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Material Digital do Professor

Língua Portuguesa – 8º ano


3º bimestre – Plano de desenvolvimento

O plano de desenvolvimento apresentado neste bimestre tem o objetivo de explicitar os


objetos de conhecimento e habilidades a serem trabalhados no bimestre e sua disposição no Livro do
Estudante, bem como sugerir práticas de sala de aula que contribuam para a aplicação da
metodologia adotada.

1. Objetos de conhecimento e habilidades da BNCC


Competências específicas de Linguagens para o Ensino Fundamental

1. Compreender as linguagens como construção humana, histórica, social e cultural,


de natureza dinâmica, reconhecendo-as e valorizando-as como formas de
significação da realidade e expressão de subjetividades e identidades sociais e
culturais.

2. Conhecer e explorar diversas práticas de linguagem (artísticas, corporais e


linguísticas) em diferentes campos da atividade humana para continuar
aprendendo, ampliar suas possibilidades de participação na vida social e
colaborar para a construção de uma sociedade mais justa, democrática e
inclusiva.

3. Utilizar diferentes linguagens — verbal (oral ou visual-motora, como Libras, e


escrita), corporal, visual, sonora e digital —, para se expressar e partilhar
informações, experiências, ideias e sentimentos em diferentes contextos e
produzir sentidos que levem ao diálogo, à resolução de conflitos e à cooperação.

[...]

5. Desenvolver o senso estético para reconhecer, fruir e respeitar as diversas


manifestações artísticas e culturais, das locais às mundiais, inclusive aquelas
pertencentes ao patrimônio cultural da humanidade, bem como participar de
práticas diversificadas, individuais e coletivas, da produção artístico-cultural, com
respeito à diversidade de saberes, identidades e culturas.

6. Compreender e utilizar tecnologias digitais de informação e comunicação de


forma crítica, significativa, reflexiva e ética nas diversas práticas sociais (incluindo
as escolares), para se comunicar por meio das diferentes linguagens e mídias,
produzir conhecimentos, resolver problemas e desenvolver projetos autorais e
coletivos.
(Base Nacional Comum Curricular. Disponível em: http://basenacionalcomum.mec.gov.br/wp-
content/uploads/2018/06/BNCC_EI_EF_110518_versaofinal_site.pdf. Acesso em: 25/7/2018.)
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3º bimestre – Plano de desenvolvimento

Competências específicas de Língua Portuguesa para o Ensino Fundamental

1. Compreender a língua como fenômeno cultural, histórico, social, variável,


heterogêneo e sensível aos contextos de uso, reconhecendo-a como meio de
construção de identidades de seus usuários e da comunidade a que pertencem.

2. Apropriar-se da linguagem escrita, reconhecendo-a como forma de interação nos


diferentes campos de atuação da vida social e utilizando-a para ampliar suas
possibilidades de participar da cultura letrada, de construir conhecimentos
(inclusive escolares) e de se envolver com maior autonomia e protagonismo na
vida social.

3. Ler, escutar e produzir textos orais, escritos e multissemióticos que circulam em


diferentes campos de atuação e mídias, com compreensão, autonomia, fluência e
criticidade, de modo a se expressar e partilhar informações, experiências, ideias e
sentimentos, e continuar aprendendo.

4. Compreender o fenômeno da variação linguística, demonstrando atitude


respeitosa diante de variedades linguísticas e rejeitando preconceitos
linguísticos.

5. Empregar, nas interações sociais, a variedade e o estilo de linguagem adequados


à situação comunicativa, ao(s) interlocutor(es) e ao gênero do discurso/gênero
textual.

[...]

7. Reconhecer o texto como lugar de manifestação e negociação de sentidos,


valores e ideologias.

8. Selecionar textos e livros para leitura integral, de acordo com objetivos,


interesses e projetos pessoais (estudo, formação pessoal, entretenimento,
pesquisa, trabalho etc.).

9. Envolver-se em práticas de leitura literária que possibilitem o desenvolvimento


do senso estético para fruição, valorizando a literatura e outras manifestações
artístico-culturais como formas de acesso às dimensões lúdicas, de imaginário e
encantamento, reconhecendo o potencial transformador e humanizador da
experiência com a literatura.

[...]
(Base Nacional Comum Curricular. Disponível em: http://basenacionalcomum.mec.gov.br/wp-
content/uploads/2018/06/BNCC_EI_EF_110518_versaofinal_site.pdf. Acesso em: 25/7/2018.)
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3º bimestre – Plano de desenvolvimento

Práticas de Referência no Objetos de


Habilidades
linguagem material didático conhecimento
Abertura da
unidade 3 (EF89P33) Ler, de forma autônoma, e compreender –
(p. 164 e 165) selecionando procedimentos e estratégias de leitura
adequados a diferentes objetivos e levando em conta
características dos gêneros e suportes – romances,
contos contemporâneos, minicontos, fábulas
Estratégia de leitura contemporâneas, romances juvenis, biografias
Apreciação e réplica romanceadas, novelas, crônicas visuais, narrativas de
ficção científica, narrativas de suspense, poemas de
forma livre e fixa (como haicai), poema concreto,
ciberpoema, dentre outros, expressando avaliação
sobre o texto lido e estabelecendo preferências por
gêneros, temas, autores.

(EF69LP49) Mostrar-se interessado e envolvido pela


“Mistério na sala de leitura de livros de literatura e por outras produções
ensaio” culturais do campo e receptivo a textos que rompam
(p. 166 a 173) com seu universo de expectativas, que representem um
Adesão às práticas de desafio em relação às suas possibilidades atuais e suas
leitura experiências anteriores de leitura, apoiando-se nas
A linguagem do marcas linguísticas, em seu conhecimento sobre os
texto gêneros e a temática e nas orientações dadas pelo
(p. 172 e 173) professor.

LEITURA
Reconstrução da
textualidade e (EF89LP34) Analisar a organização de texto dramático
Leitura e compreensão dos efeitos apresentado em teatro, televisão, cinema, identificando
interpretação de de sentidos provocados e percebendo os sentidos decorrentes dos recursos
foto pelos usos de recursos linguísticos e semióticos que sustentam sua realização
(p. 184 e 185) linguísticos e como peça teatral, novela, filme etc.
multissemióticos

(EF69LP47) Analisar, em textos narrativos ficcionais, as


diferentes formas de composição próprias de cada
gênero, os recursos coesivos que constroem a passagem
do tempo e articulam suas partes, a escolha lexical
“As dores do típica de cada gênero para a caracterização dos cenários
crescimento” e dos personagens e os efeitos de sentido decorrentes
(p. 199 a 203) Reconstrução da dos tempos verbais, dos tipos de discurso, dos verbos
textualidade e de enunciação e das variedades linguísticas (no discurso
compreensão direto, se houver) empregados, identificando o enredo e
A linguagem do dos efeitos de sentidos o foco narrativo e percebendo como se estrutura a
texto provocados pelos usos narrativa nos diferentes gêneros e os efeitos de sentido
(p. 203) de recursos linguísticos e decorrentes do foco narrativo típico de cada gênero, da
multissemióticos caracterização dos espaços físico e psicológico e dos
tempos cronológico e psicológico, das diferentes vozes
no texto (do narrador, de personagens em discurso
direto e indireto), do uso de pontuação expressiva,
palavras e expressões conotativas e processos
figurativos e do uso de recursos linguístico-gramaticais
próprios a cada gênero narrativo.
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3º bimestre – Plano de desenvolvimento

(EF89LP07) Analisar, em notícias, reportagens e peças


publicitárias em várias mídias, os efeitos de sentido
devidos ao tratamento e à composição dos elementos
Efeitos de sentido nas imagens em movimento, à performance, à
Cruzando Exploração da montagem feita (ritmo, duração e sincronização entre
linguagens multissemiose as linguagens – complementaridades, interferências
(p. 204 a 206) etc.) e ao ritmo, melodia, instrumentos e
sampleamentos das músicas e efeitos sonoros.

(EF69LP03) Identificar, em notícias, o fato central, suas


principais circunstâncias e eventuais decorrências; em
reportagens e fotorreportagens o fato ou a temática
Estratégia de leitura: retratada e a perspectiva de abordagem, em entrevistas
De olho no gráfico apreender os sentidos os principais temas/subtemas abordados, explicações
(p. 207) globais do texto dadas ou teses defendidas em relação a esses
subtemas; em tirinhas, memes, charge, a crítica, ironia
ou humor presente.

(EF69LP33) Articular o verbal com os esquemas,


infográficos, imagens variadas etc. na (re)construção
Estratégias e dos sentidos dos textos de divulgação científica e
procedimentos de leitura retextualizar do discursivo para o esquemático –
Divirta-se Relação do verbal com infográfico, esquema, tabela, gráfico, ilustração etc. – e,
(p. 183, 198 e 223) outras semioses ao contrário, transformar o conteúdo das tabelas,
Procedimentos e gêneros esquemas, infográficos, ilustrações etc. em texto
de apoio à compreensão discursivo, como forma de ampliar as possibilidades de
Passando a limpo compreensão desses textos e analisar as características
(p. 224 e 225) das multissemioses e dos gêneros em questão.
Efeitos de sentido (EF69LP05) Inferir e justificar, em textos
multissemióticos – tirinhas, charges, memes, gifs etc. –,
o efeito de humor, ironia e/ou crítica pelo uso ambíguo
de palavras, expressões ou imagens ambíguas, de
clichês, de recursos iconográficos, de pontuação etc.

O texto teatral (I) Relação entre textos (EF69LP50) Elaborar texto teatral, a partir da adaptação
(p. 181 a 183) de romances, contos, mitos, narrativas de enigma e de
aventura, novelas, biografias romanceadas, crônicas,
dentre outros, indicando as rubricas para caracterização
do cenário, do espaço, do tempo; explicitando a
O texto teatral (II) caracterização física e psicológica dos personagens e
(p. 195 a 198) dos seus modos de ação; reconfigurando a inserção do
discurso direto e dos tipos de narrador; explicitando as
marcas de variação linguística (dialetos, registros e
PRODUÇÃO O texto teatral (III) jargões) e retextualizando o tratamento da temática.
DE TEXTOS (p. 219 a 223)
(EF69LP51) Engajar-se ativamente nos processos de
Consideração das planejamento, textualização, revisão/edição e reescrita,
condições de produção tendo em vista as restrições temáticas, composicionais e
Intervalo Estratégias de produção: estilísticas dos textos pretendidos e as configurações da
(p. 226 e 227) planejamento, situação de produção – o leitor pretendido, o suporte, o
textualização e contexto de circulação do texto, as finalidades etc. – e
revisão/edição considerando a imaginação, a estesia e a
verossimilhança próprias ao texto literário.
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O aposto e o (EF08LP08) Identificar, em textos lidos ou de produção


vocativo própria, verbos na voz ativa e na voz passiva,
(p. 174 a 181) Morfossintaxe interpretando os efeitos de sentido de sujeito ativo e
passivo (agente da passiva).

(EF69LP43) Identificar e utilizar os modos de introdução


de outras vozes no texto – citação literal e sua
formatação e paráfrase –, as pistas linguísticas
responsáveis por introduzir no texto a posição do autor
e dos outros autores citados (“Segundo X; De acordo
com Y; De minha/nossa parte, penso/amos que”...) e os
Marcas linguísticas
elementos de normatização (tais como as regras de
Intertextualidade
inclusão e formatação de citações e paráfrases, de
organização de referências bibliográficas) em textos
científicos, desenvolvendo reflexão sobre o modo como
a intertextualidade e a retextualização ocorrem nesses
textos.

(EF08LP15) Estabelecer relações entre partes do texto,


identificando o antecedente de um pronome relativo ou
Coesão o referente comum de uma cadeia de substituições
lexicais.

ANÁLISE (EF69LP17) Perceber e analisar os recursos estilísticos e


LINGUÍSTICA / O modo imperativo semióticos dos gêneros jornalísticos e publicitários, os
SEMIÓTICA (p. 186 a 195) aspectos relativos ao tratamento da informação em
notícias, como a ordenação dos eventos, as escolhas
lexicais, o efeito de imparcialidade do relato, a
morfologia do verbo, em textos noticiosos e
argumentativos, reconhecendo marcas de pessoa,
número, tempo, modo, a distribuição dos verbos nos
gêneros textuais (por exemplo, as formas de pretérito
Estilo em relatos; as formas de presente e futuro em gêneros
argumentativos; as formas de imperativo em gêneros
publicitários), o uso de recursos persuasivos em textos
argumentativos diversos (como a elaboração do título,
escolhas lexicais, construções metafóricas, a
explicitação ou a ocultação de fontes de informação) e
as estratégias de persuasão e apelo ao consumo com os
recursos linguístico-discursivos utilizados (tempo verbal,
jogos de palavras, metáforas, imagens).

(EF69LP16) Analisar e utilizar as formas de composição


dos gêneros jornalísticos da ordem do relatar, tais como
notícias (pirâmide invertida no impresso X blocos
noticiosos hipertextuais e hipermidiáticos no digital, que
também pode contar com imagens de vários tipos,
Construção
vídeos, gravações de áudio etc.), da ordem do
composicional
argumentar, tais como artigos de opinião e editorial
(contextualização, defesa de tese/opinião e uso de
argumentos) e das entrevistas: apresentação e
contextualização do entrevistado e do tema, estrutura
pergunta e resposta etc.
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(EF69LP54) Analisar os efeitos de sentido decorrentes


da interação entre os elementos linguísticos e os
recursos paralinguísticos e cinésicos, como as variações
no ritmo, as modulações no tom de voz, as pausas, as
manipulações do estrato sonoro da linguagem, obtidos
A pontuação por meio da estrofação, das rimas e de figuras de
(p. 208 a 216) linguagem como as aliterações, as assonâncias, as
onomatopeias, dentre outras, a postura corporal e a
Recursos linguísticos e gestualidade, na declamação de poemas, apresentações
semióticos que operam musicais e teatrais, tanto em gêneros em prosa quanto
nos textos pertencentes nos gêneros poéticos, os efeitos de sentido decorrentes
aos gêneros literários do emprego de figuras de linguagem, tais como
comparação, metáfora, personificação, metonímia,
hipérbole, eufemismo, ironia, paradoxo e antítese e os
efeitos de sentido decorrentes do emprego de palavras
e expressões denotativas e conotativas (adjetivos,
locuções adjetivas, orações subordinadas adjetivas etc.),
que funcionam como modificadores, percebendo sua
função na caracterização dos espaços, tempos,
personagens e ações próprios de cada gênero narrativo.
ANÁLISE
LINGUÍSTICA /
SEMIÓTICA (EF69LP55) Reconhecer as variedades da língua falada, o
conceito de norma-padrão e o de preconceito
X ou CH? linguístico.
(p. 216 a 219)
Variação linguística

(EF69LP56) Fazer uso consciente e reflexivo de regras e


normas da norma-padrão em situações de fala e escrita
nas quais ela deve ser usada.

(EF08LP04) Utilizar, ao produzir texto, conhecimentos


linguísticos e gramaticais: ortografia, regências e
Fono-ortografia concordâncias nominal e verbal, modos e tempos
verbais, pontuação etc.

(EF08LP10) Interpretar, em textos lidos ou de produção


própria, efeitos de sentido de modificadores do verbo
(adjuntos adverbiais – advérbios e expressões
adverbiais), usando-os para enriquecer seus próprios
textos.
Morfossintaxe

(EF08LP06) Identificar, em textos lidos ou de produção


própria, os termos constitutivos da oração (sujeito e
seus modificadores, verbo e seus complementos e
modificadores).

(EF08LP16) Explicar os efeitos de sentido do uso, em


textos, de estratégias de modalização e
argumentatividade (sinais de pontuação, adjetivos,
Modalização
substantivos, expressões de grau, verbos e perífrases
verbais, advérbios etc.).
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Participação em
(EF69LP15) Apresentar argumentos e contra-
De olho na discussões orais de
argumentos coerentes, respeitando os turnos de fala,
oralidade: leitura temas controversos de
na participação em discussões sobre temas
expressiva do texto interesse da turma e/ou
controversos e/ou polêmicos.
(p. 173) de relevância social
(EF69LP52) Representar cenas ou textos dramáticos,
considerando, na caracterização dos personagens, os
aspectos linguísticos e paralinguísticos das falas (timbre
e tom de voz, pausas e hesitações, entonação e
Trocando ideias Produção de textos orais expressividade, variedades e registros linguísticos), os
(p. 173) gestos e os deslocamentos no espaço cênico, o figurino
e a maquiagem e elaborando as rubricas indicadas pelo
autor por meio do cenário, da trilha sonora e da
exploração dos modos de interpretação.
Leitura dramática (EF69LP53) Ler em voz alta textos literários diversos –
(p. 197 e 198) como contos de amor, de humor, de suspense, de
terror; crônicas líricas, humorísticas, críticas; bem como
leituras orais capituladas (compartilhadas ou não com o
professor) de livros de maior extensão, como romances,
De olho na narrativas de enigma, narrativas de aventura, literatura
oralidade: roda de infanto-juvenil, – contar/recontar histórias tanto da
discussão tradição oral (causos, contos de esperteza, contos de
(p. 206) animais, contos de amor, contos de encantamento,
piadas, dentre outros) quanto da tradição literária
ORALIDADE escrita, expressando a compreensão e interpretação do
texto por meio de uma leitura ou fala expressiva e
fluente, que respeite o ritmo, as pausas, as hesitações, a
entonação indicados tanto pela pontuação quanto por
Produção de textos orais
outros recursos gráfico-editoriais, como negritos,
Oralização
itálicos, caixa-alta, ilustrações etc., gravando essa leitura
ou esse conto/reconto, seja para análise posterior, seja
para produção de audiobooks de textos literários
diversos ou de podcasts de leituras dramáticas com ou
sem efeitos especiais e ler e/ou declamar poemas
diversos, tanto de forma livre quanto de forma fixa
(como quadras, sonetos, liras, haicais etc.), empregando
os recursos linguísticos, paralinguísticos e cinésicos
necessários aos efeitos de sentido pretendidos, como o
ritmo e a entonação, o emprego de pausas e
prolongamentos, o tom e o timbre vocais, bem como
eventuais recursos de gestualidade e pantomima que
convenham ao gênero poético e à situação de
compartilhamento em questão.
(EF69LP25) Posicionar-se de forma consistente e
sustentada em uma discussão, assembleia,
reuniões de colegiados da escola, de agremiações e
outras situações de apresentação de propostas e
Discussão oral
defesas de opiniões, respeitando as opiniões contrárias
e propostas alternativas e fundamentando seus
posicionamentos, no tempo de fala previsto, valendo-se
de sínteses e propostas claras e justificadas.
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2. Atividades recorrentes na sala de aula


Estratégias de leitura

• Leitura de alguns textos dramáticos para verificar o conhecimento prévio dos alunos
sobre o gênero.
• Leitura de um texto dramático e suas releituras, em formato de história em quadrinhos e
mangá, por exemplo, chamando a atenção dos alunos para as particularidades da
linguagem de cada gênero. Sugestão: Romeu e Julieta, de Shakespeare (coleção
Shakespeare em Quadrinhos, Editora Nemo; Mangá Shakespeare, Editora Galera
Record).
• Leitura de um texto dramático que tenha sido adaptado para o cinema. Após a leitura,
assistir ao filme baseado no texto e debater com os alunos para que se façam
comparações, apresentando semelhanças e diferenças. Sugestão: Auto da compadecida,
de Ariano Suassuna (o professor deve selecionar algumas passagens do texto e do filme
para serem comparadas).
• Reflexão sobre as questões propostas no estudo do texto, para levantamento do
conhecimento prévio dos alunos.
• Leitura dramatizada de partes do texto, seguindo orientações.
Perguntas orais sobre o texto ouvido, para desenvolver habilidades de escuta de textos
orais.
• O professor determina um dia da semana para o compartilhamento de leituras feitas
pelos alunos. Poderá solicitar que cada um escolha um livro que tenha lido (de
preferência do gênero dramático) e de que tenha gostado e exponha, oralmente, uma
pequena crítica sobre ele, apresentando pontos positivos ou negativos.

Análise linguística/semiótica

• Resolução dos exercícios em duplas ou pequenos grupos para ampliação do número de


interlocutores e troca de vivências sobre a língua.
• Proposição de gincanas e brincadeiras que abordem a ortografia (uso do x e do ch).
• Para trabalhar os conceitos de aposto e vocativo, pode-se solicitar aos alunos que
selecionem exemplos para discussão em aula durante a leitura dos textos indicados pelo
professor.
• Pesquisa em jornais e revistas de exemplos dos usos da pontuação estudados e do modo
imperativo para observação do uso cotidiano desses conhecimentos.
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Produção de textos

• Apresentação de leitura oral, observando pontualidade e entonação, para a classe.


• Leitura dramatizada dos textos.
• Exploração do conhecimento prévio do aluno sobre o gênero produzido, com perguntas,
trocas de conhecimento ou leitura de outros textos do mesmo gênero, para que
construam noções a respeito dos gêneros em estudo.
• Montagem coletiva na lousa das principais características do gênero em estudo e
discussão sobre as possibilidades de variação dos textos desse mesmo gênero,
dependendo dos interlocutores envolvidos e da situação de comunicação na qual ele
circula.
• Leitura das orientações dadas na subseção Planejamento do texto.
• Após a produção, estimular os alunos a reler o texto, revisá-lo e reescrevê-lo, fazendo as
alterações necessárias, seguindo as orientações dadas.

3. Relação entre a prática didático-pedagógica e o


desenvolvimento de habilidades
Considerando a nova ordem social centrada no conhecimento, com grande disponibilidade
de acesso a todo tipo de informação, o papel do professor passa a ser o de mobilizar conteúdos,
metodologias, saberes próprios de sua disciplina ou área para desenvolver as competências nos
discentes e instigar desdobramentos para a vida adulta, sendo a competência de continuar a
aprender a mais vital entre elas. O domínio da leitura e da escrita é determinante no
desenvolvimento dessa competência e é também fator de inclusão social e de sucesso nas relações
cotidianas e do mundo do trabalho.

Além disso, a linguagem tem papel central no desenvolvimento da criança e do adolescente, pois
é mais do que uma representação do mundo. Por meio da linguagem, é possível compreender e agir
sobre o mundo. É possível, por exemplo, raciocinar em um contexto de proposições ou possibilidades e
aprender as disciplinas escolares em sua versão mais exigente. Em virtude dessa importância da
competência de leitura e escritura para a aprendizagem dos conteúdos curriculares de todas as áreas,
todos os professores, em todas as disciplinas, devem criar oportunidades para que os alunos possam
consolidar o uso da língua portuguesa e das outras linguagens e códigos que fazem parte da cultura.

No entanto, é nas aulas de Língua Portuguesa que se desenvolvem atividades voltadas


essencialmente para o texto nas diversas situações de interação social. É essa habilidade de interagir
linguisticamente por meio de textos, nas diversas situações de produção e recepção em que circulam
socialmente, que permite a construção de sentidos e desenvolve a competência discursiva,
promovendo o letramento. Considerando-se que a variedade de gêneros dominados pelo aluno é
essencial para que circule de forma autônoma por práticas de letramento variadas, o texto torna-se o
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centro das aulas de Língua Portuguesa, que devem abordar a leitura, a produção de textos, orais e
escritos, e os estudos linguísticos sob a perspectiva da análise linguística.

Para desenvolver a competência leitora, é importante a promover a prática constante de


leitura, com diversidade de gêneros e textos. Além disso, é fundamental que o professor se
apresente como modelo de leitor e esteja sempre atualizado sobre novas publicações. Assim, cabe a
ele proporcionar aos estudantes estímulos constantes para a apreciação de diferentes gêneros,
ampliando-a para a leitura do mundo. Para desenvolver o hábito da leitura, o professor pode
promover visitas à biblioteca da escola, a fim de que os alunos conheçam o acervo e busquem ali as
obras que mais lhes interessem. É necessário também planejar momentos de leitura livre, em que a
leitura seja realizada simplesmente pelo prazer da fruição estética, e momentos de leitura dirigida,
nos quais os textos selecionados contribuam diretamente com o plano de ensino.

No trabalho com produção de texto, é preciso mostrar aos alunos que todo gênero está
inserido em situações de comunicação únicas e, portanto, em sua elaboração é essencial levar em
conta elementos como: para quem escrevemos, o que pretendemos dizer, com que finalidade, qual
o gênero mais adequado para a finalidade em vista, e qual a linguagem e a estrutura características
do gênero. Com a prática constante e significativa de produção de textos de diferentes gêneros,
inseridos em situações práticas nas quais esses gêneros são demandados, desenvolvem-se condições
prazerosas de produção, que podem formar o aluno-escritor, capaz de analisar a situação de
produção e suas demandas. É fundamental também estimular o aluno a revisar e reescrever seu
texto sempre que necessário.

No trabalho com análise linguística, o objetivo do estudo da gramática é ampliar a compreensão


dos conteúdos estudados, mostrando aos alunos o uso da língua em textos que circulam socialmente fora
da escola. É preciso considerar a leitura e a interpretação efetiva, já que as estratégias linguísticas se
articulam aos demais eixos na construção de sentidos de um texto. Para tanto, as terminologias e os
conteúdos gramaticais são tratados como meio e não como fim para que os estudantes possam observar
e analisar os recursos disponíveis a eles como usuários da língua e, posteriormente, possam então utilizá-
los com segurança e autonomia ao produzirem seus próprios textos.

4. Gestão da sala de aula


O ponto de partida de todas as aulas deve ser o conhecimento prévio dos alunos. Por isso, é
fundamental que o professor faça sondagens e avaliações diagnósticas constantemente para saber
se os alunos realmente desenvolveram as habilidades de que necessitam e, caso não as tenham
desenvolvido, planeje atividades de retomada.

No trabalho com a língua em sentido prático, e não apenas teórico, é importante que o
professor atente para o seu uso diário. É preciso motivar o aluno para o conteúdo a ser trabalhado,
sempre buscando conhecer os alunos e seus saberes, a fim de determinar o melhor ponto de partida
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para iniciar a aula. Muitas vezes, o professor acha que os alunos já têm os pré-requisitos necessários
ao conteúdo a ser trabalhado, porém há casos em que isso não acontece. Assim, é necessário
trabalhar a leitura e a escrita de textos, adequando-os às variadas situações comunicativas, levando
os alunos a utilizá-las em relação às demandas do contexto social em que vivem e capacitando-os a
continuar a aprendizagem ao longo da vida.

As práticas de leitura, produção de texto e análise linguística devem ser diversificadas para
que os alunos se tornem leitores e produtores de textos aptos a exercer o papel de cidadãos críticos
e conscientes. Deve-se trabalhar sempre com o objetivo de aumentar a segurança e a autonomia dos
alunos em relação às práticas sociais de leitura e de escrita, apresentando a eles os recursos de que
dispõem para produzir os textos de acordo com diferentes objetivos comunicativos. Ao professor
cabe ter sempre atitudes de intermediação, favorecendo a compreensão da tarefa, criando situações
desafiadoras para cada aluno, incentivando-os a realizar as atividades propostas e a pesquisar em
outras fontes.

Vale lembrar também que é papel do professor a formação de leitores. Assim, o professor
deve planejar momentos diversificados de leitura em sala de aula, como rodas de leitura, leituras
dramáticas, leituras jogralizadas, leituras compartilhadas, entre outras.

As atividades de reescrita também devem ser privilegiadas pelo professor, que deve explorá-
las a fim de desenvolver as habilidades de análise linguística. As questões ortográficas podem ser
uma grande oportunidade para propor outras atividades, inclusive lúdicas, como gincanas e bingos
ortográficos.

5. Acompanhamento do aprendizado dos estudantes


Acompanhar a aprendizagem dos alunos é essencial para o professor verificar se os objetivos
de aprendizagem foram atingidos. A avaliação deve focar não só os resultados, mas os progressos do
aluno no dia a dia, para saber que aspectos devem ser trabalhados mais, com retomadas. Devem ser
avaliadas habilidades e atitudes, como o registro da aula e a organização do material; a participação
proativa; a autonomia na realização das tarefas.

Essa avaliação deve ocorrer por meio de instrumentos diversificados, selecionados de acordo
com o objetivo do professor em cada situação. Dessa forma, podem ser utilizados tanto simulados e
provas com questões objetivas e dissertativas, quanto seminários, apresentações orais, trabalhos em
grupos e até mesmo a observação de outras habilidades e atitudes, como o registro da aula e a
organização do material, a participação proativa e a autonomia na realização das tarefas.

Na prática de leitura, devem ser avaliadas constantemente pelo professor habilidades como
elaboração de inferências, levantamento de hipóteses, percepção das implicações da escolha do
gênero e do suporte, estabelecimento de relação entre informações para levantar conclusões,
localização de informações implícitas ou explícitas e apreensão da ideia central do texto. É
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fundamental checar também se os alunos desenvolveram habilidades que identificam um leitor


competente, como a de selecionar o que ler, de acordo com suas necessidades e interesses, entre os
vários textos que circulam socialmente, identificar a finalidade da leitura, antecipar informações que
podem estar no texto a partir do título, do tema focado, do autor, do gênero e das imagens.

Na prática de produção de textos, para avaliar o desenvolvimento da competência escritora,


o foco deve estar no processo, e não apenas no resultado. Não é conveniente que a avaliação se
atenha simplesmente a aspectos linguísticos, mas é importante que analise a adequação do
conteúdo, da estrutura e da linguagem ao gênero, ao interlocutor e à situação como um todo, a fim
de atingir o objetivo da produção. Para isso, o aluno deve ser orientado sobre os critérios a serem
observados ao produzir seu texto e também deve ser incentivado a sempre autoavaliar sua produção
para, se necessário, reescrever o texto até que esteja de acordo com o gênero trabalhado e com a
situação de comunicação na qual ele está inserido.

Na prática de análise linguística, é importante avaliar o domínio tanto da língua escrita


quanto da língua oral nas diferentes situações sociais. Para tanto, não é aconselhável propor essa
avaliação apenas em situações de aferição de apreensão do conteúdo como fim em si mesmo, mas
sim procurar avaliar em situações efetivas de leitura e produção de textos, nas quais o conteúdo
linguístico é necessário para fazer uma leitura crítica e autônoma, ou para a produção de um texto
eficiente, que de fato cumpra seus objetivos. Nesses contextos, podem ser avaliados os
conhecimentos básicos de linguagem para observar se o aluno compreende as regras prescritas pela
norma-padrão e também os diferentes usos e estratégias de emprego da língua nas leituras em que
se engaja, nos textos que produz e no aprimoramento ou ajuste da linguagem às diferentes situações
sociais de que participa.

6. Fontes de pesquisa para uso em sala de aula ou para


apresentar aos estudantes
Para os professores

ANTUNES, Irandé. Textualidade: noções básicas e implicações pedagógicas. São Paulo: Parábola, 2017.

AZEREDO, José Carlos de. Dicionário Houaiss de conjugação de verbos. São Paulo: Publifolha, 2012.

BAMBERGER, Richard. Como incentivar o hábito de leitura. São Paulo: Ática, 2006.

COSTA, Marta Morais da. Metodologia do ensino da literatura infantil. Curitiba: Ibpex, 2007.

KLEIMAN, Ângela. Letramento e formação do professor: quais as práticas e exigências no local de


trabalho? In: ___________. A formação do professor: perspectivas da Linguística Aplicada. Campinas:
Mercado de Letras, 2001.
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Língua Portuguesa – 8º ano
3º bimestre – Plano de desenvolvimento

____________. Os estudos do letramento e a formação do professor de língua materna. In:


Linguagem em (dis)curso, v. 8, n. 3, set./dez. 2008.

KOCH, Ingedore Villaça; ELIAS, Vanda Maria. Ler e compreender: os sentidos do texto. São Paulo:
Contexto, 2006.

____________. Ler e escrever: estratégias de produção textual. São Paulo: Contexto, 2009.

LERNER, Delia. Ler e escrever na escola: o real, o possível e o necessário. Porto Alegre: Artmed, 2002.

MAREGA, Larissa Minuesa Pontes. A palavra em cena: o texto dramático no ensino de língua
portuguesa. Disponível em:
www.teses.usp.br/teses/disponiveis/8/.../2015_LarissaMinuesaPontesMarega_VOrig.pdf. Acesso
em: 4/9/2018.

PAULINO, Graça; WALTY, Ivete; CURY, Maria Zilda. Intertextualidades: teoria e prática. São Paulo:
Formato, 2005.

SILVA, Marcel Vieira Barreto. Cinema e literatura dramática: alguns pontos de vista sobre as
linguagens teatral e cinematográfica. Graphos. João Pessoa, v. 9, n. 1, jan./jul./2007. Disponível em:
www.periodicos.ufpb.br/index.php/graphos/article/.../4710/3574. Acesso em: 3/9/2018.

TRAVAGLIA, Luiz Carlos. Gramática e Interação: uma proposta para o ensino de gramática no 1º e 2º
graus. São Paulo: Cortez, 1997.

Para os estudantes

Sites

https://portugues.uol.com.br/literatura/generodramatico.html

https://brasilescola.uol.com.br/literatura/genero-dramatico.htm

https://mundoeducacao.bol.uol.com.br/redacao/o-texto-encenado-suas-caracteristicas-
linguisticas.htm

(Acessos em: 3/11/2018.)


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7. Projeto integrador
Do texto dramático ao cordel
Tema Do auto à literatura de cordel

Problema central Necessidade de dar a conhecer aos alunos, de forma mais aprofundada, o texto dramático e a
enfrentado literatura de cordel.

Produto final Exposição dos cordéis produzidos.

Justificativa

Com este projeto, é possível proporcionar aos alunos um contato inicial com dois gêneros
literários, os autos e a literatura de cordel, que serão estudados com maior ênfase no ensino médio.

A palavra auto, na era medieval em Portugal, referia-se às peças teatrais, caracterizando-se


como uma das formas mais populares do antigo teatro português. Inicialmente encenados em
templos religiosos, os autos passaram a acontecer posteriormente em feiras, mercados e praças
públicas, adquirindo um caráter popular e passando a tratar também de assuntos profanos. Dessa
forma, ao longo do tempo, passaram a ser definidos como peças de curta duração, de conteúdo
religioso ou profano, escritas geralmente em verso. Sua característica principal é o conteúdo
simbólico, cujas personagens são entidades abstratas, geralmente de caráter religioso ou moral (o
pecado, a luxúria, a bondade, a virtude, entre outros). É uma das formas mais populares do antigo
teatro português. A linguagem é coloquial, e o cenário, simples. O maior representante luso dessa
modalidade dramática é Gil Vicente, com autos que romperam os tempos e são dramatizados até
hoje, como é o caso do Auto da barca do inferno. No Brasil, Ariano Suassuna é um dos grandes
exemplos de escritores de autos, com peças importantíssimas e muito conhecidas, como Auto da
compadecida.

A literatura de cordel é outra produção literária de caráter popular. É impressa e divulgada


em folhetos ilustrados com o processo de xilogravura, em que o desenho é feito sobre a madeira
com algum objeto cortante, pintado com um rolo com tinta e utilizado como um carimbo em papel
ou pano. Ganhou esse nome porque as obras eram expostas, em Portugal, estendidas em cordões
em pequenas lojas e mercados populares. Chegou ao Brasil no século XVIII e aos poucos foi se
tornando cada vez mais popular. Ainda hoje é muito comum encontrarmos esse tipo de literatura
principalmente no Nordeste.

Com este projeto, os alunos serão estimulados a valorizar essas produções literárias que
mantêm estreita relação com a cultura popular do contexto social em que são produzidas. Além
disso, terão oportunidade de relacionar a expressão literária à artística e discutir, com base nas obras
estudadas, questões que envolvem a sociedade e interferem em sua realidade.
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3º bimestre – Plano de desenvolvimento

Competências gerais desenvolvidas


1. Valorizar e utilizar os conhecimentos historicamente construídos sobre o mundo
físico, social, cultural e digital para entender e explicar a realidade, continuar
aprendendo e colaborar para a construção de uma sociedade justa, democrática
e inclusiva.
[...]
3. Valorizar e fruir as diversas manifestações artísticas e culturais, das locais às
mundiais, e também participar de práticas diversificadas da produção artístico-
cultural.
4. Utilizar diferentes linguagens — verbal (oral ou visual-motora, como Libras, e
escrita), corporal, visual, sonora e digital —, bem como conhecimentos das
linguagens artística, matemática e científica, para se expressar e partilhar
informações, experiências, ideias e sentimentos em diferentes contextos e
produzir sentidos que levem ao entendimento mútuo.
5. Compreender, utilizar e criar tecnologias digitais de informação e comunicação
de forma crítica, significativa, reflexiva e ética nas diversas práticas sociais
(incluindo as escolares) para se comunicar, acessar e disseminar informações,
produzir conhecimentos, resolver problemas e exercer protagonismo e autoria
na vida pessoal e coletiva.
[...]
9. Exercitar a empatia, o diálogo, a resolução de conflitos e a cooperação, fazendo-
se respeitar e promovendo o respeito ao outro e aos direitos humanos, com
acolhimento e valorização da diversidade de indivíduos e de grupos sociais, seus
saberes, identidades, culturas e potencialidades, sem preconceitos de qualquer
natureza
[...]
(Base Nacional Comum Curricular. Disponível em: http://basenacionalcomum.mec.gov.br/wp-
content/uploads/2018/06/BNCC_EI_EF_110518_versaofinal_site.pdf. Acesso em: 25/7/2018.)

Objetivos
• Identificar os elementos organizacionais e estruturais do cordel.
• Identificar a finalidade do cordel e conhecer as práticas sociais de produção e circulação
desse gênero textual.
• Refletir sobre variação e preconceito linguísticos.
• Abordar questões sociais retratadas nas obras literárias estudadas.
• Estabelecer uma relação entre a expressão literária e a artística.
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3º bimestre – Plano de desenvolvimento

Habilidades em foco

Disciplinas Objetos de conhecimento Habilidades


(EF69LP07) Produzir textos em diferentes gêneros, considerando sua
adequação ao contexto produção e circulação – os enunciadores
envolvidos, os objetivos, o gênero, o suporte, a circulação –, ao modo
(escrito ou oral; imagem estática ou em movimento etc.), à variedade
linguística e/ou semiótica apropriada a esse contexto, à construção
da textualidade relacionada às propriedades textuais e do gênero),
Textualização utilizando estratégias de planejamento, elaboração, revisão, edição,
reescrita/redesign e avaliação de textos, para, com a ajuda do
professor e a colaboração dos colegas, corrigir e aprimorar as
produções realizadas, fazendo cortes, acréscimos, reformulações,
correções de concordância, ortografia, pontuação em textos e
editando imagens, arquivos sonoros, fazendo cortes, acréscimos,
ajustes, acrescentando/ alterando efeitos, ordenamentos etc.
(EF69LP08) Revisar/editar o texto produzido – notícia, reportagem,
resenha, artigo de opinião, dentre outros –, tendo em vista sua
adequação ao contexto de produção, a mídia em questão,
Revisão/edição de texto
características do gênero, aspectos relativos à textualidade, a relação
informativo e opinativo
entre as diferentes semioses, a formatação e uso adequado das
ferramentas de edição (de texto, foto, áudio e vídeo, dependendo do
caso) e adequação à norma culta.
(EF69LP14) Formular perguntas e decompor, com a ajuda dos colegas
Participação em discussões
e dos professores, tema/questão polêmica, explicações e ou
orais de temas controversos de
argumentos relativos ao objeto de discussão para análise mais
interesse da turma e/ou de
minuciosa e buscar em fontes diversas informações ou dados que
relevância social
permitam analisar partes da questão e compartilhá-los com a turma.
Participação em discussões
(EF69LP15) Apresentar argumentos e contra-argumentos coerentes,
orais de temas controversos de
respeitando os turnos de fala, na participação em discussões sobre
interesse da turma e/ou de
temas controversos e/ou polêmicos.
relevância social
(EF69LP44) Inferir a presença de valores sociais, culturais e humanos
Língua Reconstrução das condições de e de diferentes visões de mundo, em textos literários, reconhecendo
Portuguesa produção, circulação e recepção nesses textos formas de estabelecer múltiplos olhares sobre as
Apreciação e réplica identidades, sociedades e culturas e considerando a autoria e o
contexto social e histórico de sua produção.
(EF69LP47) Analisar, em textos narrativos ficcionais, as diferentes
formas de composição próprias de cada gênero, os recursos coesivos
que constroem a passagem do tempo e articulam suas partes, a
escolha lexical típica de cada gênero para a caracterização dos
cenários e dos personagens e os efeitos de sentido decorrentes dos
tempos verbais, dos tipos de discurso, dos verbos de enunciação e
Reconstrução da textualidade e
das variedades linguísticas (no discurso direto, se houver)
compreensão dos efeitos de
empregados, identificando o enredo e o foco narrativo e percebendo
sentidos provocados pelos usos
como se estrutura a narrativa nos diferentes gêneros e os efeitos de
de recursos linguísticos e
sentido decorrentes do foco narrativo típico de cada gênero, da
multissemióticos
caracterização dos espaços físico e psicológico e dos tempos
cronológico e psicológico, das diferentes vozes no texto (do narrador,
de personagens em discurso direto e indireto), do uso de pontuação
expressiva, palavras e expressões conotativas e processos figurativos
e do uso de recursos linguístico-gramaticais próprios a cada gênero
narrativo.
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Língua Portuguesa – 8º ano
3º bimestre – Plano de desenvolvimento

Reconstrução da textualidade e (EF69LP48) Interpretar, em poemas, efeitos produzidos pelo uso de


compreensão dos efeitos de recursos expressivos sonoros (estrofação, rimas, aliterações etc),
sentidos provocados pelos usos semânticos (figuras de linguagem, por exemplo), gráfico- espacial
de recursos linguísticos e (distribuição da mancha gráfica no papel), imagens e sua relação com
multissemióticos o texto verbal.
(EF69LP55) Reconhecer as variedades da língua falada, o conceito de
Variação linguística
norma-padrão e o de preconceito linguístico.
(EF69LP56) Fazer uso consciente e reflexivo de regras e normas da
Variação linguística norma-padrão em situações de fala e escrita nas quais ela deve ser
usada.
(EF89LP24) Realizar pesquisa, estabelecendo o recorte das questões,
Curadoria de informação
usando fontes abertas e confiáveis.
(EF89LP32) Analisar os efeitos de sentido decorrentes do uso de
mecanismos de intertextualidade (referências, alusões, retomadas)
entre os textos literários, entre esses textos literários e outras
Relação entre textos manifestações artísticas (cinema, teatro, artes visuais e midiáticas,
música), quanto aos temas, personagens, estilos, autores etc., e
entre o texto original e paródias, paráfrases, pastiches, trailer
honesto, vídeos-minuto, vidding, dentre outros.
(EF89LP33) Ler, de forma autônoma, e compreender – selecionando
procedimentos e estratégias de leitura adequados a diferentes
objetivos e levando em conta características dos gêneros e suportes
– romances, contos contemporâneos, minicontos, fábulas
Estratégias de leitura
contemporâneas, romances juvenis, biografias romanceadas,
Apreciação e réplica
novelas, crônicas visuais, narrativas de ficção científica, narrativas de
suspense, poemas de forma livre e fixa (como haicai), poema
Língua concreto, ciberpoema, dentre outros, expressando avaliação sobre o
Portuguesa texto lido e estabelecendo preferências por gêneros, temas, autores.
(EF89LP36) Parodiar poemas conhecidos da literatura e criar textos
em versos (como poemas concretos, ciberpoemas, haicais, liras,
microrroteiros, lambe-lambes e outros tipos de poemas), explorando
Relação entre textos o uso de recursos sonoros e semânticos (como figuras de linguagem
e jogos de palavras) e visuais (como relações entre imagem e texto
verbal e distribuição da mancha gráfica), de forma a propiciar
diferentes efeitos de sentido.
Biodiversidade e ciclo (EF06GE10) Explicar as diferentes formas de uso do solo (rotação de
hidrológico terras, terraceamento, aterros etc.) e de apropriação dos recursos
hídricos (sistema de irrigação, tratamento e redes de distribuição),
bem como suas vantagens e desvantagens em diferentes épocas e
lugares.
Geografia (EF06GE11) Analisar distintas interações das sociedades com a
natureza, com base na distribuição dos componentes físico-naturais,
incluindo as transformações da biodiversidade local e do mundo.
(EF06GE12) Identificar o consumo dos recursos hídricos e o uso das
principais bacias hidrográficas no Brasil e no mundo, enfatizando as
transformações nos ambientes urbanos.
(EF69AR34) Analisar e valorizar o patrimônio cultural, material e
imaterial, de culturas diversas, em especial a brasileira, incluindo
Arte Patrimônio cultural suas matrizes indígenas, africanas e europeias, de diferentes épocas,
e favorecendo a construção de vocabulário e repertório relativos às
diferentes linguagens artísticas.
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(EF69AR06) Desenvolver processos de criação em artes visuais, com


base em temas ou interesses artísticos, de modo individual, coletivo
e colaborativo, fazendo uso de materiais, instrumentos e recursos
Arte Processos de criação convencionais, alternativos e digitais.
(EF69AR07) Dialogar com princípios conceituais, proposições
temáticas, repertórios imagéticos e processos de criação nas suas
produções visuais.

Duração

• 14 a 15 aulas

Material necessário

• Bandeja de isopor (aquela que vem com alimentos no supermercado).


• Folhas de papel colorido.
• Rolo de pintura pequeno.
• Lápis preto.
• Tesoura sem ponta.
• Tinta guache de diversas cores.
• Filme O auto da compadecida.
• Livro Auto da compadecida, de Ariano Suassuna.
• Vários exemplares de livros de literatura em cordel.

Perfil do professor coordenador do projeto

É importante que o professor responsável pelo projeto esteja familiarizado com os gêneros
em questão. Os professores de Língua Portuguesa, Arte e Geografia podem trabalhar conjuntamente,
sendo que o primeiro fica responsável por articular as habilidades a serem desenvolvidas em cada
uma das disciplinas e em cada etapa do projeto.
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Língua Portuguesa – 8º ano
3º bimestre – Plano de desenvolvimento

Desenvolvimento

Etapa 1 – Introdução do tema e exibição do filme O auto da compadecida

Faça uma breve introdução sobre os autos, sua classificação como texto dramático e seus
representantes no Brasil.

Promova uma sessão de cinema para exibir o filme O auto da compadecida.

Etapa 2 – Discussão sobre o filme

Discussão sobre o contexto e as críticas sociais presentes na obra, de preferência com a


orientação do professor de Geografia. Oriente os alunos a anotar no caderno as informações que
julgarem mais relevantes. Aproveite a oportunidade para orientar como se faz a tomada de notas e
discutir questões relativas à variação e ao preconceito linguístico.

Etapa 3 – Leitura de obras em cordel

Se possível, distribua exemplares (ou faça a impressão apenas das capas dessas obras) de
obras em cordel pela sala pendurados em cordões (varais).

Introduza a literatura de cordel, destacando suas principais características.

Faça a leitura compartilhada de algumas obras em cordel (ou trechos delas), comentando os
aspectos formais, relativos à linguagem e ao conteúdo das obras.

Etapa 4 – Seleção dos trechos da obra a ser adaptada

Selecione o trecho da obra Auto da compadecida a ser adaptada por cada grupo. Lembre-se
de ressaltar que o filme a que assistiram já é uma adaptação e discuta as semelhanças e diferenças
entre o livro e o filme.

Etapa 5 – Adaptação do texto dramático para o cordel

Oriente os alunos a fazer a adaptação do texto dramático para o cordel.

Nesta etapa, é preciso que os alunos tenham alguma noção de poesia, rima e elementos da
narrativa. Caso julgue necessário, retome essas questões.

Retome também as discussões sobre variedades linguísticas para instigar os alunos a utilizar
a variedade adequada ao produzirem seus poemas.
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3º bimestre – Plano de desenvolvimento

Etapa 6 – Ilustração do texto

Ilustração das obras por meio da xilogravura (para facilitar o processo e conferir maior
segurança ao trabalho, pode ser utilizado isopor ou EVA em vez de madeira).

A orientação do professor de Arte nesta etapa é fundamental.

Etapa 7 – Revisão e reescrita do texto

Devolva as produções dos alunos corrigidas e incentive-os a fazer a reescrita deles com base
em suas orientações.

Esta etapa pode ser feita como tarefa.

Etapa 8 – Divulgação da exposição

Para a divulgação da exposição, confeccione com os alunos panfletos utilizando o material


produzido na aula anterior durante a ilustração dos livros.

Etapa 9 – Montagem e apresentação da exposição

Oriente os grupos na montagem e na apresentação da exposição. Os alunos devem preparar


um texto explicativo oral para expor aos visitantes o tema e os objetivos do trabalho.

Proposta de avaliação das aprendizagens

A avaliação em projetos é processual e deve acompanhar cada etapa do projeto. O professor


pode compartilhar desde o início o que será avaliado com os alunos: resultados das pesquisas
registrados, entrega de versões finais dos vídeos produzidos, participação no debate, participação na
exposição, etc. É interessante já estipular uma pontuação para cada atividade. Os professores das
demais disciplinas também deverão estabelecer seus critérios de avaliação. Se possível e
conveniente, discutir a possibilidade de produzir uma nota final compartilhada.

É importante também que se promova uma autoavaliação dos alunos após o evento, com
perguntas que os guiem, como: “Participei de todas as etapas que resultaram na instalação?”; “De
quais participei mais?”; “Por que não me envolvi em todas as etapas?”; “Em qual pude contribuir
mais e por quê?”.
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Língua Portuguesa – 8º ano
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Para saber mais – Aprofundamento para o professor

BARROS, Leandro Gomes de; SILVA, João Melquíades F. da. Feira de versos: poesia de cordel. São
Paulo: Ática, 2004.

Sites

http://rede.novaescolaclube.org.br/planos-de-aula/gravura-e-xilogravura-para-fazer-arte

http://revistacrescer.globo.com/Revista/Crescer/0,,EMI318179-18554,00-
XILOGRAVURA+NO+ISOPOR.html

(Acessos em: 20/9/2018.)

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