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LGG DRC-MT-EM - Pub
LGG DRC-MT-EM - Pub
8.1 Apresentação
258
A Área de Linguagens e suas Tecnologias está organizada em campos de atuação25
e tem as práticas sociais de linguagem como seus principais eixos, o que possibilita a
relação dialética entre as variadas formas de manifestações do texto e suas ilimitadas
imbricações e a inter-relação dos componentes curriculares da Área: Arte, Educação
Física, Língua Inglesa, Língua Espanhola e Língua Portuguesa (BRASIL, 2018).
8.2 Diagnóstico
Um aspecto relevante com relação à utilização de dados diagnósticos que deve ser
considerado na construção deste currículo é quanto à utilização das análises do SAEB
para a contextualização da aprendizagem da área, considerando que apenas o componente
da Língua Portuguesa foi até então verificado.
25
“[...] a organização das práticas de linguagem (leitura de textos, produção de textos, oralidade e análise
linguística/semiótica) por campos de atuação aponta para a importância da contextualização do
conhecimento escolar, para a ideia de que essas práticas derivam de situações da vida social e, ao mesmo
tempo, precisam ser situadas em contextos significativos para os estudantes” (BRASIL, 2017, p. 84).
26
https://biblioteca.ibge.gov.br/index.php/biblioteca-ccatalogo?view=detalhes&id=2101657. Acesso
em: 06/03/2020.
259
Médio têm apresentado níveis insatisfatórios, considerando os resultados de avaliações
que medem essas práticas.
Fonte: http://portal.inep.gov.br/web/guest/sinopses-estatisticas-do-enem
27
Índice alcançado em avaliação internacional realizada pela Organização para Desenvolvimento
Econômico – OCDE, entidade formada por governos de 30 países e que têm como princípios a democracia
e a economia de mercado, que mede o nível educacional de jovens de 15 anos por meio de provas de Leitura,
Matemática e Ciências. O Brasil não é membro OCDE, mas foi convidado para participar do PISA pela
terceira vez consecutiva. O objetivo principal do Pisa é produzir indicadores que contribuam, dentro e fora
dos países participantes, para a discussão da qualidade da educação básica e que possam subsidiar políticas
nacionais de melhoria da educação.
28
http://portal.mec.gov.br/busca-geral/211-noticias/218175739/42741-resultado-do-pisa-de-2015-e-
tragedia-para-o-futuro-dos-jovens-brasileiros-afirma-ministro
260
A baixa proficiência em leitura indicada nos percentuais do PISA, reforçada
também no desempenho geral na prova objetiva de Linguagem do Enem, pode ser
observada ainda na proficiência da escrita dos resultados na redação do Enem para os
estudantes do Estado de Mato Grosso que, no período 2013 e 2014, alcançaram as médias
de 484,96 e 452,32, respectivamente, abaixo da média nacional. Em 2015, houve um
avanço nessa média e o Estado chegou a 528,0 pontos, ainda abaixo da nacional que foi
de 543,00.
Fonte: http://portal.inep.gov.br/web/guest/sinopses-estatisticas-do-enem
261
Gráfico 3: Resumo AVALIA-MT
262
O retrato da aprendizagem das práticas de leitura e escrita proporcionado no
Ensino Médio não deve ser, contudo, compreendido apenas no limite dos números
divulgados pelos órgãos e institutos que avaliam de modo pontual e a partir de uma matriz
que não avalia todos os aspectos que compreendem a aprendizagem. Segundo Freitas29,
essa avaliação formal não pode se sobrepor a muitos outros aspectos que influenciam
esses resultados, por exemplo, o cotidiano da escola e seu funcionamento, contexto no
qual inúmeras situações contribuem para o atual desempenho escolar que se somam a
falta de infraestrutura, a falta de envolvimento dos pais no processo de aprendizagem, a
busca pela formação continuada dos profissionais envolvidos nesse processo, aspectos
que ele denomina de avaliação informal.
29
A avaliação e as reformas dos anos de 1990: novas formas de exclusão, velhas formas de subordinação
– Educ. Soc. V. 25, nº. 86, Campinas, 2004 – in http://dx.doi.org/10.1590/S0101-73302004000100008
263
explicitado no Documento de Referência para Mato Grosso - Ensino Fundamental, que
prevê a participação dos estudantes em
Nesse movimento, o estudante amplia e consolida sua formação nessa etapa com
o desenvolvimento das competências e habilidades iniciadas no Ensino Fundamental para
exercer sua cidadania. Todo esse processo é mediado pelo uso consciente e pleno das
múltiplas linguagens.
264
de dois eixos estruturantes: interações e brincadeiras. Os eixos estruturantes, na
articulação entre direitos de aprendizagem e as dez competências gerais, asseguram
Espera-se, com isso, que o estudante que começou sua trajetória escolar na
Educação Infantil chegue ao Ensino Médio compreendendo a si e ao outro como agentes
sociais. Nesse sentido, a concepção de área destaca a importância dos componentes
curriculares na construção desse ser integral, ressaltando os pontos de intersecção e suas
idiossincrasias. A integração entre os componentes da área é responsável pelo alcance da
construção do ser integral proposto pela BNCC. Assim, compreender os aspectos de cada
um desses componentes é indispensável para alcançar esses objetivos.
Educação Física
265
Historicamente, o corpo sempre fora concebido sob diferentes concepções e
entendimentos a partir das relações de poder, e isto envolve complexidade sobre o
assunto. No estado de Mato Grosso, por exemplo, percebe-se que as diversidades são
peculiares em todas as regiões. Em todo o Estado são mais de 42 povos indígenas, várias
comunidades quilombolas, muitas vilas e cidades que evidenciam condições
socioculturais de ser corpo. (GRANDO, 2014).
30
Dualismo entre o pensamento e o corpo e, este último desprovido de linguagem, de valores e de
pensamento, puramente acessória. Período marcado pela filosofia mecanicista, pelas fórmulas, cálculos,
fatos e racionalização do pensamento. O corpo aparece “como a parte menos humana do homem,” pensado
a partir do biológico subordinado ao modelo da máquina, aquele que tem que reproduzir padrões de
habilidades motoras e psicomotoras (LE BRETON, 2012, p. 110).
266
As perspectivas críticas voltadas ao ensino dos esportes com direcionamento do
desenvolvimento motor, repetição e da performance tencionaram a Educação Física para
o campo da cultura corporal, objeto ainda pouco compreendido, marcado por imprecisões,
assim como a trajetória do corpo na história da humanidade. Isso projeta a área para o
cenário pedagógico e carece de um debate na comunidade escolar para o afastamento de
incompreensões do papel do componente na formação dos estudantes, o que exige um
espaço-tempo pedagógico para que os estudantes compreendam que seus corpos são
textos, os quais interagem e se comunicam com outros textos dando sentido a sua
presença, construindo suas identidades. No que diz respeito a essa discussão, as quadras
das escolas, como um dos locais de interação no ambiente escolar, precisam dar condições
para que professores construam coletiva e colaborativamente práticas pedagógicas que
ressignifiquem o corpo como texto.
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skatistas, os esportistas, os dançarinos, os gamers, os geeks e os que marcam o corpo com
tatuagem, com brincos, piercings, bonés, dentre outros símbolos que trazem o sentimento
de pertença, de ser protagonista das práticas corporais que acompanham as juventudes
em sua trajetória.
Da mesma maneira cabem as reflexões acerca das danças e seus textos corporais.
As danças expressam sentimentos, seus gestos comunicam, suas significações nos
possibilitam compreender cenários das juventudes. Ao dançar as pessoas expressam
sentimentos e desejos. As danças criativas, as alternativas, as de matriz africana e
indígena, danças urbanas e danças regionais, dentre outras possibilidades podem construir
tecidos culturais em que muitos jovens do ensino médio irão se compreender e
compreender a sua relação com os outros.
268
desenvolver competências socioemocionais inter e intrapessoais. A ginástica geral
apresenta aos jovens possibilidade de sentir e vivenciar seus corpos, entender suas
marcas, seus desejos, suas vontades. A ginástica de condicionamento permite que os
estudantes relacionem as suas vivências com o mundo e aprendam como lidar com os
padrões estéticos.
269
Curricular Arte uma vez que toda linguagem é um modo singular de reflexão e, por meio
dela, o ser humano forma e transforma a matéria oferecida pelo mundo da natureza e da
cultura num contexto significativo. Assim, a arte é, antes de mais nada, uma experiência
de sensibilidade e caminha no sentido de buscar a relação do ensino integrado às
diferentes práticas pedagógicas.
Arte
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É necessário argumentar que atitude e manifestação, embora haja proximidade lexical entre estes dois termos, aqui
não são palavras entendidas como sinônimas, uma vez que uma pessoa pode ter a atitude de não se manifestar diante
de uma problemática apresentada. Nesse caso, a atitude existe, embora não haja manifestação. Estes termos só seriam
sinônimos se o termo “manifestação” estivesse intrinsecamente vinculado à vontade. Em resumo, enquanto a atitude
pode ficar no campo abstrato, das intencionalidades, a manifestação se evidencia no campo da tangibilidade, de uma
ação demonstrada diante dos acontecimentos.
270
arte. A partir da Lei de Diretrizes e Bases nº 9.394/96, o ensino de arte tornou-se
obrigatório na Educação Básica. O Artigo 26, parágrafo 2º prevê que as expressões
regionais constituirão o componente curricular obrigatório da educação básica (Lei
n.13.415, de 2017). Sabe-se que a legislação nem sempre se concretiza no contexto
escolar, mas traz como possibilidade discussões, provoca reflexões que impulsionam
movimentos e criam espaços entre educadores para a sua valorização.
No entanto, para que isso aconteça, o professor precisa ter a consciência de que o
ambiente escolar é um espaço reconhecidamente criado para a produção de
conhecimentos e apreciação do saber. O processo de cognição, entendido aqui como um
bem universal, é considerado dentro de uma proposta didática que deve propiciar aos
estudantes as mais diversas experiências e oportunidades de desenvolver o seu potencial
criador para uma reflexão da cidadania, bem como o amadurecimento de sua ótica acerca
do mundo, transcendendo a simples adaptação à realidade em que vive, ampliando
aptidões pessoais a fim de assegurar a concepção de que o ser humano é genuinamente
um ser social. Ao concordar com essas considerações, Ernst Fischer, um grande pensador
do século XX, assegura que
[...] O homem anseia por absorver o mundo circundante, integrá-lo a si; anseia
por estender pela ciência e tecnologia o seu “Eu” curioso e faminto de mundo,
até as mais remotas constelações e até os mais profundos segredos do átomo;
anseia por unir na arte o seu “Eu” limitado com uma existência humana
coletiva e por tornar social a sua individualidade. (1983, p. 13).
Para alguns pensadores contemporâneos, a arte é vista como parte constitutiva das
várias manifestações simbólicas de cultura e, no processo de ensino e aprendizagem, o
seu entendimento vai além de ser observada como manifestação de sentimentos, forma
de expressão, mas como forma de pensamento - base epistemológica, tão importante na
formação do estudante e no universo curricular das escolas. Sabe-se que mudanças
ocorridas nas concepções nem sempre acarretam mudanças nos conteúdos, metodologias,
271
ou seja, na forma de ensinar. O desafio é buscar o ponto de equilíbrio entre as diferentes
abordagens, compreendendo inclusive as inter-relações entre ciência e Arte.
Diante dos novos desafios postos pelo mundo globalizado, a práxis pedagógica
exige novos olhares para essa realidade complexa, exigindo dos professores uma didática
melhor elaborada, fundada em novos questionamentos. Neste contexto, o ensino da Arte
alerta sobre a necessidade de conhecermos mais profundamente as linguagens artísticas,
em suas múltiplas essências, observadas em sua diversidade, a fim de que se possa
compreender as possibilidades de uso de cada uma delas, bem como ampliar as escolhas
e estabelecer diálogos com a contemporaneidade. Isso não significa que o professor tenha
que dominar todas as linguagens, mas ter conhecimento de como elas se relacionam nas
abordagens contemporâneas.
272
O desafio para romper o olhar estereotipado sobre o Ensino da Arte no contexto
da área de linguagens carrega implicações que exigem uma abordagem significativa e
adequada para sala de aula. O professor de Arte constrói e transforma seu trabalho na sua
práxi cotidiana, na síntese entre a ação e a reflexão. É neste sentido que precisa saber arte
e saber ser professor de arte; saber os conteúdos e os procedimentos para que o estudante
deles se aproprie (FERRAZ e FUSARI, 1992, p. 41).
273
Ao se tomar a Arte como uma dimensão de conhecimento humano é relevante
entender como essa via de construção, de ensino e aprendizagem é processada no trabalho
docente quanto às escolhas metodológicas utilizadas e em que concepções se
fundamentam, construindo uma concepção da Arte mais abrangente. Para que as práticas
educativas sejam planejadas, é necessária uma atuação docente crítica para o componente
curricular Arte e suas respectivas modalidades artísticas.
Nessa reflexão crítica, algumas abordagens são destaques tais como Linguagens,
Dimensões do conhecimento, Processo de ensino aprendizagem em Arte, bem como as
quatro Linguagens do componente curricular. O ensino da Arte deve assegurar a
possibilidade do fazer investigativo, em que o estudante possa refletir contextos, conhecer
os imaginários populares em que cada obra estudada fora concebida, em síntese, que o
discente consiga vislumbrar o contexto de produção da obra de arte. A linguagem e a
dimensão do conhecimento artístico devem ser do interesse dos estudantes.
Evidentemente, o uso das linguagens verbal e não verbal contidas em muitas das obras
pode contribuir para debates em outros componentes curriculares.
274
percepções acerca da consciência corporal e da compreensão da dança como objeto
artístico.
Teatro (Artes Cênicas) – O ensino da arte teatral deve contribuir para o estudante
desenvolver uma experiência artística multissensorial, na elaboração de sujeitos de
diferentes tempos, idades e gêneros, compreendendo tipos, espaços, contextos, num
debate entre o “eu” do ator e os diversos personagens apresentados, dentro dos aspectos
individuais e coletivos, para a tomada de consciência dos diversos tipos sociais, refletidos
nas performances desenvolvidas em cada espetáculo/cena.
275
sobre o desenvolvimento do conhecimento do estudante para produzir um objeto artístico,
pois enfatiza as vivências do estudante na maturação dos saberes para que o objeto
artístico seja concluído, revelando o seu protagonismo, a sua ação criativa, bem como a
sua interação com as diversas manifestações artísticas da História da Arte, a fim de que
ele componha o seu produto final.
Para tanto, é necessário que ele se valha de determinadas dimensões para que o
seu processo criativo se desenvolva. No Ensino da Arte, as dimensões do conhecimento
são:
2. Crítica - é uma dimensão que tem intenção de discutir o fazer dos artistas, bem
como do estudante, verificando-se a intencionalidade em que cada obra fora produzida.
Esta dimensão precisa ser conduzida como prática investigativa.
Todo esse processo de trabalho com o componente curricular Arte não acontece
de forma isolada, deve ser estabelecido um diálogo com as 10 competências gerais e com
as competências e as habilidades específicas da área, proporcionando aos estudantes uma
276
visão ampliada e crítica, participativa, de forma a interagir com o mundo, seja ele
desmistificado no seu entorno, seja em apresentações em lugares mais distantes, seja
divulgado no ambiente sem fronteiras da internet.
277
Nas palavras de Souza (2019), o ensino e aprendizagem de línguas estrangeiras
necessitam ser multilíngues e inclusivos e serem construídos levando em consideração as
múltiplas linguagens, o que, do ponto de vista social, é fundamental para atender à
diversidade que constitui nosso país. Ou seja, as “Línguas Estrangeiras são fundamentais
no conjunto de conhecimentos essenciais que possibilitam ao estudante uma aproximação
a diferentes culturas e, consequentemente, propiciam sua integração no mundo” (p.59).
278
fim de resolver demandas complexas da sociedade, buscando abordar as concepções de
cidadania, inclusão, exclusão, letramentos, multiletramentos, multimodalidade e
hipertexto no processo de ensino e aprendizagem de Língua Estrangeira, apontadas na
BNCC (2018):
279
acesso a outras informações e culturas, além de estabelecerem relações interdisciplinares
com os demais componentes curriculares da área.
Quadro 1: Competência e Habilidade específica dos Componentes Curriculares Língua Inglesa e Língua
Espanhola.
COMPETÊNCIA ESPECÍFICA 4
Compreender as línguas como fenômeno (geo)político, histórico, cultural, social,
variável, heterogêneo e sensível aos contextos de uso, reconhecendo suas variedades e
vivenciando-as como formas de expressões identitárias, pessoais e coletivas, bem como
agindo no enfrentamento de preconceitos de qualquer natureza.
HABILIDADES
(EM13LGG401) Analisar criticamente textos de modo a compreender e caracterizar as
línguas como fenômeno (geo) político, histórico, social, cultural, variável, heterogêneo
e sensível aos contextos de uso.
280
(EM13LGG402) Empregar, nas interações sociais, a variedade e o estilo de língua
adequados à situação comunicativa, ao(s) interlocutor(es) e ao gênero do discurso,
respeitando os usos das línguas por esse(s) interlocutor(es) e sem preconceito
linguístico.
(EM13LGG403) Fazer uso do inglês como língua de comunicação global, levando em
conta a multiplicidade e variedade de usos, usuários e funções dessa língua no mundo
contemporâneo.
Vale ressaltar também que, ao longo dos anos finais do Ensino Fundamental, no
desenvolvimento dos verbos das competências e habilidades específicas dos componentes
de Língua Inglesa e Língua Espanhola considerou-se a Taxonomia de Bloom (1993-2001)
organizadas por níveis de complexidade, do mais simples para o mais complexo. Essa
taxonomia conta com seis categorias nomeadas por verbo específico de acordo
com o nível e modalidade do conhecimento, conforme mostra a figura 01. Nela, os
verbos estão substantivados.
32
A BNCC da área de Linguagens e suas Tecnologias no Ensino Médio prioriza cinco campos de atuação
social: campo da vida pessoal, campo das práticas de estudo e pesquisa, campo jornalístico-midiático,
campo de atuação na vida pública e campo artístico (BRASIL, 2018, p. 479-480).
281
Figura 1: Categorias da Taxonomia de Benjamin Bloom (1993 – 2001) revisadas
Fonte: ANDERSON, L.W.; KRATHWOHL, D.R.; AIRASIAN, P.W.; CRUIKSHANK, K.A.; MAYER,
R.E.; PINTRICH, P.R.; RATHS, J.; WITTROCK, M.C (2001) - Imagem Adaptada do Site @Raleduc
Tecnologia e Informação. Disponível em: https://blog.raleduc.com.br/2018/01/15/benjamin-bloom-sua-
taxonomia/
282
Considerada a ampliação dos verbos, observa-se no DRC-MT, a partir do 6º ano,
que as habilidades partem das ações do conhecer, compreender, aplicar e analisar. A partir
da consolidação das aprendizagens essenciais na Etapa Fundamental o que se espera para
a Etapa Ensino Médio é a ampliação das aprendizagens essenciais.
Nessa perspectiva, ao estudar a Língua Inglesa e a Língua Espanhola nessa etapa,
é necessário que os estudantes criem, inventem, e componham, espontaneamente e/ou
originalmente, de forma processual e independente de modelo pré-estabelecido com ou
sem ajuda do professor (KRATHWOHL, 2002, p. 215-216). Nesse caso, no processo de
ensino e aprendizagem de Língua Inglesa e Língua Espanhola no Ensino Médio prioriza-
se a produção autônoma por parte dos aprendizes de gêneros escritos, orais e digitais
considerando os contextos social, histórico e político dos indivíduos.
A partir dessas perspectivas no processo de ensino e aprendizagem de Língua
Inglesa e Língua Espanhola, é relevante, também, abordar o papel do professor de línguas
no Novo Ensino Médio. Apoiando-se nas correntes teóricas relativas ao processo de
ensino e aprendizagem de línguas o DRC-MT Etapa Ensino Médio prioriza a concepção
de ensino e aprendizagem sociointeracionista.
Nesse processo, o professor necessita assumir a função de mediador, facilitador
do conhecimento, instigando e provocando o estudante a construir conhecimento,
possibilitando que ele analise, interprete e transforme seu conhecimento cultural e
científico. Diante dessa concepção, o professor de Língua Inglesa e de Língua Espanhola
necessita (re)pensar, continuamente, o seu papel buscando avaliar sua prática e atividades
considerando o seu contexto educacional.
Língua Portuguesa
283
possibilidades de fruição, de construção e produção de conhecimentos, de
compreensão crítica e intervenção na realidade e de participação social dos
jovens, nos âmbitos da cidadania, do trabalho e dos estudos. (BRASIL, 2018,
p. 498).
33
Produzuários: produtor + usuário. Usuários que também produzem conteúdos na Internet, por meio da Web 2.0 .
284
o texto não realiza por si as relações estruturais, contextuais que ampliam a sua
significação.
Assim, o Ensino Médio precisa propiciar a formação do leitor, de modo que esse
utilize alternativas que atendam às suas necessidades, que o aproximem de novas leituras
e possibilitem a produção, por meio do exercício da autoria e da crítica com base em
critérios estéticos, éticos e sensíveis. Vale salientar que a utilização de sínteses de obras,
quadrinhos, filmes, e outros em voga, dado as adaptações feitas pelos usuários da internet,
ainda que sejam recursos possíveis, não devem ser substitutos das leituras das obras
originais.
É preciso lembrar que Mato Grosso é um estado que passou por grande fluxo
migratório e recebeu e continua recebendo muitos migrantes e imigrantes de diversas
285
regiões do país, principalmente do Sul, bem como de diferentes partes do mundo. Essas
realidades somadas às locais (urbanas, do campo, quilombolas, indígenas, entre outros)
ampliam a diversidade artístico-literária.
[...] a língua, enquanto meio vivo e concreto onde vive a consciência do artista
da palavra, nunca é única. Ela é única somente como sistema gramatical
abstrato de formas normativas, abstraída das percepções ideológicas concretas
que a preenche e da contínua evolução histórica da linguagem viva. A vida
social viva e a evolução histórica criam, nos limites de uma língua nacional
abstratamente única, uma pluralidade de mundos concretos, de perspectivas
literárias, ideológicas e sociais, fechadas; os elementos abstratos da língua,
idênticos entre si, carregam-se de diferentes conteúdos semânticos e
axiológicos, ressoando de diversas maneiras no interior destas diferentes
perspectivas.
A própria língua literária oral e escrita, única não só em relação aos seus
índices gerais linguísticos abstratos, mas também nas suas formas de
interpretação destes momentos abstratos, é estratificada e plurilíngue no seu
aspecto concreto, objetivamente semântico e expressivo (BAKHTIN,1998, p.
96).
286
como diversidade linguística e cultural. O Estado apresenta manifestações culturais
diversas construídas a partir do processo de interação e inter-relações no diálogo com o
nacional e o mundial.
287
Quadro 1- Comparativo das progressões das Competências do Ensino Fundamental para
o Ensino Médio
288
Utilizar diferentes
3 Utilizar diferentes linguagens (artísticas, Destaca-se no Ensino Médio
linguagens – verbal corporais e verbais) para a autonomia e a autoria no
(oral ou visual-motora, exercer, com autonomia e uso das diferentes linguagens
como Libras, e colaboração, promovendo a consciência
escrita), corporal, protagonismo e autoria na socioambiental e o consumo
vida pessoal e coletiva, de
visual, sonora e digital responsável, em âmbito local,
forma crítica, criativa,
–, para se expressar e regional e global.
ética e solidária,
partilhar informações, defendendo pontos de
experiências, ideias e vista que respeitem o
sentimentos em outro e promovam os
diferentes contextos e Direitos Humanos, a
produzir sentidos que consciência
levem ao diálogo, à socioambiental e o
resolução de conflitos consumo responsável, em
e à cooperação. âmbito local, regional e
global.
Compreender as línguas
4 Utilizar diferentes como fenômeno Amplia-se o foco da
linguagens para (geo)político, histórico, utilização das diferentes
defender pontos de cultural, social, variável, linguagens para a
vista que respeitem o heterogêneo e sensível aos compreensão delas de acordo
outro e promovam os contextos de uso, com seus contextos de uso.
direitos humanos, a reconhecendo suas Passa-se da defesa de pontos
variedades e vivenciando-
consciência de vista à compreensão das
as como formas de
socioambiental e o expressões identitárias, línguas num aspecto mais
consumo responsável pessoais e coletivas, bem global, abordando questões
em âmbito local, como agindo no geopolíticas, históricas e
regional e global, enfrentamento de sociais para o enfrentamento
atuando criticamente preconceitos de qualquer de preconceitos de qualquer
frente a questões do natureza. natureza.
mundo
contemporâneo.
Compreender os
5 Desenvolver o senso processos de produção e Amplia-se a visão do senso
estético para negociação de sentidos estético e da fruição das
reconhecer, fruir e nas práticas corporais, manifestações artísticas e
respeitar as diversas reconhecendo-as e culturais à medida que, além
manifestações vivenciando-as como da fruição, se destacam
artísticas e culturais, formas de expressão de também à compreensão dos
valores e identidades, em
das locais às mundiais, fatores que envolvem as
uma perspectiva
inclusive aquelas democrática e de respeito produções de sentidos nessas
pertencentes ao à diversidade. manifestações.
patrimônio cultural da
humanidade, bem
como participar de
práticas diversificadas,
individuais e coletivas,
da produção artístico-
cultural, com respeito
à diversidade de
289
saberes, identidades e
culturas.
Apreciar esteticamente as
6 mais diversas produções Percebe-se que a
artísticas e culturais, Competência 6 do Ensino
considerando suas Médio é uma progressão da
características locais, Competência 5 do Ensino
regionais e globais, e Fundamental. Destaca-se no
mobilizar seus
Médio o uso de critérios para
conhecimentos sobre as
apreciação estética das
linguagens artísticas para
dar significado e manifestações artísticas e
(re)construir produções culturais bem como a
autorais individuais e mobilização de
coletivas, exercendo conhecimentos para
protagonismo de maneira produções autorais e
crítica e criativa, com coletivas.
respeito à diversidade de
saberes, identidades e
culturas.
Mobilizar práticas de
6 EF/7 EM Compreender e utilizar linguagem no universo A Competência 6 do Ensino
tecnologias digitais de digital, considerando as Fundamental está ligada a
informação e dimensões técnicas, Competência 7 do Ensino
comunicação de forma críticas, criativas, éticas e Médio. Passa-se do uso de
crítica, significativa, estéticas, para expandir as tecnologias para resolução de
formas de produzir
reflexiva e ética nas problemas à mobilização das
sentidos, de engajar-se em
diversas práticas práticas de linguagem no
práticas autorais e
sociais (incluindo as coletivas, e de aprender a mundo digital, ou seja,
escolares), para se aprender nos campos da utilizar as TDIC nas práticas
comunicar por meio ciência, cultura, trabalho, do mundo social com foco na
das diferentes informação e vida pessoal autoria e no uso das
linguagens e mídias, e coletiva tecnologias no processo de
produzir aprendizagem contínua e
conhecimentos, autônoma.
resolver problemas e
desenvolver projetos
autorais e coletivos.
Planejar as ações para o Ensino Médio, a partir das progressões das Competências
Específicas apresentadas no quadro acima, é construí-las com a intencionalidade de
ampliar um conhecimento que já foi definido no Ensino Fundamental. As avaliações
diagnósticas realizadas no início do Ensino Médio servem para indicar quais
competências e habilidades precisam ser retomadas a fim de que o estudante possa
ampliar seus conhecimentos. Desse modo, elencar os objetivos de aprendizagem de
acordo com o diagnóstico realizado será fundamental para o prosseguimento dos estudos
no Ensino Médio.
290
A formação integral proposta pelo Documento de Referência Curricular do Estado
de Mato Grosso apresenta o ensino por área permeado pelos objetos de conhecimento que
interligam os componentes que a formam. A partir das Competências Específicas e das
Habilidades de Linguagens surgem os objetos de conhecimentos que, de acordo com o
planejamento e estruturação com os Temas Contemporâneos Transversais e tendo como
perspectiva o desenvolvimento das dez Competências Gerais, orientam os planos de aula.
O que se almeja é que, ao final do Ensino Médio, a escola tenha contribuído para a
formação do estudante conforme os objetivos planejados desde a entrada na Educação
Infantil. Para tanto, na Etapa Ensino Médio, as habilidades específicas oferecem a
possibilidade de um trabalho pedagógico amplo e ao mesmo tempo pontual, no qual o
regionalismo, em todas as suas vertentes, seja visto como parte indissociável da
construção das identidades34 dos estudantes.
A partir das orientações da BNCC, as escolhas listadas na tabela abaixo têm por
objetivo apresentar algum subsidio para que, nos diversos espaços escolares, os
professores analisem os objetos elencados e os adequem, reinventem, ampliem de acordo
com as necessidades de estudo da língua e com sua realidade, visando alcançar a formação
dos estudantes para as competências e habilidades estabelecidas.
34
O termo “identidades”, no plural, apoia-se no conceito contemporâneo de que não há mais uma única
identidade, uma forma apenas de reconhecimento pessoal e profissional, mas o descentramento dos sujeitos,
que desenvolverão, ao longo da vida, diferentes formas de identificação e reconhecimento (HALL, 2003).
291
HABILIDADES OBJETO DE CONHECIMENTO
Gêneros discursivos.
Gêneros artísticos.
292
(EM13LGG105) Analisar e experimentar Gêneros digitais.
diversos processos de remidiação de
produções multissemióticas, multimídia e Gêneros cinematográficos.
transmídia, desenvolvendo diferentes
modos de participação e intervenção social. Arte digital.
COMPETÊNCIA ESPECÍFICA 2
Variação linguística.
293
(EM13LGG203) Analisar os diálogos e os Jogos e brincadeiras populares de matriz africana
processos de disputa por legitimidade nas e indígena.
práticas de linguagem e em suas produções
(artísticas, corporais e verbais). Autoria e relações de poder nas práticas orais;
Teoria da comunicação.
COMPETÊNCIA ESPECÍFICA 3
(EM13LGG301) Participar de
processos de produção individual e
colaborativa em diferentes Práticas corporais de aventura urbana.
linguagens (artísticas, corporais e
Produção de gêneros orais e escritos.
verbais), levando em conta suas
formas e seus funcionamentos, para Artes integradas.
produzir sentidos em diferentes
contextos.
(EM13LGG302) Posicionar-se
criticamente diante de diversas Lutas de origem oriental.
visões de mundo presentes nos
Movimentos artísticos.
discursos em diferentes linguagens,
levando em conta seus contextos de Análise de produções culturais nacional, global e local.
produção e de circulação.
294
(EM13LGG303) Debater questões Práticas corporais de lazer em espaços públicos e
polêmicas de relevância social, privados.
analisando diferentes argumentos e
Fenômeno esportivo.
opiniões, para formular, negociar e
sustentar posições, frente à análise Argumentação.
de perspectivas distintas.
Vozes do discurso.
Representações artísticas.
COMPETÊNCIA ESPECÍFICA 4
295
HABILIDADES OBJETOS DE CONHECIMENTO/PALAVRAS-CHAVE
Textos multissemióticos.
Intertextualidade e Cinema.
296
(EM13LGG403MT) Fazer uso do Leitura, Compreensão, análise e interpretação de
espanhol como língua de textos.
comunicação global, levando em
Estratégias de leitura e compreensão de textos.
conta a multiplicidade e variedade
de usos, usuários e funções dessa Gêneros discursivos.
língua no mundo contemporâneo.
Análise, interpretação e produção de textos
multimodais.
Intertextualidade e Cinema.
COMPETÊNCIA ESPECÍFICA 5
Performance.
297
(EM13LGG502) Analisar
Danças Indígenas e de matriz africana.
criticamente preconceitos,
estereótipos e relações de poder Fenômeno esportivo.
presentes nas práticas corporais,
Danças urbanas.
adotando posicionamento contrário a
qualquer manifestação de injustiça e Danças regionais.
desrespeito a direitos humanos e
Construção cultural das lutas.
valores democráticos.
COMPETÊNCIA ESPECÍFICA 6
298
História da Arte.
(EM13LGG602) Fruir e
apreciar esteticamente
Formas de expressões artísticas.
diversas manifestações
artísticas e culturais, das locais Expressões literárias.
(EM13LGG603) Expressar-
se e atuar em processos de
criação autorais individuais e
Artes visuais.
coletivos nas diferentes
linguagens artísticas (artes Audiovisual (edição, apps).
visuais, audiovisual, dança,
Referência de beleza na história.
música e teatro) e nas
intersecções entre elas, Manifestações artísticas representativas no mundo.
recorrendo a referências
Produção artístico-literária. Contexto histórico.
estéticas e culturais,
conhecimentos de naturezas Processos criativos.
diversas (artísticos, históricos,
sociais e políticos) e
experiências individuais e
coletivas.
299
(EM13LGG604) Relacionar Aspectos das manifestações artístico-culturais.
as práticas artísticas às
Construção histórica dos processos artístico-culturais na
diferentes dimensões da vida
sociedade.
social, cultural, política e
econômica e identificar o Produção Artística de eventos (de música, de teatro, de dança,
processo de construção cinema, literária).
histórica dessas práticas.
COMPETÊNCIA ESPECÍFICA 7
(EM13LGG701) Explorar
tecnologias digitais da informação e
Uso de Apps.
comunicação (TDIC),
compreendendo seus princípios e Princípios éticos e estéticos dos usos das TDIC nas
funcionalidades, e utilizá-las de expressões artísticas.
modo ético, criativo, responsável e
adequado a práticas de linguagem em
diferentes contextos.
300
(EM13LGG703) Utilizar diferentes Multimídia.
linguagens, mídias e ferramentas
Multimodalidade.
digitais em processos de produção
coletiva, colaborativa e projetos Aplicativos de edição.
autorais em ambientes digitais.
Aplicativos e estilo de vida ativo.
(EM13LGG704) Apropriar-se
criticamente de processos de
pesquisa e busca de informação, por Curadoria de fontes de pesquisa.
301
Ordem Competências Específicas Temas Competências Gerais
Contemporâneos
Transversais
302
3 Utilizar diferentes linguagens Educação Ambiental. 1-Conhecimento.
(artísticas, corporais e verbais) para
Educação para o 3-Repertório Cultural.
exercer, com autonomia e
Consumo.
colaboração, protagonismo e autoria 4-Comunicação.
na vida pessoal e coletiva, de forma Vida social e Familiar.
5-Cultura Digital.
crítica, criativa, ética e solidária,
Diversidade cultural.
defendendo pontos de vista que 7-Argumentação.
respeitem o outro e promovam os
9-Empatia e Cooperação.
Direitos Humanos, a consciência
socioambiental e o consumo 10-Responsabilidade e
regional e global.
303
6 Apreciar esteticamente as mais Diversidade Cultural. 1-Conhecimento.
diversas produções artísticas e
Educação para 3-Repertório Cultural.
culturais, considerando suas
valorização do
características locais, regionais e 4-Comunicação.
multiculturalismo nas
globais, e mobilizar seus
matrizes históricas e
conhecimentos sobre as linguagens
culturais brasileiras.
artísticas para dar significado e
(re)construir produções autorais Ciência e Tecnologia.
individuais e coletivas, de maneira
crítica e criativa, com respeito à
diversidade de saberes, identidades e
culturas.
304
questionamentos devem ser conduzidos pelo professor e abrangem tanto oralidade,
quanto escrita e suas representações. O discurso regional e regionalista tem, então,
condições de serem compreendidos e ressignificados, a partir dos objetivos traçados no
planejamento de aula.
linguística/semiótica
305
Intencionalidade discursiva – o discurso
regional;
306
(EM13LP06) Analisar efeitos de sentido 1 Figuras de linguagem;
decorrentes de usos expressivos da linguagem, da
Campo lexical;
escolha de determinadas palavras ou expressões e
da ordenação, combinação e contraposição de Palavras abrangentes e específicas:
palavras, dentre outros, para ampliar as hipônimos e hiperônimos.
possibilidades de construção de sentidos e de uso
crítico da língua.
307
abordagem e o fenômeno da variação linguística e Níveis de formalidade e informalidade;
analisar motivações que levam ao predomínio do
ensino da norma-padrão na escola.
Argumentação.
308
(EM13LP13) Analisar, a partir de referências Semântica;
contextuais, estéticas e culturais, efeitos de sentido
1 Apps de produção de áudios para fim de
decorrentes de escolhas de elementos sonoros
divulgação de informações.
(volume, timbre, intensidade, pausas, ritmo, efeitos
sonoros, sincronização etc.) e de suas relações com
o verbal, levando-os em conta na produção de
áudios, para ampliar as possibilidades de
construção de sentidos e de apreciação.
309
regência verbal etc.), sempre que o contexto o
exigir.
Modulação oral;
Cinestesia e gestualidade;
310
(EM13LP18) Utilizar softwares de edição de 7 Pesquisar softwares disponíveis;
textos, fotos, vídeos e áudio, além de ferramentas e
Produções coletivas de escrita;
ambientes colaborativos para criar textos e
produções multissemióticas com finalidades Análise e produção de textos
diversas, explorando os recursos e efeitos multissemióticos;
disponíveis e apropriando-se de práticas
Produção de texto coletivo;
colaborativas de escrita, de construção coletiva do
conhecimento e de desenvolvimento de projetos. Efeitos de sentido: sinonímia, figuras
de linguagem, referência e
referenciação;
311
(EM13LP22) Construir e/ou atualizar, de forma 3 Gêneros textuais – mapas, wiki;
colaborativa, registros dinâmicos (mapas, wiki
Profissões;
etc.) de profissões e ocupações de seu interesse
(áreas de atuação, dados sobre formação, fazeres,
produções, depoimentos de profissionais etc.) que
possibilitem vislumbrar trajetórias pessoais e
profissionais.
312
respeitosa e ética diante da apresentação de Discurso direto, indireto
propostas e defesas de opiniões, usando estratégias
linguísticas típicas de negociação e de apoio e/ou
de consideração do discurso do outro (como
solicitar esclarecimento, detalhamento, fazer
referência direta ou retomar a fala do outro,
parafraseando-a para endossá-la, enfatizá-la,
complementá-la ou enfraquecê-la), considerando
propostas alternativas e reformulando seu
posicionamento, quando for caso, com vistas ao
entendimento e ao bem comum.
313
(EM13LP28) Organizar situações de estudo e 3,7 Procedimentos de leitura;
utilizar procedimentos e estratégias de leitura
Estratégias de leitura;
adequados aos objetivos e à natureza do
conhecimento em questão. Objetivos da leitura.
Citação.
314
contradições, erros ou imprecisões conceituais e de Curadoria.
dados, de forma a compreender e posicionar-se
criticamente sobre esses conteúdos e estabelecer
recortes precisos.
315
CAMPO JORNALÍSTICO-MIDIÁTICO
316
(EM13LP40) Analisar o fenômeno da pós-verdade 2,7 Pós-verdades: causas e
– discutindo as condições e os mecanismos de consequências;
disseminação de fake news e também exemplos,
Fato e opinião.
causas e consequências desse fenômeno e da
prevalência de crenças e opiniões sobre fatos –, de
forma a adotar atitude crítica em relação ao
fenômeno e desenvolver uma postura flexível que
permita rever crenças e opiniões quando fatos
apurados as contradisserem.
317
(EM13LP44) Analisar formas contemporâneas de 1,7 Análise semiótica de campanhas
publicidade em contexto digital (advergame, publicitárias;
anúncios em vídeos, social advertising, unboxing,
Intencionalidade;
narrativa mercadológica, entre outras), e peças de
campanhas publicitárias e políticas (cartazes, Mecanismos de persuasão;
folhetos, anúncios, propagandas em diferentes
Recursos linguísticos;
mídias, spots, jingles etc.), identificando valores e
representações de situações, grupos e Recursos imagéticos;
configurações sociais veiculadas, desconstruindo
Recursos sonoros.
estereótipos, destacando estratégias de
CAMPO ARTÍSTICO-LITERÁRIO
318
(EM13LP46) Compartilhar sentidos construídos 6 Linguagem figurada;
na leitura/escuta de textos literários, percebendo
Implícitos: subentendidos e
diferenças e eventuais tensões entre as formas
pressupostos.
pessoais e as coletivas de apreensão desses textos,
para exercitar o diálogo cultural e aguçar a
perspectiva crítica.
319
(EM13LP50) Analisar relações intertextuais e 6
interdiscursivas entre obras de diferentes autores e
Análise do discurso;
gêneros literários de um mesmo momento histórico
e de momentos históricos diversos, explorando os Comparação entre textos;
modos como a literatura e as artes em geral se
Literatura comparada;
constituem, dialogam e se retroalimentam.
Aspectos históricos na literatura.
(EM13LP52) Analisar obras significativas das 1,2 Textos literários (literatura brasileira,
literaturas brasileiras e de outros países e povos, africana e latino-americana);
em especial a portuguesa, a indígena, a africana e a
Crítica literária (estilo, estrutura,
latino-americana, com base em ferramentas da
aspectos discursivos);
crítica literária
Comparação entre textos;
(estrutura da composição, estilo, aspectos
discursivos) ou outros critérios relacionados a Teoria literária;
diferentes matrizes culturais, considerando o
Autoria;
contexto de produção (visões de mundo, diálogos
com outros textos, inserções em movimentos Contextualização da obra literária.
estéticos e culturais etc.) e o modo como dialogam
com o presente.
Vlogs;
320
Youtube;
(EM13LP54) Criar obras autorais, em diferentes 1,3 Marcas de autoria no texto literário;
gêneros e mídias – mediante seleção e apropriação
Gêneros midiáticos;
de recursos textuais e expressivos do repertório
artístico –, e/ou produções derivadas (paródias, Recursos expressivos;
estilizações, fanfics, fanclipes etc.), como forma de
Paródia;
dialogar crítica e/ou subjetivamente com o texto
literário. Paráfrase;
Releitura;
321
sempre conseguem dar conta da multiplicidade de saberes possibilitada pelas
metodologias ativas.
322
que, por sua vez, deve ter o propósito do componente e da área do conhecimento, o que
possibilita o diálogo com os outros componentes e com os mediadores do trabalho
coletivo.
323
da LDB do artigo 36, inciso II, diz que o currículo do Ensino Médio “adotará
metodologias de ensino e de avaliação que estimulem a iniciativa dos estudantes”.
A metodologia ativa não é algo novo. Toda vez que o estudante experimenta,
procura caminhar por si mesmo, com a devida orientação do docente e participa
ativamente do processo de aprendizagem, trata-se de metodologia ativa em ação, o que
dá sentido a todos os procedimentos realizados na escola. De acordo com o Caderno de
Metodologias Ativas (MATO GROSSO, 2019, p. 5), o processo de ensino e de
aprendizagem não se trata de “um fazer pelo fazer, mas de um fazer que faça sentido. ”
Assim, o estudante deve ser estimulado e habilitado a pesquisar, a buscar informações, e
o docente, por sua vez, não se vê obrigado a centralizar as informações, mas a pensar
estratégias para o desenvolvimento de competências para a resolução de problemas reais.
O ensino deve se fundamentar no desenvolvimento do protagonismo nos estudantes,
incentivando-os para a investigação e proposição de intervenções por meio de processos
criativos que os levem a realizar empreendimentos pessoais e profissionais.
324
Os jovens estudantes do Ensino Médio devem estar cada vez mais conscientes da
necessidade de analisar o grande volume de informações que recebem a cada dia. Essa
informação ajuda, significativamente, no desenvolvimento cognitivo e participa da
construção do esquema de percepção da realidade. No caso de crianças e jovens, este
esquema está em pleno desenvolvimento.
325
REFERÊNCIAS
______. Base Nacional Comum Curricular (BNCC). Brasília: MEC. 2018. Disponível
em: < http://basenacionalcomum.mec.gov.br/images/BNCC_20dez_site.pdf >. Acesso
em: 20 jun. 2019.
______. Base Nacional Comum Curricular (BNCC). Brasília: MEC. 2017. Disponível
em: < http://basenacionalcomum.mec.gov.br/images/BNCC_20dez_site.pdf >. Acesso
em: 20 jun. 2019.
326
______. Ministério da Educação (MEC). Secretaria de Educação Média e Tecnológica
(Semtec). Parâmetros Curriculares para o Ensino Médio. Brasília, DF: MEC/Semtec,
1999. Disponível em: <http://portal.mec.gov.br/seb/arquivos/pdf/blegais.pdf>. Acesso
em: 20 jun. 2019.
327
FUSARI, M. F. de R. e; FERRAZ, M. H. C. de T. Arte na educação escolar 1992.
______. Avaliação da aprendizagem escolar: estudos e proposições. 22. ed. São Paulo:
Cortez Editora, 2011.
PERRENOUD, P. Dez novas competências para ensinar. Porto Alegre: Artmed, 2000
______. Thinking and speech. Em, R. Rieber and A. Carton (Orgs.) The Collected
Works of L.S. Vygotsky. New York, Plénum. 1988.
328
[1] A EF EducationFirst (www.ef.com) é uma empresa de educação internacional, fundada em 1965,
voltada para a experiência linguística e acadêmica, para o intercâmbio cultural e viagens educativas. A
missão da EF é de "abrir as portas do mundo por meio da educação". O Índice de Proficiência em Inglês da
EF é publicado pela SignumInternational AG. (ÍNDICE DE PROFICIÊNCIA EM INGLÊS DA EF, 2018.
Disponível em: https://www.ef.com.br/__/~/media/centralefcom/epi/downloads/full-reports/v8/ef-epi-
2018-portuguese.pdf).
[2] As faixas de proficiência estão alinhadas ao CEFR (Common European Framework ofReference,
Quadro Europeu Comum de Referência): Muito Alta corresponde ao nível B2 do CEFR.;Alta, Moderada e
Baixa correspondem ao nível B1 do CEFR; Muito Baixa corresponde ao nível A2 do CEFR. (ÍNDICE DE
PROFICIÊNCIA EM INGLÊS DA EF, 2018. Disponível em:
https://www.ef.com.br/__/~/media/centralefcom/epi/downloads/full-reports/v8/ef-epi-2018-
portuguese.pdf).
[3] uma base comum para a elaboração de programas de línguas, orientações curriculares, exames, manuais
etc em toda a Europa (Tradução da Redatoria).
[4] Descreve de forma integradora o que os estudantes de línguas têm que aprender a fazer com o objetivo
de utilizar uma língua para se comunicar, bem como os conhecimentos e destrezas que têm que desenvolver
para poder atuar de maneira eficaz. A descrição também compreende o contexto cultural onde se situa a
língua. (Tradução da Relatoria).
[5] níveis de domínio da língua que permitem comprovar o progresso dos alunos em cada fase da
aprendizagem e ao longo da vida. (Tradução da Relatoria).
[6] A BNCC da área de Linguagens e suas Tecnologias no Novo Ensino Médio prioriza cinco campos de
atuação social: campo da vida pessoal, campo das práticas de estudo e pesquisa, campo jornalístico-
midiático, campo de atuação na vida pública e campo artístico (BRASIL, 2017, p. 488-489).
[7] Índice alcançado em avaliação internacional realizada pela Organização para Desenvolvimento
Econômico – OCDE, entidade formada por governos de 30 países e que têm como princípios a democracia
e a economia de mercado, que mede o nível educacional de jovens de 15 anos por meio de provas de Leitura,
Matemática e Ciências. O Brasil não é membro OCDE, mas foi convidado para participar do PISA pela
terceira vez consecutiva. O objetivo principal do Pisa é produzir indicadores que contribuam, dentro e fora
dos países participantes, para a discussão da qualidade da educação básica e que possam subsidiar políticas
nacionais de melhoria da educação.
[8]http://portal.mec.gov.br/busca-geral/211-noticias/218175739/42741-resultado-do-pisa-de-2015-e-
tragedia-para-o-futuro-dos-jovens-brasileiros-afirma-ministro.
[9]
Dados divulgados no Qedu –www.qedu.org.br/cidade/91/enem – Acesso em 19/08/2018.
[10] A avaliação e as reformas dos anos de 1990: novas formas de exclusão, velhas formas de subordinação
– Educ. Soc. V. 25, n. 86, Campinas, 2004 – in http://dx.doi.org/10. 1590/S0101-73302004000100008
[11]
Orientações Curriculares Área de Linguagens é uma publicação da Secretaria de Estado de Educação,
Esporte e Lazer de Mato Grosso é o material utilizado atualmente pelos formadores do Centro de Formação
Profissional – Cefapro para a formação continuada dos professores da área de linguagens.
329