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Técnica Operatória e Cirurgia Experimental II

GUIA DE HABILIDADES

Habilidade a desenvolver: ACESSO VENOSO CENTRAL – ACESSO


POSTERIOR DA VEIA JUGULAR INTERNA

Passos Descrição

Arrumar a sala e separar os materiais1:


• Proteção: luvas estéreis, gorro, capa e máscara.
• Antissepsia e assepsia: clorexidina alcoólica 0,5%, pinça Foerster e
campos estéreis.
1 • Anestesia Local: Lidocaína (7 a 10 mg/Kg) a 1% ou 2% sem vasoconstritor,
seringa 3 mL, agulha de pavilhões rosa (40x1,20 mm), marrom (10x0,45
mm) e verde (25x0,8 mm).
• Procedimento: seringa, agulha 18G, Kit Seldinger, lâmina nº 11, bisturi
cabo 3, porta agulha, fio de Nylon 2-0 ou 3-0.
• Curativo: Micropore®, gaze e tesoura.
Lavar as mãos, apresentar-se ao paciente, tranquilizá-lo e orientá-lo sobre o
2 procedimento.
Colocar o paciente na posição de Trendelenburg (inclinação de 10 a 15º), com
3 a cabeça rotacionada contralateral ao acesso1-3.

Realizar antissepsia e assepsia do pescoço e do tórax acima da linha dos


4 mamilos2.

Obs.: em caso de acesso previamente suspeitado como difícil, a antissepsia


será bilateral2.
Anestesiar inicialmente com agulha de pavilhão marrom e, em seguida, com
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agulha de pavilhão preto1,2.

Identificar o local de punção: região posterior do músculo


esternocleidomastoideo, entre a porção média e inferior, a cerca de 5 cm acima
6 da clavícula e normalmente marcada pela presença da veia jugular externa.
Introduzir a agulha de 18G, anteromedialmente, em direção a fúrcula
esternal1-3.

Obs.: A localização da veia pode ser confirmada com o uso de ultrassom, assim
como esse pode auxiliar durante a realização do procedimento1-3.
Progredir a agulha, sob pressão negativa, até refluir sangue. Não avançar se
7 houver muita resistência1-3.

Desacoplar a seringa, ao acessar a veia, e introduzir o fio guia. Estabilizar a


agulha enquanto realiza a introdução de no máximo 15 ou 18 cm deste. Após a
8 colocação, sem soltá-lo, retirar a agulha 18G 1,2;

Realizar uma incisão de 3mm no local da punção e passar o dilatador pelo fio
9 guia. O dilatador deve ser inserido de 3 a 4 cm na pele. Em caso de resistência,
realizar um leve movimento de rotação. Após a retirada do dilatador, deve-se
introduzir o cateter1,2.

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Técnica Operatória e Cirurgia Experimental II
Passos Descrição
10 Introduzir o cateter cerca de 16-18cm (lado direito) e 20cm (lado esquerdo), até
alcançar a veia cava superior. Após sua introdução, deve-se retirar o fio guia e
fechar sua porção distal1-3.

Obs.: para confirmar a localização correta do cateter, pode-se realizar


aspiração1,2.
11 Realizar flush de solução salina em cada via do cateter1,2.
12 Fixar o cateter com ponto simples na pele 1-3.

Limpar a região e fazer um curativo oclusivo transparente para proteger a saída


13 do cateter. Anotar a data e hora da colocação do cateter1,2;

Solicitar a radiografia de tórax para confirmação por imagem da posição do


cateter2,3.

14 Obs.1: em caso do cateter muito profundo: desfazer as suturas, retirar um pouco


o cateter e suturar novamente1,2;
Obs.2: em caso do cateter muito superficial: reintroduzir o fio guia e realizar toda
a técnica de forma asséptica, não se deve avançar o cateter que não está em
ambiente estéril1,2.
Solicitar avaliação diária do local e trocar quando houver suspeita de infecção1.
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Referências:

1. Heffner, A.C. et al. Overview of central venous access. UpToDate. Aug, 2021;

2. Androes, M.P. et al. Placement of jugular venous catheters. UpToDate. Aug, 2021;

3. The American Society of Anesthesiologists, Inc. Lippincott Williams & Wilkins. Anesthesiology
2012; 116:539–73.

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