A visão do mundo, segundo as organizações.

A vocação de uma empresa para atuar em um ou mais mercados fora do seu país está relacionada
com a visão do mundo que ela possui e que pode ser entendida como a maneira de a empresa
perceber, priorizar e responder aos mais diferentes aspectos das regiões ou países em que está
atuando ou pretende atuar.
Segundo Perlmutter, essa visão pode ser de 4 tipos:
i. Geocentrica
ii. Regiocentrica
iii. Poliocentrica
iv. Etnocentrica

Etnocentrica: Tem como pressuposto que o país de origem é superior e percebe, fundamentalmente,
semelhanças em países estrangeiros. Segundo esta visão o foco principal da empresa está no seu
mercado de origem e os demais mercados são percebidos como similares com o da matriz. Muitas
dessas empresas atuam apenas no mercado doméstico e quando passam a atuar no exterior,
fazem-no apenas secundariamente.
As operações são todas originadas na matriz e seguem a linha: “o que é bom para o mercado
principal será bom também para os demais utilizarem”.
Tem como pressuposto a noção de que o país de origem é superior e percebe, fundamentalmente,
semelhanças em países estrangeiros.

Policentrica: Tem como pressuposto que cada país é único e a empresa deve perceber as diferenças
existentes entre cada um. Por meio dessa visão, as empresas, as empresas ao reconhecerem as
diferenças entre diversos países e mercados, permitem que suas filiais estabeleçam suas estratégias
e prioridades, desde que compatíveis com o planejamento estratégico da matriz.
Na visão Policentrica, cada país é único e a empresa percebe, fundamentalmente, suas diferenças.

Regiocentrica: Ocorre quando a empresa direciona seus esforços comerciais para uma determinada
região. Em geral, essas empresas beneficiam-se de acordos estabelecidos por seus governos com os
países que compõem aquela região. As suas fronteiras de atuação passam a ser aquelas que foram
ampliadas por esses acordos. No Brasil, muitas empresas tem uma área de atuação exclusivamente
dentro do Mercosul. Em uma empresa com orientação regiocêntrica, a administração vê as regiões
como singulares e procura desenvolver uma estratégia regional integrada. Por exemplo, uma
empresa brasileira focada em países participantes do Mercosul tem orientação regiocêntrica.

Geocentrica: Nela, as empresas enxergam o mundo como um mercado único. A orientação

geocêntrica é uma síntese de etnocentrismo e policentrismo; é uma visão mundial que vê
semelhanças e diferenças entre países e mercados, e procura criar uma estratégia global capaz de
responder plenamente ‘as necessidades e desejos locais. Um administrador regiocêntrico poderia ser
tido como possuidor de uma visão mundial, em escala regional; o mundo fora de sua região de
interesse será encarado do ponto de vista etnocêntrico ou policêntrico, ou de uma combinação dos
dois. Pela amplitude da visão, elas reconhecem as diferenças e semelhanças entre os países ou
regiões do mundo e procuram traçar estratégias que, apesar de serem genéricas, podem ser usadas
em qualquer um desses mercados.