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A progressiva extensão do direito de cidadania

A plena cidadania romana (civitas) implicava um conjunto de


direitos civis e políticos, como:
 Direito de contrair matrimónio;
 Direito de proceder a atos jurídicos;
 Direito de possuir terra e de a transacionar;
 Direito de votar e ser eleito para as magistraturas;
 Direito de não ser torturado nem condenado à morte a não
Deveres:
 Servir no exército;
 Pagamento de determinados impostos ao Estado;
 Participar na vida política da cidade;
 Viver honradamente e exercer as suas funções como pater famílias;

No início, “cidadão romano” era aquele que era natural de Roma e os


seus descendentes. Nas terras conquistadas como a Itália, esse título era
atribuído àqueles que se destacavam pelo seu mérito ou pelos bons
serviços prestados a Roma.
No ano de 212 d.c, o imperador Caracala concedeu a plena cidadania
romana a todos os habitantes livres do império. Soube estabelecer a
igualdade entre os povos conquistados e o povo conquistador.

O absolutismo régio
O vértice da hierarquia social é representado pelo rei. Foram-lhe
atribuídos todos os poderes e toda a responsabilidade do Estado.
A legitimidade deste poder supremo só poderia ser encontrada na
vontade de Deus.

Os fundamentos do poder real


Os fundamentos da monarquia absoluta foram teorizados pelo clérigo
francês Bossuet, com os seus escritos procurou legitimar o estilo de
governação de D.Luís XIV.
Segundo Bossuet o poder real conjuga quatro características:
 Sagrado: porque provém de Deus que conferiu aos reis pra que
estes o exerçam em seu nome;
 Paternal: o rei deveria satisfazer as necessidades do seu povo,
proteger os fracos e governar brandamente, cultivando a
imagem de “pai do povo”;
 Absoluto: o príncipe deve tomar as suas decisões com total
liberdade;
 Submetido à razão: Deus dotou os reis de capacidades que lhes
permitem decidir bem e fazer o povo feliz;
O exercício de autoridade. O rei, garante de ordem social estabelecida
O rei absoluto legisla, executa e julga, ocupando o lugar do Estado.
Os monarcas absolutos dispensam o auxílio de outras forças
políticas. Em França, os Estados Gerais reuniram-se pela última vez em
1614-15, já em Portugal, as Cortes não se reuniram uma única vez durante
o séc.XVIII.
O rei torna-se o garante da ordem social estabelecida e é nessa
qualidade que recebe, das mãos de Deus, o seu poder.

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