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CASO CLÍNICO

Paciente do sexo feminino, 19 anos, chega à Policlínica Odontológica da Uea com queixa de
“dente aberto com dor”. Ao ser ques onada acerca da História da Doença Atual (HDA) a
mesma infere que a mais ou menos um ano notou a presença de uma cárie em seu dente
posterior que aos poucos começou a fraturar, com relato de dor ao se alimentar, quando
resquícios de alimento adentravam na cavidade aberta. Se trata de uma dor de declínio rápido,
não persistente juntamente a um incômodo ao tomar bebidas geladas. Suas dores eram
apenas provocadas. Posteriormente realizou-se exames sicos extra e intraorais e clinicamente
observou-se que o dente se apresentava com a coroa parcialmente destruída envolvendo as
faces: oclusal, distal e lingual (figura 1). Logo após, realizou-se as radiografias interproximais e
periapical da região (figura 2).

Se tratando de um dente nessas condições, os possíveis testes a serem realizados são:


palpação, percussão, testes pulpares térmicos principalmente o teste frio com Endo Ice. Além
desses, para diagnós co pulpar pode-se ainda u lizar outros exames complementares como:
teste de anestesia sele va, teste de cavidade, teste pulpar ao calor u lizando cone de guta
percha e teste pulpar elétrico embora sejam menos u lizados.

Figura 1: radiografia periapical- elemento 36


Figura 1: Fotografia intrabucal do sem a presença de rarefação periapical.
elemento.

Ao realizar os testes, pode-se obter como resposta ao teste frio e quente uma resposta
nega va, palpação e percussão pode ser posi va ou nega va com raio X normal ou com
espessamento, porém sem a presença de lesão radiolúcida no ápice dentário indicando
NECROSE PULPAR como o diagnós co pulpar com indica vo de inicial periodon te apical
sintomá ca como diagnós co periapical. No caso da periodon te, o teste térmico con nua
sendo nega vo, porém, a percussão ver cal tende a ser posi va com palpação podendo se dar
com uma leve sensibilidade dolorosa e radiograficamente com espessamento do LP sem, no
entanto, a presença de lesão periapical, como já descrito.
O tratamento proposto para este caso, seria a necropulpectomia (tratamento endodôn co).

No caso citado, optou-se pela urgência do elemento em questão em virtude do quadro de dor
da paciente, com acesso dos canais mesio ves bular, mesio pala no (lingual) e distal e
posterior uso de medicação intracanal TRICRESOL FORMALINA, u lizado em casos de
necropupectomia quando ainda não se realizou o preparo biomecânico. Ao opar-se pela MIC
em questão deve-se atentar que trata-se de um medicamento volá l logo agindo a distância,
devendo-se então remover o excesso ao aplica-lo. Em seguida, u lizou-se coltosol e CIV como
restauração provisória.

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