LÍNGUA PORTUGUESA E REDAÇÃO
9º Ano
Capítulo
1
Conto (I) / Colocação pronominal (I)
Resumo
Neste capítulo, o estudo de redação do 9o Ano se inicia com o gênero
conto. Para isso, apresenta-se um texto de Clarice Lispector para análise
dos alunos e solicita-se a produção de um conto, em caráter diagnóstico,
a fim de medir o quanto eles dominam o gênero. Em Estudo da língua,
apresentam-se as três possibilidades de colocação pronominal segundo
a norma-padrão da língua: a próclise, a mesóclise e a ênclise. Seus usos,
porém, serão aprofundados apenas nos capítulos seguintes.
Objetivos de aprendizagem
• Identificar as principais características do gênero conto;
• produzir um conto partindo dos próprios conhecimentos sobre o
gênero;
• diferenciar ordem direta de ordem inversa na construção de ora-
ções em língua portuguesa;
• reconhecer pronomes pessoais oblíquos átonos;
• identificar os casos de colocação pronominal: próclise, mesóclise e
ênclise.
Princípios
• Reconhecer contextos prévios à elaboração e ao conteúdo do texto
lido para maximizar a compreensão dele;
• apropriar-se das linguagens escrita, oral e multissemiótica, desen-
volvendo a capacidade de autoria legítima, a fim de ampliar suas
possibilidades de participar das esferas acadêmica, cultural e mi-
diática, de construir conhecimentos e de se envolver com maior
autonomia e protagonismo na vida social;
• compreender os diferentes gêneros dos discursos oral, escrito e
multissemiótico de acordo com seus contextos de uso e sua função
social;
• identificar, analisar e empregar as classes gramaticais, as formas
linguísticas e os elementos composicionais dos textos orais e escri-
tos em língua portuguesa na construção de efeitos de sentido.
Habilidades BNCC
• (EF69LP44) Inferir a presença de valores sociais, culturais e huma-
nos e de diferentes visões de mundo em textos literários, reconhe-
cendo nesses textos formas de estabelecer múltiplos olhares sobre
as identidades, sociedades e culturas, considerando a autoria e o
contexto social e histórico de sua produção.
• (EF69LP47) Analisar, em textos narrativos ficcionais, as diferentes
formas de composição próprias de cada gênero, os recursos coesivos
que constroem a passagem do tempo e articulam suas partes, a escolha
lexical típica de cada gênero para a caracterização dos cenários e dos
personagens e os efeitos de sentido decorrentes dos tempo verbais,
dos tipos de discurso, dos verbos de enunciação e das variedades
linguísticas (no discurso direto, se houver) empregados, identificando
o enredo e o foco narrativo e percebendo como se estrutura a narrativa
nos diferentes gêneros e os efeitos de sentido decorrentes do foco
narrativo típico de cada gênero, da caracterização dos espaços físico e
psicológico e dos tempos cronológico e psicológico, das diferentes vozes
no texto (do narrador, de personagens em discurso direto e indireto),
do uso de pontuação expressiva, palavras e expressões conotativas e
processos figurativos e do uso de recursos linguístico-gramaticais
próprios a cada gênero narrativo.
• (EF69LP51) Engajar-se ativamente nos processos de planejamento,
textualização, revisão/edição e reescrita, tendo em vista as restri-
ções temáticas, composicionais e estilísticas dos textos pretendidos
e as configurações da situação de produção – o leitor pretendido,
o suporte, o contexto de circulação do texto, as finalidades etc. – e
considerando a imaginação, a estesia e a verossimilhança próprias
ao texto literário.
• (EF69LP55) Reconhecer as variedades da língua falada, o conceito
de norma-padrão e o de preconceito linguístico.
• (EF89LP33) Ler, de forma autônoma, e compreender – selecionan-
do procedimentos e estratégias de leitura adequados a diferentes
objetivos e levando em conta características dos gêneros e suportes –
romances, contos contemporâneos, minicontos, fábulas contempo-
râneas, romances juvenis, biografias romanceadas, novelas, crônicas
visuais, narrativas de ficção científica, narrativas de suspense, poemas
de forma livre e fixa (como haicai), poema concreto, ciberpoema,
entre outros, expressando avaliação sobre o texto lido e estabelecendo
preferências por gêneros, temas e autores.
• (EF89LP35) Criar contos ou crônicas (em especial, líricas),
crônicas visuais, minicontos, narrativas de aventura e de ficção
científica, entre outros, com temáticas próprias ao gênero, usan-
do os conhecimentos sobre os constituintes estruturais e recursos
expressivos típicos dos gêneros narrativos pretendidos, e, no caso
de produção em grupo, ferramentas de escrita colaborativa.
• (EF09LP10) Comparar as regras de colocação pronominal na norma-
-padrão com o seu uso no português brasileiro coloquial.
Conteúdo
Valores sociais, culturais e humanos e compreensão de diferentes visões de
mundo; autoria; contexto social e histórico de sua produção; procedimen-
tos e estratégias de leitura; características do gênero e suporte; avaliação de
leitura; forma de composição; enredo; foco narrativo; tipos de discurso; escolha
lexical para a caracterização dos cenários e dos personagens; tempos crono-
lógico e psicológico; diferentes vozes no texto (do narrador, de personagens
em discurso direto e indireto); variedades da língua falada; conceito de
norma-padrão; preconceito linguístico; ordem direta e ordem inversa; pro-
nomes pessoais; colocação pronominal.
O aluno aprendeu satisfatoriamente se...
• lê, de forma autônoma, e compreende contos, selecionando
procedimentos e estratégias de leitura adequados a diferentes objetivos
e levando em conta características do gênero e do suporte em que se
encontra o texto;
• analisa a forma de composição textual, identificando o enredo e o foco
narrativo, a caracterização dos espaços físico e psicológico e dos tempos
cronológico e psicológico e as diferentes vozes no texto (do narrador,
de personagens em discurso direto e indireto);
• se engaja ativamente nos processos de planejamento, textualização,
revisão/edição e reescrita, tendo em vista as restrições temáticas,
composicionais e estilísticas dos textos pretendidos e as configurações
da situação de produção – o leitor pretendido, o suporte, o contexto de
circulação do texto, as finalidades etc. –, considerando a imaginação,
a estesia e a verossimilhança próprias ao texto literário;
• reconhece as variedades da língua falada, o conceito de norma-padrão
e o de preconceito linguístico;
• compara as regras de colocação pronominal determinadas pela norma-
-padrão com o seu uso no português brasileiro coloquial.
O aluno excedeu as expectativas se...
• infere a presença de valores sociais, culturais e humanos e de diferentes
visões de mundo em contos contemporâneos, reconhecendo nesses textos
formas de estabelecer múltiplos olhares sobre as identidades, sociedades
e culturas, considerando a autoria e o contexto social e histórico de sua
produção;
5
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9º Ano
• cria contos seguindo as características próprias ao gênero, usando cenário proposto e no tempo em que a história se passa. A referência a
seus conhecimentos sobre os constituintes estruturais, sobre recursos bondes, por exemplo, aponta para décadas passadas.
expressivos típicos dos gêneros narrativos pretendidos e, no caso de
produção em grupo, sobre ferramentas de escrita colaborativa. Atividades
1.
Referências
• ARAÚJO, M. J. F. S. “Práticas literárias na escola a partir do gênero conto”.
In: Letra Magna, n. 18, 2015. Disponível em: plurall.pub/3zV3kVn.
Acesso em: 3 ago. 2022.
• COSSON, R. Letramento literário: teoria e prática. São Paulo: Contexto,
2007.
• SCHNEUWLY, B.; DOLZ, J. et al. Gêneros orais e escritos na escola.
Campinas: Mercado das Letras, 2004. 2.
• KOCH, I. V.; ELIAS, V. M. Ler e escrever: estratégias de produção textual. a.
São Paulo: Contexto, 2009. b.
Guia do professor
3.
a.
Para este capítulo
b.
Neste capítulo, a seção Superdesafio propõe uma atividade que
c.
demandará acesso à internet e uso de jornais (preferencialmente físicos,
embora notícias de portais on-line possam ser utilizadas). Por ser uma 4.
atividade que demanda tempo, ela idealmente deve ser executada pelos
alunos em casa, e os resultados analisados em sala de aula. Porém, caso
queira realizá-la em sala, esteja preparado para acessar o site da Biblioteca
Nacional e seguir as instruções oferecidas tanto no Livro do Aluno
quanto nos comentários do presente Livro do Professor.
• Acervo da Biblioteca Nacional. Disponível em: plurall.pub/3ztEFFR.
Acesso em: 3 ago. 2022. 5.
Abertura
Este é o primeiro capítulo a tratar do gênero conto, e os alunos 6.
podem não ter ainda ferramentas para diferenciá-lo de outros gêneros
textuais. Nesse momento, ouça as respostas e liste, no quadro, os ele-
mentos citados por eles para responder à primeira pergunta. Quanto
à segunda questão, observe se alguma das histórias compartilhadas se
7.
configura como conto e explore a presença do elemento surpresa: o que 8.
houve de inesperado na história? O elemento imprevisto era coerente
com o desenvolvimento da narrativa? 9.
1. Estudo do texto
Apresente o texto à turma, informando que se trata de um conto,
uma narrativa breve e com poucos personagens. Em seguida, pergunte
aos alunos: Qual é o tema central desse conto? Espera-se que eles perce-
bam que o tema é o isolamento a que se submetem pessoas que se sentem
diferentes das demais, levando-as a um estado de solidão.
Depois, faça outra pergunta: O fato descrito no conto realmente 10.
ocorreu? Inicie um debate com a turma e levante novas possibilidades:
o narrador, ao ver a cena de longe, pode ter feito uma interpretação des-
conectada da realidade; ou a menina pode ter projetado sua solidão no
cachorro, que agiu como muitos cães agem, encarando pessoas desconhe-
cidas. Aborde o conceito de verossimilhança com os alunos: fictício ou
não, a impressão que o texto causa é de realidade e não há nada em seu
desenvolvimento que pareça inadequado dentro da narrativa proposta.
Tempo da ação principal
Para situar os alunos, comente que Grajaú é um bairro da zona
norte da cidade do Rio de Janeiro, próximo a uma das casas onde Clarice
Lispector morou durante a adolescência. Aproveite para fazê-los perceber
como o narrador introduz elementos à narrativa que situam o leitor no
6
A menina é ruiva; logo, tanto seus cabelos vermelhos quanto a
claridade do dia reforçam a atmosfera de fogo e de intensa lumi-
nosidade, ressaltando a ideia de calor e fazendo-se destacar a cor
vermelha, considerada quente.
Comente com os alunos que a presença desses elementos colaboram
para situar o leitor no contexto da narrativa, descrevendo aspectos
da ambientação e introduzindo uma característica importante da
personagem.
“Olhamo-nos sem palavras, desalento contra desalento”.
Provavelmente estaria esperando o bonde, que não chegava, como
pode ser observado nestes trechos: “Ninguém na rua, só uma pessoa
esperando inutilmente no ponto do bonde”; “Na rua deserta nenhum
sinal de bonde”.
Possivelmente, a menina sentia-se deslocada e diferente das outras
pessoas por ser ruiva.
Seus cabelos ruivos.
Justamente porque, no Brasil, uma “terra de morenos”, a maioria
das pessoas não é ruiva. Assim, essa marca poderia distingui-la.
Provavelmente, o incômodo causado pelo soluço, pelo calor e pela so-
lidão.
Instigue os alunos a notar que se trata de um uso poético do termo.
Como os complementos para o verbo não existem, o narrador dá
margem à interpretação. Partindo disso, é possível depreender que a
menina carrega pressões e cobranças. Esse uso sugere que, entre todas
as coisas, a tristeza de uma vida solitária é um dos fardos que ela pre-
cisa suportar.
Letra B.
A menina segurava a bolsa com um “amor conjugal”, indicando
que tal objeto era sua companhia e a salvava da solidão.
Porque eles se identificam: a menina é ruiva, e o cão tem a pelagem
alaranjada.
Explore com os alunos a forma como eles são descritos: “os pelos de
ambos eram curtos”. Em se tratando de uma menina, seria normal
que o narrador se referisse a seus cabelos, e não a pelos.
“Quanto tempo se passava?”
Solução para sua solidão, para seu sentimento de estar deslocada no
mundo por ser diferente, pois ambos tinham pelos da mesma cor.
A menina não tinha autonomia para ficar com o cão, pois ainda
era uma criança e encarava restrições normais à idade, presumida-
mente impostas pela família; por sua vez, o cão já tinha uma dona
e tampouco poderia decidir trocar de dono. Assim, ambos estavam
aprisionados às suas respectivas limitações.
Auxilie os alunos a perceber que o narrador emprega o termo
“comprometidos” para marcar a impossibilidade dessa união, pala-
vra muito utilizada no contexto de relacionamentos amorosos.
Elementos da narrativa
Personagens A menina e o cachorro.
Em frente à casa onde mora a menina, no
Espaço
bairro do Grajaú.
Narrador Terceira pessoa.
Alguns minutos, a partir das duas horas da
tarde.
Uma menina ruiva e um cão se veem e
Ação (enredo)
surge forte identificação entre eles.

11.
a. O clímax se dá quando a menina e o cão se encontram e se identi-
ficam.
b. Resposta pessoal.
É possível que os alunos digam que se frustraram, porque a menina
e o cão não terminaram juntos.
Comente que contos contemporâneos podem, por vezes, subverter
a estrutura apresentada no enunciado, invertendo ou até eliminan-
do algumas das etapas de construção desse gênero textual.
2. Preparando um conto
A sistematização evidencia o “esqueleto” de um conto, mas é
necessário salientar que o gênero é marcado por sua brevidade e pela
pequena quantidade de personagens, os quais não contam com desen-
volvimento complexo e extenso, pois dificilmente há espaço para isso.
Contudo, muitos contos são capazes de desencadear transformações
profundas e significativas em seus personagens por meio das dificuldades
apresentadas.
Ao explicar o conceito de conflito e clímax, explicite que não preci-
sam ser eventos grandiosos. Às vezes, o obstáculo a ser enfrentado pelo
protagonista pode ser trivial.
Produção textual
Embora o livro dê sugestões de elementos a serem utilizados pelos
alunos na composição do texto, permita que eles elaborem as próprias
ideias, desde que isso enriqueça a produção. Combine uma data para a
entrega dos trabalhos, caso não seja possível desenvolvê-los inteiramente
em horário de aula. Confira os textos e, se necessário, proponha ajustes
para que os alunos possam melhorá-los.
Faça você mesmo
Agende uma data para que os alunos entreguem as imagens e per-
mita que eles tenham um momento para escolher a melhor ilustração,
inclusive pedindo a opinião de colegas. Caso seja viável, reserve um
espaço da sala para expor os trabalhos e convide-os a ler os contos dos
colegas. Verifique também a possibilidade de fazer uma encadernação
simples com os textos da turma. Há diversos tutoriais disponíveis na
internet que ensinam como organizar um livreto utilizando folhas A4.
Proponha essa atividade com o professor de Artes, se possível.
3. Estudo da língua – Ordem direta × Ordem
inversa
• Considere a terceira oração: “Um grande soluço sacudiu-a desafi-
nado”. Seria possível inverter a ordem dos elementos presentes nessa
frase e mantê-la compreensível? Justifique.
Sim. A frase pode ser reescrita de outras formas, mantendo-a com-
preensível. Exemplos:
Desafinado, um grande soluço sacudiu-a.
Um grande soluço, desafinado, sacudiu-a.
Sacudiu-a um grande soluço desafinado.
Sacudiu-a, desafinado, um grande soluço.
• Agora, reflita: que efeito de sentido essa inversão provoca na oração?
Deslocando o sujeito, a ação expressa pelo verbo se destaca.
3.1 Colocação pronominal
• Sublinhe, nessas orações, os pronomes pessoais oblíquos átonos.
Ela olhava-o sob os cabelos.
Um grande soluço sacudiu-a.
Ela continuou a fitá-lo.
LÍNGUA PORTUGUESA E REDAÇÃO
9º Ano
Comente com os alunos que os pronomes “o(s)” e “a(s)”, ao se
unirem a verbos terminados em “r”, “s” ou “z”, são precedidos pela letra
“l”. Ao se unirem a verbos terminados em “m”, por sua vez, recebem a letra
“n”. Escreva exemplos no quadro para demonstrar essa regra: Consertar
“ela” = Consertá-la / Entregar “ele” = Entregá-lo / Viram “ela” = Viram-na /
Encontraram “ele” = Encontraram-no.
• Esses pronomes encontram-se:
( × ) depois do verbo.
Relembre os alunos de que há variação entre a fala e a escrita. Essas
regras são mais rígidas em situações formais de uso da língua, além de a
ênclise e a mesóclise serem mais presentes em textos escritos. Relembre
também o conceito de norma-padrão e de norma culta. Esses elementos
serão necessários para discutir a questão do preconceito linguístico quando
os casos forem estudados de forma mais aprofundada ao longo dos próximos
capítulos.
Superdesafio
A atividade pode se mostrar bastante desafiadora para a turma,
então, se preferir, você pode ajudá-los e fazer essa atividade em sala
no decorrer das aulas. O site da Biblioteca Nacional possui um acervo
bastante extenso de documentos, de modo que há múltiplas opções que
podem ser lidas pelos alunos. Se preferir, selecione alguns exemplares
previamente e distribua para a turma.
Essa proposta visa levar os alunos a compreender, na prática, a
variação linguística diacrônica. Assim, eles devem perceber que, mesmo
na norma culta da língua, preferem-se determinadas formas a outras.
Mesmo as regras de uso podem se alterar em conformidade com as
mudanças linguísticas. Diferentes periódicos também trazem registros
distintos, de modo que, se cada aluno escolher um texto diferente para
fins de comparação, a turma pode se deparar com múltiplas maneiras
de realizar a colocação pronominal ao longo do tempo. Aproveite para
verificar que outras mudanças na escrita os alunos notaram.
Atividades
12.
a. Sugestões de resposta:
Fascinada, séria, ela olhava-o sob os cabelos.
Ela, fascinada, séria, olhava-o sob os cabelos.
Sob os cabelos, ela olhava-o, fascinada, séria.
Sob os cabelos, ela, fascinada, séria, olhava-o.
b. Sugestões de resposta:
Ela também passou por cima do soluço.
Ela passou por cima do soluço, também.
Também ela, por cima do soluço, passou.
Anote as possibilidades no quadro, demonstrando aos alunos que
as inversões podem enfatizar termos diferentes. Não há necessidade
de aprofundamento das classificações sintáticas.
13.
a. (P)
b. (E)
c. (P)
d. (M)
e. (P)
f. (E)
Auxilie os alunos a perceber que, no item D, o “se” é uma conjunção
que expressa condição, e não um pronome oblíquo.
Atividades finais
14. Sim. Ela poderia ser iniciada pelo sujeito em vez do adjunto
adverbial:
As pedras vibravam de calor na rua vazia.
7
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9º Ano

15. Ela destacou a solidão da menina, que se encontrava sozinha na Algumas sugestões de contos:
rua.
16. • “Felicidade clandestina”, Clarice Lispector. Disponível em:
(×) Entregaria eu mesma o animal a ele, caso o encontrasse. eleva.md/37VC3U0;
(×) O cachorro, procuraram insistentemente. • “Entre a espada e a roda”, Marina Colasanti. Disponível em:
(×) Cansado estava ele de tanto procurar pelo animal. eleva.md/3xTmrLn;
17. • “A morte dos girassóis”, Caio Fernando Abreu. Disponível em:
a. Passeava pelo bairro um cãozinho vermelho. eleva.md/2UzAwA0;
b. Pelo bairro, passeava um cãozinho vermelho. • “Pausa”, Moacyr Scliar. Disponível em: eleva.md/389DPBb;
18. • “Ciúme”, Lygia Bojunga Nunes. Disponível em: eleva.md/2W6tbrM.
a. O cachorro estava triste e observou a menina, ou o cachorro
observou a menina que estava triste. Além disso, será necessário levar os contos a seguir para a aula:
b. O cachorro, triste, observou a menina.
• “A moça tecelã”, de Marina Colasanti. Disponível em: eleva.md/2W9wgHy;
19.
• “Papos”, de Luis Fernando Verissimo. Disponível em: eleva.md/3iYun9W.
a. Você nunca me contou sobre isso. (Próclise)
Acessos em: 18 ago. 2021.
b. Encontrá-lo-ei, prometo! (Mesóclise)
c. Pegue-o, já! (Ênclise)
d. Jamais lhe perguntei se a saudade doía. (Próclise) Capítulo

2
e. Olhava-nos como se nos conhecesse. (Ênclise/Próclise)
20. Conto (II) / Colocação pronominal (II)
a. Ela não me viu ontem.
b. Chamei-lhe pelo nome, mas foi inútil.
c. Nunca a deixarei só.
d. Entregar-lhe-ia a carta, se pudesse. Resumo
21. As margens plácidas do Ipiranga.
22. As margens plácidas do Ipiranga ouviram o brado retumbante de Dando continuidade ao estudo dos contos, apresenta-se um texto de
um povo heroico. Marina Colasanti para leitura e debate, propondo novas reflexões que
23. Letra D. devem embasar as discussões da turma. Na seção Produção textual,
A mesóclise só é utilizada com verbos no futuro do presente ou no sugere-se a realização de uma roda de leitura de contos de escritores
futuro do pretérito do modo indicativo. No caso do trecho, o verbo contemporâneos a fim de aumentar o repertório dos alunos e de prepará-los
está no futuro do pretérito. para as características da leitura oral. Para isso, pede-se que leiam os
textos em voz alta e gravem suas leituras para análise e aprimoramento
Relembrando das técnicas de expressividade. Por fim, em Estudo da língua, aborda-se a
colocação pronominal, apresentando os casos mais comuns de próclise e
de ênclise, além de demarcar as diferenças de colocação pronominal no
1. (termos dispostos na sequência natural da língua) Brasil e em Portugal.

Nome dado ao modo como os termos se dispõem em uma oração

Objetivos de aprendizagem
2. • Interpretar contos contemporâneos;
• realizar leitura expressiva de contos;
• empregar corretamente os pronomes oblíquos átonos em casos de
3. próclise e de ênclise;
(alteração na ordem natural dos termos da oração)
• reconhecer as diferenças de colocação pronominal entre o portu-
guês falado no Brasil e em Portugal;
4. • comparar as regras de colocação pronominal na norma-padrão
pronome anteposto ao verbo
com o seu uso no português brasileiro coloquial.

Colocação pronominal 5. pronome inserido no meio do verbo

6. pronome posposto ao verbo
1. ordem direta; 2. colocação; 3. ordem inversa; 4. próclise; 5. mesóclise;
6. ênclise.
Para a próxima aula
No capítulo 2, os alunos darão continuidade ao estudo dos contos.
Para que esse aprofundamento no gênero possa ocorrer de maneira
apropriada, a Produção textual exigirá a leitura em voz alta de alguns
contos, que devem ser selecionados previamente pelos próprios alunos.
No entanto, caso julgue melhor, prepare alguns textos antecipadamente
para distribuí-los entre a turma.
Princípios
• Envolver-se em práticas de leitura literária que possibilitem o de-
senvolvimento do senso estético para fruição e reconhecimento do
potencial transformador e humanizador da experiência literária;
• elaborar estratégias de planejamento, revisão e reescrita para apri-
morar o texto e adequá-lo à situação comunicativa, desenvolvendo
um olhar reflexivo sobre a própria produção;
• apropriar-se das linguagens escrita, oral e multissemiótica, desen-
volvendo a capacidade de autoria legítima, a fim de ampliar suas
possibilidades de participar das esferas acadêmica, cultural e mi-
diática, de construir conhecimentos e de se envolver com maior
autonomia e protagonismo na vida social;
• identificar, analisar e empregar as classes gramaticais, as formas
linguísticas e os elementos composicionais dos textos orais e escri-
tos em língua portuguesa na construção de efeitos de sentido.

8

Habilidades BNCC
• (EF69LP44) Inferir a presença de valores sociais, culturais e humanos
e de diferentes visões de mundo em textos literários, reconhecendo
nesses textos formas de estabelecer múltiplos olhares sobre as iden-
tidades, sociedades e culturas e considerando a autoria e o contexto
social e histórico de sua produção.
• (EF69LP53) Ler em voz alta textos literários diversos – como con-
tos de amor, de humor, de suspense, de terror; crônicas líricas, hu-
morísticas, críticas; bem como leituras orais capituladas (comparti-
lhadas ou não com o professor) de livros de maior extensão, como
romances, narrativas de enigma, narrativas de aventura, literatura
infantojuvenil –, contar/recontar histórias tanto da tradição oral (cau-
sos, contos de esperteza, contos de animais, contos de amor, contos
de encantamento, piadas, entre outros) quanto da tradição literária
escrita, expressando a compreensão e a interpretação do texto por
meio de uma leitura ou fala expressiva e fluente, que respeite o ritmo,
as pausas, as hesitações e a entonação indicados tanto pela pontua-
ção quanto por outros recursos gráfico-editoriais, como negritos, itá-
licos, caixa-alta, ilustrações etc., gravando essa leitura ou esse conto/
reconto, seja para análise posterior, seja para produção de audiobooks
de textos literários diversos ou de podcasts de leituras dramáticas com
ou sem efeitos especiais e ler e/ou declamar poemas diversos, tanto de
forma livre quanto de forma fixa (como quadras, sonetos, liras, haicais
etc.), empregando os recursos linguísticos, paralinguísticos e cinési-
cos necessários aos efeitos de sentido pretendidos, como o ritmo e a
entonação, o emprego de pausas e prolongamentos, o tom e o timbre
vocais, bem como eventuais recursos de gestualidade e pantomima que
convenham ao gênero poético e à situação de compartilhamento em
questão.
• (EF69LP55) Reconhecer as variedades da língua falada, o conceito de
norma-padrão e o de preconceito linguístico.
• (EF09LP10) Comparar as regras de colocação pronominal na norma-
-padrão com o seu uso no português brasileiro coloquial.
• (EF89LP33) Ler, de forma autônoma, e compreender – selecionando
procedimentos e estratégias de leitura adequados a diferentes ob-
jetivos e levando em conta características dos gêneros e suportes –
romances, contos contemporâneos, minicontos, fábulas contem-
porâneas, romances juvenis, biografias romanceadas, novelas,
crônicas visuais, narrativas de ficção científica, narrativas de sus-
pense, poemas de forma livre e fixa (como haicai), poema concre-
to, ciberpoema, entre outros, expressando avaliação sobre o texto
lido e estabelecendo preferências por gêneros, temas e autores.
Conteúdo
Valores sociais, culturais e humanos e compreensão de diferentes visões
de mundo; autoria; contexto social e histórico de sua produção; procedi-
mentos e estratégias de leitura; características do gênero e do suporte de
publicação; avaliação de leitura; elementos relacionados à fala (modula-
ção de voz, entonação, ritmo, altura e intensidade, respiração); elementos
cinésicos (postura corporal, movimentos e gestualidade significativa,
expressão facial, contato visual); variedades da língua falada; conceito de
norma-padrão; preconceito linguístico; colocação pronominal.
O aluno aprendeu satisfatoriamente se...
• infere a presença de valores sociais, culturais e humanos e de diferentes
visões de mundo em contos contemporâneos, reconhecendo nesses
textos formas de estabelecer múltiplos olhares sobre as identidades,
sociedades e culturas e considerando a autoria e o contexto social e
histórico de sua produção;
• lê, de forma autônoma, e compreende contos, selecionando proce-
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9º Ano
dimentos e estratégias de leitura adequados a diferentes objetivos e
levando em conta características do gênero e do suporte de publicação;
• lê em voz alta (compartilhada ou não), expressando compreensão
e interpretação do texto por meio de uma leitura ou fala expressiva e
fluente, que respeite o ritmo, as pausas, os prolongamentos, as hesitações,
a entonação, o tom e o timbre indicados.
• reconhece as variedades da língua falada, o conceito de norma-padrão e o
de preconceito linguístico e compara as regras de colocação pronominal
na norma-padrão com o seu uso no português brasileiro coloquial.
O aluno excedeu as expectativas se...
• produz audiobooks de textos literários diversos ou podcasts de leituras
dramáticas com ou sem efeitos especiais, empregando os recursos
linguísticos, paralinguísticos e cinésicos necessários aos efeitos de
sentido pretendidos.
Referências
• BRONCKART, Jean-Paul. Atividade de linguagem, textos e discursos.
Por um interacionismo sociodiscursivo. Tradução de Anna Rachel
Machado e Péricles Cunha. São Paulo: EDUC, 1999.
• CORRÊA, Angela Maria da Silva; CUNHA, Tânia Reis. “Trabalhando
a leitura em sala de aula”. In: PAULIUKONIS, Maria Aparecida Lino;
SANTOS, Leonor Werneck (Orgs). Estratégias de leitura: texto e ensino.
Rio de Janeiro: Lucerna, 2006.
• KÖCHE, Vanilda Salton et al. Estudo e produção de textos: gêneros
textuais do relatar, narrar e descrever. 2. ed. Petrópolis, RJ: Vozes, 2015.
• SCHNEUWLY, Bernard; DOLZ, Joaquim et al. Gêneros orais e escritos
na escola. Tradução de Roxane Rojo e Glaís Sales Cordeiro. Campinas:
Mercado das Letras, 2004.
Guia do professor
Abertura
Converse com os alunos sobre o tema do capítulo: a busca das
mulheres por igualdade. Explique à turma que, embora as histórias apre-
sentadas no capítulo sejam ficcionais e tenham sido escritas há algum
tempo, a desigualdade persiste e precisa ser combatida por todos. Por essa
razão, muitas artistas produziram e continuam produzindo obras com o
objetivo de denunciar atitudes que subjuguem as mulheres e de propor
reflexões a respeito do tema.
1. Estudo do texto
Leia o texto em voz alta para os alunos servindo como modelo de
leitura expressiva. Peça-lhes que percebam as mudanças de ritmo e
de entonação empregadas durante a leitura como recursos de expressi-
vidade. Os alunos desenvolverão um trabalho com a oralidade na seção
Produção textual, pois esse contato com um exemplo de leitura expressiva
é importante.
Atividades
1. A protagonista pode representar qualquer mulher que se sinta opri-
mida; o mesmo vale para a aldeia, que pode representar qualquer
lugar no mundo. Desse modo, ao não especificar a pessoa nem o
lugar, a autora sugere que a mensagem de seu texto se destina a todas
as mulheres que sofrem algum tipo de discriminação.
2.
a. Porque, para as mulheres, era difícil viver em um lugar onde as
regras impediam-nas de usufruir da liberdade e de serem tratadas
9
LÍNGUA PORTUGUESA E REDAÇÃO
9º Ano
com igualdade.
b. Além de agregar um caráter poético à passagem, a inversão enfatiza
os termos “dura” e “mulheres”, reforçando a dificuldade que elas
enfrentavam naquele espaço.
Caso julgue necessário, retome os conceitos de ordem direta e
inversa, apresentados no capítulo anterior. Na sequência, explique
aos alunos que, apesar de o texto ter sido escrito em forma de
prosa, há, nele, muita poesia. Comente com a turma que os
textos de Marina Colasanti se enquadram na categoria “prosa
poética”.
3. Em sentido conotativo, a proibição procurava evitar que as mulhe-
res desenvolvessem vontade própria, impedindo que elas desejas-
sem “voar com as próprias asas”.
4.
a. A mulher só olhava para as coisas obrigatórias, sem analisar o que
a cercava e, por isso, andava quase sempre de cabeça baixa.
b. Uma estranha inquietação tomou conta dela, e a mulher, que antes só
olhava para baixo, passou a olhar para tudo que a cercava, inclusive
as coisas que antes eram proibidas.
c. Resposta pessoal. Sugestão: a mulher passou a ter consciência do
espaço que a cercava e de que tinha direito à liberdade e a não
obedecer às regras impostas pelos homens da aldeia.
Espera-se que os alunos percebam que a mulher começou a se dar
conta da forma limitada como vivia a própria vida.
5. As repetições, nesse caso, são intencionais e reforçam o caráter
poético do texto. A sequência dos termos sugere uma projeção no
modo de olhar, além de provocar uma sonoridade interessante,
agregando poesia ao conto.
6. “Há muito as folhas haviam-se banhado de cobre, o solo começava
a fazer-se duro no frio.”
7.
A vida da mulher era monótona
e cheia de regras impostas pelos
Como era a vida da homens da aldeia. Ela se dedicava
protagonista no início apenas às tarefas domésticas e não
da história? tinha aspirações ou vontade de
conhecer as coisas que a cercavam,
revelando-se passiva e submissa.
O momento em que a protagonista
Que momento demarca a
come a carne da ave, o que era
quebra desse equilíbrio?
proibido às mulheres da aldeia.
Destaque, no texto, as atividades desempenhadas pela mulher:
costurar (“A agulha ficava parada no ar (...). A agulha descia (...)”),
cozinhar (“a colher suspensa sobre a panela, (...) a colher mergulhava na
panela (...)”) e lavar (“as mãos metidas na tina. (...) as mãos afundavam
na tina.”).
8. Mediante a aproximação do inverno, as aves partem para o Sul em
busca de lugares mais quentes, tentando encontrar melhores con-
dições de vida. Assim como as aves, a mulher partiu em busca de
uma vida melhor, tentando encontrar o seu lugar ao sol.
Eu e o mundo
A partir do que foi exposto, promova um debate entre os alunos
sobre a luta das mulheres pela igualdade de gênero, evidenciando que
é um direito delas. No livro do aluno, buscou-se apresentar conquistas
femininas recentes em alguns países. Contudo, também é importante
abordar o número crescente de casos de feminicídio na atualidade,
mostrando que essa dura realidade pode estar mais próxima do que
parece. Educar sobre o preconceito, apoiar a denúncia de maus-tratos e
desenvolver campanhas sobre a violência contra a mulher são medidas
10
indispensáveis para modificar esse quadro.
2. O conto – Caracterização dos personagens
A caracterização de personagens é um processo fundamental na
produção de contos cujo enfoque recai sobre eles. Independentemente do
gênero, é essencial que o leitor consiga se conectar com os personagens,
desenvolvendo por eles empatia (ou o oposto disso, se for a intenção) e se
aproximando mais da história. Para esse fim, as descrições são recursos
importantes.
Chame a atenção para o fato de que a narrativa em primeira pessoa
é um ótimo recurso para enriquecer o texto, pois permite ao leitor enxer-
gar o mundo pelos olhos do personagem – revelando muito sobre sua
personalidade e até mesmo enviesando a opinião do leitor quanto aos
acontecimentos. Cite o exemplo de Dom Casmurro, romance no qual a
narrativa em primeira pessoa gera, até hoje, dúvidas em seus leitores, visto
que tudo é contado por meio da perspectiva de um único personagem.
Produção textual
a. Esse conto de Marina Colasanti é considerado um “conto fantástico”,
ou seja, apresenta elementos que não podem ser explicados pela
realidade. Qual é o elemento mágico presente no texto e como ele
funciona?
O tear. Com ele, a mulher podia tecer e transformar em realidade as
coisas de que necessitava. Ela “tecia” chuva em dias muito quentes e
também “tecia” o Sol em dias muito frios, por exemplo.
b. Quem são os personagens principais?
A moça, a protagonista, e seu marido, o antagonista.
c. Como a moça se apresentava no início da história?
Ela era feliz e vivia uma vida tranquila e equilibrada.
d. O que fez com que ela mudasse seu comportamento?
Inicialmente, a solidão, que a levou a tecer um marido. Consequen-
temente, a ganância dele fez com que ela se visse entristecida.
e. O que você achou do conto?
Resposta pessoal.
f. Você gostou da forma como a leitura foi feita? Comente.
Resposta pessoal.
Peça aos alunos que exponham as características que mais os
marcaram e que tornaram a leitura interessante.
Em seguida, os alunos farão uma roda de leitura com diferentes
contos. É importante relembrá-los do compromisso com antecedência.
Oferecemos, a seguir, algumas sugestões de títulos que você pode levar
para sortear entre as duplas, mas também é possível deixá-los escolher
os contos que desejam ler.
I. “Felicidade clandestina”, Clarice Lispector. Disponível em:
eleva.md/37VC3U0;
II. “Entre a espada e a rosa”, Marina Colasanti. Disponível em:
eleva.md/3xTmrLn;
III. “A morte dos girassóis”, Caio Fernando Abreu. Disponível em:
eleva.md/2UzAwA0;
IV. “Pausa”, Moacyr Scliar. Disponível em: eleva.md/389DPBb;
V. “Ciúme”, Lygia Bojunga. Disponível em: eleva.md/2W6tbrM.
Acessos em: 18 ago. 2021.
Acompanhe os ensaios, propondo intervenções quando necessário.
Estimule os alunos a gravar, em áudio ou vídeo, as leituras preliminares
para que possam ajustar o que for preciso. Determine um tempo para que
eles se preparem e dê início ao compartilhamento dos textos, chamando
uma dupla por vez para ler o conto para o restante da turma. A cada
conto lido, peça aos alunos que se manifestem expondo suas opiniões a
respeito da apresentação. Nesse momento, explore a temática do conto
 LÍNGUA PORTUGUESA E REDAÇÃO
9º Ano

propondo questões específicas sempre que julgar adequado. Caso deseje, Quando me deparei com ela, fiquei
filme também essa apresentação final e disponibilize os vídeos nas plata- assustado.
formas digitais de compartilhamento ou no site da escola com a devida Se me contassem, não acreditaria. Conjunções subordinativas.
autorização dos responsáveis. Embora lhe disséssemos, ela não
acreditava.
Faça você mesmo
Em se tratando de histórias fantásticas,
Solicite aos alunos que tragam os retalhos já desenhados para,
essa é genial! Verbos no gerúndio antecedi-
juntos, unirem as peças. Para costurar, providencie agulhas grossas e fios
Em se ouvindo casos assim, todos se dos da preposição “em”.
de lã coloridos.
comovem.
3. Estudo da língua – Colocação pronominal:
ênclise e próclise O objetivo do exercício é que as regras sejam construídas pelos
próprios alunos. Determine um tempo para a realização da tarefa. Em
Leia para os alunos a crônica “Papos”, de Luis Fernando Verissimo,
seguida, reproduza o quadro na lousa e proponha a correção coleti-
disponível em: eleva.md/3iYun9W. Acesso em: 18 ago. 2021.
vamente. Quando estiver finalizado, peça aos alunos que confiram ou
Se achar conveniente, distribua cópias do texto aos alunos.
completem suas respostas nos próprios livros. Reforce que, caso haja uma
interrupção antes do verbo, causada por um termo ou sinal de pontuação,
• Na crônica, alguém tenta transmitir uma mensagem a outra pessoa.
Porém, no decorrer da conversa, a mensagem é esquecida. Por quê? a ênclise se impõe. Ex.: Quem, na face da Terra, conhece-a de fato? /
Os personagens se envolveram em uma discussão acerca da colocação Naquela tarde, emocionei-me muito.
pronominal e acabaram por se desviar do assunto inicial.
• A crônica trata, de forma humorística, das regras de colocação prono- Atividades
minal. Levante hipóteses: qual seria a intenção do autor ao escrever esse 9.
texto? a. Ênclise (“procuravam-se”). Ocorre ênclise porque não existe palavra
O autor faz uma crítica, de forma humorística e irônica, à preocupação atrativa e porque não se devem iniciar orações com pronomes átonos.
excessiva com as regras gramaticais em conversas informais. b. Próclise (“se interessa)”. Ocorre próclise pela presença do pronome
• Chamamos de preconceito linguístico os atos de discriminação entre “quem”.
falantes de um idioma. Tais atos se caracterizam pelo desrespeito às c. Próclise (“me disse)”. Ocorre próclise pela presença da conjunção
variações linguísticas, como sotaques, regionalismos, gírias etc. Como subordinativa “conforme”.
esse preconceito é demarcado na crônica? d. Próclise (“o acompanhe”). Ocorre próclise por se tratar de uma frase
Ao corrigir constantemente a outra pessoa, o personagem não respeita optativa.
seu modo informal de se comunicar nem permite que a mensagem seja 10.
transmitida. II. (X) Não me venha com desculpas!
• As correções propostas eram, de fato, cabíveis? IV. (X) Os livros? Nenhum me interessou.
Ainda que as correções estejam de acordo com as normas determinadas 11.
pelo padrão culto da língua, a situação de informalidade permitia o I. Ênclise possível pela presença de conjunção coordenativa.
descumprimento dessas regras. II. Apenas a próclise é possível diante de palavras negativas.
Retome com os alunos a regra que estabelece que os pronomes oblíquos III. Ênclise possível por causa do sujeito explícito.
átonos “o(s)” e “a(s)” exercem a função de objeto direto, enquanto o IV. Apenas a próclise é possível diante de pronomes indefinidos.
pronome “lhe(s)” pode substituir os objetos indiretos. V. Ênclise possível pela presença de conjunção coordenativa.
• Sublinhe-os e responda: em relação ao verbo que acompanham, onde
eles estão inseridos? Atividades finais
Os pronomes oblíquos estão localizados antes dos verbos (“a depenasse e
12.
a cozesse”).
a. Deixou-a em casa, sozinha.
• Essa localização atende à regra geral de colocação pronominal? Justifique
b. Entreguei-lhe o livro, como você pediu.
sua resposta.
c. Olhamo-nos por um longo tempo.
Não. A regra geral determina que os pronomes oblíquos sejam colocados
d. Admiram-no muito. Se necessário, retome a necessidade de
após os verbos que os acompanham.
adaptação dos pronomes diante de formas verbais que terminem
em “m”, “r”, “s” ou “z”.
Superdesafio
13.
Aves? Não as comerei. a. Ocorre a ênclise porque, ainda que o sujeito esteja expresso, existe
Eles nunca a viam olhar para cima. Palavras de negação uma interrupção antes do verbo.
A mulher agora se preocupa com seu e advérbios. b. Ocorre a ênclise porque, ainda que exista palavra de sentido negativo,
existe uma interrupção antes do verbo.
destino.
c. Ocorre a ênclise porque se trata de início de oração.
Que a felicidade a encontre! Frases exclamativas e 14.
Que a luz maior o ilumine! optativas (frases que a. Ênclise. Não se inicia oração com pronome oblíquo.
Quanto me custa dizer a verdade! expressam desejo). b. Próclise. O advérbio “amanhã” atrai o pronome.
Quem lhe contou essa história? c. Próclise. Emprego do gerúndio precedido da preposição “em”.
Foi ela que me contou.
Alguém me disse que era verdade. Pronomes em geral.
Você se sente como ela?
Aquilo me comoveu.

11
LÍNGUA PORTUGUESA E REDAÇÃO
9º Ano

15. 1. ênclise; 2. próclise; 3. palavras negativas e advérbios não separados por

a. A escritora tratou-nos carinhosamente. / A escritora nos tratou vírgulas; 4. frases exclamativas e optativas; 5. pronomes em geral; 6. con-
carinhosamente. junções subordinativas; 7. verbos no gerúndio antecedidos da preposição
b. Que seu caminho se ilumine! “em”; 8. sujeito expresso na frase; 9. conjunções coordenativas.
c. Olhou-se no espelho demoradamente.
d. Quem lhe negaria esse favor? Para a próxima aula
16. Letra B.
17. A frase I está correta porque a palavra “não” (advérbio de negação) No último capítulo que abordará o gênero conto, os alunos conhe-
atrai o pronome “me”; a frase II está inadequada porque, segun- cerão o texto “Fita verde no cabelo”, de João Guimarães Rosa. Será neces-
do a norma-padrão, não se iniciam frases com pronomes pessoais sário exibir uma leitura do conto e distribuir o texto para que os alunos
oblíquos átonos; já a frase III está de acordo com a norma-padrão possam acompanhá-la.
da língua, pois houve uma interrupção entre o pronome e o verbo,
que desfez a atração. • Leitura do conto “Fita verde no cabelo”, por Celso Sisto. Disponível em:
18. (Cesgranrio – adaptada) Letra E. eleva.md/2WbaIu9;
A presença da vírgula elimina a obrigatoriedade de atração; nesse • Texto “Fita verde no cabelo”. Disponível em: eleva.md/3sz06Sk. Acessos
caso, conforme determina a norma-padrão, deveria ocorrer a ênclise. em: 19 ago. 2021.
19. (Ejef – adaptada) Letra B.
As formas verbais perdem o “s” final ao se associarem a pronomes Capítulo

3
oblíquos átonos em posição enclítica; na segunda oração, a
presença do sujeito explícito “nós” permite que se empregue a Conto (III) / Colocação pronominal (III)
próclise.
20. (Copeve-Ufal) Letra D.
Os pronomes oblíquos átonos podem desempenhar a função de
objeto dos verbos; os pronomes “o”, “a”, “os” e “as” funcionam como Resumo
objetos diretos, enquanto os pronomes “lhe” e “lhes” funcionam Neste capítulo, convidamos os alunos a ouvir uma leitura do conto
como objetos indiretos. O verbo “encantar” é transitivo direto e “Fita verde no cabelo”, da autoria de Guimarães Rosa, e a perceber a inter-
exige, portanto, um objeto direto (“o”). textualidade entre esse conto e o clássico “Chapeuzinho Vermelho”. Em
21. Letra C.
seguida, finalizamos a sistematização do gênero conto, dessa vez abor-
Na alternativa A, deveria ser empregada a próclise diante do pro-
dando as maneiras de trabalhar o espaço e o tempo nesses textos. Na seção
nome “quem”; em B, não se inicia oração com pronome oblíquo
átono; em D, deveria ocorrer próclise devido à presença de palavra Produção textual, solicitamos aos alunos que planejem e elaborem um conto
negativa. a partir de determinadas imagens e dos conhecimentos adquiridos, revi-
22. (UFSM-RS) Letra E. sando posteriormente o trabalho com o auxílio dos colegas. Na seção Estudo
Na frase da alternativa E, há uma palavra atrativa (“não”), o que da língua, concluímos o estudo de colocação pronominal apresentando os
obriga o uso do pronome antes do verbo. casos de mesóclise.
23. (UEL-PR) Letra C.
Em todas as ocorrências, o uso da próclise deve ser feito, uma vez Objetivos de aprendizagem
que o sujeito aparece explícito e há a presença de pronomes. • Conhecer um conto contemporâneo que apresenta uma nova versão
de um texto já conhecido;
Relembrando • perceber as relações de intertextualidade entre contos de diferentes
autores e épocas;
• planejar, elaborar e revisar conto, respeitando as características do
pronome
vê a colocação do gênero;
Regra geral que pre nha.
1. bo qu e o ac om pa • empregar os pronomes pessoais oblíquos átonos de acordo com a
oblíquo depois do ver
norma-padrão da língua;
termina •
pronominal que de comparar as regras de colocação pronominal em usos formais e
Caso de colocação ob líq uo ao verbo coloquiais da língua.
2. nome
a anteposição do pro
que o acompanha.
Princípios
3.
• Envolver-se em práticas de leitura literária que possibilitem o de-
4. senvolvimento do senso estético para fruição e reconhecimento do
potencial transformador e humanizador da experiência literária;
Palavras • desenvolver estratégias de planejamento, revisão e reescrita para
ou situa 5.
que reg ç
em a pró ões aprimorar o texto e adequá-lo à situação comunicativa, desenvol-
clise.
6. vendo olhar reflexivo sobre a própria produção;
• apropriar-se das linguagens escrita, oral e multissemiótica, desen-
7. volvendo a capacidade de autoria legítima, a fim de ampliar suas
possibilidades de participar das esferas acadêmica, cultural e mi-
diática, de construir conhecimentos e de se envolver com maior
8. autonomia e protagonismo na vida social;
prego
rmitem o em • identificar, analisar e empregar as classes gramaticais, as formas
Casos que pe ên cl ise .
de linguísticas e os elementos composicionais dos textos orais e escri-
de próclise ou
9. tos em língua portuguesa na construção de efeitos de sentido.

12
 LÍNGUA PORTUGUESA E REDAÇÃO
9º Ano

• KÖCHE, V. S. et al. Estudo e produção de textos: gêneros textuais do

Habilidades BNCC
• (EF69LP51) Engajar-se ativamente nos processos de planejamento,
textualização, revisão/edição e reescrita, tendo em vista as restrições
temáticas, composicionais e estilísticas dos textos pretendidos e as
configurações da situação de produção – o leitor pretendido, o
suporte, o contexto de circulação do texto, suas finalidades etc. – e
considerando a imaginação, a estesia e a verossimilhança próprias
ao texto literário.
• (EF69LP55) Reconhecer as variedades da língua falada, o conceito
de norma-padrão e o de preconceito linguístico.
• (EF89LP32) Analisar os efeitos de sentido decorrentes do uso de
mecanismos de intertextualidade (referências, alusões, retomadas)
entre os textos literários, entre esses textos literários e outras
manifestações artísticas (cinema, teatro, artes visuais e midiáticas,
música) quanto a temas, personagens, estilos, autores etc., e entre
o texto original e paródias, paráfrases, pastiches, trailer honesto,
vídeos-minuto, vidding, entre outros.
• (EF89LP35) Criar contos ou crônicas (em especial, líricas), crô-
nicas visuais, minicontos, narrativas de aventura e de ficção cien-
tífica, entre outros, com temáticas próprias ao gênero, usando os
conhecimentos sobre os constituintes estruturais e recursos ex-
pressivos típicos dos gêneros narrativos pretendidos e, no caso de
produção em grupo, ferramentas de escrita colaborativa.
• (EF09LP10) Comparar as regras de colocação pronominal no por-
tuguês formal e no português brasileiro coloquial.
Conteúdo
Valores sociais, culturais e humanos e diferentes visões de mundo; auto-
ria; contexto social e histórico da produção de contos; procedimentos e
estratégias de leitura; características do gênero e suporte; avaliação de
leitura; variedades da língua falada; conceito de norma-padrão; precon-
ceito linguístico; colocação pronominal.
relatar, narrar e descrever. 2. ed. Petrópolis: Vozes, 2015.
• MOISÉS, M. Dicionário de termos literários. São Paulo: Cultrix, 2004.
Guia do professor
Abertura
Neste capítulo, exploraremos a intertextualidade. Se os alunos não esti-
verem familiarizados com esse conceito, utilize as perguntas da abertura para
apresentá-los a esse recurso. A imagem da abertura é inspirada na pintura
renascentista A criação de Adão, de Michelangelo. É provável que a turma
já conheça essa obra, mas, se possível, faça uma projeção do trabalho origi-
nal. A fotografia, por sua vez, deturpa o propósito do pintor, fazendo uma
possível interpretação da relação humana com a tecnologia e com o acesso
a smartphones cada vez mais cedo. Permita que os alunos contribuam com
suas interpretações.
Esclareça, ainda, que o ditado da terceira pergunta é comumente
utilizado para explicar que, quando histórias são recontadas diversas vezes,
tendem a divergir de sua primeira versão. Pensando no universo artístico,
podemos associá-lo à intertextualidade e à capacidade de retrabalhar nar-
rativas inserindo novos pontos de vista. Por fim, introduza formalmente o
conceito em pauta e discuta como seu uso criativo pode atrair a atenção do
público.
1. Estudo do texto
Como o texto de Guimarães Rosa não é tão simples, recomenda-
mos que você providencie cópias do conto “Fita verde no cabelo” para
distribuir aos alunos, que devem acompanhá-lo enquanto ouvem a leitura
expressiva. O texto encontra-se disponível em: eleva.md/3sz06Sk. Acesso
em: 19 ago. 2021.

O aluno aprendeu satisfatoriamente se... Atividades

• se engaja ativamente no processo de planejamento, tendo em vista as 1.
restrições temáticas, composicionais e estilísticas dos textos pretendidos e
as configurações da situação de produção – o leitor pretendido, o suporte, Versão de
Versão original
o contexto de circulação do texto, as finalidades etc. – e considerando Guimarães Rosa
a imaginação, a estesia e a verossimilhança próprias ao texto literário; Capuz
• cria contos com temáticas próprias ao gênero, usando os conhecimentos
Adorno na cabeça Fita verde.
vermelho.
sobre os constituintes estruturais, os recursos expressivos típicos dos
Representa perigo Não aparece
gêneros narrativos pretendidos e, no caso de produção em grupo, Lobo
para a personagem. na história.
ferramentas de escrita colaborativa;
• reconhece as variedades da língua falada, o conceito de norma-padrão Reação da menina Assusta-se e faz Assusta-se e faz
e o de preconceito linguístico; ao ver a avó questionamentos. questionamentos.
• compara as regras de colocação pronominal na norma-padrão com o
Aprende a não deso- Amadurece e perde
seu uso no português brasileiro coloquial. Transformações
bedecer às ordens dos a inocência, pois
na protagonista
mais velhos. conheceu a morte.
O aluno excedeu as expectativas se...
A avó é salva
• analisa os efeitos de sentido decorrentes do uso de mecanismos de Desfecho A avó morre.
do lobo.
intertextualidade (referências, alusões, retomadas) entre contos e outras
manifestações artísticas (cinema, teatro, artes visuais e midiáticas, Explique aos alunos que a intertextualidade diz respeito ao diálogo
música) quanto a temas, personagens, estilos, autores etc. e entre o estabelecido entre textos, pode abranger diversas linguagens – vi-
texto original e paródias e paráfrases. sual, auditiva, escrita – e pode ser expressa em diferentes artes (li-
teratura, pintura, música, cinema etc.), propagandas publicitárias,
Referências textos jornalísticos, entre outros meios.
• BRONCKART, J. P. Atividades de linguagem, textos e discursos: por um 2. A vida na aldeia era bastante monótona, e todos agiam de modo
interacionismo sociodiscursivo (tradução de Anna Rachel Machado). previsível, desempenhando atividades coerentes com a fase da vida
São Paulo: Educ, 1999. que viviam.

13
LÍNGUA PORTUGUESA E REDAÇÃO
9º Ano

3. “Velhavam”: envelheciam; “lenhavam”: cortavam a lenha; “encur- Produção textual

toso”: que tornava mais curto.
Agende uma data para a entrega dos trabalhos e faça uma revi-
Mostre aos alunos que o emprego dos neologismos contribui para
são final, propondo melhorias nos textos produzidos pela turma, caso
a poética do texto.
seja necessário. Agrupe os contos e, para facilitar o trabalho, combine a
4.
formatação em que os textos devem ser entregues (fonte, espaçamento,
a. ( × ) Esperança.
( × ) Imaturidade. margens da folha etc.). Por fim, peça aos alunos sugestões de títulos para
b. A cor verde está, nesse contexto, mais relacionada com o processo a coletânea e organize uma votação para definir o nome do trabalho.
de amadurecimento pelo qual a personagem principal passará.
Contudo, em outras interpretações, também seria possível argu-
3. Estudo da língua – Colocação pronominal:
mentar que um sentimento de desesperança surge mediante a mesóclise
consciência da ideia de morte e de luto. • Considerando as regras de colocação pronominal, explique a
5. É comum que as crianças fantasiem na infância; a personagem es- resposta da moça.
taria, assim, imaginando usar tal adorno na cabeça. A fita verde é, Em suas construções, o rapaz iniciou as frases com pronomes oblíquos,
na verdade, uma metáfora para a ingenuidade da menina. o que é inadequado segundo a norma-padrão da língua. De acordo
6. Subentende-se que a menina ainda é infantil e imaginativa, mas com a gramática normativa, os pronomes deveriam ser empregados
isso é apenas questão de tempo, pois logo crescerá e terá, então, após os verbos que os acompanham: “Trago-lhe flores!”; “Amo-te!”;
juízo. “Dê-me a chance...”.
Destaque a presença do diminutivo na caracterização da protagonista
• De acordo com a situação de comunicação, o pedido dela é sensato?
(“meninazinha”), o que corrobora a noção de infantilidade.
A situação, pelo caráter íntimo, permitiria o emprego coloquial dos
7. A expressão reforça o sentido de que Fita Verde era uma menina
pronomes na língua falada. Portanto, o pedido dela não é sensato.
que gostava de brincar e fantasiar, como se estivesse sempre viven-
do um conto de fadas, gênero que normalmente se inicia por tal • Em que posição se encontra o pronome oblíquo nessa frase?
expressão. Ele está no meio do verbo (entregar-lhe-ei).
8. A perda da fita pode sugerir o desaparecimento da inocência e o início
do amadurecimento. Ao testemunhar a morte da avó, Fita Verde vê-se • Em que tempo está conjugado o verbo da primeira oração desse
obrigada a abandonar o “faz de conta” que vivia e a encarar a realidade. período?
Enriqueça o debate mostrando aos alunos que, ao escolher o caminho O verbo “entregar” está conjugado no futuro do presente.
mais “louco e longo”, a menina demorou a chegar e, consequentemen-
te, teve menos tempo para desfrutar a companhia da avó. É importante comentar que, atualmente, mesmo em contextos
9. Resposta pessoal. O lobo pode representar a morte ou a própria formais, a mesóclise é um recurso em desuso. Os alunos devem com-
passagem do tempo, que conduz ao envelhecimento, no caso da preender que é essencial aprender o funcionamento da mesóclise, pois
avó, e à maturidade, no caso da menina. é possível que se deparem com tal estrutura ao longo da vida, mas pro-
vavelmente não precisarão utilizá-la nas produções escritas do dia a dia.
Superdesafio
Monte um painel na sala de aula reunindo cópias das imagens, dos Atividades
textos ou dos títulos das obras intertextuais trazidas pelos alunos. Entre as 10.
possibilidades de resposta estão a obra Chapeuzinho Amarelo, de autoria de a. Os livros, infelizmente, perderam-se na viagem.
Chico Buarque; a canção “Lobo Bobo”, composta por Carlos Lyra e Ronaldo b. Por favor, procure-os entre suas coisas.
Bôscoli; a animação Deu a louca na Chapeuzinho; além de várias campanhas c. Não me desaponte.
d. Quero muito encontrá-los.
publicitárias que exploram os personagens dessa história infantil.
11.
Quanto à segunda parte da tarefa, dê à turma algum tempo para prepa-
a. Ajudá-lo-ia, se tivesse tempo.
rar o trabalho. Use uma parte da aula para ajudar os alunos no planejamento b. Convidá-la-ei para a reunião.
da produção, mas oriente-os a fazer o restante em casa e a apresentar o traba- c. Encontrar-me-ia com ela, se tivesse chegado mais cedo.
lho final na data marcada. Organize uma exposição com as obras da turma. d. Perdoá-los-ei, se não vierem.
12. Letra C.
2. O conto – Dimensões de espaço e tempo No dia combinado, sem falta, entregar-lhe-ia a encomenda.
A exploração do tempo no texto é um recurso que agrega grande
valor ao conto, principalmente quando trabalhado de forma psicológica, Atividades finais
pois isso também colabora para a transmissão dos sentimentos dos per- 13.
sonagens. Sendo assim, leve os alunos a perceber essas características no a. Encontre-se com eles amanhã cedo para acertar os detalhes do
texto de Guimarães Rosa e como elas o enriquecem. Ressalte que a devida trabalho.
ambientação do lugar também edifica a narrativa. Muitas vezes, o cenário b. Jamais me lembrarei de fazer isso.
é utilizado em contos a fim de expressar algum tipo de transformação c. Responder-lhe-ia, se soubesse o que falar.
vivenciada pelo protagonista. d. Impeça-o agora!
e. Levá-lo-ei, se o encontrar.

14
 LÍNGUA PORTUGUESA E REDAÇÃO
9º Ano

14. Relembrando
a. Próclise: ocorrência devido à presença do advérbio de negação “não”.
b. Mesóclise: o verbo “comunicar” foi empregado no futuro do presente,
1. (apresentação inicial da trama)
em início de oração.
c. Próclise: presença do pronome interrogativo “quem”. 2. (parte em que se inicia o conflito)
d. Ênclise: verbo no imperativo em início de oração. estrutura
tradicional 3. (ponto mais alto da trama)
e. Próclise: ainda que o verbo esteja empregado no futuro do pretérito,
há presença do pronome indefinido “todos”. 4. (conclusão que surpreende o leitor)
15. Letra A.
No primeiro caso, a palavra “quando” atrai o pronome. E, no se-
gundo caso, por causa da presença da vírgula, deve-se colocar o
pronome depois do verbo (ênclise).
16.
5. (trama)
Não o chame agora.
6. (1ª ou 3ª pessoa)
Entregar-lhe-emos um presente.
7. (formas de descrição)
Logo se iniciarão as apresentações.
Obrigá-lo-íamos a isso. 8. 9.
elementos
Pela manhã o procure. narrativos 10. (dimensões)

17. 11. 12. 13.

Cederá o lugar. Futuro do TE Ceder-te-á o lugar
presente 14. (níveis)

Apresentariam Futuro do NOS Apresentar-nos-iam 15. 16.

a aldeia. pretérito a aldeia.
Contará a Futuro do VOS Contar-vos-á a
verdade. presente verdade. 1. introdução; 2. complicação ou desenvolvimento; 3. clímax; 4. desfe-
Agradeceria, se Futuro do LHE Agradecer-lhe-ia, cho; 5. enredo; 6. foco narrativo; 7. personagens; 8. física; 9. psicológica;
tivesse chance. pretérito se tivesse chance. 10. tempo; 11. tempo da ação; 12. tempo cronológico; 13. tempo psico-
lógico; 14. espaço; 15. físico; 16. social.
18. (Cetro) Letra D.
A alternativa D está correta porque a locução conjuntiva “ainda Para a próxima aula
que” determina a presença da próclise. Em A e C, as palavras ne-
No capítulo que segue, os alunos aprenderão que falar em público
gativas deveriam atrair os pronomes oblíquos; em B, o verbo con-
não é um dom, mas uma habilidade que demanda prática e tempo. Para
jugado no futuro do pretérito, em início de oração, determina a
ocorrência da mesóclise; em E, a presença do pronome “todos” isso, assistirão a uma palestra ministrada por Mario Sergio Cortella:
determina a próclise.
19. (TJ) Letra D. • “Como aprendi a falar bem em público”. Disponível em:
A presença da vírgula após a conjunção “portanto” elimina seu po- eleva.md/3yfyVND. Acesso em: 20 ago. 2021.
der de atração; deve-se, então, empregar a mesóclise, visto que o
verbo se encontra no futuro do pretérito. Para a Produção textual, os alunos precisarão apresentar uma
20. (Funcab – adaptada) Letra E. palestra. Prepare com antecedência os recursos necessários para que isso
A presença de um verbo no futuro do pretérito em início de oração ocorra.
determina a ocorrência de mesóclise.
21. (IBFC – adaptada) Letra D. Capítulo

4
A presença de um verbo no futuro do presente em início de oração
determina a ocorrência de mesóclise. Palestra / Perguntas retóricas
22. Letra B.
A presença da vírgula imediatamente antes de um verbo conjugado
no futuro do presente faz com que a mesóclise seja obrigatória.
Resumo
Neste capítulo, abordamos técnicas que facilitam a realização de apre-
sentações orais, em especial as palestras. Os alunos assistirão a um vídeo
em que Mario Sergio Cortella discorre sobre sua experiência em liderar
plateias e falar em público para, posteriormente, discutirem o tema.
Também aprenderão formas de como se preparar para falar em público.
Na seção Produção textual, pedimos aos alunos que planejem, elaborem
e apresentem palestras de curta duração. Por fim, em Estudo da língua,
discorremos sobre o uso das perguntas retóricas, que podem servir de
recurso a ser utilizado em exposições orais.

15
LÍNGUA PORTUGUESA E REDAÇÃO
9º Ano
Objetivos de aprendizagem
• Identificar as peças-chave para ministrar palestras;
• conhecer técnicas que facilitem a apresentação oral;
• planejar, elaborar e apresentar uma palestra curta sobre temas variados;
• identificar e compreender as funções das perguntas retóricas.
Princípios
• Reconhecer diferentes informações, opiniões e argumentos implícitos
e explícitos em textos para auxiliar na construção de senso ético, de
senso crítico e de juízo de valor;
• compreender os diferentes gêneros dos discursos oral, escrito e
multissemiótico, de acordo com seus contextos de uso e sua função
social;
• apropriar-se das linguagens escrita, oral e multissemiótica, desenvolvendo
a capacidade de autoria legítima a fim de ampliar suas possibilidades
de participar das esferas acadêmica, cultural e midiática, de construir
conhecimentos e de se envolver com maior autonomia e protagonismo
na vida social;
• desenvolver estratégias de planejamento, revisão e reescrita para
aprimorar o texto e adequá-lo à situação comunicativa, desenvolvendo
olhar reflexivo sobre a própria produção.
Habilidades BNCC
• (EF69LP36) Produzir, revisar e editar textos voltados para a divulgação
do conhecimento e de dados e resultados de pesquisas, como artigos de
divulgação científica, verbete de enciclopédia, infográfico, infográfico
animado, podcast ou vlog científico, relato de experimento, relatório,
relatório multimidiático de campo, entre outros, considerando o
contexto de produção e as regularidades dos gêneros em termos de
suas construções composicionais e seus estilos.
• (EF69LP38) Organizar dados e informações pesquisados em painéis
ou slides de apresentação, levando em conta o contexto de produção,
o tempo disponível, as características do gênero apresentação oral, a
multissemiose, as mídias e tecnologias que serão utilizadas; e ensaiar
a apresentação, considerando também elementos paralinguísticos
e cinésicos e proceder à exposição oral de resultados de estudos e
pesquisas, no tempo determinado, a partir do planejamento e da
definição de diferentes formas de uso da fala – memorizada, com apoio
da leitura ou fala espontânea.
• (EF69LP40) Analisar, em gravações de seminários, em conferências
rápidas, em trechos de palestras, entre outros, a construção
composicional dos gêneros de apresentação – abertura/saudação,
introdução ao tema, apresentação do plano de exposição,
desenvolvimento dos conteúdos por meio do encadeamento de
temas e subtemas (coesão temática), síntese final e/ou conclusão,
encerramento –, os elementos paralinguísticos (tom e volume da
voz, pausas e hesitações – que, em geral, devem ser minimizadas –,
modulação de voz e entonação, ritmo, respiração etc.) e cinésicos
(postura corporal, movimentos e gestualidade significativa, expressão
facial, contato de olho com plateia, modulação de voz e entonação,
sincronia da fala com ferramenta de apoio etc.), para melhor performar
apresentações orais no campo da divulgação do conhecimento.
• (EF89LP27) Tecer considerações e formular problematizações
pertinentes em momentos oportunos, em situações de aulas,
apresentação oral, seminário etc.
Conteúdo
Forma composicional; progressão temática e variedade linguística empre-
gada; elementos relacionados à fala: modulação de voz, entonação, ritmo,
altura e intensidade, respiração; elementos cinésicos: postura corporal,
movimentos e gestualidade significativa, expressão facial, contato visual
com a plateia; construção composicional dos gêneros de apresentação
16
– abertura/saudação, introdução ao tema, apresentação do plano de
exposição, desenvolvimento dos conteúdos por meio do encadeamento
de temas e subtemas (coesão temática), síntese final ou conclusão, encer-
ramento; elementos paralinguísticos (tom e volume da voz, pausas, hesi-
tações, modulação de voz e entonação, ritmo, respiração etc.); perguntas
retóricas.
O aluno aprendeu satisfatoriamente se...
• analisa, em exposições orais, a construção composicional dos gêneros
de apresentação – abertura/saudação, introdução ao tema, apresentação
do plano de exposição, desenvolvimento dos conteúdos por meio do
encadeamento de temas e subtemas (coesão temática), síntese final e/
ou conclusão e encerramento –, os elementos paralinguísticos (tom e
volume da voz, pausas e hesitações, modulação de voz e entonação, ritmo,
respiração etc.) e cinésicos (postura corporal, movimentos e gestualidade
significativa, expressão facial, contato visual com plateia, modulação de voz
e entonação, sincronia da fala com ferramenta de apoio etc.) para melhor
performar apresentações orais no campo da divulgação do conhecimento;
• organiza as informações e os dados pesquisados em painéis ou slides
de apresentação, levando em conta o contexto de produção, o tempo
disponível, as características do gênero apresentação oral, a multissemiose,
as mídias e tecnologias que serão utilizadas;
• ensaia apresentação oral, considerando também elementos
paralinguísticos e cinésicos, e procede à exposição oral de resultados de
estudos e pesquisas, no tempo determinado, a partir do planejamento
e da definição de diferentes formas de uso da fala – memorizada, com
apoio da leitura ou fala espontânea.
O aluno excedeu as expectativas se..
• produz, revisa e edita textos voltados para a divulgação do conhecimento
e de dados e resultados de pesquisas, como palestra e mesa-redonda,
considerando o contexto de produção e as regularidades dos gêneros
em termos de suas construções composicionais e seus estilos.
Referências
• KOCH, I. G. V. A inter-ação pela linguagem. São Paulo: Contexto, 1993.
• MARCON, L. Falar em público: desinibição, oratória e dicção. Porto
Alegre: CDP, 1992.
• MARCUSCHI, L. A. Da fala para a escrita: atividades de retextualização.
São Paulo: Cortez, 2005.
• SCHNEUWLY, B. & DOLZ, J. Gêneros orais e escritos na escola.
Campinas: Mercado de Letras, 2004.
Guia do professor
Abertura
Neste capítulo, abordaremos o gênero palestra. Converse com os
alunos sobre os sentimentos que experimentam ao ter que falar em público.
Alguns podem dizer que só se sentem confortáveis quando se apresentam
na própria sala, para os colegas de classe; outros, nem mesmo nessas condi-
ções. Explique a eles que treino e preparação são fundamentais para vencer
eventuais barreiras, como veremos no decorrer do capítulo.
1. Estudo do texto
Apresente o vídeo para a turma e retome as dificuldades que as
pessoas enfrentam ao falar em público: timidez, insegurança, pouca
familiaridade com equipamentos e falta de conhecimento sobre o tema.
Comente com a turma sobre o professor, filósofo e palestrante
Mario Sergio Cortella, de modo que eles possam ter noção de quem se
trata. Apresentar o vídeo indicado na vinheta Cult também pode con-
tribuir para a discussão, pois ele sugere maneiras práticas de enfrentar
o medo de palco.

Atividades
1. Cortella conta que algumas pessoas tentam elogiá-lo ao final das
palestras quando afirmam que ele tem o “dom da palavra”, mas se es-
quecem de que falar em público é uma habilidade que se desenvolve
com prática e estudo.
2. A seu esforço pessoal e às longas horas que dedica aos estudos.
3. Ele cita o caso de Arthur Moreira Lima para reforçar seu argumen-
to de que só se atinge o sucesso com muito esforço. Assim como ele,
o pianista também dedicou sua vida ao trabalho.
4. Cortella ressalta que esses talentos precisam ser desenvolvidos. Em
outras palavras, a dedicação e as horas de estudo e de preparação
são necessárias.
5. Ao falar de sua vida pessoal, Cortella cria um efeito de aproxima-
ção com o público, atraindo a atenção e a simpatia da plateia, que
passa a se sentir mais íntima do palestrante. Essa estratégia tam-
bém lhe permitiu contar histórias que geram humor e reflexão em
seus interlocutores.
6. Ao movimentar-se de forma constante e alternar o timbre de voz,
Cortella dinamiza sua apresentação, mantendo a atenção do público.
Superdesafio
A frase emprega pronomes indefinidos a fim de demarcar contras-
tes, explicando a ideia de que todos são capazes de exercer algum tipo de
liderança, mas cada pessoa será capaz de uma liderança específica, não
sendo possível estar à frente de qualquer causa ou grupo. As habilidades
individuais, portanto, determinarão qual segmento cada indivíduo será
capaz de liderar.
2. Palestra
Antes de iniciar a abordagem teórica, pergunte aos alunos: Tendo
por base o que vimos até agora, como vocês definiriam o termo “palestra”?
Ouça as respostas e prossiga com a teoria sobre o gênero.
2.1 Planejamento e pesquisa: peças-chave de uma boa
palestra
Antes de iniciar a leitura dessa etapa da teoria, pergunte aos alunos:
Que fontes vocês consultam quando precisam de informações precisas sobre
determinado assunto?
Destaque a importância de se verificar a idoneidade das fontes,
mencionando o grande número de informações falsas na internet.
2.2 Estrutura da palestra
Novamente, ative os conhecimentos prévios dos alunos, pergun-
tando a eles: Qual é a melhor forma de se iniciar e encerrar uma palestra?
Observe as respostas e prossiga com a abordagem teórica.
CULTURA DIGITAL
Em anos anteriores, os alunos já debateram e identificaram
a importância de buscar fontes confiáveis e relevantes, evitando,
assim, cair em fake news. Contudo, seria interessante utilizar esse
momento para ajudá-los, na prática, a reconhecer sites e autores
de confiança. A internet possui um vasto conteúdo, de modo que
se torna difícil encontrar apenas informação de qualidade. Se
houver disponibilidade em sua escola, utilize parte do momento de
produção para guiar a turma nas pesquisas que realizarão. Indique
jornais e sites confiáveis relacionados aos temas levantados, mostre
como as mesmas informações são veiculadas em diferentes portais,
exiba mídias diversas (textos, vídeos, podcasts etc.) e demonstre
métodos de pesquisa que você conheça para que eles possam
diversificar suas fontes sem cair em conteúdo falso ou tendencioso
e sem que se dispersem em meio a tanta informação.
LÍNGUA PORTUGUESA E REDAÇÃO
9º Ano
Produção textual
Combine com os alunos uma data anterior à apresentação para a
entrega dos esboços, de modo que você possa sugerir ajustes. Caso haja
tempo disponível, todas as etapas podem ser desenvolvidas na escola, sob
sua supervisão direta, tornando o trabalho mais produtivo.
Convide um profissional da área de informática para auxiliar os
alunos, caso optem por utilizar recursos de multimídia. Também pode
ser produtivo agendar uma verificação dos trabalhos finalizados antes da
realização da palestra, pois assim, se algum ajuste for necessário, haverá
tempo hábil para as adaptações.
3. Estudo da língua – Perguntas retóricas
• Você acha que o palestrante esperava que a plateia respondesse a
essas questões?
Ele não esperava que a plateia respondesse.
• Ele deu tempo para que o público respondesse às perguntas?
O palestrante faz breves pausas após algumas perguntas, mas não
dá tempo suficiente para que o público responda a elas. Esse tempo
serve apenas para um respiro durante a fala e para deixar a plateia
“absorver” a informação.
• Qual era a intenção dele ao dirigir tais perguntas aos espectadores?
Introduzir temas e fazer com que o público refletisse sobre as questões
propostas.
Se desejar, exiba novamente o vídeo sugerido no início do capítulo.
Faça oralmente as perguntas aos alunos, verificando se eles per-
cebem que elas se propõem a estabelecer uma interação com a plateia e
provocar reflexões, mostrando à turma que Cortella não espera que as
perguntas sejam, de fato, respondidas, visto que não há tempo ou, em
alguns casos, ele mesmo responde a elas.
Atividades
7. Nas cartas, propagandas e matérias jornalísticas em geral. Também
é possível encontrá-las em algumas narrativas, quando o narrador
tenta interagir com o leitor.
8.
b. ( × ) Quem não quer ser feliz?
c. ( × ) Até quando teremos que aguentar isso?
e. ( × ) Quem você pensa que é?
9. ( × ) Nossa! Você está sem fome hoje, né?
Mostre aos alunos que, quando uma pergunta retórica é empre-
gada em tom irônico ou sarcástico, há uma inversão do seu signi-
ficado e, muitas vezes, para que seja compreendida, é necessário
observar o contexto em que ela foi empregada.
Atividades finais
10. A menina permanece impassível, sem erguer os olhos da televisão,
o que sugere que ela não deseja interromper seu jogo para dar aten-
ção à fala do rapaz.
11. O rapaz não se importava, de fato, com o que a menina diria, pois,
segundo ele, a pergunta feita no terceiro quadrinho era retórica, ou
seja, ele falaria o que tinha para falar, mesmo que ela não estivesse
disposta a escutar.
12. Perguntas retóricas são questões para as quais não se esperam respos-
tas. Elas têm a intenção de manter o contato com o interlocutor, de
provocar reflexões e de introduzir uma informação, abrindo espaço
para iniciar um novo tópico.
13. Resposta pessoal. Sugestão: algum jovem chega muito tarde em casa,
e o responsável, sério, faz esse questionamento. Nesse contexto, a per-
gunta seria retórica.
14. Resposta pessoal. Sugestão: alguém na rua, por exemplo, interpela ou-
tra pessoa e faz a pergunta, realmente buscando saber as horas.
17
LÍNGUA PORTUGUESA E REDAÇÃO
9º Ano

15. Letra B. Capítulo

5
Geralmente, essa pergunta é usada por uma pessoa para expressar
indignação quando alguém tenta enganá-la, por exemplo. Debate (I) / Período composto por
16. Resposta pessoal. Sugestão: subordinação
O conceito de felicidade varia de uma pessoa para outra. Há quem
diga que ela é obtida por meio do dinheiro, mas nem todos concor-
dam com essa ideia. De nada adianta ter dinheiro e não ter saúde. Há Resumo
quem veja felicidade na família reunida. Como se pode notar, as visões
são múltiplas. Iniciamos o capítulo com a leitura de uma matéria sobre o uso de redes
17. Resposta pessoal. Sugestão: sociais enquanto fontes de informação, abordando o fenômeno das fake
E aí, o que fazer? Como perder o medo de falar em público? news. Esse tema será utilizado para adentrar a apresentação do gênero
18. As palestras são, normalmente, divididas em três partes: introdução, debate. Em Produção textual, pedimos aos alunos que debatam, informal-
momento em que o palestrante se apresenta e expõe o tema; desenvol- mente, questões como a censura no compartilhamento de mensagens e a
vimento, momento em que o assunto é discutido em profundidade; divulgação compulsória de dados dos usuários de redes sociais. Por fim,
e conclusão, momento em que há uma breve retomada do conteúdo em Estudo da língua, apresentamos as orações subordinadas adverbias,
exposto e o fechamento da apresentação. adjetivas e substantivas, destacando seu papel na formação de raciocínios
19. (Enem) Letra B. mais elaborados, tanto na produção como na leitura de textos.
O público-alvo dessa palestra é formado por literatos; portanto, espe-
ra-se que o palestrante empregue a norma-padrão.
Objetivos de aprendizagem
Relembrando • Perceber a importância da verificação de fatos noticiados pela mídia;
©sorbetto/Getty Images • realizar um debate informal;
introdução 1. . • retomar os conceitos de coordenação e subordinação;
• reconhecer os valores das orações subordinadas;
desenvolvimento 2. ;
• conhecer a importância das orações subordinadas na construção de textos.
Estrutura
da palestra 3. ;
Princípios
4. . • Reconhecer contextos prévios à elaboração e ao conteúdo do texto
lido, para maximizar a compreensão dele;
conclusão 5. . • apropriar-se das linguagens escrita, oral e multissemiótica,
desenvolvendo a capacidade de autoria legítima a fim de ampliar suas
possibilidades de participar das esferas acadêmica, cultural e midiática,
de construir conhecimentos e de se envolver com maior autonomia e
protagonismo na vida social;
• compreender os diferentes gêneros dos discursos orais, escritos e
multissemióticos, de acordo com seus contextos de uso e sua função social;
• identificar, analisar e empregar as classes gramaticais, as formas
linguísticas e os elementos composicionais dos textos orais e escritos
em língua portuguesa na construção de efeitos de sentido.

1. apresentação pessoal e do tema; 2. parte de maior duração; 3. exposi-
ção das informações; 4. inserção de exemplos e dados; 5. retomada das
informações e finalização.
Para a próxima aula
A seguir, os alunos iniciarão o desenvolvimento de técnicas de
debate, ainda que de maneira informal. Para fomentar as discussões, são
sugeridas algumas matérias relacionadas ao tema proposto:
• “Como a nova regra do WhatsApp afeta grupos?” Disponível em:
eleva.md/3mwlNkZ. Acesso em: 11 set. 2021;
• “Veja quais dados privados as redes sociais guardam de seus usuários”.
Disponível em: eleva.md/3ke3pdy. Acesso em: 11 set. 2021.
Habilidades BNCC
• (EF69LP21) Posicionar-se em relação a conteúdos veiculados em
práticas não institucionalizadas de participação social, sobretudo àquelas
vinculadas a manifestações artísticas, produções culturais, intervenções
urbanas e práticas próprias das culturas juvenis que pretendam
denunciar, expor uma problemática ou “convocar” para uma reflexão/
ação, relacionando esse texto/produção com seu contexto de produção e
relacionando as partes e semioses presentes para a construção de sentidos.
• (EF69LP22) Produzir, revisar e editar textos reivindicatórios ou
propositivos sobre problemas que afetam a vida escolar ou da
comunidade, justificando pontos de vista, reivindicações e detalhando
propostas (justificativa, objetivos, ações previstas etc.), levando em conta
seu contexto de produção e as características dos gêneros em questão.
• (EF89LP15) Utilizar, nos debates, operadores argumentativos que
marcam a defesa de ideia e de diálogo com a tese do outro: “concordo”,
“discordo”, “concordo parcialmente”, “do meu ponto de vista”, “na
perspectiva aqui assumida” etc.
• (EF89LP31) Analisar e utilizar modalização epistêmica, isto é, modos
de indicar uma avaliação sobre o valor de verdade e as condições de
verdade de uma proposição, tais como os asseverativos – quando
se concorda com (“realmente”, “evidentemente”, “naturalmente”,
“efetivamente”, “claro”, “certo”, “lógico”, “sem dúvida” etc.) ou
discorda de (“de jeito nenhum”, “de forma alguma” etc.) uma ideia;

18

e os quase-asseverativos, que indicam que se considera o conteúdo
como quase certo (“talvez”, “assim”, “possivelmente”, “provavelmente”,
“eventualmente” etc.).
• (EF09LP01) Analisar o fenômeno da disseminação de notícias falsas
nas redes sociais e desenvolver estratégias para reconhecê-las, a partir
da verificação/avaliação do veículo, fonte, data e local da publicação,
autoria, URL e formatação, além da comparação de diferentes fontes,
da consulta a sites de curadoria que atestam a fidedignidade do relato
dos fatos e denunciam boatos etc.
Conteúdo
Participação social; denúncia/exposição de uma problemática; notícias
falsas nas redes sociais; veículo, fonte, data e local da publicação, autoria;
comparação de diferentes fontes; ponto de vista; reivindicações; proposta;
contexto de produção; argumentação; elementos típicos da modalidade
falada, como pausa, entonação, ritmo, gestualidade, expressão facial,
hesitações etc.; modalidades deônticas; modalidades apreciativas; ope-
radores argumentativos; orações e períodos; período composto; orações
subordinadas.
O aluno aprendeu satisfatoriamente se...
• defende posição em relação a conteúdos veiculados em práticas não
institucionalizadas de participação social, sobretudo àquelas vinculadas
a manifestações artísticas, produções culturais, intervenções urbanas e
práticas próprias das culturas juvenis que pretendam denunciar, expor
uma problemática ou “convocar” para uma reflexão/ação;
• analisa o fenômeno da disseminação de notícias falsas nas redes sociais
e desenvolve estratégias para reconhecê-las a partir da verificação e
avaliação de veículo, fonte, data e local da publicação, autoria, URL
e formatação, além da comparação de diferentes fontes e da consulta
a sites de curadoria que atestam a fidedignidade do relato dos fatos e
denunciam boatos.
O aluno excedeu as expectativas se...
• defende posição em relação a conteúdos veiculados em práticas não
institucionalizadas de participação social, sobretudo àquelas vinculadas
a manifestações artísticas, produções culturais, intervenções urbanas e
práticas próprias das culturas juvenis que pretendam denunciar, expor
uma problemática ou “convocar” para uma reflexão/ação, relacionando
esse texto/produção com seu contexto e relacionando as partes e
semioses presentes para a construção de sentidos.
Referências
• BAKHTIN, M. Estética da criação verbal. 4. ed. São Paulo: Martins
Fontes, 2003.
• “Como ensinar seus alunos a se prepararem para um debate”.
Disponível em: eleva.md/3gtfGKd. Acesso em: 23 ago. 2021.
• “Por que incentivar o debate na sala de aula para engajar os alunos?”
Disponível em: eleva.md/3kgPBzg. Acesso em: 23 ago. 2021.
Guia do professor
Abertura
Leia o texto de abertura com os alunos e promova um debate inicial
sobre o tema. Embora as redes sociais tenham facilitado a comunicação
cotidiana e até mesmo possibilitado o acompanhamento de conteúdos de
qualidade, não devem ser os principais meios de informação.
Depender desses aplicativos pode levar à desinformação e à per-
petuação de informações inadequadas ou falsas. Discuta os hábitos que
devem ser cultivados para evitar a disseminação de fake news e reconhecer
fontes de confiança.
LÍNGUA PORTUGUESA E REDAÇÃO
9º Ano
1. Estudo do texto
Leia o texto em voz alta para a turma antes de dar início às ativida-
des propostas, ou peça aos alunos que façam a leitura da matéria, alter-
nando-se entre os parágrafos. Questione-os se conhecem pessoas que
usam as redes sociais como fontes de notícias. Destaque principalmente a
importância de também acessar as notícias em outros meios para verificar
a veracidade dos dados.
Atividades
1.
a. Resposta pessoal
b. Resposta pessoal.
2. A matéria foi construída a partir de pesquisas, o que implica a
compilação de dados. Ao mencionar os números – assim como o
nome do órgão responsável pelo estudo –, o texto passa a ter mais
credibilidade e expõe o assunto de maneira detalhada, fornecendo
ao leitor a dimensão da pesquisa e das descobertas.
3.
a. Resposta pessoal.
A disseminação das notícias em larga escala leva as pessoas a
receberem uma grande quantidade de informação, muitas das quais
não retratam cenários positivos. Isso eventualmente gera estresse
nos leitores, que optam por evitar acompanhar todas as atualizações
da imprensa.
b. Resposta pessoal.
Não acompanhar as notícias em fontes confiáveis é prejudicial, uma
vez que o indivíduo pode se tornar alheio ao que está ocorrendo e,
assim, levá-lo a perder informações pertinentes.
c. Com o número crescente de fake news nas redes sociais, as pessoas
têm tomado atitudes responsáveis de buscar as fontes por trás dos
fatos noticiados, a fim de verificar a veracidade da informação. Isso
se tornou bastante comum durante a pandemia, uma vez que muitas
desinformações foram divulgadas e, assim, havia a necessidade de
consultar jornais confiáveis.
4. O autor encara tal fato como um desafio, porque essas ferramen-
tas não são ideais para acessar informações. Os aplicativos citados
no texto permitem que qualquer indivíduo divulgue notícias de
maneira irresponsável, incluindo informações falsas. No caso dos
aplicativos de mensagem instantânea, é comum que sejam repassa-
das mensagens sensacionalistas ou até mesmo as fake news. Além
disso, não há imparcialidade, uma vez que o usuário decide quais
grupos frequentar ou depende do algoritmo, que tende a direcio-
ná-lo a uma “bolha” na qual acessará apenas informações próximas
do que pensa ou gosta de consumir.
Comente com os alunos que alguns jornais têm acompanhado essas
tendências e adequado as notícias a esses aplicativos. Essa é uma
maneira de seguir informações com credibilidade jornalística sem
abrir mão das redes sociais favoritas. Contudo, ainda é preferível que
se leia todo o conteúdo em sites ou jornais em vez de se contentar
com “pedaços” da informação.
5.
a. Resposta pessoal.
b. Resposta pessoal.
É importante que os alunos percebam que notícias falsas podem
circular em diferentes mídias. Os veículos consagrados, como
grandes jornais e emissoras de rádio e TV, verificam as fontes do
que noticiam, aumentando sua credibilidade, ao contrário daqueles
chamados de “noticiosos”, ou seja, interessados apenas em atrair um
grande número de leitores.
6.
a. A disseminação de notícias falsas pode ocasionar problemas de
ordem pública ao gerar pânico ou incentivar comportamentos inde-
sejáveis, como no caso da divulgação de que determinadas vacinas
estavam causando mortes, o que fez com que parte da população
19
LÍNGUA PORTUGUESA E REDAÇÃO
9º Ano
deixasse de se vacinar contra doenças graves, que poderiam levar a
óbito. As notícias falsas podem, ainda, servir de manobra política,
visando enaltecer ou desmerecer um ou outro candidato.
b. Muitos leitores, impressionados com o que leem, acabam compar-
tilhando as matérias de forma sistemática, na intenção de alertar
outras pessoas, sem antes averiguar a veracidade daquela informação.
Fazem-no por impulso, mesmo que não tenham a intenção de causar
mal. Há, ainda, usuários que disseminam notícias falsas em busca de
vantagens pessoais.
Superdesafio
Peça aos alunos que façam um esboço da enquete para que mostrem
a você, a fim de ajudá-los na adequação gramatical do texto e também na
sugestão de novas perguntas. Dê-lhes um tempo para que divulguem a
enquete entre colegas e familiares. Feito isso, solicite que rascunhem os
gráficos antes de produzirem o trabalho final. Esse gênero foi abordado
no capítulo 4 do volume 1 do 8o Ano. Caso considere necessário, retome
os conceitos mais importantes com a turma.
2. Debate
Todo indivíduo possui opinião própria a respeito de algum assunto.
Portanto, é necessário reafirmar que o bom andamento de um debate
requer um acordo de respeitar as partes envolvidas e suas opiniões. Além
disso, é imprescindível esclarecer à turma que a propagação de discursos
de ódio não se enquadra como opinião, visto que isso ofende diversos
grupos de pessoas, podendo ainda violar a lei. Com sensibilidade, evi-
dencie tais diferenças.
Produção textual
Caso deseje, leia, com a turma, matérias na íntegra sobre o assunto.
Algumas sugestões:
• “Como a nova regra do WhatsApp afeta grupos? Entenda”. Dispo-
nível em: eleva.md/3mwlNkZ;
• “Veja quais dados privados as redes sociais guardam de seus
usuários”. Disponível em: eleva.md/3ke3pdy. Acessos em: 24 ago.
2021.
Em seguida, solicite aos alunos que respondam às perguntas pro-
postas no livro.
• A medida adotada pode ser considerada censura?
Resposta pessoal.
• De que forma a estratégia utilizada colabora no combate às fake
news?
Resposta pessoal.
Ajude os alunos a perceber que, limitando o número de envios, isso
dificultaria estratégias de envio de mensagens em massa (spams),
que podem conter informações falsas ou prejudiciais.
• As mídias sociais devem divulgar os dados dos usuários sempre que
forem solicitados pelos órgãos competentes?
Resposta pessoal.
Peça aos alunos que escrevam, individualmente e de forma concisa,
suas respostas a essas questões. O objetivo é dar-lhes a chance de refletir
previamente sobre as questões antes de debatê-las oralmente.
Atue como mediador da discussão proposta, a qual não precisa
seguir as regras de um debate formal. Trata-se de um primeiro contato
dos alunos com o gênero e, nesse momento, é importante que eles expres-
sem, de forma organizada, suas opiniões sobre um assunto polêmico.
Para a elaboração do documento solicitado, reúna os alunos em
grupos menores e peça a cada equipe que forneça de duas a três suges-
tões, compilando-as, posteriormente, em um único texto, que pode ser
publicado, por exemplo, no jornal, no site ou nas redes sociais da escola,
conforme as possibilidades.
20
Faça você mesmo
Peça aos alunos que troquem as mensagens entre si, para possível
revisão antes das publicações. Verifique quais redes sociais eles mais
utilizam e peça-lhes que pensem em como a publicação se adequaria à
mídia em questão. É possível que eles prefiram gravar vídeos para esse
fim; então, dê-lhes essa liberdade. Depois, incentive-os a compartilhar as
experiências vivenciadas com as publicações (comentários, compartilha-
mentos e engajamento de outros contatos das redes).
3. Estudo da língua – Período composto por
subordinação
• Por que, segundo a afirmação, invadir a privacidade dos usuários
no WhatsApp seria uma medida que “vai além dos limites”?
Porque o WhatsApp é uma ferramenta de comunicação usada pelas
pessoas em caráter confidencial, e impor qualquer restrição a ela é
uma forma de censura, passando, assim, dos limites do aceitável.
• Quantos períodos compõem o parágrafo?
Três.
• Desses períodos, quantos são compostos? Explique.
Apenas um período é composto: “Realizar qualquer invasão à pri-
vacidade das pessoas vai além dos limites.” O período apresenta dois
verbos; logo, duas orações.
Ressalte que a maioria dos gramáticos registra a existência dos
chamados auxiliares modais (como “querer”, “poder”, “dever” etc.), que
acrescentam à ação do verbo principal ideias de desejo, possibilidade,
obrigação, necessidade, entre outras. No caso, “Precisamos refrear” é
equivalente a “Temos que refrear” ou “Devemos refrear”.
É pertinente explicar aos alunos novamente as locuções verbais,
a fim de evitar que se confundam nas classificações dos períodos nos
próximos exercícios.
Atividades
7.
a. O estudo entrevistou milhares de pessoas em 37 países / para
entender os hábitos de consumo de jornalismo. (I)
b. Segundo a pesquisa, o índice de pessoas / que se informam pelas
redes sociais / caiu em diversos mercados importantes. (II)
c. A pesquisa pretendia / que as pessoas avaliassem o grau de confiança
no jornalismo. (III)
d. Entre os brasileiros entrevistados para a pesquisa, quase a metade
afirmou / usar o WhatsApp para acesso a conteúdo jornalístico. (III)
8. Respostas pessoais. Sugestões:
a. Os aplicativos de mensagens são usados para acessar notícias.
b. Os resultados já eram previstos mesmo antes de divulgarem a
pesquisa.
c. O jovem que foi entrevistado defendeu sua posição.
d. A moça que sempre atuou na política defendeu a verificação das
fontes.
9.
a. Estou tão cansado, que não consegui ir ao futebol hoje.
b. Não fui bem na prova, ainda que tenha estudado.
c. Logo que cheguei, meu cansaço passou.
d. Vou ao passeio, desde que meu pai permita.
 LÍNGUA PORTUGUESA E REDAÇÃO
9º Ano

Atividades finais Relembrando

10. Resposta pessoal.
11. 1. exemplo: 4.
a. Três. (“Quantas pessoas estão mexendo no smartphone?” / “O Brasil tem
tipos de
99 milhões de usuários ativos no Facebook.” / “No mundo, todo dia, períodos 2. exemplo: 5.
890 milhões de pessoas entram na rede social pelo menos uma vez.”) compostos
b. Nenhum. 3. exemplo: 6.
c. Dois. (“Um estudo da Kantar IBOPE Media mostra que as pessoas
usam o Facebook, em média, 14 vezes por dia.” / “Se estiver num
lugar público, olhe ao seu redor.”) 7.
d. Nenhum. período composto orações que
Peça aos alunos que identifiquem os períodos. Lembre-os de que por subordinação equivalem a 8.
as orações “Um estudo da Kantar IBOPE Media mostra” e “olhe ao
seu redor” são denominadas principais. Escreva as frases no qua- 9.
dro, destacando os verbos.
12.
a. Nenhuma.
b. Uma. (“Se estiver num lugar público, olhe ao seu redor.”)
c. Uma. (“Um estudo da Kantar IBOPE Media mostra que as pessoas
usam o Facebook, em média, 14 vezes por dia.”)
13.
a. Nos últimos anos, as redes sociais se tornaram uma fonte importante
de informação.
b. As redes sociais são muito utilizadas / para ler notícias.
c. O Brasil ocupa o 3o lugar no ranking do acesso a redes sociais / e
está à frente da Holanda e do Canadá.
d. Os usuários da internet que usam as redes sociais / para ler as 1. coordenação; 2. subordinação; 3. misto; 4. resposta pessoal; 5. resposta
notícias / precisam tomar cuidado com o / que leem / e comparti- pessoal; 6. resposta pessoal; 7. adjetivos; 8. advérbios; 9. substantivos.
lham.
14. Para a próxima aula
a. (PS) No capítulo seguinte, os alunos debaterão o uso de celulares em
b. (PCS) sala de aula. Para motivar essa conversa em Produção textual, precisarão
c. (PCC)
assistir ao vídeo a seguir:
d. (PM)
15. Respostas pessoais. Sugestões:
• “Professores × alunos: debate esquenta sobre o uso de celulares nas
a. Muitos usuários das redes sociais compartilham notícias sem a
escolas”. Disponível em: eleva.md/3B9TVXL. Acesso em: 24 ago.
devida checagem das fontes.
2021.
b. O repórter, muito expressivo, divulgou o resultado da pesquisa.
c. Em locais públicos, observe o comportamento das pessoas ao redor. Capítulo

16.
a.
b.
(II)
(III)
6 Debate (II) / Orações subordinadas
substantivas (I)
c. (II)
d. (I) Resumo
17. Respostas pessoais. Sugestões:
a. eles não conseguem monitorar as contas nem acabar com a disse- Apresenta-se uma matéria sobre o uso de celulares em sala de aula,
minação das fake news. tema que servirá para incitar debates na seção Produção textual, dando
b. as mensagens seriam monitoradas, mas não seriam censuradas. continuidade à sistematização e à prática do gênero. Na seção Estudo da
c. estão monitorando as mensagens e censurando o conteúdo. língua, aprofunda-se o estudo das orações subordinadas, introduzindo
três tipos de orações substantivas: subjetivas, predicativas e apositivas.
18. Ainda que os termos destacados sejam pronome, substantivo e
oração, todos exercem a função de objeto direto. Portanto, são sin- Objetivos de aprendizagem
taticamente equivalentes. • Realizar um debate acerca do uso de celulares em sala de aula;
19. • avaliar o desempenho próprio e de colegas em um debate;
a. Hoje, todos têm necessidade de se conectar de forma rápida. • identificar e diferenciar orações subordinadas substantivas subjetivas,
b. As pessoas que estão conectadas são mais bem informadas. predicativas e apositivas.
c. Em redes abertas, seja cuidadoso ao se conectar.
Princípios
• Reconhecer as diferentes informações, opiniões e os argumentos
implícitos e explícitos em textos para auxiliar na construção de senso
ético e senso crítico e de juízos de valor;
• desenvolver estratégias de planejamento, revisão e reescrita para
aprimorar o texto e adequá-lo à situação comunicativa, desenvolvendo
o olhar reflexivo sobre a própria produção;

21
LÍNGUA PORTUGUESA E REDAÇÃO
9º Ano
• apropriar-se das linguagens escrita, oral e multissemiótica,
desenvolvendo a capacidade de autoria legítima, a fim de ampliar suas
possibilidades de participar das esferas acadêmica, cultural e midiática,
de construir conhecimentos e de se envolver com maior autonomia e
protagonismo na vida social;
• identificar, analisar e empregar as classes gramaticais, formas
linguísticas e os elementos composicionais.
Habilidades BNCC
• (EF69LP13) Engajar-se e contribuir com a busca de conclusões comuns
relativas a problemas, temas ou questões polêmicas de interesse da
turma e/ou de relevância social.
• (EF69LP14) Formular perguntas e decompor, com a ajuda dos colegas e
dos professores, temas/questões polêmicos, explicações e/ou argumentos
relativos ao objeto de discussão para análise mais minuciosa e buscar,
em fontes diversas, informações ou dados que permitam analisar partes
da questão e compartilhá-los com a turma.
• (EF69LP15) Apresentar argumentos e contra-argumentos coerentes,
respeitando os turnos de fala, na participação em discussões sobre
temas controversos e/ou polêmicos.
• (EF69LP19) Analisar, em gêneros orais que envolvam argumentação,
os efeitos de sentido de elementos típicos da modalidade falada, como
pausa, entonação, ritmo, gestualidade e expressão facial, hesitações etc.
• (EF69LP21) Posicionar-se em relação a conteúdos veiculados em
práticas não institucionalizadas de participação social, sobretudo
àquelas vinculadas a manifestações artísticas, produções culturais,
intervenções urbanas e práticas próprias das culturas juvenis que
pretendam denunciar, expor uma problemática ou “convocar” para
uma reflexão/ação, relacionando esse texto/produto com seu contexto
de produção e relacionando as partes e semioses presentes para a
construção de sentidos.
• (EF69LP25) Posicionar-se de forma consistente e sustentada em
discussões, assembleias, reuniões de colegiados da escola, de
agremiações e outras situações de apresentação de propostas e
defesas de opiniões, respeitando as opiniões contrárias e propostas
alternativas e fundamentando seus posicionamentos no tempo de
fala previsto, valendo-se de sínteses e propostas claras e justificadas.
• (EF89LP15) Utilizar, nos debates, operadores argumentativos que
marcam a defesa de ideia e de diálogo com a tese do outro: “concordo”,
“discordo”, “concordo parcialmente”, “do meu ponto de vista”,
“na perspectiva aqui assumida” etc.
• (EF89LP31) Analisar e utilizar modalização epistêmica, isto é, modos
de indicar uma avaliação sobre o valor e as condições de verdade de
uma proposição, tais como os asseverativos – quando se concorda
com (“realmente”, “evidentemente”, “naturalmente”, “efetivamente”,
“claro”, “certo”, “lógico”, “sem dúvida” etc.) ou se discorda de (“de jeito
nenhum”, “de forma alguma” etc.) uma ideia; e os quase-asseverativos,
que indicam que se considera o conteúdo como quase certo (“talvez”,
“assim”, “possivelmente”, “provavelmente”, “eventualmente” etc.).
Conteúdo
Argumentação; elementos típicos da modalidade falada, como pausa,
entonação, ritmo, gestualidade e expressão facial, hesitações etc.; moda-
lidades deônticas; modalidades apreciativas; operadores argumentativos;
orações subordinadas substantivas.
O aluno aprendeu satisfatoriamente se...
• se posiciona em relação a conteúdos veiculados em práticas não
institucionalizadas de participação social, sobretudo àquelas vinculadas
a manifestações artísticas, produções culturais, intervenções urbanas e
práticas próprias das culturas juvenis que pretendam denunciar, expor
uma problemática ou “convocar” para uma reflexão/ação, relacionando
22
esse texto/produto com seu contexto de produção e relacionando as
partes e semioses presentes para a construção de sentidos;
• analisa, em gêneros orais que envolvam argumentação, os efeitos
de sentido de elementos típicos da modalidade falada, como pausa,
entonação, ritmo, gestualidade, expressão facial, hesitações etc.;
• se posiciona de forma consistente e sustentada em discussões,
assembleias, reuniões de colegiados da escola, de agremiações e
outras situações de apresentação de propostas e defesas de opiniões,
respeitando as opiniões contrárias e propostas alternativas e
fundamentando seus posicionamentos no tempo de fala previsto,
valendo-se de sínteses e de propostas claras e justificadas;
• contribui com a busca de conclusões comuns relativas a problemas, temas
ou questões polêmicas de interesse da turma e/ou de relevância social.
O aluno excedeu as expectativas se...
• apresenta argumentos e contra-argumentos coerentes, respeitando os
turnos de fala, na participação em discussões sobre temas controversos
e/ou polêmicos;
• analisa e utiliza modalização epistêmica, isto é, modos de indicar
uma avaliação sobre o valor e as condições de verdade de uma
proposição, tais como os asseverativos (que expressam concordância
ou discordância) e os quase-asseverativos (que consideram o conteúdo
como quase certo);
• utiliza, nos debates, operadores argumentativos que marcam a defesa
de ideia e de diálogo com a tese do outro: “concordo”, “discordo”,
“concordo parcialmente”, “do meu ponto de vista”, “na perspectiva
aqui assumida” etc.
Referências
• “Por que incentivar o debate na sala de aula para engajar os alunos?”
Disponível em: eleva.md/3kgPBzg. Acesso em: 23 ago. 2021.
• “Como ensinar seus alunos a se prepararem para um debate”. Disponível
em: eleva.md/3gtfGKd. Acesso em: 23 ago. 2021.
• BAKHTIN, M. Estética da criação verbal. 4. ed. São Paulo: Martins
Fontes, 2003.
Guia do professor
Abertura
O uso de tecnologia em sala de aula vem sendo bastante debatido,
e essa conversa pode ser exposta aos alunos. Como um exemplo de
tecnologia mais acessível, comente os possíveis usos do celular em sala.
Há escolas que proíbem seu uso, enquanto outras o incentivam para fins
pedagógicos. Verifique os argumentos dos alunos a favor de tais usos.
Proponha também contra-argumentos, de modo que eles possam
refletir acerca das diferentes opiniões que recaem sobre o mesmo assunto.
Permita, ainda, que compartilhem a própria experiência e dialoguem
com base nessas vivências.
1. Estudo do texto
Solicite alguns voluntários para se revezarem na leitura do texto.
A seguir, esclareça aos alunos que, em determinados estados brasileiros,
o uso de celulares em sala de aula é liberado apenas para fins didáticos.
Caso deseje mais informações sobre a legislação vigente no país em rela-
ção à proibição do uso de celulares nas escolas, acesse o estudo “O uso
do celular na sala de aula e a legislação vigente no Brasil”, apresentado no
III Congresso de Tecnologia em Educação, que aconteceu em Fortaleza.
Disponível em: eleva.md/3jcadJp. Acesso em: 24 ago. 2021.
 LÍNGUA PORTUGUESA E REDAÇÃO
9º Ano

Atividades Compare as duas construções e demonstre aos alunos que o subs-

1. tantivo “aumento”, presente no primeiro período, foi substituído por uma
a. Resposta pessoal. oração de sentido equivalente, no segundo período.
b. Muitos alunos fazem mau uso do aparelho em ambiente escolar, • Qual é a transitividade do verbo “mostrar” nos dois períodos?
ao acessar, por exemplo, redes sociais. Esse comportamento pode Transitivo direto.
desviar a atenção, e por isso existem restrições à utilização de celular • Qual é a função sintática desempenhada pela oração subordinada
em sala de aula. que compõe o período composto?
2. Resposta pessoal. Sugestão: Objeto direto.
Em pesquisas gerais; no auxílio do desenvolvimento de competên-
cias ligadas ao uso da tecnologia; na individualização da aprendi- Atividades
zagem, atendendo a habilidades específicas dos alunos; na acessi- 8.
bilidade (muitos canais se utilizam de legendas, apresentam seu a. A dificuldade é controlar os jovens. (O.S.S. predicativa)
conteúdo em Libras ou contam com sintetizadores de voz para b. O problema é este: que o diretor interfira. (O.S.S. apositiva)
pessoas cegas ou com baixa visão) etc. c. É provável que recusem as medidas anunciadas. (O.S.S. subjetiva)
3. Resposta pessoal. Sugestão: Escolas particulares muitas vezes têm 9. Resposta pessoal. Sugestões:
condições de disponibilizar o acesso a redes sem fio e computado- a. É essencial que você desligue o celular. (subjetiva)
res para que professores e alunos possam entrar em sites específicos b. O essencial é que você desligue o celular. (predicativa)
e realizar tarefas em sala; logo, o uso do celular pode ser menos ne- c. Sabe-se que você desligará o celular. (subjetiva)
cessário. Já nas redes públicas, as escolas nem sempre contam com d. Convém que você desligue o celular. (subjetiva)
esses recursos, e os alunos se veem obrigados a usar os próprios e. O certo é que você desligue o celular. (predicativa)
aparelhos para realizar atividades pedagógicas que dependem do São várias as possibilidades de resposta. No entanto, a classi-
acesso à internet. ficação das orações será sempre a mesma, dadas as estruturas
4. O aluno acaba sendo prejudicado, pois tem que realizar suas pes- propostas.
quisas em horários nem sempre favoráveis, comprometendo seu 10.
rendimento. a. É necessário seu posicionamento em relação a essa questão.
5. b. É importante sua assinatura no documento.
a. Os alunos podem se sentir perdidos diante de posições contrárias c. O recomendável é a sua resposta honesta.
e não saberão exatamente como agir.
b. Resposta pessoal. Superdesafio
6. Resposta pessoal. a. Elas exercem a função de sujeito, sendo classificadas como orações
Ouça as respostas e conduza a discussão. Comente que, muitas ve- subordinadas substantivas subjetivas.
zes, a falta de cooperação de alguns pode prejudicar o restante da b. A primeira oração faz uma constatação. Já a segunda expressa uma
turma. previsão, sendo um argumento que demonstra estar a favor da ideia
7. Resposta pessoal. de que muitos ficarão desatentos.
A proibição não tem o poder de melhorar o nível de atenção; ela
atua, sim, ao reduzir estímulos externos, que podem distrair alguns Atividades finais
alunos.
11. Não. De acordo com o estudo, o uso do celular faz com que os
alunos apresentem uma queda no seu desempenho.
Produção textual
12. Resposta pessoal.
Exiba a matéria para os alunos antes de dar prosseguimento às 13. Resposta pessoal. No entanto, a classificação das orações será a
atividades da seção. Em seguida, explore o conteúdo do vídeo oralmente, mesma, dada a estrutura sugerida. Sugestões:
propondo as questões indicadas no livro do aluno. Esclareça que a lei
mencionada por um dos professores foi revogada em 2017 no estado de Classificação da oração
São Paulo. subordinada
Todas as respostas são pessoais e objetivam incitar um debate sobre
o tema entre os alunos. Conduza as discussões. É melhor deixar o celular de lado
subjetiva
Determine um tempo para a atividade; cerca de 30 minutos é o durante as aulas.
ideal. Caso seja possível, grave o debate, para que os alunos possam Faça assim: use o celular apenas nos
apositiva
melhor avaliá-lo posteriormente. intervalos.
Para se inteirar do assunto, sugerimos que assista ao debate sobre o O mais acertado é desligar o aparelho. predicativa
uso de tecnologia em sala de aula organizado pelo Canal Futura, dispo-
nível em: eleva.md/3sMNyGW. Acesso em: 24 ago. 2021. 14. No primeiro período, temos uma oração subordinada substantiva
subjetiva e, no segundo, uma predicativa. Isso ocorre porque, no
3. Estudo da língua – Orações subordinadas caso I, temos um adjetivo como predicativo do sujeito e um verbo
substantivas (I) de ligação, faltando, portanto, o sujeito; no caso II, o termo subs-
• Qual das alternativas apresenta um período composto? tantivado se configura no sujeito, que é seguido do verbo de liga-
A segunda: Pesquisa mostra que uso do celular aumentou nas escolas. ção, faltando, nesse caso, um termo ou oração que exerça a função
• Qual é a função desempenhada pela oração subordinada desse de predicativo.
período: advérbio, adjetivo ou substantivo? 15. Resposta pessoal. Sugestões:
Nesse período, a oração subordinada tem função de substantivo. a. Consta que os celulares prejudicam o desempenho dos alunos.
b. O ponto é que preciso do celular ligado.
c. Siga este conselho: desligue o aparelho!

23
LÍNGUA PORTUGUESA E REDAÇÃO
9º Ano

16.
Função sintática do Classificação da
Período simples Período composto
termo em destaque oração subordinada
Foi necessário que você interviesse./ Foi
Foi necessária sua intervenção. sujeito O.S.S. subjetiva
necessário você intervir.
O importante é a exposição
predicativo do sujeito O importante é que você exponha sua opinião. O.S.S. predicativa
de sua opinião.
Pense nisto: sua participação Pense nisto: que você participe voluntaria-
aposto O.S.S. apositiva
voluntária no debate. mente do debate.

17. Capítulo

7
a. É conveniente sua participação no debate.
b. Para a participação, é essencial o preenchimento da ficha de Debate (III) / Orações subordinadas
inscrição. substantivas (II)
c. Consta sua inscrição.
d. Ficou provada sua presença no encontro.
18. Letra E. Resumo
A oração principal é formada por um verbo de ligação e um
predicativo do sujeito. Este, então, é representado pela oração Neste capítulo, apresenta-se, na seção Estudo do texto, um texto infor-
subordinada. mativo que aborda a relação entre o uso exagerado de redes sociais e
19. Letra C. desordens comportamentais. Essa pauta continuará a suscitar questiona-
A oração em destaque exerce a função de aposto em relação à ora- mentos que colaborarão para a sistematização e para a prática do gênero
ção principal. debate. Na seção Produção textual, os alunos deverão planejar, realizar
20. Letra B. e avaliar um novo debate, mas, dessa vez, com caráter formal e regrado.
A oração “a impunidade impera” explica qual é o problema men- Na seção Estudo da língua, apresentam-se os três últimos tipos de oração
cionado na oração principal. Assim, classifica-se como apositiva. subordinada substantiva: as objetivas diretas, as objetivas indiretas e as
21. (PUC-SP) Letra C. completivas nominais.
A oração subordinada “que te formes logo” atua como predicativo
do sujeito; além disso, há a presença do verbo de ligação “é”. Objetivos de aprendizagem
Relembrando • Planejar e participar de um debate formal sobre o uso de redes sociais;
• avaliar o desempenho do moderador e dos participantes em um debate;
• identificar e diferenciar orações subordinadas substantivas objetivas
2. diretas, objetivas indiretas e completivas nominais.

Princípios
1. exercem a função 3. • Reconhecer as diferentes informações, as opiniões e os argumentos
de predicativo
da oração principal
implícitos e explícitos em textos para auxiliar na construção de senso
ético e crítico e de juízos de valor;
• elaborar estratégias de planejamento, revisão e reescrita para aprimorar
exercem a função exercem a função o texto e adequá-lo à situação comunicativa, desenvolvendo o olhar
de sujeito de aposto
da oração principal
Ex.:
da oração principal reflexivo sobre a própria produção;
• apropriar-se das linguagens escrita, oral e multissemiótica,
desenvolvendo a capacidade de autoria legítima a fim de ampliar suas
5.
possibilidades de participar das esferas acadêmica, cultural e midiática,
Ex.: Ex.:
de construir conhecimentos e de se envolver com maior autonomia e
protagonismo na vida social;
4. • identificar, analisar e empregar as classes gramaticais, as formas
6.
linguísticas e os elementos composicionais dos textos orais e escritos
em língua portuguesa na construção de efeitos de sentido.

1. subjetivas; 2. predicativas; 3. apositivas; 4. Sugestão de resposta:
É essencial que você venha.; 5. Sugestão de resposta: O essencial é que
você venha.; 6. Sugestão de resposta: O essencial é isto: que você venha.
Habilidades BNCC
• (EF69LP19) Analisar, em gêneros orais que envolvam argumentação,
os efeitos de sentido de elementos típicos da modalidade falada, como
pausa, entonação, ritmo, gestualidade e expressão facial, hesitações etc.
• (EF69LP21) Posicionar-se em relação a conteúdos veiculados em
práticas não institucionalizadas de participação social, sobretudo àquelas
vinculadas a manifestações artísticas, produções culturais, intervenções
urbanas e práticas próprias das culturas juvenis que pretendam
denunciar, expor uma problemática ou “convocar” para uma reflexão/
ação, relacionando esse texto/produto com seu contexto e relacionando
as partes e semioses presentes para a construção de sentidos.

24

• (EF89LP12) Planejar coletivamente a realização de um debate sobre
tema previamente definido, de interesse coletivo, com regras acordadas
e planejar, em grupo, a participação em debate a partir do levantamento
de informações e argumentos que possam sustentar o posicionamento
a ser defendido (o que pode envolver entrevistas com especialistas,
consultas a fontes diversas, o registro das informações e dados obtidos
etc.), tendo em vista as condições de produção do debate – perfil dos
ouvintes e demais participantes, objetivos do debate, motivações
para sua realização, argumentos e estratégias de convencimento mais
eficazes etc. e participar de debates regrados, na condição de membro
de uma equipe de debatedor, apresentador/mediador, espectador (com
ou sem direito a perguntas), e/ou de juiz/avaliador, como forma de
compreender o funcionamento do debate e poder participar de forma
convincente, ética, respeitosa e crítica e desenvolver uma atitude de
respeito e diálogo para com as ideias divergentes.
• (EF89LP15) Utilizar, nos debates, operadores argumentativos que
marcam a defesa de ideia e de diálogo com a tese do outro: concordo,
discordo, concordo parcialmente, do meu ponto de vista, na perspectiva
aqui assumida etc.
• (EF89LP31) Analisar e utilizar modalização epistêmica, isto é, modos
de indicar uma avaliação sobre o valor e as condições de verdade de
uma proposição, tais como os asseverativos – quando se concorda
com (“realmente”, “evidentemente”, “naturalmente”, “efetivamente”,
“claro”, “certo”, “lógico”, “sem dúvida” etc.) ou se discorda de (“de jeito
nenhum”, “de forma alguma” etc.) uma ideia; e os quase-asseverativos,
que indicam que se considera o conteúdo como quase certo (“talvez”,
“assim”, “possivelmente”, “provavelmente”, “eventualmente” etc.).
Conteúdo
Elementos típicos da modalidade falada, como pausa, entonação, ritmo,
gestualidade e expressão facial, hesitações etc.; modalidades deônticas;
modalidades apreciativas; operadores argumentativos; forma compo-
sicional; progressão temática e variedade linguística empregada; os
elementos relacionados à fala: modulação de voz, entonação, ritmo,
altura e intensidade, respiração; elementos cinésicos: postura corporal,
movimentos e gestualidade significativa, expressão facial, contato de olho
com plateia; argumentação: argumentos e contra-argumentos; orações
subordinadas substantivas.
O aluno aprendeu satisfatoriamente se...
• se posiciona em relação a conteúdos veiculados em práticas não
institucionalizadas de participação social, sobretudo àquelas vinculadas
a manifestações artísticas, produções culturais, intervenções urbanas
e práticas próprias das culturas juvenis que pretendam denunciar,
expor uma problemática ou “convocar” para uma reflexão/ação,
relacionando esse texto/produto com seu contexto e relacionando as
partes e semioses presentes para a construção de sentidos;
• analisa, em gêneros orais que envolvam argumentação, os efeitos
de sentido de elementos típicos da modalidade falada, como pausa,
entonação, ritmo, gestualidade, expressão facial, hesitação etc.;
• utiliza, nos debates, operadores argumentativos que marcam a defesa
de ideia e de diálogo com a tese do outro: “concordo”, “discordo”,
“concordo parcialmente”, “do meu ponto de vista”, “na perspectiva
aqui assumida” etc.;
• identifica e analisa posicionamentos defendidos e refutados na escuta de
interações polêmicas em entrevistas, discussões, debates (televisivo, em
sala de aula, em redes sociais etc.), entre outros, e se posiciona diante deles.
LÍNGUA PORTUGUESA E REDAÇÃO
9º Ano
O aluno excedeu as expectativas se...
• analisa e utiliza modalização epistêmica, isto é, modos de indicar uma
avaliação sobre o valor e as condições de verdade de uma proposição,
tais como os modalizadores asseverativos (que expressam concordância
ou discordância) e os quase-asseverativos (que consideram o conteúdo
como quase certo);
• demonstra iniciativa em planejar e organizar, coletivamente, debate
sobre tema previamente definido e de interesse do grupo, colaborando
na delimitação de regras, e também levanta informações, argumentos
e contra-argumentos que sustentem o posicionamento defendido (o
que pode envolver entrevistas com especialistas, consultas a fontes
diversas, o registro das informações e dados obtidos etc.), tendo em
vista as condições de produção do debate – perfil dos participantes,
objetivos do debate, motivações para sua realização, argumentos e
estratégias de convencimento mais eficazes, entre outras possibilidades;
• demonstra conhecimento e autonomia ao participar de debates
regrados em todas as condições possíveis (membro de equipe
debatedora, moderador/mediador, espectador e juiz/avaliador),
compreendendo o funcionamento de debates e participando deles de
forma convincente, ética, respeitosa e crítica a fim de desenvolver uma
atitude de respeito e diálogo para com ideias divergentes.
Referências
• BAKHTIN, M. Estética da criação verbal. 4. ed. São Paulo: Martins
Fontes, 2003.
• “Como ensinar seus alunos a se prepararem para um debate”.
Disponível em: eleva.md/3gtfGKd. Acesso em: 23 ago. 2021.
• “Por que incentivar o debate na sala de aula para engajar os alunos?”
Disponível em: eleva.md/3kgPBzg. Acesso em: 23 ago. 2021.
Guia do professor
Abertura
Discuta o processo de evolução das redes sociais com os alunos e
pergunte a eles se ainda há espaço para que elas cresçam ou se o fenô-
meno já atingiu seu ponto máximo. Mostre-lhes também que as redes
sociais modificaram a forma como interagimos, além de influenciarem a
opinião geral sobre os mais diversos assuntos.
Direcione a conversa para os malefícios associados ao uso exacer-
bado desses meios de comunicação. Além de todos os pontos pertinentes
debatidos anteriormente, já se comprovou o quão prejudicial para a saúde
é o uso contínuo do aparelho celular, principalmente para as gerações
mais jovens, que muitas vezes crescem com acesso constante à tecnologia.
Partindo das respostas dos alunos, comente sobre algumas das
possíveis consequências não só para a saúde física, mas também para a
saúde mental e para as relações sociais. Há muitos estudos relacionados
a esse tema que podem ser levados para a sala. Ademais, recomendamos,
se houver a possibilidade, que exiba o documentário O dilema das redes,
mencionado na vinheta Cult. Ele poderá contribuir para o enriqueci-
mento do debate proposto neste capítulo.
1. Estudo do texto
Indique alunos para se revezarem na leitura em voz alta do texto antes
de prosseguir com as atividades de interpretação, que poderão ser realiza-
das em duplas para estimular a troca de ideias sobre o tema. Comente que,
embora o estudo mencionado tenha demonstrado resultados relacionados ao
Facebook, consequências semelhantes (ou até piores) podem se desenvolver
em decorrência do uso exagerado de outras redes sociais.
25
LÍNGUA PORTUGUESA E REDAÇÃO
9º Ano
Atividades
1.
a. Resposta pessoal.
b. Resposta pessoal.
Esclareça aos alunos que há muitos estudos que apontam para os
riscos no uso excessivo de redes sociais e jogos eletrônicos.
2. Ao ter fotos e posts “curtidos”, comentados e compartilhados, o
usuário sente-se aceito socialmente, ocasionando um aumento em
sua autoestima e, consequentemente, estimulando-o a fazer uso
constante das ferramentas oferecidas pelas redes sociais.
É importante mostrar aos alunos que, muitas vezes, há o efeito
contrário: caso a repercussão das postagens seja inexpressiva ou
negativa, o usuário pode experimentar a sensação de inferioridade,
o que é igualmente preocupante.
3. Resposta pessoal.
O usuário, “acostumado” à facilidade de acesso proporcionada pe-
las redes sociais, pode relegar o contato direto com as pessoas, por
exemplo, preferindo a comodidade oferecida pela internet. Note
que esse comportamento pode mascarar também uma tendência
ao isolamento social.
4. Resposta pessoal.
Pode-se considerar que o número de pessoas envolvidas no estudo
é, de fato, pequeno. As generalizações são perigosas, conforme a
própria matéria sugere, mas os resultados são importantes e podem
servir de base para pesquisas futuras sobre o tema. Contudo, é válido
ressaltar que pesquisas científicas seguem protocolos e metodologias
que confirmam sua aplicabilidade, de modo que os resultados ini-
ciais são confiáveis. Assim, cabe aos pesquisadores expandir o nú-
mero de entrevistados para obter dados ainda mais concretos.
5.
a. O subtítulo refere-se ao uso de redes sociais, em especial o Facebook,
por uma parcela significativa da população mundial.
b. A matéria traz a informação de que o Facebook é utilizado por quase
2,5 bilhões de pessoas no mundo, ou seja, há usuários espalhados
por todo o globo. Além disso, a empresa que controla essa rede
também é responsável por outros sistemas, como o WhatsApp, o
Instagram e o Facebook Messenger. Assim, constata-se que o uso
de redes sociais está disseminado entre a população mundial.
6. Resposta pessoal.
Espera-se que os alunos notem como a informação é preocupante,
pois revela desconhecimento sobre outros usos da internet e suas fun-
cionalidades mais produtivas.
7. Resposta pessoal.
É importante o aluno perceber que, em ambos os casos, o excesso
é prejudicial e que tanto o acesso às redes sociais quanto o uso de
jogos eletrônicos devem ser moderados.
2. Debate – Regras para debatedores
No capítulo anterior, os alunos conheceram a função do mode-
rador (ou mediador). Agora, eles serão apresentados às características
dos debatedores e como eles devem se portar em um debate oficial.
Diferentemente do que foi sugerido no capítulo 5, que propôs um debate
informal, os alunos devem observar que, dessa vez, o foco recai sobre um
evento formal e regrado.
Produção textual
Caso seja possível, grave todo o debate para ampliar as discussões
no momento da avaliação final. Com a gravação, é possível hierarquizar
os argumentos empregados, para que se possa perceber a relevância de
cada um, além de rever os pontos críticos levantados pelos observadores.
26
3. Estudo da língua – Orações subordinadas
substantivas (II)
• O segmento constitui um período composto. Comprove essa
afirmação separando as orações.
1a oração: “Nossos resultados demonstram”
2a oração: “que um uso mais severo de sites de redes sociais é associa-
do com maior deficiência na tomada de decisões.”
• No contexto em que foi empregada, a forma verbal “demonstram”
é transitiva direta.
I. Qual é seu sujeito?
“Nossos resultados”.
II. Que expressão funciona como seu objeto direto?
“que um uso mais severo de sites de redes sociais é associado
com maior deficiência na tomada de decisões.”
3.2 Oração subordinada substantiva objetiva indireta
Reafirme aos alunos que o segundo exemplo é uma construção
usual, com a supressão, pelos falantes, da preposição que antecede as ora-
ções subordinadas substantivas objetivas indiretas (acredita em quê? →
em que a internet...). Nesses casos, é preciso atentar para a transitividade
do verbo da oração principal para classificar adequadamente a oração.
Acrescente outros exemplos, como os dos verbos “precisar” (Preciso que
você me ouça) e “crer” (Creio que vai chover), nos quais se verifica a
elipse das preposições “de” e “em”, respectivamente.
3.3 Oração subordinada substantiva completiva nominal
Mostre aos alunos que as orações subordinadas substantivas com-
pletivas nominais – excetuados casos excepcionais de elipse – sempre
contarão com a presença de uma preposição. Caso julgue necessário,
retome a teoria sobre essa função sintática.
Superdesafio
Em I, a pessoa não tem opção de escolha, já que a frase serve
como um comando, obrigando-a a dizer que é contra, sem apresentar
contestação, apenas confirmando a ordem dada. Já em II, a pessoa pode
manifestar sua opinião, sem que se saiba de antemão sua posição em
relação ao assunto.
Atividades
8.
a. Acredito na possibilidade de alteração de seus hábitos.
b. Apoio sua participação no debate.
c. Duvido de sua ausência no evento.
d. Comentaram sua desistência da apresentação.
9.
a. Quero que você participe. (função de objeto direto)
b. Tenho urgência de que você me apoie. (função de complemento
nominal)
c. Eles têm medo de que se confrontem. (função de complemento
nominal)
d. Nunca admitimos que você se ausentasse. (função de objeto direto)
e. Não me esqueci de que você saiu repentinamente. (função de objeto
indireto)
10. Resposta pessoal. Sugestões:
a. Não sei se comparecerei ao debate.
b. Ela se lembrou de remarcar o evento.
c. Sou a favor de que mudem a data do encontro.
d. Eles defenderam que ele participasse.
 LÍNGUA PORTUGUESA E REDAÇÃO
9º Ano

11.
Classificação da
a. O objetivo do debate é que as pessoas se conscientizem sobre o uso
oração subordinada
das redes sociais.
substantiva
b. Prometi que lhes faria um resumo dos fatos.
c. O participante tinha certeza de que venceria o debate. O mais indicado é você moderar o uso das
predicativa
redes sociais.
Atividades finais
Faça assim: marque o tempo que passa na
12. apositiva
rede.
Classificação Estou certo de que você conseguirá mudar
Termo a completiva nominal
Ob- seus hábitos.
Período que a oração Com-
composto subordinada Objetiva jetiva Eu recomendo que você reveja seus hábitos. objetiva direta
pletiva
se refere direta indi-
nominal É preciso estar atento aos velhos hábitos. subjetiva
reta
Preciso que você se comprometa. objetiva indireta
Tenho certeza
de que ele dei-
certeza × 15.
xará as redes a. A pesquisa indicava que mudanças de hábito eram necessárias.
sociais. (função de objeto direto)
b. A pesquisa anunciava que as consequências diante do uso excessivo
Insisti em que
das redes sociais eram graves. (função de objeto direto)
ele apagasse o insisti ×
c. Confesso uma coisa: sou inflexível. (função de aposto)
post polêmico.
d. A pesquisa parece ser séria. (função de predicativo)
Comentam que e. Seria importante que você comparecesse ao encontro. (função de
seus argu- sujeito)
comentam ×
mentos não se 16.
sustentam. a. Os leitores queriam saber se os resultados podem ser generalizados.
b. O estudo explica que a pesquisa foi aplicada a um número pequeno
Acredito que de participantes.
ele não voltará acredito × c. Sabemos que os resultados eram previsíveis.
à página. d. Perguntamos se os dados foram revisados.
Tenho a impres- 17. (Selecon) Letra A.
são de que ele O verbo “convir”, nessa construção, atua como intransitivo. Desse
impressão × modo, a oração em destaque exerce a função de sujeito da forma
se ausentará
por um tempo. verbal “convém”.
18. (Idecan) Letra B.
13. Na sentença I, a oração em destaque desempenha função de sujeito Ressalte que, no período com a oração subordinada substantiva
em relação à oração “É preciso”, em que há um verbo de ligação e subjetiva, a oração principal apresenta o verbo “ser” conjugado na
um predicativo do sujeito. Na sentença II, a oração em destaque 3a pessoa do singular seguido de um adjetivo (uma das caracte-
desempenha função de objeto direto em relação à oração “Espe- rísticas determinantes), e, no caso do período com a oração su-
ro”, representada por um verbo transitivo direto. Na sentença III, bordinada substantiva predicativa, esta complementa o verbo “ser”
a oração em destaque desempenha função de objeto indireto em (situação comum à maioria dos períodos com oração subordinada
relação à oração “Creio”, representada por um verbo transitivo in- substantiva predicativa).
direto (mesmo com a ausência da preposição “em”, cujo uso pode 19. (Cetrede) Letra C.
ser dispensado diante de orações introduzidas por “que”). Em A, temos uma oração substantiva subjetiva; em B, uma subs-
14. Resposta pessoal. Há várias possibilidades de resposta, mas a clas- tantiva objetiva direta; em D, uma oração substantiva completiva
sificação será uniforme, visto que a oração principal foi predeter- nominal; em E, uma predicativa.
minada. 20. (IBFC) Letra B.
No primeiro caso, a oração principal apresenta VL + PS, faltando a
ela o sujeito; no segundo período, o substantivo abstrato exige um
complemento nominal.
21. (Conpass) Letra C.
A oração principal apresenta um VL (“Foi”) + PS (“necessário”),
faltando a ela o sujeito.

27
LÍNGUA PORTUGUESA E REDAÇÃO
9º Ano

Relembrando Capítulo

8 Vlogs de divulgação científica / Usos

©sorbetto/Getty Images
dos porquês

ORAÇÕES SUBORDINADAS SUBSTANTIVAS

Resumo
1. 2. 3. Neste capítulo, apresenta-se um texto de divulgação científica que refuta
o “terraplanismo”. O artigo fornece evidências de que, ao contrário do
que é propagado por alguns grupos conspiratórios, a Terra não é plana.
exercem a função exercem a função exercem a função Essa discussão resultará em uma produção midiática voltada para a
de objeto direto de objeto indireto de complemento nominal
da oração principal da oração principal da oração principal divulgação científica, focando principalmente os vlogs. Na seção Produção
textual, apresenta-se um vídeo sobre o tema do texto lido e pede-se aos
exemplo exemplo exemplo alunos que se organizem em grupos para planejar e produzir um material
de divulgação científica sobre um tema de livre escolha. Em Estudo da
4. 5. 6. língua, abordam-se os usos dos porquês.

Objetivos de aprendizagem
• Ler e discutir textos de divulgação científica;
• planejar e produzir um vlog de divulgação científica;
• conhecer a diferença entre os termos “porque”, “por que”, “porquê” e
“por quê”.

1. objetivas diretas; 2. objetivas indiretas; 3. completivas nominais;
4. Sugestão de resposta: Pesquisas afirmam que há riscos; 5. Sugestão de
resposta: Ele me convenceu a mudar de atitude; 6. Sugestão de resposta:
Estou certo de que isso é necessário.
Para a próxima aula
No último capítulo da presente unidade, os alunos serão apresen-
tados aos vídeos de divulgação científica. Para que conheçam melhor o
gênero, será necessário expor o vídeo a seguir:
• “A Terra é mesmo redonda?”, canal Primata Falante. Disponível em:
eleva.md/3nImCaP. Acessos em: 16 set. 2021.
Sugerem-se, ainda, alguns canais sobre divulgação científica para
que os alunos possam explorar diversas áreas do conhecimento.
• Canal In a nutshell (é necessário ativar legendas). Disponível em:
eleva.md/2R0nqJM. Acesso em: 16 set. 2021;
• Canal do Pirulla. Disponível em: eleva.md/3EtcNU3. Acesso em: 16
set. 2021;
• Canal Primata Falante. Disponível em: eleva.md/3hHR40K. Acesso
em: 16 set. 2021;
• Canal SpaceToday. Disponível em: eleva.md/3tOPz5P. Acesso em:
16 set. 2021.
Princípios
• Reconhecer diferentes informações, opiniões e argumentos implícitos
e explícitos em textos para auxiliar na construção de senso ético e
crítico e de juízos de valor;
• compreender os diferentes gêneros do discurso – orais, escritos e
multissemióticos –, de acordo com seus contextos de uso e sua função
social;
• desenvolver estratégias de planejamento, revisão e reescrita para
aprimorar o texto e adequá-lo à situação comunicativa, ampliando
um olhar reflexivo sobre a própria produção.
Habilidades BNCC
• (EF69LP37) Produzir roteiros para elaboração de vídeos de diferentes
tipos (vlog científico, vídeo-minuto, programa de rádio, podcasts) para
divulgação de conhecimentos científicos e resultados de pesquisa,
tendo em vista seu contexto de produção, os elementos e a construção
composicional dos roteiros.
• (EF69LP42) Analisar a construção composicional dos textos
pertencentes a gêneros relacionados à divulgação de conhecimentos:
título, introdução, divisão do texto em subtítulos, imagens ilustrativas
de conceitos ou de resultados complexos (fotos, ilustrações, esquemas,
gráficos, infográficos, diagramas, figuras, tabelas, mapas etc.),
exposição de informações por meio de notas de rodapé, boxes ou
links; e reconhecer traços da linguagem dos textos de divulgação
científica, fazendo uso consciente das estratégias de impessoalização
da linguagem (ou de pessoalização, se o tipo de publicação e seus
objetivos assim o demandarem, como em alguns podcasts e vídeos de
divulgação científica): 3a pessoa, presente atemporal, recurso à citação,
uso de vocabulário técnico/especializado etc., como forma de ampliar
suas capacidades de compreensão e produção de textos nesses gêneros.
• (EF69LP56) Fazer uso consciente e reflexivo de regras e normas da
norma-padrão em situações de fala e escrita nas quais ela deve ser usada.
• (EF89LP07) Analisar, em notícias, reportagens e peças publicitárias
em várias mídias, os efeitos de sentido devidos ao tratamento e à
composição dos elementos nas imagens em movimento, à performance,
à montagem feita (ritmo, duração, sincronização entre as linguagens,
complementaridades, interferências etc.) e a ritmo, melodia,
instrumentos e sampleamentos de músicas e efeitos sonoros.

28

• (EF08LP15) Estabelecer relações entre partes do texto, identificando
o antecedente de um pronome relativo ou o referente comum de uma
cadeia de substituições lexicais.
Conteúdo
Efeitos de sentido devidos ao tratamento e à composição dos elementos
nas imagens em movimento, à performance, à montagem feita (ritmo,
duração, sincronização entre as linguagens, complementaridades, inter-
ferências etc.) e a ritmo, melodia, instrumentos e sampleamentos de
músicas e efeitos sonoros, mecanismos de intertextualidade (referências,
alusões, retomadas); título, introdução, divisão do texto em subtítulos,
imagens ilustrativas de conceitos, relações; fotos, ilustrações, esquemas,
gráficos, infográficos, diagramas, figuras, tabelas, mapas; exposição con-
tendo definições, descrições, comparações, enumerações, exemplificações
e remissões a conceitos; título, contextualização do campo, ordenação
temporal ou temática por tema e subtema, intercalação de trechos verbais
com fotos, ilustrações, áudios, vídeos; estratégias de impessoalização da
linguagem como uso de 3a pessoa, presente atemporal, citação, vocabulá-
rio técnico/especializado; regras da norma-padrão em situações de fala.
O aluno aprendeu satisfatoriamente se...
• utiliza de forma consciente e reflexiva as regras da norma-padrão da
língua em situações de fala e escrita nas quais elas devem ser aplicadas;
• produz roteiros na elaboração de vlog para divulgação de conhecimentos
científicos e resultados de pesquisa, tendo em vista seu contexto de
produção, os elementos e a construção composicional dos roteiros.
O aluno excedeu as expectativas se...
• analisa a construção composicional dos textos pertencentes a gêneros
relacionados à divulgação de conhecimentos: título, olho, introdução,
divisão do texto em subtítulos, imagens ilustrativas de conceitos,
relações ou resultados complexos (fotos, ilustrações, esquemas, gráficos,
infográficos, diagramas, figuras, tabelas, mapas etc.), exposição de
informações por meio de notas de rodapé, boxes ou links.
Referências
• ALBAGLI, S. “Divulgação científica: informação científica para a
cidadania?”. Ciência da Informação, Brasília, v. 25, n. 3, p. 396-404, set./
dez. 1996. Disponível em: eleva.md/3BeaW34. Acesso em: 26 ago. 2021.
• COUTO, H. H. O. M.; REZENDE, L. A. “Documentário de divulgação
científica”. Ensino, Saúde e Ambiente, v. 5, n. 2, p. 160-172, ago. 2012.
Disponível em: eleva.md/3sQOY3c. Acesso em: 26 ago. 2021.
• Divulgação científica – USP (Universidade de São Paulo):
eleva.md/38ernzN. Acesso em: 26 ago. 2021.
Guia do professor
Abertura
Mostre aos alunos que, quando falamos de divulgação científica,
referimo-nos às publicações dirigidas ao público leigo. Bons exemplos de
revistas do gênero são Superinteressante e Mundo Estranho, que os alunos
provavelmente conhecem.
Em relação à segunda pergunta, espera-se que os alunos percebam
que a divulgação de pesquisas colabora para que a população se engaje
em diversas áreas do conhecimento. Assim, desenvolvem-se a educação
e também a participação cidadã. Comente com a turma que todos os
saberes científicos e culturais devem ser promovidos.
LÍNGUA PORTUGUESA E REDAÇÃO
9º Ano
1. Estudo do texto
Peça a colaboração de sete voluntários para ler o texto. Leia o título
e a introdução e peça aos candidatos que se revezem na leitura dos tópi-
cos. Explique que esse texto foi redigido pelo fato de algumas pessoas,
na atualidade, terem dúvida quanto à veracidade dos dados científicos
sobre a Terra ser redonda. Mostre aos alunos que a hipótese “terrapla-
nista” é infundada e estimule a turma a debater a pergunta do item “b”
do exercício 1.
Atividades
1.
a. A presença da palavra “não” no título, em letras maiúsculas, destaca
que a matéria pretende refutar a ideia de que a Terra possa ser plana.
Além disso, a expressão “já foi provado” e o operador argumentativo
“mas” também apontam para esse ponto de vista. Por fim, o uso de
“gente que insiste em acreditar no contrário” reforça que a crença
de que a Terra é plana está equivocada.
b. Resposta pessoal.
Mostre aos alunos que, muitas vezes, as pessoas podem contestar
determinadas verdades como forma de atrair a atenção da mídia; outras
vezes, por desconhecimento absoluto de dados científicos.
Para Daniel J. Clark, diretor do documentário sugerido na primeira
vinheta Cult, a resposta pode variar, “mas as pessoas se sentem atraí-
das pela ideia de que estão sendo enganadas e de que a percepção que
elas têm do mundo é mais acurada do que algo que outra pessoa possa
dizer a elas”. Leia, na íntegra, a matéria que aborda o documentário e
a visão do diretor. Disponível em: eleva.md/3sVNV26. Acesso em:
27 ago. 2021.
2. Ao ser dividido em tópicos, o texto tornou-se mais didático e orga-
nizado. Desse modo, o autor distribui seus argumentos e os aborda
individualmente, explorando-os com objetividade.
3. Resposta pessoal. Como a Terra é redonda, não existe uniformida-
de no conceito de “para cima”. Quem estiver no Hemisfério Sul, por
exemplo, terá uma visão do espaço a partir de um ângulo diferente
se comparado a uma pessoa que estiver no Hemisfério Norte. Se
a Terra fosse plana, os dois observadores enxergariam o mesmo
ponto.
4. A citação de dados científicos (com menção às respectivas fontes)
e a referência a matemáticos e filósofos importantes dão credibili-
dade ao texto.
Retome com os alunos o conceito de argumento de autoridade.
5. A exemplificação aproxima o dado científico ao leitor, que conse-
gue formar uma visão mais precisa do que está sendo exposto.
6. Quando um barco desaparece no horizonte, ele não vai ficando
menor e menor até não conseguirmos vê-lo. Na realidade, o que
ocorre é que partes da estrutura vão sumindo antes das outras: pri-
meiro o casco da embarcação e só no fim a ponta da vela.
Explique aos alunos que a omissão de um termo (elipse) também é
um recurso coesivo importante. Nesse fragmento, a omissão acon-
tece em “(...) o que ocorre é que partes da estrutura (do barco) vão
sumindo (...)” / “(...) só no fim a ponta da vela (do barco)”.
7. Resposta pessoal.
Peça aos alunos que compartilhem suas respostas com a sala e veri-
fique se houve igualdade na avaliação. Caso expressem dificuldade
em entender o texto, peça que recomendem melhorias.
Superdesafio
Os alunos podem citar os fusos horários, a diferença na duração do
dia e da noite nos hemisférios Norte e Sul, a circum-navegação empre-
gada desde o século XVI, o fato de ser dia no Brasil enquanto é noite no
Japão, a possibilidade de visualizar determinados fenômenos meteoroló-
gicos apenas em certas regiões etc.
29
LÍNGUA PORTUGUESA E REDAÇÃO
9º Ano

2. Vlog de divulgação científica
O vídeo indicado no livro do aluno tem 20 minutos de duração.
Caso não haja tempo suficiente durante a aula, peça aos alunos que assis-
tam ao vídeo em casa e exiba em sala apenas o trecho correspondente à
explicação de uma ou duas evidências.
Em seguida, explore seu conteúdo, propondo oralmente à turma as
perguntas apresentadas no livro:
• Apesar de tratar do mesmo assunto abordado no primeiro texto,
o formato é diferente. Na sua opinião, qual é a melhor forma de
divulgar conteúdos científicos: por meio de textos ou de vídeos?
Comente.
Resposta pessoal.
Os alunos podem argumentar que, dependendo do assunto e do
grau de profundidade pretendido, o autor deve optar por um ou
outro formato. Entretanto, os vídeos costumam ser mais dinâmi-
cos e tendem a atrair a atenção do público.
• O apresentador complementa sua fala com o uso de imagens. Qual
é o efeito pretendido com essa complementação?
O uso de texto não verbal serve para ilustrar as informações trans-
mitidas por meio do texto verbal, como forma de deixar o conteúdo
mais claro para o público.
• Faça uma análise do desempenho do apresentador em relação a
elementos como ritmo, expressividade, seleção vocabular, tom de
voz etc. Compartilhe suas observações com os colegas.
Resposta pessoal. O apresentador demonstra intimidade com a câ-
mera, é fluente e bastante seguro em sua apresentação.
• Em qual das duas frases poderiam estar implícitas as palavras “razão”
ou “motivo”?
Na segunda: “Apenas um planeta em forma de globo explica por que
razão/por que motivo...”.
No segundo item da apresentação da forma “por que”, demonstre
aos alunos que se trata de uma pergunta indireta.
Após a apresentação da teoria, peça a eles que retomem as duas
frases que abrem a seção e justifiquem o emprego do “porquê” em cada
caso. Na primeira frase, o termo foi empregado como conjunção, indi-
cando uma causa, uma razão; na segunda, por estar implícita a palavra
“razão” ou “motivo”.
Atividades
8.
a. Por que surgem tantas teorias conspiratórias nas redes sociais?
b. Há pessoas que dão crédito a teorias infundadas. Por quê?
c. Não sei o porquê, mas há quem diga que a Terra é plana.
d. Ainda não descobri por que ele pensa assim.
e. Vou contestar sua posição porque há evidências de que você está
equivocado.
9. Resposta pessoal.
Leve alguns jornais ou revistas para a sala e distribua entre os alu-
nos, para que possam realizar a tarefa. Eles podem fazer a bus-
ca em trios, mas cada um deverá colar uma frase de cada tipo no
próprio livro. Observe se as justificativas são coerentes com os
usos.
Atividades finais

• O apresentador alterna o uso de uma linguagem técnica – porém 10. Letra B.

acessível – com o emprego de uma linguagem mais coloquial. Em Em início de perguntas, usa-se “por que”, separado e sem acento.
que momentos ele opta por uma ou outra forma? 11. Porque, nesse caso, para que fosse uma pergunta, deveria ser em-
O apresentador emprega um tom mais coloquial quando se dirige ao pregada a forma “Por que não?”.
público, criando uma impressão de proximidade com seus recepto- 12. Porque o garoto empregou diversas vezes as formas da palavra
res. Porém, ao descrever os fatos científicos, emprega um vocabulário “porquê”, todas de modo adequado, segundo a norma-padrão da
mais técnico. língua.
13. II – III – I – IV.
• Em dado momento, o apresentador faz uma distinção clara entre 14.
opinião e evidência. Explique essa afirmação. a. (×) Ninguém compreendeu por que ele se irritou.
Os textos de divulgação científica veiculam fatos comprovados pela ciên- d. (×) Só voltei a falar com você porque o estimo muito.
cia após experimentações e estudos, e não hipóteses ou opiniões a serem 15.
discutidas. Nesse viés, o que se expõe não é a crença do autor, mas fatos b. Eu quero saber o porquê de sua resposta.
reais e observáveis. c. Você não quis me ouvir. Por quê?
e. Por que você se recusa a discutir esse assunto?
Produção textual 16. (Funcab) Letra C.
Explique aos alunos a função básica de cada elemento e acrescente Tanto no enunciado quanto no item C, trata-se de uma conjunção que
a informação de que as tarefas podem ser executadas por mais de um indica causa, motivo.
17. (IFC) Letra A.
integrante do grupo (pode haver mais de um apresentador, por exemplo).
Nesse caso, deveria ser “porque”, pois é uma conjunção.
Caso julgue necessário, estipule a duração do vídeo. O ideal é que
18. (Funcab) Letra D.
ele não ultrapasse dez minutos. Utiliza-se essa forma quando está implícita uma razão ou um mo-
tivo. Na frase em análise, equivale a “pelas quais”.
19. (TJ-GO) Letra A.
3. Estudo da língua – Usos dos porquês Todas as explicações e os exemplos estão de acordo com as normas
• As palavras destacadas nas duas frases são muito similares, mas que regem os usos dos “porquês”.
foram grafadas de formas diferentes em cada ocorrência. Você sabe
explicar por que isso ocorreu?
Elas foram grafadas diferentemente uma da outra porque atendem a
objetivos distintos dentro da frase, recebendo funções específicas.
Espera-se que o aluno, mesmo ainda não sabendo distinguir os
usos dos porquês, saiba que há variações na grafia para diferentes
finalidades.

30
 LÍNGUA PORTUGUESA E REDAÇÃO
9º Ano

Relembrando

POR QUE

1.

PORQUÊ PORQUE

USOS
2. DOS 3.
“PORQUÊS”

POR QUÊ

4.

1. interrogativas diretas; implícito “razão” ou “motivo”; equivalente

a “pelo qual”; 2. substantivo equivalente a “motivo”. 3. conjunção que
indica causa, motivo, justificativa ou explicação; 4. no final da frase ou
quando a palavra estiver isolada.

Anotações

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