Escolar Documentos
Profissional Documentos
Cultura Documentos
1. PERFIL ................................................................................................................................ 4
2. ARÉAS DAS DEFICIÊNCIAS ............................................................................................. 5
2.1. DEFICIÊNCIAS FÍSICA (DF) CONHECIMENTOS ..................................................... 5
2.1.1. CAPACIDADES ....................................................................................................... 10
2.2. DEFICIÊNCIA AUDITIVA E SURDEZ (DA) CONHECIMENTOS ........................... 14
2.2.1CAPACIDADES ......................................................................................................... 20
2.3. DEFICIÊNCIA VISUAL (DV) CONHECIMENTOS ................................................... 26
Recursos de tecnologias assistivas para mobilidade. ............................................................ 30
2.3.1. CAPACIDADES ....................................................................................................... 35
2.4. DEFICIÊNCIA INTELECTUAL (DI) CONHECIMENTOS ........................................ 38
2.4.1.CAPACIDADES ........................................................................................................ 46
2.5.1. CAPACIDADES ....................................................................................................... 59
2.6. ALTAS HABILIDADES/ SUPERDOTAÇÃO (AH) CONHECIMENTOS .................. 62
2.6.1. CAPACIDADES ....................................................................................................... 65
2.7. SURDOCEGUEIRA E DEFICIÊNCIA MÚLTIPLA CONHECIMENTOS .................. 70
2.7.1. CAPACIDADES ....................................................................................................... 73
3. BIBLIOGRAFIA – EDUCAÇÃO ESPECIAL E INCLUSIVA LIVROS E ARTIGOS ........ 80
4.LEGISLAÇÃO .................................................................................................................... 88
1. PERFIL
Espera-se do (a) professor (a) que atua na modalidade de Educação Especial domínio do
paradigma da Educação Inclusiva, fundamentado na concepção de direitos humanos e
que almeja uma escola de qualidade para todos, cujo pressuposto é de que todos os
estudantes têm o direito de conviver, aprender e estar juntos, tendo respeitadas suas
diferenças e peculiaridades. Isso requer atenção às dimensões de acessibilidade, tanto
física, atitudinal, programática, metodológica e comunicacional a partir do conhecimento
dos recursos necessários e disponíveis, o que inclui, também, conhecimento de
acessibilidade curricular, adaptação de materiais, flexibilizações de estratégias
pedagógicas, construção de Planos de Atendimentos Individualizados (PAI) e avaliação
autêntica, para atender as necessidades dos estudantes e seus diferentes modos de
aprender.
Guarda-se, entre o professor da sala comum e o professor especializado, uma relação
dialógica, devendo ser próprio deste último a competência para trabalhar com o estudante
as questões relativas às especificidades geradas pelas deficiências sensoriais, física,
intelectual; ou pelo transtorno do espectro autista do desenvolvimento; ou pelas altas
habilidades/superdotação.
Devem ser consideradas, também, as características dos educandos e valorizadas suas
potencialidades. Faz-se necessário considerar a relevância da amplitude do olhar do (a)
professor (a) especializado em relação a seus colegas da sala comum, à equipe escolar e
à comunidade, principalmente, à família do estudante. Isto requer tanto a percepção das
contínuas mudanças sociais que ocorrem ao longo do tempo, tendo como referência a
questão da diversidade, quanto à formação específica, com abrangência de métodos e
técnicas que atendam adequadamente e de forma contextualizada o estudante com
necessidades educacionais especiais.
Neste contexto, é importante o conhecimento da evolução das políticas públicas,
refletidas nas diretrizes e legislação atual, principalmente no que se refere ao Brasil e ao
estado de São Paulo.
4
2. ARÉAS DAS DEFICIÊNCIAS
5
Conhecer as barreiras enfrentadas: arquitetônicas, de mobilidade urbana,
comunicacionais ou de informação, tecnológicas e atitudinais.
As pessoas com deficiência física enfrentam várias barreiras em diferentes aspectos da
vida. A seguir estão os aspectos mais relevantes relacionados às barreiras enfrentadas por
pessoas com deficiência física:
Barreiras arquitetônicas: A falta de acessibilidade em edifícios e espaços
públicos é uma barreira significativa para as pessoas com deficiência física.
Escadas sem rampas ou elevadores, portas estreitas, falta de corrimãos adequados,
banheiros inacessíveis e falta de espaços reservados para cadeiras de rodas são
exemplos de barreiras arquitetônicas comuns.
Barreiras de mobilidade urbana: A falta de infraestrutura adequada nas cidades
pode dificultar a mobilidade das pessoas com deficiência física. Calçadas estreitas
ou danificadas, falta de sinalização tátil para pessoas com deficiência visual,
transporte público inacessível e ausência de espaços de estacionamento
reservados são algumas das barreiras que dificultam a locomoção.
Barreiras comunicacionais ou de informação: As pessoas com deficiência
física podem enfrentar dificuldades na comunicação e no acesso à informação.
Falta de intérpretes de língua de sinais, falta de materiais impressos em formatos
acessíveis (como braille ou fontes ampliadas) e falta de tecnologias assistivas
adequadas são exemplos de barreiras comunicacionais ou de informação.
Barreiras tecnológicas: A rápida evolução tecnológica nem sempre é
acompanhada de acessibilidade para pessoas com deficiência física. Softwares,
aplicativos, dispositivos eletrônicos e interfaces digitais podem não ser projetados
levando em consideração as necessidades das pessoas com deficiência física,
dificultando o acesso à tecnologia e às informações online.
Barreiras atitudinais: As barreiras atitudinais são aquelas baseadas em
estereótipos, preconceitos e falta de conscientização em relação às necessidades e
capacidades das pessoas com deficiência física. Atitudes discriminatórias, falta de
empatia, estigmatização e subestimação das habilidades das pessoas com
deficiência física são exemplos de barreiras atitudinais que podem afetar sua
participação plena na sociedade.
Superar essas barreiras requer um esforço conjunto da sociedade como um todo. É
essencial promover a conscientização, implementar políticas de acessibilidade,
desenvolver e fornecer tecnologias assistivas adequadas e garantir a inclusão das pessoas
com deficiência física em todos os aspectos da vida, incluindo a arquitetura, transporte,
comunicação, informação e atitudes da sociedade em geral.
6
Conhecer o conceito de capacitismo: conjunto de formas de discriminação, estigmas
e estereótipos em relação a pessoas com deficiência.
O capacitismo é o conjunto de formas de discriminação, estigmas e estereótipos em
relação a pessoas com deficiência. É uma forma de preconceito que se baseia na suposição
de que as pessoas com deficiência são inferiores ou menos capazes do que as pessoas sem
deficiência. O capacitismo pode se manifestar de várias maneiras e afetar diferentes
aspectos da vida das pessoas com deficiência.
Alguns dos aspectos mais relevantes sobre o capacitismo incluem:
Estereótipos negativos: O capacitismo é alimentado por estereótipos negativos em
relação às pessoas com deficiência. Esses estereótipos podem incluir a crença de que as
pessoas com deficiência são dependentes, frágeis, menos inteligentes ou menos
produtivas do que as pessoas sem deficiência.
Acessibilidade: A falta de acessibilidade é um problema importante relacionado ao
capacitismo. Muitas vezes, as pessoas com deficiência enfrentam barreiras físicas, sociais
e atitudinais que limitam sua participação plena na sociedade. Isso pode incluir a falta de
acesso a edifícios, transporte, informações, tecnologias e oportunidades educacionais e
de emprego.
Discriminação e exclusão: Pessoas com deficiência frequentemente enfrentam
discriminação e exclusão em diversos aspectos da vida, como educação, emprego,
moradia, cuidados de saúde e vida social. Isso pode resultar em oportunidades limitadas,
isolamento social, marginalização e falta de autodeterminação.
Violação de direitos: O capacitismo muitas vezes leva à violação dos direitos das pessoas
com deficiência. Isso inclui a negação de direitos básicos, como o direito à igualdade, à
dignidade, à autonomia, à participação social e à acessibilidade.
Medicalização excessiva: Muitas vezes, as deficiências são vistas apenas como
problemas médicos que precisam ser corrigidos ou curados, em vez de serem
consideradas uma parte natural da diversidade humana. Essa visão pode resultar em uma
ênfase excessiva na cura ou na normalização das pessoas com deficiência, em vez de
promover a inclusão e o respeito pela sua identidade e experiências.
Empoderamento e advocacy: O capacitismo tem levado a um movimento de
empoderamento e advocacy por parte das pessoas com deficiência. Elas têm trabalhado
para desafiar estereótipos, exigir igualdade de oportunidades, promover a acessibilidade
e defender os direitos das pessoas com deficiência.
É importante reconhecer e combater o capacitismo, pois todas as pessoas merecem
igualdade de oportunidades, respeito e dignidade, independentemente de suas habilidades
ou deficiências. A conscientização, a educação e a promoção da inclusão são essenciais
para criar uma sociedade mais justa e acessível para todos.
7
Conhecer os diferentes recursos de Tecnologia Assistiva, como: seguradores de lápis
e engrossadores de lápis, pranchas de comunicação, teclado adaptado, além de
recursos tecnológicos com uso de computadores e tablets e principalmente no que se
refere à comunicação suplementar alternativa.
A Tecnologia Assistiva (TA) refere-se a dispositivos, equipamentos, serviços e
estratégias que visam auxiliar pessoas com deficiências a superar barreiras e promover
sua independência, acessibilidade e participação na sociedade. Existem diversos recursos
de Tecnologia Assistiva disponíveis, e aqui estão alguns aspectos relevantes sobre o tema:
Seguradores de lápis e engrossadores de lápis: Esses recursos auxiliam pessoas com
dificuldades motoras na escrita. Os seguradores de lápis ajudam a posicionar
corretamente os dedos para segurar um lápis ou caneta, facilitando o controle e o
movimento. Já os engrossadores de lápis aumentam o diâmetro do lápis, tornando-o mais
fácil de segurar para pessoas com problemas de destreza ou força nas mãos.
Pranchas de comunicação: São dispositivos que contêm símbolos, imagens ou palavras
que permitem a comunicação para pessoas com dificuldades na fala ou na linguagem.
Essas pranchas podem ser físicas, com figuras ou palavras impressas, ou digitais, com
aplicativos em tablets ou smartphones.
Teclados adaptados: São teclados especialmente projetados para atender às
necessidades de pessoas com deficiências físicas ou motoras. Eles podem incluir recursos
como teclas grandes, teclas alternativas, teclas de atalho programáveis ou até mesmo
teclados virtuais que podem ser operados por meio de dispositivos de controle
alternativos, como interruptores ou dispositivos de rastreamento ocular.
Recursos tecnológicos em computadores e tablets: Existem várias ferramentas e
recursos tecnológicos que podem ser utilizados em computadores e tablets para auxiliar
pessoas com deficiências. Isso inclui softwares de reconhecimento de voz, que permitem
a digitação por meio da fala; softwares de controle de movimento, que permitem o uso
do computador ou tablet por meio de movimentos corporais; e recursos de acessibilidade
embutidos nos sistemas operacionais, como zoom de tela, leitores de tela, teclados
virtuais e muito mais.
Comunicação suplementar alternativa (CSA): Refere-se a estratégias e recursos que
auxiliam pessoas com dificuldades na comunicação verbal a se expressarem. Pode incluir
o uso de sistemas de símbolos, comunicação por gestos, comunicação por meio de
dispositivos eletrônicos com voz sintetizada, entre outros.
É importante ressaltar que a Tecnologia Assistiva é altamente individualizada, pois cada
pessoa possui necessidades e habilidades diferentes. Portanto, é fundamental avaliar e
adaptar os recursos de acordo com as necessidades específicas de cada indivíduo. O
objetivo principal da TA é promover a inclusão e proporcionar às pessoas com
deficiências as ferramentas necessárias para que possam participar ativamente em
diversos aspectos da vida, como educação, trabalho, comunicação e lazer.
8
Conhecer estratégias pedagógicas e recursos de acessibilidade para a sala de aula
comum.
As estratégias pedagógicas e recursos de acessibilidade desempenham um papel
fundamental na criação de um ambiente inclusivo na sala de aula comum. Aqui estão
alguns aspectos relevantes sobre o tema:
Design universal de aprendizagem (DUA): O DUA é uma abordagem pedagógica que
visa tornar o ensino e a aprendizagem acessíveis a todos os alunos, independentemente
de suas habilidades ou deficiências. Ele envolve a utilização de múltiplas modalidades de
ensino, materiais adaptados, opções de avaliação flexíveis e o fornecimento de suportes
adicionais para atender às necessidades individuais dos alunos.
Modificações de currículo: É importante adaptar o currículo para garantir que todos os
alunos tenham acesso ao conteúdo. Isso pode incluir a simplificação do vocabulário, a
utilização de recursos visuais, a redução da quantidade de tarefas ou a oferta de atividades
alternativas para acomodar diferentes estilos de aprendizagem e necessidades individuais.
Suportes de leitura e escrita: Alunos com dificuldades de leitura ou escrita podem se
beneficiar de suportes, como livros em áudio, textos ampliados, softwares de leitura de
tela, ditado por voz e uso de teclados adaptados. Esses recursos ajudam a nivelar o campo
de jogo, permitindo que os alunos acessem e participem plenamente das atividades de
leitura e escrita.
Apoio à organização e gestão do tempo: Alunos com dificuldades de organização ou
gestão do tempo podem se beneficiar de estratégias que os ajudem a planejar, priorizar
tarefas e estabelecer rotinas. O uso de calendários visuais, listas de verificação, lembretes
visuais e a divisão de tarefas complexas em etapas menores são algumas estratégias que
podem ser eficazes nesse sentido.
Interação e colaboração: Fomentar a interação e a colaboração entre os alunos é
fundamental para criar um ambiente inclusivo. O trabalho em grupo, a utilização de
estratégias de aprendizagem cooperativa e a promoção de discussões e atividades que
valorizem a diversidade de perspectivas são maneiras de criar um ambiente inclusivo e
promover a participação de todos os alunos.
Acessibilidade física e tecnológica: Garantir a acessibilidade física na sala de aula é
essencial para a inclusão de alunos com deficiência. Isso envolve fornecer rampas,
corrimãos, mesas adaptadas, cadeiras ergonômicas e outros dispositivos para facilitar a
mobilidade e o acesso. Além disso, a utilização de recursos tecnológicos, como
dispositivos de ampliação de tela, softwares de reconhecimento de voz e legendas em
tempo real, pode auxiliar alunos com deficiências sensoriais ou motoras a participarem
plenamente das atividades em sala de aula.
Esses são apenas alguns exemplos de estratégias pedagógicas e recursos de acessibilidade
que podem ser implementados na sala de aula comum. O objetivo é criar um ambiente
inclusivo que atenda às necessidades individuais de todos os alunos, promovendo
igualdade de oportunidades e maximizando o seu potencial de aprendizagem.
9
2.1.1. CAPACIDADES
10
Aplicar os diferentes recursos de Tecnologia Assistiva, no que se refere a mobilidade,
manuseio de objetos, comunicação suplementar alternativa e acessibilidade ao
computador ou tablet.
O conhecimento sobre os diferentes recursos de Tecnologia Assistiva relacionados à
mobilidade, manuseio de objetos, comunicação suplementar alternativa e acessibilidade
ao computador ou tablet envolve a compreensão e aplicação de tecnologias e estratégias
que auxiliam pessoas com deficiências nessas áreas específicas. De forma resumida, o
conceito de conhecimento sobre o tema abrange:
Recursos de mobilidade: Refere-se a dispositivos e tecnologias que auxiliam pessoas
com deficiências físicas a se locomoverem e terem maior independência. Isso pode incluir
cadeiras de rodas manuais ou motorizadas, próteses, órteses, dispositivos de locomoção
assistida, como andadores ou bengalas, e sistemas de controle de cadeira de rodas por
meio de dispositivos alternativos, como comandos de voz ou acionadores de cabeça.
Recursos de manuseio de objetos: São tecnologias e adaptações que facilitam a
manipulação de objetos para pessoas com dificuldades motoras ou de destreza. Isso pode
envolver dispositivos adaptados, como pegadores, talheres com alças ergonômicas,
canetas ou lápis com suportes especiais, abridores de frascos, entre outros. Também pode
incluir o uso de tecnologias assistivas, como braços robóticos controlados por meio de
movimentos corporais ou por sistemas de controle alternativos.
Comunicação suplementar alternativa: Diz respeito a estratégias e recursos utilizados
para auxiliar pessoas com dificuldades na comunicação verbal. Isso pode incluir sistemas
de símbolos, pranchas de comunicação, softwares de comunicação por voz sintetizada,
aplicativos em dispositivos móveis e até mesmo dispositivos eletrônicos especializados
para comunicação, como os comunicadores dinâmicos.
Acessibilidade ao computador ou tablet: Envolve recursos e tecnologias que permitem
que pessoas com deficiências acessem e utilizem computadores ou tablets de forma
efetiva. Isso pode incluir a utilização de teclados adaptados, mouses ou trackballs
especiais, interfaces de controle alternativas, softwares de reconhecimento de voz,
leitores de tela, ampliadores de tela, legendas em tempo real, entre outros recursos de
acessibilidade.
O conhecimento sobre esses diferentes recursos de Tecnologia Assistiva é fundamental
para identificar as necessidades individuais das pessoas com deficiências em relação à
mobilidade, manuseio de objetos, comunicação e acessibilidade digital. Compreender
como aplicar esses recursos de forma adequada e personalizada permite promover a
independência, a inclusão e a participação plena das pessoas com deficiências em diversas
atividades e contextos.
11
Selecionar e sugerir materiais pedagógicos adaptados: engrossadores de lápis, plano
inclinado, tesouras adaptadas, entre outros. Identificar formas adequadas de
orientação quanto ao uso de estratégias e recursos de acessibilidade para a sala de
aula comum.
12
Elaborar planos de ação pedagógica, tendo em vista as contribuições obtidas com os
profissionais da equipe pedagógica, familiares e da equipe responsável pela
habilitação/ reabilitação do estudante.
13
2.2. DEFICIÊNCIA AUDITIVA E SURDEZ (DA) CONHECIMENTOS
14
Em ambos os casos, o professor de AEE deve buscar aconselhamento e colaboração com
profissionais especializados, como intérpretes de Língua de Sinais, fonoaudiólogos e
outros especialistas em deficiência auditiva e surdez. O objetivo é garantir que o aluno
com deficiência auditiva ou surdez receba um suporte educacional inclusivo e
individualizado, promovendo seu desenvolvimento acadêmico e social.
Existem diferentes tipos de surdez, que variam em termos de causa, grau e momento em
que ocorrem. Cada tipo de surdez apresenta características específicas que influenciam as
necessidades educacionais dos alunos. Para o Professor de Atendimento Educacional
Especializado (AEE), ter conhecimentos sobre os diferentes tipos de surdez é
fundamental para atender adequadamente às necessidades dos alunos. A seguir estão
alguns tipos comuns de surdez e suas características:
Surdez condutiva: É causada por problemas na transmissão do som do ambiente até o
ouvido interno. Pode ser devido a condições como acúmulo de cera, otite média ou
anomalias na orelha externa ou média. As pessoas com surdez condutiva geralmente têm
um melhor desempenho auditivo em frequências mais altas e podem se beneficiar de
amplificação sonora.
Para o Professor de AEE, é importante:
Estar ciente das condições médicas associadas à surdez condutiva e suas possíveis
intervenções.
Trabalhar em conjunto com profissionais de saúde, como médicos e fonoaudiólogos, para
entender e apoiar as necessidades do aluno com surdez condutiva.
Identificar as estratégias e recursos adequados para melhorar a transmissão do som, como
o uso de amplificação sonora ou dispositivos auxiliares de audição.
Surdez neurossensorial: É causada por danos nas células ciliadas do ouvido interno ou
no nervo auditivo. Pode ser congênita ou adquirida (por exemplo, devido a lesões,
infecções, exposição a ruído excessivo, entre outros). A surdez neurossensorial pode
variar em grau, desde leve até profunda. As pessoas com surdez neurossensorial podem
enfrentar dificuldades na percepção da fala, discriminação auditiva e compreensão da
linguagem.
Para o Professor de AEE, é importante:
Compreender as implicações da surdez neurossensorial na percepção e compreensão
auditiva dos alunos.
Utilizar estratégias visuais e táteis, como recursos visuais, Língua de Sinais, pranchas de
comunicação e sistemas de comunicação suplementar e alternativa, para auxiliar na
comunicação e compreensão do aluno.
15
Conhecer recursos tecnológicos, como aparelhos auditivos, implantes cocleares e
sistemas de frequência modulada, que podem melhorar a audição e a comunicação dos
alunos com surdez neurossensorial.
Surdez mista: É uma combinação de surdez condutiva e neurossensorial, ou seja,
envolve problemas tanto na condução do som até o ouvido interno quanto na percepção
do som pelo nervo auditivo. As pessoas com surdez mista podem apresentar
características e necessidades semelhantes às dos tipos de surdez condutiva e
neurossensorial.
Para o Professor de AEE, é importante:
Reconhecer as características e necessidades específicas da surdez mista e adaptar as
estratégias pedagógicas e os recursos para atender a essas necessidades.
Trabalhar em colaboração com profissionais de saúde, como otorrinolaringologistas e
fonoaudiólogos, para entender as causas e intervenções.
Identificar as estratégias e recursos adequados para melhorar a transmissão do som e a
percepção auditiva, levando em consideração as dificuldades tanto na condução do som
quanto na percepção pelo nervo auditivo.
Utilizar uma abordagem individualizada, adaptando as estratégias de ensino para atender
às necessidades específicas do aluno com surdez mista.
Estar ciente dos possíveis desafios de comunicação e compreensão da linguagem que os
alunos com surdez mista podem enfrentar e usar recursos visuais, Língua de Sinais e
outras formas de comunicação alternativa para facilitar a interação e o aprendizado.
Além disso, é fundamental que o Professor de AEE trabalhe em colaboração com a equipe
multidisciplinar, incluindo fonoaudiólogos, médicos e outros profissionais de saúde, para
obter informações atualizadas sobre as condições de surdez dos alunos, intervenções
recomendadas e possíveis adaptações no ambiente educacional.
Em resumo, o conhecimento do Professor de AEE sobre os diferentes tipos de surdez
permite uma compreensão mais aprofundada das características e necessidades dos
alunos, permitindo a implementação de estratégias pedagógicas e o uso de recursos
adequados para apoiar seu desenvolvimento acadêmico, linguístico e social.
16
Cultura Surda: A comunidade surda possui uma cultura própria, com valores, normas e
tradições compartilhadas. É importante reconhecer e respeitar a identidade cultural surda,
valorizando sua língua e tradições.
Familiarizar-se com a perspectiva da identidade surda, que considera a surdez como uma
característica natural e não uma deficiência a ser corrigida.
Conhecer a história e os movimentos sociais da comunidade surda, bem como suas
conquistas e desafios.
Reconhecer a importância da Língua de Sinais como meio de comunicação e expressão
cultural para as pessoas surdas.
Língua de Sinais: A Língua de Sinais é a língua natural da comunidade surda e
desempenha um papel crucial na comunicação e no desenvolvimento linguístico dos
alunos surdos.
Aprender a Língua de Sinais utilizada na região em que o aluno está inserido, para facilitar
a comunicação e a interação efetiva.
Compreender que a Língua de Sinais possui sua própria estrutura gramatical, expressões
idiomáticas e variações regionais, assim como qualquer outra língua natural.
Valorizar a Língua de Sinais como uma forma legítima de comunicação e oferecer
oportunidades para que os alunos surdos a usem e a desenvolvam em contextos
educacionais.
Comunicação e interação social: Os alunos surdos podem enfrentar desafios na
comunicação e interação social devido às diferenças linguísticas e às barreiras de
comunicação.
Promover um ambiente inclusivo e receptivo, onde a comunicação seja facilitada e
adaptada para atender às necessidades dos alunos surdos.
Estimular a interação entre alunos surdos e ouvintes, incentivando a compreensão mútua
e a valorização da diversidade linguística e cultural.
Fornecer apoio adicional na aprendizagem de habilidades sociais, respeitando as
diferenças culturais e linguísticas.
Acessibilidade e inclusão: Garantir a acessibilidade é fundamental para a inclusão efetiva
dos alunos surdos.
Conhecer e implementar estratégias e tecnologias assistivas que facilitem a comunicação
e o acesso à informação, como legendas, intérpretes de Língua de Sinais, recursos visuais
e materiais adaptados.
Considerar as necessidades individuais dos alunos surdos e adaptar o ambiente
educacional, os recursos e as estratégias pedagógicas para promover a participação plena.
Envolver a comunidade surda, os pais e os profissionais especializados na tomada de
decisões e no planejamento de ações inclusivas.
17
Ao compreender esses aspectos culturais, linguísticos e sociais da comunidade surda, o
Professor de AEE estará mais preparado para fornecer um ambiente educacional inclusivo
e respeitoso, onde os alunos surdos possam desenvolver todo o seu potencial acadêmico,
linguístico e social. O respeito pela cultura surda, o reconhecimento da importância da
Língua de Sinais, a promoção da comunicação efetiva e a criação de um ambiente
inclusivo são elementos-chave para garantir uma educação de qualidade para os alunos
surdos. Além disso, é fundamental buscar parcerias com a comunidade surda, famílias e
profissionais especializados, a fim de colaborar e construir estratégias e planos de ação
que atendam às necessidades individuais dos alunos surdos, promovendo sua plena
participação e inclusão na escola e na sociedade como um todo.
18
Morfologia: Entender a estrutura das palavras em Português, incluindo prefixos, sufixos,
radicais e suas respectivas funções gramaticais.
Sintaxe: Conhecer a organização das palavras e a estrutura gramatical das frases em
Português, incluindo regras de concordância, regência verbal e nominal, colocação
pronominal, entre outros aspectos.
Semântica: Compreender os significados das palavras, expressões idiomáticas e o uso
do vocabulário em diferentes contextos.
Ao compreender os diferentes níveis linguísticos da LIBRAS e do Português, o Professor
de AEE poderá adaptar as estratégias de ensino, fornecer apoio adequado e facilitar a
aprendizagem dos alunos surdos tanto na língua de sinais quanto na língua escrita. É
importante ressaltar que o bilinguismo é fundamental para o desenvolvimento linguístico
e cognitivo dos alunos surdos, e o acesso a ambas as línguas é essencial para uma
educação inclusiva e de qualidade.
19
Prática comunicativa:
Promover uma prática comunicativa significativa e contextualizada no ensino da
LIBRAS, proporcionando situações reais de comunicação para que os alunos surdos
possam desenvolver suas habilidades linguísticas e interagir de forma efetiva com os
outros.
Desenvolvimento da literacia visual:
Estimular o desenvolvimento da literacia visual, ou seja, a capacidade de interpretar e
produzir sinais de forma adequada, compreendendo os diferentes aspectos linguísticos e
comunicativos da LIBRAS.
Avaliação do aprendizado em LIBRAS:
Conhecer estratégias de avaliação que sejam adequadas para o aprendizado da LIBRAS,
levando em consideração as especificidades da língua de sinais e garantindo uma
avaliação justa e precisa do progresso dos alunos surdos.
Ao possuir esses conhecimentos, o Professor de AEE estará apto a implementar uma
metodologia eficaz para o ensino da LIBRAS como primeira língua do surdo,
considerando as particularidades linguísticas e comunicativas da língua de sinais e
promovendo um ambiente educacional inclusivo e bilíngue. É importante lembrar que o
ensino da LIBRAS como primeira língua é essencial para o desenvolvimento linguístico,
cognitivo e social dos alunos surdos.
De materiais didático-pedagógicos, recursos de acessibilidade, elaboração de plano de
atuação individualizado, para favorecer a autonomia dos estudantes visando o
atendimento dos diferentes tipos de surdez.
2.2.1CAPACIDADES
20
Surdez congênita: É a perda auditiva presente desde o nascimento. Pode ser causada por
fatores genéticos, complicações durante a gravidez ou durante o parto.
Surdez adquirida: Refere-se à perda auditiva que ocorre após o nascimento. Pode ser
causada por várias razões, como infecções, lesões, exposição a ruídos intensos, efeitos
colaterais de medicamentos, entre outros.
Surdez profunda: Representa uma perda auditiva severa ou total, onde a pessoa não
consegue ouvir sons ouvíveis mesmo com o uso de aparelhos auditivos.
Surdez central: É uma condição em que o sistema auditivo do indivíduo está intacto,
mas há uma dificuldade na interpretação e processamento das informações sonoras pelo
cérebro.
A capacidade de adaptação e autogestão é crucial para os indivíduos com surdez lidarem
com os desafios que a perda auditiva pode trazer. Isso envolve o desenvolvimento de
estratégias de comunicação, o uso de tecnologia assistiva, como aparelhos auditivos ou
implantes cocleares, e a busca de apoio e recursos que possam auxiliar na inclusão e
participação plena na sociedade. Essa capacidade de adaptação e autogestão permite que
os indivíduos com surdez encontrem maneiras de superar as barreiras auditivas e
aproveitem as oportunidades educacionais, profissionais e sociais disponíveis para eles.
21
inclusiva, baseada na valorização da língua de sinais, da identidade surda e na
participação ativa na sociedade.
22
Dominar a metodologia do ensino da Língua Brasileira de Sinais – LIBRAS como
primeira língua do surdo.
Além da metodologia do ensino da Língua Brasileira de Sinais (LIBRAS) como primeira
língua do surdo, uma capacidade adicional que pode ser associada a este item é a
criatividade pedagógica.
Criatividade pedagógica: A criatividade pedagógica refere-se à capacidade de
desenvolver estratégias inovadoras e adaptativas para o ensino da LIBRAS, levando em
consideração as necessidades e características individuais dos alunos surdos. Isso envolve
a habilidade de pensar de forma criativa, buscar novas abordagens e recursos, e adaptar
as atividades de acordo com o perfil e o ritmo de aprendizagem de cada aluno.
A metodologia do ensino da LIBRAS como primeira língua envolve a criação de um
ambiente de aprendizagem envolvente, estimulante e significativo para os alunos surdos.
Através da criatividade pedagógica, o professor de AEE pode explorar diferentes recursos
visuais, como vídeos, imagens, jogos e atividades práticas, que facilitem a compreensão
e a produção dos sinais pelos alunos surdos.
Além disso, a criatividade pedagógica permite ao professor adaptar as estratégias de
ensino para atender às necessidades individuais dos alunos surdos, levando em
consideração suas preferências de aprendizagem, estilos cognitivos e interesses. Isso pode
incluir a criação de materiais didáticos adaptados, o uso de tecnologia assistiva, a
exploração de histórias e narrativas visuais, e a promoção de atividades interativas e
colaborativas que estimulem a participação ativa dos alunos.
A criatividade pedagógica também desempenha um papel fundamental no
desenvolvimento de estratégias de avaliação diferenciadas, que vão além da avaliação
tradicional baseada em testes escritos. O professor pode explorar formas alternativas de
avaliação, como projetos práticos, apresentações visuais e discussões orais, que permitam
aos alunos demonstrar seu conhecimento e habilidades em LIBRAS.
Ao dominar a metodologia do ensino da LIBRAS como primeira língua do surdo e aplicar
a criatividade pedagógica, o professor de AEE tem a capacidade de criar um ambiente de
aprendizagem dinâmico, inclusivo e eficaz, que promova o desenvolvimento linguístico,
comunicativo e cultural dos alunos surdos, ao mesmo tempo em que valoriza sua
identidade e proporciona experiências educacionais enriquecedoras.
Além da metodologia de ensino da Língua Portuguesa como segunda língua para surdos,
uma capacidade adicional que pode ser associada a este item é a adaptabilidade
pedagógica.
23
Adaptabilidade pedagógica: A adaptabilidade pedagógica refere-se à capacidade do
professor de AEE de ajustar e adaptar suas estratégias de ensino para atender às
necessidades individuais dos alunos surdos na aprendizagem da Língua Portuguesa. Isso
envolve a habilidade de identificar as dificuldades específicas dos alunos em relação à
língua escrita e desenvolver abordagens personalizadas que facilitem seu processo de
aprendizagem.
A metodologia de ensino da Língua Portuguesa como segunda língua para surdos requer
uma abordagem diferenciada, considerando as diferenças entre a estrutura e as
características da LIBRAS e do Português. A adaptabilidade pedagógica permite ao
professor de AEE selecionar estratégias de ensino que sejam adequadas para os alunos
surdos, levando em consideração fatores como o nível de proficiência na língua, as
habilidades linguísticas prévias, as preferências de aprendizagem e os estilos cognitivos
individuais.
Essa capacidade envolve o uso de recursos e materiais didáticos adaptados, como livros
com ilustrações visuais, vídeos explicativos, atividades interativas e jogos linguísticos. O
professor pode utilizar abordagens pedagógicas que explorem a conexão entre a LIBRAS
e o Português, destacando as semelhanças e diferenças entre as duas línguas para facilitar
a compreensão e a aquisição da segunda língua.
Além disso, a adaptabilidade pedagógica envolve a criação de um ambiente de
aprendizagem inclusivo e encorajador, onde os alunos se sintam motivados a se envolver
com a língua, a experimentar e a se expressar em Português. O professor pode adotar
estratégias de ensino interativas, como debates, discussões em grupo, produção de textos
e atividades de leitura, que estimulem a participação ativa e o desenvolvimento das
habilidades linguísticas dos alunos surdos.
Ao dominar a metodologia de ensino da Língua Portuguesa como segunda língua para
surdos e aplicar a adaptabilidade pedagógica, o professor de AEE tem a capacidade de
proporcionar uma educação linguística abrangente e de qualidade, que promova a
aquisição da língua escrita e o desenvolvimento das habilidades de leitura, escrita,
compreensão e expressão oral em Português. Essa capacidade permite ao aluno surdo uma
maior inclusão e participação na sociedade, bem como uma ampliação de oportunidades
educacionais e profissionais.
24
Comunicação não verbal: A comunicação não verbal é uma forma de expressão que
envolve gestos, expressões faciais, postura corporal e outros sinais não verbais para
transmitir informações e se comunicar com os outros. Essa capacidade é especialmente
relevante para o professor de AEE ao trabalhar com estudantes surdos, pois a
comunicação não verbal pode ser uma ferramenta poderosa para facilitar a compreensão
e a interação.
Ao identificar materiais didático-pedagógicos e recursos de acessibilidade, o professor de
AEE pode incorporar elementos visuais e táteis que auxiliem na compreensão do
conteúdo pelos alunos surdos. Isso pode incluir o uso de imagens, ilustrações, diagramas,
modelos tridimensionais, vídeos e outros recursos visuais que complementem as
informações transmitidas por meio da língua de sinais.
Além disso, ao elaborar o Plano de Atendimento Individualizado (PAI), o professor pode
incluir estratégias específicas de comunicação não verbal para promover a autonomia dos
estudantes. Isso pode envolver o ensino e o estímulo de gestos, expressões faciais e sinais
não verbais que permitam aos alunos se expressarem, fazerem perguntas, solicitarem
ajuda ou interagirem com os colegas e professores.
A habilidade de comunicação não verbal do professor de AEE também é importante para
criar um ambiente inclusivo e acolhedor, transmitindo emoções, afeto e estabelecendo
uma conexão empática com os estudantes surdos. Por meio de expressões faciais e
linguagem corporal adequadas, o professor pode transmitir segurança, encorajamento e
interesse genuíno pela participação e pelo progresso dos alunos.
A comunicação não verbal desempenha um papel fundamental no desenvolvimento de
uma comunicação eficaz com os estudantes surdos, complementando a utilização da
língua de sinais e do Português escrito. Essa capacidade contribui para a construção de
um ambiente de aprendizagem inclusivo, onde os alunos se sintam compreendidos,
apoiados e capacitados a desenvolver sua autonomia e habilidades acadêmicas e sociais.
25
2.3. DEFICIÊNCIA VISUAL (DV) CONHECIMENTOS
Do Sistema Braille e suas aplicações nas várias áreas (leitura e escrita), o uso e o
ensino do Soroban adaptado.
Sistema Braille:
Conhecer o sistema Braille: O professor de AEE deve dominar o sistema Braille, que é
um sistema de leitura e escrita tátil utilizado por pessoas cegas ou com baixa visão. É
essencial conhecer os símbolos Braille, a organização das células e as regras de
transcrição do alfabeto, números, sinais de pontuação e outros caracteres especiais.
Ensino do sistema Braille: O professor deve estar familiarizado com as estratégias e
técnicas de ensino do Braille, adaptando as atividades de acordo com o nível de habilidade
e o ritmo de aprendizagem de cada aluno. Isso inclui o ensino da leitura tátil, a escrita
utilizando a reglete e punção, o uso de máquinas de escrever Braille e dispositivos
tecnológicos específicos.
Adaptação de materiais: O professor deve ser capaz de adaptar materiais didáticos e
recursos de aprendizagem para o Braille, convertendo textos impressos em Braille ou
criando materiais diretamente em Braille. Isso pode incluir livros, apostilas, exercícios,
gráficos e outros recursos visuais adaptados para o sistema Braille.
Soroban adaptado:
Conhecer o Soroban: O Soroban é um ábaco utilizado para realizar cálculos matemáticos.
No contexto do ensino para alunos com deficiência visual, o Soroban é adaptado para o
uso tátil, com barras salientes e peças móveis. O professor deve compreender o
funcionamento e a estrutura do Soroban adaptado, bem como as diferentes técnicas de
cálculo utilizadas.
Ensino do Soroban adaptado: O professor deve ser capaz de ensinar o uso do Soroban
adaptado aos alunos com deficiência visual, ensinando-os a manipular as peças e a
realizar operações matemáticas básicas. Isso inclui o desenvolvimento de estratégias de
ensino que promovam a compreensão dos conceitos matemáticos e o domínio das
habilidades de cálculo com o Soroban adaptado.
Adaptação de materiais: O professor pode adaptar materiais e atividades matemáticas
para o uso do Soroban adaptado, desenvolvendo exercícios específicos que explorem as
habilidades e competências matemáticas dos alunos com deficiência visual. Esses
materiais podem incluir problemas de adição, subtração, multiplicação, divisão e outros
conceitos matemáticos.
Ao dominar esses conhecimentos sobre o Sistema Braille e o uso do Soroban adaptado, o
professor de AEE estará apto a oferecer um suporte efetivo aos alunos com deficiência
26
visual, proporcionando-lhes acesso à leitura, escrita e às habilidades matemáticas,
promovendo sua inclusão e autonomia educacional.
27
adaptação de materiais educacionais, o uso de estratégias de ensino adequadas, o
fornecimento de suporte visual apropriado e o trabalho em colaboração com outros
profissionais para garantir o melhor suporte possível aos alunos com deficiência visual.
28
Ao dominar esses conhecimentos, o professor de AEE estará preparado para apoiar os
alunos na aquisição de habilidades de mobilidade e autonomia, capacitando-os a se
deslocarem com segurança, a realizarem atividades da vida diária de forma independente
e a alcançarem maior autonomia em suas vidas.
29
Manter-se atualizado sobre as atualizações e avanços na área da tecnologia assistiva,
participando de formações, workshops e conferências que abordem as últimas tendências
e novidades nesse campo.
Ao possuir esses conhecimentos, o professor de AEE estará apto a identificar, avaliar e
orientar os alunos no uso dos recursos de tecnologia assistiva, incluindo programas
leitores e ampliadores de tela. Isso permitirá que os alunos tenham acesso a uma educação
inclusiva e participem plenamente das atividades escolares e do cotidiano, garantindo
maior autonomia e oportunidades de aprendizagem.
30
adaptações no ambiente escolar e em outros locais frequentados pelos alunos, como
rampas de acesso, corrimãos, pisos táteis, entre outros.
Ao possuir esses conhecimentos, o professor de AEE estará preparado para identificar,
avaliar e orientar os alunos no uso adequado dos recursos de tecnologia assistiva para
mobilidade. Isso permitirá que os alunos tenham maior independência e autonomia na
locomoção, garantindo sua participação plena em atividades escolares e cotidianas.
31
implementar a audiodescrição de forma eficaz para garantir o acesso igualitário ao
conteúdo.
Colaboração com profissionais especializados:
Trabalhar em colaboração com profissionais especializados em acessibilidade, como
audiodescritores, intérpretes de Libras (Língua Brasileira de Sinais), especialistas em
tecnologia assistiva e profissionais de mídia acessível. Isso permite obter orientações
especializadas, compartilhar conhecimentos e garantir a qualidade e eficácia dos
materiais adaptados e das audiodescrições.
Ao possuir esses conhecimentos, o professor de AEE estará preparado para tornar os
materiais pedagógicos mais acessíveis aos alunos com deficiência, seja por meio da
adaptação de formatos, como Braille ou ampliação de texto, ou por meio da
implementação de recursos de acessibilidade, como audiodescrição em materiais
audiovisuais. Isso promoverá a inclusão e participação plena dos alunos com deficiência
no processo de ensino-aprendizagem.
Para o Professor de AEE em relação aos materiais e recursos específicos para estudantes
com baixa visão/visão subnormal ou cegueira, são necessários os seguintes
conhecimentos:
Conhecimento sobre as características da baixa visão/visão subnormal e da
cegueira:
Compreender as particularidades e desafios enfrentados por estudantes com baixa
visão/visão subnormal ou cegueira, incluindo as limitações na acuidade visual, campo
visual, percepção de cores e contraste. Isso permitirá ao professor adaptar os materiais e
recursos de acordo com as necessidades específicas de cada aluno.
Familiaridade com recursos e materiais específicos:
Conhecer os recursos e materiais específicos disponíveis para auxiliar estudantes com
baixa visão/visão subnormal ou cegueira. Isso inclui a compreensão dos diferentes tipos
de auxílios ópticos, como lentes de aumento, lupas eletrônicas e telescópios, bem como
recursos de tecnologia assistiva, como softwares de ampliação de tela, leitores de tela e
dispositivos de entrada tátil, como teclados em Braille.
Estar atualizado sobre as tecnologias e aplicativos acessíveis para dispositivos móveis,
como tablets e smartphones, que podem oferecer suporte à leitura e ao acesso a
informações para estudantes com baixa visão/visão subnormal ou cegueira.
Adaptação de materiais impressos:
Ter habilidades na adaptação de materiais impressos para estudantes com baixa
visão/visão subnormal. Isso inclui a utilização de técnicas como aumento de fonte,
32
alteração de contraste, utilização de fontes e cores adequadas, além de estratégias para
organizar e estruturar o conteúdo para facilitar a leitura.
Conhecer os recursos de produção de materiais em Braille e ter a capacidade de
transcrever ou adquirir materiais em Braille quando necessário.
Colaboração com profissionais especializados:
Trabalhar em parceria com profissionais especializados, como oftalmologistas,
especialistas em baixa visão/visão subnormal, especialistas em tecnologia assistiva e
outros profissionais da área da saúde. Essa colaboração é importante para obter
orientações e suporte específico para atender às necessidades individuais dos estudantes
com baixa visão/visão subnormal ou cegueira.
Ao possuir esses conhecimentos, o professor de AEE estará preparado para identificar,
selecionar e adaptar os materiais e recursos necessários para apoiar os estudantes com
baixa visão/visão subnormal ou cegueira. Isso garantirá que esses estudantes tenham
acesso igualitário ao currículo, possam participar ativamente das atividades educacionais
e desenvolver habilidades acadêmicas e sociais de forma eficaz.
33
Saber criar atividades e experiências de aprendizagem que envolvam o uso do tato ativo,
promovendo a exploração tátil, a discriminação de formas e texturas, e a compreensão de
conceitos espaciais e tridimensionais.
Colaboração com profissionais especializados:
Trabalhar em parceria com terapeutas ocupacionais, especialistas em deficiência visual e
outros profissionais especializados em estimulação tátil. Essa colaboração permitirá obter
orientações e estratégias específicas para o desenvolvimento do tato ativo e o uso
adequado de materiais e recursos táteis.
Ao possuir esses conhecimentos, o professor de AEE estará preparado para apoiar os
educandos na exploração tátil de objetos concretos e no conhecimento de formas
tridimensionais. Isso promoverá o desenvolvimento sensorial, cognitivo e perceptivo dos
educandos, permitindo-lhes compreender melhor o mundo ao seu redor, explorar
conceitos espaciais e tridimensionais, e participar de atividades educacionais de forma
mais independente e significativa.
34
Habilidades na adaptação de materiais e elaboração do PAI:
Ter habilidades na adaptação de materiais didáticos para torná-los acessíveis aos
estudantes com baixa visão/visão subnormal ou cegueira. Isso inclui a utilização de
técnicas como aumento de fonte, alteração de contraste, disponibilização de materiais em
Braille ou formatos digitais acessíveis, e a adaptação de atividades e tarefas de acordo
com as necessidades individuais.
Saber elaborar o Plano de Atendimento Individualizado (PAI), que é um documento que
identifica as adaptações, recursos e estratégias necessárias para atender às necessidades
educacionais dos estudantes com baixa visão/visão subnormal ou cegueira. Isso envolve
colaborar com a equipe pedagógica, familiares e outros profissionais envolvidos para
garantir que o PAI seja individualizado e aborde as necessidades específicas do estudante.
Colaboração com profissionais especializados:
Trabalhar em parceria com oftalmologistas, especialistas em baixa visão/visão subnormal
ou cegueira, terapeutas ocupacionais, profissionais de tecnologia assistiva e outros
profissionais especializados. Essa colaboração é importante para obter orientações e
apoio específico, bem como para garantir a implementação adequada do PAI e o uso
correto dos recursos de acessibilidade.
Ao possuir esses conhecimentos, o professor de AEE estará preparado para identificar,
selecionar e adaptar os materiais didático-pedagógicos, bem como elaborar o Plano de
Atendimento Individualizado (PAI) para estudantes com baixa visão/visão subnormal ou
cegueira. Isso permitirá favorecer a autonomia dos estudantes, garantindo seu acesso
igualitário à informação e ao aprendizado, além de proporcionar um ambiente inclusivo
que atenda às suas necessidades específicas. Através desses recursos e estratégias, os
estudantes com baixa visão/visão subnormal ou cegueira poderão participar plenamente
das atividades educacionais, desenvolver suas habilidades e alcançar seu potencial
máximo.
2.3.1. CAPACIDADES
35
Portanto, o desenvolvimento da percepção tátil é um aspecto importante a ser considerado
no contexto da cegueira ou deficiência visual, e os professores de AEE podem
desempenhar um papel fundamental ao criar oportunidades de exploração tátil, oferecer
materiais adaptados e promover atividades que estimulem e aprimorem essa capacidade
nos estudantes com deficiência visual.
36
Cada estudante é único, com suas próprias habilidades, ritmos de aprendizagem, estilos
de comunicação e formas de processar informações. Portanto, os professores de AEE
precisam ser flexíveis e capazes de ajustar o planejamento e a implementação do currículo
de acordo com as necessidades e características de cada estudante.
Isso envolve adaptar materiais didáticos, utilizar diferentes estratégias de ensino, oferecer
suporte individualizado, proporcionar opções de avaliação acessíveis e considerar as
preferências de aprendizagem dos estudantes. A flexibilidade pedagógica permite que os
professores atendam às necessidades específicas de cada estudante, respeitando suas
diferenças e promovendo um ambiente inclusivo.
Além disso, a flexibilidade também se aplica à colaboração com outros profissionais,
famílias e equipe pedagógica. Os professores de AEE precisam estar abertos a parcerias,
trocas de informações e trabalho em equipe, buscando soluções conjuntas para melhor
atender às necessidades dos estudantes.
Portanto, a capacidade de flexibilidade é essencial para o desenvolvimento de planos de
atendimento individualizado, implementação de acessibilidade curricular e realização de
avaliações adequadas às características individuais dos estudantes. Ela permite que os
professores ajustem suas práticas de ensino e ofereçam suporte personalizado, garantindo
que todos os estudantes tenham oportunidades igualitárias de aprendizagem e
desenvolvimento.
37
2.4. DEFICIÊNCIA INTELECTUAL (DI) CONHECIMENTOS
38
De materiais didático-pedagógicos, recursos de acessibilidade, elaboração de plano
de atendimento individualizado, para favorecer a autonomia dos estudantes.
39
De materiais didáticos facilitadores da aprendizagem como alternativas.
40
Das habilidades básicas de autogestão e específicas, como ferramentas
imprescindíveis, inclusive para o mercado de trabalho.
Para o Professor de AEE, é importante ter conhecimentos relacionados às habilidades
básicas de autogestão e específicas, consideradas ferramentas imprescindíveis, inclusive
para o mercado de trabalho. Alguns conhecimentos relevantes para esse tema incluem:
Identificação das habilidades de autogestão: Ter conhecimento das habilidades básicas
de autogestão, como organização, planejamento, autodisciplina, cumprimento de prazos,
tomada de decisões e resolução de problemas. Compreender a importância e o impacto
dessas habilidades no desenvolvimento pessoal e profissional dos estudantes permitirá ao
professor enfatizá-las durante as atividades educacionais.
Estratégias de ensino: Conhecer estratégias de ensino que promovam o desenvolvimento
das habilidades de autogestão. Isso inclui orientar os estudantes na criação de rotinas e
agendas, ensinar técnicas de organização e planejamento, incentivar a autorregulação do
comportamento, estimular a tomada de decisões e a resolução de problemas, entre outras
abordagens. O professor deve fornecer apoio e orientação adequados para que os
estudantes desenvolvam essas habilidades de forma efetiva.
Aplicação prática: Saber como promover a aplicação prática das habilidades de
autogestão no contexto escolar e na vida cotidiana dos estudantes. Isso pode envolver a
realização de atividades que exijam organização e planejamento, a definição de metas e
o acompanhamento do progresso, a criação de situações em que os estudantes tenham que
tomar decisões e resolver problemas, entre outras práticas. O professor deve proporcionar
oportunidades para que os estudantes experimentem e aprimorem suas habilidades de
autogestão.
Transição para o mercado de trabalho: Estar ciente das habilidades específicas de
autogestão necessárias para o sucesso no mercado de trabalho. Isso inclui habilidades de
comunicação, trabalho em equipe, pensamento crítico, adaptabilidade, gerenciamento do
tempo e do estresse, entre outras. O professor deve orientar os estudantes sobre essas
habilidades e promover atividades que as desenvolvam, preparando-os para a transição
para o mundo profissional.
Parceria com profissionais especializados: Colaborar com profissionais especializados,
como psicólogos, orientadores vocacionais ou consultores de carreira, que possam
fornecer orientação adicional sobre as habilidades de autogestão necessárias para o
mercado de trabalho. Essa parceria pode ajudar o professor a obter conhecimentos mais
aprofundados sobre o assunto e a oferecer um suporte mais abrangente aos estudantes.
Ao possuir esses conhecimentos, o Professor de AEE estará apto a trabalhar o
desenvolvimento das habilidades de autogestão dos estudantes, preparando-os não apenas
para o ambiente escolar, mas também para os desafios e demandas do mercado de
trabalho. Essas habilidades são essenciais para promover a autonomia, a independência e
o sucesso futuro dos estudantes.
41
Estratégias pedagógicas com base no DUA (Desenvolvimento Universal para
aprendizagem) e acessibilidade curricular;
42
Ao possuir esses conhecimentos, o Professor de AEE estará preparado para aplicar
estratégias pedagógicas baseadas no DUA e promover a acessibilidade curricular para
todos os estudantes, garantindo que cada um tenha a oportunidade de aprender e se
desenvolver plenamente. Além disso, o professor estará apto a identificar as necessidades
individuais dos estudantes e elaborar planos de intervenção personalizados, utilizando
materiais didáticos e recursos de acessibilidade adequados. Com essa abordagem
inclusiva, o professor poderá promover a autonomia dos estudantes, ajudando-os a
adquirir habilidades fundamentais para sua vida acadêmica, profissional e pessoal. A
constante atualização e colaboração com outros profissionais também são essenciais para
aprimorar as práticas pedagógicas e garantir o sucesso educacional de todos os estudantes.
43
colaboração pode contribuir para a criação de um ambiente de aprendizagem
enriquecedor e inclusivo.
Avaliação diferenciada: O professor deve desenvolver estratégias de avaliação que
considerem as diferentes inteligências dos estudantes. Isso envolve a utilização de
diferentes tipos de atividades avaliativas, como projetos, apresentações orais,
demonstrações práticas e produções artísticas, permitindo que os estudantes demonstrem
seu conhecimento e habilidades de maneiras diversas.
Ao possuir esses conhecimentos, o Professor de AEE estará preparado para reconhecer
as Inteligências Múltiplas e promover uma aprendizagem diversificada e inclusiva,
considerando as diferentes formas de desenvolvimento da aprendizagem de cada
estudante. Isso contribuirá para o engajamento, motivação e sucesso educacional de todos
os estudantes, permitindo que eles explorem e desenvolvam seus talentos e habilidades
de forma plena.
44
Monitoramento e avaliação contínua: O professor deve realizar um monitoramento
contínuo do progresso do estudante e avaliar a eficácia das intervenções implementadas.
Isso envolve a coleta de dados, a observação do desempenho do estudante e a revisão
periódica dos planos de ação. Com base nessas avaliações, o professor pode fazer ajustes
e adaptações necessárias para melhor atender às necessidades do estudante.
Comunicação efetiva: O professor deve ser capaz de comunicar-se de forma efetiva com
os membros da equipe pedagógica e da equipe de habilitação/reabilitação. Isso envolve a
troca de informações relevantes, a discussão de estratégias e intervenções, o
compartilhamento de observações e a colaboração na tomada de decisões relacionadas ao
desenvolvimento e aprendizagem do estudante.
Ao possuir esses conhecimentos, o Professor de AEE estará apto a elaborar planos de
atuação efetivos, considerando as contribuições obtidas com os profissionais da equipe
pedagógica e da equipe responsável pela habilitação/reabilitação do estudante. Essa
colaboração interdisciplinar contribuirá para o desenvolvimento global do estudante e
para o estabelecimento de estratégias de suporte adequadas, visando o seu sucesso
educacional e inclusão plena.
45
objetivos educacionais e das habilidades específicas que podem ser abordadas por meio
dos jogos.
Monitoramento do progresso: O professor deve ser capaz de monitorar o progresso dos
estudantes durante a utilização dos jogos pedagógicos, observando seu desempenho,
níveis de engajamento e habilidades desenvolvidas. Isso permite que o professor faça
ajustes e adaptações conforme necessário, garantindo que os jogos sejam efetivos e
atendam às necessidades individuais dos estudantes.
Avaliação do impacto dos jogos: O professor deve ser capaz de avaliar o impacto dos
jogos pedagógicos na aprendizagem e no desenvolvimento dos estudantes. Isso pode ser
feito por meio de observações, registros, avaliações formais ou informais, buscando
compreender como os jogos estão contribuindo para o desenvolvimento das habilidades-
alvo.
Ao possuir esses conhecimentos, o Professor de AEE estará apto a utilizar jogos
pedagógicos de forma eficaz, estimulando o foco, concentração, habilidades linguísticas
e raciocínio matemático dos estudantes. Esses jogos podem trazer motivação,
engajamento e um ambiente lúdico para a aprendizagem, contribuindo para o progresso
e o sucesso dos estudantes.
2.4.1.CAPACIDADES
46
Utilização de instrumentos e técnicas de avaliação: O professor deve ter
conhecimentos sobre os instrumentos e técnicas de avaliação adequados para identificar
as necessidades educacionais específicas do estudante com Deficiência Intelectual. Isso
pode envolver o uso de testes padronizados, escalas de avaliação, entrevistas,
questionários e outras ferramentas relevantes.
Análise e interpretação dos dados: O professor deve ser capaz de analisar e interpretar
os dados coletados durante o processo de avaliação. Isso implica em identificar padrões,
áreas de dificuldade, pontos fortes e necessidades do estudante, relacionando-os com as
características da Deficiência Intelectual e as demandas do ambiente escolar.
Elaboração do Plano de Atendimento Individualizado (PAI): Com base na avaliação
pedagógica, o professor deve ser capaz de elaborar um Plano de Atendimento
Individualizado (PAI) que contemple as necessidades educacionais específicas do
estudante com Deficiência Intelectual. Isso requer a identificação de metas, objetivos,
estratégias pedagógicas e recursos de apoio adequados para promover a participação
efetiva do estudante nas atividades escolares.
Ao dominar essas capacidades, o Professor de AEE estará apto a identificar a dificuldade
de aprendizagem do estudante com Deficiência Intelectual, avaliar suas necessidades
educacionais e desenvolver um Plano de Atendimento Individualizado (PAI) que seja
adequado e eficaz para promover a sua participação ativa e progresso acadêmico. Isso
contribui para uma educação inclusiva e de qualidade, que atenda às necessidades
individuais de cada estudante.
47
Conhecimento sobre tecnologias assistivas: O professor deve estar atualizado sobre as
tecnologias assistivas disponíveis, como softwares educacionais, aplicativos, dispositivos
eletrônicos e recursos online, que possam ser utilizados como materiais didáticos
alternativos. Isso inclui o conhecimento sobre as funcionalidades e possibilidades de uso
dessas tecnologias.
Colaboração com outros profissionais e especialistas: O professor pode buscar
colaboração com outros profissionais, como terapeutas ocupacionais, fonoaudiólogos,
especialistas em tecnologia assistiva, para obter orientações e sugestões de materiais
didáticos alternativos adequados às necessidades do estudante.
Ao dominar essas capacidades, o Professor de AEE estará apto a identificar e utilizar
materiais didáticos facilitadores da aprendizagem como alternativas, personalizando o
processo educacional para atender às necessidades individuais do estudante. Isso
promove a inclusão, a motivação e o engajamento do estudante, possibilitando um
aprendizado significativo e efetivo.
48
Autoconhecimento: Capacidade de compreender as próprias habilidades, interesses,
valores e objetivos, desenvolvendo uma visão positiva de si mesmo e uma identidade
saudável.
Pensamento crítico e resolução de problemas: Capacidade de analisar situações, tomar
decisões informadas, resolver problemas complexos e pensar de forma criativa e
inovadora.
Autonomia e autorregulação: Capacidade de estabelecer metas, gerenciar o tempo,
autodirigir o aprendizado, assumir responsabilidade pelas próprias ações e tomar decisões
autônomas.
Ao desenvolver essas competências socioemocionais, os estudantes adquirem habilidades
essenciais para o mercado de trabalho, como o trabalho em equipe, a resolução de
problemas, a liderança, a comunicação efetiva e a adaptabilidade. O Professor de AEE
desempenha um papel fundamental ao oferecer apoio e orientação na identificação e
desenvolvimento dessas habilidades, proporcionando oportunidades de aprendizagem e
práticas que promovam a autogestão e o crescimento socioemocional dos estudantes. Isso
contribui para sua preparação para o futuro, possibilitando uma transição mais suave para
o mercado de trabalho e para uma vida independente e satisfatória.
49
Portanto, a capacidade de ser criativo permite ao Professor de AEE ir além das abordagens
tradicionais e encontrar maneiras inovadoras de garantir a acessibilidade curricular e
promover a inclusão educacional. Isso contribui para criar um ambiente de aprendizagem
inclusivo, estimulante e enriquecedor para todos os estudantes, independentemente de
suas necessidades individuais.
50
Estimular o desenvolvimento das capacidades dos estudantes em estabelecer
interações simbólicas com o meio que o circunda, de forma a minimizar as barreiras
de natureza cognitiva impostas pela deficiência.
51
entre conceitos e a habilidade de generalizar informações. É uma capacidade cognitiva
fundamental que permite aos estudantes compreender e manipular conceitos complexos.
Ao propor atividades linguístico-cognitivas, o Professor de AEE pode criar oportunidades
para que os estudantes desenvolvam seu raciocínio abstrato. Isso pode incluir atividades
como a resolução de problemas, a análise de textos, a interpretação de informações, a
identificação de padrões e a aplicação de conceitos em diferentes contextos.
Estimular o raciocínio abstrato promove o desenvolvimento das habilidades de
pensamento crítico, de análise e de síntese. Também ajuda os estudantes a ampliarem sua
compreensão do mundo ao seu redor, facilitando a assimilação de novas informações e o
desenvolvimento de capacidades de pensamento mais complexas.
Ao planejar intervenções que visam avanços na compreensão geral do estudante, é
importante considerar a promoção do raciocínio abstrato como uma capacidade-chave.
Isso proporciona aos estudantes a oportunidade de desenvolver habilidades cognitivas
mais avançadas, permitindo uma compreensão mais profunda e abrangente dos conteúdos
apresentados e facilitando sua participação efetiva nas atividades escolares.
52
2.5. TRANSTORNO DO ESPECTRO AUTISTA (TEA) CONHECIMENTOS
53
Ao ter esses conhecimentos, o Professor de AEE estará melhor preparado para atender às
necessidades educacionais dos estudantes com TEA, promovendo a inclusão, o
desenvolvimento de habilidades e o bem-estar geral desses estudantes.
54
promoção do desenvolvimento acadêmico, social e comunicativo do estudante com TEA,
possibilitando uma experiência educacional mais inclusiva e significativa.
55
De recursos complementares de natureza psicopedagógica, levando-se em conta a
capacidade intelectual, o nível comunicativo e linguístico, as alterações de conduta,
o grau de flexibilidade cognitiva e comportamental e o nível de desenvolvimento
social do estudante.
56
Das habilidades de cada área do sistema cognitivo, investindo nas potencialidades
para trabalhar as necessidades educacionais específicas do estudante com TEA.
Para o Professor de AEE trabalhar com as habilidades de cada área do sistema cognitivo
e investir nas potencialidades do estudante com TEA, alguns conhecimentos relevantes
incluem:
Compreensão do espectro do TEA: O professor deve ter conhecimento sobre o espectro
do Transtorno do Espectro Autista e suas características. Isso inclui uma compreensão
das dificuldades e pontos fortes que os estudantes com TEA podem apresentar em
diferentes áreas do sistema cognitivo, como comunicação, linguagem, habilidades
sociais, pensamento abstrato, memória, atenção e processamento sensorial.
Avaliação do perfil cognitivo: É importante realizar uma avaliação abrangente do perfil
cognitivo do estudante com TEA, identificando suas áreas de habilidade e necessidades
específicas. Isso pode envolver a utilização de testes padronizados, observações
comportamentais, análise de amostras de trabalho e entrevistas com os pais e profissionais
envolvidos.
Adaptação de estratégias de ensino: Com base na compreensão das habilidades e
necessidades do estudante, o professor deve adaptar as estratégias de ensino para atender
às suas necessidades educacionais específicas. Isso pode incluir o uso de recursos visuais,
estruturação do ambiente, apoio na comunicação, uso de rotinas e sistemas de reforço
positivo, entre outras abordagens que sejam eficazes para o estudante com TEA.
Conhecimento de intervenções baseadas em evidências: O professor de AEE deve
estar familiarizado com intervenções baseadas em evidências que visem desenvolver as
habilidades cognitivas do estudante com TEA. Isso pode incluir abordagens como o
Applied Behavior Analysis (ABA), Programas de Comunicação Total (PCT), TEACCH
(Tratamento e Educação de Crianças Autistas com Comunicação Desenvolvida),
intervenções focadas no desenvolvimento de habilidades sociais e emocionais, entre
outras.
Colaboração com profissionais especializados: É importante que o professor de AEE
esteja aberto à colaboração com outros profissionais especializados no TEA, como
psicólogos, terapeutas ocupacionais, fonoaudiólogos e psicopedagogos. Essa colaboração
pode fornecer uma compreensão mais abrangente das necessidades do estudante e
orientações adicionais sobre estratégias de ensino e intervenções adequadas.
Atualização contínua: O campo do TEA está em constante evolução, com novas
pesquisas e intervenções sendo desenvolvidas. Portanto, o professor de AEE deve buscar
atualizar seus conhecimentos por meio de formações, cursos, leituras e participação em
grupos de estudo. Isso permitirá que o professor esteja atualizado sobre as melhores
práticas e abordagens eficazes para trabalhar com as habilidades cognitivas dos
estudantes com TEA.
Ao aplicar esses conhecimentos, o professor de AEE poderá identificar as habilidades
específicas de cada área do sistema cognitivo do estudante com TEA, investir em suas
potencialidades e adaptar as estratégias de ensino para atender às suas necessidades
educacionais, promovendo assim um ambiente de aprendizagem inclusivo e eficaz.
57
Da flexibilização de estratégias pedagógicas para acessibilidade curricular e
elaboração de atividades para o desenvolvimento das habilidades para vida prática
autônoma, habilidades acadêmicas e funcionais.
Para o Professor de AEE trabalhar com a flexibilização de estratégias pedagógicas para
acessibilidade curricular e elaboração de atividades para o desenvolvimento das
habilidades para vida prática autônoma, habilidades acadêmicas e funcionais, alguns
conhecimentos relevantes incluem:
Conhecimento das necessidades individuais dos estudantes: O professor de AEE deve
ter um bom entendimento das necessidades individuais dos estudantes, incluindo suas
habilidades, dificuldades e interesses. Isso envolve conhecer suas habilidades para vida
prática autônoma, habilidades acadêmicas e funcionais, bem como as estratégias de
ensino e recursos que podem facilitar seu desenvolvimento nessas áreas.
Conhecimento das adaptações curriculares: É importante que o professor de AEE
esteja familiarizado com as adaptações curriculares que podem ser feitas para promover
a acessibilidade e atender às necessidades dos estudantes. Isso pode envolver ajustes nos
materiais didáticos, na forma como as atividades são apresentadas, na avaliação e nos
recursos de apoio utilizados.
Habilidades de planejamento e organização: O professor de AEE deve ser capaz de
planejar e organizar atividades que abordem especificamente as habilidades para vida
prática autônoma, habilidades acadêmicas e funcionais dos estudantes. Isso pode incluir
a elaboração de sequências de aprendizagem, a identificação de objetivos específicos, a
seleção de estratégias de ensino adequadas e a criação de materiais e recursos de apoio
relevantes.
Conhecimento de estratégias de ensino diferenciadas: O professor de AEE deve estar
familiarizado com uma variedade de estratégias de ensino diferenciadas que podem ser
utilizadas para atender às necessidades individuais dos estudantes. Isso pode incluir o uso
de materiais concretos, recursos visuais, apoios sensoriais, tecnologias assistivas e
estratégias de modelagem e prática.
Colaboração com outros profissionais: O professor de AEE deve estar disposto a
colaborar com outros profissionais, como terapeutas ocupacionais, fonoaudiólogos e
psicólogos, para desenvolver atividades que promovam o desenvolvimento das
habilidades para vida prática autônoma, habilidades acadêmicas e funcionais. Essa
colaboração pode fornecer insights e orientações adicionais para o planejamento e
implementação das atividades.
Avaliação contínua do progresso: O professor de AEE deve ser capaz de avaliar
continuamente o progresso dos estudantes nas habilidades para vida prática autônoma,
habilidades acadêmicas e funcionais, a fim de ajustar as estratégias de ensino e atividades
conforme necessário. Isso envolve o uso de ferramentas e técnicas de avaliação
apropriadas, bem como a análise dos resultados para informar a prática pedagógica.
58
Ao aplicar esses conhecimentos, o professor de AEE estará apto a flexibilizar as
estratégias pedagógicas para promover a acessibilidade curricular e elaborar atividades
que desenvolvam as habilidades para vida prática autônoma, habilidades acadêmicas e
funcionais dos estudantes. Isso contribuirá para a autonomia e inclusão desses estudantes,
preparando-os para a vida além da escola.
2.5.1. CAPACIDADES
59
Aplicar métodos, como o TEACCH, o Programas de Comunicação Total,
metodologias específicas e outras formas de comunicação específicas, para o
trabalho educacional prático com o estudante com TEA.
A capacidade associada a esse item é a adaptabilidade. O professor de AEE precisa ser
adaptável e flexível ao aplicar diferentes métodos e metodologias no trabalho educacional
com estudantes com TEA. Cada estudante é único e apresenta características e
necessidades individuais, portanto, é essencial que o professor tenha a capacidade de
adaptar e ajustar as estratégias de ensino de acordo com as particularidades de cada aluno.
Isso inclui a compreensão e aplicação adequada de métodos como o TEACCH
(Tratamento e Educação de Crianças com Autismo e Déficits Relacionados à
Comunicação), Programas de Comunicação Total e outras abordagens específicas para o
TEA. A adaptabilidade permite ao professor personalizar a educação e criar um ambiente
de aprendizado que atenda às necessidades individuais de cada estudante com TEA,
promovendo o seu desenvolvimento e progresso educacional.
60
individuais, portanto, o professor de AEE deve ser capaz de adaptar suas intervenções
para atender às necessidades específicas de cada estudante. Isso pode envolver o uso de
recursos complementares de natureza psicopedagógica, a seleção de estratégias de ensino
apropriadas e a criação de um ambiente de aprendizado adaptado às necessidades
individuais do estudante. A adaptabilidade é fundamental para garantir que as
intervenções sejam eficazes e promovam o progresso e o desenvolvimento do estudante
com TEA.
61
2.6. ALTAS HABILIDADES/ SUPERDOTAÇÃO (AH) CONHECIMENTOS
62
Dos recursos da comunidade disponíveis, criando redes de apoio que possam
propiciar ao estudante maiores possibilidades de desenvolvimento de seus
potenciais, tendo em vista sua autonomia e sua preparação para o mundo do
trabalho;
Para o Professor de AEE aproveitar os recursos da comunidade e criar redes de apoio para
os estudantes, visando o desenvolvimento de seus potenciais, autonomia e preparação
para o mundo do trabalho, é importante ter conhecimentos sobre:
Recursos da comunidade: Identificar e conhecer os recursos disponíveis na comunidade
que podem contribuir para o desenvolvimento dos estudantes, como instituições de ensino
superior, centros de capacitação profissional, empresas e organizações sociais.
Parcerias com profissionais e especialistas: Estabelecer parcerias com profissionais e
especialistas da comunidade, como psicólogos, assistentes sociais, terapeutas
ocupacionais, orientadores vocacionais, entre outros, que possam oferecer apoio
especializado aos estudantes.
Programas de estágio e inserção profissional: Conhecer programas de estágio e
inserção profissional oferecidos pela comunidade, tanto em empresas privadas como em
órgãos públicos, e auxiliar os estudantes na busca por oportunidades de vivenciar
experiências práticas e desenvolver habilidades profissionais.
Serviços de orientação profissional: Familiarizar-se com serviços de orientação
profissional disponíveis na comunidade, que possam auxiliar os estudantes na
identificação de seus interesses, aptidões e na escolha de carreiras compatíveis com seus
potenciais.
Programas de inclusão no mercado de trabalho: Conhecer programas de inclusão no
mercado de trabalho voltados para pessoas com deficiência ou necessidades educacionais
especiais, e orientar os estudantes na busca por oportunidades de emprego compatíveis
com suas habilidades e interesses.
Redes de apoio e suporte: Estabelecer redes de apoio e suporte na comunidade,
envolvendo famílias, profissionais da educação, profissionais da área da saúde,
representantes de instituições locais e outros parceiros que possam contribuir para o
desenvolvimento dos estudantes.
Atualização sobre políticas e legislação: Manter-se atualizado sobre políticas,
legislação e diretrizes relacionadas à inclusão e preparação para o mundo do trabalho, a
fim de orientar os estudantes e suas famílias sobre seus direitos e possibilidades.
Esses conhecimentos permitirão ao Professor de AEE explorar os recursos da
comunidade, criar redes de apoio e proporcionar aos estudantes maiores oportunidades
de desenvolvimento de seus potenciais, autonomia e preparação para o mundo do
trabalho, visando uma transição bem-sucedida para a vida adulta.
63
De enriquecimento curricular, para estimular investigação de problemas reais e
exploração de temáticas diversas, ofertando oportunidades de autorrealização aos
estudantes de forma que possam desenvolver suas áreas de conhecimento de maior
interesse e capacidade.
64
2.6.1. CAPACIDADES
65
suporte, fornecendo feedback construtivo e encorajamento, mas permite que o estudante
assuma a responsabilidade por sua própria aprendizagem.
Ao ser um facilitador da aprendizagem, o professor de AEE proporciona um ambiente
educacional colaborativo, estimulante e personalizado, que promove o engajamento, a
motivação e o desenvolvimento integral do estudante.
66
Estabelecer regras e normas: O professor de AEE deve ser capaz de estabelecer regras
claras e normas de convivência que promovam a participação ativa e respeitosa de todos
os estudantes.
Facilitar a comunicação: É importante que o professor de AEE seja capaz de facilitar a
comunicação entre os estudantes, incentivando a troca de ideias, o respeito mútuo e a
escuta atenta.
Promover a colaboração: O professor de AEE deve estimular a colaboração entre os
estudantes, criando oportunidades para que trabalhem juntos, compartilhem
conhecimentos e experiências, e aprendam uns com os outros.
Gerenciar conflitos: É essencial que o professor de AEE tenha habilidades de resolução
de conflitos e seja capaz de intervir de forma adequada quando surgirem divergências ou
problemas entre os estudantes.
Estimular a participação de todos: O professor de AEE deve garantir que todos os
estudantes tenham a oportunidade de participar ativamente das atividades em grupo,
valorizando suas contribuições e promovendo a inclusão.
Ao desenvolver a habilidade de manejar a dinâmica de grupo, o professor de AEE cria
um ambiente propício para o aprendizado colaborativo, a troca de experiências e o
desenvolvimento social dos estudantes. Essa capacidade contribui para a construção de
um espaço inclusivo e enriquecedor, onde cada estudante se sinta valorizado e possa se
engajar de maneira significativa nas atividades propostas.
67
Colaboração e negociação: A habilidade de colaborar e negociar é fundamental para
chegar a um consenso sobre as metas a serem alcançadas. O professor de AEE deve estar
aberto a diferentes perspectivas e disposto a adaptar as metas conforme necessário.
Acompanhamento e avaliação: Uma vez estabelecidas as metas, o professor de AEE
deve acompanhar o progresso do estudante e realizar avaliações periódicas para verificar
se os resultados desejados estão sendo alcançados. Se necessário, ajustes podem ser feitos
ao longo do caminho.
Ao desenvolver a habilidade de estabelecer metas colaborativas, o professor de AEE
promove a participação ativa do estudante no processo educacional, valoriza suas
contribuições e cria um senso de responsabilidade compartilhada. Essa capacidade
contribui para a autonomia, o engajamento e o sucesso acadêmico do estudante.
68
Ao desenvolver a habilidade de buscar a articulação com os recursos da comunidade, o
professor de AEE amplia as oportunidades de aprendizagem e desenvolvimento do
estudante, criando uma rede de apoio que promove sua autonomia e sua preparação para
o mundo do trabalho. Essa capacidade permite aproveitar os recursos disponíveis na
comunidade e promover uma educação mais abrangente e inclusiva.
69
2.7. SURDOCEGUEIRA E DEFICIÊNCIA MÚLTIPLA CONHECIMENTOS
70
Da classificação da surdocegueira quanto ao período do surgimento, tipo de perda e
funcionamento da comunicação.
Para o Professor de AEE que trabalha com estudantes surdocegos, é importante ter
conhecimentos sobre a classificação da surdocegueira, levando em consideração o
período de surgimento, o tipo de perda e o funcionamento da comunicação. Esses
conhecimentos ajudam a compreender melhor as necessidades e características
individuais de cada estudante. Alguns pontos relevantes incluem:
Período de surgimento da surdocegueira: A surdocegueira pode ser classificada de
acordo com o período de surgimento, que pode ocorrer desde o nascimento
(surdocegueira congênita) até uma perda auditiva e visual adquirida posteriormente
(surdocegueira adventícia). Compreender o período de surgimento da surdocegueira pode
auxiliar o professor a adaptar as estratégias de ensino e comunicação de acordo com as
necessidades específicas de cada estudante.
Tipo de perda sensorial: A surdocegueira também pode ser classificada com base no
tipo de perda sensorial, considerando a combinação de perda auditiva e visual. Pode haver
variações na gravidade e no grau de perda em cada sentido, como surdez profunda com
cegueira total, surdez parcial com visão periférica, entre outras. O conhecimento sobre o
tipo de perda sensorial é importante para adaptar a comunicação e utilizar estratégias
apropriadas para cada estudante.
Funcionamento da comunicação: Cada estudante surdocego pode apresentar diferentes
formas de funcionamento da comunicação. Alguns podem utilizar a língua de sinais tátil,
outros podem se comunicar por meio de gestos ou sinais manuais, enquanto outros podem
utilizar recursos tecnológicos ou símbolos táteis. É essencial que o professor de AEE
esteja familiarizado com essas diferentes formas de comunicação e seja capaz de adaptar
sua abordagem para atender às necessidades individuais de cada estudante.
Compreender a classificação da surdocegueira quanto ao período de surgimento, tipo de
perda sensorial e funcionamento da comunicação ajuda o professor de AEE a desenvolver
estratégias adequadas de ensino, adaptação de materiais e promoção da comunicação
efetiva com os estudantes surdocegos. Esses conhecimentos contribuem para uma
abordagem mais individualizada e inclusiva, permitindo que cada estudante tenha acesso
ao currículo e participe ativamente do processo de aprendizagem.
Do conceito de Deficiência Múltipla como sendo a associação de duas ou mais
deficiências primárias (mental/visual/ auditiva/física), com comprometimentos que
acarretam consequências no seu desenvolvimento global e na sua capacidade adaptativa.
71
Para o Professor de AEE que trabalha com estudantes surdocegos, é fundamental ter
conhecimentos sobre Tecnologia Assistiva (TA) e sua importância na educação desses
alunos, especialmente para a efetivação da comunicação. Alguns conhecimentos
relevantes nesse contexto incluem:
Conceito de Tecnologia Assistiva: A Tecnologia Assistiva refere-se a qualquer recurso,
equipamento ou sistema que facilite a participação e autonomia de pessoas com
deficiência. No contexto da surdocegueira, a TA desempenha um papel fundamental na
promoção da comunicação e no acesso à informação, proporcionando aos estudantes
surdocegos ferramentas que os auxiliem na interação e no aprendizado.
Tipos de Tecnologia Assistiva para surdocegos: Existem diversas formas de
Tecnologia Assistiva que podem ser utilizadas por estudantes surdocegos para apoiar a
comunicação. Alguns exemplos incluem dispositivos de comunicação tátil, como tabelas
táteis, teclados braille, impressoras braille, softwares de comunicação alternativa e
aumentativa, sistemas de GPS tátil, entre outros. O professor de AEE deve conhecer esses
recursos e saber como utilizá-los de forma eficaz no contexto educacional.
Avaliação e seleção de Tecnologia Assistiva: O professor de AEE desempenha um papel
importante na avaliação das necessidades individuais dos estudantes surdocegos e na
seleção adequada de Tecnologia Assistiva. Isso envolve compreender as habilidades e
preferências de cada aluno, considerando suas necessidades de comunicação, acesso à
informação e participação no ambiente educacional. O conhecimento sobre as opções
disponíveis de TA e a capacidade de avaliar e adaptar as soluções tecnológicas às
necessidades dos alunos são essenciais nesse processo.
Apoio técnico e capacitação: O professor de AEE também deve buscar capacitação e
atualização constante sobre as novas tecnologias e recursos de TA disponíveis para
estudantes surdocegos. É importante buscar apoio técnico especializado, como
profissionais de tecnologia assistiva, para garantir a correta utilização e manutenção dos
recursos tecnológicos utilizados pelos alunos.
A compreensão da importância da Tecnologia Assistiva na educação de estudantes
surdocegos e a aquisição de conhecimentos sobre os diferentes tipos de recursos e
estratégias disponíveis são fundamentais para o professor de AEE. Isso possibilita a
implementação de abordagens inclusivas e eficazes, promovendo a comunicação e o
acesso ao currículo para esses alunos, contribuindo para sua participação plena e
desenvolvimento acadêmico.
72
Envolve a habilidade de receber e processar informações através de diferentes
modalidades, como linguagem oral, linguagem de sinais, comunicação tátil, entre outros.
O professor de AEE deve compreender as estratégias e técnicas de comunicação receptiva
utilizadas pelos estudantes para promover a compreensão e o entendimento das
informações transmitidas.
Comunicação Expressiva: A comunicação expressiva diz respeito à habilidade de
transmitir informações, ideias, sentimentos e desejos de forma clara e efetiva. Envolve a
capacidade de expressar-se utilizando diferentes modalidades, como a linguagem oral, a
linguagem de sinais, sistemas de comunicação alternativa e aumentativa, gestos,
expressões faciais, entre outros. O professor de AEE deve estar familiarizado com as
diferentes formas de comunicação expressiva utilizadas pelos estudantes e apoiar o
desenvolvimento e aprimoramento dessas habilidades.
Estratégias de comunicação: O professor de AEE deve conhecer e utilizar estratégias
adequadas para promover tanto a comunicação receptiva quanto a comunicação
expressiva dos estudantes. Isso pode incluir o uso de recursos visuais, como imagens,
símbolos ou pictogramas, a adaptação da linguagem utilizada, a utilização de gestos ou
sinais, a modelagem de frases ou expressões, entre outras estratégias que facilitem a
compreensão e a expressão dos estudantes.
Individualização da comunicação: Cada estudante possui suas próprias habilidades,
preferências e necessidades de comunicação. O professor de AEE deve ser capaz de
identificar e compreender as características individuais de cada aluno, adaptando as
estratégias de comunicação de acordo com suas necessidades específicas. Isso envolve a
criação de um ambiente de comunicação inclusivo, que valorize as diferentes formas de
expressão e promova a participação ativa dos estudantes.
O conhecimento dos conceitos de comunicação receptiva e comunicação expressiva,
juntamente com a compreensão das estratégias e técnicas de comunicação adequadas,
permite que o professor de AEE promova a comunicação efetiva e a interação dos
estudantes, facilitando o processo de aprendizagem e o desenvolvimento das habilidades
comunicativas.
2.7.1. CAPACIDADES
73
Ao exercer a empatia, o professor de AEE será capaz de criar um ambiente inclusivo e
acolhedor, adaptando as estratégias e recursos de ensino de acordo com as necessidades
individuais de cada estudante. Além disso, a empatia também contribui para o
estabelecimento de um relacionamento de confiança e respeito mútuo entre o professor e
o estudante, o que é essencial para promover um processo de aprendizagem efetivo e
significativo.
A empatia permite ao professor de AEE compreender as dificuldades enfrentadas pelos
estudantes com surdocegueira e deficiência múltipla em seu cotidiano escolar e pessoal,
bem como identificar formas de apoio e intervenção adequadas. Ao considerar as
perspectivas e necessidades individuais dos estudantes, o professor de AEE estará melhor
preparado para proporcionar uma educação inclusiva e de qualidade, promovendo o
desenvolvimento integral e o bem-estar dos estudantes com surdocegueira e deficiência
múltipla.
A capacidade ainda não descrita nesta pesquisa que pode ser associada à desconstrução
de paradigmas e conceitos equivocados sobre a surdocegueira e a deficiência múltipla é
a flexibilidade cognitiva.
A flexibilidade cognitiva refere-se à capacidade de adaptar-se, mudar de perspectiva,
revisar e reorganizar o pensamento diante de novas informações e diferentes pontos de
vista. No contexto da surdocegueira e da deficiência múltipla, é essencial que o professor
de AEE tenha flexibilidade cognitiva para questionar e desafiar os paradigmas existentes
e os conceitos equivocados sobre essas condições.
A surdocegueira e a deficiência múltipla são experiências complexas e variadas, e é
importante reconhecer que cada indivíduo apresenta características únicas e necessidades
específicas. Ao ter flexibilidade cognitiva, o professor de AEE estará aberto a novas
informações, atualizações e pesquisas nessa área, evitando estereótipos e generalizações
simplistas.
A flexibilidade cognitiva permite ao professor de AEE adaptar suas práticas e estratégias
pedagógicas de acordo com as necessidades e potencialidades de cada estudante com
surdocegueira ou deficiência múltipla. Isso envolve a capacidade de compreender as
diferentes formas de comunicação e interação utilizadas por esses estudantes, ajustar os
recursos e materiais didáticos de acordo com suas habilidades sensoriais e adaptar o
ambiente de aprendizagem para garantir acessibilidade e inclusão.
Ao promover a desconstrução de paradigmas e conceitos equivocados, e ao adotar uma
abordagem flexível e centrada no estudante, o professor de AEE contribui para o
desenvolvimento integral e a inclusão efetiva de estudantes com surdocegueira e
deficiência múltipla, proporcionando a eles oportunidades educacionais significativas e
adequadas às suas necessidades individuais.
74
Conhecer o uso e aplicação de recursos de acessibilidade para a comunicação
aumentativa e alternativa.
A capacidade ainda não descrita nesta pesquisa que pode ser associada ao conhecimento
do uso e aplicação de recursos de acessibilidade para a comunicação aumentativa e
alternativa é a adaptabilidade.
A adaptabilidade refere-se à capacidade de ajustar-se e encontrar soluções flexíveis diante
de diferentes situações e necessidades. No contexto da comunicação aumentativa e
alternativa, o professor de AEE precisa ser adaptável para identificar e utilizar os recursos
de acessibilidade mais adequados para cada estudante.
A comunicação aumentativa e alternativa envolve o uso de estratégias, técnicas e recursos
que auxiliam a comunicação de pessoas com dificuldades na fala ou na linguagem. Esses
recursos podem incluir símbolos gráficos, sistemas de comunicação por troca de figuras,
aplicativos de comunicação, dispositivos eletrônicos, entre outros.
Ao conhecer e dominar o uso e aplicação desses recursos, o professor de AEE demonstra
adaptabilidade ao ajustar suas estratégias de ensino e comunicação de acordo com as
necessidades individuais de cada estudante. Isso envolve compreender os diferentes
sistemas de comunicação aumentativa e alternativa, identificar os recursos mais eficazes
para cada estudante e adaptar-se a novas tecnologias e métodos que possam surgir.
A adaptabilidade permite ao professor de AEE estar aberto a experimentar diferentes
abordagens e recursos de acessibilidade, buscando sempre as melhores soluções para
promover a comunicação efetiva e a participação ativa dos estudantes. Além disso, essa
capacidade também envolve a disposição de ajustar e adaptar os recursos de acordo com
as mudanças nas necessidades e habilidades dos estudantes ao longo do tempo.
Ao aplicar a adaptabilidade no uso de recursos de acessibilidade para a comunicação
aumentativa e alternativa, o professor de AEE proporciona um ambiente inclusivo e
acessível, permitindo que os estudantes com dificuldades na comunicação possam
expressar-se, participar ativamente das atividades educacionais e interagir com os demais
colegas de forma significativa.
Criar estratégias de flexibilização que garantam o acesso curricular para esse grupo
específico.
A capacidade ainda não descrita nesta pesquisa que pode ser associada à criação de
estratégias de flexibilização para garantir o acesso curricular é a adaptabilidade
pedagógica.
A adaptabilidade pedagógica refere-se à capacidade do professor de AEE de ajustar e
personalizar o ensino de acordo com as necessidades individuais dos estudantes. No
contexto da educação inclusiva e da garantia de acesso curricular para alunos com
necessidades específicas, a adaptabilidade pedagógica é fundamental.
75
Cada aluno possui características únicas, habilidades, ritmos de aprendizagem e
necessidades diferenciadas. O professor de AEE, ao criar estratégias de flexibilização,
precisa ser adaptável em sua abordagem pedagógica, considerando essas particularidades
e promovendo um ambiente de aprendizagem inclusivo.
Isso envolve a capacidade de identificar as barreiras que podem impedir o acesso
curricular dos estudantes, como dificuldades de comunicação, limitações sensoriais,
necessidades de apoio individualizado, entre outros, e buscar soluções pedagógicas que
atendam a essas demandas.
A adaptabilidade pedagógica implica em conhecer e utilizar diferentes metodologias,
recursos e estratégias de ensino, adaptando-os de forma a proporcionar uma
aprendizagem significativa e acessível para todos os estudantes. Isso pode incluir a
utilização de materiais didáticos adaptados, abordagens diferenciadas de ensino,
flexibilização de atividades e avaliações, uso de tecnologias assistivas, entre outros
recursos e práticas pedagógicas inclusivas.
Ao ser adaptável pedagogicamente, o professor de AEE é capaz de promover a
participação ativa e o progresso acadêmico dos estudantes com necessidades específicas,
proporcionando-lhes oportunidades igualitárias de aprendizagem. Além disso, essa
capacidade também contribui para o desenvolvimento de um ambiente escolar acolhedor,
onde todos os alunos se sintam valorizados e incluídos.
76
Ao exercer a sensibilidade e empatia, o professor de AEE pode adaptar suas práticas
pedagógicas e recursos de acordo com as necessidades individuais dos estudantes,
promovendo um ensino efetivo e personalizado. Isso inclui o planejamento de atividades
e estratégias de ensino que sejam adequadas ao estágio de desenvolvimento de cada
estudante, considerando suas habilidades cognitivas, emocionais, sociais e sensoriais.
A sensibilidade e empatia também se estendem à interação com a família e a comunidade,
reconhecendo o papel fundamental desses atores na educação dos estudantes com
surdocegueira ou deficiência sensorial múltipla. Ao envolver a família e estabelecer
parcerias com outros profissionais e serviços da comunidade, o professor de AEE amplia
o suporte e os recursos disponíveis para atender às necessidades dos estudantes de forma
integral e inclusiva.
77
Portanto, a adaptabilidade é uma capacidade essencial para o professor de AEE ao utilizar
recursos de Comunicação Alternativa e Aumentativa, permitindo que ele se ajuste e
personalize os recursos de acordo com as necessidades e habilidades individuais dos
estudantes com surdocegueira ou deficiência sensorial múltipla, buscando sempre
proporcionar uma comunicação efetiva e significativa.
A capacidade ainda não descrita nesta pesquisa que pode ser associada ao conhecimento
da aplicação de Tecnologias Assistivas, Estratégias de Comunicação e apoio de materiais
sensoriais voltados para estudantes com surdocegueira ou deficiência sensorial múltipla
é a adaptabilidade.
A adaptabilidade refere-se à capacidade do professor de AEE de ajustar e personalizar as
Tecnologias Assistivas, Estratégias de Comunicação e materiais sensoriais de acordo com
as necessidades e habilidades específicas dos estudantes. Cada estudante com
surdocegueira ou deficiência sensorial múltipla pode ter preferências, capacidades e
necessidades únicas, e é essencial que o professor seja capaz de adaptar os recursos
disponíveis para atender a essas especificidades individuais.
Ao conhecer a aplicação de Tecnologias Assistivas, Estratégias de Comunicação e
materiais sensoriais voltados para esse público, o professor de AEE precisa ser flexível e
adaptar-se às preferências e capacidades dos estudantes. Isso pode envolver a seleção e o
uso adequado de dispositivos e softwares de Tecnologia Assistiva, a escolha de
Estratégias de Comunicação adequadas às habilidades de comunicação dos estudantes e
a utilização de materiais sensoriais que sejam relevantes e eficazes para cada indivíduo.
Além disso, a adaptabilidade também se relaciona à capacidade do professor de AEE de
ajustar os recursos de acordo com o progresso e as mudanças nas habilidades dos
estudantes. À medida que os estudantes desenvolvem novas competências e necessidades
específicas evoluem, o professor precisa estar disposto a adaptar e expandir os recursos
disponíveis, garantindo que eles continuem a atender às necessidades em constante
mudança dos estudantes.
A adaptabilidade também envolve a prontidão para explorar e experimentar novas
Tecnologias Assistivas, Estratégias de Comunicação e materiais sensoriais, buscando
aqueles que sejam mais eficazes para cada estudante. Isso pode envolver o aprendizado
contínuo sobre novas tecnologias e abordagens, a colaboração com outros profissionais e
a disposição de ajustar e personalizar os recursos existentes para atender às necessidades
individuais dos estudantes.
Portanto, a adaptabilidade é uma capacidade essencial para o professor de AEE ao aplicar
Tecnologias Assistivas, Estratégias de Comunicação e apoio de materiais sensoriais
voltados para estudantes com surdocegueira ou deficiência sensorial múltipla. Essa
capacidade permite que o professor se ajuste e personalize os recursos de acordo com as
78
necessidades e habilidades individuais dos estudantes, visando proporcionar um ambiente
de aprendizagem inclusivo e efetivo.
79
3. BIBLIOGRAFIA – EDUCAÇÃO ESPECIAL E INCLUSIVA
LIVROS E ARTIGOS
2. CARVALHO, Rosita Edler. Educação inclusiva: com os pingos nos “is”, Editora
Mediação, 2004
O livro "Educação Inclusiva: com os pingos nos 'is'" de Rosita Edler Carvalho, publicado
em 2004, aborda a temática da Educação Inclusiva e busca esclarecer e aprofundar os
conceitos e práticas relacionados a esse campo educacional.
O problema principal abordado no livro é a exclusão e a segregação enfrentadas por
pessoas com deficiência no contexto educacional e social. A ideia principal do livro é
promover uma reflexão crítica sobre os paradigmas e as práticas tradicionais da educação,
80
buscando uma transformação para uma abordagem inclusiva, que valorize a diversidade
e garanta a participação de todos os estudantes.
A autora discute os fundamentos teóricos da Educação Inclusiva, apresentando conceitos-
chave como igualdade de oportunidades, respeito à diferença, valorização da diversidade
e construção de uma sociedade inclusiva. Além disso, o livro aborda questões práticas
relacionadas à implementação da Educação Inclusiva, como a formação de professores, a
adaptação curricular, a acessibilidade física e a colaboração entre os profissionais da
educação.
Carvalho também explora a importância da participação ativa da comunidade escolar e
da sociedade como um todo na promoção da inclusão. O livro busca desmistificar
preconceitos e estereótipos em relação às pessoas com deficiência, enfatizando a
importância de uma mudança de perspectiva que valorize a singularidade de cada
indivíduo e reconheça seus direitos fundamentais.
Dessa forma, o problema central abordado no livro é a exclusão de pessoas com
deficiência no âmbito educacional, e a ideia principal é a defesa e promoção da Educação
Inclusiva como um caminho para superar essa exclusão, garantindo a participação plena
e igualitária de todos os estudantes, independentemente de suas características e
necessidades. O livro propõe uma reflexão crítica e oferece subsídios teóricos e práticos
para a construção de um sistema educacional mais inclusivo e equitativo.
81
envolvidos no processo educacional. Os autores destacam a necessidade de compartilhar
conhecimentos, trocar ideias e trabalhar em equipe para garantir a inclusão e o sucesso de
todos os estudantes.
Em resumo, o problema central abordado no capítulo e no livro como um todo é a
exclusão de estudantes com deficiência no contexto educacional, e a ideia principal é
fornecer orientações práticas e estratégias para os educadores promoverem a inclusão e
atenderem às necessidades de todos os alunos. O livro busca capacitar os educadores a
criarem um ambiente inclusivo, acolhedor e educacionalmente enriquecedor para todos
os estudantes.
4. MANTOAN, M. T. Inclusão Escolar, o que é? Por quê? Como fazer? São Paulo:
Moderna, 2003.
O livro "Inclusão Escolar, o que é? Por quê? Como fazer?" de Maria Teresa Eglér
Mantoan, publicado em 2003, aborda o tema da inclusão escolar e busca responder a três
questões fundamentais: o que é inclusão escolar, por que é importante e como pode ser
efetivada.
O problema central discutido no livro é a exclusão e a segregação de estudantes com
deficiência no contexto educacional. A autora destaca a necessidade de transformar o
sistema educacional em um espaço inclusivo, que acolha e atenda às necessidades de
todos os alunos, independentemente de suas diferenças.
A ideia principal do livro é que a inclusão escolar não se resume apenas à matrícula de
alunos com deficiência nas escolas regulares, mas envolve uma mudança de perspectiva
e de práticas educacionais. A inclusão não é apenas uma questão de acesso físico, mas
também de garantir oportunidades de participação, aprendizagem e desenvolvimento para
todos os estudantes.
A autora argumenta que a inclusão escolar é um direito de todos os estudantes e que a
diversidade é uma característica natural da sociedade. Ela defende a ideia de que a
educação inclusiva beneficia não apenas os alunos com deficiência, mas também os
demais estudantes, ao promover o respeito às diferenças, a valorização da diversidade e
a construção de uma sociedade mais justa e igualitária.
O livro apresenta reflexões teóricas e práticas sobre a inclusão escolar, discutindo
diferentes aspectos, como a formação de professores, a adaptação curricular, a
organização do ambiente escolar e a importância da participação da família e da
comunidade. A autora também enfatiza a importância da colaboração entre os
profissionais da educação e a necessidade de superar os obstáculos e desafios para efetivar
a inclusão.
Em resumo, o livro aborda o problema da exclusão de estudantes com deficiência no
sistema educacional e apresenta a ideia principal de que a inclusão escolar é um direito
de todos os alunos. A autora explora os aspectos teóricos e práticos da inclusão, buscando
fornecer orientações e estratégias para efetivar a inclusão escolar e criar ambientes
educacionais inclusivos, acolhedores e propícios ao desenvolvimento de todos os
estudantes.
82
5. MANTOAN, Maria Tereza Eglér; PRIETO, Rosângela; ARANTES, Valéria
Amorim. Inclusão escolar: pontos e contrapontos. 2. ed. São Paulo: Summus, 2006
O livro "Inclusão Escolar: Pontos e Contrapontos", de Maria Tereza Eglér Mantoan,
Rosângela Gavioli Prieto e Valéria Amorim Arantes, publicado em 2006, aborda o tema
da inclusão escolar sob uma perspectiva crítica e dialógica.
O problema central discutido no livro é a implementação da inclusão escolar e os desafios
enfrentados nesse processo. As autoras apresentam diferentes pontos de vista e debatem
questões controversas relacionadas à inclusão, buscando promover uma reflexão
aprofundada sobre o tema.
A ideia principal do livro é que a inclusão escolar não pode ser tratada de forma simplista
e que é necessário considerar diferentes aspectos e perspectivas para compreender suas
complexidades. As autoras exploram diversas questões, como a formação de professores,
a adaptação curricular, a avaliação, a participação da família e a construção de ambientes
educacionais inclusivos.
O livro apresenta um formato de diálogo entre as autoras, que expressam diferentes visões
e experiências sobre a inclusão escolar. Cada capítulo é dedicado a um tema específico e
as autoras apresentam argumentos a favor e contra determinadas abordagens, estimulando
o leitor a refletir sobre as contradições e desafios da inclusão.
Ao longo do livro, são abordados temas como a segregação e a inclusão reversa, os
aspectos legais da inclusão, a importância da formação docente, os dilemas da avaliação
inclusiva, as políticas públicas e as diferentes concepções de inclusão presentes na
sociedade.
O livro busca proporcionar um espaço de reflexão crítica e favorecer o diálogo sobre a
inclusão escolar, levando em consideração diferentes perspectivas teóricas e práticas. As
autoras destacam a importância de superar visões simplistas e promover uma discussão
embasada, que considere a diversidade de experiências e necessidades dos alunos.
Em resumo, o livro "Inclusão Escolar: Pontos e Contrapontos" problematiza a
implementação da inclusão escolar e apresenta diferentes perspectivas sobre o tema. As
autoras debatem questões complexas e controversas, estimulando o leitor a refletir
criticamente sobre os desafios e dilemas da inclusão e a buscar soluções que promovam
uma educação mais inclusiva e de qualidade para todos os estudantes.
83
A ideia principal do livro é apresentar um panorama histórico da Educação Especial no
Brasil, desde seus primórdios até o contexto da década de 1990. O autor analisa as
políticas educacionais implementadas ao longo do tempo, destacando os diferentes
paradigmas que influenciaram a forma como a educação das pessoas com deficiência foi
concebida e realizada.
Ao longo do livro, são abordados temas como a institucionalização, a segregação, a luta
por direitos, as influências internacionais, os modelos educacionais, a formação de
professores e a participação da sociedade civil na construção das políticas de Educação
Especial.
Mazzotta também discute os avanços e desafios encontrados na implementação das
políticas públicas, destacando a importância da inclusão e da educação de qualidade para
todos os alunos, independentemente de suas diferenças e necessidades.
O livro contribui para a compreensão da trajetória histórica da Educação Especial no
Brasil, analisando as políticas públicas e refletindo sobre os desafios enfrentados para
promover uma educação mais inclusiva e igualitária.
Em resumo, o livro "Educação Especial no Brasil: História e Políticas Públicas" aborda o
problema da exclusão das pessoas com deficiência e apresenta a trajetória da Educação
Especial no país. O autor analisa as políticas públicas implementadas, destacando a
importância da inclusão e discutindo os desafios e perspectivas para uma educação mais
inclusiva e igualitária.
84
promovam a participação ativa e a aprendizagem significativa de todos os estudantes,
independentemente de suas diferenças.
Em resumo, o texto "A radicalização do debate sobre inclusão escolar no Brasil" aborda
o problema da polarização do debate em torno da inclusão escolar. A autora busca
compreender as diferentes perspectivas e argumentos dos atores envolvidos, ressaltando
a importância de uma abordagem contextualizada e flexível da inclusão, que garanta a
igualdade de oportunidades e a participação plena de todos os alunos na educação.
85
9. MENDES, Rodrigo H. O que é Desenho universal para aprendizagem? Diversa,
1 dez. 2017.
Disponível em: https:// diversa.org.br/artigos/o-que-edesenho-universal-para-
aprendizagem/.
O que é Desenho universal para aprendizagem?" de Rodrigo H. Mendes. No entanto,
fornece uma breve explicação sobre o conceito de Desenho Universal para Aprendizagem
(DUA).
O Desenho Universal para Aprendizagem é um conceito e uma abordagem pedagógica
que busca promover a acessibilidade e a inclusão na educação, visando atender às
necessidades de todos os alunos, independentemente de suas habilidades, preferências de
aprendizagem ou características individuais. O objetivo é criar ambientes e materiais
educacionais flexíveis, que possam ser utilizados por todos os estudantes de forma eficaz.
A ideia principal do Desenho Universal para Aprendizagem é que a diversidade é uma
característica natural dos estudantes, e não uma limitação a ser superada. Dessa forma,
em vez de adaptar ou modificar o ambiente de aprendizagem para atender apenas a alguns
alunos, o DUA propõe a criação de um ambiente inclusivo desde o início, onde todas as
barreiras são minimizadas ou eliminadas.
O DUA se baseia em três princípios fundamentais:
Representação: fornecer múltiplas formas de apresentar as informações, como texto,
áudio, vídeo, imagens, gráficos, etc., para atender às diferentes modalidades de
aprendizagem dos estudantes.
Ação e Expressão: oferecer diferentes opções para os estudantes demonstrarem seu
conhecimento e habilidades, permitindo que eles escolham as ferramentas e estratégias
mais adequadas para eles.
Engajamento: fornecer oportunidades significativas de envolvimento e motivação dos
estudantes, conectando o conteúdo ao seu interesse, valor e relevância pessoal.
O Desenho Universal para Aprendizagem não se limita a alunos com deficiência ou
necessidades educacionais especiais, mas beneficia a todos os estudantes, criando um
ambiente inclusivo que valoriza a diversidade e promove uma aprendizagem efetiva para
todos.
86
ambientes educacionais que sejam acolhedores, acessíveis e adaptados para atender a
todos.
A educação inclusiva valoriza a igualdade de oportunidades e a diversidade como
recursos enriquecedores para a aprendizagem e o desenvolvimento de todos os alunos.
Isso implica em adotar práticas pedagógicas e estratégias de apoio que atendam às
necessidades individuais de cada estudante, proporcionando o acesso ao currículo, a
participação ativa em atividades educacionais e a oferta de suporte necessário para o seu
pleno desenvolvimento.
Além disso, a cultura inclusiva refere-se à criação de um ambiente escolar e social que
promova a aceitação, a valorização das diferenças, a equidade e o respeito mútuo. Isso
envolve a sensibilização e conscientização de todos os membros da comunidade
educacional sobre as questões relacionadas à diversidade e à inclusão, bem como a
implementação de políticas, práticas e estruturas que apoiem a educação inclusiva de
forma efetiva.
O livro "Redefor Educação Especial e Inclusiva: Diversidade e Cultura Inclusiva"
provavelmente explora e discute diferentes aspectos e perspectivas relacionados à
educação inclusiva, abordando temas como políticas educacionais, práticas pedagógicas,
formação de professores, adaptação curricular, apoios e recursos, além de trazer reflexões
sobre a importância da diversidade e da cultura inclusiva na construção de uma educação
mais igualitária e acolhedora para todos os estudantes.
87
4.LEGISLAÇÃO
88
Esses são apenas alguns dos principais pontos da Lei Brasileira de Inclusão da Pessoa
com Deficiência. A legislação é ampla e busca abranger diversos aspectos da vida das
pessoas com deficiência, com o objetivo de garantir sua inclusão e pleno exercício de
direitos.
89
3. BRASIL. Lei Nº 9.394 de 20 de dezembro de 1996. Estabelece as diretrizes e bases
da educação nacional.
OBSERVAÇÃO: ESTA LEI É ABORDADE DE FORMA COMPLETA NA PARTE
GERAL.
Disponível em: https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/l9394.htm.
A Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional (Lei 9.394/96), também conhecida
como LDB, é a legislação que estabelece as diretrizes e bases da educação brasileira. No
que diz respeito ao Atendimento Educacional Especializado (AEE), a LDB traz algumas
disposições relevantes. A seguir, são apresentados os principais pontos relacionados ao
AEE na LDB:
Conceito de Atendimento Educacional Especializado: A LDB define o AEE como
uma modalidade de educação escolar, oferecida preferencialmente na rede regular de
ensino, para alunos com deficiência, transtornos globais do desenvolvimento e altas
habilidades/superdotação. O AEE tem o objetivo de complementar ou suplementar a
formação dos alunos, promovendo a sua participação e aprendizagem em igualdade de
condições com os demais estudantes.
Garantia do AEE: A LDB assegura o direito ao AEE aos alunos com deficiência,
transtornos globais do desenvolvimento e altas habilidades/superdotação. O atendimento
deve ser realizado preferencialmente nas classes comuns do ensino regular, por meio de
serviços, recursos e estratégias pedagógicas específicas.
Dever do Estado: A LDB estabelece que é dever do Estado, junto com os sistemas de
ensino, oferecer o AEE de forma articulada com o ensino regular. Isso implica na criação
de condições adequadas nas escolas, na formação de professores e na disponibilização de
recursos materiais e humanos necessários para o atendimento educacional especializado.
AEE no currículo escolar: A LDB prevê que o AEE deve ser organizado de forma a
complementar o ensino regular, adequando-se às necessidades educacionais específicas
dos alunos. O atendimento deve considerar o currículo, os conteúdos, as metodologias e
as estratégias pedagógicas adotadas nas classes comuns, visando à promoção da inclusão
e ao desenvolvimento pleno dos estudantes.
Colaboração entre sistemas de ensino: A LDB destaca a importância da colaboração
entre os sistemas de ensino, visando à oferta do AEE. Isso inclui a cooperação entre as
escolas regulares, as escolas especializadas e os demais serviços de atendimento à pessoa
com deficiência, de modo a garantir o acesso, a permanência e o sucesso escolar dos
alunos.
Esses são os principais pontos relacionados ao Atendimento Educacional Especializado
(AEE) presentes na Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional (LDB), Lei 9.394/96.
A legislação busca assegurar o direito à educação inclusiva e promover o acesso e a
participação plena dos alunos com deficiência, transtornos globais do desenvolvimento e
altas habilidades/superdotação.
90
4. BRASIL. Ministério da Educação. Resolução CNE/CEB nº 2, de 11 de setembro de
2001. Institui Diretrizes Nacionais para a Educação Especial na Educação Básica.
Disponível em: http:// portal.mec.gov.br/cne/arquivos/pdf/CEB0201.pdf
A Resolução CNE/CEB nº 2/2001, emitida pelo Conselho Nacional de Educação (CNE)
e pela Câmara de Educação Básica (CEB), institui as Diretrizes Nacionais para a
Educação Especial na Educação Básica no Brasil. Essas diretrizes têm como objetivo
orientar a oferta do Atendimento Educacional Especializado (AEE) e a inclusão de alunos
com deficiência, transtornos globais do desenvolvimento e altas habilidades/superdotação
na educação básica. A seguir, apresento os principais pontos desse documento:
Educação inclusiva: A resolução reforça o princípio da educação inclusiva, que deve
garantir a participação e a aprendizagem de todos os alunos, independentemente de suas
características e necessidades educacionais especiais. Destaca-se a importância de se
adotar práticas pedagógicas inclusivas nas escolas.
Atendimento Educacional Especializado (AEE): A resolução estabelece que o AEE é
parte integrante da proposta pedagógica da escola, devendo ser realizado de forma
complementar ou suplementar ao ensino regular. O AEE deve ser oferecido por
profissionais com formação específica, utilizando recursos e estratégias adequados às
necessidades dos alunos.
Parcerias e colaboração: O documento ressalta a importância da colaboração entre a
escola, a família, a comunidade e os serviços de saúde, assistência social e outros que se
fizerem necessários para o atendimento das necessidades educacionais dos alunos.
Destaca-se a importância da parceria com instituições especializadas e da articulação
entre diferentes níveis e modalidades de ensino.
Acessibilidade: A resolução destaca a necessidade de garantir a acessibilidade
arquitetônica, comunicacional, pedagógica e instrumental nas escolas, considerando as
necessidades dos alunos com deficiência. Isso inclui a adaptação de espaços físicos, a
disponibilização de materiais didáticos acessíveis e a oferta de recursos de tecnologia
assistiva.
Formação de professores: O documento enfatiza a importância da formação inicial e
continuada dos professores para atuarem na educação inclusiva. Destaca-se a necessidade
de desenvolver competências e habilidades relacionadas ao trabalho com a diversidade e
às práticas pedagógicas inclusivas.
Avaliação e acompanhamento: A resolução destaca a importância de uma avaliação
formativa e processual, que considere o desenvolvimento global dos alunos e que permita
a identificação de suas necessidades e progressos. Ressalta-se a importância do
acompanhamento individualizado e da revisão das estratégias utilizadas.
Esses são os principais pontos abordados na Resolução CNE/CEB nº 2/2001, que institui
as Diretrizes Nacionais para a Educação Especial na Educação Básica no Brasil. O
documento busca orientar a oferta do Atendimento Educacional Especializado (AEE) e a
promoção da inclusão de alunos com necessidades educacionais especiais, com foco na
educação inclusiva e no desenvolvimento pleno dos estudantes.
91
5. BRASIL. Ministério da Educação. Secretaria de Educação Especial. Política
Nacional de Educação Especial na Perspectiva da Educação Inclusiva. 2008.
92
fornecendo diretrizes e orientações para a implementação de uma educação mais
inclusiva no país.
93
do AEE. Destaca-se a necessidade de acompanhamento individualizado, registro das
atividades e resultados obtidos, além da revisão das estratégias utilizadas.
Esses são alguns dos principais pontos abordados na Resolução CNE/CEB nº 4/2009, que
institui as Diretrizes Operacionais para o Atendimento Educacional Especializado na
Educação Básica, modalidade Educação Especial, no Brasil. O documento busca garantir
a qualidade e a efetividade do AEE, promovendo a inclusão e o acesso igualitário à
educação para alunos com necessidades educacionais especiais.
94
Capacidade civil e apoio: A lei adota o modelo de apoio à tomada de decisão, buscando
garantir que as pessoas com deficiência exerçam sua capacidade civil em igualdade de
condições com as demais pessoas. O objetivo é assegurar o máximo de autonomia e
participação das pessoas com deficiência na vida civil.
Esses são alguns dos pontos principais abordados pela Lei Brasileira de Inclusão da
Pessoa com Deficiência (Estatuto da Pessoa com Deficiência). A lei visa assegurar os
direitos e promover a inclusão das pessoas com deficiência, estabelecendo diretrizes e
medidas para garantir a igualdade de oportunidades e o pleno exercício da cidadania.
Disponível em:
http://www.planalto. gov.br/ccivil_03/congresso/dlg/dlg1862008.htm#:~:text=DLG
%2D186%2D2008&text=Aprova%20o%20texto%20da%20
Conven%C3%A7%C3%A3o,Art.
95
de garantir ajustes razoáveis e o acesso a recursos de apoio para que os estudantes com
deficiência possam participar plenamente do sistema educacional.
Trabalho e emprego: A convenção promove o direito das pessoas com deficiência a
oportunidades de trabalho e emprego em condições de igualdade com as demais pessoas.
Ela reconhece a importância de garantir adaptações razoáveis e o acesso a programas de
reabilitação profissional e de apoio à empregabilidade.
Esses são alguns dos principais pontos abordados pela Convenção sobre os Direitos das
Pessoas com Deficiência. A convenção visa promover e proteger os direitos das pessoas
com deficiência, garantindo sua inclusão, igualdade de oportunidades e participação plena
na sociedade.
96
específicos, a regulamentação da profissão de intérprete de Libras e a adoção de exames
de proficiência.
Acessibilidade em eventos e comunicações: O decreto determina que eventos públicos,
programas de televisão e outros meios de comunicação devem garantir a acessibilidade
às pessoas surdas, por meio da disponibilização de recursos de tradução e interpretação
em Libras, legendas ou outras formas de comunicação acessível.
Esses são alguns dos principais pontos abordados pelo Decreto nº 5.626/2005, que
regulamenta a Lei da Libras e estabelece diretrizes para a promoção da acessibilidade
comunicacional e linguística das pessoas surdas. O objetivo do decreto é garantir a
igualdade de oportunidades e o pleno exercício dos direitos das pessoas surdas, por meio
do reconhecimento e do uso da Libras como meio de comunicação.
97
Recursos e serviços: A campanha buscava garantir recursos e serviços adequados para
atender às necessidades das pessoas com deficiência visual. Isso incluía o acesso a
materiais educacionais adaptados, apoio pedagógico, treinamento em técnicas de
orientação e mobilidade, reabilitação profissional e outros serviços especializados.
98
formatos acessíveis (braille, áudio, digital), a utilização de intérpretes de Libras (Língua
Brasileira de Sinais) e a adoção de tecnologias assistivas.
Promoção da cultura de acessibilidade: A lei determina que é dever do poder público,
das empresas e da sociedade promover a cultura de acessibilidade, por meio de
campanhas, capacitações, conscientização e disseminação de práticas inclusivas.
Esses são alguns dos principais pontos abordados pela Lei de Acessibilidade (Lei nº
10.098/2000). O objetivo da lei é garantir que as pessoas com deficiência ou mobilidade
reduzida tenham acesso pleno e igualitário aos espaços, serviços e oportunidades,
promovendo a inclusão e a participação social de forma ampla.
Disponível em:
http://www.planalto.gov.br/
ccivil_03/_ato20072010/2010/lei/l12319.htm#:~:text=LEI%20
N%C2%BA%2012.319%2C%20DE%201%C2%BA%20DE%20
SETEMBRO%20DE%202010.
99
Atuação profissional: A lei estabelece que os Tradutores e Intérpretes de LIBRAS
podem atuar em diferentes contextos, como eventos públicos, privados, educacionais,
culturais, jurídicos, de saúde, entre outros, sempre com o objetivo de facilitar a
comunicação entre pessoas surdas e ouvintes.
Esses são alguns dos pontos principais abordados pela Lei nº 12.319/2010, que
regulamenta a profissão de Tradutor e Intérprete de LIBRAS. O objetivo da lei é garantir
a qualificação e o reconhecimento desses profissionais, assegurando a qualidade e a
efetividade da tradução e interpretação em LIBRAS, contribuindo para a inclusão e a
igualdade de oportunidades para as pessoas surdas.
13. BRASIL. Lei n. 10.436, de 24 de abril de 2002. Dispõe sobre a Língua Brasileira
de Sinais – Libras e dá outras providências.
10
0
como garantir o acesso pleno aos direitos linguísticos, educacionais e de informação para
essa comunidade.
Disponível em:
http://siau.edunet.sp.gov.br/ItemLise/arquivos/RESOLU%C3%87%C3%83O%20DE%
208-12- 2016. HTM?Time=11/05/2021%2014:32:16.
10
1
15. SÃO PAULO. RESOLUÇÃO SE Nº 68, DE 12 DE DEZEMBRO DE 2017.
Dispõe sobre o atendimento educacional aos estudantes, público-alvo da Educação
Especial, na rede estadual de ensino.
Disponível em:
http://siau.edunet.sp.gov.br/ItemLise/
arquivos/68_17.HTM?Time=02/02/2023%2008:52:53.
10
2
estadual de ensino, assegurando o acesso, o apoio pedagógico especializado e a
adequação das condições de ensino para esses estudantes.
A Política de Educação Especial do Estado de São Paulo tem como objetivo garantir o
acesso, a permanência e o sucesso educacional dos estudantes com deficiência,
transtornos globais do desenvolvimento e altas habilidades/superdotação na rede estadual
de ensino. Em resumo, alguns pontos principais dessa política são:
Inclusão e atendimento especializado: A política busca promover a inclusão dos
estudantes com necessidades educacionais especiais nas escolas regulares, por meio de
práticas pedagógicas inclusivas. Além disso, prevê o atendimento educacional
especializado, por meio do AEE, para complementar a formação desses estudantes.
Plano de Desenvolvimento Individual (PDI): É prevista a elaboração do PDI para cada
estudante com deficiência, transtornos globais do desenvolvimento e altas
habilidades/superdotação. Esse plano é elaborado de forma individualizada, considerando
as necessidades e potencialidades do estudante, e orienta as ações pedagógicas e recursos
utilizados em sua educação.
Formação de professores: A política destaca a importância da formação e capacitação
dos professores para atuarem de forma inclusiva e no atendimento às necessidades
educacionais especiais. Isso inclui a oferta de cursos de formação continuada e o estímulo
à participação em programas de especialização na área.
Acessibilidade e recursos pedagógicos: A política enfatiza a importância da promoção
da acessibilidade física, comunicacional e pedagógica nas escolas. Isso envolve a
adaptação de espaços físicos, a disponibilização de recursos pedagógicos adequados, o
uso de tecnologias assistivas e a oferta de materiais em formatos acessíveis.
Participação e envolvimento da comunidade escolar: A política incentiva a
participação e o envolvimento de todos os membros da comunidade escolar, incluindo
estudantes, pais, professores e gestores, no processo de inclusão e educação especial. Isso
é fundamental para criar um ambiente acolhedor, colaborativo e que promova a
aprendizagem e o desenvolvimento de todos os estudantes.
Esses são alguns pontos principais da Política de Educação Especial do Estado de São
Paulo em resumo. No entanto, é importante ressaltar que essas informações são baseadas
em princípios gerais e podem variar de acordo com a legislação e as diretrizes específicas
adotadas pelo Estado. Para obter informações mais detalhadas e atualizadas, recomenda-
10
3
se consultar os documentos e fontes oficiais da Secretaria da Educação do Estado de São
Paulo.
10
4
18. UNICEF(Brasil). Declaração Universal dos Direitos Humanos, 1948.
10
5