

CARACTERÍSTICAS DOS EQUIPAMENTOS


Cada equipamento utilizado na realização de testes funcionais em máquinas tem as suas
próprias características e funcionalidades, portanto, saber reconhecê-las é de extrema im-
portância para assim utilizar o equipamento adequado.

Vamos ver uma aplicação: queremos medir a temperatura de uma caldeira para averi-
guar se ela não está excedendo a sua temperatura máxima de trabalho.

Nós devemos utilizar um medidor de vibração ou um termômetro?

Claramente, a última opção é a mais indicada, pois a função deste equipamento


é medir a variação da temperatura em diversos pontos de uma máquina.

É importante conhecer as formas de uso dos equipamentos durante a realização de um


teste funcional, pois garante a segurança do trabalhador, além de prolongar a vida útil do
equipamento. Conhecer o equipamento assegura a obtenção de resultados corretos, permi-
tindo uma tomada de decisão segura.

EQUIPAMENTOS EM TESTES FUNCIONAIS


No quadro a seguir podemos ver alguns equipamentos utilizados em testes funcionais,
bem como informações sobre eles:

325
Manutenção Mecânica Aplicada

EQUIPAMENTO FUNCIONALIDADE CARACTERÍSTICAS FORMAS DE USO

Termômetro Medir a Mede a Realizar a medição


temperatura temperatura por com o termômetro
contato, ou a mais correto e os
distância, com um valores medidos
termômetro devem ser
infravermelho. anotados para
verificar sua
variação.

Medir o nível de É composto por um O sensor de


Medidor de vibração
vibração visor, que vibração deve ser
possibilita visualizar colocado sob o
os dados obtidos, e equipamento nos
um sensor da ponta pontos indicados, e
que é colocado sob os valores medidos
a máquina para devem ser
coletar a vibração. anotados para
verificar sua
variação.

Câmera termográfica Medir a A visualização da Apontar a câmera


temperatura, temperatura é feita para a máquina em
fornencendo por meio de cores. operação e verificar
imagens e dados As avermelhadas a sua temperatura.
térmicos significam uma As imagens geradas
maior temperatura devem ser
enquanto as mais armazenadas para
azuladas significam se criar um
a menor histórico da
temperatura. máquina,
Alguns modelos possibilitando a
também fornecem verificação da
valores numéricos variação.
da temperatura.

Medidor de espessura Medir a espessura Equipamento que O sensor presente


por ultrassom de paredes mede a espessura na ponta do
de paredes de equipamento deve
máquinas ou peças ser colocado sobre
por meio de a área da máquina
ultrassom, que se deseja
averiguando se não verificar e os
houve qualquer tipo resultados são
de desgate. apresentados na
tela. Os valores
medidos devem ser
anotados para
verificar sua
variação.

326
UE1 | Realização de testes funcionais em máquinas e equipamentos

! Fique
Fique porpor dentro!
dentro!

Todo equipamento vem acompanhado do seu manual do fabricante. Fique atento às ins-
truções de conservação, manuseio, manutenção e uso, pois normalmente variam de pro-
duto para produto e fabricante para fabricante.

!
Solução
Solução do Problematizando...
do Problematizando...

Vamos retomar ao problematizando: Por que Amarildo deve reconhecer as caracterís-


ticas, funcionalidades e as formas de uso dos equipamentos para a realização dos testes
funcionais das máquinas?

Amarildo deve reconhecer as características,


funcionalidades e formas de uso dos
equipamentos utilizados em testes para
assegurar que os resultados sejam obtidos de
maneira correta e que as informações coletadas
são verdadeiras.

Agora
Agora éécom
comvocê!
você!
Agora chegou o momento de testar seus conhecimentos. Você fará itens de avaliação
para fixar melhor o conteúdo estudado até o momento. Vamos lá?

327
Unidade de Estudo
01

AVALIAÇÃO DO
PROCESSO DE
MANUTENÇÃO

Unidade Curricular
Manutenção
Mecânica Aplicada
Contexto!
Contexto!

Durante a manutenção preditiva, João Pedro, técnico em mecânica da Metaltech,


ficou responsável por realizar um teste de vibração em um motor elétrico para se
certificar de que ele não está com vibração excessiva.

JOÃO PEDRO
TÉCNICO

João então resolveu comparar os valores obtidos com os estabelecidos em


documentos técnicos.

ORDEP OÃOJ
OCINCÉT
Manutenção Mecânica Aplicada

?
Problematizando...
Problematizando...

Por que João deve comparar os resultados obtidos com o teste de vibração com os esta-
belecidos em documentos técnicos?

Conhecimento em pauta!

COMPARAÇÃO DE RESULTADOS
Quando obtemos os resultados de um exame clínico, levamos a um médico que compa-
ra esses resultados com valores que são considerados saudáveis e verifica se estão dentro
das referências estabelecidas para a saúde. Caso não estejam, medidas devem ser tomadas
para se alcançar a melhor condição de saúde possível.

Na indústria isso também acontece. Sempre que fazemos algum tipo de teste funcional
em um equipamento, por exemplo, uma análise de temperatura, devemos comparar os
resultados obtidos com os fornecidos em documentações técnicas, sejam informações cedi-
das pelo próprio fabricante ou por normas.

Nesta Unidade de Estudo você vai aprender o que são testes funcionais, a importância
de se realizar a comparação dos resultados obtidos e como podemos realizar essa compa-
ração.

332
UE1 | Avaliação do processo de manutenção

TESTES FUNCIONAIS
Os testes funcionais têm a função de verificar se o equipamento está funcionando corre-
tamente, como é o caso de uma análise de vibração, ou averiguar se ele irá funcionar cor-
retamente pelo período desejado, como é o caso de uma análise por partícula magnética.

Através desses testes, obtemos dados relacionados ao funcionamento ou características


de máquinas e equipamentos. Eles devem ser comparados com valores de referência, já
que são eles que indicam a faixa em que os resultados obtidos devem se encontrar. Caso
os valores obtidos não estejam dentro dos parâmetros estabelecidos, é necessário realizar
uma intervenção no equipamento ou máquina para corrigir as diferenças.

Nas imagens a seguir podemos ver alguns exemplos de testes funcionais:

Análise de vibração
Indica se o nível de vibração é adequado.

Análise térmica
Indica se o equipamento está funcionando na faixa de
temperatura para a qual ele foi projetado.

Ensaio por partícula magnética


Indica se o cordão de solda apresenta alguma descontinuidade
que afetará a sua integridade.

Teste de estanqueidade
333
Indica se existe algum tipo de vazamento que afete o
Análise térmica
Manutenção Mecânica Aplicada
Indica se o equipamento está funcionando na faixa de
temperatura para a qual ele foi projetado.

Ensaio por partícula magnética


Indica se o cordão de solda apresenta alguma descontinuidade
que afetará a sua integridade.

Teste de estanqueidade
Indica se existe algum tipo de vazamento que afete o
funcionamento de uma tubulação ou um tanque, por
exemplo.

É importante ressaltar que durante uma manutenção preditiva, mesmo que os resulta-
dos obtidos estejam dentro do intervalo desejado, sempre se deve anotar os valores encon-
trados para poder montar um histórico do equipamento e facilitar o processo de monito-
ramento.

Encontramos esses valores de referências nas documentações técnicas, que em geral


são documentos feitos pelo próprio fabricante, como o manual de operação, ou então em
normas vigentes.

Agora você vai ver, através de um exemplo, como realizamos essa comparação. Vamos
lá?

COMPARANDO RESULTADOS
Vamos imaginar que você ficou responsável por realizar uma análise térmica de um con-
junto motobomba para comprovar que ele estava funcionando na faixa de temperatura
recomendada. Para isso, você fez um teste termográfico.

334
UE1 | Avaliação do processo de manutenção

Com os resultados obtidos no teste termográfico, você verificou que um dos rolamentos
estava trabalhando com um temperatura de 130º C. Mas apenas com essa informação não
é possível afirmar se o conjunto está funcionando de forma adequada. Por esse motivo, con-
sulta-se o manual do fabricante para saber a faixa de temperatura de operação adequada
do rolamento. Assim, partimos para a comparação de resultados conforme a imagem:

Resultado de 3 medições Faixa de operação indicada


(média): pelo manual do fabricante:
130° C, 132°C, 128°C (130ºC) 50 -120ºC

Com todas as informações reunidas, pode-se chegar à


conclusão de que o conjunto motobomba não está
trabalhando de forma adequada, pois a temperatura média
no rolamento é maior do que a indicada pelo manual do
fabricante (pode variar de 50 a 120°). Portanto, deve-se
realizar uma inspeção no rolamento para saber o motivo do
seu superaquecimento (10°C acima da temperatura máxima
do parâmetro estabelecido pelo fabricante).
Essa diferença indica que o rolamento não está trabalhando
corretamente, podendo estar sem lubrificação (em alguns
tipos de rolamentos) ou com atrito por problemas de
alinhamento ou balanceamento.

!
Solução
Solução do Problematizando...
do Problematizando...

Vamos retomar o problematizando: Por que João deve comparar os resultados obtidos
com o teste de vibração com os estabelecidos em documentos técnicos?

João deve comparar os resultados obtidos com os fornecidos em documentos técnicos


para saber se os mesmos estão dentro das referências estabelecidas, verificando se o equi-
pamento está funcionando adequadamente.

335
Manutenção Mecânica Aplicada

JOÃO PEDRO
TÉCNICO

ORDEP OÃOJ
OCINCÉT

JOÃO PEDRO
TÉCNICO

Agora
Agora éécom
comvocê!
você!
Agora chegou o momento de testar seus conhecimentos. Você fará itens de avaliação
para fixar melhor o conteúdo estudado até o momento. Vamos lá?

336
UE1 | Avaliação do processo de manutenção

Anotações

337
Unidade de Estudo
01

AJUSTES NO
CRONOGRAMA DE
MANUTENÇÃO

Unidade Curricular
Manutenção
Mecânica Aplicada
Contexto!
Contexto!
Manutenção Mecânica Aplicada

?
Problematizando...
Problematizando...

Que tipo de ação Valdomiro pode tomar para o resultado encontrado na análise de óleo?

Conhecimento em pauta!

COMO FAZER O CRONOGRAMA


Sempre devemos programar nossas atividades. Contudo, também é importante saber
como lidar com imprevistos e, assim, realizar ajustes nessa programação. Por exemplo, um
estudante deve programar seus estudos na semana. Mas, se um professor marcar uma
prova surpresa para o dia seguinte, o aluno deve fazer as alterações necessárias no seu cro-
nograma de estudo, dando prioridade aos assuntos da nova prova.

No setor de manutenção ocorre da mesma forma. O vídeo a seguir nos mostra como as
empresas planejam seus serviços de manutenção. Vamos assistir!

342
UE1 | Ajustes no cronograma de manutenção

Assistimos no vídeo que os cronogramas estabelecidos para uma manutenção de servi-


ços podem passar por alguns ajustes devido a diversos fatores. Vamos entender melhor os
principais critérios utilizados para esses ajustes acontecerem?

CRITÉRIOS PARA OS AJUSTES DOS CRONOGRAMAS


Os principais critérios utilizados podem ser vistos a seguir:

Análise de Criticidade das


Testes
resultados de máquinas e
funcionais
diagnósticos equipamentos

Ajustes no
cronograma

Dependendo dos resultados destes critérios, avaliamos a necessidade da antecipação em


ações de manutenções ou sua prorrogação.

Vamos ver agora como é cada um deles?

ANÁLISE DE RESULTADOS DE DIAGNÓSTICOS


Quando realizamos o monitoramento do funcionamento de máquinas e equipamentos,
mediante uma técnica de análise ou inspeção não destrutiva (manutenções preditivas), co-
letamos dados que possibilitam a identificação de anomalias em relação ao funcionamento
do equipamento. Essas técnicas ajudam a identificar falhas antes mesmo de serem identifi-

343
Manutenção Mecânica Aplicada

cadas em alguns testes funcionais, como a termográfica, a análise de vibrações, a análise de


óleo, entre outras.

Assim, o resultado dessa análise sinaliza a necessidade da antecipação de ações de ma-


nutenções, ou uma determinada medida de segurança na prorrogação da manutenção, já
que é possível o acompanhamento do avanço negativo da anomalia, definindo intervalos de
tempos menores.

Portanto, os testes funcionais e a análise de diagnósticos possibilitarão dar a diretriz das


necessidades da manutenção. Contudo, a análise de diagnóstico e os testes funcionais ain-
da precisam ser complementados pela análise de criticidade de máquinas e equipamentos,
para realizar ajustes no cronograma.

TESTES FUNCIONAIS
Os testes funcionais consistem na avaliação simples de funcionalidade das máquinas e
equipamentos. Vamos supor que precisamos fazer o teste funcional em um conjunto mo-
tor-bomba, sabendo que trabalham a uma vazão de 20 m³/h. Então, acionamos a bomba e
verificamos se a vazão está correta. Caso não esteja, é necessário fazer alguma atividade de
manutenção para corrigir este defeito, ou podemos monitorar e acompanhar as alterações
e definir alterações no nosso cronograma de manutenções, medições, etc.

344
UE1 | Ajustes no cronograma de manutenção

CRITICIDADE DE MÁQUINAS E EQUIPAMENTOS

A criticidade de máquinas e equipamentos pode ser definida através de critérios como:

Criticidade A
Equipamento em que a sua interrupção
provoca uma grande perda no processo
produtivo, possui um grande perigo ao
meio ambiente e à segurança dos
colaboradores.
Criticidade A

Criticidade B Alta
Criticidade B Baixa
A sua interrupção afeta o processo
produtivo, contudo existe uma reposição
fácil para ela, também pode causar Criticidade C
impactos ambientais, mas reversíveis.

Criticidade C
A interrupção do funcionamento do
equipamento não afeta a produção.

Então, é comum as máquinas e equipamentos que possuem criticidade alta serem mais
monitorados através de análises diagnósticas, e além disso de terem as suas atividades de
manutenção priorizadas em relação às outras. Deste modo, se tiver que ser feita uma ativi-
dade de manutenção em um equipamento que tenha criticidade A e outro que tenha critici-
dade C, o equipamento com criticidade A terá suas atividades realizadas primeiro.

Com os critérios definidos, vamos ver agora como podemos definir os ajustes em um
cronograma?

345
Manutenção Mecânica Aplicada

AJUSTES NO CRONOGRAMA
Em algumas situações, é necessária a realização de ajustes do cronograma.

Vamos a um exemplo prático:

Em um determinado cronograma de manutenção, a atividade de análise de óleo de um


compressor é feita sempre no dia 2 de cada mês (atividade mensal). Contudo, devido à de-
tecção da análise de óleo de um mês, foi verificada a presença de água. Deste modo, como
o óleo não pode ter a presença de água, ele precisou ser substituído.

Como o equipamento possui um nível elevado de criticidade (criticidade A) para o proces-


so da empresa, a equipe de manutenção tomou uma providência de identificar se a água
voltaria a aparecer no óleo e quando ocorreria isso. Assim, a equipe antecipou a realização
da análise de óleo de um mês para uma vez por semana.

Este exemplo caracteriza um ajuste no cronograma de manutenção da empresa, passan-


do a análise de diagnóstico mensal para semanal. Assim, espera-se identificar se será neces-
sária a desmontagem do sistema de refrigeração, que pode estar permitindo o ingresso de
água por vazamento.

346
UE1 | Ajustes no cronograma de manutenção

Análise de óleo mensal

Análise no cronograma,
análise de óleo semanal

!
Solução
Solução do Problematizando...
do Problematizando...

Vamos retomar o problematizando? Que tipo de ação Valdomiro pode tomar para o re-
sultado encontrado na análise de óleo?

Conhecendo as técnicas de teste funcional, análises diagnósticas e criticidade de máqui-


nas e equipamentos, Valdomiro percebeu que teria que fazer um ajuste no cronograma de
análise do óleo lubrificante do motogerador. Então, optou por reduzir o intervalo de tempo
de mensal para semanal, permitindo uma análise mais precisa da contaminação do óleo por
água, e definindo melhor as ações de substituição ou desmontagem do mesmo para inspe-
ções ou substituição de elementos de vedação.

Planejamento
Dia 1 Dia 2 Dia 3 Dia 4 Dia 5

Agora
Agora éécom
comvocê!
você!
Chegou a hora de colocar o conhecimento aprendido em prática. Aplique-o com atenção.

347
Unidade de Estudo
01

AVALIAR PARA
VALIDAR

Unidade Curricular
Manutenção
Mecânica Aplicada
Contexto!
Contexto!

Fernando recebeu a tarefa de realizar a manutenção em um conjunto motor-bomba


da Metaltech.

FERNANDO
TÉCNICO

Na execução do serviço, ele notou que o equipamento estava apresentando uma


vibração anormal durante o funcionamento por causa de um desalinhamento entre
o motor-bomba e o acoplamento, e decidiu estudar a causa do problema.

De onde está
vindo este
barulho?

ANDO
FERN ICO
TÉCN
Manutenção Mecânica Aplicada

?
Problematizando...
Problematizando...

Onde Fernando pode encontrar as referências técnicas sobre o equipamento para ajudar
a resolver o problema da vibração?

Conhecimento em pauta!

VERIFICANDO AS CONDIÇÕES FINAIS

Independentemente do modelo de sua


motocicleta, estilo e cilindrada, a manutenção
deve ser feita conforme indicada pelo
fabricante.

Durante o processo de revisão, os mecânicos


realizam os procedimentos mais simples e, após
MANUAL
finalizá-los, realizam os ajustes finais como
regulagem de freio, ponto de aceleração do motor,
regulagem do carburador, entre outros ajustes.

Só depois de todo o processo é que a motocicleta


é entregue ao cliente, que geralmente fica feliz e
satisfeito com o resultado final.

Na indústria também é assim. Após realizarmos a manutenção de algum equipamento,


é necessário verificar se não precisa ser feito nenhum ajuste final, para que as condições
ideais sejam alcançadas. Ao remover um equipamento de sua base, por exemplo, deve-se
atentar aos detalhes de nivelamento e alinhamento corretos, realizando os ajustes necessá-
rios (trocas de componentes, verificação de folgas, etc.) para normalizar seu funcionamento.

352
UE1 | Avaliar para validar

Nesta Unidade de Estudo veremos como a análise de dados coletados dos equipamen-
tos durante o processo de manutenção pode auxiliar nos ajustes prevenindo de acontecer
anormalidades nos equipamentos, evitando falhas e riscos à segurança.

REGISTRANDO PARA GARANTIR


Durante a rotina industrial, diversos procedimentos de manutenção são realizados, des-
de uma simples lubrificação, até a movimentação de um grande equipamento.

A realização dessas atividades pode modificar alguns dados encontrados nas condições
iniciais? Para encontrar a resposta, observe o esquema a seguir.

Manutenção realizada!

Realizar análise dos dados pós-manutenção

Dados novos coincidem com os antigos?

SIM NÃO

Inserir dados no relatório Realizar ajustes!

SIM

Inserir dados no relatório

Vamos voltar para a seguinte pergunta: a realização dessas atividades pode modificar
alguns dados encontrados nas condições iniciais? SIM, pode! As medidas e valores de nivela-
mento, alinhamento e balanceamento podem sofrer modificações. Dessa maneira, é muito
importante que esses dados sejam registrados para posterior consulta, facilitando alcançar

353
Manutenção Mecânica Aplicada

a condição ideal após o procedimento. Assista ao vídeo a seguir para saber mais sobre a
etapa de manutenção. Vamos lá!

!
Solução
Solução do Problematizando...
do Problematizando...

Vamos retomar o problematizando? Onde Fernando pode encontrar as referências técni-


cas sobre o equipamento para ajudar a resolver o problema da vibração? Nas ferramentas
de controle da manutenção, como os manuais do equipamento, OS, tabelas, etc.

Após revisar os dados coletados na manutenção realizada, Fernando percebeu que


o valor da tolerância de alinhamento do acoplamento com o conjunto motor-bomba
era maior do que a indicada no manual técnico.

FERNANDO
TÉCNICO

FERNANDO
TÉCNICO

Então ele realizou o alinhamento do motor do acoplamento e da bomba conforme


os dados do manual e, após esta ação, o equipamento voltou a funcionar
normalmente.
354
UE1 | Avaliar para validar

Então ele realizou o alinhamento do motor do acoplamento e da bomba conforme


os dados do manual e, após esta ação, o equipamento voltou a funcionar
normalmente.

Pronto, problema
resolvido!
FERNANDO
TÉCNICO

Agora
Agora éécom
comvocê!
você!
Chegou a hora de colocar o conhecimento aprendido em prática. Aplique-o com atenção.

355
Unidade de Estudo
01

INTERPRETAÇÃO
DE MANUAIS E
CATÁLOGOS PARA
O CONTROLE DA
MANUTENÇÃO

Unidade Curricular
Manutenção
Mecânica Aplicada
Contexto!
Contexto!

Argeu recebeu a tarefa de realizar a substituição do rolamento de uma bomba


hidráulica que apresentava ruído anormal, mas ele nunca havia trabalhado com esse
tipo de bomba.

Antes de iniciar a atividade, ele percebeu que precisava de informações sobre


especificações dos componentes, as ferramentas necessárias e a orientação para o
processo desmontagem e montagem.

A L
NU
MA
M
AN
UA
L

ARGEU
TÉCNICO
Manutenção Mecânica Aplicada

?
Problematizando...
Problematizando...

Onde Argeu pode obter orientações necessárias para realizar a desmontagem e a monta-
gem da bomba hidráulica realizando a troca do rolamento corretamente?

Conhecimento em pauta!

SUBSTITUIÇÃO DE COMPONENTES COM REFERÊNCIA EM MANUAIS


Durante várias etapas da nossa vida, lidamos com informações importantes que ajudam
a tomar decisões e realizar atividades. Tarefas simples como a instalação de uma televisão
nova ou como colocar um cartão de memória no celular, por exemplo, podem parecer in-
tuitivas, mas ainda vêm com um manual de instalação que acompanha os produtos. Ele traz
um passo a passo para que o usuário consiga fazer sem erros ou sem causar avarias nos
produtos.

Ligar
aparelho
Colocar a celular
tampa
Colocar traseira
bateria
Inserir
cartão de
Remover memória
a bateria
Retirar a
tampa
Desligar traseira
aparelho
celular

Na indústria não é diferente. Cada procedimento realizado obedece às etapas que devem
ser cumpridas de acordo com as indicações contidas nos manuais e catálogos dos fabrican-
tes. Nesta Unidade de Estudo veremos como esses documentos podem orientar o controle
dos processos de desmontagem e montagem de equipamentos.

360
UE1 | Interpretação de manuais e catálogos para o controle da manutenção

LER ANTES DE FAZER


Antes de realizar qualquer atividade, é necessário ter conhecimento sobre o equipamen-
to ou máquina que receberá a manutenção. Estudando os manuais, consegue-se obter in-
formações importantes sobre os procedimentos de manutenção. A seguir estão alguns da-
dos que podem ser encontrados nesses documentos:

Dimensionamento de peças e
Ferramentas utilizadas
componentes com suas
durante os procedimentos.
referências comerciais.

Equipamentos auxiliares
Instruções de intervenção no
necessários (ponte rolante, talha,
equipamento.
guindastes, etc.).

Vocêsabia?!
Você sabia?!
Além de manuais, tabelas e catálogos impressos, os fornecedores e representantes dos
equipamentos também dispõem de arquivos digitais, facilitando a visualização do conteúdo.
Uma das vantagens é conseguir obter todas as informações na palma da mão. Além disso,
várias pessoas podem obter as mesmas informações ao mesmo tempo, sem ter que se re-
vezar para consultas. E também, no caso de consulta a um catálogo on-line, o profissional
tem o benefício de obter informações atualizadas.

361
Manutenção Mecânica Aplicada

Parasaber
Para saber mais!
mais!
Consulte a norma NR 12, que trata sobre os manuais a partir do tópico 13. Nele, existem
diversas orientações até o 12.13.5.3, por exemplo: quando o manual for extraviado ou ine-
xistente.

DO INÍCIO AO FINAL DA MANUTENÇÃO


A consulta aos manuais, tabelas e catálogos deve ser o passo inicial para a manutenção,
pois ajuda a organizar as atividades e suas etapas, seja ela início, meio ou fim. Veja exemplos
de instruções que podemos encontrar e seguir em manuais e catálogos:

INÍCIO DA ATIVIDADE MEIO DA ATIVIDADE FINAL DA ATIVIDADE

- Separar as ferramentas que - Técnicas de substituição de - Instruções sobre a sequência


serão utilizadas; componentes (sacar rolamentos de montagem correta do
- Consultar sobre possíveis ou buchas, remoção de equipamento;
componentes internos elementos de vedação); - Informações como o torque
danificados, e disponibilidade no - Informações sobre como realizar adequado aos parafusos ou
estoque; a lubrificação do equipamento; quais elementos de fixação
- Providenciar itens a serem - Dados sobre ajustes, folgas e devem ser utilizados;
trocados (elementos de vedação, tolerâncias. - Instruções sobre como realizar
lubrificantes); o alinhamento e balanceamento
- Verificar a sequência de do equipamento;
desmontagem do equipamento; - Dados sobre como funcionar o
- Auxiliar na análise de riscos equipamento após a
durante a manutenção (molas manutenção.
que podem saltar, regiões com
partes móveis, etc.).

362
UE1 | Interpretação de manuais e catálogos para o controle da manutenção

!
Solução
Solução do Problematizando...
do Problematizando...

Vamos retomar o problematizando?

Onde Argeu pode obter orientações necessárias para realizar a desmontagem e a monta-
gem da bomba hidráulica realizando a troca do rolamento corretamente?

Argeu pode encontrar as informações nos manuais, catálogos e tabelas técnicas forne-
cidas pelo fabricante. Após analisar esses materiais, Argeu conseguiu, de maneira rápida e
eficiente, interpretar os componentes da bomba hidráulica, substituir o rolamento, realizar
a desmontagem e montagem correta, finalizar a manutenção e garantir o funcionamento
dentro da normalidade.

UAL
MAN
M
AN
U
AL

Agora
Agora éécom
comvocê!
você!
Chegou a hora de colocar o conhecimento aprendido em prática. Aplique-o com atenção.

363
Unidade de Estudo
01

FERRAMENTAS
PARA
MANUTENÇÃO E
CONTROLE

Unidade Curricular
Manutenção
Mecânica Aplicada
Contexto!
Contexto!

Fernando recebeu a tarefa de realizar a manutenção de uma bomba


centrífuga que estava apresentando um vazamento pelo retentor. Porém,
chegando ao local, ele fez uma observação.

Foi essa mesma bomba que passou por esse procedimento


há poucos dias. Vou consultar algumas ferramentas de
controle da manutenção para obter informações.

FERNANDO
TÉCNICO
Manutenção Mecânica Aplicada

?
Problematizando...
Problematizando...

Por que Fernando achou que é necessário consultar as ferramentas de manutenção e


controle para obter informações?

Conhecimento em pauta!

CONTROLANDO E MANTENDO
Ao longo da vida, estamos expostos a várias condições adversas, que podem trazer algum
risco à saúde. Quando estamos com baixa imunidade, a probabilidade de ficarmos doen-
tes é maior. Para evitar situações como essas, podemos nos vacinar em postos de saúde,
utilizando um cartão de vacinação para fazermos o controle, para saber se existe alguma
vacina que não recebemos, que está em atraso, ou quando será a próxima aplicação. Dessa
maneira, consegue-se realizar o acompanhamento das aplicações no organismo, evitando
doenças que prejudicam nossa saúde.

Assim como o cartão de vacinação, existem ferramentas de controle na indústria que


preservam a integridade dos equipamentos e máquinas. Essas ferramentas ajudam a admi-
nistrar determinados indicadores e são utilizadas para manter o correto funcionamento das
máquinas e equipamentos, atendendo aos requisitos técnicos e operacionais determinados
por padrões e referências técnicas. Entre essas ferramentas, podemos citar:

368
UE1 | Ferramentas para manutenção e controle

Ordens de serviço (OS)

Manuais de equipamentos e máquinas

Tabelas com referências do fabricante

Relatórios de manutenção

Catálogos

Nesta Unidade de Estudo veremos a importância de reconhecer os requisitos técnicos


das ferramentas de controle e manutenção, para os processos de desmontagens e monta-
gens, e como essas ferramentas podem facilitar o cotidiano.

FERRAMENTAS DE CONTROLE
Diversas ferramentas de controle são empregadas para gerenciar a manutenção. Abaixo
vamos detalhar as mais usuais na indústria:

a) Relatórios de manutenção: são documentos utilizados para registrar informações


sobre as intervenções realizadas nos equipamentos. Contêm dados importantes so-
bre quem realizou a última manutenção, quais componentes foram substituídos du-
rante o processo, quando ocorreu a última manutenção, duração do serviço, além do
histórico de falhas do equipamento. Nestes documentos também são encontrados
dados sobre anomalias apresentadas, e se alguma peça foi substituída por uma simi-
lar, em caso de emergência, por exemplo. Deste modo, o histórico do equipamento
é controlado.

Verificando no
relatório, o
histórico sobre
o equipamento.

369
Manutenção Mecânica Aplicada

b) Ordem de serviço (OS): é um documento emitido antes de realizar a manutenção


do equipamento ou máquina, o qual autoriza o trabalho a ser executado. Nele, há
o descritivo do serviço a ser realizado, de forma preventiva, ou corretiva, a exemplo
de defeitos ou anormalidades apresentadas, detalhando o motivo da manutenção.
Informações sobre os itens que precisam ser trocados, orçamentos, ou quantas pes-
soas realizarão o serviço, etc. Também pode conter informações sobre os riscos que
o trabalhador irá encontrar no ambiente ou durante a execução da atividade.

Solicitação com a lista de atividades a


serem realizadas, e seu detalhamento!

Parasaber
Para saber mais!
mais!

Consulte a NR 01, item 1.7, alínea “b”, para saber quais são os requisitos de segurança e
medicina do trabalho em relação à ordem de serviço (OS).

c) Manuais: são ferramentas essenciais com informações sobre os equipamentos e


máquinas, descrevendo, por exemplo, a sequência de desmontagem e montagem,
as referências técnicas de acordo com os padrões do fabricante (calibragem, tem-
peratura de operação, lubrificantes, etc.). Consultando os manuais, as chances de
realizar uma manutenção inadequada diminuem bastante, ou montagem incorreta.
Por exemplo:

370
UE1 | Ferramentas para manutenção e controle

Remover Limpar interior Montar


parafusos do equipamento carcaça

Retirar Substituir Apertar


carcaça componente parafusos
danificado

d) Catálogos: são utilizados para consulta de especificação de componentes e peças, a


fim de manter a padronização e seguir as especificações do fabricante. Dessa manei-
ra, consegue-se ter o controle para que não haja a manutenção com componentes
inadequados ou sem a especificação necessária.

e) Tabelas do equipamento: são ferramentas que, em sua maioria, contêm informa-


ções de funcionamento dos equipamentos. Também são utilizadas para consultas,
porém no sentido de se ter controle dos parâmetros de operação da máquina. Por-
tanto, por meio desta, operam-se as máquinas seguindo dados fornecidos pelo fabri-
cante e evitando falhas por utilização inadequada.

371
Manutenção Mecânica Aplicada

RASTREABILIDADE NAS MANUTENÇÕES

Tipo Potência W
Cafeteira doméstica 600
Chuveiro 220 V 6000
Ferro de passar 1000
Máquina de lavar roupas 1000
Televisor 300

A rastreabilidade é algo muito importante no cotidiano industrial. Este processo permite


consultar informações anteriores sobre os equipamentos ou as máquinas.

As ferramentas de controle e manutenção, citadas anteriormente, permitem-nos a ras-


treabilidade dos dados, checando os mínimos detalhes sobre os equipamentos, deixando
qualquer técnico do equipamento informado sobre sua situação.

Vamos a um exemplo de rastreabilidade?

Um mecânico foi designado para realizar a desmontagem e montagem de um compres-


sor e nunca trabalhou com o equipamento. Com a rastreabilidade, ele conseguirá obter os
dados sobre os defeitos que já ocorreram, sobre quais peças foram colocadas ou substituí-
das e quais os motivos de substituição de um componente original por outro similar (se em
caráter emergencial ou por falta do mesmo em estoque).

372
UE1 | Ferramentas para manutenção e controle

Identifica os padrões
O técnico faz o rastreio E realiza o reparo correto
e referências

Dessa forma, basta o técnico realizar a busca por relatórios ou OS, manuais e catálogos
e realizar a rastreabilidade das informações com base nos padrões e referências técnicas.
Assim, o técnico poderá identificar uma substituição inadequada, anomalias ou falhas na
rastreabilidade e poderá se organizar para realizar a manutenção de forma correta.

Vocêsabia?!
Você sabia?!
A manutenção preventiva utiliza a maioria das ferramentas de controle da manutenção
aqui discutidas, com o objetivo de evitar quebras e falhas indesejáveis através da análise
dos registros fornecidos nos relatórios, tabelas e OS. Já a manutenção preditiva utiliza da-
dos coletados para antecipar falhas de acordo com o comportamento do equipamento. Os
dados colhidos são inseridos nos documentos, permitindo a rastreabilidade e controle da
manutenção.

!
Solução
Solução do Problematizando...
do Problematizando...

Vamos retomar ao problematizando? Por que Fernando considerou necessário consultar


as ferramentas de manutenção e controle para obter informações?

Porque, com isso, ele poderá realizar a rastreabilidade do serviço, considerando os pa-
drões e referências técnicas utilizadas no último reparo.

373
Manutenção Mecânica Aplicada

Já entendi! Realizaram uma substituição equivocada de um


dos retentores. Inseriram um retentor com especificação
técnica diferente do indicado pelo fabricante.

FERNANDO
TÉCNICO

Então, Fernando reconheceu os padrões e as referências técnicas


utilizadas no último serviço de reparo realizado e identificou o problema.

FERNANDO FERNANDO
TÉCNICO TÉCNICO

Logo, o técnico desmontou o equipamento, removeu o retentor antigo, pegou o


retentor correto no almoxarifado, substituiu e fez a montagem completa do
equipamento, solucionando o problema de vazamento da bomba centrífuga.

Agora
Agora éécom
comvocê!
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Chegou a hora de colocar o conhecimento aprendido em prática. Aplique-o com atenção.

374
UE1 | Ferramentas para manutenção e controle

Anotações

375
Unidade de Estudo
01

RISCOS
OCUPACIONAIS
NAS OPERAÇÕES
DE MANUTENÇÃO

Unidade Curricular
Manutenção
Mecânica Aplicada
Contexto!
Contexto!
Manutenção Mecânica Aplicada

?
Problematizando...
Problematizando...

Por que o técnico em mecânica terá que analisar os riscos envolvidos nas atividades de
manutenção?

Conhecimento em pauta!

RISCOS OCUPACIONAIS
Muitas vezes, não percebemos os riscos envolvidos em nossas atividades do dia a dia,
pois realizamos muitas atividades naturalmente, por exemplo, atravessar uma avenida.

Nas rotinas industriais, sempre devemos avaliar os riscos envolvidos às atividades e to-
mar todas as ações possíveis para eliminá-los antes de iniciar os trabalhos. Todas as si-
tuações de perigo em que um funcionário está exposto, e que fazem parte dos trabalhos
diários, chamamos de riscos ocupacionais.

Necessitamos, portanto, ter conhecimento aprofundado das tarefas diárias, analisando a


execução e suas consequências, evitando qualquer tipo de acidente. Nesta Unidade de Es-
tudo veremos uma das formas mais eficientes de se evitar acidente na indústria, o bloqueio
de energias envolvidas no processo.

380
UE1 | Riscos ocupacionais nas operações de manutenção

BLOQUEIO DE ENERGIAS NA MANUTENÇÃO


Trabalhamos com várias energias envolvidas nos processos industriais. Elas podem pro-
vocar acidentes severos na empresa, seja pessoal ou material. Por este motivo, é importan-
tíssimo conhecê-las e bloqueá-las para realizarmos as manutenções e diminuir os riscos.
Nas imagens a seguir, é possível visualizar dois bloqueios:

Bloqueio de equipamentos ou
Bloqueio de linha hidráulica
sistemas elétricos

Parasaber
Para saber mais!
mais!
Consulte a norma específica para princípios fundamentais e medidas de proteção que
garantem a saúde e a integridade física dos trabalhadores, a NR 12 – SEGURANÇA NO TRA-
BALHO EM MÁQUINAS E EQUIPAMENTOS.

Vamos ver, na ilustração a seguir, alguns tipos de energias que estão envolvidas nas ativi-
dades das indústrias, assim como onde normalmente são aplicadas e as consequências de
acidentes caso os riscos não sejam observados e tomados os devidos cuidados.

Tipo Aplicação Consequências

Transformadores, Choque, acionamento equivocado


Elétrica
painel de energia, etc. de máquinas ou equipamentos.

Circuitos hidráulicos
Hidráulica / Pneumática Pressão, Contaminação, Intoxicação.
e pneumáticos, etc.

Química Reatores, etc. Incêndio, Queimadura, Intoxicação.

Energias (Cinética, Estática, Elástica)


Mecânica Compressores, bombas.
Pressão, Corte, Projeção.

Linhas de vapor,
Térmica Queimadura, Congelamento, Pressão.
vaso de pressão.

Outras

381
Manutenção Mecânica Aplicada

Quando reconhecemos a energia envolvida no sistema ou equipamentos e máquinas, te-


mos a possibilidade de bloquear fisicamente, impedindo a ação da energia em um acidente.
Observe o esquema:

3 - Realizar a
1 - Bloquear 2 - Testar / Verificar
manutenção

Realizar bloqueio físico, Utilizar ferramentas e Realizar a desmontagem e


sinalizar e comunicar. instrumentos (multímetro, montagem de máquinas e
manômetro, etc...) para equipamentos para
verificar o isolamento da inspeção ou reparo.
Energia.

! Fique
Fique porpor dentro!
dentro!

O procedimento de travamento de energias perigosas na indústria é conhecido como


lockout. Este procedimento é acompanhado pelo tagout, no qual a energia é bloqueada
e devidamente sinalizada.

Vamos para um exemplo prático na indústria:

Se um técnico tiver que fazer manutenção em equipamento em linhas de vapor, ele reco-
nhece a energia térmica (risco de queimadura e projeções de peças por pressão, etc.), iden-
tifica sua origem, comunica a equipe envolvida e avalia como será possível esse bloqueio.

A C
Equipamento A

Caldeira

Equipamento B

B D

382
UE1 | Riscos ocupacionais nas operações de manutenção

Com a realização de bloqueios, é possível realizar os trabalhos com a certeza de que não
existirá o acionamento inadvertido, evitando graves acidentes físicos e materiais.

!
Solução
Solução do Problematizando...
do Problematizando...

Vamos retomar o problematizando? Por que o técnico em mecânica terá que avaliar os
riscos envolvidos à sua atividade de manutenção?

João Pedro bloqueou a entrada de pressão no


equipamento e o despressurizou.

Em seguida, verificou se o equipamento ainda estava


pressurizado, através de um manômetro.

Manômetro

JOÃO PEDRO
TÉCNICO

Assim, ele pôde realizar os bloqueios e comunicações e conseguiu fazer as


suas atividades de manutenção preventiva
383 com segurança.
Manutenção Mecânica Aplicada

Assim, ele pôde realizar os bloqueios e comunicações e conseguiu fazer as


suas atividades de manutenção preventiva com segurança.

JOÃO PEDRO
TÉCNICO

Avaliar os riscos possibilita identificar as


energias envolvidas no equipamento ou
sistema e, assim, é possível bloqueá-las
para realizar as manutenções.

Agora
Agora éécom
comvocê!
você!
Chegou a hora de colocar o conhecimento aprendido em prática. Aplique-o com atenção.

384
UE1 | Riscos ocupacionais nas operações de manutenção

Anotações

385
Unidade de Estudo
01

INSTALAÇÃO DE
SINALIZAÇÕES DE
SEGURANÇA

Unidade Curricular
Manutenção
Mecânica Aplicada
Contexto!
Contexto!

João Pedro recebeu uma ordem de serviço para a execução dos processos de desmonta-
gem e reparo nas conexões da linha de vapor que estavam acopladas a uma caldeira. Para
isto, ele teria que avaliar os riscos da área e aplicar as sinalizações de segurança de acordo
com as necessidades.

JOÃO PEDRO
TÉCNICO
Manutenção Mecânica Aplicada

?
Problematizando...
Problematizando...

De acordo com as necessidades desse serviço de manutenção, qual sinalização de se-


gurança João Pedro deve aplicar antes de iniciar a operação de desmontagem da linha de
vapor?

Conhecimento em pauta!

A NECESSIDADE DE SINALIZAR

SINALIZAÇÃO POR CORES


As normas regulamentadoras NR 10, NR 12 e NR 26 definem diversos aspectos em rela-
ção à sinalização de equipamentos e locais de trabalho.

A norma regulamentadora NR 10 cita que deve ser adotada a sinalização adequada de


segurança, destinada à advertência e à identificação, obedecendo ao disposto na NR 26, de
forma a atender, entre outras, as situações de: identificação de circuitos elétricos; sinaliza-
ção de áreas de circulação, de vias públicas, de veículos e de movimento de cargas; sinali-
zação de impedimento de energização; delimitações de áreas; travamento e bloqueios de
dispositivos e sistemas de manobra e comandos.

A norma regulamentadora NR 12 define que as máquinas e equipamentos, bem com as


instalações em que se encontram, devem possuir sinalização de segurança para advertir os
trabalhadores e terceiros sobre os riscos a que estão expostos, as instruções de operação e
manutenção e outras informações necessárias. Esta sinalização compreende a utilização de
cores, símbolos, inscrições, entre outras formas de comunicação.

390
UE1 | Instalação de sinalizações de segurança

A NR 12, no seu item 12.11.3, define a sinalização com cartão ou etiqueta para o bloqueio
mecânico e elétrico na posição de desligado ou fechado de todos os dispositivos de corte de
fontes de energia, a fim de impedir a reenergização.

NR
26

A norma regulamentadora NR 26 define que a empresa deve adotar sistema de identi-


ficação por cores para locais de trabalho, com intuito de advertir e indicar sobre os riscos
existentes.

Para que essa identificação seja entendida por todos os trabalhadores, a empresa deve
utilizar o sistema de cores para identificar equipamentos de segurança, delimitar áreas, ad-
vertir sobre riscos, etc., lembrando que estes dispositivos de identificação não dispensam o
emprego de outras formas de prevenção de acidentes.

Vamos supor que um equipamento irá passar por intervenção para manutenção. Após a
avaliação dos riscos, é determinado o perímetro de segurança, para evitar acidentes com os
profissionais que não irão atuar na manutenção da máquina.

391
Manutenção Mecânica Aplicada

Porém, se não houver um aviso exposto de forma visível, as pessoas irão ultrapassar os
limites de segurança estabelecidos, podendo se acidentar. Para eliminar essa possibilidade,
deve-se sinalizar os riscos, de forma que chamem a nossa atenção. Por exemplo: faixas ze-
bradas, cones e placas.

SINALIZAÇÃO POR ETIQUETA


O procedimento de sinalização de riscos na indústria é conhecido como tagout (identifi-
cação externa). Esse procedimento utiliza etiquetas padronizadas de identificação que pos-
suem o objetivo de conscientizar trabalhadores, durante tarefas como manutenção, setup
e limpeza operativa. O intuito é levar o respeito à sistematização da segurança e reduzir
expressivamente riscos de acidente grave e morte.

Quando falamos que devemos analisar os riscos, nos referimos a visar à aplicação correta
dos meios de sinalização. Por exemplo, em um sistema de tubulações industriais, onde te-
nha sido realizado um bloqueio em determinado trecho, aplicar na passagem da informação
uma faixa zebrada não é tão eficaz. Muito mais eficiente é a utilização de uma etiqueta de
identificação, como é possível verificar na imagem a seguir.

392
UE1 | Instalação de sinalizações de segurança

Este é um caso em que se mostra como devemos sinalizar um bloqueio através de uma
etiqueta de identificação.

Quando não sinalizamos, damos oportunidade para a ocorrência de acidentes, assim de-
vemos sempre avaliar o local e isolar antes da execução de qualquer tipo de serviço que
possa pôr em riscos a integridade dos trabalhadores.

!
Solução
Solução do Problematizando...
do Problematizando...

Vamos retomar o problematizando? De acordo com as necessidades desse serviço de


manutenção, qual sinalização de segurança João Pedro deve aplicar antes de iniciar a opera-
ção de desmontagem da linha de vapor?

João Pedro analisou o serviço de manutenção e percebeu que o mesmo apresentava al-
guns riscos, como: movimentação de cargas e alta temperatura das caldeiras operacionais
que estão ao lado (em funcionamento).

Observando o perigo, João Pedro sinalizou a área com a fita zebrada, isolando o local,
visando evitar a ocorrência de acidentes de trabalho.

393
Manutenção Mecânica Aplicada

JOÃO PEDRO
TÉCNICO

Agora
Agora éécom
comvocê!
você!
Chegou a hora de colocar o conhecimento aprendido em prática. Aplique-o com atenção.

394
UE1 | Instalação de sinalizações de segurança

Anotações

395
Unidade de Estudo
01

NIVELAMENTO E
ALINHAMENTO

Unidade Curricular
Manutenção
Mecânica Aplicada
Contexto!
Contexto!

A Metaltech adquiriu 2 bombas centrífugas que serão acopladas em motores


elétricos e usadas para bombeamento de água.

Décio, fique encarregado de verificar


o nivelamento e alinhamento desses
equipamentos após a montagem e
certifique-se de que os equipamentos
estão prontos para o uso.

Ok!

DÉCIO
TÉCNICO

VALDOMIRO
GERENTE
Manutenção Mecânica Aplicada

?
Problematizando...
Problematizando...

Quais instrumentos Décio poderá utilizar para verificar o nivelamento e alinhamento das
bombas centrífugas?

Conhecimento em pauta!

ALINHAMENTO E BALANCEAMENTO
Quando estamos dirigindo um automóvel, às vezes, notamos que o volante está puxando
para um dos lados, ou então tem uma certa vibração.

Isso pode significar que o carro necessita de uma ação


reparadora conhecida como alinhamento e
balanceamento.
Essas ações evitam um desgaste prematuro do pneu e
vibrações excessivas na estrutura do automóvel.

Na indústria isso não é diferente. É necessário nivelar e alinhar os equipamentos para


que eles funcionem de maneira correta, evitando, assim, esforços, vibrações e atrito exces-
sivos, entre outros problemas.

Nesta Unidade de Estudo você vai aprender quais são os principais equipamentos utiliza-
dos para verificar o alinhamento e o nivelamento dos equipamentos industriais. Vamos lá?

ALINHAMENTO - INSTRUMENTOS
Assista ao vídeo a seguir e entenda um pouco sobre o alinhamento de um equipamento
rotativo.

400
UE1 | Nivelamento e alinhamento

Para a verificação do alinhamento dos equipamentos, usamos alguns instrumentos. Veja,


no quadro a seguir, alguns mais usados e suas características.

Tipo de
Imagens Instrumentos Características desalinhamento
avaliado

Usados em Desalinhamento
Régua
equipamentos radial
com baixo rpm,
eixos de grandes
diâmetros e em
Calibrador casos de urgência. Desalinhamento
de folga angular

Relógio Apresenta maior Desalinhamento


Comparador precisão nos radial e angular
resultados.

Apresenta maior
precisão nos resultados, Desalinhamento
Alinhador
mais fácil de operar e radial e angular
a laser
mais caro se comparado
com os demais.

NIVELAMENTO – INSTRUMENTOS
Deixar o equipamento sobre uma superfície plana é importante, pois, além de reduzir as
dificuldades para a realização do processo de alinhamento, permite o funcionamento corre-
to do equipamento, impedindo o surgimento de esforços adicionais. Nas imagens a seguir,
observe os principais instrumentos utilizados para medir o nivelamento:

401
Manutenção Mecânica Aplicada

Nível de bolha
de base plana Esquadro de nível

Quando se trata do nivelamento de superfícies com ângulos, o nível quadrangular de pre-


cisão é o mais indicado. Ainda, existem outros equipamentos utilizados para o nivelamento,
como: nível de bolha digital e nível eletrônico.

Nível Nível de bolha


Nível eletrônico
quadrangular digital

Nesta Unidade de Estudo você reconheceu os instrumentos empregados para o processo


de alinhamento e nivelamento de máquinas, bem como os tipos existentes de desalinha-
mento.

!
Solução
Solução do Problematizando...
do Problematizando...

Vamos retornar o problematizando? Quais instrumentos Décio poderá utilizar para a ve-
rificar o nivelamento e alinhamento das bombas centrífugas?

402
UE1 | Nivelamento e alinhamento

Durante a montagem das bombas, Décio utilizou um nível para verificar a base
e uma régua para verificar o alinhamento entre os eixos e antes de colocar o
conjunto em funcionamento...

DÉCIO
TÉCNICO

...se certificou de que o alinhamento estava correto utilizando dois relógios


comparadores, apoiados em um dispositivo.

0
10
90
20

80
30
70
40
60 50

DÉCIO
TÉCNICO

Agora
Agora éécom
comvocê!
você!
Chegou a hora de colocar o conhecimento aprendido em prática. Responda o que se
pede com atenção.

403
Unidade de Estudo
01

ANÁLISE DE
PARÂMETROS E
FERRAMENTAS DE
CONTROLE

Unidade Curricular
Manutenção
Mecânica Aplicada
Contexto!
Contexto!

João Pedro, técnico em mecânica, recebeu a tarefa de montar um conjunto


motor-bomba que estava desmontado na oficina da Metaltech.

Antes de começar o serviço,


preciso identificar os
parâmetros considerados
na manutenção para fazer a
montagem.

JOÃO PEDRO
TÉCNICO
Manutenção Mecânica Aplicada

?
Problematizando...
Problematizando...

Como João Pedro poderá identificar os parâmetros que foram considerados na manu-
tenção para realizar a montagem definitiva e colocar o equipamento operando novamente?

Conhecimento em pauta!

FERRAMENTAS DE CONTROLE PARA PARÂMETROS DE MÁQUINAS


E EQUIPAMENTOS
Constantemente, precisamos identificar parâmetros para tomarmos ações corretas. Em
uma reforma, por exemplo, precisamos ter parâmetros de projeto como dimensões, peso,
cores, funções, localização de móveis, eletrônicos e objetos para conseguirmos realizar tudo
como planejado. Tudo funcionando perfeitamente.

PARÂMETROS ESCOLHAS

Na Indústria também é assim. Precisamos identificar parâmetros de máquinas e equipa-


mentos para realizarmos da melhor forma possível as manutenções.

A identificação de parâmetros de máquinas e equipamentos é importante para a instala-


ção de novos equipamentos, manutenções, operações e para a montagem e desmontagem
deles. Nesta Unidade de Estudo veremos como identificar as ferramentas de controle.

408
UE1 | Análise de parâmetros e ferramentas de controle

FERRAMENTAS DE CONTROLE
Durante os procedimentos de manutenção, o profissional deve ficar atento às condições
das máquinas e equipamentos. Antes de realizar a intervenção, os dados importantes de-
vem ser registrados como:

A condição de alinhamento e nivelamento dos equipamentos envolvidos,


para que sejam ajustados da mesma maneira durante montagens e
ajustes futuros.

Essas informações podem ser encontradas e também registradas nas ferramentas de


controle da manutenção, como manuais dos equipamentos, Ordens de Serviço (OS), relató-
rios de manutenção, entre outros.

MANUAL RELATÓRIO ORDEM DE SERVIÇO (OS)


ORDEM DE SERVIÇO Nº 1234

LOCAL: Caldeira 01 Data: 19/09/2017

Descrição dos serviços: Prazo (h) Hora inicial Hora final Assinatura do
responsável
RELATÓRIO Montagem da linha de vapor. 1

Materiais Quantidade Observações


Tubo aço-carbono 40 ASTM A53 2”. 1 1000 mm
Flange 2” 150 lb, encaixe de solda face com
ressalto. 2
Junta 2” 150 lb Papelão Hidráulico. 2
Parafuso Sextavado, estojo com duas porcas
16
aço-carbono DN 5/8 x 3”.

Procedimentos Manuais
Utilizar o procedimento interno de montagem -
número 01.

Segurança
Utilizar todos os equipamentos de proteção individual padrão.

Observações gerais Assinatura do responsável

A consulta desses documentos auxilia o responsável pela manutenção, uma vez que são
encontrados no histórico da máquina, dicas de desmontagem e montagem, medidas e valo-
res de calibração, alinhamento e funcionamento.

409
Manutenção Mecânica Aplicada

40 60 80
20 100
0 120

Coleta de dados para registrar no relatório durante a


desmontagem

Agora que conhecemos as ferramentas de controle e sabemos que elas permitem a iden-
tificação de parâmetros de máquinas e equipamentos, vamos a dois exemplos de parâme-
tros importantes na manutenção?

ALINHANDO E NIVELANDO
Ao realizar a desmontagem e montagem de um equipamento ou conjunto rotativo, de-
vem ser tomadas algumas medidas para que o mesmo funcione corretamente após finaliza-
da a manutenção. Ao exemplo de um conjunto motor-bomba, ligado por um acoplamento,
deve-se realizar tanto o alinhamento do conjunto, quanto seu nivelamento, pois qualquer
variação nas medidas padrão ou ferramentas de controle (Manual do fabricante) pode oca-
sionar:

Ruídos Aquecimento

Desgaste prematuro
de componentes Redução do
(eixo, rolamento, Além disso, o motor não desempenho, etc.
acoplamento) conseguirá transmitir o torque
necessário para o
funcionamento da bomba.

410
UE1 | Análise de parâmetros e ferramentas de controle

Vejamos primeiro sobre o alinhamento:

O Alinhamento tem como objetivo principal manter a colinearidade (mesmo centro) entre
os eixos das máquinas. Para identificar a diferença entre os eixos e permitir os ajustes ne-
cessários ao alinhamento, utilizamos instrumentos no processo conforme figuras a seguir:

RELÓGIO COMPARADOR
CALIBRADOR DE LÂMINAS
ANALÓGICO

Usado para diagnosticar Usado para verificar o espaçamento


desalinhamentos, através da leitura (folga) entre superfícies, através de
de deslocamento relativo entre as suas lâminas com espessura
superfícies. calibrada.

Agora que você já viu sobre Alinhamento, vamos falar um pouco sobre o Nivelamento.

O nivelamento tem por objetivo principal determinar e corrigir o desnível de superfícies.


Para realizarmos os ajustes necessários ao nivelamento, utilizamos instrumentos no proces-
so conforme figuras a seguir:

NÍVEL DE PRECISÃO

Ferramenta utilizada para verificar


a planicidade vertical ou horizontal
de superfícies.

A análise desses parâmetros das máquinas e equipamentos auxilia na identificação das


causas e efeitos das falhas encontradas, possibilitando suas correções. Veja, a seguir, um
esquema para você compreender melhor.

411
Manutenção Mecânica Aplicada

FERRAMENTA DE CONTROLE

Manuais Ordem de serviço e relatórios


(parâmetro) (histórico e parâmetro)

Registrar ou atualizar
as ocorrências e
Identificação de parâmetros
parâmetros nas
ferramentas de controle

Causa Efeito
Conjunto Desgaste
prematuro Correção
motor-bomba
desalinhado e redução de
eficiência

No momento da manutenção é importante saber que:

• A causa do defeito é investigada, verificando que o conjunto está desalinhado conforme


parâmetros do manual;
• Verifica-se na ordem de serviço e relatórios a reincidência dessa falha;
• Realiza-se a manutenção, comparando os dados atuais com as ferramentas de contro-
le, e registram-se os dados e procedimentos da manutenção com novos relatórios ou
na ordem de serviço (OS). Assim, em manutenções futuras teremos novos históricos e
parâmetros atualizados.
Assim, vimos que para realizarmos manutenções em máquinas e equipamentos, preci-
samos identificar seus parâmetros e que eles podem ser encontrados em ferramentas de
controle (OS, relatórios, manuais, etc.).

!
Solução
Solução do Problematizando...
do Problematizando...

Vamos retornar ao problematizando?

Como João Pedro poderá identificar os parâmetros que foram considerados na manu-
tenção para realizar a montagem definitiva e colocar o equipamento operando novamente?

Realizando a leitura das ferramentas de controle da manutenção.

412
UE1 | Análise de parâmetros e ferramentas de controle

Logo, João Pedro consultou os parâmetros de nivelamento e alinhamento


no manual do fabricante.

MANUAL
ORDEP OÃOJ
OCINCÉT

Analisou as ordens de serviço e relatórios anteriores, com objetivo de verificar que


todos os procedimentos sejam feitos de acordo com os parâmetros necessários.

JOÃO PEDRO
TÉCNICO

Agora
Agora éécom
comvocê!
você!
Chegou a hora de aplicar os conhecimentos adquiridos nesta Unidade de Estudo. Não
perca tempo, aplique-os! Sucesso!

413
Unidade de Estudo
01

REQUISITOS PARA
MOVIMENTAÇÃO
DE CARGA

Unidade Curricular
Manutenção
Mecânica Aplicada
Contexto!
Contexto!

Para tornar mais eficiente o transporte de peças e conjuntos de máquinas e


equipamentos nos processos de montagem e desmontagem, Valdomiro solicitou
que seja adquirido para o setor de manutenção uma empilhadeira, que poderá
movimentar as peças do almoxarifado com muito mais agilidade.

EMPILHADEIRA

Esse modelo é o ideal


para o que estamos
precisando aqui na
Metaltech.

VALDOMIRO
GERENTE

Porém, para a utilização de uma empilhadeira no setor de manutenção, Valdomiro


deve identificar requisitos preestabelecidos em normas.

EMPILHADEIRA
Manutenção Mecânica Aplicada

?
Problematizando...
Problematizando...

Quais requisitos são identificados nas normas pertinentes, para a utilização da empilha-
deira no setor de manutenção da Metaltech?

Conhecimento em pauta!

MOVIMENTAÇÃO DE CARGA
Imagine uma situação em que uma pessoa comprou alguns sacos de cimento. O cami-
nhão os trouxe até a frente da casa, porém é necessário levá-los para a parte de dentro,
onde está ocorrendo uma reforma.

Nesse caso, a movimentação pode ser realizada de maneira adequada e segura através
de um carro de mão.

418
UE1 | Requisitos para movimentação de carga

Na indústria, as cargas também devem ser movimentadas de maneira adequada e segu-


ra, seguindo todos os requisitos necessários.

A movimentação de cargas pode ser definida como um conjunto de técnicas utilizadas


para içar, deslocar e transportar as cargas de forma manual, ou com auxílio de máquinas e
equipamentos.

Observe, na figura a seguir, uma carga sendo movimentada através de um equipamento


de içamento.

As operações devem ser realizadas levando-se em consideração fatores como riscos de


acidentes e ergonômicos envolvidos. Essas recomendações de segurança podem ser encon-
tradas na Norma Regulamentadora 11 – Transporte, Armazenagem e Manuseio de Mate-
riais.

419
Manutenção Mecânica Aplicada

Algumas recomendações, contidas nesta norma, em relação aos riscos, são:

RECOMENDAÇÕES:

1. As máquinas e equipamentos devem ser


calculados para oferecer resistência e segurança
nas operações.
2. Indicar, em local bem visível, a carga máxima
suportada pela máquina ou equipamento.
3. A manutenção das máquinas e equipamentos
deve estar rigorosamente em dia.
4. Acessórios como cabos de aço, correntes,
cordas, roldanas, ganchos, etc., devem ser
inspecionados com atenção especial, sendo
trocados ao apresentarem defeitos.

Aqui não abordamos todas as recomendações contidas na norma, mas já vemos exem-
plos que evitam graves acidentes.

Em relação aos riscos ergonômicos, é importante salientar que as cargas a serem trans-
portadas manualmente não devem ter peso excessivo, além disso, a postura deve estar
adequada.

Existem situações especiais de movimentação de cargas que necessitam de diferentes re-


quisitos para que seu funcionamento seja permitido. As empilhadeiras se enquadram nessa
situação.

As empilhadeiras são veículos versáteis utilizados para o manuseio e transporte de car-


gas. Elas podem ser movidas a gás, a Diesel ou à eletricidade. Podem trabalhar em espaços
relativamente reduzidos e movimentar cargas de alto peso.

420
UE1 | Requisitos para movimentação de carga

Assim como as demais máquinas e equipamentos utilizados na movimentação de cargas,


uma falha pode fazer com que cargas despenquem, podendo gerar graves acidentes. Por
isso, as empilhadeiras devem estar com a manutenção rigorosamente em dia.

A Norma Regulamentadora 11 (NR 11) indica alguns requisitos necessários na utilização


de máquinas e equipamentos, que podem ser aplicados às empilhadeiras, veja:

REQUISITOS

1. Por se tratar de um equipamento com força motriz


própria, a empresa deverá fornecer treinamento
adequado para tornar o operador apto à função;
2. O operador só poderá dirigir portando cartão de
identificação contendo nome e fotografia em local visível;
3. O cartão deverá ser revalidado anualmente. O
empregador deverá custear o exame de saúde completo
do empregado;
4. Os equipamentos de transporte motorizados deverão
possuir buzina;
5. Equipamentos movidos a motor de combustão
interna não devem operar em ambientes fechados e sem
ventilação, a não ser que possua mecanismos
neutralizadores adequados.

No ambiente em que as empilhadeiras circulam, é necessário que todos estejam atentos


e respeitando as sinalizações de segurança, além disso, o operador deve ser cuidadoso e
seguir as orientações, evitando acidentes como os das imagens a seguir.

421
Manutenção Mecânica Aplicada

!
Solução
Solução do Problematizando...
do Problematizando...

Quais os requisitos, identificados nas normas pertinentes, para a utilização da empilha-


deira no setor de manutenção da Metaltech?

Os requisitos, identificados nas normas pertinentes, para a inserção da empilhadeira no


setor de manutenção da Metaltech, são:

1. Fornecer treinamento adequado para tornar o operador apto à função;

2. O operador deverá dirigir portando cartão de identificação contendo nome e fotografia


em local visível;

3. Revalidar o cartão anualmente;

4. A empilhadeira deverá possuir buzina;

5. A empilhadeira, movida por motor a combustão, não deverá operar em ambientes fe-
chados e sem ventilação, a não ser que possua mecanismos neutralizadores adequa-
dos.

VALDOMIRO
GERENTE

422
UE1 | Requisitos para movimentação de carga

Agora
Agora éécom
comvocê!
você!
Chegou a hora de colocar o conhecimento aprendido em prática. Aplique-o com atenção.

423
Unidade de Estudo
01

MOVIMENTAÇÃO
DE CARGA

Unidade Curricular
Manutenção
Mecânica Aplicada
Contexto!
Contexto!

O processo de injeção de peças de plástico estava indo bem na Metaltech, até que
um vazamento no sistema de refrigeração do molde fez com que houvesse uma
interrupção.

ODNANREF
OCINCÉT

FERNANDO
TÉCNICO

ODNANREF
OCINCÉT

FERNANDO
TÉCNICO

O que está
AMARILDO
TÉCNICO

acontecendo?

O supervisor Amarildo analisou a situação e indicou que o molde fosse retirado da


máquina injetora e levado para o setor de manutenção para que o problema seja
solucionado. O molde tem as dimensões de 1000 x 900 x 800 mm, e o peso de
6180 Kg.
Contexto!
Contexto!

O supervisor Amarildo analisou a situação e indicou que o molde fosse retirado da


máquina injetora e levado para o setor de manutenção para que o problema seja
solucionado. O molde tem as dimensões de 1000 x 900 x 800 mm, e o peso de
6180 Kg.

ODNANREF
OCINCÉT

FERNANDO
TÉCNICO
UE1 | Movimentação de carga

?
Problematizando...
Problematizando...

Quais equipamentos e acessórios devem ser selecionados para movimentar este molde
da injetora para o setor de manutenção?

Conhecimento em pauta!

MOVIMENTAÇÃO DE CARGAS
Você já viu como a água de um poço é transportada manualmente para cima?

Uma das maneiras mais comuns é utilizando uma corda e um balde. E para facilitar a
execução dessa tarefa e torná-la mais segura, pode-se utilizar a roldana como acessório.
Confira a seguir:

Para a movimentação de cargas na indústria, os equipamentos também necessitam de


acessórios. Eles devem ser selecionados corretamente, visando a realização da tarefa com
segurança e eficiência.

Nesta Unidade de Estudo veremos alguns equipamentos e acessórios utilizados na mo-


vimentação de cargas, assim como algumas das suas características para facilitar a seleção
da mais adequada.

429
Manutenção Mecânica Aplicada

EQUIPAMENTOS PARA MOVIMENTAÇÃO DE CARGAS


Nos trabalhos com manutenção, surgem as necessidades de movimentação de diferen-
tes tipos de cargas, desde as leves e de fácil manuseio, às pesadas com movimentação mais
trabalhosa.

Qualquer equipamento pode fazer a movimentação desses tipos cargas?

Não. É necessário identificar qual o equipamento adequado para movimentar cada tipo
de carga. É preciso levar em consideração:

O Peso;

As dimensões;

As características da movimentação a ser


realizada – se o equipamento tem um olhal
para içar ou só pode ser transportado em
cima de um palete, ou o centro de gravida-

O percurso – analisar o caminho a ser


percorrido na movimentação da carga,
como distância, obstáculos, dentre outros;

O acesso – analisar se o equipamento a ser


movimentado está em um local de fácil

O acessório a ser utilizado;

As características dos diversos equipamen-

430
UE1 | Movimentação de carga

Sobre a característica de alguns equipamentos de movimentação, é o que veremos a


seguir:

PÓRTICO MÓVEL Estrutura metálica sobre rodas que é movimentado manualmente.


Nele é instalada uma talha para o içamento das cargas.
Vantagem: ideal para trabalhos que exijam agilidade.
Desvantagem: comparado a outros equipamentos, tem menor
capacidade de carga e curso*. Sua capacidade máxima média
está em torno de 5 toneladas.
* Carga e curso: capacidade de suportar pesos e altura para
elevar a carga.

PONTE ROLANTE Possui estrutura metálica permanente e é composta por vigas,


carros e talha. Pode ser utilizada em setores de montagem de
equipamentos, almoxarifado de materiais, injeção de peças
plásticas (no transporte de moldes), etc.
Vantagem: grande capacidade de carga, chegando facilmente a
100 toneladas, e grande curso para levantamento de cargas.
Desvantagem: cobre uma área fixa conforme foi planejado. Não
pode ser deslocada para uma outra área.

PALETEIRA Equipamento de uso manual, de operação simples, utilizado no


transporte de cargas.
Vantagem: pode movimentar a carga de um setor para outro. Em
alguns casos, uma carga pode ser movimentada inicialmente por
uma ponte rolante e, em seguida, colocada numa paleteira para
ser movimentada para outro setor. Essa prática acontece, por
exemplo, numa troca de molde de uma injetora.
Desvantagem: possui capacidade média de 4 toneladas. Exige
esforço físico para empurrar a carga de um local para outro.
Quanto maior o peso, maior o esforço.

EMPILHADEIRA Veículo destinado à movimentação de carga. Para operar, é


necessário treinamento adequado.
Vantagem: a capacidade pode chegar a 8 toneladas.
Desvantagem: necessidade de ter espaço físico para
deslocamento e da necessidade da carga estar em cima de um
palete para facilitar a movimentação.

TALHA Equipamento que, montado em diferentes tipos de estruturas,


possibilita o levantamento de cargas. Pode ser de diferentes tipos
de acionamento, conforme imagens a seguir:

Manual Pneumático Elétrico

431
Manutenção Mecânica Aplicada

Escolhido qual o equipamento adequado para movimentar determinada carga, chegou


o momento de escolher os acessórios. Sobre esta temática, iremos abordar a seguir. Acom-
panhe!

ACESSÓRIOS

Os acessórios irão possibilitar que as cargas sejam movimentadas através dos equipa-
mentos. Veja, a seguir, alguns dos acessórios mais utilizados na movimentação de cargas.

OLHAL Fabricado em metal, é composto por uma estrutura circular,


semelhante a um anel. No olhal podem ser inseridos cabos,
ganchos, correntes, etc.
Esse tipo de acessório é utilizado na movimentação de moldes,
por exemplo.
É importante verificar a capacidade de carga dos olhais utilizados.

GANCHO Utilizado em conjunto com correntes ou cintas. Pode ser


conectado ao olhal para movimentação da carga. Assim como
todos os acessórios, devem ser escolhidos de acordo com a
capacidade máxima de carga.

432
UE1 | Movimentação de carga

! Fique
Fique porpor dentro!
dentro!

Em todos os trabalhos com movimentação de carga, é necessário seguir as recomenda-


ções técnicas e de segurança, como: receber treinamento, verificar previamente e sina-
lizar a área de movimentação da carga, utilizar equipamentos e acessórios adequados,
manter a distância recomendada da carga, etc.

!
Solução
Solução do Problematizando...
do Problematizando...

Vamos retomar o problematizando? Quais equipamentos e acessórios devem ser selecio-


nados para movimentar este molde da injetora para o setor de manutenção?

Para retirar o molde da máquina injetora, deve ser utilizada a ponte rolante, por possuir
grande capacidade de carga e curso para içamento. Como acessórios devem ser utilizados
os olhais, ganchos e correntes com capacidade igual ou superior a 6,2 t. Para transportar o
molde para o setor de manutenção, deve ser utilizada uma empilhadeira com um operador
devidamente habilitado.

Agora vamos poder fazer


a devida manutenção
nos moldes!

ODNANREF
OCINCÉT
AMARILDO
TÉCNICO

Agora
Agora éécom
comvocê!
você!
Chegou a hora de colocar o conhecimento aprendido em prática. Aplique-o com atenção.

433
Unidade de Estudo
01

CARACTERÍSTICAS
DA INSTALAÇÃO E
REINSTALAÇÃO

Unidade Curricular
Manutenção
Mecânica Aplicada
Contexto!
Contexto!

Em virtude de uma demanda crescente, a Metaltech precisou expandir seu setor de


usinagem e adquirir novas máquinas.

André, a nova fresadora a CNC


está para chegar. Como
técnico mecânico, você poderia
ficar responsável pela recepção
e instalação da máquina?

ANDRÉ
TÉCNICO

MANUAL CNC
Com certeza. Assim que
o manual da fresadora
VALDOMIRO
GERENTE

chegar, irei analisá-lo e,


em seguida, instalar a
máquina.

Depois de fazer a leitura do manual do equipamento, André deverá ir até o local


onde pretendem instalar a máquina.

ANDRÉ
TÉCNICO

VALDOMIRO
GERENTE
CN UAL
C
N
MA
Manutenção Mecânica Aplicada

?
Problematizando...
Problematizando...

Por que André leu o manual da nova fresadora a CNC que irá chegar e logo depois foi ao
local onde pretendem instalar?

Conhecimento em pauta!

AMBIENTE ADEQUADO
Ao pensar em comprar uma cama, uma das primeiras coisas que fazemos, além de anali-
sar o conforto, é verificar as medidas, assim saberemos se ela cabe no quarto, se vai sobrar
espaço para nos movimentarmos confortavelmente, se não atrapalhará o uso dos móveis,
ou seja, se o ambiente é adequado para recebê-la. Então, reunimos as informações do am-
biente, fazemos um desenho simples para termos uma visão de todas as informações e
atualizamos com as dimensões da nova cama que desejamos comprar.

3,00
2,00
Porta

0,60 2,00x0,60

0,50

3,00
1,35x35

1,40 2,00x1,40

0,50

Janela 0,75
1,10

Na indústria, isso também acontece. O ambiente tem que estar preparado de forma ade-
quada para a instalação de novas máquinas e equipamentos, evitando qualquer tipo de
risco ao trabalhador e permitir o funcionamento correto, sem restrições.

Nesta Unidade de Estudo você vai aprender as principais características e condições que
viabilizam a instalação de máquinas e equipamentos na indústria. Vamos lá?

438
UE1 | Características da instalação e reinstalação

ARRANJO FÍSICO
Assim como no exemplo dado anteriormente, na indústria também precisamos reunir
mais informações sobre um novo equipamento a ser instalado. Tomando como exemplo
uma fresadora a CNC, observe, no quadro a seguir, algumas informações importantes que
foram reunidas:

ALGUMAS
COMO É O NOVO INFORMAÇÕES
CARACTERÍSTICAS
EQUIPAMENTO? ESPECÍFICAS
TÉCNICAS

Elétrica
Energia 380 kva
Combustão

Grande
Dimensões 3000 X 4000 X 2500 mm (L X C X H)
Pequeno
Pesado
Peso 3500 kg
Leve

Temperatura Baixa
20ºC
de operação Alta
Não propaga
Vibração Pouca
Propaga
Não propaga
Ruído Pouca
Propaga
Não necessário
Nivelamento Necessário
Necessário

Com a maioria das características de um novo equipamento agrupadas, é possível definir


os critérios para a instalação deste equipamento, mas ainda são necessárias informações
quanto à segurança, como:

Segurança para: Cuidados:

Operador Necessários ao atendimento a NR 12


Instalação ou reinstalação Conforme manual e/ou normas da empresa

439
Manutenção Mecânica Aplicada

Espaço entre as máquinas que


Ambiente industrial com a
permitem a movimentação segura
presença de faixas que delimitam a
dos funcionários e a área de
área de circulação.
circulação desobstruída.

Parasaber
Para saber mais!
mais!
A Norma Regulamentadora NR 12 aborda a segurança no trabalho em máquinas e equi-
pamentos. Em um dos seus itens, ela especifica as distâncias mínimas do ambiente durante
o momento de instalação, reinstalação e uso das máquinas, visando a segurança do traba-
lhador e o funcionamento correto do equipamento. A norma aborda as áreas de circulação,
os espaços ao redor do equipamento, o piso do local onde a máquina será instalada, etc.

Continuando com o exemplo prático da Fresadora a CNC, reunindo as informações e ca-


racterísticas necessárias para a instalação, temos o seguinte quadro:

ALGUMAS
CARACTERÍSTICAS COMO FUNCIONA PROVIDENCIAR
TÉCNICAS
Disponibilidade de energia elétrica
Energia Elétrica Combustão compatível e tomada com a capacidade
adequada
Grande Pequeno Espaço físico adequado e verificar acesso
Dimensões
para entrada do equipamento no local
Equipamento de movimentação
Pesado Leve (empilhadeira) com capacidade de carga
Peso
adequada e o piso deverá suportar o peso
do equipamento
Temperatura de Baixa
operação Alta Sala com ar-condicionado
Vibração Não propaga Propaga Pouca
Ruído Não propaga Propaga Pouco
Instrumento com precisão para nivelar o
Nivelamento Não necessário Necessário equipamento

440
UE1 | Características da instalação e reinstalação

É necessário definir o local, as tarefas e as ferramentas. Dessa forma, planejamos tudo


para a instalação ou reinstalação da fresadora a CNC. Podemos ainda fazer um desenho
para facilitar o entendimento, ou atualizar algum desenho de instalação da empresa. Ob-
serve:

Fresadora Fresadora Fresadora


4 5 6

Fresadora Fresadora Fresadora


1 2 3
Nova
fresadora

Bancada de produção

Bancada de ferramentaria

!
Solução
Solução do Problematizando...
do Problematizando...

Vamos retomar o problematizando?

Por que André leu o manual da nova fresadora a CNC que irá chegar e logo depois foi ao
local onde pretendem instalar?

Porque assim ele terá condições de reunir as principais informações necessárias


para definir o local e viabilizar a instalação da máquina com segurança.

ANDRÉ
TÉCNICO
M CN
AN C
U
AL

Então, André fez um desenho, analisou como viabilizaria a instalação da máquina,


desde a retirada do caminhão e deslocamento
441 da mesma até o local a ser
instalada.
M CN
AN C
U
Manutenção Mecânica Aplicada

AL
Então, André fez um desenho, analisou como viabilizaria a instalação da máquina,
desde a retirada do caminhão e deslocamento da mesma até o local a ser
instalada.

ANDRÉ
TÉCNICO

André também verificou a disponibilidade de energia elétrica, controle de


temperatura, fundação adequada para suportar o peso do equipamento, furação
no piso para chumbamento do equipamento, conforme manual, entre outras
providências.

ÉRDNA
OCINCÉT

Agora
Agora éécom
comvocê!
você!
Chegou a hora de colocar o conhecimento aprendido em prática. Boa sorte!

442
UE1 | Características da instalação e reinstalação

Anotações

443
Unidade de Estudo
01

INSTALAÇÃO
DE MÁQUINAS E
EQUIPAMENTOS

Unidade Curricular
Manutenção
Mecânica Aplicada
Contexto!
Contexto!

A Metaltech adquiriu uma nova caldeira para auxiliar no processo de banho químico
das peças fabricadas e está planejando o seu processo de instalação.

A caldeira vai começar a funcionar quando?

Calma, vou consultar e interpretar o manual do


fabricante para fazer a instalação de forma correta.

ARGEU
TÉCNICO

ANDRÉ
TÉCNICO
Manutenção Mecânica Aplicada

?
Problematizando...
Problematizando...

Como a consulta e interpretação do manual do fabricante pode ajudar André a realizar a


instalação do equipamento de maneira correta?

Conhecimento em pauta!

ESPECIFICAÇÕES TÉCNICAS
Após realizarmos a conexão de um aparelho de som a uma televisão, a primeira coisa que
fazemos é verificar se ele está funcionando de forma adequada: se as caixas de som estão
posicionadas corretamente, se as conexões estão corretas.

Para isso, precisamos interpretar/entender as especificações técnicas estabelecidas pelo


fabricante e as condições da sala para realizarmos a melhor instalação possível, com a utili-
zação de todos os recursos do aparelho.

Na indústria também é assim, precisamos interpretar as normas técnicas para que a ins-
talação e funcionamento do equipamento ocorra corretamente e sem oferecer riscos.

ORIENTAÇÕES DOS FABRICANTES


As especificações técnicas estabelecem e trazem os parâmetros que devem ser respei-
tados durante a instalação e a operação de um equipamento. Consultando o manual de
instruções fornecido pelo fabricante, é possível encontrar, por exemplo:

448
UE1 | Instalação de Máquinas e Equipamentos

Como deve ser feita a sua


A faixa de temperatura de
movimentação para evitar danos
operação do equipamento durante a instalação

Como deve ser o local


A pressão ao qual ele deve operar
para sua instalação

Quando as máquinas são projetadas, informações sobre instalação, operação e manu-


tenção são repassadas aos usuários no formato de orientações. Ao respeitar as orientações
do fabricante, o equipamento tem o funcionamento adequado, vida útil ampliada, assim
como a diminuição da perspectiva de falhas.

NORMAS TÉCNICAS
A consulta às normas é igualmente importante. Temos normas nacionais e internacionais
que foram criadas a partir de experiências ou ocorrências e que oferecerem bons resulta-
dos, são consideradas boas práticas e métodos obrigatórios.

As normas trazem informações fundamentais sobre os parâmetros para instalação e


operação de equipamentos, visando sempre a segurança do trabalhador e das pessoas que
estão ao seu redor.

449
Manutenção Mecânica Aplicada

APLICAÇÃO PRÁTICA
Para compreender melhor a importância da utilização do manual do fabricante e das
normas, vamos tomar como exemplo o processo de instalação de uma caldeira a vapor em
um ambiente fechado.

Primeiro passo: consulta-se o manual de instalação e observa os seguintes parâmetros


que devem ser avaliados:

Leitura de desenho do
equipamento (partes e Listagem de peças
desenho de conjunto) e ferramentas

Se conexões a serem
Obtenção de
feitas em campo
dimensionais ou de
deverão ser
torques a serem
aparafusadas,
aplicados a parafusos
soldadas, rebitadas

Cuidados com a
movimentação
Preparação do ambiente (conforme orientação
de instalação (material do fabricante e
de base, por exemplo) indicação no próprio
equipamento)

Temperatura de
Pressão de operação
operação

Nivelamento Entre outros

Segundo passo: depois, consulta-se a Norma Regulamentadora 13, que estabelece como
deve estar o arranjo físico para a instalação e operação das caldeiras, obtendo os seguintes
requisitos:

Deve ser instalada em um prédio separado e construído de material resistente ao


fogo, ficando afastado no mínimo 3 metros de outras instalações, com exceção de
uma parede que pode estar adjacente a outra instalação;

Local deve possuir 2 saídas distintas, desobstruídas e sinalizadas;

Local deve dispor de ventilação permanente, assim como sensor de gás;

Local deve possuir um sistema de captação e lançamento dos gases gerados por
ela, bem como um sistema de iluminação.

450
UE1 | Instalação de Máquinas e Equipamentos

Terceiro passo: com esses parâmetros obtidos, antes de o equipamento começar a pro-
dução, deve-se realizar testes e inspeções para se certificar de que ele está dentro dos limi-
tes estabelecidos. Caso não esteja, é necessário corrigi-lo e adequá-lo.

Conclusão: é importante alertar que na situação descrita foram usados apenas alguns
exemplos de parâmetros de instalação e operação que as normas e o fabricante trazem,
mas que no ambiente industrial devem ser analisados todos os parâmetros fornecidos: tem-
peratura, pressão, nivelamento, alinhamento, arranjo físico, integridade estrutural, material
utilizado, entre outros. Devemos também ficar atentos às normas específicas que podem
existir dentro de uma empresa.

Vimos, através de um exemplo prático, a importância de se interpretar as especificações


fornecidas pelos fabricantes, pelas normas nacionais e internacionais para o processo de
instalação e operação dos equipamentos.

!
Solução
Solução do Problematizando...
do Problematizando...

Vamos retomar o problematizando: como a consulta e interpretação do manual do fabri-


cante pode ajudar André a realizar a instalação do equipamento de maneira correta?

A consulta do manual do fabricante e algumas normas apresentarão diversos parâme-


tros, que devem ser estudados e interpretados, permitindo a correta instalação e operação
da caldeira, de forma segura e eficiente.

André consultou os documentos técnicos e observou, no manual do fabricante, os passos


corretos para a instalação da caldeira.

451
Manutenção Mecânica Aplicada

Agora a caldeira está


Pronto, fizemos a instalação
funcionando a todo
da caldeira.
vapor!

ARGEU
TÉCNICO

ANDRÉ
TÉCNICO

Agora
Agora éécom
comvocê!
você!
Chegou a hora de colocar o conhecimento aprendido em prática. Boa sorte!

452
UE1 | Instalação de Máquinas e Equipamentos

Anotações

453
Unidade de Estudo
01

APLICAÇÃO DE
ELEMENTOS DE
VEDAÇÃO

Unidade Curricular
Manutenção
Mecânica Aplicada
Contexto!
Contexto!

André percebeu um pequeno vazamento na haste de uma das válvulas do tipo


gaveta.

ANDRÉ
TÉCNICO

André,
técnico mecânico da Metaltech.

Estas válvulas se encontram na tubulação que transporta água de um setor a


outro.

Humm... O problema pode


estar nas gaxetas do
equipamento... vou ter que
fazer a substituição.

ANDRÉ
TÉCNICO
Manutenção Mecânica Aplicada

?
Problematizando...
Problematizando...

Quais procedimentos André deverá empregar para a retirada das gaxetas deterioradas e
a instalação das novas?

Conhecimento em pauta!

VEDAÇÃO
Para impedir que o líquido presente em uma garrafa de vinho vaze ou que entre em con-
tato com o ar por um longo período, nós utilizamos uma rolha. Essa rolha é considerada um
elemento de vedação.

Os elementos de vedação também são amplamente utilizados na indústria em: tampas,


bombas, válvulas, cabeçotes de motor e outras máquinas e equipamentos. Mas você sabe
o que eles são?

Os elementos de vedação podem ser considerados peças que impedem o vazamento de


fluidos, de um ambiente a outro, bem como a sua contaminação por agentes externos.

Nesta Unidade de Estudo você vai aprender um pouco mais sobre essas peças, tecnolo-
gias e técnicas empregadas na substituição e instalação de um dos mais importantes ele-
mentos de vedação: a gaxeta.

458
UE1 | Aplicação de elementos de vedação

ELEMENTOS DE VEDAÇÃO
Os elementos de vedação são projetados levando em consideração diversos fatores, por
exemplo:

Material Temperatura Acabamento


do vedador e pressão das peças

O material do vedador O material do vedador O produto a ser vedado


não deve reagir deve suportar as tem que ter um bom
quimicamente com o temperaturas e pressões acabamento superficial
material do produto a às quais ele estará para garantir a
ser vedado. exposto sem que sua vedação.
estrutura seja danificada.

Estes são alguns exemplos de elementos de vedação:

ELEMENTOS CARACTERÍSTICAS IMAGEM


DE VEDAÇÃO

É qualquer material comprimido entre


duas partes mecânicas, como flanges,
Juntas que impede o vazamento de fluido.
São feitas de diversos materias:
papelão, elastômero, cortiça.

É formado por uma membrana de


elastômero e uma estrutura metálica.
É usado entre duas peças em
Retentor movimento relativo entre si e tem a
função de reter óleos, graxas e outros
fluidos dentro do equipamento.

São elementos mecânicos utilizados


principalmente em válvulas e bombas
Gaxetas e têm o objetivo de impedir, de forma
total ou parcial, o vazamento de
fluidos. Elas também funcionam como
isolantes térmicos.

Elemento de vedação que impede o


vazamento de fluido e trabalha em
Selo Mecânico grandes rotações e elevadas
temperaturas e pressões.

459
Manutenção Mecânica Aplicada

SUBSTITUIÇÃO DE GAXETAS
A gaxeta é usada principalmente em vedações de válvulas e bombas. Ela é feita de diver-
sos tipos de materiais, como: algodão, asbesto, borracha, entre outros.

Assista ao vídeo para conhecer os passos para a substituição das gaxetas antigas e a ins-
talação das novas.

PROCEDIMENTO COM GAXETA


Caso não exista uma gaxeta padronizada, deve-se utilizar um rolo de gaxeta e realizar o
seu corte no tamanho desejado. O corte deve ser feito em um ângulo de 45º, melhorando
assim a vedação.

As gaxetas devem ser montadas de tal modo que os cortes fiquem em lados opostos,
como mostra a imagem a seguir:

460
UE1 | Aplicação de elementos de vedação

Corte

Corte

Todas as etapas do procedimento comentado anteriormente devem ser feitas utilizando


os equipamentos de proteção adequados e em bom estado: luvas, jaleco, óculos e calçado
de proteção.

!
Solução
Solução do Problematizando...
do Problematizando...

Vamos retomar o problematizando? Quais procedimentos André deverá empregar para


a retirada das gaxetas deterioradas e a instalação das novas?

Inicialmente, André precisa despressurizar a linha e retirar o fluido presente na válvula.


Logo em seguida, ele deverá retirar as porcas e o preme-gaxeta para ter acesso às gaxetas.

As gaxetas devem ser retiradas com algum equipamento pontiagudo, como um saca-ga-
xeta. Logo depois, deverá ser feita uma inspeção e limpeza da caixa de gaxeta.

Em seguida, André deverá colocar as novas gaxetas no local com o auxílio de algum posi-
cionador, lembrando-se de alternar em 180º a posição dos cortes.

Finalmente, ele pode realizar a montagem da válvula.

Agora
Agora éécom
comvocê!
você!
Chegou a hora de colocar o conhecimento aprendido em prática. Boa sorte!

461
Unidade de Estudo
01

TÉCNICAS DE
MANUTENÇÃO
APLICADAS A
SISTEMAS DE
BOMBEAMENTO

Unidade Curricular
Manutenção
Mecânica Aplicada
Contexto!
Contexto!

O técnico João Pedro, como é responsável pela manutenção do sistema de bombeamento,


recentemente realizou a relocação de algumas bombas hidráulicas.

JOÃO PEDRO
TÉCNICO

Valdomiro, supervisor, após ver uma alteração na vazão,


foi pedir mais informações a João Pedro.

A vazão que chegava


no reservatório
começou a diminuir.

Por favor, me explique


as alterações realizadas.
Manutenção Mecânica Aplicada

?
Problematizando...
Problematizando...

Por que a vazão do sistema de bombas diminuiu?

Conhecimento em pauta!

CUIDADO ONDE INSTALA!


O local onde instalamos nossos equipamentos e máquinas tem bastante importância nas
suas funções, custos e manutenções. Se instalamos uma geladeira em um lugar onde há
grande incidência de raios solares, certamente ela não irá funcionar perfeitamente, ocorrerá
falhas e consumo de energia em excesso. É importante ter cuidado na instalação para ga-
rantir o melhor funcionamento de máquinas e equipamentos, reduzindo problemas futuros.

Na indústria funciona da mesma forma. Máquinas e equipamentos são instalados e


reinstalados constantemente por demandas operacionais. Portanto, é muito importante
reconhecermos os procedimentos e normas técnicas que estabelecem a instalação e reins-
talação.

Nesta Unidade de Estudo veremos algumas técnicas de manutenção aplicadas à instala-


ção e reinstalação de sistemas de bombeamento, que quando não são consideradas, impac-
tam consideravelmente nas manutenções e na produtividade.

466
UE1 | Técnicas de manutenção aplicadas a sistemas de bombeamento

SISTEMAS DE BOMBEAMENTO
Usamos na indústria o sistema de bombeamento para deslocar um fluido de um local
para outro. Estes sistemas, normalmente, são compostos por:

Sistemas de controle Bombas

Linhas hidráulicas Condutores elétricos

Motores

Vamos ver um pouco mais sobre a instalação de bombas hidráulicas e sua influência nas
manutenções.

BOMBAS HIDRÁULICAS
De forma geral, quando utilizamos bombas hidráulicas, não basta transferir o fluido. É
necessário que ele seja transferido na vazão, pressão e temperatura ideais, caso contrário,
o objetivo pretendido não será alcançado.

467
Manutenção Mecânica Aplicada

Levando em consideração essa informação, é importante analisar quais são os efeitos


da instalação em relação a essas três variáveis e como proceder em relação à manutenção.

A INFLUÊNCIA DA ALTURA NA OPERAÇÃO DE BOMBAS HIDRÁULICAS


Duas das principais restrições para a performance de bombas hidráulicas é a altura má-
xima de sucção e a altura máxima de elevação. Como esses são os limites das bombas hi-
dráulicas, quanto maiores forem essas alturas, mais trabalho a bomba terá para empurrar
o fluxo, diminuindo a vazão. Deste modo, caso uma bomba hidráulica não seja instalada
corretamente (obedecendo esses limites), será necessário fazer a reinstalação ou trocar por
outra bomba mais potente (geralmente, opção mais cara).

Altura máxima
de elevação

Altura máxima
de sucção

468
UE1 | Técnicas de manutenção aplicadas a sistemas de bombeamento

Assista ao vídeo a seguir e entenda com um exemplo.

Então, sempre que houver a necessidade de realizar a alteração dos parâmetros do sis-
tema ou a necessidade da troca de algum componente, é fundamental a análise do manual
do fabricante, tanto para a análise do sistema quanto das vedações (necessidade de subs-
tituição devido ao desgaste ou alterações na temperatura de trabalho), ou alturas máximas
de elevação e sucção mais adequadas para o novo cenário da instalação e reinstalação do
equipamento.

O
UAL D
MAN MENTO
P A
EQUI

Vocêsabia?!
Você sabia?!
Os selos mecânicos são responsáveis pela vedação das bombas e assim são elementos
de elevada importância no controle de parâmetros de operação, pois são eles que mantêm
o fluido internamente na bomba, garantindo a vazão de trabalho.

469
Manutenção Mecânica Aplicada

!
Solução
Solução do Problematizando...
do Problematizando...

Vamos retomar o problematizando? Por que a vazão do sistema de bombas diminuiu?

Porque, na alteração realizada por João Pedro, não foi considerada a altura máxima de
elevação de uma das bombas hidráulicas.

Então, João Pedro informou ao supervisor que a altura de elevação


está demasiada. Logo, Valdomiro deu uma informação ao técnico.

Identifiquei que, segundo


o manual do fabricante,
essa alteração reduzia
em 50 % sua vazão.

ORDEP OÃOJ
OCINCÉT

VALDOMIRO
GERENTE

Para solucionar esse problema, João Pedro realizou a manutenção corretiva


da bomba para uma altura de elevação menor que a instalada inicialmente.

Pronto, consegui
aumentar ainda mais
a vazão do sistema
de bombeamento.

ORDEP OÃOJ
OCINCÉT

ORIMODLAV
ETNEREG

470
UE1 | Técnicas de manutenção aplicadas a sistemas de bombeamento

Agora
Agora éécom
comvocê!
você!
Chegou a hora de colocar o conhecimento aprendido em prática. Responda o que se
pede com atenção.

471
Unidade de Estudo
01

TÉCNICAS DE
MANUTENÇÃO
PARA
COMPRESSORES

Unidade Curricular
Manutenção
Mecânica Aplicada
Contexto!
Contexto!

João Pedro é responsável pela manutenção em compressores de ar-condicionado.

JOÃO PEDRO
TÉCNICO

JOÃO PEDRO
TÉCNICO

A Metaltech possui quatro compressores idênticos, instalados em lugares


diferentes.

Mas João Pedro reparou que em quase todos os compressores os óleos


foram trocados mensalmente.

JOÃO PEDRO
TÉCNICO

A exceção era o compressor B. Sua troca de óleo era realizada semanalmente.


Manutenção Mecânica Aplicada

?
Problematizando...
Problematizando...

Por que o compressor B tem a sua troca de óleo em intervalos de tempo diferentes dos
outros compressores idênticos?

Conhecimento em pauta!

CUIDADO ONDE INSTALA!


O local onde instalamos nossos equipamentos e máquinas tem relevância nas suas ma-
nutenções. Por exemplo, um ar-condicionado instalado próximo à praia sofre mais desgaste
em relação a outro instalado em cidade em um ambiente rural. Isso ocorre devido ao salitre
presente em regiões litorâneas. Como os seus desgastes são diferentes, as manutenções
também ocorrerão de formas distintas.

Exposto a ambiente menos agressivo

Exposto a ambiente mais agressivo

Na indústria acontece o mesmo. Se uma máquina ou equipamento estiver instalado ex-


posto a condições severas de funcionamento (alta ou baixa temperaturas, poeira, água, ven-
to, entre outros), teremos mais problemas e, consequentemente, faremos mais manuten-
ções.

Portanto, devemos ficar atentos para as especificações do fabricante, procedimentos e


normas que estabelecem as melhores condições de instalação, obtendo o máximo rendi-
mento das máquinas e equipamentos para as operações.

476
UE1 | Técnicas de manutenção para compressores

DETALHES NA INSTALAÇÃO DE COMPRESSORES


Na área industrial os compressores são utilizados para comprimir fluidos a uma pressão
preestabelecida, como os compressores de ar que fornecem refrigeração ou ar comprimido
para diversos equipamentos.

Para comprimir os fluidos, os compressores transformam a energia elétrica em mecâni-


ca. Por isso, a questão da temperatura é um dos principais itens na consideração da instala-
ção destes tipos de equipamentos.

DISTÂNCIA MÍNIMA NA INSTALAÇÃO


Por motivo de elevação de temperatura, os manuais dos fabricantes sempre recomen-
dam uma distância mínima entre o compressor e obstruções, como paredes, equipamentos
e caixas.

Por exemplo, instruções para que o compressor de ar tenha um afastamento mínimo de


y centímetro das paredes, e altura mínima de x centímetros do teto, garantindo assim venti-
lação suficiente para não ter superaquecimento no equipamento.
Mínimo Y mm

Entrada de ar

Quadro
Mínimo elétrico
X mm

Por isso, se a instalação não respeitar essas recomendações, além do superaquecimento


do equipamento, terá como consequência o aquecimento do fluido comprimido, podendo
trazer prejuízos para o próprio equipamento ou sistema que recebe o fluido comprimido.

Nestes casos de problemas na instalação, a solução é a reinstalação obedecendo as con-


dições do manual do fabricante. Permanecendo o problema de aquecimento, serão neces-
sárias adaptações como um sistema de ventilação, refrigeração ou na sala/compartimento
onde o compressor foi instalado.

477
Manutenção Mecânica Aplicada

RECOMENDAÇÕES DO AMBIENTE
O ambiente em que o equipamento se encontra é de fundamental importância para o
seu funcionamento. Vejamos alguns casos:

a) Ambiente com muita poeira


Quando instalado em um ambiente em que há muita poeira, o compressor tende a um
consumo exacerbado de óleo. Além disso, há baixa produção de ar no compressor.

Em relação a problemas de distâncias mínimas, deve-se reinstalar o equipamento com


atenção ao manual do fabricante. Caso o ambiente tenha restrições, também é possível
melhorar as condições de admissão do ar. Ou seja, recomenda-se a captação de ar de uma
distância que o manual do fabricante indique, utilizando uma extensão na linha de admis-
são de ar do compressor.

Entrada de ar
Mínimo Y mm

conforme
recomendação do
fabricante

Chave contatora
com relé de falta
Mínimo de fase
X mm
Quadro
elétrico

478
UE1 | Técnicas de manutenção para compressores

Caso não seja possível essas alterações, o técnico deve limpar o filtro em uma periodici-
dade menor do que o recomendado pelo fabricante. Isto é, se a recomendação de limpeza
é mensal, é indicada a limpeza, semanalmente, pois o equipamento estará operando em
condições adversas do projetado. O tempo para a deterioração do filtro será menor.

b) Ambiente com muita umidade


O ambiente a ser instalado também tem influência na umidade do ar para o compressor.
Se o equipamento for instalado em um ambiente muito úmido, a pressão do reservatório
eleva-se rapidamente, provocando uma condensação do vapor d’água, gerando um acúmu-
lo de água no reservatório.

- Sistema de compressor de ar-condicionado industrial;

- Instalação realizada em local abrigado evitando exposição a intempéries.

Ao invés da saída de ar pressurizado, ocorrerá a saída de ar e água ou jato d´agua do


compressor, provocando acidentes, por exemplo, choques em equipamentos elétricos. Para
diminuir esse acúmulo de água, o técnico deve drenar o líquido através da válvula purgado-
ra a um intervalo de tempo definido.

TÉCNICAS DE MANUTENÇÃO APLICADAS A COMPRESSORES


Podemos reconhecer as técnicas de manutenção de compressores tendo em vista a ins-
talação e a desinstalação com o fluxograma a seguir, resumidamente:

479
Manutenção Mecânica Aplicada

MANUTENÇÃO DE COMPRESSORES
Instalação de Priorizar as
acordo com instruções do
instruções do fabricante
fabricante para a
manutenção

Se não for
Reinstalar o possível,
Instalação provavelmente
fora das compressor em
instruções do um ambiente terá que diminuir
fabricante adequado o intervalo de
manutenções
preventivas

A instalação dos compressores em condições inadequadas, contrárias às definidas pelo


fabricante, gera problemas em relação ao seu funcionamento e à sua manutenção. Desta
forma, deve-se tomar providências para solucionar os problemas, seja reinstalando o com-
pressor ou fazendo algumas adaptações.

Depois do compressor instalado, devemos estar atentos ao plano de manutenção.

Antes de qualquer intervenção no compressor, é necessário que o interruptor geral da


linha esteja desligado; o compressor e o circuito pneumático interno estejam esvaziados de
toda a pressão; o compressor esteja desligado do equipamento de ar comprimido, entre
outras observações.

Entre as principais atividades do plano de manutenção, citamos algumas:

• Troca de óleo: no processo de troca de óleo, é necessário, antes de folgar a tampa, ve-
rificar se o depósito não está sob pressão. Depois, desapertar a tampa lentamente. Não
misturar diferentes tipos de óleo e verificar se o circuito de óleo está completamente
vazio antes de colocar o novo. Após a troca, deixar funcionar por aproximadamente 5
minutos e verificar o nível do óleo depois de ter desligado o compressor. Compressor
com o nível de óleo abaixo do esperado compromete diretamente o desempenho do
equipamento. Por este motivo, é necessário que, quando o isso acontecer, seja realiza-
da uma verificação semanal.
• Limpeza semanal: é extremamente importante, pois caso haja um acúmulo de resídu-
os no equipamento, deixá-lo trabalhar desta forma prejudica o funcionamento, princi-
palmente no processo de dispersão do calor.
• Checar tensão da correia: conforme o plano de manutenção, é necessário verificar
como está a tensão das correias para que possam funcionar corretamente. Caso per-

480
UE1 | Técnicas de manutenção para compressores

ceba qualquer tipo de modificação antes do tempo previsto no plano, não hesite em
corrigir a tensão das correias.
• Testes de segurança: acidentes de trabalho são passíveis de acontecer quando há al-
gum tipo de manobra incorreta, desatenção ou falha de equipamento. Para que não
haja nenhuma situação desse tipo durante o uso, vale a pena realizar os devidos testes
de segurança, por exemplo:
• Confirmar que não há vazamentos nas válvulas;
• Realizar testes na válvula de segurança;
• Analisar as tubulações.
• Limpeza do filtro de admissão: conforme o plano de manutenção, é importante que
retire o filtro de admissão para que seja possível limpá-lo corretamente. Caso o uso seja
contínuo, a limpeza desse componente deverá ser realizada uma vez por semana.

!
Solução
Solução do Problematizando...
do Problematizando...

Vamos retornar o problematizando? Por que o compressor B tem a sua troca de óleo em
intervalos de tempo diferentes dos outros compressores idênticos?

Porque o ambiente em que o compressor B foi instalado é muito diferente dos demais,
com grande exposição à poeira e sujeira no ar. Neste caso, João Pedro verificou que o com-
pressor B se encontra próximo de uma oficina de marcenaria e pintura.

O ar desse ambiente possuía muita sujeira, provocando um consumo excessivo de filtros


e óleo. Assim, João Pedro avaliou e identificou outro local na sala para a reinstalação do
compressor, permitindo a captação do ar sem sujeira e aumentando os intervalos de tempo
de troca do óleo.

Agora
Agora éécom
comvocê!
você!
Chegou a hora de colocar o conhecimento aprendido em prática. Boa sorte!

481
Unidade de Estudo
01

TÉCNICAS DE
MANUTENÇÃO
APLICADAS A
REDUTORES

Unidade Curricular
Manutenção
Mecânica Aplicada
Contexto!
Contexto!

Amarildo, técnico mecânico da Metaltech, notou um


aumento do ruído em um dos redutores de velocidade
acoplados a um sistema de elevação de cargas.

FERNANDO
TÉCNICO

Ele então resolveu desmontar o Após desmontar o equipamento,


equipamento para descobrir o que Amarildo verificou que se tratava
estava provocando esse aumento de um redutor de engrenagens
de ruído e, assim, evitar cilíndricas de dentes retos, onde
problemas maiores no uma delas apresentava desgaste
equipamento. nos dentes.

AMARILDO
AMARILDO
TÉCNICO
TÉCNICO
Manutenção Mecânica Aplicada

?
Problematizando...
Problematizando...

Quais técnicas de manutenção Amarildo deve executar para resolver o problema do re-
dutor de velocidade?

Conhecimento em pauta!

REDUTOR DE VELOCIDADE
Você já observou como funciona o motor de um carro, andando em primeira marcha?
O motor gira em alta velocidade enquanto o carro se movimenta lentamente, porém com
torque suficiente para vencer, por exemplo, a inclinação de uma ladeira. Sabe por quê? Isso
ocorre devido às combinações das engrenagens na caixa de redução do carro.

!
BEEP

m
50k

Km/h

Você sabe o que é um redutor de velocidade?

Redutor de velocidade é um equipamento de transformação de energia. Esse equipa-


mento atua reduzindo a relação de movimentos entre seus componentes e tem grande
importância nas operações industriais. O redutor tem a função de reduzir a velocidade de
rotação dos motores e transmitir potência em equipamentos, como: transportadores, bom-
bas, extrusores, esteiras, entre outros. Veja, nas imagens a seguir, os principais tipos de
redutores utilizados na indústria:

486
UE1 | Técnicas de manutenção aplicadas a redutores

Redutor de Engrenagem

Engrenagem Engrenagem Redutor coroa


cilíndrica cônica e rosca sem fim

Devido à importância e utilização dos redutores, o técnico em mecânica deve estar atento
a qualquer anormalidade verificada nesses equipamentos, como ruídos excessivos, supera-
quecimento, vibrações, etc.

MANUTENÇÃO DE REDUTORES
Além das etapas citadas, durante o processo de manutenção do redutor devem ser ve-
rificados: rolamentos, eixos, juntas de vedação, parafusos, porcas e outros componentes.

A seguir, é mostrado parte de um catálogo com identificação dos componentes de um


conjunto redutor com eixo de rosca sem fim.

487
Manutenção Mecânica Aplicada

LISTA DE PEÇAS

NÚMERO DENOMINAÇÃO

Tampa fechamento eixo de


1
entrada lado esquerdo
Rolamento esferas rígido – eixo de
2
entrada lado esquerdo
Anel espaçador eixo de entrada
3
lado direito

4 Chaveta eixo de saída

Engrenagem redutora eixo de


5
saída

6 Eixo de saída

Rolamento esferas rígido – eixo de


7
saída lado esquerdo
Tampa fechamento eixo de saída
8
lado esquerdo

9 Tampa carcaça do redutor

10 Corpo carcaça do redutor

Tampa fechamento eixo de


11
entrada lado direito
Rolamento esferas rígido – eixo de
12
entrada lado direito
Eixo de entrada com rosca sem
13
fim
Tampa fechamento eixo de saída
14
lado direito
Rolamento esferas rígido – eixo de
15
saída lado direito

Como a redução ocorre nas relações das engrenagens, o conjunto redutor merece uma
atenção especial. Podemos encontrar engrenagens de eixo sem fim, engrenagem dentes
retos, cônicas ou cilíndricas, pois são elas que permitem a redução da velocidade e a trans-
missão de torque, e é sobre elas que vamos falar agora.

MANUTENÇÃO DAS ENGRENAGENS


Engrenagens são elementos mecânicos formados por rodas dentadas e têm a função de
transmitir movimento, por isso são muito importantes. Veja alguns cuidados que devemos
ter durante o processo de manutenção com as engrenagens:

488
UE1 | Técnicas de manutenção aplicadas a redutores

Evitar rotações Lubrificar as Não utilizar o


reversas e partidas engrenagens com o equipamento sem
bruscas do óleo correto, no antes lubrificá-lo,
equipamento, pois nível adequado e de pois isso causará
podem ocasionar maneira que um maior desgaste
uma alta carga de preencha por das engrenagens.
impacto nos dentes completo as
das engrenagens, superfícies de seus
podendo causar a dentes.
sua ruptura.

Já para realizar a desmontagem e montagem do sistema de engrenagem para a manuten-


ção, é importante que o técnico também se atente a alguns itens e realize algumas tarefas:

01 - Verificar como as
02 - Observar como elas se
engrenagens se encontram montadas
encontram fixadas no no equipamento e, se
eixo, se é por possível, realizar um
interferência ou não esboço para evitar
(chaveta ou ranhuras). erros durante a
montagem.

03 - Retirar as engrenagens 04
do eixo com o auxílio - Não empilhar as
de um saca-polias ou engrenagens uma em
de uma prensa cima da outra, pois
hidráulica. Caso não se isso pode provocar
possa utilizar esses danos em seus dentes.
equipamentos, deve-se
usar um tarugo
metálico macio, como
bronze.

06 - Relizar uma

05 - Colocar as
pré-lubrificação nas
engrenagens durante o
processo de
engrenagens de volta montagem.
no equipamento,
respeitando as
posições originais.

489
Manutenção Mecânica Aplicada

Fiquede de
Fique olho!olho!

Verificar o desbalanceamento das engrenagens e o seu desgaste também é importante,


pois isso pode ocasionar vibrações excessivas no redutor e comprometer o seu funciona-
mento correto.

Após realizar o processo de manutenção, é importante monitorar o redutor durante as


primeiras horas do seu funcionamento, em torno das primeiras 50 horas. Esse monitora-
mento serve para verificar se a tarefa foi realizada de maneira correta e também permite o
acompanhamento do processo de amaciamento das novas engrenagens.

Você observou como é importante conhecer os procedimentos de manutenção dos re-


dutores? Nesta Unidade de Estudo você pode ver os principais tipos de redutores de veloci-
dade presentes na indústria e quais são as técnicas utilizados para a sua manutenção e os
cuidados que se deve ter com as engrenagens.

!
Solução
Solução do Problematizando...
do Problematizando...

Vamos retomar o problematizando: quais técnicas de manutenção Amarildo deve execu-


tar para resolver o problema do redutor de velocidade?

Os fabricantes de máquinas e equipamentos, em geral, seguem a técnica descrita em


seus catálogos e manuais, quando o objetivo é a realização da manutenção.

490
UE1 | Técnicas de manutenção aplicadas a redutores

Amarildo deve seguir os procedimentos contidos nos catálogos existentes na oficina de


manutenção para realizar os reparos dos equipamentos.

AMARILDO
TÉCNICO

Agora
Agora éécom
comvocê!
você!
Chegou a hora de colocar o conhecimento aprendido em prática. Responda o que se
pede com atenção.

491
Unidade de Estudo
01

TÉCNICAS DE
MANUTENÇÃO
APLICADAS A
ESTEIRAS

Unidade Curricular
Manutenção
Mecânica Aplicada
Contexto!
Contexto!
Manutenção Mecânica Aplicada

?
Problematizando...
Problematizando...

Por que Amarildo decidiu verificar se a instalação da nova esteira transportadora foi rea-
lizada conforme os procedimentos do manual?

Conhecimento em pauta!

CIRCULAÇÃO DE MATERIAL
Podemos comparar as esteiras transportadoras utilizadas nas indústrias com os vasos
sanguíneos presentes em nosso corpo, pois ambos têm a função de transportar material de
um local para outro e são vitais para o bom funcionamento do sistema. Neste caso, os vasos
transportam o sangue enquanto as esteiras transportam insumos, matéria-prima, produtos,
entre outros.

Vasos sanguíneos Esteira transportadora

As esteiras transportadoras têm grande importância na indústria. Elas são responsáveis


pelo transporte de material de uma maneira rápida, prática e segura, dinamizando o pro-
cesso produtivo. Por esse motivo, qualquer problema que interfira no seu funcionamento,
acaba afetando toda a produção.

Nesta Unidade de Estudo você vai conhecer os elementos mais importantes presentes
em uma esteira transportadora e reconhecer os principais procedimentos e técnicas aplica-
das para a realização da sua manutenção. Vamos lá?

496
UE1 | Técnicas de manutenção aplicadas a esteiras

COMPONENTES EM UMA ESTEIRA TRANSPORTADORA


Na tabela a seguir é possível observar os principais componentes presentes em uma es-
teira transportadora de correia:

3
2

1
4

NÚMERO COMPONENTE CARACTERÍSTICAS


1 Rolo inversor Elemento responsável por tensionar a esteira
Apoiam a esteira permitindo o deslocamento do
2 Roletes material na esteira transportadora
3 Esteira Onde é colocado o material a ser transportado
Conjunto de componentes (motor, redutor e rolo
4 Conjunto Motriz motor) responsáveis por tracionar a esteira
transportadora
5 Estrutura Base onde são montados os componentes

Veja, agora, os cuidados que devemos tomar durante a instalação deste equipamento,
para evitar danos e problemas durante o seu funcionamento.

CUIDADOS NA INSTALAÇÃO DE ESTEIRAS TRANSPORTADORAS


A instalação correta é de extrema importância para evitar maiores problemas em má-
quinas e equipamentos, inclusive nas esteiras transportadoras. A seguir, veremos algumas
medidas que devem ser tomadas antes de instalar seus componentes.

Passo 1: verifique o nivelamento da estrutura e se ela está bem apoiada no piso. Em se-
guida, faça a instalação do conjunto motriz.

497
Manutenção Mecânica Aplicada

Passo 2: com a estrutura da esteira nivelada e bem apoiada no piso, instale o rolo motor,
observando o alinhamento em relação à estrutura. Para isso, utilize a estrutura e os mancais
como referência.

x x

Passo 3: com os parafusos de fixação do mancal pré-tensionados e o alinhamento feito,


deve ser realizado o aperto final dos parafusos. Antes e após o alinhamento do rolo motor,
verifique se os rolamentos estão rodando livres.

498
UE1 | Técnicas de manutenção aplicadas a esteiras

Passo 4: a próxima etapa é prefixar o redutor na base e realizar o alinhamento entre


o rolo motor e o redutor. Este alinhamento é realizado colocando uma régua na face das
rodas dentadas. Após ser feito o alinhamento e ter tensionado a corrente, fixe o redutor.
Atenção! Antes de montar o redutor na estrutura, verifique se o nível de óleo do redutor está
bom para uso.

Passo 5: faça o alinhamento entre o redutor e o motor elétrico. Após posicionar o motor,
prefixando-o e colocando a correia em “V” na posição, posicione a régua na face das polias
e, através dos parafusos, desloque o motor alinhando-o.

Passo 6: antes de instalar as correias, verifique se são adequadas para o tipo de opera-
ção, e se certifique de que estão em boas condições. Então, partimos para a instalação dos
roletes e rolo inversor na estrutura da esteira, observando o alinhamento em relação à es-
trutura da esteira. Para isto, utilize a estrutura e os mancais como referência.

499
Manutenção Mecânica Aplicada

Passo 7: com os parafusos de fixação dos mancais pré-tensionados, instale a esteira e


faça o aperto final dos parafusos.

Após realizar todos os passos, a esteira deve ser ligada de forma que seja testado todo
o conjunto, para verificar se é necessário fazer alguns ajustes de alinhamento ou tensiona-
mento.

Atenção! Antes de serem iniciados os testes, instale a tampa de proteção da corren-


te de transmissão.

Podemos perceber que o processo de instalação da esteira é cheio de detalhes, prin-


cipalmente em relação às referências para os alinhamentos. Como verificado nos passos
de instalação, temos nesse equipamento muitos componentes mecânicos rotativos que re-
querem atenções e cuidados especiais nos itens, como: tensionamento, alinhamento, altas
temperaturas, umidades, salinidade ou acúmulo de impurezas. Esses fatores representam
um risco aos diversos componentes da esteira transportadora, podendo representar uma
redução de vida do equipamento.

500
UE1 | Técnicas de manutenção aplicadas a esteiras

Nesta Unidade de Estudo você pôde aprender mais sobre o que são as esteiras transpor-
tadoras e os principais componentes que as compõem, bem como os cuidados e passos que
se deve ter durante a instalação deste equipamento.

!
Solução
Solução do Problematizando...
do Problematizando...

Vamos retomar o problematizando? Por que Amarildo decidiu verificar se a instalação da


nova esteira transportadora foi realizada conforme os procedimentos do manual?

Agora
Agora éécom
comvocê!
você!
Chegou a hora de colocar o conhecimento aprendido em prática. Responda o que se
pede com atenção.

501
Unidade de Estudo
01

TÉCNICAS DE
MANUTENÇÃO
APLICADAS A
MANCAIS

Unidade Curricular
Manutenção
Mecânica Aplicada
Contexto!
Contexto!

Amarildo estava realizando uma manutenção preventiva nos equipamentos de


um setor de laminação da Metaltech quando percebeu que um dos mancais de
deslizamento de um eixo de transmissão estava emitindo um ruído.

O
RILD
AMA O
TÉCNIC

Nossa, esse aquecimento poderia causar uma falha no equipamento e,


ainda por cima, poderia prejudicar o andamento da produção.

TÉCNICO

FERNANDO
TÉCNICO

Ao inspecionar o equipamento, constatou um aquecimento.

Vou desmontar o mancal para verificar o que está causando


o problema e depois farei sua manutenção.

TÉCNICO

AMARILDO
TÉCNICO
Manutenção Mecânica Aplicada

?
Problematizando...
Problematizando...

Quais procedimentos Amarildo deverá aplicar para corrigir o problema apresentado no


mancal de deslizamento?

Conhecimento em pauta!

CARROÇA DE BOI
Se lembrarmos das carroças de boi antigas, notaremos que elas produzem um barulho
muito alto. Isso acontece pelo contato direto da carroça com o eixo de rotação sem a pre-
sença de lubrificante. Este contato é para apoiar o eixo e é chamado de mancal. Na imagem
a seguir podemos observar um exemplo dessas carroças antigas.

Mas você sabe o que é um mancal? Eles são equipamentos mecânicos que têm a função
de apoiar e/ou guiar eixos, permitindo o seu giro. Eles podem ser divididos em 2 tipos, como
é possível observar na imagem a seguir.

Mancal de deslizamento Mancal de rolamento

506
UE1 | Técnicas de manutenção aplicadas a mancais

Nesta Unidade de Estudo você vai aprender sobre os mancais de deslizamento e como é
feita a sua manutenção. Vamos lá?

MANCAL DE DESLIZAMENTO
O mancal de deslizamento é usado para máquinas pesadas ou que funcionem a baixas
rotações. Por esse motivo, ele está mais exposto a forças de atrito e ao calor excessivo, cau-
sados pela rotação do eixo. Os mancais são caracterizados pela presença de buchas desli-
zantes, que são geralmente feitas de bronze ou metal patente, que são ligas resistentes ao
atrito, como é possível observar na imagem a seguir.

BUCHA

Os mancais de deslizamento se dividem em:

Axial Radial

Quando a força é aplicada ao Quando a força é aplicada


longo do eixo perpendicularmente ao eixo

O mancal de deslizamento permite o movimento de rotação do eixo ao mesmo tempo


que serve de apoio. Para que um mancal funcione de maneira correta, é importante se pre-
ocupar desde o início do seu projeto, seguindo os requisitos estabelecidos pela norma ABNT
NBR ISO 4378-1: 2011 - Bronzinas planas - Termos, definições, classificação e símbolos, parte
1: Projeto, materiais de deslizamento e suas propriedades.

507
Manutenção Mecânica Aplicada

A norma também orienta, a seguir, os cuidados indicados pelo fabricante: lubrificante


que deve ser utilizado, a sua quantidade e quando devem ocorrer as inspeções. Antes de
realizar a manutenção dos mancais, é importante verificar, durante o funcionamento, se
o processo de lubrificação está sendo eficiente, se está tendo vibração e/ou aquecimento
excessivo.

PASSOS PARA REALIZAR A MANUTENÇÃO DO MANCAL DE


DESLIZAMENTO
Para realizar a manutenção dos mancais de deslizamento, é necessário desmontá-lo e
seguir os passos a seguir.

Passo 1: Realizar a limpeza da estrutura e do mancal:


Realize a limpeza da bancada, do eixo, do mancal e da bucha utilizando desengraxante
diluído. Isso faz com que o óleo lubrificante usado seja dissolvido e também permite a
eliminação das impurezas presentes na estrutura do mancal e no próprio óleo;

Passo 2: Verificar a bucha deslizante:


Verifique se a bucha deslizante apresenta algum desgaste, já que isso pode causar vibração
no eixo. Também é importante analisar as suas dimensões, observando se estão de acordo
com os fornecidos pelo fabricante e dentro da norma ABNT NBR ISO 3547-3. Caso a bucha
esteja desgastada, faça a troca;

Passo 3: Verificar o eixo:


Realize a medição no eixo, verificando se ele apresenta algum desgaste. É importante para
assegurar se as suas dimensões estejam de acordo com os requisitos do mancal utilizado.
Além disso, verifique se o eixo apresenta rebarbas ou oxidações.

Passo 4: Aplicação de óleo lubrificante:


Aplique o óleo lubrificante indicado pelo fabrincante na quantidade adequada. Algumas
buchas deslizantes são autolubrifcantes. Sendo assim, não necessitam a aplicação de óleo.

Passo 5: Realizar o alinhamento:


Realize o alinhamento dos mancais de deslizamento para garantir o seu funcionamento
correto. O alinhamento pode ser feito girando o eixo sobre o equipamento e verificando as
marcas deixadas por ele, ou então com o auxílio de ferramentas, como, por exemplo, um
nível de bolha. Caso haja mais de dois mancais no sistema, comece o processo de
alinhamento pelos equipamentos mais externos e depois siga para os internos.

Passo 6: Montagem:
Com o alinhamento feito, realize a montagem do mancal no eixo:
• Para isso, coloque o eixo junto com a bucha sobre a parte de baixo de mancal;
• Em seguida, coloque a parte superior, juntamente com os parafusos e porcas;
• Por último, realize a lubrificação através de uma abertura presente na parte superior.

Passo 7: Verificar a folga:

Com o mancal montado em torno do eixo, meça o nível de folga para saber se está dentro
dos limites estabelecidos pelo fabricante. Para isso, utilize uma lâmina calibradora ou um
relógio comparador. 508

A frequência de inspeções dos mancais de deslizamento varia de acordo com a sua aplicação,
Com o alinhamento feito, realize a montagem do mancal no eixo:
• Para isso, coloque o eixo junto com a bucha sobreUE1
a parte de baixo
| Técnicas de mancal;
de manutenção aplicadas a mancais
• Em seguida, coloque a parte superior, juntamente com os parafusos e porcas;
• Por último, realize a lubrificação através de uma abertura presente na parte superior.

Passo 7: Verificar a folga:

Com o mancal montado em torno do eixo, meça o nível de folga para saber se está dentro
dos limites estabelecidos pelo fabricante. Para isso, utilize uma lâmina calibradora ou um
relógio comparador.
A frequência de inspeções dos mancais de deslizamento varia de acordo com a sua aplicação,
portanto é importante consultar o fabricante.

!
Solução
Solução do Problematizando...
do Problematizando...

Vamos retomar o problematizando? Quais procedimentos Amarildo deverá aplicar para


corrigir o problema apresentado pelo mancal de deslizamento?

Após a desmontagem e limpeza do equipamento, Amarildo verificou um desgaste na


bucha de deslizamento. Ele procedeu realizando uma manutenção corretiva, substituindo a
bucha deslizante conforme o fabricante e a norma ABNT NBR ISO 3547-3:2010.

Depois da manutenção, o ruído e o superaquecimento desapareceram!

E mais, o andamento da produção voltou ao normal!

TÉCNICO

AMARILDO
TÉCNICO

Agora
Agora éécom
comvocê!
você!
É hora de aplicar os conhecimentos aprendidos nesta Unidade de Estudo. Mostre que
você compreendeu bem e mãos à obra!

509
Unidade de Estudo
01

TÉCNICAS DE
MANUTENÇÃO
APLICADAS A
MANCAIS DE
ROLAMENTO

Unidade Curricular
Manutenção
Mecânica Aplicada
Contexto!
Contexto!

Amarildo estava realizando a manutenção preventiva nos mancais de rolamento,


quando percebeu que um deles apresentava um ruído estranho durante o seu
funcionamento.

AMARILDO
TÉCNICO

Então, ele resolveu retirar o rolamento do mancal para verificar o que


poderia estar causando esse problema.
Manutenção Mecânica Aplicada

?
Problematizando...
Problematizando...

Como Amarildo deve proceder para realizar a manutenção de forma correta do mancal
de rolamento?

Conhecimento em pauta!

MANCAL DE ROLAMENTO
Você já andou de skate? Nele, há pequenas peças metálicas redondas que ligam o eixo às
rodas, permitindo o seu giro. Essas peças são chamadas de rolamentos e são amplamente
utilizadas na indústria.

Você sabe o que são mancais de rolamento? São dispositivos que têm a função de guiar
ou apoiar um eixo permitindo sua rotação. Eles são usados para casos onde o atrito não
é muito alto e é necessária uma alta rotação. Eles são caracterizados pela presença de ro-
lamentos, que podem ser compostos por esferas ou roletes, como é possível observar na
imagem a seguir.

514
UE1 | Técnicas de manutenção aplicadas a mancais de rolamento

PRINCIPAIS PROBLEMAS NOS MANCAIS


Entre os principais causadores de problemas de funcionamento dos mancais de rolamen-
to, podemos destacar: lubrificação inadequada, sobrecarga, procedimento de montagem e
desmontagem inadequadas, níveis de folgas incorretas e manuseio inadequado.

Esses causadores geram nos mancais um excesso de vibração, superaquecimento e ruí-


dos, o que acaba afetando o funcionamento do equipamento, aumenta o desgaste do man-
cal e do próprio eixo, além de afetar toda a produção.

Para identificar problemas nos mancais de rolamentos, podemos utilizar algumas técni-
cas:

Tato

Ao girarmos o rolamento lentamente com a


mão, podemos identificar se a rotação
: ocorre com um certo esforço ou se ocorre
ratura
Tempe de forma desigual.
o pelo
o c a lo r gerad seu
Alt te o
l duran s
manca ento ou pico Ultrasson
io n a m a r a
func ra. P
peratu
de tem emperatura
at O ensaio por ultrassom permite identificar
medir os usa
ro
podem ro digital falhas mecânicas no rolamento com uma
et
termôm strial. alta precisão.
indu

Audição

Ao fazermos o rolamento funcionar a baixas


rotações, podemos verificar os ruídos
produzidos por ele. Para nos auxiliar nessa
tarefa podemos utilizar um estetoscópio
eletrônico.

515
Manutenção Mecânica Aplicada

Vamos agora conhecer os principais procedimentos que devemos realizar para a manu-
tenção correta do mancal de rolamento.

MANCAL DE ROLAMENTO – MANUTENÇÃO


Vamos ver os principais procedimentos para que a manutenção do mancal seja eficiente
e eficaz. Acompanhe!

Limpar as superfícies para evitar acúmulos de impurezas e danificar algum com-


1
ponente mecânico.
Desmontar o equipamento onde está o mancal, retirando o eixo com o rolamen-
2
to.
Verificar a qualidade do lubrificante no rolamento, identificando se existe algu-
3
ma impureza.
Iniciar o processo de desmontagem do rolamento do eixo. Caso o rolamento
4 apresente muita resistência para sair do eixo, utilize o saca-rolamento para au-
xiliar na realização do processo de extração.
Limpar o rolamento com um solvente apropriado, por exemplo, a aguarrás, para
5 poder retirar por completo o óleo lubrificante usado. Os rolamentos blindados,
aqueles com placas de aço inseridas sob pressão, não devem ser lavados.
6 Realizar a secagem do rolamento através de ar comprimido.
Verificar a integridade dos rolamentos: sem trinca, desgaste, rebaixo, oxidação
7
ou qualquer tipo de imperfeição em sua estrutura.
Realizar a medição do rolamento e comparar com os valores de dimensão for-
8
necidos pelo fabricante.
Identificar a necessidade de troca do rolamento. Para substituição, deve-se reti-
9 rar o rolamento novo da embalagem somente no momento da montagem devi-
do à presença do protetor anti-ferrugem.
Limpar o eixo onde o rolamento será posicionado. Além disso, deve-se verificar
10
as dimensões do eixo para assegurar que estão de acordo com as do rolamento.
Verificar as dimensões do eixo para assegurar que estão de acordo com as do
11
rolamento.
Lubrificar o rolamento. Em seguida, montá-lo no eixo pelo processo de interfe-
rência. Para isso, é preciso usar martelo e tubo metálico adaptado ao anel inter-
12 no do rolamento, através de leves batidas. Para casos de rolamentos grandes
com lubrificação permanente, devemos resfriar o eixo ao invés de esquentar o
rolamento.
13 Montar o rolamento no mancal.

516
UE1 | Técnicas de manutenção aplicadas a mancais de rolamento

Fique atento para uma particularidade da manutenção:

1. Caso o rolamento esteja com ajuste de interferência na caixa do equipamento ao invés


do eixo, o procedimento segue sendo o mesmo, com diferença somente no processo
de desmontagem.

Nesse caso, pode-se utilizar:

Um martelo com um tubo Pode-se utilizar também


cilíndrico, sem rebarba, um punção de algum Um saca-rolamentos com
apoiado no anel externo material macio e com haste regulável.
e realizar leves batidas. pontas arredondadas

!
Solução
Solução do Problematizando...
do Problematizando...

Vamos retomar o problematizando? Como Amarildo deve proceder para realizar a manu-
tenção de forma correta do mancal de rolamento?

Seguindo os procedimentos da manutenção e atentando para as especificidades do com-


ponente rolamento.

Amarildo observou que havia sujeira no rolamento, então ele executou a limpeza,
removendo o óleo contaminado, utilizando um solvente apropriado e secou com
ajuda do ar comprimido.

AMARILDO
TÉCNICO

Em seguida, verificou toda a integridade


517do rolamento, para ver se havia trinca,
desgaste, rebaixo, oxidação.
Manutenção Mecânica Aplicada

Em seguida, verificou toda a integridade do rolamento, para ver se havia trinca,


desgaste, rebaixo, oxidação.

AMARILDO
TÉCNICO

E, por fim, após lubrificar o rolamento, montou-o no eixo e no mancal, conferindo


que não havia mais qualquer tipo de barulho no funcionamento do rolamento.

AMARILDO
TÉCNICO

Agora
Agora éécom
comvocê!
você!
É hora de aplicar os conhecimentos aprendidos nesta Unidade de Estudo. Mostre que
você compreendeu e mãos à obra. Bom desempenho!

518
UE1 | Técnicas de manutenção aplicadas a mancais de rolamento

Anotações

519
Unidade de Estudo
01

MANUTENÇÃO
APLICADA

Unidade Curricular
Manutenção
Mecânica Aplicada
Contexto!
Contexto!

Preciso fazer o acoplamento do motor elétrico nesta


bomba centrífuga. A ideia é melhorar o sistema de
abastecimento de água aqui da Metaltech.

ARGEU
TÉCNICO

FERNANDO
TÉCNICO

E como isso Eu vou aplicar técnicas de


será feito? alinhamento e nivelamento
para permitir que o conjunto
motor-bomba funcione
adequadamente, conforme
o manual.

ARGEU
TÉCNICO

ODLIRAMA
OCINCÉT

ARGEU
TÉCNICO
Manutenção Mecânica Aplicada

?
Problematizando...
Problematizando...

Quais técnicas e procedimentos Amarildo deve avaliar para realizar o nivelamento e ali-
nhamento do conjunto motor-bomba instalado?

Conhecimento em pauta!

Temos em nosso corpo várias partes que trabalham com os alinhamentos de forma equi-
librada para funcionarem perfeitamente. Como exemplo, podemos citar a nossa coluna
vertebral, que sustenta todo nosso corpo. Quando não assumimos uma boa postura e man-
temos ela desalinhada por um longo período, sentimos dores, sinalizando que algum pro-
blema está ocorrendo.

Na indústria também precisamos ter atenção com o alinhamento, pois o desalinhamento


em acoplamentos de eixos é um dos principais fatores que acarreta vibrações excessivas,
comprometendo componentes mecânicos, como mancais, eixos, vedações, fixações, entre
outros. Esse fato justifica a elevada preocupação com o alinhamento, principalmente em
máquinas rotativas.

ALINHAMENTO DE EIXOS
O processo de alinhamento tem como objetivo coincidir as linhas centrais de diferentes
eixos. Para entender melhor, vamos verificar, nas imagens a seguir, três casos de desalinha-
mento:

524
UE1 | Manutenção aplicada

Desalinhamento Desalinhamento Desalinhamento


radial angular misto

Para auxiliar no alinhamento desses eixos, durante a instalação, temos à nossa disposi-
ção inúmeros instrumentos, como relógio comparador, régua, calibrador de folga, alinhador
a laser, etc. A utilização do relógio comparador (que é um instrumento de grande precisão)
se mostra como um recurso intermediário entre os três casos (desalinhamento radial, an-
gular e misto).

Assista ao vídeo a seguir sobre a técnica de utilização desse instrumento no processo de


alinhamento entre o motor e a bomba:

NIVELAMENTO DE MÁQUINAS
Nivelar uma máquina significa medir ou verificar, para certificar-se de que a superfície
da máquina está horizontal. É comum vermos esse procedimento na construção civil, como
mostra a imagem a seguir, onde o trabalhador usa níveis de bolha para certificar que o piso
se encontra sem inclinação.

525
Manutenção Mecânica Aplicada

Os instrumentos mais comuns para o nivelamento de máquinas e equipamentos são os


níveis de bolhas e os níveis eletrônicos. São equipamentos de fácil manuseio e devem ser
utilizados para o nivelamento tanto no sentido longitudinal quanto transversal.

Caso seja identificado um desnível, deve-se utilizar algum equipamento ou ferramenta


para a correção, como niveladores de base.

Para se certificar de que o nivelamento está correto, deve-se seguir as etapas:

526
UE1 | Manutenção aplicada

01 03

Realizar uma nova E por último, realiza-se


averiguação com o uma nova averiguação
nível de bolha ou para se certificar que o
o nível eletrônico nivelamento se manteve
02

Depois, coloca-se a
máquina para
funcionar vazia por
um certo período

!
Solução
Solução do Problematizando...
do Problematizando...

Vamos retomar o problematizando? Quais técnicas e procedimentos Amarildo deve ava-


liar para realizar o nivelamento e alinhamento do conjunto motor-bomba instalado?

Para realizar o alinhamento entre os eixos durante a instalação, Amarildo deve avaliar a
disponibilidade de um instrumento de precisão, como um relógio comparador, para se cer-
tificar de que os eixos se encontram na mesma linha.

Já para o nivelamento, ele pode utilizar um nível de bolha e, caso seja identificado um
desnível, devem ser aplicados niveladores de base.

Olha, Argeu, agora tenho certeza de que o conjunto


motor-bomba funcionará, nivelado e alinhado, sem
apresentar maiores problemas durante o uso.

ARGEU
TÉCNICO

AMARILDO
TÉCNICO

527
Manutenção Mecânica Aplicada

Agora
Agora éécom
comvocê!
você!
Chegou a hora de colocar o conhecimento aprendido em prática! Responda o que se
pede com atenção.

528
UE1 | Manutenção aplicada

Anotações

529
Unidade de Estudo
01

BALANCEAMENTO
E VIBRAÇÃO DE
MÁQUINAS

Unidade Curricular
Manutenção
Mecânica Aplicada
Contexto!
Contexto!

Um dos conjuntos motoredutor da Metaltech

!
começou a apresentar um barulho de vibração.

ODNANREF
OCINCÉT

Amarildo verificou que o


motor elétrico, ligado a um
Esse barulho não é um redutor de velocidade,
bom sinal. Tenho que estava apresentando uma
descobrir o que está vibração excessiva.
acontecendo!

AMARILDO
TÉCNICO

AMARILDO
TÉCNICO

Preciso fazer uma análise de vibração


neste equipamento. Só assim vou
saber se será necessário realizar um
procedimento de manutenção.

FERNANDO
TÉCNICO
Manutenção Mecânica Aplicada

?
Problematizando...
Problematizando...

Quais procedimentos Amarildo deve seguir para realizar a análise de vibração no motor
elétrico?

Conhecimento em pauta!

VIBRAÇÃO
Quando dirigimos frequentemente em regiões com uma pista irregular, podemos no-
tar uma maior vibração no carro e, com o tempo, isso pode ocasionar problemas, como o
afrouxamento de parafusos e porcas. Esse problema pode acarretar em transtornos ainda
maiores, além de ser extremamente desconfortável para o motorista.

Nos equipamentos industriais isso também acontece. O excesso de vibração pode pro-
vocar o desprendimento de parafusos, porcas, chavetas, pinos, danos em componentes de
máquinas, como mancais, engrenagens, eixos, além de causar um atraso na produção, pois
é um indício de que a máquina não está funcionando corretamente. Por esse motivo, uma
análise de vibração é de fundamental importância, pois assim podemos tomar uma ação
corretiva antes de ocorrer algum acidente grave ou um dano maior ao equipamento.

Neste material, você vai aprender sobre o que é vibração, como realizar uma análise de
vibração, quais são suas principais causas e o que deve ser analisado no equipamento.

534
UE1 | Balanceamento e vibração de máquinas

ANÁLISE DE VIBRAÇÃO
Vibração pode ser definida como sendo uma oscilação de um corpo em torno de um
ponto, também chamado referencial, de maneira contínua. A vibração em si não é uma
coisa ruim, tanto que existem equipamentos que a utilizam em seu favor, como é o caso do
compactador ou britadeira, como pode ser observado nas imagens a seguir, mas o seu ex-
cesso provoca danos severos em outros equipamentos e, por isso, ela deve ser monitorada
e controlada.

COMPACTADOR BRITADEIRA

Para realizar uma análise de vibração em um equipamento, utilizamos um medidor de


vibração onde, na ponta, temos um sensor. Esse sensor deve ser colocado em pontos estra-
tégicos no equipamento para se obter um nível de vibração confiável e a norma ABNT NBR
10082 Ensaio não destrutivo — Análise de vibrações — Avaliação da vibração mecânica de
máquinas com velocidades de operação de 600 rpm a 15 000 rpm especifica quais pontos
seriam esses:

535
Manutenção Mecânica Aplicada

- Devem-se realizar - Devem-se realizar - Medição axial


medições nas medições nas (PA) do eixo.
posições verticais posições horizontais
(PV) dos mancais. (PH) dos mancais.

Na imagem a seguir, podemos ver esses pontos em um motor elétrico:

PV

PV

PH

PA

PH

A norma ABNT NBR 10082 divide em 4 categorias (A, B, C e D) os níveis de vibração, per-
mitindo assim saber se o equipamento está dentro dos limites aceitáveis. Além disso, ela
também divide os equipamentos em grupos, de acordo com a sua potência e a flexibilidade
dos mancais. É possível visualizar essas divisões no quadro a seguir:

536
UE1 | Balanceamento e vibração de máquinas

DIVISÃO DO DIVISÃO DO
EQUIPAMENTO DE EQUIPAMENTO DE
NÍVEIS DE VIBRAÇÃO
ACORDO COM A ACORDO COM A
POTÊNCIA FLEXIBILIDADE
Grupo I - Máquinas com
potência acima de 300
Zona A - Valores para
kW. Geralmente esses Rígida - Quando a menor
máquinas novas.
equipamentos usam frequência natural é pelo
mancais de deslizamento. menos 25% maior do que a
Zona B - Valores aceitáveis frequência de operação.
Grupo II - Máquinas com
para operaçãoes de longo
potência entre 15 kW
período.
até 300 kW. Geralmente
Zona C - Valores
esses equipamentos usam Flexível - Quando a menor
inaceitáveis para operação
mancais de rolamentos. frequência natural é 25%
de longo período.
menor do que a frequência
Zona D - Danos em curto Grupo III - Máquinas com
de operação.
prazo. potência abaixo de 15 kW.

Na tabela a seguir, podem ser observados os limites de vibrações estabelecidos pela nor-
ma em rms (Root Mean Square, em português, valor limite entre zonas), valor de nível
de vibração mais relevante, de acordo com as divisões do equipamento apresentadas no
quadro anterior:

Valor limite entre as zonas (rms)


FLEXIBILIDADE ZONA
Grupo 1 Grupo 2 Grupo 3
A/B 1,1 1,8 2,8
Rígido B/C 1,8 2,8 4,5
C/D 2,8 4,5 7,1
A/B 1,8 2,8 4,5
Flexível B/C 2,8 4,5 7,1
C/D 4,5 7,1 11

Então, se o equipamento analisado apresentar um valor de rms acima da zona C, sig-


nifica que ele está vibrando de forma excessiva e, portanto, deve sofrer uma intervenção
para evitar danos maiores. De uma maneira geral, os problemas que causam uma vibração
excessiva nos equipamentos são:

537
Manutenção Mecânica Aplicada

>> Lubrificação inadequada


>> Problemas em mancais
>> Desalinhamento e desbalanceamento de eixos
>> Eixo empenado
>> Cavitação (no caso de bombas)
>> Defeitos em polias e correntes
>> Falha elétrica
>> Folgas mecânicas (falta de rigidez, falha de fixação, folgas entre componentes)
>> Defeitos em engrenagens

Portanto, é importante, caso seja identificada uma vibração excessiva, verificar no equi-
pamento as suas condições de lubrificação, realizar uma inspeção nos mancais, verificar a
integridade dos eixos, polias, correntes e engrenagens, verificar se existe alguma falha elé-
trica (como a degradação do isolamento da bobina do estator, desequilíbrio na alimentação,
folgas no entreferro) e inspecionar as folgas mecânicas (verificar se o equipamento está
bem fixo na estrutura, se não existe algum parafuso frouxo).

Nesta Unidade de Estudo você pôde reconhecer os principais procedimentos de manu-


tenção aplicados à vibração de máquinas, bem como a norma que estabelece condições
para a sua execução.

!
Solução
Solução do Problematizando...
do Problematizando...

Vamos retomar o problematizando? Quais procedimentos Amarildo deve seguir para re-
alizar a análise de vibração no motor elétrico?

538
UE1 | Balanceamento e vibração de máquinas

Amarildo deve consultar e seguir as especificações da norma ABNT NBR 10082 para saber
os pontos corretos onde se devem realizar as medições e classificar a qual grupo pertence o
equipamento, de acordo com a sua potência e flexibilidade. Depois, ele deve avaliar os níveis
de vibrações encontrados e verificar se estão aceitáveis, caso não esteja dentro do limite, de-
ve-se realizar uma inspeção no motor, verificando a integridade de seus rolamentos, eixos
(se está desbalanceado, desalinhado, empenado) e folgas mecânicas.

Após a análise de vibração do motor, foi verificado que a vibração excessiva


era proveniente de um rolamento que estava danificado, por causa de um
desgaste prematuro devido à lubrificação ineficiente, sendo necessário
trocá-lo. Após a troca, o motor voltou a funcionar normalmente.

AMARILDO
TÉCNICO

Agora
Agora éécom
comvocê!
você!
Chegou a hora de colocar o conhecimento aprendido em prática. Aplique-o com atenção.

539
Unidade de Estudo
01

REQUISITOS PARA
MOVIMENTAÇÃO
DE CARGA

Unidade Curricular
Manutenção
Mecânica Aplicada
Contexto!
Contexto!

Valdomiro, gerente de manutenção, precisa reinstalar


um compressor em outro local da fábrica.

Será necessário
fazer a reinstalação
desse equipamento
em outro galpão.

ORIMODLAV
ETNEREG

Então, ele chamou João Pedro


e fez uma solicitação.
Encontre o melhor mecanismo para
movimentação do compressor de
ar, possibilitando a reinstalação em
outro galpão.

ORDEP OÃOJ
OCINCÉT

ORIMODLAV
ETNEREG
Manutenção Mecânica Aplicada

?
Problematizando...
Problematizando...

Como João Pedro deve identificar os corretos mecanismos para movimentar o compres-
sor de ar para sua reinstalação em outro galpão?

Conhecimento em pauta!

IDENTIFICANDO REQUISITOS DE MOVIMENTAÇÃO DE CARGA


Quando precisamos subir e descer ou transportar algum material em prédios, utilizamos
os elevadores para nos auxiliar. Mas, para realizar essa movimentação, é necessário conhe-
cer os requisitos mínimos dos elevadores.

Essa informação consta na placa de identificação que fica dentro do elevador.

6
MAX

Nessa placa é informada a E a última data de suas


capacidade máxima para manutenções, como é
seu uso de forma segura, apresentado na norma
evitando acidentes no NR11, a qual diz em
transporte de passageiros seu item 11.1.3.2:
e materiais.

“Em todo o equipamento será indicada, em lugar


visível, a carga máxima de trabalho permitida”

Na indústria ocorre da mesma forma. Quando necessitamos fazer uma movimentação de


máquinas e equipamentos, devemos seguir os requisitos que possam dar maior segurança
a este trabalho. Diferente do caso dos elevadores, a identificação dos principais requisitos
está nas normas técnicas vigentes.

544
UE1 | Requisitos para movimentação de carga

Vamos ver, nesta Unidade de Estudo, os principais requisitos a serem considerados na


definição dos mecanismos para a movimentação de máquinas e equipamentos.

REQUISITOS PARA DEFINIÇÃO DOS MECANISMOS DE


MOVIMENTAÇÃO DE CARGA
A necessidade de realizar a movimentação de máquinas e equipamentos na indústria
é muito comum, seja para instalação, reinstalação, substituições ou reparos. Para realizar
essas tarefas, utilizamos alguns mecanismos que possibilitam realizar essa tarefa, pois são
projetados para garantir a resistência e segurança a este tipo de trabalho, como exemplo:

Entre vários requisitos que podemos utilizar para definir qual mecanismo utilizar, pode-
mos considerar três como principais e importantes: a identificação, a leitura de manual e as
inspeções.

Vamos entendê-los melhor?

IDENTIFICAÇÃO
Conforme a Norma Regulamentadora 12 – NR 12, o item 12.125 determina que todos os
equipamentos ou mecanismos utilizados para a realização de movimentação devem ter em
lugar visível a sua identificação e carga máxima de trabalho permitida.

Cinta de içamento
Manilha com Empilhadeira com
com placa e cores
identificação identificação
de identificação
de carga de carga
de carga

545
Manutenção Mecânica Aplicada

Com o acesso à identificação da capacidade das máquinas e equipamentos, evitamos o


equívoco de utilizar um mecanismo com capacidade de carga inferior para que não venha a
se romper causando acidente.

No exemplo a seguir, observamos o mau uso da empilhadeira.

Carga sendo transportada


com peso de 7 toneladas.

Empilhadeira com capacidade


de carga de 5 toneladas.

MANUAL
O fabricante de máquinas e equipamentos deve fornecer instruções atendendo aos re-
quisitos da segurança em todas as fases de operação, manutenção, armazenagem e trans-
porte, etc. (NR 12, no item 12.125).

INSPEÇÕES
Os mecanismos utilizados para o transporte devem ser inspecionados, periodicamente,
garantindo as condições de uso ou indicando sua substituição. Para essa atividade de ins-
peção, devemos ter um relatório devidamente detalhado e arquivado, garantindo o rastreio
das informações no futuro.

546
UE1 | Requisitos para movimentação de carga

Parasaber
Para saber mais!
mais!
Consulte a norma NR 11 – Transporte, movimentação, armazenagem e manuseio de ma-
teriais: Item 11.1, Normas de segurança para operação de elevadores, guindastes, transpor-
tadores industriais e máquinas transportadoras.

Agora que já vimos alguns requisitos das normas, vamos ver um exemplo:

Supondo que devemos realizar a movimentação de um compressor de ar, para isso, de-
vemos realizar o seguinte procedimento:

Identificar
Características

Movimentação Verificar
do Compressor Manual

Inspecionar
Equipamentos

IDENTIFICAR CARACTERÍSTICAS
Partimos inicialmente para a identificação do equipamento. No local, identificamos que o
compressor de ar pesa 1,5 toneladas.

547
Manutenção Mecânica Aplicada

Largura

Coletamos
Altura
suas dimensões

Comprimento

VERIFICAR MANUAL
Com a identificação do modelo, identificamos o manual do fabricante, confirmamos as
informações encontradas no local e identificamos o procedimento adequado para realizar a
movimentação do compressor conforme o fabricante.

Segundo o manual, o
recomendado é utilizar
uma empilhadeira com
capacidade de carga
mínima de 1,5
toneladas, nos pontos
A e B de fixação.

548
UE1 | Requisitos para movimentação de carga

INSPECIONAR EQUIPAMENTOS
Assim, com as informações identificadas no local e manual, procuramos os relatórios de
inspeção da empilhadeira para confirmar se passou por inspeção no último ano e está em
perfeito estado para trabalhos com movimentação de carga.

Deve ter capacidade


mínima de 1,5 toneladas

Ponto A Ponto B

Todo o Compressor de ar
pesa 1,5 toneladas

Assim, podemos identificar os três principais itens para identificar e definir um mecanis-
mo para movimentação de máquinas e equipamentos. Fique atento, estude todas as nor-
mas aqui referenciadas, pois precisamos estar atentos a todos os critérios.

549
Manutenção Mecânica Aplicada

!
Solução
Solução do Problematizando...
do Problematizando...

Vamos recapitular o problema?

Como João Pedro deve identificar os corretos mecanismos para movimentar o compres-
sor de ar para sua reinstalação em outro galpão?

João Pedro deve utilizar seus conhecimentos das Normas Regulamentadoras 11 e 12 para
fazer a identificação dos corretos mecanismos na movimentação do compressor de ar.

Então, João Pedro identificou o peso e as dimensões do compressor, as


recomendações do fabricante e informou a Valdomiro a sua decisão.

A empilhadeira é o melhor
mecanismo para transportar
o compressor de ar, segundo
informações do fabricante...

ORDEP OÃOJ
OCINCÉT

VALDOMIRO
GERENTE

...pois o peso e as dimensões


do compressor são compatíveis
com nossa empilhadeira.

Além disso, consultei os relatórios de


inspeção da empilhadeira, chegando à
conclusão de que ela está apta para
realizar esse trabalho de movimentação.

ORDEP OÃOJ
OCINCÉT

VALDOMIRO
GERENTE

550
UE1 | Requisitos para movimentação de carga

Agora
Agora éécom
comvocê!
você!
Chegou a hora de colocar o conhecimento aprendido em prática. Aplique-o com atenção.

551
Unidade de Estudo
01

EQUIPAMENTOS E
ACESSÓRIOS PARA
MOVIMENTAÇÃO
DE CARGA

Unidade Curricular
Manutenção
Mecânica Aplicada
Contexto!
Contexto!

Valdomiro deseja fazer uma mudança na oficina mecânica. Para isto, será necessário
movimentar um dos tornos mecânicos para o galpão de manutenção.

VALDOMIRO
GERENTE

Assim, ele solicitou a João Pedro que selecionasse os equipamentos e acessórios


necessários para realizar a movimentação do torno de 1,5 toneladas.

JOÃO PEDRO
TÉCNICO

ORIMODLAV
ETNEREG
Manutenção Mecânica Aplicada

?
Problematizando...
Problematizando...

Como João Pedro poderá selecionar os equipamentos e acessórios necessários para o


transporte e movimentação do torno de 1,5 toneladas?

Conhecimento em pauta!

MOVIMENTAÇÃO DE CARGAS E SEUS CUIDADOS


Quando desejamos levantar algo muito pesado, precisamos de ferramentas e acessórios
adequados e saber como usá-los. Por exemplo, quando trocamos o pneu de um carro, é
necessário utilizar o macaco e posicioná-lo em um local específico do carro, geralmente
indicado através de uma seta. Este local é sinalizado, pois foi corretamente projetado pelo
fabricante para suportar as forças envolvidas. Assim, se colocarmos em outro local, certa-
mente irá ocorrer algum dano à lataria do carro ou à nossa segurança.

Na indústria ocorre da mesma forma. Quando vamos realizar o transporte, elevação e


movimentação de máquinas e equipamentos, precisamos selecionar os equipamentos e
acessórios necessários, onde e como utilizá-los. As normas nos auxiliam nessa seleção, va-
mos entender como?

556
UE1 | Equipamentos e acessórios para movimentação de carga

TRANSPORTE E MOVIMENTAÇÃO DE CARGAS SOB O AUXÍLIO DAS


NORMAS TÉCNICAS
Existem vários equipamentos e acessórios para utilizarmos no transporte, elevação e mo-
vimentação de máquinas e equipamentos, tais como: elevadores de carga, guindastes, pon-
tes rolantes, talhas, tirfor, eslingas, cintas, olhais, empilhadeiras, guinchos, esteiras rolantes,
etc. Mas como selecioná-los?

Primeiramente, precisamos conhecer o peso total, dimensões e


características da máquina e equipamento que será transportado
e as normas auxiliam nisso.

A norma regulamentadora 12 - NR 12, no item 12.123,


determina que todos os equipamentos ou mecanismos
utilizados para a realização de movimentação, devem ter
em lugar visível a sua identificação e carga máxima de
trabalho permitida.

Já no item 12.125, a norma determina que o fabricante de


máquinas e equipamentos devem fornecer instruções
atendendo aos requisitos da segurança em todas as fases de
operação, manutenção, armazenagem e transporte etc. Portanto,
as características, cuidados e proteções para o transporte ou
movimentação do equipamento ou máquina deverão estar em
seus respectivos manuais.

Parasaber
Para saber mais!
mais!

Deve-se atentar também aos cabos, cordas e correntes que são componentes necessá-
rios para a movimentação de cargas. Para saber mais, consulte a norma: NR 11 – Transporte,
movimentação, armazenagem e manuseio de materiais: Item 11.1.3.1.

Especial atenção será dada aos cabos de aço, cordas, correntes, roldanas e ganchos que
deverão ser inspecionados, permanentemente, substituindo-se as suas partes defeituosas.

Vamos a um exemplo prático?

557
Manutenção Mecânica Aplicada

TRANSPORTANDO UM TORNO MECÂNICO


Para realizar o transporte ou movimentação de máquinas, primeiramente temos que
identificar os dados registrados na máquina, conforme a norma, ou através do manual.
Após isso, selecionamos os equipamentos e acessórios adequados a realização do transpor-
te/movimentação, que deverão estarem em condições de uso, conforme os relatórios de
manutenção e inspeção.

Assim, com todas essas informações (massa do torno, capacidade de carga do caminhão
Munck e das cintas, localização dos pontos de fixação para as cintas e rota de transporte),
confirmamos se é possível a movimentação do torno, conforme apresentaremos a seguir.

4 cintas com
capaciade de 1,5
tonelada cada
Caminhão Munck
(Equipamento)

Torno mecânico

4 pontos de fixação
capaciade de 1,5
tonelada cada

VAMOS ENTENDER PASSO A PASSO COM O QUADRO A SEGUIR

IDENTIFICAR DADOS MANUAL DADOS INSPEÇÃO SELECIONAR


Critérios e - Recomendado - Guindauto com
cuidado no utilizar Guindauto manutenções em
Torno transporte e para transporte; dia;
Modelo Metaltech 1.8 instalação do - 4 cintas com - 4 cintas com
torno capacidade de 1,5 capacidade de 1,5
Metaltech 1.8 tonelada cada. Relatórios tonelada cada,
de inspeção aprovadas por
inspeções.
Peso 1.500 kg
Ponto de 4 pontos de
fixação para Local para fixação
800 mm x fixação inspecionado e
Dimensões as cintas
1200 mm aprovado pelo
x 1500 mm relatório

558
UE1 | Equipamentos e acessórios para movimentação de carga

Veja a seguir o estudo da rota de acessos:

CONFIRMAR
ROTA DE ACESSO
SELEÇÃO

Oficina Verificar acesso Guindauto tem


projetos para o Guindauto acesso entre
mecânicos que irá os galpões.

MOVIMENTAÇÃO
PRONTO PARA A
transportá-lo.
Oficina
mecânica

Verificar a rota de Rota de acesso


acesso para o possível com as
torno mecânico. dimensões do
torno.

Aprendemos, nesta Unidade de Estudo, como selecionar equipamentos e acessórios para


o transporte, elevação e movimentação de cargas. Vimos que as normas regulamentadoras
nos auxiliam dando diretrizes para essa seleção e que é indispensável estudarmos o trajeto
que faremos com a carga.

!
Solução
Solução do Problematizando...
do Problematizando...

Vamos recapitular o problema? Como João Pedro poderá selecionar os equipamentos e


acessórios necessários para o transporte e movimentação do torno de 1,5 tonelada?

Com sua experiência e conhecimento das normas, João Pedro identificou o torno
mecânico, leu o manual, verificou as recomendações do fabricante, selecionou o
equipamento e acessórios de acordo com a capacidade de carga e verificou que
estavam inspecionados e aprovados para uso.

MANUAL JOÃO PEDRO


TÉCNICO

559
Assim, João Pedro estudou o trajeto, selecionou os equipamentos e acessórios
necessários para realizar o transporte e movimentação do torno de 1,5 toneladas.
MANUAL JOÃO PEDRO
TÉCNICO

Manutenção Mecânica Aplicada

Assim, João Pedro estudou o trajeto, selecionou os equipamentos e acessórios


necessários para realizar o transporte e movimentação do torno de 1,5 toneladas.

Galpão de
manutenção
Galpão de
manutenção
Oficina

Oficina

Agora
Agora éécom
comvocê!
você!
Chegou a hora de colocar o conhecimento aprendido em prática. Aplique-o com atenção.

560
UE1 | Equipamentos e acessórios para movimentação de carga

Anotações

561
Unidade de Estudo
01

SUPRIMENTO DA
MANUTENÇÃO

Unidade Curricular
Manutenção
Mecânica Aplicada
Contexto!
Contexto!

Valdomiro, supervisor de manutenção, fez uma


solicitação a João Pedro, técnico de manutenção.

Identifique os insumos necessários


para a realização da manutenção
desse novo compressor.

ORDEP OÃOJ
OCINCÉT

ORIMODLAV
ETNEREG
Manutenção Mecânica Aplicada

?
Problematizando...
Problematizando...

Como João Pedro fará para identificar os insumos necessários para realizar as manuten-
ções do novo compressor?

Conhecimento em pauta!

INSUMOS
Em qualquer residência, fazemos as compras de supermercado em intervalos de tempo
definidos (uma vez por semana ou mês). Isso acontece porque toda família consome alimen-
tos e produtos que precisam ser repostos. Deste modo, necessitamos identificar as necessi-
dades e fazer as compras no mercado. Assim, sempre teremos tudo o que é necessário em
nossas residências.

Em manutenções industriais, também ocorre da mesma forma. É importante a identifi-


cação dos insumos necessários para a realização de cada manutenção, para que uma boa
gestão de manutenção seja feita com a reposição de estoques. Mas, você sabe o que é um
insumo?

566
UE1 | Suprimento da manutenção

Para se ter um controle rigoroso de entrada e saída de insumos, é utilizado o recurso


de gestão de insumos, comumente chamado como gestão de sobressalentes.

A gestão de insumos é composta por quatro etapas:

• Identificação dos insumos;


• Verificação dos insumos necessários na manutenção e retirada do almoxarifado;
• Verificação dos insumos utilizados na manutenção;
• Atualização dos insumos utilizados na planilha, lista ou checklist.
Agora iremos conhecer um pouco mais sobre a primeira etapa.

567
Manutenção Mecânica Aplicada

Identificação dos Insumos


Consiste em identificar os
insumos necessários para
a manutenção (geração da
ordem de serviço).

Atenção!
Atenção!
As três etapas posteriores da gestão de insumos referem-se a: 1) verificação dos insumos
necessários na manutenção e retirada do almoxarifado; 2) verificação de insumos utilizados
na manutenção; 3) atualização dos insumos utilizados na planilha, listas ou checklist.

IDENTIFICAÇÃO DOS INSUMOS


A sequência para identificação e definição dos insumos necessários são:

-Estudar o manual do fabricante sobre


quais são os insumos utilizados para
cada serviço de manutenção.

-Depois, é necessário caracterizar o


intervalo de manutenção do
equipamento. É aconselhável
verificar no manual do fabricante
quais são os intervalos das
manutenções e como funciona, se é
baseado em horas de funcionamento
mensal, trimestral, semestral, anual
ou ciclos de trabalho.

- Assim, é possível definir as


demandas dos insumos de forma
regular, no qual é necessário sempre
ter em estoque ao longo do ano
568
(mínimos e máximos).
equipamento. É aconselhável
verificar no manual do fabricante
quais são os intervalos das
manutenções e como funciona,UE1se é
| Suprimento da manutenção
baseado em horas de funcionamento
mensal, trimestral, semestral, anual
ou ciclos de trabalho.

- Assim, é possível definir as


demandas dos insumos de forma
regular, no qual é necessário sempre
ter em estoque ao longo do ano
(mínimos e máximos).

Contudo, também devemos estar atentos a insumos que possuem demanda sazonal,
que somente em determinados períodos de tempo são utilizados. Por exemplo, uma em-
presa que produz ovos de Páscoa possui uma demanda de insumos muito maior durante os
meses que antecedem a Páscoa. Assim, os insumos precisam estar disponíveis prioritaria-
mente nesta época e as manutenções podem acompanhar essas demandas.

A tabela a seguir retrata os meses com as maiores demandas da necessidade de insumos


para produção, sinalizados em vermelho, e as menores demandas sinalizadas na cor branca.

2019 2020
Novembro

Novembro
Dezembro

Dezembro
Setembro

Setembro
Fevereiro

Fevereiro
Outubro

Outubro
Janeiro

Janeiro
Agosto

Agosto
Março

Março
Junho

Junho
Julho

Julho
Maio

Maio
Abril

Abril

Meses com maiores demandas de insumos.

Meses com menores demandas de insumos.

O gráfico as seguir reflete a proporção do crescimento dos lucros de venda, resultado da


elevada produção nos meses de alta demanda sinalizados na tabela anterior.

569
Manutenção Mecânica Aplicada

Mil 1º ano Insumos - Sazonal 2º ano


R$100
R$80
R$60
R$40
R$20
R$10

Ja mb o

em ro
Fe iro o

o
N ub ro

N ub ro
Ab ço o

e r

Ab ço o
ne r

br
ov ro

ov ro
ez b

ez b
ar ir

ar ir
ut b

ut b
D em

D em
Fe eiro

Se sto

Se sto
M ere

M ere
O m

O m
Ju ho

Ju ho
Ag o

Ag o
Ju o

Ju o
M il

M il
te

te
lh

lh
o

o
ai

ai
r

r
v

v
n

n
n
Ja

Desta forma, com os insumos e a periodicidade de utilização definidos, é necessário pla-


nejar um estoque para o controle do consumo dos insumos. Pode ser desenvolvida uma
tabela que informe qual a quantidade de insumo mínimo e máximo que precisará ter na
empresa, também conhecida por checklist (em português, lista de verificação).

Checklist - Compressor

Assim, verificamos que após os estudos de insumos e periodicidade, é possível fazer um


controle e sempre ter os materiais necessários para as manutenções, preventivas, correti-
vas, etc. Devemos estar atentos ainda à sazonalidade das operações e à experiência com as
manutenções realizadas, que podem trazer atualização para as quantidades de máximo e
mínimo dos insumos, possibilitando atualizações/correções do checklist.

570
UE1 | Suprimento da manutenção

!
Solução
Solução do Problematizando...
do Problematizando...

Vamos retomar o problematizando? Como João Pedro deve identificar os insumos neces-
sários para a realização da manutenção do novo compressor?

João Pedro iniciou estudando o manual do fabricante, identificando quais são os


insumos necessários e o intervalo para a realização de todas as manutenções.

MANUAL

VISITANTE

Criou um checklist e realizou a compra dos primeiros insumos para


ter o estoque máximo estabelecido antes da primeira manutenção.

ORDEP OÃOJ
OCINCÉT

Agora
Agora éécom
comvocê!
você!
É hora de colocar em prática os conhecimentos adquiridos nesta Unidade de Estudo.
Vamos exercitar?

571
Unidade de Estudo
01

COMPONENTES
E INSUMOS
NECESSÁRIOS PARA
A REALIZAÇÃO DA
MANUTENÇÃO

Unidade Curricular
Manutenção
Mecânica Aplicada
Contexto!
Contexto!

Valdomiro solicitou que João Pedro realizasse a manutenção do compressor


A, porém disse algo mais.

Plano de
Manutenção
JOÃO PEDRO
TÉCNICO

VALDOMIRO
GERENTE

Preciso que a atividade seja feita


levando em consideração a
atualização do estoque, pois
precisaremos saber se haverá
insumos necessários para a próxima
manutenção, a do compressor B!

JOÃO PEDRO
TÉCNICO

Fique tranquilo!
Ficarei atento a
VALDOMIRO
GERENTE
essas informações.

João Pedro verificou que terá que tomar todas as providências em relação aos
mecanismos de controle de estoque, evitando assim problema com os componentes
e insumos na próxima manutenção do compressor B.

PLANO DE MANUTENÇÃO
Manutenção Mecânica Aplicada

?
Problematizando...
Problematizando...

Quais são os mecanismos de controle de estoque que João Pedro deverá identificar e
seguir para não ter problemas com os componentes e insumos na próxima manutenção do
compressor B?

Conhecimento em pauta!

ORGANIZAÇÃO
A organização favorece qualquer atividade. Imagine a dificuldade quando precisamos fa-
zer qualquer serviço em casa e não encontramos ferramentas e materiais. Por exemplo,
imagine que precisamos trocar o sifão da pia da cozinha. Podemos até ter a peça reserva,
mas se esquecermos onde ela foi guardada, será um transtorno. Pela falta de controle, tere-
mos que sair para comprar o material.

Contudo, se nos organizarmos, facilitaremos a resolução do problema e reduziremos pre-


juízos com compras que não eram necessárias. Lembrando que ainda continuaremos com
um sifão.

Na indústria, ocorre da mesma forma e é ainda mais complicado, pois estes custos pela
falta de organização podem colocar uma empresa em uma situação financeira grave.

Hoje em dia este controle é facilitado pelo auxílio da tecnologia. Temos, por exemplo, sof-
twares de gestão da manutenção, que possuem várias ferramentas que facilitam o controle
das informações, como o controle de estoque. No software, é possível pesquisar descrição,
quantidade e localização de componentes e insumos, diminuindo o tempo de procura dos
mesmos e reduzindo custos com compras desnecessárias.

576
UE1 | Componentes e insumos necessários para a realização da manutenção

ADMINISTRAÇÃO DE ESTOQUES E O SEU CONTROLE NA GESTÃO DE


INSUMOS
Veja como funciona o mecanismo de controle do estoque de componentes e insumos
para máquinas e equipamentos, conforme fluxograma a seguir:

Preparação para OS
2°: Retiradada dos
insumos no almoxarifado.

Geração da
ordem de serviço (OS)
Após executar a OS
1°: Identificação, no
plano de manutenção, 3º: Verificação dos
dos insumos necessários insumos utilizados na
para a manutenção. manutenção.

Fechamento da OS
4°: Atualização dos
insumos utilizados na
planilha, listas ou checklist
de gestão de insumos.

577
Manutenção Mecânica Aplicada

DECIFRANDO AS CODIFICAÇÕES E ESPECIFICAÇÕES NO PLANO DE


MANUTENÇÃO
Quando partimos para executar um serviço de manutenção, temos as informações dos
componentes e insumos de máquinas ou equipamentos em manuais, catálogos e no softwa-
re de gestão da manutenção.

Para identificar as informações, podemos ver descrições e codificações como TAG (do
inglês, rótulo ou etiqueta) e PN (part numbers) ou número da peça). Vamos entender como
funciona?

• Na empresa, conseguimos identificar as máquinas e equipamentos pelos TAGs, com as


informações básicas como localização, quantidade e tipo de equipamento. Veja como a
leitura deve ser feita:

Fábrica no Acre Compressor

Divisão do Brasil BR – AC – LP3 – COMP – 002 002 – Segundo COMP

Linha de produção 3

• Nos manuais e catálogos, identificamos os componentes e insumos pelos PN, que é


um código universal para os fabricantes identificarem os produtos. Cada componente
ou insumo de máquinas e equipamentos tem o seu PN específico. Veja como fazer a
leitura:

Filtro de óleo FO – 32 – RV5 Revisão 5

Modelo 32

Mediante à situação a ser resolvida, seguimos os seguintes passos:

578
UE1 | Componentes e insumos necessários para a realização da manutenção

Identificamos os insumos no plano de


Passo 1 manutenção.

Retiramos os componentes ou insumos


Passo 2
do Almoxarifado para a manutenção.

Passo 3 Fazemos a manutenção, verificamos tudo


que foi utilizado e escrevemos na OS.

Por fim, atualizamos as informações no


Passo 4 software de gestão da manutenção,
planilhas ou a lista de verificação, permitindo
o melhor controle de estoque possível.

Desta forma, se o plano de manutenção solicitar 400 ml de óleo lubrificante e foram utili-
zados apenas 200 ml, com as informações atualizadas, conforme ordem de serviço a seguir,
serão repostos no almoxarifado apenas 200 ml. Isso reduzirá os custos para a próxima ma-
nutenção.

ORDEM DE SERVIÇO
Solicitante Visto do solicitante: Solicitação: OS 6007630
Preventiva Corretiva Melhoria
Equipamento Data da solicitação Hora da solicitação Máquina disponível
BR-BA-LP3-COMP-002 25/05/2019 9:35 am Sim Não
Especialidade: Mecânica Elétrica
Descrição do efeito/ Serviço
Realizar a revisão anual do compressor
Descrição do serviço Material utilizado
Item Descrição PN Quantidade Unidade
Rolamento Trocar o rolamento 3062A 1 und
Realiza a troca se 7070B 4 und
Arruela necessário
Verificar a integridade
e realizar a troca se 9090C 4 und
Parafuso necessario
Verificar a integridade
e realizar a troca se 8080C 4 und
Oring necessário
Oléo lubrificante Troca do óleo 1111L 200 ml
Filtro de ar Substituição do filtro 2323L 1 und
Filtro de óleo Substituição do filtro 2323A 1 und
Observações gerais:
Não foi necessária a substituição dos 4 parafusos.
Não foi necessária a substituição do rolamento.

579
Manutenção Mecânica Aplicada

!
Solução
Solução do Problematizando...
do Problematizando...

Vamos retomar o problematizando? Quais são os mecanismos de controle de estoque


que João Pedro deverá seguir para não ter problemas com os componentes e insumos na
próxima manutenção do compressor B?

Para executar a atividade com eficiência, João Pedro:

1. Identificou os insumos no plano de manutenção;

2. Retirou os mesmos no estoque;

3. Realizou a manutenção no compressor A;

4. Utilizou um checklist de gestão de insumos como mecanismo para controlar os itens


utilizados e atualizar o estoque.

Com isso, Valdomiro e João podem verificar previamente se já estão disponíveis todos os
materiais necessários para a manutenção do compressor B.

JOÃO PEDRO
TÉCNICO

PLANO DE MANUTENÇÃO

Agora
Agora éécom
comvocê!
você!
Chegou a hora de colocar o conhecimento aprendido em prática. Aplique-o com atenção.

580
UE1 | Componentes e insumos necessários para a realização da manutenção

Anotações

581
Unidade de Estudo
01

NORMAS
AMBIENTAIS DE
DESCARTE

Unidade Curricular
Manutenção
Mecânica Aplicada
Contexto!
Contexto!

A Metaltech está passando por uma obra de substituição do trecho de uma tubulação
e Ana, técnica em mecânica, foi convocada para participar do processo.

ANA
TÉCNICA

Durante o serviço, Ana percebeu Pelo visto vou ter que esmerilhar
que vários tubos apresentavam e preparar essas extremidades
rebarbas nas suas extremidades. antes de instalar a tubulação.

ANA
TÉCNICA

Ana sabe que ao finalizar a atividade terá que descartar os discos de desbaste
de maneira correta, seguindo os requisitos estabelecidos por norma.

Após retirar as rebarbas e


preparar a superfície, a tubulação
Contexto!
Contexto!

Ana sabe que ao finalizar a atividade terá que descartar os discos de desbaste
de maneira correta, seguindo os requisitos estabelecidos por norma.

Após retirar as rebarbas e


preparar a superfície, a tubulação
ficará pronta para montagem.

ANA
TÉCNICA
UE1 | Normas ambientais de descarte

?
Problematizando...
Problematizando...

Segundo a NR 25, quais procedimentos para o descarte de insumos utilizados André deve
seguir para realizar o serviço de manutenção de forma correta?

Conhecimento em pauta!

DESCARTE DE RESÍDUOS
Quando realizamos um serviço de manutenção em uma máquina, por exemplo, geral-
mente acaba-se produzindo algum tipo de resíduo e ele deve ser descartado de forma cor-
reta, para que não cause nenhum dano à saúde do trabalhador e nem ao meio ambiente.

Na imagem a seguir, podemos ver os danos causados ao ambiente devido aos descartes
inadequados dos resíduos industriais.

587
Manutenção Mecânica Aplicada

Um exemplo desses resíduos gerados são os insumos, mas você sabe o que são insumos?
Eles podem ser definidos como sendo cada um dos elementos (matéria-prima, equipamen-
tos, capital, horas de trabalho, etc.), tais como: lixas, óleos lubrificantes, EPIs descartáveis,
entre outros materiais necessários para produzir mercadorias ou serviços.

Nesta Unidade de Estudo você irá conhecer a NR 25 e os requisitos no descarte de resídu-


os industriais e, também, vai conhecer como estão classificados os resíduos sólidos, segun-
do a ABNT NBR 10004. Vamos lá?

CLASSIFICAÇÃO DOS RESÍDUOS SÓLIDOS


A ABNT NBR 10004 engloba os resíduos sólidos e semissólidos (produtos altamente vis-
cosos), assim como os líquidos que não podem ser descartados nas redes de esgotos ou
corpos de água (rios, mares, lagos). No quadro a seguir, podemos observar como estão
classificados esses resíduos segundo a norma:

588
UE1 | Normas ambientais de descarte

EXEMPLOS
CLASSIFICAÇÃO CARACTERÍSTICAS
DE INSUMOS

Resíduos que representam riscos


ao meio ambiente, devido a
propriedades como toxicidade Querosene, lubrificantes,
Classe I Perigoso
ou reatividade, e à saúde pública, graxas, tintas.
podendo provocar doenças e até
mesmo morte.
Resíduos que não apresentam
propriedades como
inflamabilidade, corrosividade, Alguns produtos de limpeza,
Classe II A toxicidade, patogenicidade e discos de corte, EPIs não
Não Inerte reatividade, mas ainda assim contaminados, como botas
podem ser biodegradáveis, de borracha.
apresentar combustibilidade e ser
solúvel em água.
Resíduos que não apresentam
Classe II B solubilidade em água ou Em geral, são sucatas de ferro
Inerte combustibilidade, não retirando e aço.
assim a qualidade da água.

A classificação é feita através de uma série de testes que ocorrem em laboratórios seguin-
do normas estabelecidas pela ABNT.

Vamos agora conhecer os requisitos estabelecidos pela NR 25 para o descarte correto


dos resíduos industriais. Vamos lá?

589
Manutenção Mecânica Aplicada

NR
25
NORMA REGULAMENTADORA 25 – RESÍDUOS INDUSTRIAIS
A norma estabelece que os resíduos industriais são aqueles originados de qualquer pro-
cesso industrial, podendo ser sólido, líquido ou gasoso. Ela também estabelece que as em-
presas devem buscar a redução desses resíduos através de adoção de novas tecnologias ou
meios de organização e produção.

Mas o que fazer com os insumos utilizados durante o processo de manutenção?

O trabalhador deve consultar o seu superior para saber o local correto para o descarte,
de modo que não representem riscos à saúde de qualquer pessoa nem ao meio ambiente,
já que a norma estabelece que cabe à empresa a coleta, adequação, armazenagem e trans-
porte desses insumos, assim como qualquer tipo de resíduo industrial, bem como o enca-
minhamento para o destino final. Esse destino final deve estar de acordo com os órgãos
ambientais competentes.

Atualmente, os principais métodos de destino final desses insumos são:

590
UE1 | Normas ambientais de descarte

INCINERAÇÃO
Processo de queima
controlada dos resíduos.

ATERRO INDUSTRIAL
Disposição de resíduos
industriais nos solos de
maneira que não cause
riscos à saúde do
trabalhador e os
mínimos impactos
possíveis ao ambiente.

RECICLAGEM
Transformar os resíduos
industriais em
matérias-primas. A
depender do resíduo,
torna-se um processo
caro e muitas vezes
inviável, devido ao alto
preço ou à limitação
tecnológica.

Nesta Unidade de Estudo identificamos na norma os requisitos para o descarte de ma-


neira correta dos insumos utilizados na manutenção, bem como a classificação dos resíduos
sólidos segundo a ABNT NBR 10004.

!
Solução
Solução do Problematizando...
do Problematizando...

Vamos retomar o problematizando?

Segundo a NR 25, quais procedimentos para o descarte de insumos Ana deve seguir para
realizar o serviço de manutenção de forma correta?

A NR 25 informa que os resíduos sólidos, produzidos por processos e operações, deve-


rão ser tratados e retirados dos limites da indústria, visando reduzir os riscos à saúde e à
segurança organizacional. Portanto, Ana optou em fazer o descarte do resíduo por meio da
coleta e separação do material oriundo do processo e alocando os insumos em depósitos de
reciclagem, onde será dado o devido tratamento aos itens descartados.

591
Manutenção Mecânica Aplicada

ANA
TÉCNICA

Lixas

ANA
TÉCNICA

ANA
TÉCNICA

Agora
Agora éécom
comvocê!
você!
Chegou a hora de colocar o conhecimento aprendido em prática. Aplique-o com atenção.

592
UE1 | Normas ambientais de descarte

Anotações

593
Unidade de Estudo
01

REQUISITOS EM
NORMAS DE
SEGURANÇA PARA
SERVIÇOS DA
MANUTENÇÃO

Unidade Curricular
Manutenção
Mecânica Aplicada
Contexto!
Contexto!

No início de mais um dia na Metaltech, Argeu, técnico em mecânica, consultou o


plano de manutenção preventiva e constatou a necessidade de realizar uma
intervenção em um dos tornos mecânicos, do setor de usinagem da Metaltech.

ARGEU
TÉCNICO

Argeu sabe que para realizar este tipo de serviço de maneira correta,
ele deve seguir os procedimentos de segurança adequados.

ARGEU
TÉCNICO

EPIs
EPCs
Manutenção Mecânica Aplicada

?
Problematizando...
Problematizando...

Segundo a NR 12, quais procedimentos de segurança Argeu deve seguir para realizar a
intervenção no torno de maneira adequada?

Conhecimento em pauta!

PROCEDIMENTO DE SEGURANÇA
Quando uma lâmpada queima e temos de trocá-la, nós, primeiramente, devemos desli-
gar a energia, para evitar riscos de choques; depois pegar uma escada em boas condições,
para evitar riscos de quedas, e assim realizar a troca. Ou seja, seguimos alguns procedimen-
tos de segurança para realizar este tipo de manutenção.

Na indústria isso não é diferente. Quando realizamos algum serviço de manutenção, de-
vemos identificar nas normas os procedimentos e requisitos de segurança que devem ser
atendidos para a execução do serviço.

Nesta Unidade de Estudo você vai conhecer quais são esses procedimentos de segurança
segundo a NR 12. Vamos lá?

598
UE1 | Requisitos em normas de segurança para serviços da manutenção

NR 12
A Norma Regulamentadora 12 aborda a segurança no trabalho em máquinas e equipa-
mentos e, em um dos seus tópicos, ela comenta os procedimentos de segurança que devem
ser seguidos para a realização do serviço de manutenção em máquinas e equipamentos.
São eles:

A norma também especifica que caso haja a necessidade da realização de algum ensaio
não destrutivo, como uma análise de vibração, por exemplo, as normas técnicas vigentes
para este tipo de operação devem ser seguidas.

Utilizar de forma correta os equipamentos de proteção individuais (óculos de proteção,


luvas, protetor facial, protetor auricular, protetor respiratório e jaleco, todos em bom es-
tado), bem como se certificar da existência dos equipamentos de proteção coletiva (placas
sinalizadoras, protetor de partes de máquinas, exaustores, piso antiderrapante) também é
fundamental para a realização do serviço de manutenção de uma maneira segura. Na ima-
gem a seguir, podemos ver alguns dos EPIs e EPCs presentes nas indústrias:

599
Manutenção Mecânica Aplicada

EPIs EPCs

PERIGO CUIDADO

PISCINA
EM
MANUTENÇÃO
AFASTE-SE

Além disso, verificar se o ambiente, onde se encontra a máquina, está adequado para a
realização do serviço de manutenção (limpo e organizado) e usar as ferramentas adequadas
e em bom estado é importante para manter a segurança do trabalhador.

Após o processo de intervenção, é importante que o trabalhador deixe o ambiente limpo


e organizado e descarte os resíduos gerados (peças, juntas, lubrificantes, etc.) de maneira
correta e nos locais sinalizados pela empresa.

!
Solução
Solução do Problematizando...
do Problematizando...

Vamos retomar o problematizando? Segundo a NR 12, quais procedimentos de seguran-


ça Argeu deve seguir para realizar o serviço de manutenção de uma maneira adequada?

Argeu deve se certificar de que o equipamento esteja isolado de qualquer fonte de


energia; que o bloqueio mecânico e elétrico esteja na posição “desligado” e que as
travas mecânicas estejam funcionando nos sistemas de retenção.

ARGEU
TÉCNICO

Além disso, é necessária a utilização de forma correta dos EPIs (óculos de proteção,
luvas, protetor facial, protetor auricular, protetor respiratório e jaleco) e EPCs
600
(sinalização de segurança), isolando o local da manutenção.
UE1 | Requisitos em normas de segurança para serviços da manutenção

Além disso, é necessária a utilização de forma correta dos EPIs (óculos de proteção,
luvas, protetor facial, protetor auricular, protetor respiratório e jaleco) e EPCs
(sinalização de segurança), isolando o local da manutenção.

ARGEU
TÉCNICO

MÁQUINA EM
MANUTENÇÃO

Agora
Agora éécom
comvocê!
você!
Chegou a hora de colocar o conhecimento aprendido em prática. Aplique-o com atenção.

601
Unidade de Estudo
01

ASPECTOS
CENTRAIS DA
ISO 9001 PARA
MANUTENÇÃO

Unidade Curricular
Manutenção
Mecânica Aplicada
Contexto!
Contexto!

O supervisor Valdomiro chamou João Pedro para dar uma informação importante.

No mês que vem, ocorrerá


uma auditoria externa para
a renovação da certificação
de qualidade da Metaltech.

VALDOMIRO
GERENTE

Imediatamente, o supervisor fez uma solicitação ao técnico.

Verifique se os requisitos da ISO


9001 estão sendo atendidos no
setor de manutenção, para que
VALDOMIRO
GERENTE não haja nenhum problema
durante a auditoria.

Certo, farei a
verificação.

VALDOMIRO
GERENTE
Manutenção Mecânica Aplicada

?
Problematizando...
Problematizando...

Como João Pedro verificará se os requisitos da ISO 9001 estão sendo atendidos pela ma-
nutenção?

Conhecimento em pauta!

CERTIFICAÇÕES CONQUISTAM O CLIENTE


Quando vamos fazer uma compra na internet, damos preferência a sites seguros, dimi-
nuindo as chances de cair em golpes ou fraudes. Para isso, optamos pelos sites mais conhe-
cidos. Contudo, quando não os conhecemos, a primeira coisa que devemos fazer é verificar
se aquele site é seguro através de certificações e selos que garantem a sua qualidade e
credibilidade.

100% SECU
RE

Quando vendemos um produto ou um serviço, nós também podemos usar certificações


para atestar as qualidades. Para isto, podemos utilizar algumas certificações, a exemplo da
ISO 9001. Vamos ver a seguir o que ela significa?

ISO 9001
A ISO 9001 refere-se aos requisitos a serem atendidos para se ter uma boa gestão de
qualidade. Ela pode ser aplicada para qualquer tipo de empresa e funciona como uma certi-
ficação do produto ou serviço, significando que, dentro do seu processo produtivo, tudo foi

606
UE1 | Aspectos centrais da ISO 9001 para manutenção

seguido conforme normas e regras internacionais de qualidade. Com a certificação, a cre-


dibilidade aumenta, permitindo que a empresa tenha mais projeções de clientes de grande
porte ou internacionais.

Além disso, essa certificação traz uma série de vantagens, como:

Produz de forma
mais ágil

Atende aos
requisitos Reduz custos
do cliente VANTAGENS DA
ISO 9001

Estimula
Reduz riscos
funcionários

Quando uma empresa utiliza a ISO 9001 para certificar seu processo de manutenção, ela
comprova que segue os critérios de qualidade com padrões internacionais. Falando de ma-
nutenção, vamos ver quais são os aspectos centrais da norma que podem ser relacionados
à manutenção.

ASPECTOS CENTRAIS DA ISO 9001 EM RELAÇÃO À MANUTENÇÃO


A certificação ISO 9001 traz diretrizes sobre ações preventivas para eliminar potenciais
riscos. É recomendável que uma empresa priorize as ações e manutenções preventivas para
equipamentos críticos. Com as manutenções, a ocorrência da falha em uma máquina ou
equipamento diminui. A certificação aumenta a confiabilidade da manutenção e a qualidade
dos serviços.

607
Manutenção Mecânica Aplicada

A ISO 9001 traz aspectos necessários para a operação dos processos, ao afirmar que a
empresa deve determinar, prover e manter a infraestrutura. Desse modo, a manutenção
faz parte do processo e tem papel importante, visto que a sua função é manter o funciona-
mento dos equipamentos e máquinas da empresa para que os processos não sejam inter-
rompidos.

Em relação à manutenção, segundo ISO 9001, devemos


sempre atualizar os documentos e também identificá-los e
descrevê-los com:

Responsável pela Número de


Título Data elaboração do
referência
documento

Além disso, é necessário definir onde eles serão guardados, seja por meio eletrônico ou
físico. É importante que estes documentos estejam sempre disponíveis e adequados para
que estejam à disposição, garantindo a qualidade do processo.

Guardar em meio Guardar em armários


digital organizadores

Ainda, no que diz respeito aos aspectos centrais, caso a empresa não atenda às orien-
tações, pode ter seus processos considerados não conformes perante uma auditoria. Isso
impossibilita a certificação ou renovação da norma naquela empresa.

Vamos ver agora alguns requisitos que a auditoria externa verifica na área de manuten-
ção da empresa.

608
UE1 | Aspectos centrais da ISO 9001 para manutenção

REQUISITOS DA ISO 9001 USADOS PELA AUDITORIA EXTERNA


A auditoria externa verifica se o setor de manutenção possui um plano de manutenção
sendo cumprido em dia, em que há um cronograma de preventivas através de documentos
físicos. Além disso, deve haver neste plano instruções para os procedimentos de trabalho,
ordem de serviços (OS), com fluxogramas em relação à manutenção corretiva, análises de
falhas e planos de inspeções.

Além disso, é importante ressaltar que, não só para as auditorias da ISO 9001, mas para
geração de um histórico, cabe preencher e arquivar os documentos, além do cumprimento
regular da programação da manutenção.

Veja, a seguir, os passos a serem verificados para auditoria na área de manutenção.

Consulta no Plano
Reunimos OSs: Análise dos dados: Serviço realizado:
de manutenção:

Identificamos e Fazemos a leitura Reunimos todos os Estudamos caso a


pegamos um do histórico de dados e caso, cada OS com
conjunto de OSs dados. informações e dados ou
que permitem fazemos a análise informações.
encontrar os dados. da conformidade.

!
Solução
Solução do Problematizando...
do Problematizando...

Vamos retomar o problematizando? Como João Pedro verificará se os requisitos da ISO


9001 estavam sendo atendidos pela manutenção?

João Pedro deverá reunir as documentações das últimas manutenções realizadas, verifi-
car se estavam devidamente preenchidas, arquivadas e, também, verificar se há manuten-
ções atrasadas no plano de manutenção.

609
Manutenção Mecânica Aplicada

Então, João Pedro revisou os procedimentos de trabalho, planos de manutenção,


ordens de serviços (OS), registros de manutenção, dentre outros documentos da
manutenção, verificando que estavam todos preenchidos e arquivados
corretamente, atendendo assim aos requisitos da ISO 9001.

ORDEP OÃOJ
OCINCÉT

João Pedro colaborou para que a Metaltech passasse pela auditoria, renovando o
selo ISO 9001.

Abel Luís
ORDEP OÃOJ Analista
OCINCÉT

VALDOMIRO
GERENTE

Agora
Agora éécom
comvocê!
você!
Avalie se você compreendeu bem os conhecimentos estudados nesta Unidade de Estudo.
Responda às perguntas e bom desempenho!

610
UE1 | Aspectos centrais da ISO 9001 para manutenção

Anotações

611
Unidade de Estudo
01

SISTEMA
DE GESTÃO
AMBIENTAL: ISO
14000: ASPECTOS
CENTRAIS

Unidade Curricular
Manutenção
Mecânica Aplicada
Contexto!
Contexto!

Uma bomba hidráulica que faz parte de um processo industrial da Metaltech está
precisando passar por uma manutenção para a substituição do óleo lubrificante.

Argeu, preciso isolar este equipamento,


mas será por pouco tempo.

UEGRA
OCINCÉT

ORDEP OÃOJ
OCINCÉT

Tudo bem! Já estava prevista essa atividade


no nosso cronograma de manutenção.

UEGRA
OCINCÉT

JOÃO PEDRO
TÉCNICO

João Paulo sabe que a substituição de óleo deve ser feita cuidadosamente,
pois este lubrificante possui metais pesados em sua composição.

UEGRA
OCINCÉT

ORD
EP O
OCIN ÃOJ
CÉT

EM MANUTENÇ
ÃO
Manutenção Mecânica Aplicada

?
Problematizando...
Problematizando...

Quais impactos negativos o descarte incorreto de lubrificantes pode causar no meio am-
biente?

Conhecimento em pauta!

CONHECENDO A ISO 14000


É de nossa responsabilidade contribuir com a gestão ambiental do meio em que vivemos,
descartando os lixos corretamente, preocupando-se com a poluição dos rios e mares, orien-
tando as pessoas próximas ao nosso convívio da importância da manutenção e preservação
dos recursos naturais. Em alguns países existem normas onde os pedestres são multados
se jogarem lixo nas ruas, mas a preservação vai além de aplicar multas, é necessária a cons-
cientização da sociedade.

Nesta Unidade nós iremos estudar e reconhecer os aspectos centrais de gestão ambien-
tal da norma ISO 14000, que impactam nas atividades de manutenção de máquinas e equi-
pamentos.

As questões ambientais sempre vão de encontro com os processos construtivos de má-


quinas e equipamentos, manuseio e manutenção. Costumeiramente, essas atividades ge-
ram algum tipo de poluição que impactam no meio ambiente, sejam eles resíduos sólidos,
químicos, gasosos e líquidos.

616
UE1 | Sistema de Gestão Ambiental: I­ SO 14000: aspectos centrais

A ISO 14000 – Gestão Ambiental – é um conjunto de derivações de normas, que inclui a


ISO 14001, ISO 14004, ISO 14010, ISO 14031, ISO 14020 e a ISO 14040, que trazem aspectos
sobre as questões de gerenciamento ambiental dentro de uma empresa e uma estrutura
organizada para que essas empresas consigam promover com responsabilidade ações in-
ternas de preservação ambiental.

Observe alguns dos aspectos que regem a gestão ambiental, baseados na ISO.

Conhecimento dos
procedimentos e
treinamentos.

Identificação dos
Estabelecimentos de
impactos significativos
metas da política
dos aspectos
ambiental.
ambientais.

Identificação das Procedimentos para


responsabilidades e controle emergencial
dos requisitos legais. e operacional.

Mas qual a melhor forma de unirmos a gestão ambiental com os processos construtivos
e de manutenção?

Uma maneira de tornar este processo mais eficiente é o uso da produção mais limpa, pois
ela visa à melhoria da eficiência, aumentando os lucros e a competitividade das instituições,
e por consequência protegendo o trabalhador, o consumidor e o ambiente. Tem o intuito de

617
Manutenção Mecânica Aplicada

tornar as atividades menos agressivas ao meio ambiente e ao homem, resultando na menor


geração de resíduos e diminuição da agressão ambiental.

Observe, no quadro a seguir, a comparação entre os aspectos de um processo comum e


outro que utiliza e aplica os conceitos de produção mais limpa.

Processo utilizando produção


Processo comum
mais limpa

As questões do meio ambiente são Todos da empresa zelam pela


administradas somente pelo setor de preservação ambiental, ajudando na
gestão ambiental dentro da empresa. redução de resíduos.

Somente utilização de ferramentas Além do uso das ferramentas


tecnológicas de controle ambiental. tecnológicas, os funcionários são
conscientizados e realizam ações de
prevenção.

Os poluentes são tratados somente no Evita-se poluir desde o início da


final do processo. operação, utilizando materiais
biodegradáveis.

Vamos a um exemplo prático?

As grandes indústrias dos polos industriais costumam realizar paradas de manutenção,


que constituem em parar toda a fábrica para realizar interferências mecânicas nos equipa-
mentos. Essas paradas podem ter intervalo de 6 meses, 1 ano ou 5 anos, pois dependem do
tipo de processo com o qual a fábrica trabalha.

Os aspectos ambientais da norma ISO 14001, que está integrada à ISO 14000, traz na sub-
seção 4.3.1 que a instituição deve identificar os aspectos ambientais significativos durante
o processo de planejamento da execução de uma atividade e podem incluir na abordagem
questões sobre o item b desta subseção, que aborda sobre o lançamento no solo; o item g
que aborda sobre subprodutos e resíduos; entre outros.

618
UE1 | Sistema de Gestão Ambiental: I­ SO 14000: aspectos centrais

Durante o serviço de parada, muitos resíduos são gerados e é necessário que se tenha
todo um planejamento prévio antes de iniciar as atividades de manutenção.

Geralmente, são manipulados óleos lubrificantes que, se descartados diretamente nos


rios e no solo, causam um nível drástico de poluição, contaminando os lençóis freáticos,
além da geração dos resíduos sólidos, como restos de materiais metálicos, plásticos, emba-
lagens de produtos, entre outros.

A fim de cumprir os quesitos da gestão ambiental, os resíduos sólidos devem ser en-
viados para comitivas destinadas ao processo de reciclagem, os óleos devem passar por
processos de desmetalização para remover os metais pesados e, assim, serem descartados
corretamente para evitar a contaminação por efluentes.

Alumínio
Automotores
Papel e
Celulose

Embalagens Petroquímica

Resíduos
Energia elétrica
Metalurgia

Pneus Química

Siderurgia

619
Manutenção Mecânica Aplicada

Realizar a parada de manutenção para manter as máquinas com funcionamento normal


se reflete no aumento da disponibilidade do equipamento e da produtividade do processo.
Um equipamento que funciona normalmente mantém o seu nível de consumo elétrico den-
tro dos padrões e reduz o consumo de energia é um ato de conservação ambiental, pois o
seu processo de geração depende de recursos naturais, por exemplo, as usinas hidrelétri-
cas.

!
Solução
Solução do Problematizando...
do Problematizando...

Quais impactos negativos o descarte incorreto de lubrificantes pode causar no meio am-
biente?

O descarte incorreto dos lubrificantes pode causar um nível drástico de poluição nos rios,
mares e solo, pois contaminarão os lençóis freáticos.

Pelo visto, a bomba hidráulica já está liberada para uso.

Está sim! Agora eu vou encaminhar


esses lubrificantes para desmetalização,
um processo que consiste em remover
os metais pesados da sua composição,
para que assim possam ser descartados.
UEGRA
OCINCÉT

JOÃO PEDRO
TÉCNICO

Agora
Agora éécom
comvocê!
você!
Chegou a hora de colocar o conhecimento aprendido em prática. Aplique-o com atenção.

620
UE1 | Sistema de Gestão Ambiental: I­ SO 14000: aspectos centrais

Anotações

621
Unidade de Estudo
01

RECONHECENDO
OS ASPECTOS
CENTRAIS DA ISO
26000

Unidade Curricular
Manutenção
Mecânica Aplicada
Contexto!
Contexto!

Ao receber um grupo de auditores externos ligados a movimentos sociais e


ambientais, a Metaltech recebeu um prêmio pelo cumprimento das diretrizes da
norma internacional ISO 26000, que faz jus às ações de responsabilidade social.

ODLIRAMA AMARILDO
OCINCÉT TÉCNICO ÉRDNA
OCINCÉT
JOÃO PEDRO
TÉCNICO

VALDOMIRO
GERENTE

A empresa recebeu esta premiação, pois, mês a mês, Valdomiro e os funcionários


de RH organizam ações de voluntariado para o público externo.

A Metaltech agradece
a sua dedicação,
Valdomiro.
ODLIRAMA AMARILDO
OCINCÉT TÉCNICO ÉRDNA
OCINCÉT
JOÃO PEDRO
TÉCNICO

VALDOMIRO
GERENTE
Manutenção Mecânica Aplicada

?
Problematizando...
Problematizando...

Quais os aspectos centrais da Norma ISO 26000 que devem ser utilizados como referên-
cia no desenvolvimento dos trabalhos de ação social?

Conhecimento em pauta!

RESPONSABILIDADE SOCIAL
Você deve estar se perguntando: o que é responsabilidade social? Seria fazer boas ações?
Na verdade, o conceito é muito mais amplo. Responsabilidade social é uma relação ética e
transparente da organização com todas as suas partes interessadas, visando ao desenvolvi-
mento sustentável.

A ISO 26000 trata da responsabilidade social. Continue atento para obter mais conheci-
mento sobre esse tema. Bom estudo!

ISO 26000
Em novembro de 2010, foi lançada, em Genebra, a norma internacional ISO 26000, que
trata das diretrizes sobre Responsabilidade Social. Esta norma teve sua versão em portu-
guês, ISO 26000, lançada na cidade de São Paulo, em dezembro do mesmo ano.

626
UE1 | Reconhecendo os aspectos centrais da ISO 26000

A ISO 26000 fornece orientações sobre responsabilidade social, além de nortear as orga-
nizações sobre os princípios e diretrizes que devem ser seguidos por quem deseja ser so-
cialmente responsável. Esta norma, além de contribuir com o desenvolvimento sustentável,
também aborda as questões ambientais.

Vocêsabia?!
Você sabia?!
A ISO 26000:2010 não é uma norma certificável, ou seja, ela não serve para a organização
conseguir selos ou certificados de Responsabilidade Social, ela serve como um guia de Res-
ponsabilidade Social.

Atualmente, muitas organizações, assim como suas partes interessadas, estão se cons-
cientizando cada vez mais da importância e dos benefícios de incorporar a responsabilidade
social dentro das organizações e para todos que participam de suas atividades de forma
direta e indireta. A ISO 26000 veio exatamente para dar este suporte para as organizações,
trazendo a Responsabilidade Social como princípio de Gestão. Mesmo sem ser uma norma
certificadora, é um tema que vem se encaixando cada vez mais dentro das organizações.

A norma aconselha a empresa a seguir um comportamento ético e transparente, orien-


tando-a em aspectos do cumprimento da Responsabilidade Social. Observe alguns deles:

Práticas e princípios

Comunicação do desempenho e do compromisso

Identificação das partes interessadas

627
Manutenção Mecânica Aplicada

Dentro da seção da responsabilidade social, existem sete aspectos que fornecem orien-
tações para as empresas, englobando os requisitos:

De modo geral, ao adotar a prática da


responsabilidade social, a organização tende a
aumentar a sua contribuição ao desenvolvimento
Gerais sustentável. A conduta da empresa deve estar de
acordo com os valores morais, levando em
consideração as adversidades culturais, sociais,
jurídicas, etc.

A empresa deve assumir a responsabilidade dos


seus impactos sociais, ambientais e econômicos,
Prestação de Contas além de permitir ser investigada e tem o dever de
responder aos questionamentos dessa
investigação.
A organização deve ser transparente em suas
decisões quanto à realização de atividades que
impactam o meio ambiente e a sociedade.
Transparência Contudo, não exige-se a necessidade de que
informações confidenciais da empresa venham à
tona, pois as mesmas são protegidas e não
podem ser violadas.

A empresa deve promover comportamento ético


por meio da definição dos seus valores
fundamentais. Ao promover a observação desses
Comportamento Ético
valores, solução de conflitos que podem levar ao
comportamento antiético, aplicação de normas de
comportamento ético etc.

Respeito pelo interesse das A organização deve responder aos interesses das
partes interessadas partes interessadas, respeitando seu ponto de
vista.

A organização deve cumprir todos os requisitos


Respeito pelo estado de direito legais, mesmo que não passe por supervisão
constante, mantendo-se sempre atenta às
informações legais.

Respeito pelas normas A organização deve respeitar e cumprir as normas


internacionais de internacionais, aderindo ao respeito pelo estado
comportamento de direito.

Vamos a um exemplo de como uma organização pode contribuir com a responsabilidade


social e ambiental, realizando ações de integração!

Uma indústria de fabricação de papéis possui inúmeros profissionais no seu quadro de


funcionários. Todos os anos, o setor de recursos humanos da empresa promove um encon-
tro integrador, onde as famílias de todos os funcionários são convidadas a participar.

628
UE1 | Reconhecendo os aspectos centrais da ISO 26000

Como sabemos, para o processo de fabricação dos papéis, é necessária a extração do


eucalipto, o que acaba elevando o desmatamento. Pensando na sustentabilidade ambiental,
a empresa criou o programa de reflorestamento, onde cada família faz um plantio de uma
pequena muda de eucalipto. Além disso, ela promove ações sociais de consultas médicas
gratuitas, realização de exames, oficinas de beleza e cursos profissionalizantes.

Saúde e
bem-estar

RESPONSABILIDADE
SOCIAL

Desenvol-
Meio
vimento
ambiente
Social

Uma organização que realiza ações sociais consegue elevar a sua reputação em meio à
sociedade com o pensamento humanitário e postura ética. Este investimento pode retornar
em forma de dedução de impostos na contabilidade fiscal, ou seja, ambas as partes são pri-
vilegiadas nestes processos. Além disso, a imagem da empresa em relação aos seus clientes
será melhorada.

629
Manutenção Mecânica Aplicada

Parasaber
Para saber mais!
mais!

Para saber mais, consulte a norma ISO 26000, sobre todas as diretrizes sobre responsa-
bilidade social.

!
Solução
Solução do Problematizando...
do Problematizando...

Voltando ao problematizando, quais os aspectos centrais da Norma ISO 26000 que de-
vem ser utilizados como referência no desenvolvimento dos trabalhos de ação social?

Parabéns, Valdomiro. Agora, me


conta, quais foram os aspectos
centrais da Norma ISO 26000
atendidos pela Metaltech nesse
trabalho de ação social?

AMARILDO
TÉCNICO

AMARILDO
ANA TÉCNICO
TÉCNICA

ORDEP OÃOJ
OCINCÉT

ANDRÉ
TÉCNICO

AKIRE
AIRÁIGATSE

VALDOMIRO
GERENTE

Os aspectos foram: prestação de


contas, transparência, comportamento
ético, respeito do direito das partes
interessadas, respeito do estado de
direito e, claro, o respeito das normas
internacionais de comportamento.

AMARILDO
TÉCNICO

AMARILDO
ANA TÉCNICO
TÉCNICA

ORDEP OÃOJ
OCINCÉT

ANDRÉ
TÉCNICO

VALDOMIRO
GERENTE

630
UE1 | Reconhecendo os aspectos centrais da ISO 26000

Agora
Agora éécom
comvocê!
você!
Vamos aplicar esses conhecimentos! Afinal, essa ação é necessária para reforçar o pro-
cesso de aprendizagem! Sucesso!

631
Unidade de Estudo
01

QUALIDADE
AMBIENTAL

Unidade Curricular
Manutenção
Mecânica Aplicada
Contexto!
Contexto!

Valdomiro irá convidar a sua equipe de manutenção da Metaltech para participar de pa-
lestras na semana de conscientização ambiental. Nestas palestras serão tratados assuntos
relacionados ao meio ambiente, abordando as práticas que podem ser realizadas para a
preservação ambiental.

Tenho certeza de que essa campanha


será muito eficiente!

Semana da Conscientização
Ambiental

Participe!

VALDOMIRO
GERENTE
Manutenção Mecânica Aplicada

?
Problematizando...
Problematizando...

Quais práticas podem ser realizadas para contribuir com a preservação ambiental?

Conhecimento em pauta!

QUALIDADE AMBIENTAL: HOMEM, MEIO AMBIENTE E


AQUECIMENTO GLOBAL
Você já ouviu falar em qualidade ambiental? Ela está relacionada com a integração entre
homem e meio ambiente de modo que essa relação seja equilibrada, ou seja, de maneira
que as necessidades do homem não afetem o estado natural do meio ambiente. Observe,
na figura a seguir, que através da qualidade ambiental se tem junto a evolução tecnológica
e a preservação do meio ambiente.

É possível se falar em qualidade ambiental quando se tem como objetivo principal a cons-
cientização do homem, que ao ter consciência dos efeitos gerados das suas ações, passará a
respeitar e priorizar a preservação do meio de modo a equilibrar as necessidades de ambas
as partes.

HOMEM E MEIO AMBIENTE

É quase impossível não pensarmos na influência que as ações humanas possuem sobre o
meio ambiente, bem como as adaptações que o meio ambiente realiza para a sobrevivência
dos seres vivos por conta da interferência humana, a fim de atender às suas necessidades.

636
UE1 | Qualidade Ambiental

Paralelo a essa relação, discute-se a subsistência humana a partir do meio ambiente,


nesta relação que se encontra a ideia de desenvolvimento sustentável. Mas você sabe o que
significa este termo?

Desenvolvimento sustentável é a relação saudável e consciente entre homem e meio am-


biente, a utilização de recursos naturais disponíveis, sem agressão à natureza e sem com-
prometer as necessidades das gerações futuras, ou seja, a preservação do meio ambiente.

Em um mundo globalizado, onde a produção é constante e abundante, é necessário que


haja preocupação com essa oferta de recursos naturais, e você deve ter consciência de que
as necessidades humanas devem ser atendidas de maneira que:

Não prejudique o meio ambiente.

Não comprometa necessidades futuras.

Não comprometa a oferta de recursos naturais renováveis (árvores,


vegetais, animais) ou não renováveis (petróleo, ferro, minerais, etc.).

637
Manutenção Mecânica Aplicada

A ação do homem e os consequentes danos causados à natureza têm levado as pessoas


a pensarem na preservação do meio ambiente. Uma prova real desse fato é a atuação do
Direito Ambiental, que você vai conhecer agora.

O Direito Ambiental, representado na figura a seguir, é um ramo do Direito que orienta


os seres humanos sobre a importância da preservação do meio ambiente, além de estabe-
lecer direitos e deveres para uso dos bens comuns na natureza. Nela é possível encontrar
justificativas para que a relação entre necessidades humanas e equilíbrio ecológico se inten-
sifique.

O Direito Ambiental estabelece por meio de leis, normas de conduta e diretrizes estabele-
cidas, que devem ser adotadas como regra para a proteção e conservação do meio.

Parasaber
Para saber mais!
mais!
É possível encontrar uma rica abordagem sobre o meio ambiente e a forma de geri-lo,
consultando a norma regulamentadora ISO 14001 – Gestão Ambiental.

AQUECIMENTO GLOBAL

Você certamente já ouviu falar em aquecimento global. Afinal, ele é um dos fenômenos
mais discutidos nos últimos anos. Mas, de fato, qual o impacto do aquecimento global nas
nossas vidas e nas nossas atividades cotidianas? Qual o fator que mais agrava o aquecimen-
to global? Vamos aprender a resposta para esses e outros questionamentos assistindo ao
vídeo a seguir.

638
UE1 | Qualidade Ambiental

Agora ficou claro que se faz necessária a tomada de medidas que minimizem os impactos
ambientais, principalmente a tomada de medidas conscientes, que visem a reversão das
consequências do aquecimento global.

Entre as medidas de minimização dos efeitos do aquecimento global, estão:

Usar sistema de
Ampliar geração de Evitar
controle de emissão Incentivar o plantio
energia com fontes desmatamento e
de gases nas de árvores
renováveis e limpas queimadas
indústrias

Colaborar com coleta seletiva de lixo.

Utilizar técnicas Papel / Papelão Plástico Vidro Metal Lixo


avançadas na Embalagem de Copos vazios, Vidrarias em geral, Metais em geral, Palito de churrasco,
agricultura como: papel, papel utilizado embalagens garrafas, lâmpadas, latas de refrigerante, copos plásticos com
em impressora e diversas, pedaços de embalagens clips, parafusos, resíduos líquidos
plantações em copiadoras, revistas, acrílico, garrafas de diversas. pregos, tampas (café, refrigerante,
degraus e plantações jornais, papéis
diversos.
refrigerante tipo PET,
potes vazios, baldes,
metálicas de
garrafas, fios
suco etc.), cascas de
legumes e frutas,
de curvas de nível, bombonas. elétricos. restos de alimentos,
guardanapos e
para evitar erosão do improtante: os copos
de café, chá,
materiais com
solo refrigerante, suco e
sobras de alimento,
sobras de carvão.
leite devem ser
depositados no
contendor vermelho
somente se
estiverem vazios, do
contrário, devem ser
depositados no
contentor preto.

LIXO

639
Manutenção Mecânica Aplicada

!
Solução
Solução do Problematizando...
do Problematizando...

Voltando ao problematizando, quais práticas podem ser realizadas para contribuir com a
preservação ambiental?

Semana da Conscientização Ambiental

Participe!
Seja consciente! Veja quais práticas você deve
Semana da Conscientização
Ambiental
adotar para preservar o meio ambiente:
Participe!
Semana da Conscientização
Ambiental Seja consciente! Veja quais práticas você deve

Promover o desenvolvimento sustentável;


adotar para preservar o meio ambiente:
Participe!
Promover o desenvolvimento sustentável;
Não prejudicar o meio ambiente;
Não comprometer as necessidades futuras;
Não comprometer a oferta de recursos naturais
renováveis (árvores, vegetais, animais) ou não
renováveis (petróleo, ferro, minerais, etc.);
Não prejudicar o meio ambiente;
Fazer a coleta seletiva;
Entre outras.

Não comprometer as necessidades futuras;


Não comprometer a oferta de recursos naturais
VALDOMIRO
GERENTE

renováveis (árvores, vegetais, animais) ou não


renováveis (petróleo, ferro, minerais, etc.);
Fazer a coleta seletiva;
Entre outras.

Agora
Agora éécom
comvocê!
você!
Vamos aplicar esses conhecimentos! Afinal, essa ação é necessária para reforçar o pro-
cesso de aprendizagem! Sucesso!

640
UE1 | Qualidade Ambiental

Anotações

641
Unidade de Estudo
01

AVALIAÇÃO
DA PRÓPRIA
CONDUTA:
CUIDADOS
COM A SAÚDE

Unidade Curricular
Manutenção
Mecânica Aplicada
Contexto!
Contexto!

Valdomiro, juntamente com o RH, sempre realizou a conscientização da sua equipe


de manutenção, quanto às questões de saúde e segurança do trabalho. Em uma
das reuniões, é feito um alerta aos funcionários.

Pessoal, chegou a hora de realizar os Valdomiro, minha saúde está em


exames periódicos para a obtenção do perfeito estado, por isso não preciso
Atestado de Saúde Ocupacional (ASO). fazer esses exames periódicos.

VALDOMIRO
GERENTE

JOÃO PEDRO
TÉCNICO ARGEU
TÉCNICO

ANA
TÉCNICA
Manutenção Mecânica Aplicada

?
Problematizando...
Problematizando...

Qual a importância da realização dos exames periódicos para a saúde do trabalhador?

Conhecimento em pauta!

CUIDADOS COM A SAÚDE


Cuidar da saúde é de extrema necessidade para garantir o nosso bem-estar durante a
execução das nossas atividades diárias pessoais e profissionais.

Quando somos admitidos em um novo emprego, passamos por uma avaliação de saúde,
realizando exames que são pré-requisitos para a ocupação do cargo pretendido. Trata-se de
uma análise prévia da saúde do trabalhador antes dele iniciar o trabalho requisitado, sendo
que este processo é obrigatório e foi imposto pelo Ministério do Trabalho, com o intuito de
resguardar, proteger a saúde e a integridade do trabalhador.

Periodicamente, os funcionários
de uma empresa devem realizar
uma inspeção de saúde, que
gera um Atestado de Saúde
Ocupacional (ASO). Após a
realização dos exames, é
diagnosticado se o funcionário
está inapto ou apto para
continuar exercendo a sua
função.

Todos os procedimentos médicos dessa inspeção são detalhados, trazendo a situação


completa da saúde do trabalhador. É importante saber que as informações contidas nos
exames e no atestado são confidenciais e somente o paciente e o médico podem ter acesso
a elas.

646
UE1 | Avaliação da própria conduta: cuidados com a saúde

NR 7 – ASO
Atestado de Saúde Ocupacional

ASO
Deve ser emitido em duas vias:

A primeira via deve ser


arquivada na empresa;
A segunda via deve ser
entregue ao trabalhador,
mediante sua assinatura de
recebimento.

Mas será que somente a empresa deve preocupar-se com a saúde do trabalhador? A
resposta é não! O profissional deve cumprir com os procedimentos e normas de segurança
estabelecidos no ambiente de trabalho e ficar sempre atento às datas determinadas pela
empresa, para realização dos exames periódicos.

Pelas Normas
Regulamentadoras

O funcionário deve respeitar


todas as ações legais sobre
saúde e segurança no trabalho,
fazendo uso dos equipamentos
de proteção individual,
obedecendo às ordens de
serviço e contribuindo para a
aplicação das leis na empresa.

Veja um exemplo da importância do comportamento seguro para garantir a segurança


no ambiente de trabalho. Vamos lá?

647
Manutenção Mecânica Aplicada

Daniel é Técnico em Fabricação na


empresa MH Usinagens em Geral e
trabalha na produção de peças em
máquinas-ferramenta convencionais,
sendo responsável por acompanhar a
produção do setor, verificando se as
recomendações técnicas da empresa Certo dia, Daniel, observando o setor,
estão sendo cumpridas. Ele orienta os percebeu que, mesmo com todas as
trabalhadores para a melhor fluidez sinalizações de segurança e alertas
do processo. acerca da necessidade de praticar atos
seguros em todo o processo, muitos
técnicos, ao final do expediente,
retiravam seu equipamento de
proteção na própria máquina e se
direcionavam para fora do laboratório;
enquanto outros trabalhadores ainda
estavam operando.

Intrigado com o que constatou,


alertou aos trabalhadores sobre o
risco a que se expunham com aquele
comportamento e os advertiu
verbalmente. Nesse momento,
aproveitou e sinalizou ao presidente
da CIPA o ocorrido.
Ele solicitou que esse tema fosse
! abordado nos diálogos de segurança,
visto que este comportamento
submetia o indivíduo ao risco de um
acidente de trabalho que poderia vir a
comprometer sua integridade e
interferir no fluxo de produção.

Assim foi realizado. O Presidente da


CIPA achou pertinente a observação e,
além de ressaltar no diálogo de
segurança a necessidade de
comportamentos seguros, trouxe
exemplos de situações que não
deveriam ocorrer, por exemplo: utilizar
os EPIs fora do ambiente de trabalho;
não higienizar os EPIs adequadamente; Ele relembrou os riscos aos quais os
deixar os protetores auriculares trabalhadores eram expostos e a
expostos a sujeiras; etc. forma adequada de proteção, com a
utilização máxima e eficiente dos
equipamentos de proteção
disponibilizados, para evitar acidentes
e inconvenientes.
Depois de ter feito isso por vários
dias, o Presidente da CIPA perguntou
a Daniel se os trabalhadores estavam
atentos para as práticas de
comportamento seguro. Daniel,
prontamente, respondeu-lhe que a
conscientização foi o melhor caminho
para alcançar esse
comprometimento, agradecendo ao
Presidente pelo cuidado.

648
UE1 | Avaliação da própria conduta: cuidados com a saúde

De um modo geral, as recomendações e práticas de saúde e segurança do trabalho visam


alcançar ao mínimo de acidentes de trabalho possível e proporcionar o melhor ambiente de
trabalho aos colaboradores, para que eles tenham qualidade de vida no trabalho e desen-
volvam suas tarefas com o melhor desempenho.

Vocêsabia?!
Você sabia?!
Caso um funcionário não respeite e cumpra as regras de saúde e segurança de uma em-
presa, ele pode ser demitido por justa causa. Cuidado!

!
Solução
Solução do Problematizando...
do Problematizando...

Qual a importância da realização dos exames periódicos para a saúde do trabalhador?

Seguindo com a reunião, Valdomiro e Jair explicam a importância da realização dos


exames periódicos para Argeu e os demais.

E nesse atestado, todos os


procedimentos médicos são
detalhados, trazendo a situação
completa da saúde do
trabalhador.

JAIR
RH

VALDOMIRO
GERENTE

Os exames realizados são de


JOÃO PEDRO
TÉCNICO extrema importância para ARGEU
TÉCNICO

identificar o diagnóstico da saúde


dos funcionários, atestando se
ANA
TÉCNICA

vocês estão aptos ou não para


continuar exercendo a sua função.

Pode esclarecer
sobre o sigilo das
informações?

JAIR
RH

VALDOMIRO
GERENTE

JOÃO PEDRO
TÉCNICO ARGEU
TÉCNICO

649 ANA
TÉCNICA
identificar o diagnóstico da saúde
dos funcionários, atestando se
ANA
TÉCNICA

vocês estão aptos ou não para


Manutenção Mecânica Aplicada
continuar exercendo a sua função.

Pode esclarecer
sobre o sigilo das
informações?

JAIR
RH

VALDOMIRO
GERENTE

JOÃO PEDRO
TÉCNICO ARGEU
TÉCNICO

ANA
TÉCNICA

Claro! Todas as informações


contidas nos exames são
confidencias. No atestado
haverá apenas um resumo
indicando se o trabalhador está
apto ou não para a função.

JAIR
RH

VALDOMIRO
GERENTE

JOÃO PEDRO
TÉCNICO ARGEU
TÉCNICO

Entendi, os exames são realmente


importantes para uma verificação mais
ANA
TÉCNICA

exata de como está nossa saúde, e da


saúde não devemos descuidar! Vou
fazer os exames periódicos!

Agora
Agora éécom
comvocê!
você!
Vamos aplicar esses conhecimentos! Afinal, essa ação é necessária para reforçar o pro-
cesso de aprendizagem! Sucesso!

650
UE1 | Avaliação da própria conduta: cuidados com a saúde

Anotações

651
Unidade de Estudo
01

LIDERANÇA

Unidade Curricular
Manutenção
Mecânica Aplicada
Contexto!
Contexto!

Durante as reuniões com sua equipe, Valdomiro faz questão de


abrir espaço para dúvidas e questionamentos dos funcionários.
Ele gosta de ouvir as opiniões dos seus técnicos antes de realizar
as tomadas de decisões, pois compreende que os seus
colaboradores podem ajudá-lo com ideias inovadoras.

ODNANREF VALDOMIRO
OCINCÉT GERENTE

ETNATISIV
Manutenção Mecânica Aplicada

?
Problematizando...
Problematizando...

Com base nestas ações, que tipo de liderança Valdomiro exerce nas suas tomadas de
decisões?

Conhecimento em pauta!

LIDERANÇA
A presença de uma liderança é um item estratégico da gerência para o bom funciona-
mento de uma equipe em busca de resultados. É muito importante que existam líderes
capazes de conduzir seus liderados para a obtenção de eficácia em suas atividades.

Existem diversos estilos de liderança, contudo, aqui conheceremos três dos principais
estilos: liderança democrática, liderança centralizadora e liderança liberal. É importante que
você esteja atento para as características de cada um, porque futuramente, em seu am-
biente de trabalho, estará diante de profissionais com determinadas características e perfis
e será necessário identificar qual o estilo de liderança para melhor estabelecer as relações
interpessoais.

DEMOCRÁTICO

A liderança democrática é aquela em que o líder possibilita que todas as decisões sejam
tomadas junto com o time, em que juntos irão estabelecer quais as melhores ideias, críti-
cas, estratégias, projetos. Dessa forma, todo o time decide junto como serão realizadas as

656
UE1 | Liderança

atividades e quem serão os indivíduos que assumirão as responsabilidades de realizar cada


tarefa. Observe, a seguir, a representação de uma liderança democrática, onde o líder reúne
a equipe para discutir e estabelecer as decisões.

O líder democrático atua como um facilitador, que estimula a equipe a interagir, a se


autoavaliar e também avaliar as possibilidades de resolução dos problemas, conflitos ou
desenvolvimento das atividades. E, para isso, o líder democrático precisa apresentar como
principais características a inteligência emocional e a determinação, mostrando como é pos-
sível estabelecer um bom fluxo das informações, ideias e decisões que deverão ser tomadas
pelo grupo, evitando com isso desorganizações e transtornos, o que inviabilizaria que o time
alcançasse o objetivo.

CENTRALIZADOR

A liderança centralizadora ou autocrática é a menos almejada pelas empresas, e estudos


afirmam ainda que é um estilo de liderança que não possibilita crescimento pessoal e pro-
fissional da equipe, bem como não gera estímulos de novas ideias, de soluções, de melhor
disposição das tarefas.

657
Manutenção Mecânica Aplicada

Esse tipo de liderança se caracteriza basicamente como um indivíduo que centraliza as


responsabilidades e tomadas de decisões de modo a não permitir que seus liderados apre-
sentem ideias e encontrem outra forma melhor de atuar, pois aquilo que o líder estabelece
é o que deve ser feito, sendo considerado o melhor caminho.

LIBERAL

A liderança liberal é aquela na qual o líder possibilita que seus liderados realizem a auto-
gestão das suas funções e responsabilidades, bem como tenham oportunidades de cresci-
mento e proatividade na realização das suas demandas, haja vista que nesse tipo de lideran-
ça não haverá controles ou direcionamento de tarefas por parte do líder.

Esse tipo de liderança geralmente gera entre o líder e liderados uma relação de confiança
e responsabilidade, na qual os liderados se sentem motivados e entusiasmados pela con-
fiança depositada na realização do trabalho deles, sempre buscando atender e superar as
expectativas do líder. Nesse caso, o líder estabelece o objetivo e os liderados os caminhos
para chegarem até lá, conforme representado na figura a seguir.

658
UE1 | Liderança

A liderança ser liberal não quer dizer que o líder não deve em momento algum observar,
orientar ou conduzir seu time. Muito pelo contrário, a liderança liberal tem uma tendência
de que os liderados aprendam a fazer gestão dos seus próprios processos, de modo a reco-
nhecer o fluxo do processo e ser proativo na realização das demandas, sem esperar que lhe
seja solicitada a realização do serviço.

Os não habituados a essa logística podem se perder nas atividades e não conseguirem
conduzir seus caminhos. Por isso, o líder deve sempre estar atento, observando o desenvol-
vimento da atividade e o desempenho do colaborador, reconhecendo oportunidades de au-
xiliar, orientar ou ajudar o liderado a enfrentar seus desafios de forma madura e confiante.

Ainda que existam diferentes estilos de liderança, é importante que cada líder com seus
perfis e características saiba quais atitudes tomar para conduzir seu time ao objetivo que se
deseja alcançar. E, para isso, o líder precisa reconhecer e saber qual o seu papel e a impor-
tância da sua atuação para o alcance dos resultados.

Assim sendo, aprenderemos no tópico a seguir os papéis do líder. Está preparado? Então
vamos lá!

PAPÉIS DO LÍDER
O líder tem papel fundamental no bom desempenho de uma empresa ou de um setor
específico. Além disso, no conceito de liderança, ele precisa zelar pelo bem-estar da equipe,
administrando conflitos, mantendo-a motivada, gerando com isso resultados favoráveis à
empresa e aos liderados.

Observe, na figura a seguir, a representação de um líder que tem visão, o que possibilita
que ele consiga administrar os papéis que assumirá em relação ao time para alcançar o re-
sultado esperado.

659
Manutenção Mecânica Aplicada

Dessa forma, o líder precisa estar atento a algumas atitudes, por exemplo, às atualizações
de mercado, com foco sempre nos objetivos e metas que a empresa estabelece como foco,
criando estratégias que manterão um fluxo de melhorias constantes na atuação da equipe.

Além disso, o líder deve se dedicar a seus liderados de modo que reconheça suas carac-
terísticas e perceba suas necessidades, dificuldades e anseios, promovendo a esse liderado
a sensação de apoio, companheirismo, atenção e respeito a suas opiniões, ideias e atitudes,
auxiliando sempre que possível na ascensão profissional do indivíduo.

O líder deve também buscar agir com seu time e sempre exercer a empatia, observando
as reações, os propósitos, estímulos e determinações que cada liderado desenvolve nesse
processo.

Observe que, dessa forma, o líder assume papéis distintos como conselheiro, condutor,
motivador, entre outros. Todos esses papéis são importantes para possibilitar o alcance de
melhores resultados com o seu time.

660
UE1 | Liderança

!
Solução
Solução do Problematizando...
do Problematizando...

Voltando ao problematizando, que tipo de liderança Valdomiro exerce nas suas tomadas
de decisões?

Valdomiro é um líder democrático, pois ele ouve as opiniões


dos seus colaboradores nas tomadas de decisões e isto gera
ótima interação e motivação da equipe, pois todos têm uma
oportunidade de expor suas ideias.

ODLIRAMA
OCINCÉT

Agora
Agora éécom
comvocê!
você!
Vamos aplicar esses conhecimentos, afinal essa ação é necessária para reforçar o proces-
so de aprendizagem. Sucesso!

661
Unidade de Estudo
01

CONTROLE
EMOCIONAL NO
TRABALHO

Unidade Curricular
Manutenção
Mecânica Aplicada
Contexto!
Contexto!

Certa manhã, ao entrar na sala de Engenharia,


Valdomiro encontrou a estagiária Erika sentada
em um canto, muito abatida e triste.

ORIMODLAV ERIKA
ETNEREG
ESTAGIÁRIA

ERIKA
ESTAGIÁRIA

Ao ser questionada, Erika contou que teve desentendimento e uma


discussão com o Técnico em Mecânica, João Paulo. Valdomiro
entendeu que precisava intervir para solucionar a situação.

? JOÃO PEDRO
TÉCNICO

ORIMODLAV
ETNEREG
Manutenção Mecânica Aplicada

?
Problematizando...
Problematizando...

Como Valdomiro irá solucionar o problema do desentendimento entre Érica e João Pe-
dro?

Conhecimento em pauta!

CONTROLE EMOCIONAL NO TRABALHO


Em um ambiente de trabalho o profissional precisa lidar com diferentes situações e pes-
soas de personalidades e características diversas, ensejando muitas vezes circunstâncias
inesperadas que geram no indivíduo reações indesejadas pelos seus líderes. Por exemplo,
quando um profissional realiza um questionamento a outro que o responde de forma gros-
seira e arrogante, quem perguntou fica chateado e até irado, respondendo de forma mais
grosseira ainda, iniciando uma discussão indesejada.

Então... Já ouviu a expressão controle emocional? Tem ideia do que isso possa significar?

O controle emocional de um indivíduo é justamente o controle e administração das rea-


ções, sentimentos, sensações, que podem ser boas ou ruins para o ambiente de trabalho e
irá decorrer de uma situação inesperada e muitas vezes inevitável.

670
UE1 | Controle emocional no trabalho

As atitudes do profissional no trabalho refletem o sentimento que o profissional teve


diante da situação, e nem sempre o sentimento expressado é o adequado para se conduzir,
solucionar ou controlar a circunstância.

Seja no trabalho ou em outros ambientes, o controle emocional é muito importante e


deve ser devidamente administrado, a fim de evitar os reflexos indesejados no desempenho
e até mesmo conflitos ou problemas entre os indivíduos. Para tanto, algumas capacidades
precisam ser desenvolvidas. É o que veremos a seguir. Confira!

PERCEBER, AVALIAR E EXPRESSAR EMOÇÕES NO TRABALHO


Perceber, avaliar e expressar emoções é a capacidade que um indivíduo apresenta com
o intuito de estabilizar as reações geradas a partir das suas emoções, possibilitando um me-
lhor controle e condução das situações que geram desconfortos.

671
Manutenção Mecânica Aplicada

Por exemplo, ao lidar com um colega ou cliente nervoso, devemos estar atentos para
perceber e reagir com calma e tranquilidade, a fim de mantermos o diálogo saudável, o
equilíbrio e a harmonia do ambiente.

Observe, na representação da figura a seguir, a representação das capacidades (perce-


ber, avaliar e expressar) e a forma como ela pode se apresentar.

AVALIAR EXPRESSAR

PERCEBER

Dessa forma, a percepção é uma importante capacidade, pois através dela o indivíduo
conseguirá identificar situações que trazem desconforto às suas emoções, gerando uma
tendência a reagir de forma ruim e inesperada.

672
UE1 | Controle emocional no trabalho

É através da percepção que se reconhece algumas características de outro indivíduo e


percebe nele probabilidades de adotar reações prejudiciais ao ambiente, de modo a logo
interferir e controlar a situação.

Nesse contexto, a avaliação e todas as demais capacidades é muito importante, pois pos-
sibilita que o indivíduo qualifique as emoções, seja as suas ou a de outros. Ao avaliar as
emoções, desenvolve-se a percepção e capacidade de conseguir administrar a reação ou
emoção decorrente de uma situação.

Por fim, a expressão de emoções é justamente o resultado ou reação que um indivíduo


apresenta em relação a um fato ou circunstância.

Parasaber
Para saber mais!
mais!
Para saber mais sobre as emoções, a forma de perceber, avaliar e administrá-las no lo-
cal de trabalho, gerenciando os comportamentos e atitudes, consulte: McSHANE, Steven
L. Comportamento organizacional: conhecimento emergente, realidade global. 6. ed. Porto
Alegre: AMGH, 2014.

Todas as capacidades são muito importantes e, por isso, para o alcance de um melhor re-
sultado, devem ser aplicadas de forma conjunta, atentando-se para aplicar cada capacidade
em relação à situação na qual o indivíduo pode ser submetido.

673
Manutenção Mecânica Aplicada

Além dessas capacidades, para melhor controle das emoções, o indivíduo também deve
estar atento a outras informações, como os fatores internos e externos que podem vir a
interferir e desencadear emoções em um indivíduo, conforme veremos a seguir.

FATORES INTERNOS E EXTERNOS

Existe uma série de fatores que influenciam o desenvolvimento das atividades cotidianas
no ambiente de trabalho, por exemplo, situações de estresse e tensão ou ainda ansiedades
e problemas pessoais. Esses fatores atingem diretamente as emoções e, consequentemen-
te, a atuação dos profissionais.

Para melhor controle e administração desses fatores, eles são subdivididos em:

Fatores internos Fatores externos


Provenientes, na maioria das São, na sua maioria, motivos
vezes, da jornada de trabalho e pessoais que interferem nas
das relações profissionais que atividades no ambiente de
podem ocorrer no ambiente. trabalho. Exemplo: convivência
Exemplo: Estrutura e regras da familiar; lazer; situação
empresa; jornada de trabalho financeira; realização pessoal.
excessiva; pressão exercida
pelos líderes; condições físicas
do ambiente de trabalho;
motivação; conflitos entre
colegas de trabalho.

Vocêsabia?!
Você sabia?!
Estudo finlandês realizado por cientistas da Universidade Aalto comprovaram que as
emoções de um indivíduo podem refletir nas suas sensações físicas e psicológicas, podendo
gerar doenças e transtornos ao indivíduo. (Fonte: OLIVEIRA, 2014).

Os fatores, sejam eles internos ou externos, precisam ser administrados e controlados de


modo que as reações e emoções sejam atenuadas e o indivíduo consiga realizar uma me-
lhor percepção, avaliação e expressão dos seus sentimentos, ponderando sempre a razão e
a emoção, discernindo a melhor atitude a ser tomada.

674
UE1 | Controle emocional no trabalho

!
Solução
Solução do Problematizando...
do Problematizando...

Voltando ao problematizando: como Valdomiro irá solucionar o problema do desentendi-


mento entre Érica e João Pedro?

Para solucionar o problema do desentendimento


entre Érica e João Pedro, Valdomiro os chamou para
uma reunião em sua sala.

JOÃO PEDRO
TÉCNICO

ORIMODLAV
ETNEREG

ERIKA
ESTAGIÁRIA

Juntos, Érica e João Paulo escutavam sobre a importância da boa


convivência em equipe e do controle emocional no ambiente de trabalho.

Quando perdemos o controle emocional, podemos desencadear


conflitos que podem afetar o nosso desempenho profissional.
Vamos conversar e solucionar esse desentendimento.

ORIMODLAV
ETNEREG VISITANTE

AKIRE
AIRÁIGATSE

675

A conversa que tivemos fez com que Érica e João Pedro se entendessem e eles
Manutenção Mecânica Aplicada

A conversa que tivemos fez com que Érica e João Pedro se entendessem e eles
voltaram ao trabalho sabendo da importância do controle emocional para
manter a boa convivência no ambiente de trabalho, evitando os conflitos.

JOÃO PEDRO
TÉCNICO

ERIKA
ESTAGIÁRIA

VALDOMIRO
GERENTE

Agora
Agora éécom
comvocê!
você!
Vamos aplicar esses conhecimentos! Afinal, essa ação é necessária para reforçar o pro-
cesso de aprendizagem! Sucesso!

676
UE1 | Controle emocional no trabalho

Anotações

677
CONFEDERAÇÃO NACIONAL DA INDÚSTRIA - CNI

Robson Braga de Andrade


Presidente

DIRETORIA DE EDUCAÇÃO E TECNOLOGIA – DIRET

Rafael Esmeraldo Lucchesi Ramacciotti


Diretor de Educação e Tecnologia

SERVIÇO NACIONAL DE APRENDIZAGEM INDUSTRIAL - SENAI

Conselho Nacional

Robson Braga de Andrade


Presidente

SENAI - Departamento Nacional

Rafael Esmeraldo Lucchesi Ramacciotti


Diretor Geral

Gustavo Leal Sales Filho


Diretor de Operações

SENAI – DEPARTAMENTO NACIONAL

Unidade de Educação Profissional e Tecnológica – UNIEP

Felipe Esteves Morgado


Gerente Executivo

Luiz Eduardo Leão


Gerente de Tecnologias Educacionais

Anna Christina Theodora Aun de Azevedo Nascimento


Bianca Starling Rosauro de Almeida
Laise Caldeira Pedroso
Paula Cavalcanti Martini T. dos Santos
Coordenação Geral de Desenvolvimento dos Recursos Didáticos Nacionais
SENAI – DEPARTAMENTO REGIONAL DA BAHIA
Unidade de Inovação e Tecnologias Educacionais - ITED

Ricardo Santos Lima


Coordenação de Desenvolvimento dos Cursos a Distância

André Luiz Lima da Costa


Marcelle Rose da Silva Minho
Wanderley Costa dos Santos
Coordenação Técnica do Projeto
André Luiz Lima da Costa
Igor Nogueira Oliveira Dantas
Nalini Vasconcellos
Coordenação de Produção

Alexandre dos Santos de Melo


Luciano Rodrigues Maia Junior
Luis Fellipe Lopez de Carvalho
Tiago Lobo Oliveira
Tiago Oliveira dos Santos
Conteudistas

Solano Cristovão da Silveira


Tiago Oliveira dos Santos
Vander Cassio Silva de Oliveira
Vinicius Borges Dias
Revisão Técnica

Alexandra Carla Prazeres de Azevedo


Kariene da Silva Simões Santos
Loraíne Michella Vivas da Anunciação
Márcia Cristina Souza Santos
Monique Ramos Quintanilha
Design Educacional

Daiane Amâncio Mendes


Regiani Coser Cravo
Revisão Ortográfica e Gramatical
Alex Ricardo de Lima Romano
Karina Soares
Thiago Ribeiro Costa dos Santos
Vinicius Vidal da Cruz
Fotografias, Ilustrações e Tratamento de Imagens

Bruno Reilisson Santos Bastos


Carolina La Croix de Pimental Teixeira
Igor Mota de Albergaria
Ronaldo Cerqueira dos Santos
Victor Icaro Brasileiro Oliveira
Produção Audiovisual

Leonardo Silveira
Lucas Ribeiro dos Santos
Vauline Gonçalves da Silva
Diagramação
SENAI – DEPARTAMENTO REGIONAL DE SANTA CATARINA

Fabrizio Machado Pereira


Diretor Regional do SENAI/SC e Diretor de Educação e Tecnologia da FIESC

Adriana Paula Cassol


Gerente Executiva de Educação

Fabiano Bachmann
Gerência do Centro de Educação Digital

Gisele Umbelino
Coordenadora de Desenvolvimento de Recursos Didáticos

Aline Cristina Antoneli


Líder de Projeto

Fabrício Sawczen
Diagramação

Tatiana Daou Segalin


Projeto Gráfico

Luciana Effting Takiuchi


CRB - 14/937
Ficha catalográfica

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