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história a

A não esquecer Parte IV

PRE PRIMEIRO TESTE

Uma sociedade de ordens assente no privilegio

antigo regime: entre o sec XVI e fim do sec XVIII


época da historia europeia compreendidas entre o renascimento e as
grandes revoluções liberais, corresponde de grosso modo à idade
moderna + socialmente caracteriza por uma estrutura fortemente
hierarquizada, politicamente correspondente às monarquias absolutas e
economicamente ao desenvolvimento do capitalismo comercial

é na esfera político-social que esta designação melhor se concretiza


sociedade hierarquizada em ordens ou estados

ordem: corresponde a uma categoria social definida pelo nascimento


quer pelas funções sociais que os indivíduos desempenham

a cada ordem corresponde um estado jurídico próprio: elementos


distinguem-se pelo traje e pela forma de trato

três ordens ou estratos: clero, nobreza e o terceiro estado (ou povo)


estratificação social: divisão da sociedade em grupos hierárquicos
organizados, consoante o seu prestigio, poder ou riqueza
fracionando numa pluralidade de grupos diferenciados

o clero ou o primeiro estado


estado mais digno porque é o mais próximo de deus
isentos de impostos da coroa + prestação do serviço militar
membros regem-se pelo direito canónico e são julgados em tribunais
próprios

privilégios: conceder asilo aos fugitivos + não serem obrigados a


franquear as suas casas aos soldados do rei
ordem privilegiada e rica: proprietário de todo o tipo de bens cujos
rendimentos arrecada na integra + recebe dízimos e outras ofertas

não se adquire pelo nascimento mas pela tonsura o clero aglutina


elementos de todos os grupos sociais - mas cada um acaba por ocupar
um lugar compatível com a sua origem social
alto clero: filhos-segundos da nobreza + conjunto hierarquizado de
cardeais, arcebispos, abades de mosteiros mais ricos
vive folgadamente no luxo + recebe uma educação esmerada +
desempenha cargos na administração da corte

baixo clero: oriundo de gentes rurais geralmente, partilhava da vida


mais simples dos desfavorecidos
oficiar serviços religiosos + orientar paroquianos + escola local (difícil
ensinar latim já que muitos deles nem o sabiam)

clero regular: perdera o importante papel da idade media embora o


seu numero continue a aumentar

a nobreza ou o segundo estado

ordem de maior prestigio: próxima do rei + funda e protege o estado


(recompensa em troca dos bons serviços prestados) pedra angular da
monarquia

cargos de poder na administração e exercito


regime jurídico próprio + isenta do pagamento de contribuições ao rei
(exceto em casos de guerra)
treinava em justas + elevava a educação para auxiliar o rei (cargos
públicos: prestigio e honra)

príncipe, duque, marques, conde – visconde, fidalgo, cavaleiro,


escudeiro
nobreza de sangue de espada ou linhagem: descendentes das que
ajudam a fundar o pais + dedicada à carreira das armas
nobreza administrativa ou de toga: destinada a satisfazer as
necessidades burocráticas do estado (ocupação de cargos públicos,
juristas – de origem burguesa, força o rei a conceder-lhes um titulo)

drama das casas nobiliarias: sistema feudal não subsiste – nobreza


precisa de dinheiro (linhagens falidas) + burguesia enriquece e quer
ascender socialmente – casamentos

não tarda a fundir-se com ela através de casamento (olhada


inicialmente de lado pela aristocracia)

o terceiro estado

ordem mais heterogénea: pode aspirar às dignidades mais elevadas


como vegetar na miséria mais extrema
homens de letras + financeiros e mercadores + boticário, joelheiro,
chapeleiro
todos podiam utilizar o titulo de burgues e embora de estatutos
diferenciados são a elite do terceiro estado

“trabalho que assenta no corpo”: lavradores (terra própria ou de renda)


+ artesãos (ofícios mecânicos) + trabalho assalariado + construção de
barcos
plebes: trabalhos agrícolas + artesãos + carne para canhão + trabalhos
braçais (= não qualificados)

- empreendedor ascendia à burguesia


- entrava para o clero

mendigos e indigentes (criminosos)

humanismo aprofunda o fosso entre burgueses e a plebe: estrutura


hierárquica aprofunda-se

todos os elementos do povo pagam impostos + vivem do seu trabalho


maior parte constituída por camponeses 80%
existiam tribunais civis (para nobres ou eclesiásticos)

a diversidade de comportamentos e de valores


a mobilidade social
diferenciação social reflete-se no comportamento dos indivíduos e
tratamento por parte dos outros
cada um esperava receber o tratamento a que tinha direito

diversidade de estatuto plenamente consignada no exercício da justiça


(elementos de ordens privilegiadas isentos de penas vis – enforcamento
+ crimes punidos com pesadas multas e executados por decapitação
como pena máxima)

ao longo do antigo regime: ascensão do terceiro estado + decadência


dos critérios sociais baseados no nascimento (processo lento!)
mobilidade social existe

o burguesia ascendia à nobreza


burguesia era a maior beneficiaria

dinheiro abre à burguesia caminhos superiores: procura meio de superar


o estigma que pesa sobre os novos-ricos através de estudo instrução +
dedicação aos cargos do estado prestigio + casamento
postura combativa alicerçada no trabalho e no mérito pessoal
nobreza de toga consolida a ascensão através do casamento
a burguesia como não tinha sangue: forjava títulos e brasões + adotava
comportamentos de nobres (vestiário, oratória)

o baixo clero a alto clero


através do favoritismo de corrupção + se caísse nas boas graças do rei
ou de um membro do alto clero

uma forma de cair nas boas graças do rei – tomar conta do património
casa real: inscrição + realização de pequenos trabalhos

O absolutismo régio

vértice da hierarquia social ocupado pelo rei


sec XVII e XVIII: centralização politica
legitimidade do poder supremo só pode ser encontrada na vontade de
deus (dela provinham por escolha + dadiva: autoridade real +
qualidades necessárias ao exercício do cargo)

absoluta absolvição: rei como ministro de deus


formas de distrair a nobreza – entretenimento

Os fundamentos do poder real

monarquia absoluta: sistema de governo que se afirmou na europa no


decurso do antigo regime concentra no soberano, que se considera
mandatado por deus, a totalidade dos poderes do estado

o é sagrado: provem de deus (que o conferiu aos reis para que


exerçam o poder em seu nome) origem divina do poder real
torna-o incontestável + impõe limites (utilização do poder para o
bem publico) + obedecer ao rei para ser um bom cristão

o é paternal: autoridade paterna a mais natural e a primeira que os


homens conhecem (deve satisfazer as necessidades do seu povo
+ proteger os fracos + governar brandamente) cultivando a
imagem de pai do povo

o é absoluto: poder do rei absolve, é total + assegura com o seu


poder supremo o respeito pelas leis e normas da justiça (evita a
anarquia que retira aos homens os seus direitos e instala a lei do
mais forte)

sem tecido social não há regime: consertar > revolucionar


o tradicionalista: rei não pode atentar contra as tradições do seu
povo

o está submetido à razão - racional: à sabedoria visto que deus o


dotou destas capacidades que permitem decidir bem
(qualidades intrínsecas: bondade, firmeza, força de caracter,
prudência, capacidade de previsão)

O exercício da autoridade: o rei garante a ordem social estabelecida


rei absoluto: legisla, executa, julga
ações legitimadas por si próprias – monarcas absolutos dispensam o
auxilio das outras forças politicas

em portugal as cortes não se reúnem uma única vez durante todo o sec
XVIII (mas na verdade nenhuma instituição foi abolida apenas
esvaziada de poder)

rei torna-se o garante da ordem social estabelecida e recebe das mãos


de deus o seu poder
qualquer tentativa de a alterar: desrespeito do direito consuetudinário +
quebra do juramento prestado

estado administrativo: burocracia, controlo do que acontece a nível


societário (nobreza de toga)
segurança jurídica: é previsível o povo sabe que há um procedimento
(não é preciso depender da boa vontade de ninguém)
repartição de finanças – administração central

a encenação do poder: a corte regia


luis XIV paradigma do rei absoluto + versailhes paradigma da corte real
(são indissociáveis)
grande palácio construído à imagem do rei sol: coexistiam serviços de
governação + bulício de vida galante

rei tem de fazer refletir a grandiosidade + fausto da sua nação


(confude-se com ela)

quem pretendia um cargo ou merce: obtia-o no palácio


luxo da corte arruinara a nobreza que rivalizava no traje, ostentação
(esquecendo-se de que a sua influencia politica se esvaira nas mãos do
soberano)

sociedade da corte: grupo de pessoas que rodeia o rei e participa na


vida da corte + conjunto vasto e organizado que partilha os mesmos
valores e padrão de vida (período aureo XVII e XVIII)
sociedade que vive de aparências + serve de modelo aos que aspiram
à grandeza

vida em versalhes encenação do poder e da grandeza do soberano


espetáculos + opulência dos banquetes + riqueza do vestuário

espetáculos: o rei deixa entrar toda a gente


dinheiro gasto em entretenimento agrava a miséria dos mais
desfavorecidos

propaganda politica: ver o rei como pai + publicidade com


manipulação + culto do chefe (imagem do rei cunhada na moeda ou
da família real)

Sociedade e poder em Portugal


A preponderância da nobreza fundiária e mercantilizada

1640: nobreza recupera do golpe de alcacer quibir (4 de agosto de


1578 – desaparecimento de d sebastião)
lisboa: tinha de novo uma corte + portugal um rei que não dividia com
o pais vizinho

ate meados do sec XVIII: nobreza de sangue manteve (quase em


regime de exclusividade) acesso aos cargos superiores da monarquia
(presidências nos tribunais de corte, comando das províncias militares,
vice-reinados da índia e brasil)
cargos ligados ao comercio ultramarino

nobreza mercantiliza-se – tipo social especifico: o cavaleiro-mercador


mercancia: modo fácil de adquirir riqueza (atividade complementar à
sua condição de grande proprietário de terras)

no caso português, burguesia tem serias dificuldades em afirmar-se


(atuação do marquês possibilita-o) atrofiada pelo protagonismo da
coroa

A criação do aparelho burocrático do estado absoluto

monarquia dual com os filipes: formalmente não perde títulos, perde a


autonomia (espanhois usam os nossos barcos para invadir inglaterra)

para o povo – burguesia + nobreza: maior acesso a mercados

1 dezembro de 1640: restauração da independência (autonomia)


sec XVII (crise económica) e sec XVIII – concentração de poderes obriga
à sua organização
monarcas absolutos sentem a necessidade de reestruturar a burocracia
do estado (embora dotados de razoável autonomia todos atuam sobre
controlo direto do rei)

rebelião dos nobres portugueses – termo ao domínio filipino (40


conjurados no palácio do governo civil atiram filipe iii pela janela)
(desarticulados órgãos centrais da administração publica)

joao iv: mais vale rainha um dia do que princesa para sempre
porque portugal não chegou a ser invadido novamente?
o catalunha (aragão): rebelião contra o estado central espanhol
“vocês conseguiram o que nos nunca conseguimos”

o retira bens a nobres de linhagem


o beneficia os 40 conjurados não esvazia a baixa nobreza (divida
de gratidão pela ajuda)

d joao iv: cria um nucleo administrativo central – as secretarias


intervem em áreas como

o a defesa: criação do conselho de guerra


o as finanças: reforma do conselho da fazenda
o a justiça: reestruturação do desembargo do paço

estrutura governativa foi sendo aperfeiçoada – reforço do poder real


esbateu o peso politico da nobreza e conduz ao apagamento do
papel das cortes como órgão de estado

d joao v: encarna a imagem do rei absoluto + no sentido de melhorar o


nucleo central reforma as três secretarias (redefine funções e reforma as
três secretarias) + magnificência e culto da pessoa régia

embora esforços feitos, meados do sec XVIII maquina burocrática do


estado continuava pesada, lenta e insuficiente

o absolutismo joanino
sec XVII crise económica – exploração do brasil (prata, ouro, açucar –
escravos não, vinham de cargueiros)

o sistema de capitanias era corrupto (capitães desviavam parte do


que era suposto enviar ao rei) – vice-reinados (nobre ou
governador – não tem linhagem nobre)
o apenas os nobres tinham licença para comercializar (burgueses
não) + quem perdia com a má gestão do império era o povo
(não há rendimentos)
perdemos a autonomia não se podem afastar logo logo logo os nobres

d joao v tem coragem de criar a administração central (externalidade


positiva para o povo)

o entretenimento nobres graças à casa real

o a defesa: guerra, proteção de fronteiras


o as finanças: gestão de contas publicas
o a justiça: deixam de existir tribunais próprios
(maior acesso a tribunais + mais segurança jurídica)

poder deixa de estar disperso e passa a estar centrado no rei

para acabar com o desemprego: obras públicas


cortes: aparentam a normalidade só se reúnem para aclamar o rei

d joao v, o magnânimo: período de paz e excecional abundancia para


os cofres do estado (exploração das recém-descobertas minas de ouro
e diamantes) + ouro que alimenta esplendor real

açao do marques de pombal


“rei no bolso do marquês” – andou por inglaterra e viena (alemanha)
estrangeirado: estudou e trabalhou noutro pais
era presidente do conselho: dedica-se ao ensino quer que o estado o
controle – expulsão dos jesuítas

o nobreza: tira-lhes poder + riqueza e manipulam o poder politico e


o povo (opinião publica) como base de apoio
o argumenta que eram traidores – simulou atentados e procura
simular que “zela pela justiça”

burguesia + funcionários públicos (nobreza de toga): voluntários –


substituir a nobreza

o ensino torna-se laico e admite pessoas do povo (não todos)


o reconstrução da cidade de lisboa – circulação funcional

centralismo: excessiva preocupação com a capital e abandono do


resto do território + lisboa, não trata todo o território de igual forma +
resto do pais fica para trás
o marques não podia fazer culto a si próprio – traição + fazia culto à
nação (ilustração dos reinados passados) + legitimar que se possa
perpetuar agora

administração
imagem de luis xiv impunha-se na europa como modelo a seguir:
autoridade com que dirige os negócios do estado
recusa em reunir cortes + reformas + procurou expressar a sua
superioridade face à nobreza

exaltação da figura regia

d joao v realça a figura regia através do luxo e da etiqueta


adotada a moda francesa: traje, preferência pelos grandes
espetaculos, fogos de artificio ou opera

rígida hierarquização – protocolo da corte: audiências, cerimonias do


beija-mão, assistência à missa, saídas e procissões
rei como lugar central: das atenções e do poder

“vocação de grandeza” complementada com uma politica de


mecenato das artes e das letras (funda a real academia de historia,
fundação de bibliotecas)

chama os melhores artistas à sua corte + custeia a aprendizagem em


italia aos pintores portugueses mais dotados + empreende politica de
grandes construções

politica externa

politica externa: neutralidade face aos conflitos europeus,


salvaguardando os interesses do nosso imperio + comercio
mas não deixa de intervir quando sabe que pode dar aso a prestigio
internacional (ex: combate aos turcos em itália)

o tendência para a ostentação


o oferecidas colonias india + bombaim + nova deli pazes com a
inglaterra

representações diplomáticas: embaixadas que primam pela pompa


(trajes sumptuosos, coches magníficos, distribuição de moedas de ouro)

em plena época barroca: brilho e a ostentação significavam


autoridade e poder
AII - A RECUSA DO ABSOLUTISMO NA SOCIEDADE INGLESA

inglaterra: poder do rei limitado pelos seus súbditos


idade media quando joao sem terra aceita a magna carta

magna carta: diploma que protegia os ingleses das arbitrariedades do


poder real + determinava a ilegalidade de qualquer imposto lançado
sem o consentimento do povo
(representado por um conselho – futuro parlamento)

tentativas para impor absolutismo: execução de carlos i, deposição de


jaime ii e instauração breve de um regime republicano

sec XVII: triunfo do absolutismo na europa


reis ingleses da escócia (catolicismo)
henrique VIII: religião oficial do reino (anglicanismo) – não teocrático
mas religioso

1215: joão sem terra (irmão mais novo do ricardo coração de leão):
perdeu as cruzadas
para compensar a perda monetária – no regresso saqueou toda a
gente
o ou pedia empréstimos (deixou de ter amigos)
o cobrar impostos
franceses – invadir inglaterra

nobres mais altos: pagavam mais (tempos de guerra) e tinham os


próprios exércitos + obrigação de acudir o rei
magna carta (constituição): documento que limita a autoridade do
monarca

parlamento britânico (inicialmente barões): corpo politico no qual um


determinado grupo de pessoas eleitas ou nomeadas se reúne para
discutir assuntos do governo da nação

2 camaras: alta (nomeada) – lordes aristocratas e baixa (eleitas) –


comuns (eleitos através de sufrágio censitário)
votavam homens com propriedade + interesse publico (não sensíveis a
ideias radicais)

sec XVII: carlos I – amigos da europa são todos absolutistas porquê que
eu também não posso ser?
nobreza presente no parlamento (garantia de que não a vai tentar
dissovel através da petição de direitos, bill of rights 1628, documento de
valor politico a defende-los)
apoio do povo, rei dissolve o parlamento na mesma (revolta –
sobretudo anglicanos presentes no parlamento)

1642: primeiro combate parlamento mais forte que o rei (prendem-no)


duas fações do parlamento: puritanos expulsam moderados do
parlamento (pela força das armas)

oliver crownwell lidera puritanos: sugerem matar o rei (matam-no por


traição – nunca se declarou culpado) – oferecem-lhe a coroa mas diz
que não “defensor da liberdade + respeito ao povo”
cria ditadura: republica ditatorial
criada a common wealth + oliver como lord protector

parlamento: esperam que morresse (1649-58)


filho fica lord protector dura um mês no cargo (crownwell junior)

filho de carlos I – carlos II (católico, inteligente)


cumpre: volta a reunir o parlamento
1679 presunção da inocencia: inocente até prova em contrario –
julgamento justo

DA GUERRA CIVIL À DECLARAÇÃO DOS DIREITOS

A primeira revolução e a instauração da republica

sec XVII: triunfo do absolutismo na europa – soberanos ingleses


revindicam também uma autoridade total (gerando tensões e conflitos
com representantes parlamentares – guardiões dos direitos do povo)

malquerença entre o rei e o parlamento: enfase com carlos i


1628: rei forçado a assinar a petição dos direitos (em que se
comprometia a respeitar as antigas leis)
descontente carlos i dissolve o parlamento – inicia um governo de
índole absolutista

tensão agrava-se
1642: eclode uma guerra civil – sob influencia de crowmwell, chefe da
oposição ao rei, tribunal parlamentar condena carlos i
abolida a monarquia e instaurada a republica

republica iniciada em nome da liberdade: republica inglesa


(commonwealth and free state) acaba em ditadura
encerra o parlamento sob titulo de lord protector

a restauração da monarquia a revolução gloriosa


1658: morre cromwell + restaurada a monarquia na pessoa de carlos ii
o inteligente volta a reunir o parlamento porém...
o parlamento não confiava nele: católico e escocês
o não tinha filhos
liberdades individuais dos ingleses reforçadas por vários documentos:
habeas corpus 1679 (proíbe detenções prolongadas sem que a
acusação seja formalizada)

carlos ii – jaime ii (irmão abertamente católico e autoritário) incorre no


desagrado dos ingleses
possível agrado dos ingleses: guilherme (de orange) iii, genro
protestante casado com a sua filha mais velha – maria (virão a ser co-rei
quem o povo quer + co-rainha sangue)
o protetor da republica: países baixos (stathouder)
o nobres pedem que venha para inglaterra

guilherme iii (neerlandês também) desembarca triunfalmente em


inglaterra: jaime ii (tenta fazer um exercito não tem pessoas) abandona
o pais – glorious revolution 1688
segunda revolução, menos violenta do que a primeira contribui para a
consolidação do regime parlamentar

parlamento queria: magna carta + bill of rights + direito de livre reunião


1689: maria e guilherme juram solenemente a declaração dos direitos
(bill of rights) continua a ser o texto fundamental da monarquia inglesa

inglaterra, poderes do estado: partilhados entre rei e parlamento


eleição para alguns (medo de perderem o que têm pensam duas
vezes): economia de mercado – usar o egoísmo para serviço da
sociedade

partidos: whigs (liberais) + torys (conservadores) + parlamento


2 camaras: alta (nomeada) – lordes aristocratas e baixa (eleitas) –
comuns (eleitos através de sufrágio censitário)
votavam homens com propriedade + interesse publico (não sensíveis a
ideias radicais)

3 regimes positivos
o ficam os negativos

juntos: governo misto (rei – chefia de estado, poder de alguns – camara


alta, poder de todos – camara baixa): não se aprofundam

locke

o protestante + critico absolutismo régio


o “origem de todo o poder não é divina” – feita por homens
o homens vivem pela lei da liberdade: direitos naturais
o poder limitado: não pode desrespeitar os direitos naturais + direito
de rebelião (revolução carlos i legitima)

aplicação da filosofia de locke: fim do absolutismo + lord protector +


revolução gloriosa

LOCKE E A JUSTIFICAÇÃO DO PARLAMENTARISMO

sec XVII: classe media albergada e prospera fazia ouvir a sua voz e
ideais (formada pela burguesia de negócios + ricos proprietários rurais)
oriundo deste estrato – john locke: fundamentação teórica do
parlamentarismo

1690: tratado do governo civil “todos os homens nascem livres, iguais e


autónomos” só do seu consentimento pode brotar um a que
obedeçam – estabelece o contrato social

leva a uma espécie de contrato entre governados e governantes


(legitimando a revolução de 1688 – jaime ii)

contrato ou pacto social: documento fictício / artificio filosófico que


garante a passagem do estado natureza para o estado civil
(contratualismo)
o estabelecido entre toda a gente

locke consagra-o para defender o povo de estados ditatoriais

estado natureza – ambiente onde existem direitos naturais (direito à


propriedade, opinião, religião) + mas não há segurança
estado civil – poder politico protege os direitos naturais e cria ordem +
um estado organizado não pode violar o contrato

direito de rebelião: se o estado desobedece o povo pode rebeliar-se


(haverá tantos contratos quantas ruturas)

o o poder é feito pelos homens: deus não se imiscui as armas do rei


estão portanto depositadas no parlamento (ao mesmo nível)
o rei é a encarnação da nação e ninguém é mais importante que
a nação

obra de locke contribui para o prestigio do sistema parlamentar:


passada a instabilidade é consolidado
governo misto: função dos 3 (monarquia + aristocracia + chefia do
estado) – para que nenhum avance de facto

1 camara: politeia + 2 camara: lords


governo – ordem de soberania à parte (de sua majestade) sancionado
pelo rei: partido eleito
monarquia constitucional britania = monarquia parlamentarfd (surge o
parlamentarismo britanico)

O mercantilismo
sec XVII: portugal e espanha (graças aos descobrimentos)
tratado de tordesilhas: mare clausum 1493 (sob a pena de destruição
de embarcações

frança + inglaterra + províncias unidas: principais opositores


cobiçavam o mesmo dinheiro que os restantes tinham

hugo grotius, neerlandes: fundamenta o direito de livre circulação


entrada de outros no jogo comercial: diminuição dos lucros

logica de concorrência: afirmar o absolutismo + manutenção da


administração central necessita de dinheiro

distribuição de colonias:
- espanhois: americas
- neerlandês: nova amsterdão (america)
- frança: canada (nova frança)
centro do novo mundo – américa + recursos fornecidos: ouro, algodão,
milho, mão de obra (problemas com indios preguiçosos)

portugal: guiné + angola + moçambique (transacionador de escravos)


noção de superioridade inerente + dividir para reinar: combate a outros
indios ou países

ganhar capital – investi-lo – gerar lucro


adam smith: capitalismo ingleses tinham companhias comerciais de
iniciativa privada (iniciativa colonial inglesa é privada) + pagavam
apenas direitos à coroa
estado protecionista

comercio triangular: liga angola + america + africa


pirata: bandido que abdica da sua nacionalidade
cursario: pirata autorizado
asia meia desconfiada: china + japão (queimavam embarcações de
evangelização)

mercantilismo – mercadorias: expressão da economia de uma


monarquia absoluta

afirmação de poder e independência perante outros + rácio da


balança comercial positiva (exportações superiores a importações)
contudo para uns terem outros não têm por isso era importante para
evitar importações haver:

própria produção agricola e forte


manufatura: trabalho manual individual vs vários para maximizar a
eficiência
inglaterra – tecido + frança – alta costura

países começam a ser fechados: proteccionismo


forma de protecionismo: cobrar impostos na alfandega por exemplo

modo de sustentar a monarquia absoluta e administração central – 3


chaves mestre:

- fomento ou seja incentivo da produção industrial


- taxação de produtos estrangeiros: criação de taxas alfandegarias
- incremento e reorganização do comercio externo

O mercantilismo em franca

jean-baptiste colbert: ministro de estado e da economia em frança no


reinado de luis xiv rei sol
mercantilismo francês ou colbertismo
conhecido: pela sua mão firme e mau feitio + tecido e alta costura
principais industrias

dirigismo de estado: define a produção de matérias primas e


exportações

ele é que decidia quem fazia o quê através de incentivos fiscais


dirigismo económico: controlo num só agente de um mercado inteiro,
monopólio comercial (medida proteccionista)

frança especializa-se em: tecelagem + vestuário + vidro


- importação de mão de obra barata
- fomento da manufatura: através da isenção de impostos
- criação de subsídios
correios com selo pago + imposto progressivo: quem recebe mais dá
mais + impostos sobre o luxo: artigos de luxo e alta costura

fiscalização: fiscais próprios para controlo da atividade

- aposta na marinha francesa: utilizada para a guerra mais tarde +


comercio triangular
- cria companhias comerciais: imitando o modelo neerlandês

tem bastante sucesso: frança enriquece imenso

O mercantilismo em Inglaterra

ideia de que o dinheiro fique cá dentro: não depender de outros


mercantilismo – politica económica assente no dirigismo

dirigismo: o que se produz e o que se compra graças ao poder de


orientação musculada do estado

monarquia absoluta (frança) vs monarquia parlamentar ou


constitucional (inglaterra)

leitura do contexto: pragmatismo – províncias unidas (ganham graças


aos dividendos judeus) chocam com a politica de mare clausum

colbert queria tirar a capacidade de outros andarem lá dentro vs


inglaterra quer tirar a primazia das províncias unidas

acesso ao mar permite a projeção do poder marítimo

construção de embarcações graças à madeira que vem em força das


colonias amercianas (transporte marítimo massivo)

1651-63: aprovados os atos de navegação


- proibiam barcos neerlandeses de atracar em portos ingleses (cortar o
intermediário: queriam os produtos diretamente dos países de origem)
sob o risco de serem apreendidos ou destruídos
- inglaterra é que quer ser o intermediário

com as províncias unidas fora do mercado o próximo objetivo é garantir


que não há colonias: não queriam fazer acordos período absolutismo

america do norte + antilhas: companhias comerciais – companhia das


indias orientais (trazem bens agrícolas + lã + tecido)
- iniciativa privada tão forte que teve poderes que normalmente só teria
o estado: exercito próprio + administrar a justiça + declarar guerra
proteccionismo: pais salvaguarda o seu comercio da concorrência
externa (taxas alfandegarias) + salvaguarda empresas nacionais
(empresa que opera sem concorrência) detendo o monopólio –
companhias monopolistas (uma por setor)

fiscal: alguém especifico que controla atividades das empresas


monopólio: controlo do mercado num só agente

equilíbrio europeu

não há vontade de negociar: países entregues a si próprios


colonias: apenas podem negociar com a metrópole

pacto colonial: a colonia so pode negociar com a metrópole –


exclusivo colonial

“o poder não gosta de vazio”

equilíbrio com clima de paz armada: sucessivas guerras de pequenas


dimensões a nível das colonias por questão comercial

três fases da disputa colonial

primeira fase
dimensões a nível das colonias por questão comercial

1651-89: ingleses travam guerra com os neerlandeses (colónias asiáticas


à exceção da indonésia + américa do norte)

o 1688 glorious revolution: guilherme é também protetor das


províncias unidas (mas como é em Inglaterra que reside maior
poder assume lá o cargo)

Segunda fase
1689-1763: expoente máximo da disputa + fase mais duradoura da
rivalidade entre frança e Inglaterra = ganham os ingleses – terrritorios e
direitos comerciais

o 1756-63: canada leal ao reino unido


dá-se o rebentar da tensão sem a ajuda do exercito das metrópoles
(colonos mal tratados Inglaterra não financia o custo da guerra –
cidadãos de segunda)

o 1763: tratado de paris: cede o canada + ohio + mississipi + senegal


+ lusiana de luis xiv (devolvido a espanha)
florida + california + novo mexico: sob domínio espanhol

ultima fase
o segunda metade sec xviii – fim da primeira metade do sec xix
apaziguamento Inglaterra passa a ser por excelência a potencia
máxima (até aparecerem os estados unidos)

A HEGEMONIA INGLESA DO SECULO DEZOITO

o propriedades comuns: cooperativas de forma a maximizar a


produção
nobres não acham especial piada
então no leste de Inglaterra:

anteriormente o método era não haver método: modelo de culturas


com base na erosão dos solos pouco rentável
o grupo de proprietários (land lords) tentam rentabilizar as suas
terras mudando o método de cultivo: rotação de culturas que
incluía pousio

possibilitou maior longevidade da terra


deu-se o cultivo de cereais em massa + trevo + leguminosas
pre revolução industrial: relação próxima entre agricultura e pastorícia –
fertilização dos solos

facada final dos nobres que não se contentam


compram terras e delimitam-nas através de vedação – acabam com os
open fields (campos abertos) e substituem-nos por enclosures (campos
fechados) cujos novos proprietários são estes nobres oligopolistas

potencia agrícola: tornam-se mais produtivas


novo paradigma: o das necessidades básicas
produção mais eficiente – maior quantidade e menor preço maior
variedade: deixa de haver fome + crescimento demográfico

como há menos campos para cultivo, sobra mais mão de obra


disponível – urbanização

urbo: cidade, na altura não era mais do que o interior de uma


fortificação + dá-se o seu crescimento para fora: albergar quem vem
do campo
chegavam também mais produtos agrícolas (transformados das
colónias): estimulo do consumo
externalidade positiva: mais necessidade de mão de obra (dinheiro que
gera dinheiro)

a nível demográfico: diminuição do numero de mortes prematuras +


aumento dos nascimentos
promove dinamismo e consequente estimulação

1750-1850: população de londres triplica e torna-se a maior cidade


europeia a chegar à marca de um milhão de habitantes

potencia por excelência: comercio triangular (metrópole dinamizada


por produtos que chegam das colonias) + taxas alfandegárias
das colonias chegam: têxteis para produção de vestuário + africa:
escravos, ouro, marfim e diamantes – recursos valiosos + américa: bens
agrícolas e outros que pudessem ser transformados

quem governa tudo isto e trata da sua gestão é a companhia das


índias (monopolista de iniciativa privada)
grã bretanha: comercio livre e sem taxas de produtos leva a intenso
fluxo comercial de produtos pelas vias marítimas internas

principais portos: liverpool + manchester

as restantes cidades atrasadas até à emergência da revolução


industrial (londres detinha 1/10 do bolo económico)
emergência do consumo + necessidade de deslocação de pessoas e
mercadorias: desenvolvimento de transportes advento do comboio

mercado externo:
produção sem dirigismo, por iniciativa privada é mais eficiente: ganham
com a entrada de produtos mais baratos

economia planificada: prevista pelo estado + modernidade do dirigismo


economia de mercado: tipo de sistema económico, que cria riqueza
partindo do egoísmo humano intrínseco, para criar efeitos positivos para
a sociedade (se há quem produza cerveja melhor, vou produzir leite)

tem em consideração que as pessoas são por natureza egoístas e faz


bom uso desse egoísmo + quem regula é uma mão invisível – o próprio
mercado

frança: para combater a praga de produtos ingleses e uma vez que


acaba de perder a guerra dos sete anos sugere um acordo comercial
1786: tratado de iden – acordadas taxas alfandegárias entre frança e
inglaterra (colocar o valor mais baixo possível): favorece os ingleses +
permite alguns artigos de luxo no mercado inglês
preocupação de Inglaterra em ter colónias: frota sem paralelo (mais de
metade da frota oceânica era inglesa)

companhia das índias (quem paga é o concurso publico):


comercio da asia profícuo a conseguir direitos comerciais exclusivos do
comercio no oriente (macau e hongkong)
opera com maior grau de autonomia uma vez que está mais longe
permitindo maior eficácia (guerras + impostos + autonomia)
presta apenas contas e dividendos (paga o tributo) à coroa comercial,
de forma a legitimar a sua ação
de forma a garantir a titularidade das rotas comerciais: monopolistas na
transação de certos produtos (chá, algodão, porcelana, especiarias)

ingleses dominam espaços comerciais do oriente


estados frágeis à exceção do japão: (quase que tem direito a gerir o
estado) estabelecem direitos à exploração dos mercados
(dinamização das trocas + exploração dos recursos)
oriente entendido também como luxo exótico (variedade de chá preto
criado por ingleses através de espionagem)
chá + ópio: eviam para a metrópole – trocas entre concessões: tinha de
haver ganho com a presença: acesso a bens de estados vizinhos + bom:
estabelecem preços + ficam com uma parte

senhor do mundo: imperio onde o sol não se põe

regulação por um bom sistema financeiro que suporte: bolsa de valores


+ banco inglês
regulação de privados agiliza a iniciativa privada

bolsa de valores: instituição financeira onde se transaciona algo entre


qualquer agente seja nacional ou estrangeiro (vendem-se e compram-
se ações + títulos de divida)
a inglesa tem patrocínio da coroa: bolsa de londres – royal exchange
negocia ações de companhias monopolistas (nacionais ou estrageiras:
não há barreiras nacionais na economia de mercado)
o dinheiro vai perdendo valor: investe-se no transporte de mercadorias
(elevado fluxo do rio tamisa) permite bons lucros com poucos impostos

1694: criação do banco de inglaterra operado pela coroa (à imagem e


semelhança do banco de amesterdão) – agencias de regulação
(tomam conta de todas as operações financeiras)
responsáveis por notas de credito + aprovar transferências de contas +
emissão de notas timbradas (mais barato de produzir) equipara-as às
antigas moedas – ligação da moeda corrente ao ouro (substanciava o
currency pelo ouro, reservas metálicas do banco)
ligação da moeda corrente ao ouro: para que as transações não sejam
só fictícias em caso de crise
alerta cm: não faz empréstimos

atuação do banco de inglaterra tinha representações: administração


central – delegações locais do banco de inglaterra: mais próximas
(agencias + representações)
espalhadas pelo pais – dedicadas à comunidade em que se inseriam

coroa vs estado
coroa: gere o património que é do rei (da instituição) – não pode
vender ou doar
estado: gere o património que é da nação

permite aos land lords, proprietários, estruturas económicas ligadas ao


fomento industrial

divida publica: divida contraída por um estado (pode ser contraída


junto de um particular + outro estado + bancos)

orçamento de estado (por um ano): capital disponível para ser


distribuído pelas varias necessidades pode ter origem na tributação ou
nos empréstimos (quando não tem dinheiro suficiente para manter
aquilo a que se predispõem)

bolsa de amesterdão: províncias unidas os neerlandeses são a primeira


potencia marítima a ter iniciativa privada (substituída por londres)
primeiros movimentos e transações dão-se com a companhia das
indias (iniciativa privada)

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