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Material Digital do Professor

Língua Portuguesa – 9º ano


1º bimestre – Plano de desenvolvimento

O plano de desenvolvimento apresentado neste bimestre tem o propósito de explicitar os


objetos de conhecimento e as habilidades a serem trabalhados no bimestre e sua disposição no Livro
do Estudante, bem como sugerir práticas de sala de aula que contribuam para a aplicação da
metodologia adotada.

1. Objetos de conhecimento e habilidades da BNCC


Competências específicas de Linguagens para o Ensino Fundamental

1. Compreender as linguagens como construção humana, histórica, social e cultural,


de natureza dinâmica, reconhecendo-as e valorizando-as como formas de
significação da realidade e expressão de subjetividades e identidades sociais e
culturais.

2. Conhecer e explorar diversas práticas de linguagem (artísticas, corporais e


linguísticas) em diferentes campos da atividade humana para continuar
aprendendo, ampliar suas possibilidades de participação na vida social e colaborar
para a construção de uma sociedade mais justa, democrática e inclusiva.

3. Utilizar diferentes linguagens – verbal (oral ou visual-motora, como Libras, e


escrita), corporal, visual, sonora e digital –, para se expressar e partilhar
informações, experiências, ideias e sentimentos em diferentes contextos e
produzir sentidos que levem ao diálogo, à resolução de conflitos e à cooperação.

[...]

5. Desenvolver o senso estético para reconhecer, fruir e respeitar as diversas


manifestações artísticas e culturais, das locais às mundiais, inclusive aquelas
pertencentes ao patrimônio cultural da humanidade, bem como participar de
práticas diversificadas, individuais e coletivas, da produção artístico-cultural, com
respeito à diversidade de saberes, identidades e culturas.

6. Compreender e utilizar tecnologias digitais de informação e comunicação de forma


crítica, significativa, reflexiva e ética nas diversas práticas sociais (incluindo as
escolares), para se comunicar por meio das diferentes linguagens e mídias,
produzir conhecimentos, resolver problemas e desenvolver projetos autorais e
coletivos.
(Base Nacional Comum Curricular. Disponível em: http://basenacionalcomum.mec.gov.br/
wp-content/uploads/2018/06/BNCC_EI_EF_110518_versaofinal_site.pdf. Acesso em: 25/7/2018.)
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1º bimestre – Plano de desenvolvimento

Competências específicas de Língua Portuguesa para o Ensino Fundamental

1. Compreender a língua como fenômeno cultural, histórico, social, variável,


heterogêneo e sensível aos contextos de uso, reconhecendo-a como meio de
construção de identidades de seus usuários e da comunidade a que pertencem.
2. Apropriar-se da linguagem escrita, reconhecendo-a como forma de interação nos
diferentes campos de atuação da vida social e utilizando-a para ampliar suas
possibilidades de participar da cultura letrada, de construir conhecimentos
(inclusive escolares) e de se envolver com maior autonomia e protagonismo na
vida social.
3. Ler, escutar e produzir textos orais, escritos e multissemióticos que circulam em
diferentes campos de atuação e mídias, com compreensão, autonomia, fluência e
criticidade, de modo a se expressar e partilhar informações, experiências, ideias e
sentimentos, e continuar aprendendo.
[...]
5. Empregar, nas interações sociais, a variedade e o estilo de linguagem adequados
à situação comunicativa, ao(s) interlocutor(es) e ao gênero do discurso/gênero
textual.
6. Analisar informações, argumentos e opiniões manifestados em interações sociais
e nos meios de comunicação, posicionando-se ética e criticamente em relação a
conteúdos discriminatórios que ferem direitos humanos e ambientais.
7. Reconhecer o texto como lugar de manifestação e negociação de sentidos, valores
e ideologias.
8. Selecionar textos e livros para leitura integral, de acordo com objetivos, interesses
e projetos pessoais (estudo, formação pessoal, entretenimento, pesquisa,
trabalho etc.).
9. Envolver-se em práticas de leitura literária que possibilitem o desenvolvimento do
senso estético para fruição, valorizando a literatura e outras manifestações
artístico-culturais como formas de acesso às dimensões lúdicas, de imaginário e
encantamento, reconhecendo o potencial transformador e humanizador da
experiência com a literatura.
10. Mobilizar práticas da cultura digital, diferentes linguagens, mídias e ferramentas
digitais para expandir as formas de produzir sentidos (nos processos de
compreensão e produção), aprender e refletir sobre o mundo e realizar diferentes
projetos autorais.
(Base Nacional Comum Curricular. Disponível em: http://basenacionalcomum.mec.gov.br/
wp-content/uploads/2018/06/BNCC_EI_EF_110518_versaofinal_site.pdf. Acesso em: 25/7/2018.)
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Práticas de Referência no Objetos de


Habilidades
linguagem material didático conhecimento
(EF69LP44) Inferir a presença de valores
sociais, culturais e humanos e de diferentes
Reconstrução das
visões de mundo, em textos literários,
condições de produção,
Abertura da unidade 1 reconhecendo nesses textos formas de
circulação e recepção
(p. 8 e 9) estabelecer múltiplos olhares sobre as
identidades, sociedades e culturas e
Apreciação e réplica
considerando a autoria e o contexto social e
histórico de sua produção.
(EF69LP03) Identificar, em notícias, o fato
central, suas principais circunstâncias e
eventuais decorrências; em reportagens e
fotorreportagens o fato ou a temática
Estratégia de leitura:
“Como sair das bolhas?” retratada e a perspectiva de abordagem, em
apreender os sentidos
(p. 10 a 14) entrevistas os principais temas/subtemas
globais do texto
abordados, explicações dadas ou teses
defendidas em relação a esses subtemas; em
tirinhas, memes, charge, a crítica, ironia ou
humor presente.
(EF89LP32) Analisar os efeitos de sentido
decorrentes do uso de mecanismos de
intertextualidade (referências, alusões,
retomadas) entre os textos literários, entre
esses textos literários e outras manifestações
LEITURA Cruzando linguagens
Relação entre textos artísticas (cinema, teatro, artes visuais e
(p. 15)
midiáticas, música), quanto aos temas,
personagens, estilos, autores etc., e entre o
texto original e paródias, paráfrases,
pastiches, trailer honesto, vídeos-minuto,
vidding, dentre outros.
(EF89LP03) Analisar textos de opinião (artigos
Estratégia de leitura: de opinião, editoriais, cartas de leitores,
Leitura e interpretação apreender os sentidos comentários, posts de blog e de redes sociais,
de cartum globais do texto charges, memes, gifs etc.) e posicionar-se de
(p. 30 e 31) forma crítica e fundamentada, ética e
Apreciação e réplica respeitosa frente a fatos e opiniões
relacionados a esses textos.
Reconstrução do (EF09LP01) Analisar o fenômeno da
contexto de produção, disseminação de notícias falsas nas redes
circulação e recepção de sociais e desenvolver estratégias para
textos reconhecê-las, a partir da
verificação/avaliação do veículo, fonte, data e
“Selfies” (p. 49 a 52)
Caracterização do campo local da publicação, autoria, URL, da análise
jornalístico e relação da formatação, da comparação de diferentes
entre os gêneros em fontes, da consulta a sites de curadoria que
circulação, mídias e atestam a fidedignidade do relato dos fatos e
práticas da cultura digital denunciam boatos etc.
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Reconstrução do
contexto de produção,
(EF89LP01) Analisar os interesses que movem
circulação e recepção de
Confrontando diferentes o campo jornalístico, os efeitos das novas
textos
pontos de vista sobre o tecnologias no campo e as condições que
Caracterização do campo
mesmo fato fazem da informação uma mercadoria, de
jornalístico e relação
(p. 74 a 77) forma a poder desenvolver uma atitude
entre os gêneros em
crítica frente aos textos jornalísticos.
circulação, mídias e
práticas da cultura digital
(EF69LP01) Diferenciar liberdade de
Apreciação e réplica
expressão de discursos de ódio,
posicionando-se contrariamente a esse tipo
Relação entre gêneros e
de discurso e vislumbrando possibilidades de
mídias
denúncia quando for o caso.
(EF89LP03) Analisar textos de opinião (artigos
Estratégia de leitura: de opinião, editoriais, cartas de leitores,
apreender os sentidos comentários, posts de blog e de redes sociais,
globais do texto charges, memes, gifs etc.) e posicionar-se de
forma crítica e fundamentada, ética e
Apreciação e réplica respeitosa frente a fatos e opiniões
relacionados a esses textos.
(EF89LP04) Identificar e avaliar
Estratégia de leitura:
teses/opiniões/posicionamentos explícitos e
apreender os sentidos
implícitos, argumentos e contra-argumentos
globais do texto
em textos argumentativos do campo (carta
de leitor, comentário, artigo de opinião,
LEITURA resenha crítica etc.), posicionando-se frente à
Apreciação e réplica
questão controversa de forma sustentada.
(EF89LP06) Analisar o uso de recursos
persuasivos em textos argumentativos
A linguagem do texto diversos (como a elaboração do título,
Efeitos de sentido
(p. 14 e 52) escolhas lexicais, construções metafóricas, a
explicitação ou a ocultação de fontes de
informação) e seus efeitos de sentido.
(EF69LP05) Inferir e justificar, em textos
multissemióticos – tirinhas, charges, memes,
gifs etc. –, o efeito de humor, ironia e/ou
Divirta-se
Efeitos de sentido crítica pelo uso ambíguo de palavras,
(p. 29, 48, 77)
expressões ou imagens
ambíguas, de clichês, de recursos
iconográficos, de pontuação etc.
(EF69LP33) Articular o verbal com os
esquemas, infográficos, imagens variadas etc.
Estratégias e na (re)construção dos sentidos dos textos de
procedimentos de leitura divulgação científica e retextualizar do
discursivo para o esquemático – infográfico,
Passando a limpo Relação do verbal com esquema, tabela, gráfico, ilustração etc. – e,
(p. 78 a 81) outras semioses ao contrário, transformar o conteúdo das
tabelas, esquemas, infográficos, ilustrações
Procedimentos e gêneros etc. em texto discursivo, como forma de
de apoio à compreensão ampliar as possibilidades de compreensão
desses textos e analisar as características das
multissemioses e dos gêneros em questão.
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(EF89LP33) Ler, de forma autônoma, e


compreender – selecionando procedimentos
e estratégias de leitura adequados a
diferentes objetivos e levando em conta
características dos gêneros e suportes –
romances, contos contemporâneos,
Estratégias de leitura minicontos, fábulas contemporâneas,
LEITURA romances juvenis, biografias romanceadas,
Apreciação e réplica novelas, crônicas visuais, narrativas de ficção
científica, narrativas de suspense, poemas de
forma livre e fixa (como haicai), poema
concreto, ciberpoema, dentre outros,
expressando avaliação sobre o texto lido e
estabelecendo preferências por gêneros,
temas, autores.

(EF69LP13) Engajar-se e contribuir com a


busca de conclusões comuns relativas a
problemas, temas ou questões polêmicas de
Participação em interesse da turma e/ou de relevância social.
discussões orais de
Trocando ideias
ORALIDADE temas controversos de
(p. 16 e 52)
interesse da turma e/ou
de relevância social
(EF69LP15) Apresentar argumentos e contra-
argumentos coerentes, respeitando os turnos
de fala, na participação em discussões sobre
temas controversos e/ou polêmicos.

(EF09LP05) Identificar, em textos lidos e em


produções próprias, orações com a estrutura
sujeito-verbo de ligação-predicativo.
O período composto por
coordenação: as orações
Morfossintaxe (EF09LP08) Identificar, em textos lidos e em
coordenadas
(p. 16 a 24) produções próprias, a relação que
conjunções (e locuções conjuntivas)
coordenativas e subordinativas estabelecem
entre as orações que conectam.
ANÁLISE
LINGUÍSTICA/ (EF69LP17) Perceber e analisar os recursos
SEMIÓTICA estilísticos e semióticos dos gêneros
jornalísticos e publicitários, os aspectos
relativos ao tratamento da informação em
notícias, como a ordenação dos eventos, as
escolhas lexicais, o efeito de imparcialidade
Estilo do relato, a morfologia do verbo, em textos
noticiosos e argumentativos, reconhecendo
marcas de pessoa, número, tempo, modo, a
distribuição dos verbos nos gêneros textuais
(por exemplo, as formas de pretérito em
relatos; as formas de presente e futuro em
gêneros argumentativos; as formas de
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imperativo em gêneros publicitários), o uso


de recursos persuasivos em textos
argumentativos diversos (como a elaboração
do título, escolhas lexicais, construções
metafóricas, a explicitação ou a ocultação de
fontes de informação) e as estratégias de
persuasão e apelo ao consumo com os
recursos linguístico-discursivos utilizados
(tempo verbal, jogos de palavras, metáforas,
imagens).

(EF69LP28) Observar os mecanismos de


modalização adequados aos textos jurídicos,
as modalidades deônticas, que se referem ao
eixo da conduta
(obrigatoriedade/permissibilidade) como, por
exemplo: Proibição: “Não se deve fumar em
recintos fechados.”; Obrigatoriedade: “A vida
As orações tem que valer a pena.”; Possibilidade: “É
subordinadas permitido a entrada de menores
Modalização
substantivas acompanhados de adultos responsáveis”, e
(p. 32 a 40) os mecanismos de modalização adequados
aos textos políticos e propositivos, as
modalidades apreciativas, em que o locutor
exprime um juízo de valor (positivo ou
negativo) acerca do que enuncia. Por
exemplo: “Que belo discurso!”, “Discordo das
escolhas de Antônio.” “Felizmente, o buraco
ainda não causou acidentes mais graves.”

ANÁLISE
(EF09LP11) Inferir efeitos de sentido
LINGUÍSTICA/ decorrentes do uso de recursos de coesão
SEMIÓTICA O plural dos substantivos Coesão sequencial (conjunções e articuladores
e adjetivos compostos textuais).
(p. 40 a 44)

O pronome relativo (EF09LP04) Escrever textos corretamente, de


(p. 53 a 65) acordo com a norma-padrão, com estruturas
Fono-ortografia
sintáticas complexas no nível da oração e do
período.

(EF69LP56) Fazer uso consciente e reflexivo


E ou I? O ou U? de regras e normas da norma-padrão em
Variação linguística
(p. 66 a 69) situações de fala e escrita nas quais ela deve
ser usada.

(EF09LP09) Identificar efeitos de sentido do


Elementos notacionais
uso de orações adjetivas restritivas e
da escrita/morfossintaxe
explicativas em um período composto.
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(EF69LP07) Produzir textos em diferentes


gêneros, considerando sua adequação ao
contexto produção e circulação – os
enunciadores envolvidos, os objetivos, o
gênero, o suporte, a circulação –, ao modo
(escrito ou oral; imagem estática ou em
movimento etc.), à variedade linguística e/ou
O editorial (p. 24 a 29) semiótica apropriada a esse contexto, à
construção da textualidade relacionada às
propriedades textuais e do gênero),
utilizando estratégias de planejamento,
O artigo de opinião (I) Textualização
elaboração, revisão, edição,
(p. 44 a 48)
reescrita/redesign e avaliação de textos,
para, com a ajuda do professor e a
colaboração dos colegas, corrigir e aprimorar
as produções realizadas, fazendo cortes,
acréscimos, reformulações, correções de
concordância, ortografia, pontuação em
textos e editando imagens, arquivos sonoros,
fazendo cortes, acréscimos, ajustes,
acrescentando/alterando efeitos,
ordenamentos etc.

(EF89LP10) Planejar artigos de opinião, tendo


em vista as condições de produção do texto –
objetivo, leitores/espectadores, veículos e
PRODUÇÃO DE mídia de circulação etc. –, a partir da escolha
do tema ou questão a ser discutido(a), da
TEXTOS
relevância para a turma, escola ou
Estratégia de produção:
O artigo de opinião (II) comunidade, do levantamento de dados e
planejamento de textos
(p. 70 a 74) informações sobre a questão, de argumentos
argumentativos e
relacionados a diferentes posicionamentos
apreciativos
em jogo, da definição – o que pode envolver
consultas a fontes diversas, entrevistas com
especialistas, análise de textos, organização
esquemática das informações e argumentos –
dos (tipos de) argumentos e estratégias que
pretende utilizar para convencer os leitores.

(EF09LP03) Produzir artigos de opinião, tendo


em vista o contexto de produção dado,
assumindo posição diante de tema polêmico,
Textualização de textos
argumentando de acordo com a estrutura
argumentativos e
própria desse tipo de texto e utilizando
apreciativos
diferentes tipos de argumentos – de
autoridade, comprovação, exemplificação
princípio etc.

(EF69LP06) Produzir e publicar notícias,


fotodenúncias, fotorreportagens,
Relação do texto com o
reportagens, reportagens multimidiáticas,
contexto de produção e
infográficos, podcasts noticiosos, entrevistas,
Intervalo (p. 82 e 83) experimentação de
cartas de leitor, comentários, artigos de
papéis sociais
opinião de interesse local ou global, textos de
apresentação e apreciação de produção
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cultural – resenhas e outros próprios das


formas de expressão das culturas juvenis, tais
como vlogs e podcasts culturais, gameplay,
detonado etc. – e cartazes, anúncios,
propagandas, spots, jingles de campanhas
sociais, dentre outros em várias mídias,
vivenciando de forma significativa o papel de
repórter, de comentador, de analista, de
crítico, de editor ou articulista, de booktuber,
de vlogger (vlogueiro) etc., como forma de
compreender as condições de produção que
envolvem a circulação desses textos e poder
participar e vislumbrar possibilidades de
participação nas práticas de linguagem do
campo jornalístico e do campo midiático de
forma ética e responsável, levando-se em
consideração o contexto da Web 2.0, que
amplia a possibilidade de circulação desses
textos e “funde” os papéis de leitor e autor,
de consumidor e produtor.
PRODUÇÃO DE (EF69LP08) Revisar/editar o texto produzido
TEXTOS – notícia, reportagem, resenha, artigo de
opinião, dentre outros –, tendo em vista sua
adequação ao contexto de produção, a mídia
Revisão/edição de texto em questão, características do gênero,
informativo e opinativo aspectos relativos à textualidade, a relação
entre as diferentes semioses, a formatação e
uso adequado das ferramentas de edição (de
texto, foto, áudio e vídeo, dependendo do
caso) e adequação à norma culta.

2. Atividades recorrentes na sala de aula

Estratégias de leitura

• Leitura de imagens e textos multissemióticos (tirinhas, memes, cartuns), a fim de


identificar os efeitos de sentido promovidos pelas diferentes linguagens e recursos
empregados. Sugestão: navegar pelo site de Pawel Kuczynski (Disponível em:
http://pawelkuczynski.com/Prace/Cartoons/. Acesso em: 17/9/2018.)
• Estímulo para os alunos, por meio de perguntas didáticas, para verificação do
conhecimento prévio sobre o gênero textual e o assunto em estudo, estimulando a
construção de hipóteses interpretativas.
• Análise, por meio do contato com textos em diversas linguagens e retirados de variados
veículos de comunicação, do fenômeno da disseminação de notícias falsas nas redes
sociais. Estímulo à reflexão sobre a curadoria da informação e a busca por fontes
fidedignas na consulta de sites.
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• Exibição de vídeos e documentários que abordem a temática da unidade, apresentando


diferentes análises para o fenômeno das fake news, pós-verdades, selfies e uso excessivo
da tecnologia na sociedade contemporânea. Sugestões: Entrevista com Leandro Karnal
sobre fake news (https://www.youtube.com/watch?v=JGuuyP9N3PI) e texto “Tudo por
um like” (https://revistagalileu.globo.com/Revista/noticia/2014/05/tudo-por-um.html).
(Acessos em: 17/9/2018.)
• Estímulo para os alunos perceberem estratégias linguísticas e construções composicionais
que indiquem maior ou menor modalização e manifestação de opinião em editoriais,
artigos de opinião, entrevistas, notícias e reportagens.
• Leitura de notícias que apresentem diferentes versões para um mesmo fato ou de artigos
de opinião que tragam posicionamentos diversos para um mesmo tema, observando os
recursos linguísticos empregados, o uso das conjunções e as estratégias de modalização.
• Para trabalhar as conjunções e os efeitos de sentido por elas estabelecidos nos
enunciados, pode-se solicitar aos alunos pesquisa de frases (contendo orações
coordenadas ou subordinadas) em textos de opinião ou em peças publicitárias. Em aula,
reúnem-se os trechos coletados e discutem-se os impactos semânticos das construções.
• Estímulo aos alunos, por meio da leitura de textos opinativos, para que busquem
conclusões mais críticas quanto a questões de relevância social, especialmente
relacionados ao contato com a informação no meio virtual ou a práticas mais éticas na
rede.

Análise linguística/semiótica

• Resolução dos exercícios em duplas ou em pequenos grupos, para a ampliação do número


de interlocutores e a troca de vivências sobre a língua. Pode haver a proposição de quiz,
games on-line ou brincadeiras que abordem as conjunções coordenativas e
subordinativas, bem como os pronomes relativos.
• Pesquisa em jornais e revistas sobre frases empregando o tópico da língua estudado, para
observação de seu uso cotidiano. Em editoriais, artigos de opinião e textos noticiosos, por
exemplo, é comum que se explorem as diferentes conjunções e pronomes relativos.
• Reflexões e realização de exercícios sobre a relação entre os usos dos recursos coesivos e
os efeitos de sentido promovidos (especialmente as conjunções e os pronomes).

Produção de textos

• Apresentação de leitura oral para a classe, observando pontuação e entonação. Por


exemplo: leitura dramatizada de tirinhas, memes, poemas e artigos de opinião (nos quais
a entonação adequada pode reforçar ainda mais a marcação do tom opinativo).
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• Exploração do conhecimento prévio dos alunos sobre artigos de opinião, editoriais,


entrevistas e reportagens, com perguntas, trocas de conhecimento ou leitura de outros
textos dos mesmos gêneros.
• Construção de cartuns que explorem de maneira crítica a temática do uso excessivo da
tecnologia na sociedade contemporânea.
• Montagem coletiva, na lousa, de um quadro com as características básicas dos gêneros em
estudo e discussão sobre as suas possibilidades de variação.
• Realização de pesquisas em sites, jornais e revistas sobre o uso da tecnologia na sociedade
contemporânea, bem como sobre a propagação do discurso de ódio e fake news, com
posterior elaboração de sínteses orais ou escritas e compartilhamento coletivo.
• Leitura das orientações dadas na seção Planejamento do texto e elaboração de editoriais
e artigos de opinião para o jornal e para a mostra com o tema “Ser jovem em tempo de
internet e pós-verdade”.
• Após a produção, estimular os alunos a reler o texto, revisá-lo e reescrevê-lo, fazendo as
alterações necessárias, seguindo as orientações dadas. Também é interessante sugerir a
troca dos textos entre os alunos para que analisem e proponham sugestões aos colegas.

3. Relação entre a prática didático-pedagógica e o


desenvolvimento de habilidades
Considerando a nova ordem social centrada no conhecimento, com grande disponibilidade de
acesso a todo tipo de informação, o papel do professor passa a ser o de mobilizar conteúdos,
metodologias, saberes próprios de sua disciplina ou área para desenvolver as competências nos
discentes e instigar desdobramentos para a vida adulta, sendo a competência de continuar a aprender
a mais vital entre elas. O domínio da leitura e da escrita é determinante no desenvolvimento dessa
competência e é também fator de inclusão social e de sucesso nas relações cotidianas e do mundo do
trabalho.

Além disso, a linguagem tem papel central no desenvolvimento da criança e do adolescente, pois
é mais do que uma representação do mundo. Por meio da linguagem, é possível compreender e agir sobre
o mundo. É possível, por exemplo, raciocinar em um contexto de proposições ou possibilidades e aprender
as disciplinas escolares em sua versão mais exigente. Em razão dessa importância da competência de leitura
e escritura para a aprendizagem dos conteúdos curriculares de todas as áreas, todos os professores, em
todas as disciplinas, devem criar oportunidades para que os alunos possam consolidar o uso da língua
portuguesa e das outras linguagens e códigos que fazem parte da cultura.

No entanto, é nas aulas de Língua Portuguesa que se desenvolvem atividades voltadas


essencialmente para o texto nas diversas situações de interação social. É essa habilidade de interagir
linguisticamente por meio de textos, nas diversas situações de produção e recepção em que circulam
socialmente, que permite a construção de sentidos e desenvolve a competência discursiva,
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promovendo o letramento. Considerando-se que a variedade de gêneros dominados pelo aluno é


essencial para que circule de forma autônoma por práticas de letramento variadas, o texto torna-se o
centro das aulas de Língua Portuguesa, que devem abordar a leitura, a produção de textos, orais e
escritos, e os estudos linguísticos sob a perspectiva da análise linguística.

Para desenvolver a competência leitora, é importante a promoção da prática constante de


leitura, com diversidade de gêneros e textos. Além disso, é fundamental que o professor se apresente
como modelo de leitor e esteja sempre atualizado sobre novas publicações. Assim, cabe a ele
proporcionar aos estudantes estímulos constantes para a apreciação de diferentes gêneros,
ampliando-a para a leitura do mundo. Para desenvolver o hábito da leitura, o professor pode promover
visitas à biblioteca da escola, a fim de que os alunos conheçam o acervo e busquem ali as obras que
mais lhes interessem. É necessário também planejar momentos de leitura livre, em que a leitura seja
realizada simplesmente pelo prazer da fruição estética, e momentos de leitura dirigida, nos quais os
textos selecionados contribuam diretamente com o plano de ensino.

No trabalho com produção de texto, é preciso mostrar aos alunos que todo gênero está
inserido em situações de comunicação únicas e, portanto, em sua elaboração é essencial levar em
conta elementos como: para quem escrevemos, o que pretendemos dizer, com que finalidade, qual o
gênero mais adequado para a finalidade em vista, e qual a linguagem e a estrutura características do
gênero. Com a prática constante e significativa de produção de textos de diferentes gêneros, inseridos
em situações práticas nas quais esses gêneros são demandados, desenvolvem-se condições prazerosas
de produção, que podem formar o aluno-escritor, capaz de analisar a situação de produção e suas
demandas. É fundamental também estimular o aluno a revisar e reescrever seu texto sempre que
necessário.

No trabalho com análise linguística, o objetivo do estudo da gramática é ampliar a


compreensão dos conteúdos estudados, mostrando aos alunos o uso da língua em textos que circulam
socialmente fora da escola. É preciso considerar a leitura e a interpretação efetiva, já que as estratégias
linguísticas se articulam aos demais eixos na construção de sentidos de um texto. Para tanto, as
terminologias e os conteúdos gramaticais são tratados como meio e não como fim para que os
estudantes possam observar e analisar os recursos disponíveis a eles como usuários da língua e,
posteriormente, possam então utilizá-los com segurança e autonomia ao produzirem seus próprios
textos.

4. Gestão da sala de aula


O ponto de partida de todas as aulas deve ser o conhecimento prévio dos alunos. Por isso, é
fundamental que o professor faça sondagens e avaliações diagnósticas constantemente para saber se
os alunos realmente desenvolveram as habilidades de que necessitam e, caso não as tenham
desenvolvido, planeje atividades de retomada.
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No trabalho com a língua em sentido prático, e não apenas teórico, é importante que o
professor atente para o seu uso diário. É preciso motivar o aluno para o conteúdo a ser trabalhado,
sempre buscando conhecer os alunos e seus saberes, a fim de determinar o melhor ponto de partida
para iniciar a aula. Muitas vezes, o professor acha que os alunos já têm os pré-requisitos necessários
ao conteúdo a ser trabalhado, porém há casos em que isso não acontece. Assim, faz-se necessário
trabalhar o domínio da leitura e da escrita de textos, adequando-os às variadas situações
comunicativas, levando os alunos a utilizarem a leitura e a escrita frente às demandas de seu contexto
social e capacitando-os a continuar a aprendizagem ao longo da vida.

As práticas de leitura, produção de texto e análise linguística devem ser diversificadas, a fim
de que os alunos se tornem leitores e produtores de textos aptos a exercer o papel de cidadãos críticos
e conscientes. Deve-se trabalhar sempre com o objetivo de aumentar a segurança e a autonomia dos
alunos em relação às práticas sociais de leitura e de escrita, apresentando a eles os recursos de que
dispõem para produzir os textos de acordo com diferentes objetivos comunicativos. Ao professor cabe
ter sempre atitudes de intermediação, favorecendo a compreensão da tarefa, criando situações
desafiadoras para cada aluno, incentivando-os a realizar as atividades propostas e a pesquisar em
outras fontes.

Vale lembrar também que é papel do professor a formação de leitores. Assim, o professor deve
planejar momentos diversificados de leitura em sala de aula, como rodas de leitura, leituras
dramáticas, leituras jogralizadas, leituras compartilhadas, entre outras.

As atividades de reescrita também devem ser privilegiadas pelo professor, que deve explorá-
las a fim de desenvolver as habilidades de análise linguística. As questões ortográficas podem ser uma
grande oportunidade para propor outras atividades, inclusive lúdicas, como gincanas e bingos
ortográficos.

O ponto de partida de todas as aulas deve ser o conhecimento prévio dos alunos. Por isso, é
fundamental que o professor faça sondagens e avaliações diagnósticas constantemente para saber se
os alunos realmente desenvolveram as habilidades de que necessitam e, caso não as tenham
desenvolvido, planeje atividades de retomada.

No trabalho com a língua em sentido prático, e não apenas teórico, é importante que o
professor atente para o seu uso diário. É preciso motivar o aluno para o conteúdo a ser trabalhado,
sempre buscando conhecer os alunos e seus saberes, a fim de determinar o melhor ponto de partida
para iniciar a aula. Muitas vezes, o professor acha que os alunos já têm os pré-requisitos necessários
ao conteúdo a ser trabalhado, porém há casos em que isso não acontece. Assim, faz-se necessário
trabalhar o domínio da leitura e da escrita de textos, adequando-os às variadas situações
comunicativas, levando os alunos a utilizar a leitura e a escrita frente às demandas de seu contexto
social e capacitando-os a continuar a aprendizagem ao longo da vida.

As práticas de leitura, produção de texto e análise linguística devem ser diversificadas, a fim
de que os alunos se tornem leitores e produtores de textos aptos a exercer o papel de cidadãos críticos
e conscientes. Deve-se trabalhar sempre com o objetivo de aumentar a segurança e a autonomia dos
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alunos em relação às práticas sociais de leitura e de escrita, apresentando a eles os recursos de que
dispõem para produzir os textos de acordo com diferentes objetivos comunicativos. Ao professor cabe
ter sempre atitudes de intermediação, favorecendo a compreensão da tarefa, criando situações
desafiadoras para cada aluno, incentivando-os a realizar as atividades propostas e a pesquisar em
outras fontes.

Vale lembrar também que é papel do professor a formação de leitores. Assim, o professor deve
planejar momentos diversificados de leitura em sala de aula, como rodas de leitura, leituras
dramáticas, leituras jogralizadas, leituras compartilhadas, entre outras.

As atividades de reescrita também devem ser privilegiadas pelo professor, que deve explorá-
las a fim de desenvolver as habilidades de análise linguística. As questões ortográficas podem ser uma
grande oportunidade para propor outras atividades, inclusive lúdicas, como gincanas e bingos
ortográficos.

5. Acompanhamento do aprendizado dos estudantes


Acompanhar a aprendizagem dos alunos é essencial para o professor verificar se os objetivos
de aprendizagem foram atingidos. A avaliação deve focar não só os resultados, mas os progressos do
aluno no dia a dia, para saber que aspectos devem ser trabalhados mais, com retomadas. Devem ser
avaliadas habilidades e atitudes, como o registro da aula e a organização do material; a participação
proativa; a autonomia na realização das tarefas.

Essa avaliação deve ocorrer por meio de instrumentos diversificados, selecionados de acordo
com o objetivo do professor em cada situação. Dessa forma, podem ser utilizados tanto simulados e
provas com questões objetivas e dissertativas, quanto seminários, apresentações orais, trabalhos em
grupos e até mesmo a observação de outras habilidades e atitudes, como o registro da aula e a
organização do material, a participação proativa e a autonomia na realização das tarefas.

Na prática de leitura, devem ser avaliadas constantemente pelo professor habilidades como
elaboração de inferências, levantamento de hipóteses, percepção das implicações da escolha do
gênero e do suporte, estabelecimento de relação entre informações para levantar conclusões,
localização de informações implícitas ou explícitas e apreensão da ideia central do texto. É
fundamental checar também se os alunos desenvolveram habilidades que identificam um leitor
competente, como a de selecionar o que ler, de acordo com suas necessidades e interesses, entre os
vários textos que circulam socialmente, identificar a finalidade da leitura, antecipar informações que
podem estar no texto a partir do título, do tema focado, do autor, do gênero e das imagens.

Na prática de produção de textos, para avaliar o desenvolvimento da competência escritora,


o foco deve estar no processo, e não apenas no resultado. Não é conveniente que a avaliação se atenha
simplesmente a aspectos linguísticos, mas é importante que analise a adequação do conteúdo, da
estrutura e da linguagem ao gênero, ao interlocutor e à situação como um todo, a fim de atingir o
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objetivo da produção. Para isso, o aluno deve ser orientado sobre os critérios a serem observados ao
produzir seu texto, e também deve ser incentivado a sempre autoavaliar sua produção para, se
necessário, reescrever o texto até que esteja de acordo com o gênero trabalhado e com a situação de
comunicação na qual ele está inserido.

Na prática de análise linguística, é importante avaliar o domínio tanto da língua escrita quanto
da língua oral nas diferentes situações sociais. Para tanto, não é aconselhável propor essa avaliação
apenas em situações de aferição de apreensão do conteúdo como fim em si mesmo, mas sim procurar
avaliar em situações efetivas de leitura e produção de textos, nas quais o conteúdo linguístico é
necessário para fazer uma leitura crítica e autônoma, ou para a produção de um texto eficiente, que
de fato cumpra seus objetivos. Nesses contextos, podem ser avaliados os conhecimentos básicos de
linguagem para observar se o aluno compreende as regras prescritas pela norma-padrão e também os
diferentes usos e estratégias de emprego da língua nas leituras em que se engaja, nos textos que
produz e no aprimoramento ou ajuste da linguagem às diferentes situações sociais de que participa.

6. Fontes de pesquisa para uso em sala de aula ou para


apresentar aos estudantes
Para os professores

ANTUNES, Irandé. Aulas de Português: encontro & interação. São Paulo: Parábola. 2003.

_______. Muito além da gramática: por um ensino de línguas sem pedras no caminho. São Paulo:
Parábola, 2007.

_______. Lutar com palavras: coesão e coerência. São Paulo: Parábola, 2005.

BAMBERGER, Richard. Como incentivar o hábito de leitura. São Paulo: Ática, 2006.

FERRARI, Pollyana. Como sair das bolhas. São Paulo: EDUC, 2018.

KOCH, Ingedore Villaça; ELIAS, Vanda Maria. Ler e compreender: os sentidos do texto. São Paulo:
Contexto, 2006.

______. Ler e escrever: estratégias de produção textual. São Paulo: Contexto, 2009.

LERNER, Delia. Ler e escrever na escola: o real, o possível e o necessário. Porto Alegre: Artmed, 2002.

ROJO, Roxane H.R. Multiletramentos na escola. São Paulo: Parábola, 2012.

TRAVAGLIA, Luiz Carlos. Gramática e interação: uma proposta para o ensino de gramática no 1.o e 2.o
graus. São Paulo: Cortez, 1997.
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Para os estudantes

Filme

Título: Fake news: Baseado em fatos reais

Direção: André Fran

Apresentação: André Fran, Felipe UFO e Rodrigo Cebrian (equipe do programa Que mundo é esse?,
exibido na GloboNews)

Gênero: Documentário

Duração: 50 minutos

Origem: Brasil

Ano de produção: 2017

Sinopse: André Fran, Rodrigo Cebrian e Felipe UFO percorrem países para fazer um retrato fiel do
fenômeno das notícias falsas. Nos Estados Unidos, eles conversam com jornalistas que atuam em
campo de batalha do universo das notícias falsas. Na Rússia, vão até a principal TV do país, a RT. Na
Macedônia, se deparam com o ponto mais alto dessa questão ao entrevistar um rapaz de 19 anos,
integrante do Veles Boys. As conversas vão desde os jornalistas, passando pelas mídias, como a
televisão, e chegam até as discussões de aspectos mais amplos, como a globalização e os interesses
políticos e econômicos por trás do processo de divulgação das fake news. (Disponível em:
https://globosatplay.globo.com/globonews/v/6186746/. Acesso em: 21/9/2018.)

Leitura

“Tudo por um like”, matéria publicada na revista Galileu, de Ronaldo Bressane, com reportagem de
Cristine Kist, Luciana Galastri e Patrícia Ikeda. (Disponível em:
https://revistagalileu.globo.com/Revista/noticia/2014/05/tudo-por-um.html. Acesso em: 17/9/2018.)

O texto retrata o fenômeno das selfies na sociedade contemporânea e a constante busca por “curtidas”
ou maior popularidade nas redes sociais. A ideia dos autores é discutir por que as pessoas estão
dispostas a fazer qualquer coisa em troca do reconhecimento dos outros e pensar se, de fato, a máxima
“Você é o que você curte” se configura como a mais representativa da geração atual.
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7. Projeto integrador
#FICADICA – Juventude e protagonismo na rede
Tema Papel do jovem contemporâneo nas redes sociais — da interação à reflexão.

Diante do surgimento das novas mídias e do fortalecimento da cultura digital, tornou-se comum
encontrarmos a propagação de boatos, fake news e discursos de ódio nas redes sociais. Plágios,
Problema central
abusos sexuais infantis e ciberbullying também são recorrentes. Nesse sentido, estimular o
enfrentado jovem e toda a comunidade escolar a um uso mais consciente da web tornou-se dever das
instituições de ensino.

Vídeos, cartilhas e cartazes de orientação quanto ao uso responsável e consciente da Internet.


Produto final Esses textos serão expostos na mesma mostra sugerida no capítulo Intervalo e complementarão
os textos do jornal “Ser jovem em tempos de Internet e pós-verdade”.

Justificativa

Diante de uma sociedade marcada pela conectividade e pelo advento das novas mídias,
práticas inéditas de interação e comunicação vêm sendo descobertas e aperfeiçoadas a cada dia. Nesse
cenário, surgem desafios e conflitos ético-morais constantes, que exigem das gerações atuais maior
protagonismo e responsabilidade nas práticas cotidianas de convívio e de exercício da cidadania.
Ajudar os jovens a compreender, utilizar e criar tecnologias digitais de informação, além de interagir
com segurança nos ambientes digitais, passou a ser dever da escola e de toda a comunidade. É a
apropriação dessas novas práticas de letramento que ajudará os alunos a se desenvolverem com maior
autonomia, resiliência, empatia e cooperação no mundo contemporâneo.

A proposta aqui desenvolvida está articulada ao capítulo Intervalo, que encerra a unidade 1
do livro. O projeto favorece competências gerais da BNCC voltadas ao uso das tecnologias digitais para
se comunicar, acessar e disseminar informações, produzir conhecimentos, resolver problemas e atuar
com protagonismo e autonomia na vida pessoal e coletiva, bem como agir pessoal e coletivamente
com base em princípios éticos, democráticos, inclusivos e solidários.

Competências gerais desenvolvidas

[...]
5. Compreender, utilizar e criar tecnologias digitais de informação e comunicação de forma
crítica, significativa, reflexiva e ética nas diversas práticas sociais (incluindo as escolares)
para se comunicar, acessar e disseminar informações, produzir conhecimentos, resolver
problemas e exercer protagonismo e autoria na vida pessoal e coletiva.
[...]
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9. Exercitar a empatia, o diálogo, a resolução de conflitos e a cooperação, fazendo-se


respeitar e promovendo o respeito ao outro e aos direitos humanos, com acolhimento e
valorização da diversidade de indivíduos e de grupos sociais, seus saberes, identidades,
culturas e potencialidades, sem preconceitos de qualquer natureza.
10. Agir pessoal e coletivamente com autonomia, responsabilidade, flexibilidade, resiliência e
determinação, tomando decisões com base em princípios éticos, democráticos, inclusivos,
sustentáveis e solidários.
(Base Nacional Comum Curricular. Disponível em: http://basenacionalcomum.mec.gov.br/wp-
content/uploads/2018/06/BNCC_EI_EF_110518_versaofinal_site.pdf. Acesso em: 25/7/2018.)

Objetivos

Objetivo geral: produzir vídeos, cartilhas e cartazes de orientação quanto ao uso responsável
e consciente da Internet. O público-alvo pode ser a comunidade escolar como um todo ou estar
direcionado para uma determinada faixa etária (por exemplo: dicas mais específicas para crianças,
para idosos, para o público jovem, etc.).

Objetivos específicos:

• Fazer uma enquete na escola, nas famílias e nos círculos de amizade extraescolares acerca
do uso da Internet e das redes sociais.
• Analisar os resultados da enquete e organizá-los em uma tabela ou gráfico, para melhor
visualização da informação.
• Promover uma roda de discussão em aula para que seja debatido o assunto e levantadas
possíveis soluções/dicas, que serão, então, aproveitadas nos vídeos, nos cartazes ou nas
campanhas criadas.
• Pesquisar, em sites, alguns manuais, dicas, cartilhas e tutoriais que já existem na web, a
fim de que sirvam de base para os materiais que serão produzidos.
• Planejar as estratégias a serem utilizadas pelos grupos para a divulgação das instruções na
mostra e as características dos textos relativos ao gênero escolhido.
• Produção de textos e vídeos.
• Editar e revisar os textos/vídeos produzidos.
• Organizar o evento para a exposição e apresentação dos textos/vídeos produzidos.
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Habilidades em foco

Disciplinas Objetos de conhecimento Habilidades


(EF69LP33) Articular o verbal com os esquemas, infográficos, imagens
Estratégias e procedimentos variadas etc. na (re)construção dos sentidos dos textos de divulgação
de leitura científica e retextualizar do discursivo para o esquemático – infográfico,
Relação do verbal com outras esquema, tabela, gráfico, ilustração etc. – e, ao contrário, transformar o
semioses conteúdo das tabelas, esquemas, infográficos, ilustrações etc. em texto
Procedimentos e gêneros de discursivo, como forma de ampliar as possibilidades de compreensão
apoio à compreensão desses textos e analisar as características das multissemioses e dos
gêneros em questão.
(EF69LP37) Produzir roteiros para elaboração de vídeos de diferentes
tipos (vlog científico, vídeo-minuto, programa de rádio, podcasts) para
Estratégias de produção divulgação de conhecimentos científicos e resultados de pesquisa,
tendo em vista seu contexto de produção, os elementos e a construção
composicional dos roteiros.
(EF69LP56) Fazer uso consciente e reflexivo de regras e normas da
Variação linguística norma-padrão em situações de fala e escrita nas quais ela deve ser
Língua usada.
Portuguesa
Reconstrução do contexto de
produção, circulação e
recepção de textos (EF89LP02) Analisar diferentes práticas (curtir, compartilhar, comentar,
curar etc.) e textos pertencentes a diferentes gêneros da cultura digital
Caracterização do campo (meme, gif, comentário, charge digital etc.) envolvidos no trato com a
jornalístico e relação entre os informação e opinião, de forma a possibilitar uma presença mais crítica
gêneros em circulação, e ética nas redes.
mídias e práticas da cultura
digital
(EF89LP11) Produzir, revisar e editar peças e campanhas publicitárias,
envolvendo o uso articulado e complementar de diferentes peças
Estratégias de produção: publicitárias: cartaz, banner, indoor, folheto, panfleto, anúncio de
planejamento, textualização, jornal/revista, para internet, spot, propaganda de rádio, TV, a partir da
revisão e edição de textos escolha da questão/problema/causa significativa para a escola e/ou a
publicitários comunidade escolar, da definição do público-alvo, das peças que serão
produzidas, das estratégias de persuasão e convencimento que serão
utilizadas.
Leitura, interpretação e
representação de dados de
pesquisa expressos em (EF09MA22) Escolher e construir o gráfico mais adequado (colunas,
tabelas de dupla entrada, setores, linhas), com ou sem uso de planilhas eletrônicas, para
Matemática
gráficos de colunas simples e apresentar um determinado conjunto de dados, destacando aspectos
agrupadas, gráficos de barras como as medidas de tendência central.
e de setores e gráficos
pictóricos
(EF69AR03) Analisar situações nas quais as linguagens das artes visuais
se integram às linguagens audiovisuais (cinema, animações, vídeos
Contextos e práticas
etc.), gráficas (capas de livros, ilustrações de textos diversos etc.),
Arte cenográficas, coreográficas, musicais etc.
(EF69AR35) Identificar e manipular diferentes tecnologias e recursos
Arte e tecnologia digitais para acessar, apreciar, produzir, registrar e compartilhar
práticas e repertórios artísticos, de modo reflexivo, ético e responsável.
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Duração

• 5 a 6 aulas

Material necessário

• Celular, máquina fotográfica ou filmadora.


• Computador para pesquisa e edição de texto e imagem (se possível).
• Caso não haja possibilidade de produção de conteúdo digital, usar canetinhas coloridas,
lápis de cor, papéis de texturas e cores diferentes, revistas/jornais para recortes de
imagens.

Perfil do professor coordenador do projeto

É conveniente que o professor responsável pelo projeto esteja familiarizado com as práticas
de comunicação e interação digital, para orientar os alunos quanto aos assuntos que podem ser alvo
das discussões ou das instruções apresentadas em vídeos, manuais, cartilhas ou cartazes. A experiência
na organização de mostras ou eventos abertos para a comunidade escolar também pode contribuir
para a execução do projeto. Os professores de Língua Portuguesa, Matemática e Arte podem trabalhar
conjuntamente ou, então, um deles pode ser responsável por articular as habilidades que deverão ser
desenvolvidas em cada uma das disciplinas durante todas as etapas do projeto.

Desenvolvimento

Etapa 1 – Realização de enquete

Peça aos alunos que, em casa, com a família e os amigos, e na escola, com os colegas das outras
classes, pesquisem algumas das atividades mais realizadas pelas diferentes faixas etárias no ambiente
virtual, indicando aquelas que podem representar algum risco para os usuários. Oriente-os a explicar
um pouco para as pessoas a respeito de alguns dos riscos relacionados à exposição exagerada na
Internet, bem como dos fenômenos recentes envolvendo a propagação de fake news e a criação de
pós-verdades. Eles também podem destacar que esses processos acabam influenciando diretamente
na tomada de decisões por parte daqueles que estão em contato frequente com as redes sociais e as
práticas de interação mediadas pelas novas tecnologias, reforçando a necessidade de participarmos
de tais ambientes de forma crítica e consciente. O ideal é que os alunos registrem as respostas por
escrito, para posterior compilação dos dados.
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Etapa 2 – Análise dos dados e elaboração de gráficos ou tabelas

Auxiliados pelo professor de Matemática, os alunos deverão analisar os resultados da enquete


realizada e compilá-los em tabelas ou gráficos, de maneira a permitir uma melhor visualização das
informações obtidas. A ideia é que a classe perceba a importância de se realizar um levantamento de
dados sempre que se precisa atuar de maneira eficaz na resolução de uma situação-problema.
Primeiro, é preciso identificar onde se encontram os problemas, mapear os focos de maior incidência,
visualizar o público-alvo de uma determinada ação antes de traçar as estratégias de atuação. Vale
destacar que esses produtos também poderão ser expostos num dos painéis da mostra Uso da
Internet e das redes sociais pelos jovens — à qual este projeto se integra.

Etapa 3 – Roda de discussão

Após a elaboração das tabelas e dos gráficos, peça à classe que se organize em círculo para
promover uma roda de discussão. Escolha um representante de cada grupo para apresentar o gráfico
ou os resultados tabelados e, depois disso, estimule-os a pensar sobre quais são os principais “deslizes”
ou comportamentos de risco que os entrevistados mencionaram em relação ao uso do ambiente
virtual e das redes sociais. A ideia é que surja um debate e sejam construídas, de forma coletiva, as
possíveis soluções ou dicas a serem expostas nos vídeos, cartazes ou campanhas.

Etapa 4 – Pesquisa de materiais já disponíveis sobre o assunto

Os alunos devem navegar por sites variados a fim de procurar materiais (vídeos, posts,
campanhas, reportagens, entrevistas com profissionais da área, etc.) que já estejam disponíveis na
Internet e que contenham instruções/dicas ou alertas aos usuários da rede. Com base no material
existente, poderão adaptar as orientações para o público-alvo que tenham em mente, bem como
agregar novos recursos, mídias ou linguagens para a criação de cartilhas, cartazes ou vídeos.

Etapa 5 – Planejamento das estratégias de divulgação dos conteúdos

Após a escolha do público-alvo e dos recursos a serem mobilizados na construção de suas


orientações, os alunos deverão definir quais serão os textos a serem produzidos. Sugere-se a produção
de vídeos, cartazes atrativos ou cartilhas informativas e interativas. Esses materiais podem ser
elaborados por meio de recursos digitais ou, caso não haja computadores ou editores de imagem e
texto, com a construção de cartazes, cartilhas, murais, panfletos, etc. É importante que todos tenham
claras as características de cada gênero e que façam as escolhas linguísticas mais adequadas ao
contexto e ao público-alvo ao qual o texto se destine.
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Etapa 6 – Produção dos textos ou vídeos

Os alunos deverão produzir, em grupos e com a supervisão dos professores que participam do
projeto, a versão inicial dos textos ou vídeos de orientação. Nessa etapa, seria interessante mobilizar
o professor de Arte, para que ele trabalhasse com os alunos o repertório artístico e a importância de
se realizar, de forma adequada, a escolha dos recursos e linguagens que participarão dos materiais a
serem elaborados.

Etapa 7 – Edição e revisão dos textos ou vídeos

Após a produção das versões iniciais, sugerimos promover a troca de textos e vídeos entre os
diferentes grupos, para que um revise o material do outro e traga algumas sugestões para os colegas.
Depois, oriente os alunos a fazer as adaptações necessárias e a passar o texto a limpo/ou a finalizar a
edição das imagens e dos recursos sonoros, no caso de o produto ser um vídeo.

Etapa 8 – Organização da mostra para apresentação dos trabalhos

Para o dia de realização da mostra, os alunos devem convidar os familiares, outras turmas da
escola, professores e funcionários. Eles devem decidir se vão produzir convites individuais impressos,
digitais ou cartazes de divulgação. Sugerimos que sejam criadas hashtags do evento, para que os
alunos explorem seus conhecimentos sobre o uso consciente e crítico das práticas digitais. Auxilie os
alunos a organizar um ambiente agradável para a recepção dos convidados e realização da mostra.
Caso seja necessária a utilização de algum recurso tecnológico, peça aos alunos que se certifiquem de
que ele esteja nas condições adequadas, testando o computador, a caixa de som e a projeção da
imagem.

Proposta de avaliação das aprendizagens

A avaliação em projetos é processual, devendo acompanhar cada etapa do trabalho. Você


pode compartilhar, desde o início, o que será avaliado com os alunos: entrega das versões finais dos
materiais (textos, cartazes, campanhas, vídeos); realização da enquete; participação no levantamento
e compilação dos dados; engajamento nas pesquisas e na organização da mostra e/ou na exibição dos
materiais; participação na elaboração/edição dos textos ou vídeos. Caso ache necessário, estipule uma
pontuação para cada atividade. É interessante também que os alunos tenham uma conversa de
autoavaliação após o evento, com perguntas que os guiem, como: Eu participei de todas as etapas que
resultaram na mostra? Por que não me envolvi em todas as etapas? Em qual etapa pude contribuir
mais e por quê?
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Para saber mais – Aprofundamento para o professor

ROJO, Roxane. Letramentos múltiplos, escola e inclusão social. São Paulo: Parábola Editorial, 2009.

“Vídeo em aula: engajamento é maior quando os alunos produzem os seus” — matéria da revista
Nova Escola. Disponível em: https://novaescola.org.br/conteudo/4927/blog-de-tecnologia-video-em-
aula-engajamento-e-maior-quando-alunos-produzem-os-seus.

“Como usar a internet sem se expor ao risco”. Disponível em:


https://paisefilhos.uol.com.br/pais/como-usar-a-internet-sem-se-expor-aos-risco/.

(Acessos em: 20/9/2018.)

Sites

• Cartilhas, jogos e sugestões para uso da Internet com segurança. Disponível em:
https://internetsegura.br/.
• Vídeos instrutivos, gráficos, áudios sobre navegação segura e combate a crimes virtuais. Disponível
em: https://new.safernet.org.br/.
(Acessos em: 20/9/2018.)

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