Escolar Documentos
Profissional Documentos
Cultura Documentos
Diagnóstico Periapical
Quando vamos fazer o diagnóstico de um dente, existem alguns testes que devem ser
feito, sendo um deles o teste de sensibilidade pulpar, que geralmente é feito com frio
(EndoIce), esse teste dirá se a polpa está sensível ao frio ou não. É normal a polpa sentir
sensibilidade ao frio por até 5s, mas em casos em que a sensibilidade seja maior que isso,
pode se tratar de uma pulpite reversível. Se o paciente relata dor espontânea e
sensibilidade, pode se tratar de uma pulpite irreversível. Em casos de pulpite reversível
faz-se a remoção do fator causal que pode ser uma cárie, uma recessão gengival,
restauração mal adaptada, sulco profundo etc. Em casos de pulpite irreversível faz-se o
tratamento endodôntico.
Pode acontecer da inflamação chegar ao ápice e inflamar de forma aguda que é mais
rápido e mais doloroso.
Alterações periapicais
Crônica
Apesar de ter a lesão destruindo a parte óssea, o que abastece a lesão periapical é a bactéria
presente dentro do canal radicular.
Em casos em que o dente é tratado endodonticamente mas a lesão periapical não diminui,
é provável que haja biofilme extraradicular.
Um processo crônico pode agudizar (se tornar agudo), trazendo pus, mas o paciente não
passa por toda sintomatologia dolorosa de um abscesso por exemplo, pois o organismo
produz o pus e já tem a via de drenagem estabelecida, além disso, a quantidade é pequena.
É possível identificar as fistulas geralmente na região de fundo de sulco do paciente.
Pode-se pegar um cone de guta-percha desinfectado (na clorexidina, soro fisiológico),
coloca o cone no espaço, e ele fará o caminho até o causador no pus, o nome desse
processo é Fistulografia ou Rastreamento de fístula.
Aguda
O processo agudo pode ter um processo de pus que é o abcesso e os quadros que não
geram pus que são os casos de pericementite.
Pericementite
É uma inflamação ao redor da raiz onde tem o cemento – inflamação aguda dos tecidos
periapicais; Como o dente está necrosado, o teste de sensibilidade pulpar dará negativo.
Além disso, a dor a percussão como principal sintoma (o paciente não consegue mastigar
em cima daquele dente), pode haver relato a palpação mas é incomum. A principal
característica da pericementite é a dor a percussão. Pode ocorrer por dois tipos de agressão
pois pode ocorrer em dente não vital (pericementite de origem bacteriana) e em dente
vital (pericementite por trauma oclusal), e o teste de sensibilidade poderá dar positivo a
depender do agente agressor, quando se tem uma pericementite por trauma oclusal, o teste
com frio dará positivo e pode acontecer por uma falta de ajuste oclusal por exemplo
fazendo com que haja uma carga mastigatória grande naquela área levando a uma
inflamação na região apical.
Tudo que é crônico pode ficar agudo, e tudo que é agudo pode se agravar.
Caso o paciente relate dor após o tratamento endodôntico é necessário abrir o dente
novamente, irrigar pra tentar diminuir a contaminação e medicar o paciente (em caso de
extrusão apical de detritos contaminados). Caso o dente já tenha sido obturado faz-se o
ajuste da oclusão do paciente, fazer o uso de analgésico e acompanhar o paciente.
A pericementite pode acometer dentes que estão necrosados e dentes que estão vitais.Se
o dente que está vital e tem dor a percussão provavelmente está em trauma oclusal, por
isso deve-se fazer o ajuste.
Paciente fez tratamento endodôntico, fez-se a restauração com ionômero de vidro e depois
de 2 dias o paciente retorna com dor a mastigação em cima do dente. Faríamos o ajuste
oclusal para conforto do paciente -> Pericementite (possível questão de prova).
Pode ocorrer uma pericementite por trauma oclusal em um dente que já é tratado
endodonticamente, em um dente vital hígido em tratamento ortodôntico, dente com
restauração. Quando se fala em pericementite por trauma, faz-se apenas o ajuste oclusal
e podemos dar ao paciente algum medicamento (anti-inflamatório ou analgésico), mas,
quando a pericementite é bacteriana, ou seja, depois de uma instrumentação, chama o
paciente novamente, descontamina o conduto – se não estiver obturado – e receita um
analgésico (não receita anti-inflamatório pois a resposta inflamatória do organismo
diminui).
Abscessos
Diante de um abscesso é preciso drenar. Precisamos ver por onde ele irá sair, se é pelo
canal radicular ou através da lâmina de bisturi. Portanto, em um quadro de abscesso, três
procedimentos têm que ser feitos: Drenagem (vai drenar via canal ou cirúrgica),
antibiótico (o paciente precisa ou não tomar antibiótico?; isso depende do envolvimento
sistêmico dele), intervenção que será feita no dente causador (nem sempre poderá ser
endodôntica, as vezes será uma exodontia).
Nem toda celulite facial é pus. Em um quadro de abscesso, pode ser associado a
celulite facial.
O abscesso é a coleção de pus alojado nos tecidos ósseos; extensão aguda edemaciara de
um processo inflamatório agudo para os planos faciais dos tecidos moles; celulite é o
aumento de volume resultante da saída de plasma dos vasos e diminuição da drenagem
linfática pela inflamação.
Se houver volume intra-oral, mesmo com quadro de celulite a drenagem é intra-oral. Se
não houver volume intra-oral e houver celulite facial, a drenagem é extra-oral em
ambiente hospitalar.