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APRESENTAÇÃO:

Olá professores, este material é referente aos conhecimentos específicos da área


de Educação Especial. Quero convidá-lo também a conhecer os outros materiais voltados
para este concurso. Sendo eles os seguintes:
Apostila preparatória para o concurso de Professores do Estado de São Paulo
2023, que está disponível pelo link:
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estão sendo abordados, pelo curso online especialmente organizado para este objetivo.
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Desde já agradeço e parabenizo seus esforços para a conquista deste objetivo, bons
estudos e boa prova!
SUMÁRIO

1. PERFIL ................................................................................................................................ 4
2. ARÉAS DAS DEFICIÊNCIAS ............................................................................................. 5
2.1. DEFICIÊNCIAS FÍSICA (DF) CONHECIMENTOS ..................................................... 5
2.1.1. CAPACIDADES ....................................................................................................... 10
2.2. DEFICIÊNCIA AUDITIVA E SURDEZ (DA) CONHECIMENTOS ........................... 14
2.2.1CAPACIDADES ......................................................................................................... 20
2.3. DEFICIÊNCIA VISUAL (DV) CONHECIMENTOS ................................................... 26
Recursos de tecnologias assistivas para mobilidade. ............................................................ 30
2.3.1. CAPACIDADES ....................................................................................................... 35
2.4. DEFICIÊNCIA INTELECTUAL (DI) CONHECIMENTOS ........................................ 38
2.4.1.CAPACIDADES ........................................................................................................ 46
2.5.1. CAPACIDADES ....................................................................................................... 59
2.6. ALTAS HABILIDADES/ SUPERDOTAÇÃO (AH) CONHECIMENTOS .................. 62
2.6.1. CAPACIDADES ....................................................................................................... 65
2.7. SURDOCEGUEIRA E DEFICIÊNCIA MÚLTIPLA CONHECIMENTOS .................. 70
2.7.1. CAPACIDADES ....................................................................................................... 73
3. BIBLIOGRAFIA – EDUCAÇÃO ESPECIAL E INCLUSIVA LIVROS E ARTIGOS ........ 80
4.LEGISLAÇÃO .................................................................................................................... 88
1. PERFIL

Espera-se do (a) professor (a) que atua na modalidade de Educação Especial domínio do
paradigma da Educação Inclusiva, fundamentado na concepção de direitos humanos e
que almeja uma escola de qualidade para todos, cujo pressuposto é de que todos os
estudantes têm o direito de conviver, aprender e estar juntos, tendo respeitadas suas
diferenças e peculiaridades. Isso requer atenção às dimensões de acessibilidade, tanto
física, atitudinal, programática, metodológica e comunicacional a partir do conhecimento
dos recursos necessários e disponíveis, o que inclui, também, conhecimento de
acessibilidade curricular, adaptação de materiais, flexibilizações de estratégias
pedagógicas, construção de Planos de Atendimentos Individualizados (PAI) e avaliação
autêntica, para atender as necessidades dos estudantes e seus diferentes modos de
aprender.
Guarda-se, entre o professor da sala comum e o professor especializado, uma relação
dialógica, devendo ser próprio deste último a competência para trabalhar com o estudante
as questões relativas às especificidades geradas pelas deficiências sensoriais, física,
intelectual; ou pelo transtorno do espectro autista do desenvolvimento; ou pelas altas
habilidades/superdotação.
Devem ser consideradas, também, as características dos educandos e valorizadas suas
potencialidades. Faz-se necessário considerar a relevância da amplitude do olhar do (a)
professor (a) especializado em relação a seus colegas da sala comum, à equipe escolar e
à comunidade, principalmente, à família do estudante. Isto requer tanto a percepção das
contínuas mudanças sociais que ocorrem ao longo do tempo, tendo como referência a
questão da diversidade, quanto à formação específica, com abrangência de métodos e
técnicas que atendam adequadamente e de forma contextualizada o estudante com
necessidades educacionais especiais.
Neste contexto, é importante o conhecimento da evolução das políticas públicas,
refletidas nas diretrizes e legislação atual, principalmente no que se refere ao Brasil e ao
estado de São Paulo.

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2. ARÉAS DAS DEFICIÊNCIAS

2.1. DEFICIÊNCIAS FÍSICA (DF) CONHECIMENTOS

Conhecer as diferentes formas de manifestação, graus de limitação, distúrbios e


transtornos associados.
A deficiência física refere-se a uma condição na qual uma pessoa apresenta uma limitação
ou perda da função física ou motora. Existem várias formas de manifestação da
deficiência física, que variam em termos de grau de limitação e das partes do corpo
afetadas. Alguns aspectos relevantes sobre o tema incluem:
 Causas: A deficiência física pode ser causada por diversos fatores, como
condições congênitas (presentes desde o nascimento), lesões traumáticas, doenças
degenerativas ou adquiridas ao longo da vida.
 Manifestações: As manifestações da deficiência física podem ser amplamente
variadas. Elas podem incluir a ausência total ou parcial de membros, dificuldades
de mobilidade, fraqueza muscular, problemas de equilíbrio, entre outros.
 Graus de limitação: A deficiência física pode variar em termos de gravidade e
grau de limitação. Algumas pessoas podem ter uma deficiência física leve, com
poucas restrições em suas atividades diárias, enquanto outras podem apresentar
uma deficiência mais severa, requerendo assistência e suporte significativos.
 Distúrbios e transtornos associados: A deficiência física pode estar associada a
uma série de distúrbios e transtornos, dependendo da causa subjacente. Por
exemplo, pessoas com paralisia cerebral podem apresentar dificuldades motoras
e também problemas cognitivos. Outros distúrbios comuns incluem distrofia
muscular, espinha bífida e lesões medulares.
 Acessibilidade e inclusão: A inclusão de pessoas com deficiência física é uma
preocupação importante. A acessibilidade física em ambientes públicos e
privados, transporte adaptado, tecnologias assistivas e oportunidades de educação
e emprego são áreas-chave que precisam ser abordadas para promover a igualdade
de oportunidades e a participação plena das pessoas com deficiência física na
sociedade.
É importante ressaltar que cada pessoa com deficiência física é única e pode ter
necessidades e experiências diferentes. O apoio, a compreensão e o respeito à diversidade
são fundamentais para garantir a inclusão e a igualdade de oportunidades para todas as
pessoas, independentemente de sua condição física.

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Conhecer as barreiras enfrentadas: arquitetônicas, de mobilidade urbana,
comunicacionais ou de informação, tecnológicas e atitudinais.
As pessoas com deficiência física enfrentam várias barreiras em diferentes aspectos da
vida. A seguir estão os aspectos mais relevantes relacionados às barreiras enfrentadas por
pessoas com deficiência física:
 Barreiras arquitetônicas: A falta de acessibilidade em edifícios e espaços
públicos é uma barreira significativa para as pessoas com deficiência física.
Escadas sem rampas ou elevadores, portas estreitas, falta de corrimãos adequados,
banheiros inacessíveis e falta de espaços reservados para cadeiras de rodas são
exemplos de barreiras arquitetônicas comuns.
 Barreiras de mobilidade urbana: A falta de infraestrutura adequada nas cidades
pode dificultar a mobilidade das pessoas com deficiência física. Calçadas estreitas
ou danificadas, falta de sinalização tátil para pessoas com deficiência visual,
transporte público inacessível e ausência de espaços de estacionamento
reservados são algumas das barreiras que dificultam a locomoção.
 Barreiras comunicacionais ou de informação: As pessoas com deficiência
física podem enfrentar dificuldades na comunicação e no acesso à informação.
Falta de intérpretes de língua de sinais, falta de materiais impressos em formatos
acessíveis (como braille ou fontes ampliadas) e falta de tecnologias assistivas
adequadas são exemplos de barreiras comunicacionais ou de informação.
 Barreiras tecnológicas: A rápida evolução tecnológica nem sempre é
acompanhada de acessibilidade para pessoas com deficiência física. Softwares,
aplicativos, dispositivos eletrônicos e interfaces digitais podem não ser projetados
levando em consideração as necessidades das pessoas com deficiência física,
dificultando o acesso à tecnologia e às informações online.
 Barreiras atitudinais: As barreiras atitudinais são aquelas baseadas em
estereótipos, preconceitos e falta de conscientização em relação às necessidades e
capacidades das pessoas com deficiência física. Atitudes discriminatórias, falta de
empatia, estigmatização e subestimação das habilidades das pessoas com
deficiência física são exemplos de barreiras atitudinais que podem afetar sua
participação plena na sociedade.
Superar essas barreiras requer um esforço conjunto da sociedade como um todo. É
essencial promover a conscientização, implementar políticas de acessibilidade,
desenvolver e fornecer tecnologias assistivas adequadas e garantir a inclusão das pessoas
com deficiência física em todos os aspectos da vida, incluindo a arquitetura, transporte,
comunicação, informação e atitudes da sociedade em geral.

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Conhecer o conceito de capacitismo: conjunto de formas de discriminação, estigmas
e estereótipos em relação a pessoas com deficiência.
O capacitismo é o conjunto de formas de discriminação, estigmas e estereótipos em
relação a pessoas com deficiência. É uma forma de preconceito que se baseia na suposição
de que as pessoas com deficiência são inferiores ou menos capazes do que as pessoas sem
deficiência. O capacitismo pode se manifestar de várias maneiras e afetar diferentes
aspectos da vida das pessoas com deficiência.
Alguns dos aspectos mais relevantes sobre o capacitismo incluem:
Estereótipos negativos: O capacitismo é alimentado por estereótipos negativos em
relação às pessoas com deficiência. Esses estereótipos podem incluir a crença de que as
pessoas com deficiência são dependentes, frágeis, menos inteligentes ou menos
produtivas do que as pessoas sem deficiência.
Acessibilidade: A falta de acessibilidade é um problema importante relacionado ao
capacitismo. Muitas vezes, as pessoas com deficiência enfrentam barreiras físicas, sociais
e atitudinais que limitam sua participação plena na sociedade. Isso pode incluir a falta de
acesso a edifícios, transporte, informações, tecnologias e oportunidades educacionais e
de emprego.
Discriminação e exclusão: Pessoas com deficiência frequentemente enfrentam
discriminação e exclusão em diversos aspectos da vida, como educação, emprego,
moradia, cuidados de saúde e vida social. Isso pode resultar em oportunidades limitadas,
isolamento social, marginalização e falta de autodeterminação.
Violação de direitos: O capacitismo muitas vezes leva à violação dos direitos das pessoas
com deficiência. Isso inclui a negação de direitos básicos, como o direito à igualdade, à
dignidade, à autonomia, à participação social e à acessibilidade.
Medicalização excessiva: Muitas vezes, as deficiências são vistas apenas como
problemas médicos que precisam ser corrigidos ou curados, em vez de serem
consideradas uma parte natural da diversidade humana. Essa visão pode resultar em uma
ênfase excessiva na cura ou na normalização das pessoas com deficiência, em vez de
promover a inclusão e o respeito pela sua identidade e experiências.
Empoderamento e advocacy: O capacitismo tem levado a um movimento de
empoderamento e advocacy por parte das pessoas com deficiência. Elas têm trabalhado
para desafiar estereótipos, exigir igualdade de oportunidades, promover a acessibilidade
e defender os direitos das pessoas com deficiência.
É importante reconhecer e combater o capacitismo, pois todas as pessoas merecem
igualdade de oportunidades, respeito e dignidade, independentemente de suas habilidades
ou deficiências. A conscientização, a educação e a promoção da inclusão são essenciais
para criar uma sociedade mais justa e acessível para todos.

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Conhecer os diferentes recursos de Tecnologia Assistiva, como: seguradores de lápis
e engrossadores de lápis, pranchas de comunicação, teclado adaptado, além de
recursos tecnológicos com uso de computadores e tablets e principalmente no que se
refere à comunicação suplementar alternativa.
A Tecnologia Assistiva (TA) refere-se a dispositivos, equipamentos, serviços e
estratégias que visam auxiliar pessoas com deficiências a superar barreiras e promover
sua independência, acessibilidade e participação na sociedade. Existem diversos recursos
de Tecnologia Assistiva disponíveis, e aqui estão alguns aspectos relevantes sobre o tema:
Seguradores de lápis e engrossadores de lápis: Esses recursos auxiliam pessoas com
dificuldades motoras na escrita. Os seguradores de lápis ajudam a posicionar
corretamente os dedos para segurar um lápis ou caneta, facilitando o controle e o
movimento. Já os engrossadores de lápis aumentam o diâmetro do lápis, tornando-o mais
fácil de segurar para pessoas com problemas de destreza ou força nas mãos.
Pranchas de comunicação: São dispositivos que contêm símbolos, imagens ou palavras
que permitem a comunicação para pessoas com dificuldades na fala ou na linguagem.
Essas pranchas podem ser físicas, com figuras ou palavras impressas, ou digitais, com
aplicativos em tablets ou smartphones.
Teclados adaptados: São teclados especialmente projetados para atender às
necessidades de pessoas com deficiências físicas ou motoras. Eles podem incluir recursos
como teclas grandes, teclas alternativas, teclas de atalho programáveis ou até mesmo
teclados virtuais que podem ser operados por meio de dispositivos de controle
alternativos, como interruptores ou dispositivos de rastreamento ocular.
Recursos tecnológicos em computadores e tablets: Existem várias ferramentas e
recursos tecnológicos que podem ser utilizados em computadores e tablets para auxiliar
pessoas com deficiências. Isso inclui softwares de reconhecimento de voz, que permitem
a digitação por meio da fala; softwares de controle de movimento, que permitem o uso
do computador ou tablet por meio de movimentos corporais; e recursos de acessibilidade
embutidos nos sistemas operacionais, como zoom de tela, leitores de tela, teclados
virtuais e muito mais.
Comunicação suplementar alternativa (CSA): Refere-se a estratégias e recursos que
auxiliam pessoas com dificuldades na comunicação verbal a se expressarem. Pode incluir
o uso de sistemas de símbolos, comunicação por gestos, comunicação por meio de
dispositivos eletrônicos com voz sintetizada, entre outros.
É importante ressaltar que a Tecnologia Assistiva é altamente individualizada, pois cada
pessoa possui necessidades e habilidades diferentes. Portanto, é fundamental avaliar e
adaptar os recursos de acordo com as necessidades específicas de cada indivíduo. O
objetivo principal da TA é promover a inclusão e proporcionar às pessoas com
deficiências as ferramentas necessárias para que possam participar ativamente em
diversos aspectos da vida, como educação, trabalho, comunicação e lazer.

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Conhecer estratégias pedagógicas e recursos de acessibilidade para a sala de aula
comum.
As estratégias pedagógicas e recursos de acessibilidade desempenham um papel
fundamental na criação de um ambiente inclusivo na sala de aula comum. Aqui estão
alguns aspectos relevantes sobre o tema:
Design universal de aprendizagem (DUA): O DUA é uma abordagem pedagógica que
visa tornar o ensino e a aprendizagem acessíveis a todos os alunos, independentemente
de suas habilidades ou deficiências. Ele envolve a utilização de múltiplas modalidades de
ensino, materiais adaptados, opções de avaliação flexíveis e o fornecimento de suportes
adicionais para atender às necessidades individuais dos alunos.
Modificações de currículo: É importante adaptar o currículo para garantir que todos os
alunos tenham acesso ao conteúdo. Isso pode incluir a simplificação do vocabulário, a
utilização de recursos visuais, a redução da quantidade de tarefas ou a oferta de atividades
alternativas para acomodar diferentes estilos de aprendizagem e necessidades individuais.
Suportes de leitura e escrita: Alunos com dificuldades de leitura ou escrita podem se
beneficiar de suportes, como livros em áudio, textos ampliados, softwares de leitura de
tela, ditado por voz e uso de teclados adaptados. Esses recursos ajudam a nivelar o campo
de jogo, permitindo que os alunos acessem e participem plenamente das atividades de
leitura e escrita.
Apoio à organização e gestão do tempo: Alunos com dificuldades de organização ou
gestão do tempo podem se beneficiar de estratégias que os ajudem a planejar, priorizar
tarefas e estabelecer rotinas. O uso de calendários visuais, listas de verificação, lembretes
visuais e a divisão de tarefas complexas em etapas menores são algumas estratégias que
podem ser eficazes nesse sentido.
Interação e colaboração: Fomentar a interação e a colaboração entre os alunos é
fundamental para criar um ambiente inclusivo. O trabalho em grupo, a utilização de
estratégias de aprendizagem cooperativa e a promoção de discussões e atividades que
valorizem a diversidade de perspectivas são maneiras de criar um ambiente inclusivo e
promover a participação de todos os alunos.
Acessibilidade física e tecnológica: Garantir a acessibilidade física na sala de aula é
essencial para a inclusão de alunos com deficiência. Isso envolve fornecer rampas,
corrimãos, mesas adaptadas, cadeiras ergonômicas e outros dispositivos para facilitar a
mobilidade e o acesso. Além disso, a utilização de recursos tecnológicos, como
dispositivos de ampliação de tela, softwares de reconhecimento de voz e legendas em
tempo real, pode auxiliar alunos com deficiências sensoriais ou motoras a participarem
plenamente das atividades em sala de aula.
Esses são apenas alguns exemplos de estratégias pedagógicas e recursos de acessibilidade
que podem ser implementados na sala de aula comum. O objetivo é criar um ambiente
inclusivo que atenda às necessidades individuais de todos os alunos, promovendo
igualdade de oportunidades e maximizando o seu potencial de aprendizagem.

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2.1.1. CAPACIDADES

Reconhecer as limitações em decorrência da deficiência e os apoios a serem


ofertados para a superação das barreiras, de modo a propiciar o desempenho
funcional e intelectual do estudante.
O reconhecimento das limitações decorrentes de deficiências e a oferta de apoios
adequados são fundamentais para promover a superação de barreiras e facilitar o
desempenho funcional e intelectual dos estudantes. Em resumo, o conceito de
conhecimento sobre esse tema envolve:
Reconhecimento das limitações: É essencial compreender as limitações específicas que
cada estudante com deficiência enfrenta em termos de habilidades físicas, cognitivas,
sensoriais ou sociais. Isso requer uma avaliação individualizada para identificar as
necessidades e os desafios que o estudante pode enfrentar em diferentes áreas da vida e
da aprendizagem.
Apoios personalizados: Com base no reconhecimento das limitações, é necessário
oferecer apoios personalizados que sejam adequados às necessidades individuais do
estudante. Esses apoios podem abranger uma ampla gama de áreas, como acesso a
materiais adaptados, suporte na comunicação, estratégias de aprendizagem diferenciadas,
modificações de tarefas, tecnologia assistiva e recursos de acessibilidade.
Abordagem centrada no estudante: O foco principal deve ser o estudante e suas
necessidades específicas. Uma abordagem centrada no estudante envolve trabalhar em
estreita colaboração com o estudante, sua família e uma equipe multidisciplinar para
identificar metas, estabelecer planos de suporte individualizados e adaptar as estratégias
de ensino para atender às necessidades do estudante de forma inclusiva.
Inclusão e participação plena: O objetivo final é promover a inclusão e a participação
plena do estudante em todas as áreas da vida escolar. Isso significa garantir que o
estudante tenha acesso igualitário a oportunidades educacionais, participação social,
interação com os colegas, engajamento nas atividades e apoio emocional para
desenvolver sua autonomia e confiança.
Promoção da autodeterminação: É importante incentivar e capacitar o estudante com
deficiência a ser ativo em seu próprio processo de aprendizagem e definição de metas. A
promoção da autodeterminação envolve o desenvolvimento de habilidades de
autoadvocacia, tomada de decisão e autorregulação, para que o estudante possa se tornar
um agente ativo em sua própria educação e vida.
O conhecimento sobre as limitações decorrentes de deficiências e os apoios necessários
para superar as barreiras é essencial para promover uma educação inclusiva e garantir que
todos os estudantes tenham a oportunidade de alcançar seu potencial máximo,
independentemente de suas diferenças.

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Aplicar os diferentes recursos de Tecnologia Assistiva, no que se refere a mobilidade,
manuseio de objetos, comunicação suplementar alternativa e acessibilidade ao
computador ou tablet.
O conhecimento sobre os diferentes recursos de Tecnologia Assistiva relacionados à
mobilidade, manuseio de objetos, comunicação suplementar alternativa e acessibilidade
ao computador ou tablet envolve a compreensão e aplicação de tecnologias e estratégias
que auxiliam pessoas com deficiências nessas áreas específicas. De forma resumida, o
conceito de conhecimento sobre o tema abrange:
Recursos de mobilidade: Refere-se a dispositivos e tecnologias que auxiliam pessoas
com deficiências físicas a se locomoverem e terem maior independência. Isso pode incluir
cadeiras de rodas manuais ou motorizadas, próteses, órteses, dispositivos de locomoção
assistida, como andadores ou bengalas, e sistemas de controle de cadeira de rodas por
meio de dispositivos alternativos, como comandos de voz ou acionadores de cabeça.
Recursos de manuseio de objetos: São tecnologias e adaptações que facilitam a
manipulação de objetos para pessoas com dificuldades motoras ou de destreza. Isso pode
envolver dispositivos adaptados, como pegadores, talheres com alças ergonômicas,
canetas ou lápis com suportes especiais, abridores de frascos, entre outros. Também pode
incluir o uso de tecnologias assistivas, como braços robóticos controlados por meio de
movimentos corporais ou por sistemas de controle alternativos.
Comunicação suplementar alternativa: Diz respeito a estratégias e recursos utilizados
para auxiliar pessoas com dificuldades na comunicação verbal. Isso pode incluir sistemas
de símbolos, pranchas de comunicação, softwares de comunicação por voz sintetizada,
aplicativos em dispositivos móveis e até mesmo dispositivos eletrônicos especializados
para comunicação, como os comunicadores dinâmicos.
Acessibilidade ao computador ou tablet: Envolve recursos e tecnologias que permitem
que pessoas com deficiências acessem e utilizem computadores ou tablets de forma
efetiva. Isso pode incluir a utilização de teclados adaptados, mouses ou trackballs
especiais, interfaces de controle alternativas, softwares de reconhecimento de voz,
leitores de tela, ampliadores de tela, legendas em tempo real, entre outros recursos de
acessibilidade.
O conhecimento sobre esses diferentes recursos de Tecnologia Assistiva é fundamental
para identificar as necessidades individuais das pessoas com deficiências em relação à
mobilidade, manuseio de objetos, comunicação e acessibilidade digital. Compreender
como aplicar esses recursos de forma adequada e personalizada permite promover a
independência, a inclusão e a participação plena das pessoas com deficiências em diversas
atividades e contextos.

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Selecionar e sugerir materiais pedagógicos adaptados: engrossadores de lápis, plano
inclinado, tesouras adaptadas, entre outros. Identificar formas adequadas de
orientação quanto ao uso de estratégias e recursos de acessibilidade para a sala de
aula comum.

O conhecimento sobre materiais pedagógicos adaptados envolve a seleção e sugestão de


recursos específicos que foram modificados ou projetados para atender às necessidades
de estudantes com deficiências. Esses materiais adaptados têm o objetivo de proporcionar
uma experiência de aprendizagem inclusiva, permitindo que os estudantes participem
plenamente das atividades escolares. De forma resumida, o conceito de conhecimento
sobre o tema abrange:
Identificação das necessidades individuais: É essencial compreender as necessidades
específicas dos estudantes com deficiências para selecionar os materiais pedagógicos
adaptados apropriados. Isso pode incluir considerar as dificuldades motoras, sensoriais,
cognitivas ou de comunicação do estudante e avaliar quais recursos podem melhor
atender a essas necessidades.
Engrossadores de lápis: São dispositivos projetados para aumentar o diâmetro de um
lápis, tornando-o mais fácil de segurar para estudantes com dificuldades de destreza ou
força nas mãos. Esses engrossadores proporcionam uma superfície mais ampla e aderente,
facilitando o controle do lápis durante a escrita ou desenho.
Planos inclinados: São superfícies inclinadas que permitem que os estudantes trabalhem
em uma posição mais ergonômica e confortável. Esses planos inclinados podem ser
usados para leitura, escrita ou realização de tarefas visuais, ajudando a reduzir a fadiga e
a melhorar a postura e o alinhamento do corpo.
Tesouras adaptadas: São tesouras especialmente projetadas para estudantes com
dificuldades motoras ou de coordenação. Essas tesouras podem ter alças ergonômicas,
lâminas com molas que se abrem automaticamente ou podem ser controladas com um
único movimento, facilitando o recorte de papel.
Outros materiais adaptados: Existem uma variedade de outros materiais pedagógicos
adaptados disponíveis, como canetas ou lápis com suportes ergonômicos, régua tátil para
estudantes com deficiência visual, calculadoras adaptadas com teclas grandes ou
auditivas, livros em áudio, livros com fontes ampliadas, entre outros. Esses recursos
adaptados visam proporcionar igualdade de acesso e participação em atividades
acadêmicas.
O conhecimento sobre materiais pedagógicos adaptados envolve a identificação das
necessidades individuais dos estudantes e a seleção de recursos que possam auxiliá-los a
superar as barreiras relacionadas à aprendizagem e participação. Esses materiais
adaptados têm o objetivo de promover a inclusão, fornecendo suporte adequado e
permitindo que os estudantes com deficiências alcancem seu potencial máximo na sala
de aula.

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Elaborar planos de ação pedagógica, tendo em vista as contribuições obtidas com os
profissionais da equipe pedagógica, familiares e da equipe responsável pela
habilitação/ reabilitação do estudante.

O conhecimento sobre a elaboração de planos de ação pedagógica, levando em


consideração as contribuições dos profissionais da equipe pedagógica, familiares e da
equipe responsável pela habilitação/reabilitação do estudante, envolve a criação de um
plano estruturado e personalizado para atender às necessidades educacionais do estudante
com deficiência. De forma resumida, o conceito de conhecimento sobre o tema abrange:
Colaboração interdisciplinar: Envolve a colaboração entre profissionais da equipe
pedagógica, familiares e membros da equipe responsável pela habilitação/reabilitação do
estudante. Essa colaboração permite compartilhar informações, conhecimentos e
experiências para criar um plano de ação abrangente e alinhado às necessidades do
estudante.
Avaliação e identificação de necessidades: É importante realizar uma avaliação
completa do estudante, considerando seus pontos fortes, desafios e necessidades
específicas. Essa avaliação pode envolver observações, análise de relatórios médicos ou
terapêuticos, entrevistas com a família e uso de ferramentas de avaliação padronizadas.
O objetivo é identificar as áreas em que o estudante precisa de apoio e desenvolvimento.
Definição de metas e objetivos: Com base nas informações obtidas, são estabelecidas
metas e objetivos claros e realistas para o estudante. Essas metas podem abranger
diferentes áreas, como desenvolvimento acadêmico, habilidades sociais, comunicação,
autonomia e independência. É importante envolver a família e a equipe responsável pela
habilitação/reabilitação do estudante nesse processo, para garantir a consistência e
coerência das metas definidas.
Estratégias pedagógicas e recursos adaptados: São selecionadas estratégias
pedagógicas e recursos adaptados que atendam às necessidades específicas do estudante.
Isso pode incluir o uso de tecnologias assistivas, materiais adaptados, modificações de
currículo, estratégias de ensino diferenciadas e apoios individualizados. As estratégias e
recursos devem ser escolhidos levando em consideração as contribuições dos
profissionais da equipe pedagógica, familiares e da equipe responsável pela
habilitação/reabilitação do estudante.
Monitoramento e avaliação contínuos: O plano de ação pedagógica deve ser
monitorado regularmente para avaliar o progresso do estudante e fazer ajustes conforme
necessário. Esse processo envolve a coleta de dados, observações, feedback dos
profissionais envolvidos e a comunicação contínua com a família. O plano deve ser
flexível e adaptável para atender às mudanças nas necessidades do estudante ao longo do
tempo.
O conhecimento sobre a elaboração de planos de ação pedagógica envolve uma
abordagem colaborativa e personalizada, considerando as contribuições de diferentes
partes interessadas. Esse processo visa fornecer suporte adequado e maximizar o
potencial de aprendizagem e desenvolvimento do estudante com deficiência.

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2.2. DEFICIÊNCIA AUDITIVA E SURDEZ (DA) CONHECIMENTOS

Distinguir a pessoa com deficiência auditiva e a pessoa surda.

Para o professor de Atendimento Educacional Especializado (AEE) lidar de forma


adequada com a pessoa com deficiência auditiva e a pessoa surda, é importante ter
conhecimentos sobre as características e necessidades específicas de cada grupo. Embora
os termos "deficiência auditiva" e "surdez" sejam frequentemente usados de forma
intercambiável, eles têm diferenças significativas:
Pessoa com deficiência auditiva: Refere-se a uma pessoa que tem algum grau de perda
auditiva. A deficiência auditiva pode ser classificada em leve, moderada, severa ou
profunda, dependendo da extensão da perda auditiva. Geralmente, as pessoas com
deficiência auditiva podem usar aparelhos auditivos ou implantes cocleares para
amplificar o som e melhorar a audição.
Para o professor de AEE, é importante:
Estar ciente das necessidades específicas de comunicação da pessoa com deficiência
auditiva, como a importância de um ambiente com boa acústica e iluminação adequada
para a leitura labial.
Conhecer estratégias de comunicação alternativa, como o uso de recursos visuais,
linguagem de sinais ou sistemas de comunicação suplementar e alternativa (como
pranchas de comunicação) para auxiliar na compreensão e expressão da pessoa com
deficiência auditiva.
Utilizar estratégias pedagógicas que levem em consideração a perda auditiva, como
repetir informações, usar recursos visuais, enfatizar a leitura labial e verificar a
compreensão do aluno.
Pessoa surda: Refere-se a uma pessoa que tem uma perda auditiva severa ou profunda,
geralmente desde o nascimento ou desde uma idade muito precoce. A surdez afeta
significativamente a habilidade de uma pessoa em ouvir e compreender a fala. As pessoas
surdas podem se comunicar principalmente por meio da Língua de Sinais.
Para o professor de AEE, é importante:
Familiarizar-se com a Língua de Sinais utilizada pela pessoa surda em sua região.
Aprender a Língua de Sinais é fundamental para a comunicação efetiva com o aluno
surdo.
Incorporar a Língua de Sinais no ambiente de sala de aula, seja por meio de um intérprete
de Língua de Sinais, recursos visuais, materiais educacionais adaptados ou outros
recursos que facilitem a compreensão do aluno.
Adaptar as estratégias pedagógicas para atender às necessidades de aprendizagem visual
e oferecer suporte adicional em áreas específicas, como desenvolvimento da linguagem,
leitura e escrita em Língua de Sinais.

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Em ambos os casos, o professor de AEE deve buscar aconselhamento e colaboração com
profissionais especializados, como intérpretes de Língua de Sinais, fonoaudiólogos e
outros especialistas em deficiência auditiva e surdez. O objetivo é garantir que o aluno
com deficiência auditiva ou surdez receba um suporte educacional inclusivo e
individualizado, promovendo seu desenvolvimento acadêmico e social.

Dos tipos de surdez, suas características.

Existem diferentes tipos de surdez, que variam em termos de causa, grau e momento em
que ocorrem. Cada tipo de surdez apresenta características específicas que influenciam as
necessidades educacionais dos alunos. Para o Professor de Atendimento Educacional
Especializado (AEE), ter conhecimentos sobre os diferentes tipos de surdez é
fundamental para atender adequadamente às necessidades dos alunos. A seguir estão
alguns tipos comuns de surdez e suas características:
Surdez condutiva: É causada por problemas na transmissão do som do ambiente até o
ouvido interno. Pode ser devido a condições como acúmulo de cera, otite média ou
anomalias na orelha externa ou média. As pessoas com surdez condutiva geralmente têm
um melhor desempenho auditivo em frequências mais altas e podem se beneficiar de
amplificação sonora.
Para o Professor de AEE, é importante:
Estar ciente das condições médicas associadas à surdez condutiva e suas possíveis
intervenções.
Trabalhar em conjunto com profissionais de saúde, como médicos e fonoaudiólogos, para
entender e apoiar as necessidades do aluno com surdez condutiva.
Identificar as estratégias e recursos adequados para melhorar a transmissão do som, como
o uso de amplificação sonora ou dispositivos auxiliares de audição.
Surdez neurossensorial: É causada por danos nas células ciliadas do ouvido interno ou
no nervo auditivo. Pode ser congênita ou adquirida (por exemplo, devido a lesões,
infecções, exposição a ruído excessivo, entre outros). A surdez neurossensorial pode
variar em grau, desde leve até profunda. As pessoas com surdez neurossensorial podem
enfrentar dificuldades na percepção da fala, discriminação auditiva e compreensão da
linguagem.
Para o Professor de AEE, é importante:
Compreender as implicações da surdez neurossensorial na percepção e compreensão
auditiva dos alunos.
Utilizar estratégias visuais e táteis, como recursos visuais, Língua de Sinais, pranchas de
comunicação e sistemas de comunicação suplementar e alternativa, para auxiliar na
comunicação e compreensão do aluno.

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Conhecer recursos tecnológicos, como aparelhos auditivos, implantes cocleares e
sistemas de frequência modulada, que podem melhorar a audição e a comunicação dos
alunos com surdez neurossensorial.
Surdez mista: É uma combinação de surdez condutiva e neurossensorial, ou seja,
envolve problemas tanto na condução do som até o ouvido interno quanto na percepção
do som pelo nervo auditivo. As pessoas com surdez mista podem apresentar
características e necessidades semelhantes às dos tipos de surdez condutiva e
neurossensorial.
Para o Professor de AEE, é importante:
Reconhecer as características e necessidades específicas da surdez mista e adaptar as
estratégias pedagógicas e os recursos para atender a essas necessidades.
Trabalhar em colaboração com profissionais de saúde, como otorrinolaringologistas e
fonoaudiólogos, para entender as causas e intervenções.
Identificar as estratégias e recursos adequados para melhorar a transmissão do som e a
percepção auditiva, levando em consideração as dificuldades tanto na condução do som
quanto na percepção pelo nervo auditivo.
Utilizar uma abordagem individualizada, adaptando as estratégias de ensino para atender
às necessidades específicas do aluno com surdez mista.
Estar ciente dos possíveis desafios de comunicação e compreensão da linguagem que os
alunos com surdez mista podem enfrentar e usar recursos visuais, Língua de Sinais e
outras formas de comunicação alternativa para facilitar a interação e o aprendizado.
Além disso, é fundamental que o Professor de AEE trabalhe em colaboração com a equipe
multidisciplinar, incluindo fonoaudiólogos, médicos e outros profissionais de saúde, para
obter informações atualizadas sobre as condições de surdez dos alunos, intervenções
recomendadas e possíveis adaptações no ambiente educacional.
Em resumo, o conhecimento do Professor de AEE sobre os diferentes tipos de surdez
permite uma compreensão mais aprofundada das características e necessidades dos
alunos, permitindo a implementação de estratégias pedagógicas e o uso de recursos
adequados para apoiar seu desenvolvimento acadêmico, linguístico e social.

Dos aspectos culturais, linguísticos e sociais da comunidade surda.

Para o Professor de Atendimento Educacional Especializado (AEE), ter conhecimentos


sobre os aspectos culturais, linguísticos e sociais da comunidade surda é essencial para
promover uma educação inclusiva e respeitosa para os alunos surdos. A seguir estão
alguns conhecimentos importantes relacionados a esses aspectos:

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Cultura Surda: A comunidade surda possui uma cultura própria, com valores, normas e
tradições compartilhadas. É importante reconhecer e respeitar a identidade cultural surda,
valorizando sua língua e tradições.
Familiarizar-se com a perspectiva da identidade surda, que considera a surdez como uma
característica natural e não uma deficiência a ser corrigida.
Conhecer a história e os movimentos sociais da comunidade surda, bem como suas
conquistas e desafios.
Reconhecer a importância da Língua de Sinais como meio de comunicação e expressão
cultural para as pessoas surdas.
Língua de Sinais: A Língua de Sinais é a língua natural da comunidade surda e
desempenha um papel crucial na comunicação e no desenvolvimento linguístico dos
alunos surdos.
Aprender a Língua de Sinais utilizada na região em que o aluno está inserido, para facilitar
a comunicação e a interação efetiva.
Compreender que a Língua de Sinais possui sua própria estrutura gramatical, expressões
idiomáticas e variações regionais, assim como qualquer outra língua natural.
Valorizar a Língua de Sinais como uma forma legítima de comunicação e oferecer
oportunidades para que os alunos surdos a usem e a desenvolvam em contextos
educacionais.
Comunicação e interação social: Os alunos surdos podem enfrentar desafios na
comunicação e interação social devido às diferenças linguísticas e às barreiras de
comunicação.
Promover um ambiente inclusivo e receptivo, onde a comunicação seja facilitada e
adaptada para atender às necessidades dos alunos surdos.
Estimular a interação entre alunos surdos e ouvintes, incentivando a compreensão mútua
e a valorização da diversidade linguística e cultural.
Fornecer apoio adicional na aprendizagem de habilidades sociais, respeitando as
diferenças culturais e linguísticas.
Acessibilidade e inclusão: Garantir a acessibilidade é fundamental para a inclusão efetiva
dos alunos surdos.
Conhecer e implementar estratégias e tecnologias assistivas que facilitem a comunicação
e o acesso à informação, como legendas, intérpretes de Língua de Sinais, recursos visuais
e materiais adaptados.
Considerar as necessidades individuais dos alunos surdos e adaptar o ambiente
educacional, os recursos e as estratégias pedagógicas para promover a participação plena.
Envolver a comunidade surda, os pais e os profissionais especializados na tomada de
decisões e no planejamento de ações inclusivas.

17
Ao compreender esses aspectos culturais, linguísticos e sociais da comunidade surda, o
Professor de AEE estará mais preparado para fornecer um ambiente educacional inclusivo
e respeitoso, onde os alunos surdos possam desenvolver todo o seu potencial acadêmico,
linguístico e social. O respeito pela cultura surda, o reconhecimento da importância da
Língua de Sinais, a promoção da comunicação efetiva e a criação de um ambiente
inclusivo são elementos-chave para garantir uma educação de qualidade para os alunos
surdos. Além disso, é fundamental buscar parcerias com a comunidade surda, famílias e
profissionais especializados, a fim de colaborar e construir estratégias e planos de ação
que atendam às necessidades individuais dos alunos surdos, promovendo sua plena
participação e inclusão na escola e na sociedade como um todo.

Dos diferentes níveis linguísticos da LIBRAS e do Português.

Para o Professor de Atendimento Educacional Especializado (AEE), é importante ter


conhecimentos sobre os diferentes níveis linguísticos da Língua Brasileira de Sinais
(LIBRAS) e do Português, a fim de compreender as características e necessidades
linguísticas dos alunos surdos. A seguir estão alguns conhecimentos relevantes sobre esse
tema:
Níveis linguísticos da LIBRAS:
A LIBRAS possui os mesmos níveis linguísticos presentes em qualquer outra língua,
como a fonologia, a morfologia, a sintaxe e o léxico. O conhecimento desses níveis é
importante para entender a estrutura e o funcionamento da língua de sinais.
Fonologia: Compreender os parâmetros da LIBRAS, como configuração de mãos,
movimento, ponto de articulação e expressão facial, que são fundamentais para a
produção e compreensão dos sinais.
Morfologia: Reconhecer a estrutura interna dos sinais, incluindo os processos de
formação de palavras, afixação e derivação, e como esses elementos contribuem para a
expressão de significados.
Sintaxe: Entender a ordem das palavras e a organização das frases na LIBRAS, incluindo
aspectos como concordância, negação, perguntas e uso de pronomes.
Léxico: Familiarizar-se com o vocabulário e a semântica da LIBRAS, incluindo a ampla
gama de sinais utilizados para expressar conceitos e ideias.
Níveis linguísticos do Português:
Assim como na LIBRAS, o Português também possui diferentes níveis linguísticos que
devem ser considerados no ensino e na comunicação com alunos surdos que utilizam a
língua escrita.
Fonologia: Conhecer os sons e a pronúncia correta das palavras em Português, incluindo
as variações regionais e as dificuldades fonológicas enfrentadas pelos alunos surdos.

18
Morfologia: Entender a estrutura das palavras em Português, incluindo prefixos, sufixos,
radicais e suas respectivas funções gramaticais.
Sintaxe: Conhecer a organização das palavras e a estrutura gramatical das frases em
Português, incluindo regras de concordância, regência verbal e nominal, colocação
pronominal, entre outros aspectos.
Semântica: Compreender os significados das palavras, expressões idiomáticas e o uso
do vocabulário em diferentes contextos.
Ao compreender os diferentes níveis linguísticos da LIBRAS e do Português, o Professor
de AEE poderá adaptar as estratégias de ensino, fornecer apoio adequado e facilitar a
aprendizagem dos alunos surdos tanto na língua de sinais quanto na língua escrita. É
importante ressaltar que o bilinguismo é fundamental para o desenvolvimento linguístico
e cognitivo dos alunos surdos, e o acesso a ambas as línguas é essencial para uma
educação inclusiva e de qualidade.

Da metodologia do ensino da Língua Brasileira de Sinais – LIBRAS como primeira


língua do surdo.

Para o Professor de Atendimento Educacional Especializado (AEE), é fundamental


possuir conhecimentos sobre a metodologia do ensino da Língua Brasileira de Sinais
(LIBRAS) como primeira língua do surdo. Essa metodologia visa garantir que os alunos
surdos tenham acesso a uma língua natural e completa desde o início de sua educação. A
seguir, estão alguns conhecimentos relevantes relacionados a esse tema:
Aquisição da Língua de Sinais:
Compreender os processos de aquisição da LIBRAS por parte dos alunos surdos, levando
em consideração que a língua de sinais é adquirida visualmente e possui características
próprias em relação à percepção e produção de sinais.
Abordagem bilingue:
Entender a importância da abordagem bilingue na educação de alunos surdos, que
consiste em promover o aprendizado da LIBRAS como primeira língua e, posteriormente,
o aprendizado do Português escrito como segunda língua.
Ensino da gramática e estrutura da LIBRAS:
Conhecer os princípios da gramática da LIBRAS, incluindo a estrutura de sentenças, a
ordem das palavras, a concordância, a negação, entre outros aspectos. Compreender como
esses elementos linguísticos se aplicam ao ensino da LIBRAS.
Utilização de recursos visuais:
Dominar técnicas e recursos visuais para o ensino da LIBRAS, como vídeos, imagens,
materiais didáticos adaptados e outros recursos que auxiliem na compreensão e produção
dos sinais pelos alunos surdos.

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Prática comunicativa:
Promover uma prática comunicativa significativa e contextualizada no ensino da
LIBRAS, proporcionando situações reais de comunicação para que os alunos surdos
possam desenvolver suas habilidades linguísticas e interagir de forma efetiva com os
outros.
Desenvolvimento da literacia visual:
Estimular o desenvolvimento da literacia visual, ou seja, a capacidade de interpretar e
produzir sinais de forma adequada, compreendendo os diferentes aspectos linguísticos e
comunicativos da LIBRAS.
Avaliação do aprendizado em LIBRAS:
Conhecer estratégias de avaliação que sejam adequadas para o aprendizado da LIBRAS,
levando em consideração as especificidades da língua de sinais e garantindo uma
avaliação justa e precisa do progresso dos alunos surdos.
Ao possuir esses conhecimentos, o Professor de AEE estará apto a implementar uma
metodologia eficaz para o ensino da LIBRAS como primeira língua do surdo,
considerando as particularidades linguísticas e comunicativas da língua de sinais e
promovendo um ambiente educacional inclusivo e bilíngue. É importante lembrar que o
ensino da LIBRAS como primeira língua é essencial para o desenvolvimento linguístico,
cognitivo e social dos alunos surdos.
De materiais didático-pedagógicos, recursos de acessibilidade, elaboração de plano de
atuação individualizado, para favorecer a autonomia dos estudantes visando o
atendimento dos diferentes tipos de surdez.

2.2.1CAPACIDADES

Identificar os tipos de surdez e suas características.


Além dos tipos de surdez já mencionados anteriormente, que são a surdez condutiva, a
surdez neurossensorial e a surdez mista, existem outros tipos e características que podem
ser associados a este item. Uma capacidade importante a ser considerada é a capacidade
de adaptação e autogestão.
Surdez unilateral: Refere-se à perda auditiva em apenas um ouvido. As pessoas com
surdez unilateral têm audição normal em um ouvido, enquanto o outro ouvido apresenta
perda auditiva.
Surdez progressiva: Caracteriza-se pela perda auditiva que piora gradualmente ao longo
do tempo. Pode começar com uma perda auditiva leve e progredir para uma perda auditiva
mais severa.

20
Surdez congênita: É a perda auditiva presente desde o nascimento. Pode ser causada por
fatores genéticos, complicações durante a gravidez ou durante o parto.
Surdez adquirida: Refere-se à perda auditiva que ocorre após o nascimento. Pode ser
causada por várias razões, como infecções, lesões, exposição a ruídos intensos, efeitos
colaterais de medicamentos, entre outros.
Surdez profunda: Representa uma perda auditiva severa ou total, onde a pessoa não
consegue ouvir sons ouvíveis mesmo com o uso de aparelhos auditivos.
Surdez central: É uma condição em que o sistema auditivo do indivíduo está intacto,
mas há uma dificuldade na interpretação e processamento das informações sonoras pelo
cérebro.
A capacidade de adaptação e autogestão é crucial para os indivíduos com surdez lidarem
com os desafios que a perda auditiva pode trazer. Isso envolve o desenvolvimento de
estratégias de comunicação, o uso de tecnologia assistiva, como aparelhos auditivos ou
implantes cocleares, e a busca de apoio e recursos que possam auxiliar na inclusão e
participação plena na sociedade. Essa capacidade de adaptação e autogestão permite que
os indivíduos com surdez encontrem maneiras de superar as barreiras auditivas e
aproveitem as oportunidades educacionais, profissionais e sociais disponíveis para eles.

Identificar aspectos culturais, linguísticos e sociais da comunidade surda.


Além dos aspectos culturais, linguísticos e sociais da comunidade surda mencionados
anteriormente, uma capacidade importante a ser associada a este item é a resiliência.
Resiliência: A resiliência refere-se à capacidade de superar adversidades, lidar com
desafios e se adaptar a situações difíceis. No contexto da comunidade surda, a resiliência
é uma qualidade fundamental, pois os indivíduos surdos frequentemente enfrentam
barreiras e obstáculos no acesso à comunicação, à educação e a oportunidades de
emprego. A resiliência os capacita a buscar soluções criativas, encontrar apoio em suas
comunidades e perseverar diante das dificuldades.
A resiliência permite que os indivíduos surdos enfrentem o estigma social, a
discriminação e as limitações impostas pela sociedade ou pela falta de acessibilidade. Eles
são capazes de enfrentar esses desafios e encontrar maneiras de se expressar, se conectar
com os outros e realizar seus objetivos pessoais e profissionais.
Ao desenvolver a resiliência, os indivíduos surdos podem construir uma identidade forte
e positiva, encontrar um senso de pertencimento na comunidade surda e contribuir para a
conscientização e inclusão das pessoas surdas na sociedade em geral. A resiliência
também desempenha um papel importante na promoção da autoestima, na defesa de
direitos e na superação das barreiras que podem surgir devido à surdez.
Portanto, a capacidade de resiliência é um aspecto essencial a ser considerado quando se
discute aspectos culturais, linguísticos e sociais da comunidade surda. Ela ajuda os
indivíduos surdos a enfrentarem os desafios que enfrentam e a buscar uma vida plena e

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inclusiva, baseada na valorização da língua de sinais, da identidade surda e na
participação ativa na sociedade.

Identificar os diferentes níveis linguísticos da LIBRAS e do Português


Além dos diferentes níveis linguísticos da Língua Brasileira de Sinais (LIBRAS) e do
Português, uma capacidade adicional que pode ser associada a esse item é a flexibilidade
comunicativa.
Flexibilidade comunicativa: A flexibilidade comunicativa envolve a habilidade de se
adaptar e utilizar diferentes níveis linguísticos e estratégias comunicativas de acordo com
o contexto e as necessidades do interlocutor. Tanto na LIBRAS quanto no Português,
existem variações linguísticas e diferentes registros que podem ser utilizados em
situações formais, informais, educacionais, profissionais, entre outras.
Na LIBRAS, os diferentes níveis linguísticos podem incluir:
Nível básico: Compreensão e uso de vocabulário e estruturas linguísticas simples,
adequadas a situações cotidianas.
Nível intermediário: Ampliação do vocabulário, aprofundamento das estruturas
gramaticais e a capacidade de participar de conversas mais complexas em diferentes
tópicos.
Nível avançado: Domínio amplo do vocabulário, habilidades de expressão e
compreensão mais sofisticadas, permitindo a participação em discussões e debates sobre
assuntos variados.
No caso do Português, os diferentes níveis linguísticos podem incluir:
Nível básico: Compreensão e uso de vocabulário e estruturas gramaticais simples, como
frases curtas e expressões comuns.
Nível intermediário: Aumento do vocabulário, desenvolvimento de habilidades de
leitura e escrita mais complexas, compreensão de textos mais extensos e participação em
conversas e discussões mais elaboradas.
Nível avançado: Domínio amplo do vocabulário e das estruturas gramaticais, capacidade
de leitura, escrita e expressão oral avançadas, permitindo a compreensão e produção de
textos complexos e a participação em debates e argumentações sofisticadas.
A flexibilidade comunicativa envolve a capacidade de transitar entre esses diferentes
níveis e registros linguísticos, adaptando-se ao contexto e aos interlocutores. Isso é
particularmente importante para os professores de AEE, pois lhes permite se comunicar
de forma efetiva com os alunos surdos, utilizando a LIBRAS como primeira língua e o
Português escrito como segunda língua, ajustando a linguagem conforme necessário para
garantir uma compreensão clara e uma comunicação eficaz. A flexibilidade comunicativa
também contribui para a criação de um ambiente inclusivo e facilita a interação entre
pessoas surdas e ouvintes em diferentes situações e contextos.

22
Dominar a metodologia do ensino da Língua Brasileira de Sinais – LIBRAS como
primeira língua do surdo.
Além da metodologia do ensino da Língua Brasileira de Sinais (LIBRAS) como primeira
língua do surdo, uma capacidade adicional que pode ser associada a este item é a
criatividade pedagógica.
Criatividade pedagógica: A criatividade pedagógica refere-se à capacidade de
desenvolver estratégias inovadoras e adaptativas para o ensino da LIBRAS, levando em
consideração as necessidades e características individuais dos alunos surdos. Isso envolve
a habilidade de pensar de forma criativa, buscar novas abordagens e recursos, e adaptar
as atividades de acordo com o perfil e o ritmo de aprendizagem de cada aluno.
A metodologia do ensino da LIBRAS como primeira língua envolve a criação de um
ambiente de aprendizagem envolvente, estimulante e significativo para os alunos surdos.
Através da criatividade pedagógica, o professor de AEE pode explorar diferentes recursos
visuais, como vídeos, imagens, jogos e atividades práticas, que facilitem a compreensão
e a produção dos sinais pelos alunos surdos.
Além disso, a criatividade pedagógica permite ao professor adaptar as estratégias de
ensino para atender às necessidades individuais dos alunos surdos, levando em
consideração suas preferências de aprendizagem, estilos cognitivos e interesses. Isso pode
incluir a criação de materiais didáticos adaptados, o uso de tecnologia assistiva, a
exploração de histórias e narrativas visuais, e a promoção de atividades interativas e
colaborativas que estimulem a participação ativa dos alunos.
A criatividade pedagógica também desempenha um papel fundamental no
desenvolvimento de estratégias de avaliação diferenciadas, que vão além da avaliação
tradicional baseada em testes escritos. O professor pode explorar formas alternativas de
avaliação, como projetos práticos, apresentações visuais e discussões orais, que permitam
aos alunos demonstrar seu conhecimento e habilidades em LIBRAS.
Ao dominar a metodologia do ensino da LIBRAS como primeira língua do surdo e aplicar
a criatividade pedagógica, o professor de AEE tem a capacidade de criar um ambiente de
aprendizagem dinâmico, inclusivo e eficaz, que promova o desenvolvimento linguístico,
comunicativo e cultural dos alunos surdos, ao mesmo tempo em que valoriza sua
identidade e proporciona experiências educacionais enriquecedoras.

Dominar a metodologia de ensino da Língua Portuguesa como segunda língua para


surdos.

Além da metodologia de ensino da Língua Portuguesa como segunda língua para surdos,
uma capacidade adicional que pode ser associada a este item é a adaptabilidade
pedagógica.

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Adaptabilidade pedagógica: A adaptabilidade pedagógica refere-se à capacidade do
professor de AEE de ajustar e adaptar suas estratégias de ensino para atender às
necessidades individuais dos alunos surdos na aprendizagem da Língua Portuguesa. Isso
envolve a habilidade de identificar as dificuldades específicas dos alunos em relação à
língua escrita e desenvolver abordagens personalizadas que facilitem seu processo de
aprendizagem.
A metodologia de ensino da Língua Portuguesa como segunda língua para surdos requer
uma abordagem diferenciada, considerando as diferenças entre a estrutura e as
características da LIBRAS e do Português. A adaptabilidade pedagógica permite ao
professor de AEE selecionar estratégias de ensino que sejam adequadas para os alunos
surdos, levando em consideração fatores como o nível de proficiência na língua, as
habilidades linguísticas prévias, as preferências de aprendizagem e os estilos cognitivos
individuais.
Essa capacidade envolve o uso de recursos e materiais didáticos adaptados, como livros
com ilustrações visuais, vídeos explicativos, atividades interativas e jogos linguísticos. O
professor pode utilizar abordagens pedagógicas que explorem a conexão entre a LIBRAS
e o Português, destacando as semelhanças e diferenças entre as duas línguas para facilitar
a compreensão e a aquisição da segunda língua.
Além disso, a adaptabilidade pedagógica envolve a criação de um ambiente de
aprendizagem inclusivo e encorajador, onde os alunos se sintam motivados a se envolver
com a língua, a experimentar e a se expressar em Português. O professor pode adotar
estratégias de ensino interativas, como debates, discussões em grupo, produção de textos
e atividades de leitura, que estimulem a participação ativa e o desenvolvimento das
habilidades linguísticas dos alunos surdos.
Ao dominar a metodologia de ensino da Língua Portuguesa como segunda língua para
surdos e aplicar a adaptabilidade pedagógica, o professor de AEE tem a capacidade de
proporcionar uma educação linguística abrangente e de qualidade, que promova a
aquisição da língua escrita e o desenvolvimento das habilidades de leitura, escrita,
compreensão e expressão oral em Português. Essa capacidade permite ao aluno surdo uma
maior inclusão e participação na sociedade, bem como uma ampliação de oportunidades
educacionais e profissionais.

Identificar materiais didático pedagógicos, recursos de acessibilidade e elaborar o


Plano de Atendimento Individualizado (PAI), a fim de favorecer a autonomia dos
estudantes visando o atendimento dos diferentes tipos de surdez.

Além da identificação de materiais didático-pedagógicos, recursos de acessibilidade e


elaboração do Plano de Atendimento Individualizado (PAI) para favorecer a autonomia
dos estudantes com diferentes tipos de surdez, uma capacidade adicional que pode ser
associada a este item é a habilidade de comunicação não verbal.

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Comunicação não verbal: A comunicação não verbal é uma forma de expressão que
envolve gestos, expressões faciais, postura corporal e outros sinais não verbais para
transmitir informações e se comunicar com os outros. Essa capacidade é especialmente
relevante para o professor de AEE ao trabalhar com estudantes surdos, pois a
comunicação não verbal pode ser uma ferramenta poderosa para facilitar a compreensão
e a interação.
Ao identificar materiais didático-pedagógicos e recursos de acessibilidade, o professor de
AEE pode incorporar elementos visuais e táteis que auxiliem na compreensão do
conteúdo pelos alunos surdos. Isso pode incluir o uso de imagens, ilustrações, diagramas,
modelos tridimensionais, vídeos e outros recursos visuais que complementem as
informações transmitidas por meio da língua de sinais.
Além disso, ao elaborar o Plano de Atendimento Individualizado (PAI), o professor pode
incluir estratégias específicas de comunicação não verbal para promover a autonomia dos
estudantes. Isso pode envolver o ensino e o estímulo de gestos, expressões faciais e sinais
não verbais que permitam aos alunos se expressarem, fazerem perguntas, solicitarem
ajuda ou interagirem com os colegas e professores.
A habilidade de comunicação não verbal do professor de AEE também é importante para
criar um ambiente inclusivo e acolhedor, transmitindo emoções, afeto e estabelecendo
uma conexão empática com os estudantes surdos. Por meio de expressões faciais e
linguagem corporal adequadas, o professor pode transmitir segurança, encorajamento e
interesse genuíno pela participação e pelo progresso dos alunos.
A comunicação não verbal desempenha um papel fundamental no desenvolvimento de
uma comunicação eficaz com os estudantes surdos, complementando a utilização da
língua de sinais e do Português escrito. Essa capacidade contribui para a construção de
um ambiente de aprendizagem inclusivo, onde os alunos se sintam compreendidos,
apoiados e capacitados a desenvolver sua autonomia e habilidades acadêmicas e sociais.

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2.3. DEFICIÊNCIA VISUAL (DV) CONHECIMENTOS

Do Sistema Braille e suas aplicações nas várias áreas (leitura e escrita), o uso e o
ensino do Soroban adaptado.

Para o Professor de AEE em relação ao Sistema Braille e ao uso do Soroban adaptado, é


importante possuir os seguintes conhecimentos:

Sistema Braille:
Conhecer o sistema Braille: O professor de AEE deve dominar o sistema Braille, que é
um sistema de leitura e escrita tátil utilizado por pessoas cegas ou com baixa visão. É
essencial conhecer os símbolos Braille, a organização das células e as regras de
transcrição do alfabeto, números, sinais de pontuação e outros caracteres especiais.
Ensino do sistema Braille: O professor deve estar familiarizado com as estratégias e
técnicas de ensino do Braille, adaptando as atividades de acordo com o nível de habilidade
e o ritmo de aprendizagem de cada aluno. Isso inclui o ensino da leitura tátil, a escrita
utilizando a reglete e punção, o uso de máquinas de escrever Braille e dispositivos
tecnológicos específicos.
Adaptação de materiais: O professor deve ser capaz de adaptar materiais didáticos e
recursos de aprendizagem para o Braille, convertendo textos impressos em Braille ou
criando materiais diretamente em Braille. Isso pode incluir livros, apostilas, exercícios,
gráficos e outros recursos visuais adaptados para o sistema Braille.
Soroban adaptado:
Conhecer o Soroban: O Soroban é um ábaco utilizado para realizar cálculos matemáticos.
No contexto do ensino para alunos com deficiência visual, o Soroban é adaptado para o
uso tátil, com barras salientes e peças móveis. O professor deve compreender o
funcionamento e a estrutura do Soroban adaptado, bem como as diferentes técnicas de
cálculo utilizadas.
Ensino do Soroban adaptado: O professor deve ser capaz de ensinar o uso do Soroban
adaptado aos alunos com deficiência visual, ensinando-os a manipular as peças e a
realizar operações matemáticas básicas. Isso inclui o desenvolvimento de estratégias de
ensino que promovam a compreensão dos conceitos matemáticos e o domínio das
habilidades de cálculo com o Soroban adaptado.
Adaptação de materiais: O professor pode adaptar materiais e atividades matemáticas
para o uso do Soroban adaptado, desenvolvendo exercícios específicos que explorem as
habilidades e competências matemáticas dos alunos com deficiência visual. Esses
materiais podem incluir problemas de adição, subtração, multiplicação, divisão e outros
conceitos matemáticos.
Ao dominar esses conhecimentos sobre o Sistema Braille e o uso do Soroban adaptado, o
professor de AEE estará apto a oferecer um suporte efetivo aos alunos com deficiência

26
visual, proporcionando-lhes acesso à leitura, escrita e às habilidades matemáticas,
promovendo sua inclusão e autonomia educacional.

Das várias especificidades da cegueira e visão subnormal (baixa visão), inclusive


para a avaliação da visão funcional;

Para o Professor de AEE em relação às especificidades da cegueira e da visão subnormal


(baixa visão), incluindo a avaliação da visão funcional, são necessários os seguintes
conhecimentos:
Características da cegueira:
Compreensão da definição e das causas da cegueira: O professor de AEE deve ter um
conhecimento sólido sobre a cegueira, incluindo suas diferentes causas e suas implicações
na funcionalidade visual.
Consciência das limitações visuais: É importante compreender as limitações
enfrentadas pelos indivíduos cegos em relação à percepção de luz, formas, cores,
distâncias e detalhes visuais. Isso ajudará o professor a adaptar seu ensino e a
proporcionar suporte adequado para os alunos com cegueira.
Características da visão subnormal (baixa visão):
Familiaridade com as diferentes condições de baixa visão: O professor deve estar
ciente das diferentes condições que podem causar baixa visão, como degeneração
macular, retinopatia diabética, glaucoma, entre outras. Compreender as características
específicas de cada condição ajudará o professor a adaptar seu ensino e a fornecer suporte
adequado para os alunos com visão subnormal.
Conhecimento sobre o uso de ajudas visuais: É importante conhecer as ajudas visuais
disponíveis, como lentes de aumento, lupas, dispositivos de ampliação de texto e
tecnologias assistivas, e saber como orientar os alunos no uso dessas ferramentas para
maximizar sua visão residual.
Avaliação da visão funcional:
Familiaridade com os métodos de avaliação da visão funcional: O professor de AEE
deve estar ciente dos métodos de avaliação da visão funcional, que medem a capacidade
do aluno de utilizar sua visão para tarefas específicas, como leitura, reconhecimento de
rostos, discriminação de cores, entre outras. Isso ajudará o professor a entender as
habilidades e limitações visuais do aluno e a planejar intervenções apropriadas.
Colaboração com profissionais da saúde visual: É importante trabalhar em estreita
colaboração com oftalmologistas, optometristas e outros profissionais da saúde visual
para obter informações atualizadas sobre a condição visual dos alunos e para orientar a
avaliação e o planejamento do suporte educacional.
Com esses conhecimentos, o professor de AEE estará preparado para atender às
necessidades específicas dos alunos com cegueira e visão subnormal. Isso inclui a

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adaptação de materiais educacionais, o uso de estratégias de ensino adequadas, o
fornecimento de suporte visual apropriado e o trabalho em colaboração com outros
profissionais para garantir o melhor suporte possível aos alunos com deficiência visual.

Orientação de mobilidade e de atividades da vida autônoma;

Para o Professor de AEE em relação à orientação de mobilidade e atividades da vida


autônoma, são necessários os seguintes conhecimentos:
Orientação de mobilidade:
Noções de orientação espacial: O professor deve compreender as noções básicas de
orientação espacial, como direção, distância, localização e orientação em relação ao
ambiente. Isso ajudará a fornecer instruções claras e precisas aos alunos, bem como a
promover sua autonomia na locomoção.
Técnicas de mobilidade: É importante conhecer e ensinar técnicas de mobilidade, como
o uso de bengalas, orientação por meio de pontos de referência, técnicas de navegação
em diferentes ambientes, uso de transporte público e outras estratégias para se deslocar
com segurança e independência.
Adaptação do ambiente: O professor pode ajudar na adaptação do ambiente escolar e
em outros locais frequentados pelos alunos, identificando possíveis obstáculos,
fornecendo orientações sobre acessibilidade e facilitando a criação de rotas seguras e
acessíveis.
Atividades da vida autônoma:
Habilidades de vida diária: O professor deve estar familiarizado com as habilidades de
vida diária, como higiene pessoal, alimentação, vestimenta, organização pessoal e gestão
do tempo. O ensino e o apoio nessas áreas ajudam a promover a independência dos alunos
em suas atividades cotidianas.
Estratégias de ensino de habilidades práticas: O professor pode utilizar estratégias de
ensino que envolvam a prática e a vivência das habilidades práticas, fornecendo
orientações passo a passo, modelos e oportunidades de prática para que os alunos
adquiram e desenvolvam essas habilidades.
Promoção da autodeterminação: O professor pode incentivar a autodeterminação e a
tomada de decisões, encorajando os alunos a assumir responsabilidades em suas
atividades da vida autônoma. Isso envolve proporcionar escolhas, promover a
independência e oferecer apoio adequado conforme necessário.
Além desses conhecimentos, é importante que o professor de AEE esteja atualizado sobre
as práticas e técnicas mais recentes relacionadas à orientação de mobilidade e atividades
da vida autônoma. Isso pode ser obtido por meio de cursos de capacitação, troca de
experiências com outros profissionais e atualização constante das melhores práticas na
área.

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Ao dominar esses conhecimentos, o professor de AEE estará preparado para apoiar os
alunos na aquisição de habilidades de mobilidade e autonomia, capacitando-os a se
deslocarem com segurança, a realizarem atividades da vida diária de forma independente
e a alcançarem maior autonomia em suas vidas.

Dos Recursos de tecnologia assistiva (incluindo os programas leitores e ampliadores


de tela para a informática acessível) para uso no ambiente escolar e no cotidiano do
educando.

Para o Professor de AEE em relação aos recursos de tecnologia assistiva, incluindo


programas leitores e ampliadores de tela para a informática acessível, são necessários os
seguintes conhecimentos:
Familiaridade com os recursos de tecnologia assistiva:
Conhecimento sobre os diferentes tipos de tecnologia assistiva disponíveis, como leitores
de tela, ampliadores de tela, softwares de reconhecimento de voz, teclados adaptados,
entre outros. Isso inclui entender como esses recursos funcionam e quais necessidades
eles podem atender para os alunos com deficiências específicas.
Conhecimento sobre os programas leitores e ampliadores de tela mais comuns, como o
NVDA (NonVisual Desktop Access), JAWS (Job Access With Speech) e ZoomText.
Compreender as funcionalidades desses programas permitirá ao professor orientar os
alunos na utilização adequada e eficaz dessas ferramentas.
Avaliação das necessidades e habilidades do aluno:
Saber como avaliar as necessidades específicas de cada aluno em relação à tecnologia
assistiva. Isso envolve observar suas habilidades, dificuldades e objetivos individuais, a
fim de selecionar os recursos mais adequados para atender às suas necessidades.
Trabalhar em colaboração com outros profissionais, como terapeutas ocupacionais,
fonoaudiólogos e especialistas em tecnologia assistiva, para obter informações e
orientações mais especializadas na avaliação das necessidades dos alunos em relação à
tecnologia assistiva.
Adaptação e uso dos recursos de tecnologia assistiva:
Capacidade de adaptar materiais e recursos educacionais para uso com tecnologia
assistiva. Isso inclui converter documentos em formatos acessíveis, como textos digitais
ou braille, e configurar as opções de acessibilidade nos dispositivos eletrônicos utilizados
pelos alunos.
Saber como orientar os alunos no uso adequado e eficiente dos recursos de tecnologia
assistiva, fornecendo suporte técnico e instruções claras sobre como utilizar os programas
leitores e ampliadores de tela, por exemplo.

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Manter-se atualizado sobre as atualizações e avanços na área da tecnologia assistiva,
participando de formações, workshops e conferências que abordem as últimas tendências
e novidades nesse campo.
Ao possuir esses conhecimentos, o professor de AEE estará apto a identificar, avaliar e
orientar os alunos no uso dos recursos de tecnologia assistiva, incluindo programas
leitores e ampliadores de tela. Isso permitirá que os alunos tenham acesso a uma educação
inclusiva e participem plenamente das atividades escolares e do cotidiano, garantindo
maior autonomia e oportunidades de aprendizagem.

Recursos de tecnologias assistivas para mobilidade.

Para o Professor de AEE em relação aos recursos de tecnologias assistivas para


mobilidade, são necessários os seguintes conhecimentos:
Familiaridade com os recursos de tecnologia assistiva para mobilidade:
Conhecimento sobre os diferentes tipos de recursos de tecnologia assistiva disponíveis
para auxiliar na mobilidade de pessoas com deficiência, como cadeiras de rodas
motorizadas, bengalas especiais, próteses e órteses, scooters de mobilidade, entre outros.
Isso inclui entender como esses recursos funcionam, quais necessidades eles podem
atender e quais são os critérios para seleção e indicação adequada.
Avaliação das necessidades e habilidades do aluno:
Saber como avaliar as necessidades específicas de mobilidade de cada aluno,
considerando fatores como tipo e grau de deficiência, habilidades motoras, ambiente em
que ele irá se deslocar e suas metas individuais. Isso envolve observar a mobilidade atual
do aluno, identificar as dificuldades encontradas e determinar quais recursos de
tecnologia assistiva podem ser mais adequados para melhorar sua mobilidade.
Orientação e treinamento no uso dos recursos de tecnologia assistiva para
mobilidade:
Capacidade de orientar e treinar os alunos no uso adequado e seguro dos recursos de
tecnologia assistiva para mobilidade. Isso inclui ensinar técnicas corretas de uso,
manutenção e cuidado dos equipamentos, além de fornecer instruções sobre como superar
obstáculos e desafios comuns encontrados durante a locomoção.
Trabalhar em colaboração com profissionais especializados em mobilidade, como
fisioterapeutas, terapeutas ocupacionais e especialistas em tecnologia assistiva, para obter
informações e orientações mais especializadas na avaliação e treinamento do uso desses
recursos.
Acessibilidade e adaptação do ambiente:
Conhecimento sobre as necessidades de acessibilidade e adaptação do ambiente físico
para garantir a mobilidade segura e eficiente dos alunos. Isso inclui a compreensão dos
princípios de desenho universal e a capacidade de identificar e sugerir modificações e

30
adaptações no ambiente escolar e em outros locais frequentados pelos alunos, como
rampas de acesso, corrimãos, pisos táteis, entre outros.
Ao possuir esses conhecimentos, o professor de AEE estará preparado para identificar,
avaliar e orientar os alunos no uso adequado dos recursos de tecnologia assistiva para
mobilidade. Isso permitirá que os alunos tenham maior independência e autonomia na
locomoção, garantindo sua participação plena em atividades escolares e cotidianas.

Sobre acessibilidade dos materiais pedagógicos e audiodescrição.

Para o Professor de AEE em relação à acessibilidade dos materiais pedagógicos e à


audiodescrição, são necessários os seguintes conhecimentos:
Conhecimento sobre acessibilidade e legislação:
Familiaridade com os princípios e conceitos de acessibilidade, incluindo as diretrizes e
normas legais relacionadas à acessibilidade de materiais pedagógicos. Isso envolve
conhecer a legislação específica do seu país ou região que trata da inclusão e
acessibilidade de pessoas com deficiência, como a Lei Brasileira de Inclusão (Lei nº
13.146/2015) no Brasil.
Compreender as diretrizes e padrões de acessibilidade, como as estabelecidas pelo
WCAG (Web Content Accessibility Guidelines), que fornecem orientações técnicas para
garantir a acessibilidade digital de materiais online.
Adaptação de materiais pedagógicos:
Capacidade de adaptar materiais pedagógicos para atender às necessidades dos alunos
com deficiência. Isso inclui a conversão de formatos de texto, como Braille ou texto
ampliado para alunos com deficiência visual, e a criação de versões acessíveis de
documentos digitais, como textos em formato acessível, legendas em vídeos e descrições
de imagens.
Conhecimento sobre recursos tecnológicos que podem auxiliar na adaptação de materiais,
como softwares de OCR (Optical Character Recognition) para converter texto impresso
em texto digital acessível e softwares de legendagem e audiodescrição para adicionar
elementos de acessibilidade a materiais audiovisuais.
Conhecimento sobre audiodescrição:
Compreensão do conceito e importância da audiodescrição como recurso de
acessibilidade para pessoas com deficiência visual. Isso inclui conhecer as diretrizes e
boas práticas para a produção de audiodescrição, como a descrição objetiva de elementos
visuais, a sincronização adequada com o conteúdo audiovisual e a linguagem adequada
para transmitir informações visuais de forma clara e concisa.
Capacidade de criar ou selecionar materiais audiovisuais adequados para a
audiodescrição, como vídeos educacionais, filmes ou apresentações multimídia, e

31
implementar a audiodescrição de forma eficaz para garantir o acesso igualitário ao
conteúdo.
Colaboração com profissionais especializados:
Trabalhar em colaboração com profissionais especializados em acessibilidade, como
audiodescritores, intérpretes de Libras (Língua Brasileira de Sinais), especialistas em
tecnologia assistiva e profissionais de mídia acessível. Isso permite obter orientações
especializadas, compartilhar conhecimentos e garantir a qualidade e eficácia dos
materiais adaptados e das audiodescrições.
Ao possuir esses conhecimentos, o professor de AEE estará preparado para tornar os
materiais pedagógicos mais acessíveis aos alunos com deficiência, seja por meio da
adaptação de formatos, como Braille ou ampliação de texto, ou por meio da
implementação de recursos de acessibilidade, como audiodescrição em materiais
audiovisuais. Isso promoverá a inclusão e participação plena dos alunos com deficiência
no processo de ensino-aprendizagem.

De materiais e recursos específicos, de acordo com as necessidades do estudante com


baixa visão/visão subnormal ou cegueira.

Para o Professor de AEE em relação aos materiais e recursos específicos para estudantes
com baixa visão/visão subnormal ou cegueira, são necessários os seguintes
conhecimentos:
Conhecimento sobre as características da baixa visão/visão subnormal e da
cegueira:
Compreender as particularidades e desafios enfrentados por estudantes com baixa
visão/visão subnormal ou cegueira, incluindo as limitações na acuidade visual, campo
visual, percepção de cores e contraste. Isso permitirá ao professor adaptar os materiais e
recursos de acordo com as necessidades específicas de cada aluno.
Familiaridade com recursos e materiais específicos:
Conhecer os recursos e materiais específicos disponíveis para auxiliar estudantes com
baixa visão/visão subnormal ou cegueira. Isso inclui a compreensão dos diferentes tipos
de auxílios ópticos, como lentes de aumento, lupas eletrônicas e telescópios, bem como
recursos de tecnologia assistiva, como softwares de ampliação de tela, leitores de tela e
dispositivos de entrada tátil, como teclados em Braille.
Estar atualizado sobre as tecnologias e aplicativos acessíveis para dispositivos móveis,
como tablets e smartphones, que podem oferecer suporte à leitura e ao acesso a
informações para estudantes com baixa visão/visão subnormal ou cegueira.
Adaptação de materiais impressos:
Ter habilidades na adaptação de materiais impressos para estudantes com baixa
visão/visão subnormal. Isso inclui a utilização de técnicas como aumento de fonte,

32
alteração de contraste, utilização de fontes e cores adequadas, além de estratégias para
organizar e estruturar o conteúdo para facilitar a leitura.
Conhecer os recursos de produção de materiais em Braille e ter a capacidade de
transcrever ou adquirir materiais em Braille quando necessário.
Colaboração com profissionais especializados:
Trabalhar em parceria com profissionais especializados, como oftalmologistas,
especialistas em baixa visão/visão subnormal, especialistas em tecnologia assistiva e
outros profissionais da área da saúde. Essa colaboração é importante para obter
orientações e suporte específico para atender às necessidades individuais dos estudantes
com baixa visão/visão subnormal ou cegueira.
Ao possuir esses conhecimentos, o professor de AEE estará preparado para identificar,
selecionar e adaptar os materiais e recursos necessários para apoiar os estudantes com
baixa visão/visão subnormal ou cegueira. Isso garantirá que esses estudantes tenham
acesso igualitário ao currículo, possam participar ativamente das atividades educacionais
e desenvolver habilidades acadêmicas e sociais de forma eficaz.

Do desenvolvimento do tato ativo, para apoiar o educando em explorar o manuseio


de objetos concretos e conhecimento de formas tridimensionais;

Para o Professor de AEE em relação ao desenvolvimento do tato ativo e apoio ao


educando na exploração do manuseio de objetos concretos e conhecimento de formas
tridimensionais, são necessários os seguintes conhecimentos:
Conhecimento sobre o desenvolvimento tátil:
Compreender o desenvolvimento do sentido do tato e a importância do tato ativo no
aprendizado e na exploração do ambiente. Isso inclui conhecer as diferentes etapas do
desenvolvimento tátil em crianças e jovens, desde a exploração inicial de objetos até a
discriminação de texturas, formas e propriedades dos objetos tridimensionais.
Familiaridade com materiais e recursos táteis:
Conhecer os diferentes tipos de materiais táteis disponíveis para apoiar a exploração tátil,
como objetos com diferentes texturas, quebra-cabeças táteis, figuras geométricas em
relevo e modelos tridimensionais. Isso inclui estar atualizado sobre os recursos e materiais
pedagógicos disponíveis no mercado, bem como saber adaptar e criar materiais táteis de
acordo com as necessidades dos educandos.
Habilidades de ensino e orientação:
Ter habilidades em orientar os educandos no uso adequado do tato para explorar objetos
concretos e formas tridimensionais. Isso inclui fornecer instruções claras sobre como
tocar, explorar e manipular os objetos, bem como incentivar a descrição tátil dos objetos
e suas características.

33
Saber criar atividades e experiências de aprendizagem que envolvam o uso do tato ativo,
promovendo a exploração tátil, a discriminação de formas e texturas, e a compreensão de
conceitos espaciais e tridimensionais.
Colaboração com profissionais especializados:
Trabalhar em parceria com terapeutas ocupacionais, especialistas em deficiência visual e
outros profissionais especializados em estimulação tátil. Essa colaboração permitirá obter
orientações e estratégias específicas para o desenvolvimento do tato ativo e o uso
adequado de materiais e recursos táteis.
Ao possuir esses conhecimentos, o professor de AEE estará preparado para apoiar os
educandos na exploração tátil de objetos concretos e no conhecimento de formas
tridimensionais. Isso promoverá o desenvolvimento sensorial, cognitivo e perceptivo dos
educandos, permitindo-lhes compreender melhor o mundo ao seu redor, explorar
conceitos espaciais e tridimensionais, e participar de atividades educacionais de forma
mais independente e significativa.

De materiais didático-pedagógicos, recursos de acessibilidade, elaboração de plano


de atendimento individualizado, para favorecer a autonomia dos estudantes com
baixa visão/visão subnormal ou cegueira.

Para o Professor de AEE em relação aos materiais didático-pedagógicos, recursos de


acessibilidade e elaboração de plano de atendimento individualizado (PAI) para
estudantes com baixa visão/visão subnormal ou cegueira, são necessários os seguintes
conhecimentos:
Conhecimento sobre as necessidades específicas dos estudantes com baixa
visão/visão subnormal ou cegueira:
Compreender as características da baixa visão/visão subnormal ou cegueira e as
limitações visuais associadas a essas condições. Isso inclui conhecer os diferentes níveis
de acuidade visual, a capacidade de discriminação de cores e a influência da iluminação
no desempenho visual dos estudantes.
Entender as necessidades individuais dos estudantes, suas habilidades visuais
remanescentes e as estratégias de compensação visual que podem utilizar.
Familiaridade com materiais e recursos de acessibilidade:
Conhecer os diferentes materiais didático-pedagógicos e recursos de acessibilidade
disponíveis para estudantes com baixa visão/visão subnormal ou cegueira. Isso inclui a
utilização de materiais com alto contraste, ampliação de fontes, materiais em Braille,
gráficos táteis, dispositivos de tecnologia assistiva, como leitores de tela, lupas
eletrônicas, softwares de ampliação de tela e programas de conversão de texto em voz.
Estar atualizado sobre as tecnologias e aplicativos acessíveis para dispositivos móveis,
como tablets e smartphones, que podem oferecer suporte ao acesso a informações e ao
aprendizado para estudantes com baixa visão/visão subnormal ou cegueira.

34
Habilidades na adaptação de materiais e elaboração do PAI:
Ter habilidades na adaptação de materiais didáticos para torná-los acessíveis aos
estudantes com baixa visão/visão subnormal ou cegueira. Isso inclui a utilização de
técnicas como aumento de fonte, alteração de contraste, disponibilização de materiais em
Braille ou formatos digitais acessíveis, e a adaptação de atividades e tarefas de acordo
com as necessidades individuais.
Saber elaborar o Plano de Atendimento Individualizado (PAI), que é um documento que
identifica as adaptações, recursos e estratégias necessárias para atender às necessidades
educacionais dos estudantes com baixa visão/visão subnormal ou cegueira. Isso envolve
colaborar com a equipe pedagógica, familiares e outros profissionais envolvidos para
garantir que o PAI seja individualizado e aborde as necessidades específicas do estudante.
Colaboração com profissionais especializados:
Trabalhar em parceria com oftalmologistas, especialistas em baixa visão/visão subnormal
ou cegueira, terapeutas ocupacionais, profissionais de tecnologia assistiva e outros
profissionais especializados. Essa colaboração é importante para obter orientações e
apoio específico, bem como para garantir a implementação adequada do PAI e o uso
correto dos recursos de acessibilidade.
Ao possuir esses conhecimentos, o professor de AEE estará preparado para identificar,
selecionar e adaptar os materiais didático-pedagógicos, bem como elaborar o Plano de
Atendimento Individualizado (PAI) para estudantes com baixa visão/visão subnormal ou
cegueira. Isso permitirá favorecer a autonomia dos estudantes, garantindo seu acesso
igualitário à informação e ao aprendizado, além de proporcionar um ambiente inclusivo
que atenda às suas necessidades específicas. Através desses recursos e estratégias, os
estudantes com baixa visão/visão subnormal ou cegueira poderão participar plenamente
das atividades educacionais, desenvolver suas habilidades e alcançar seu potencial
máximo.

2.3.1. CAPACIDADES

Identificar aspectos característicos da cegueira ou deficiência visual


Além dos aspectos característicos da cegueira ou deficiência visual, uma capacidade
importante a ser considerada é a habilidade de desenvolver a percepção tátil. A percepção
tátil refere-se à capacidade de interpretar informações através do sentido do tato e explorar
o ambiente por meio do toque. Essa habilidade é especialmente relevante para pessoas
com deficiência visual, pois desempenha um papel fundamental na obtenção de
informações sobre objetos, texturas, formas e espaços.
Ao desenvolver a percepção tátil, as pessoas com deficiência visual podem adquirir uma
compreensão mais detalhada e precisa do mundo ao seu redor, identificar objetos,
reconhecer diferentes texturas e superfícies, e até mesmo ler Braille por meio do tato.
Essa capacidade permite que elas explorem e interajam com o ambiente de maneira
independente, facilitando a realização de tarefas cotidianas e promovendo a autonomia.

35
Portanto, o desenvolvimento da percepção tátil é um aspecto importante a ser considerado
no contexto da cegueira ou deficiência visual, e os professores de AEE podem
desempenhar um papel fundamental ao criar oportunidades de exploração tátil, oferecer
materiais adaptados e promover atividades que estimulem e aprimorem essa capacidade
nos estudantes com deficiência visual.

Reconhecer as reações e respostas pedagógicas e formas de promoção da


acessibilidade escolar.
Além das reações e respostas pedagógicas e formas de promoção da acessibilidade
escolar, uma capacidade importante a ser considerada é a empatia. A empatia é a
capacidade de se colocar no lugar do outro, compreender suas emoções, perspectivas e
necessidades. No contexto da inclusão escolar e da promoção da acessibilidade, a empatia
desempenha um papel fundamental.
Ao reconhecer as reações e respostas pedagógicas adequadas, os professores de AEE
precisam ser capazes de se colocar no lugar dos estudantes com deficiência, compreender
suas experiências e desafios, e adaptar suas abordagens e estratégias de ensino de acordo.
A empatia permite que os professores percebam as necessidades individuais dos
estudantes e desenvolvam soluções inclusivas, criando um ambiente escolar acolhedor e
acessível para todos.
A empatia também está relacionada à sensibilidade e ao respeito pela diversidade.
Reconhecer as diferentes formas de deficiência e entender que cada estudante é único,
com suas próprias habilidades e desafios, é essencial para criar um ambiente inclusivo. A
empatia ajuda os professores de AEE a adotar uma abordagem centrada no estudante,
valorizando suas experiências e promovendo sua participação ativa na aprendizagem e na
vida escolar.
Portanto, a capacidade de empatia é fundamental para os professores de AEE ao lidar
com as reações e respostas pedagógicas, bem como na promoção da acessibilidade
escolar. Ela permite que os professores compreendam e atendam às necessidades dos
estudantes de forma individualizada, criando um ambiente inclusivo, acolhedor e que
valorize a diversidade.

Desenvolver plano de atendimento individualizado, acessibilidade curricular e


avaliação adequada às características individuais.

Além do desenvolvimento de plano de atendimento individualizado, acessibilidade


curricular e avaliação adequada às características individuais, uma capacidade importante
a ser considerada é a flexibilidade. A flexibilidade pedagógica refere-se à capacidade do
professor de adaptar sua abordagem, métodos de ensino e estratégias de avaliação para
atender às necessidades individuais dos estudantes.

36
Cada estudante é único, com suas próprias habilidades, ritmos de aprendizagem, estilos
de comunicação e formas de processar informações. Portanto, os professores de AEE
precisam ser flexíveis e capazes de ajustar o planejamento e a implementação do currículo
de acordo com as necessidades e características de cada estudante.
Isso envolve adaptar materiais didáticos, utilizar diferentes estratégias de ensino, oferecer
suporte individualizado, proporcionar opções de avaliação acessíveis e considerar as
preferências de aprendizagem dos estudantes. A flexibilidade pedagógica permite que os
professores atendam às necessidades específicas de cada estudante, respeitando suas
diferenças e promovendo um ambiente inclusivo.
Além disso, a flexibilidade também se aplica à colaboração com outros profissionais,
famílias e equipe pedagógica. Os professores de AEE precisam estar abertos a parcerias,
trocas de informações e trabalho em equipe, buscando soluções conjuntas para melhor
atender às necessidades dos estudantes.
Portanto, a capacidade de flexibilidade é essencial para o desenvolvimento de planos de
atendimento individualizado, implementação de acessibilidade curricular e realização de
avaliações adequadas às características individuais dos estudantes. Ela permite que os
professores ajustem suas práticas de ensino e ofereçam suporte personalizado, garantindo
que todos os estudantes tenham oportunidades igualitárias de aprendizagem e
desenvolvimento.

37
2.4. DEFICIÊNCIA INTELECTUAL (DI) CONHECIMENTOS

De pressupostos teóricos do desenvolvimento humano e o papel desempenhado por


processos de aprendizagens escolares nos avanços cognitivos do estudante com
deficiência intelectual.
Para o Professor de AEE, é importante ter conhecimentos sobre os pressupostos teóricos
do desenvolvimento humano e compreender o papel desempenhado pelos processos de
aprendizagem escolar nos avanços cognitivos do estudante com deficiência intelectual.
Alguns conhecimentos relevantes incluem:
Teorias do desenvolvimento: Familiaridade com teorias como a Teoria do
Desenvolvimento Cognitivo de Piaget, a Teoria Socioconstrutivista de Vygotsky e outras
abordagens que explicam o desenvolvimento humano. Essas teorias ajudam a
compreender as etapas do desenvolvimento cognitivo e como os estudantes com
deficiência intelectual podem progredir em suas habilidades cognitivas.
Características da deficiência intelectual: Compreensão das características da
deficiência intelectual e suas implicações no desenvolvimento e aprendizagem dos
estudantes. Isso inclui conhecer as limitações intelectuais, as dificuldades na resolução de
problemas, a necessidade de apoio adaptado e individualizado, entre outros aspectos.
Processos de aprendizagem: Conhecimento sobre os processos de aprendizagem e como
eles podem ser adaptados para atender às necessidades dos estudantes com deficiência
intelectual. Isso inclui estratégias de ensino diferenciadas, uso de recursos visuais e
concretos, quebra de tarefas complexas em etapas menores e reforço positivo para
incentivar o aprendizado.
Avaliação e intervenção pedagógica: Capacidade de realizar avaliações adequadas para
identificar o nível de desenvolvimento cognitivo dos estudantes com deficiência
intelectual e planejar intervenções pedagógicas específicas. Isso envolve a utilização de
instrumentos e técnicas de avaliação apropriadas e o desenvolvimento de planos de ensino
individualizados, considerando as necessidades e potencialidades de cada estudante.
Inclusão e adaptação curricular: Familiaridade com estratégias de inclusão e adaptação
curricular para garantir que os estudantes com deficiência intelectual tenham acesso ao
currículo escolar e possam desenvolver suas habilidades cognitivas. Isso envolve a
identificação de ajustes necessários, o uso de recursos de apoio, a promoção de uma
comunicação clara e o estabelecimento de metas realistas.
Ter esses conhecimentos permite que o Professor de AEE compreenda o processo de
desenvolvimento e aprendizagem dos estudantes com deficiência intelectual e possa
planejar e implementar estratégias pedagógicas eficazes para promover seu avanço
cognitivo. Isso inclui a criação de um ambiente de aprendizagem inclusivo, adaptado e
estimulante, que respeite as características individuais dos estudantes e promova seu
pleno desenvolvimento.

38
De materiais didático-pedagógicos, recursos de acessibilidade, elaboração de plano
de atendimento individualizado, para favorecer a autonomia dos estudantes.

Para o Professor de AEE, é fundamental possuir conhecimentos relacionados aos


materiais didático-pedagógicos, recursos de acessibilidade e elaboração de planos de
atendimento individualizado (PAI) com o objetivo de favorecer a autonomia dos
estudantes. Alguns conhecimentos relevantes para esse tema incluem:
Materiais didático-pedagógicos: Ter conhecimento sobre os diferentes tipos de materiais
didáticos e pedagógicos disponíveis e saber como selecionar e adaptá-los de acordo com
as necessidades dos estudantes. Isso envolve a identificação de recursos visuais,
auditivos, táteis e interativos que possam auxiliar no processo de aprendizagem e no
desenvolvimento da autonomia dos estudantes.
Recursos de acessibilidade: Estar familiarizado com os recursos de acessibilidade
disponíveis, como softwares de leitura de tela, ampliadores de tela, teclados adaptados,
sistemas de comunicação alternativa e aumentativa, entre outros. Esses recursos podem
ser utilizados para tornar o ambiente e os materiais educacionais mais acessíveis aos
estudantes, permitindo que eles participem ativamente das atividades escolares e
promovendo sua autonomia.
Elaboração de Plano de Atendimento Individualizado (PAI): Ter habilidade na
elaboração de PAIs, que são documentos que descrevem as necessidades, objetivos,
estratégias e recursos específicos para atender às demandas dos estudantes com
deficiência. Isso envolve a identificação das habilidades a serem desenvolvidas, o
planejamento de atividades adequadas ao nível de desenvolvimento dos estudantes e a
definição de metas realistas para promover sua autonomia.
Adaptação curricular: Ter conhecimento sobre estratégias de adaptação curricular, que
consistem em ajustar o currículo escolar para atender às necessidades individuais dos
estudantes. Isso pode envolver a simplificação de conteúdos, a oferta de suportes visuais
e táteis, a utilização de linguagem clara e acessível, a organização do ambiente escolar de
forma inclusiva, entre outros aspectos.
Colaboração e trabalho em equipe: Ter habilidades de colaboração e trabalho em
equipe, uma vez que o trabalho do Professor de AEE envolve a interação com outros
profissionais da educação, familiares e a equipe pedagógica. A troca de informações, a
cooperação e o alinhamento de estratégias são essenciais para garantir a efetividade do
plano de atendimento individualizado e o favorecimento da autonomia dos estudantes.
Ao dominar esses conhecimentos, o Professor de AEE estará preparado para oferecer
suporte adequado aos estudantes, promovendo sua autonomia e participação ativa no
ambiente escolar. O uso de materiais didático-pedagógicos acessíveis e a elaboração de
um plano de atendimento individualizado são elementos fundamentais para criar um
ambiente inclusivo e favorecer o desenvolvimento e aprendizagem dos estudantes com
deficiência.

39
De materiais didáticos facilitadores da aprendizagem como alternativas.

Para o Professor de AEE, é importante ter conhecimentos relacionados aos materiais


didáticos facilitadores da aprendizagem como alternativas. Alguns conhecimentos
relevantes para esse tema incluem:
Diversidade de materiais: Ter conhecimento sobre a variedade de materiais didáticos
disponíveis, incluindo materiais manipulativos, recursos visuais, jogos educativos,
tecnologias assistivas, entre outros. Compreender as características e possibilidades de
cada material permitirá ao professor selecionar aqueles mais adequados às necessidades
e habilidades dos estudantes.
Adaptação de materiais: Saber adaptar os materiais didáticos existentes para torná-los
mais acessíveis e adequados ao nível de desenvolvimento dos estudantes. Isso pode
envolver a simplificação de conteúdos, o uso de suportes visuais, a modificação de
tamanhos ou formas, a inclusão de recursos táteis, entre outras estratégias. A adaptação
dos materiais visa facilitar a compreensão, promover a participação ativa e a
aprendizagem dos estudantes.
Criatividade e inovação: Ter habilidade para desenvolver ou criar novos materiais
didáticos que sejam específicos para atender às necessidades dos estudantes. Isso pode
envolver a elaboração de jogos educativos adaptados, a criação de recursos visuais
personalizados, a utilização de tecnologias digitais para o desenvolvimento de atividades
interativas, entre outras práticas. A criatividade e a inovação permitem ao professor
diversificar as abordagens pedagógicas e engajar os estudantes de forma mais efetiva.
Conhecimento das áreas de conhecimento: Estar familiarizado com as diferentes áreas
de conhecimento, como linguagem, matemática, ciências, entre outras, e conhecer os
materiais didáticos específicos de cada área. Compreender como os conceitos e
habilidades são abordados em cada disciplina permitirá ao professor selecionar os
materiais adequados para promover a aprendizagem dos estudantes de forma
significativa.
Avaliação dos materiais: Ter a capacidade de avaliar a eficácia dos materiais didáticos
utilizados, observando o engajamento dos estudantes, a compreensão dos conteúdos e o
progresso em relação aos objetivos estabelecidos. Isso permite ao professor fazer ajustes
necessários nos materiais ou buscar alternativas mais adequadas, garantindo uma
aprendizagem efetiva.
Ao possuir esses conhecimentos, o Professor de AEE estará apto a selecionar, adaptar e
criar materiais didáticos que facilitem a aprendizagem dos estudantes com necessidades
educacionais especiais. Esses materiais podem oferecer suporte, estimular a participação
ativa, promover a compreensão dos conteúdos e criar oportunidades de aprendizagem
significativas para os estudantes.

40
Das habilidades básicas de autogestão e específicas, como ferramentas
imprescindíveis, inclusive para o mercado de trabalho.
Para o Professor de AEE, é importante ter conhecimentos relacionados às habilidades
básicas de autogestão e específicas, consideradas ferramentas imprescindíveis, inclusive
para o mercado de trabalho. Alguns conhecimentos relevantes para esse tema incluem:
Identificação das habilidades de autogestão: Ter conhecimento das habilidades básicas
de autogestão, como organização, planejamento, autodisciplina, cumprimento de prazos,
tomada de decisões e resolução de problemas. Compreender a importância e o impacto
dessas habilidades no desenvolvimento pessoal e profissional dos estudantes permitirá ao
professor enfatizá-las durante as atividades educacionais.
Estratégias de ensino: Conhecer estratégias de ensino que promovam o desenvolvimento
das habilidades de autogestão. Isso inclui orientar os estudantes na criação de rotinas e
agendas, ensinar técnicas de organização e planejamento, incentivar a autorregulação do
comportamento, estimular a tomada de decisões e a resolução de problemas, entre outras
abordagens. O professor deve fornecer apoio e orientação adequados para que os
estudantes desenvolvam essas habilidades de forma efetiva.
Aplicação prática: Saber como promover a aplicação prática das habilidades de
autogestão no contexto escolar e na vida cotidiana dos estudantes. Isso pode envolver a
realização de atividades que exijam organização e planejamento, a definição de metas e
o acompanhamento do progresso, a criação de situações em que os estudantes tenham que
tomar decisões e resolver problemas, entre outras práticas. O professor deve proporcionar
oportunidades para que os estudantes experimentem e aprimorem suas habilidades de
autogestão.
Transição para o mercado de trabalho: Estar ciente das habilidades específicas de
autogestão necessárias para o sucesso no mercado de trabalho. Isso inclui habilidades de
comunicação, trabalho em equipe, pensamento crítico, adaptabilidade, gerenciamento do
tempo e do estresse, entre outras. O professor deve orientar os estudantes sobre essas
habilidades e promover atividades que as desenvolvam, preparando-os para a transição
para o mundo profissional.
Parceria com profissionais especializados: Colaborar com profissionais especializados,
como psicólogos, orientadores vocacionais ou consultores de carreira, que possam
fornecer orientação adicional sobre as habilidades de autogestão necessárias para o
mercado de trabalho. Essa parceria pode ajudar o professor a obter conhecimentos mais
aprofundados sobre o assunto e a oferecer um suporte mais abrangente aos estudantes.
Ao possuir esses conhecimentos, o Professor de AEE estará apto a trabalhar o
desenvolvimento das habilidades de autogestão dos estudantes, preparando-os não apenas
para o ambiente escolar, mas também para os desafios e demandas do mercado de
trabalho. Essas habilidades são essenciais para promover a autonomia, a independência e
o sucesso futuro dos estudantes.

41
Estratégias pedagógicas com base no DUA (Desenvolvimento Universal para
aprendizagem) e acessibilidade curricular;

Para o Professor de AEE, é importante ter conhecimentos relacionados às estratégias


pedagógicas com base no DUA (Desenvolvimento Universal para Aprendizagem) e
acessibilidade curricular. Alguns conhecimentos relevantes para esse tema incluem:
Compreensão do DUA: O professor deve estar familiarizado com os princípios e
conceitos do DUA, que é um framework que busca garantir a aprendizagem efetiva de
todos os estudantes, incluindo aqueles com deficiências ou dificuldades de aprendizagem.
Isso envolve a compreensão dos três princípios fundamentais do DUA: representação,
engajamento e ação e expressão.
Adaptação curricular: O professor deve ter conhecimentos sobre como adaptar o
currículo regular para atender às necessidades individuais dos estudantes. Isso inclui
identificar os objetivos de aprendizagem essenciais e selecionar estratégias pedagógicas
flexíveis que permitam que os estudantes se envolvam e demonstrem seu aprendizado de
maneiras diversas. O professor deve buscar alternativas para apresentar a informação,
tornar as atividades mais acessíveis e proporcionar diferentes formas de avaliação.
Uso de recursos e tecnologias: O professor deve estar atualizado sobre os recursos e
tecnologias disponíveis que podem apoiar a acessibilidade curricular. Isso inclui recursos
de tecnologia assistiva, como softwares leitores de tela, ampliadores de tela e
comunicadores alternativos, que podem ser utilizados para promover o acesso à
informação e a participação dos estudantes. O professor deve conhecer as possibilidades
e limitações dessas ferramentas e saber como utilizá-las de forma eficaz.
Estratégias de ensino diferenciadas: O professor deve ser capaz de desenvolver
estratégias pedagógicas diferenciadas que atendam às diversas necessidades dos
estudantes. Isso pode envolver o uso de materiais e recursos adaptados, a criação de
atividades práticas e concretas, o estímulo ao trabalho em grupo e a individualização do
ensino, levando em consideração os interesses e habilidades de cada estudante.
Colaboração com a equipe pedagógica: O professor deve estar preparado para
colaborar com a equipe pedagógica, incluindo professores de sala de aula regular, outros
profissionais de AEE e especialistas em tecnologia assistiva. A troca de informações e a
colaboração mútua são fundamentais para o desenvolvimento de estratégias pedagógicas
eficazes e para garantir a acessibilidade curricular para todos os estudantes.
Atualização constante: O professor deve buscar se manter atualizado sobre as melhores
práticas e as pesquisas na área de DUA e acessibilidade curricular. Isso pode ser feito por
meio de cursos de formação, participação em workshops e seminários, leitura de
publicações especializadas e trocas de experiências com outros profissionais da área. O
conhecimento atualizado permitirá ao professor oferecer suporte adequado e efetivo aos
estudantes.

42
Ao possuir esses conhecimentos, o Professor de AEE estará preparado para aplicar
estratégias pedagógicas baseadas no DUA e promover a acessibilidade curricular para
todos os estudantes, garantindo que cada um tenha a oportunidade de aprender e se
desenvolver plenamente. Além disso, o professor estará apto a identificar as necessidades
individuais dos estudantes e elaborar planos de intervenção personalizados, utilizando
materiais didáticos e recursos de acessibilidade adequados. Com essa abordagem
inclusiva, o professor poderá promover a autonomia dos estudantes, ajudando-os a
adquirir habilidades fundamentais para sua vida acadêmica, profissional e pessoal. A
constante atualização e colaboração com outros profissionais também são essenciais para
aprimorar as práticas pedagógicas e garantir o sucesso educacional de todos os estudantes.

As Inteligências Múltiplas e as diferentes formas do desenvolvimento da


aprendizagem;
Para o Professor de AEE, é importante ter conhecimentos relacionados às Inteligências
Múltiplas e as diferentes formas de desenvolvimento da aprendizagem. Alguns
conhecimentos relevantes para este tema incluem:
Teoria das Inteligências Múltiplas: O professor deve estar familiarizado com a teoria
proposta por Howard Gardner, que sugere a existência de diferentes tipos de inteligência,
incluindo linguística, lógico-matemática, espacial, musical, corporal-cinestésica,
interpessoal, intrapessoal e naturalista. Compreender essas diferentes inteligências
ajudará o professor a reconhecer e valorizar as habilidades e talentos individuais dos
estudantes.
Identificação das Inteligências Múltiplas: O professor deve ser capaz de identificar as
diferentes inteligências presentes em cada estudante. Isso pode ser feito por meio de
observação, análise de desempenho em atividades diversas e diálogos com o estudante e
sua família. Ao identificar as inteligências predominantes em cada estudante, o professor
poderá adaptar as estratégias pedagógicas e os recursos de ensino para atender às
necessidades individuais de aprendizagem.
Abordagem inclusiva e diversificada: O professor deve utilizar uma abordagem
inclusiva que reconheça e valorize as diversas formas de desenvolvimento da
aprendizagem. Isso envolve oferecer uma variedade de atividades e materiais que
abordem diferentes inteligências, permitindo que os estudantes explorem suas habilidades
e desenvolvam suas potencialidades.
Estratégias de ensino diferenciadas: O professor deve desenvolver estratégias
pedagógicas diferenciadas que sejam adequadas às diferentes inteligências presentes na
sala de aula. Isso pode incluir o uso de recursos visuais, auditivos, kinestésicos e
interativos, bem como a criação de projetos e atividades que estimulem as habilidades
específicas de cada inteligência.
Colaboração com outros profissionais: O professor deve estar aberto à colaboração
com outros profissionais, como psicólogos, pedagogos e terapeutas, para obter
orientações e estratégias adicionais relacionadas às Inteligências Múltiplas. Essa

43
colaboração pode contribuir para a criação de um ambiente de aprendizagem
enriquecedor e inclusivo.
Avaliação diferenciada: O professor deve desenvolver estratégias de avaliação que
considerem as diferentes inteligências dos estudantes. Isso envolve a utilização de
diferentes tipos de atividades avaliativas, como projetos, apresentações orais,
demonstrações práticas e produções artísticas, permitindo que os estudantes demonstrem
seu conhecimento e habilidades de maneiras diversas.
Ao possuir esses conhecimentos, o Professor de AEE estará preparado para reconhecer
as Inteligências Múltiplas e promover uma aprendizagem diversificada e inclusiva,
considerando as diferentes formas de desenvolvimento da aprendizagem de cada
estudante. Isso contribuirá para o engajamento, motivação e sucesso educacional de todos
os estudantes, permitindo que eles explorem e desenvolvam seus talentos e habilidades
de forma plena.

Elaborar planos de atuação tendo em vista as contribuições obtidas com os


profissionais da equipe pedagógica e da equipe responsável pela
habilitação/reabilitação do estudante;

Para o Professor de AEE, é importante possuir conhecimentos relacionados à elaboração


de planos de atuação que considerem as contribuições obtidas com os profissionais da
equipe pedagógica e da equipe responsável pela habilitação/reabilitação do estudante.
Alguns conhecimentos relevantes para este item incluem:
Compreensão das necessidades do estudante: O professor deve ter uma compreensão
clara das necessidades específicas do estudante, tanto em termos de suas habilidades e
dificuldades de aprendizagem, como também das necessidades relacionadas à habilitação
ou reabilitação. Isso pode envolver a análise de relatórios e avaliações, além de diálogos
com os profissionais da equipe de suporte.
Conhecimento dos recursos disponíveis: O professor deve estar ciente dos recursos
disponíveis para apoiar o estudante, tanto na equipe pedagógica como na equipe de
habilitação/reabilitação. Isso pode incluir materiais pedagógicos adaptados, estratégias de
ensino diferenciadas, equipamentos ou dispositivos de assistência, entre outros recursos
que possam auxiliar no processo de aprendizagem do estudante.
Colaboração interdisciplinar: O professor deve ser capaz de colaborar de forma efetiva
com os profissionais da equipe pedagógica e da equipe de habilitação/reabilitação. Isso
envolve o compartilhamento de informações relevantes, o estabelecimento de metas e
objetivos comuns e a discussão de estratégias e intervenções adequadas para o estudante.
Análise e adaptação de planos de ação: Com base nas contribuições obtidas, o professor
deve ser capaz de analisar e adaptar os planos de ação pedagógica existentes. Isso pode
envolver a revisão de estratégias de ensino, a modificação de atividades e materiais
didáticos, a implementação de suportes adicionais ou a realização de ajustes nas metas e
objetivos estabelecidos.

44
Monitoramento e avaliação contínua: O professor deve realizar um monitoramento
contínuo do progresso do estudante e avaliar a eficácia das intervenções implementadas.
Isso envolve a coleta de dados, a observação do desempenho do estudante e a revisão
periódica dos planos de ação. Com base nessas avaliações, o professor pode fazer ajustes
e adaptações necessárias para melhor atender às necessidades do estudante.
Comunicação efetiva: O professor deve ser capaz de comunicar-se de forma efetiva com
os membros da equipe pedagógica e da equipe de habilitação/reabilitação. Isso envolve a
troca de informações relevantes, a discussão de estratégias e intervenções, o
compartilhamento de observações e a colaboração na tomada de decisões relacionadas ao
desenvolvimento e aprendizagem do estudante.
Ao possuir esses conhecimentos, o Professor de AEE estará apto a elaborar planos de
atuação efetivos, considerando as contribuições obtidas com os profissionais da equipe
pedagógica e da equipe responsável pela habilitação/reabilitação do estudante. Essa
colaboração interdisciplinar contribuirá para o desenvolvimento global do estudante e
para o estabelecimento de estratégias de suporte adequadas, visando o seu sucesso
educacional e inclusão plena.

De jogos pedagógicos que estimulem, foco, concentração, habilidades linguísticas e


raciocínio matemático.
Para o Professor de AEE, é importante possuir conhecimentos relacionados aos jogos
pedagógicos que estimulam o foco, concentração, habilidades linguísticas e raciocínio
matemático. Alguns conhecimentos relevantes para este item incluem:
Conhecimento dos jogos pedagógicos: O professor deve estar familiarizado com
diferentes tipos de jogos pedagógicos que podem ser utilizados para estimular o foco,
concentração, habilidades linguísticas e raciocínio matemático dos estudantes. Isso inclui
conhecer os objetivos de cada jogo, as habilidades que podem ser desenvolvidas e as
estratégias de uso adequadas.
Seleção adequada de jogos: O professor deve ser capaz de selecionar os jogos adequados
para atender às necessidades e níveis de habilidade dos estudantes. Isso requer uma
compreensão das características individuais de cada aluno, bem como a capacidade de
adaptar ou modificar os jogos conforme necessário.
Adaptação dos jogos: Em alguns casos, pode ser necessário adaptar os jogos para atender
às necessidades dos estudantes com deficiência ou dificuldades específicas. O professor
deve ter conhecimento e habilidades para fazer essas adaptações, seja modificando as
regras, os materiais ou as estratégias de jogo, de forma a garantir a participação plena e o
engajamento dos estudantes.
Integração dos jogos no currículo: O professor deve ser capaz de identificar as
oportunidades de integrar os jogos pedagógicos no currículo regular, de forma a promover
a aprendizagem e o desenvolvimento dos estudantes. Isso requer uma compreensão dos

45
objetivos educacionais e das habilidades específicas que podem ser abordadas por meio
dos jogos.
Monitoramento do progresso: O professor deve ser capaz de monitorar o progresso dos
estudantes durante a utilização dos jogos pedagógicos, observando seu desempenho,
níveis de engajamento e habilidades desenvolvidas. Isso permite que o professor faça
ajustes e adaptações conforme necessário, garantindo que os jogos sejam efetivos e
atendam às necessidades individuais dos estudantes.
Avaliação do impacto dos jogos: O professor deve ser capaz de avaliar o impacto dos
jogos pedagógicos na aprendizagem e no desenvolvimento dos estudantes. Isso pode ser
feito por meio de observações, registros, avaliações formais ou informais, buscando
compreender como os jogos estão contribuindo para o desenvolvimento das habilidades-
alvo.
Ao possuir esses conhecimentos, o Professor de AEE estará apto a utilizar jogos
pedagógicos de forma eficaz, estimulando o foco, concentração, habilidades linguísticas
e raciocínio matemático dos estudantes. Esses jogos podem trazer motivação,
engajamento e um ambiente lúdico para a aprendizagem, contribuindo para o progresso
e o sucesso dos estudantes.

2.4.1.CAPACIDADES

Identificar a dificuldade de aprendizagem do (a) estudante com Deficiência


Intelectual, avaliar a sua necessidade educacional e reconhecer os apoios necessários
para sua efetiva participação nas atividades escolares. Elaborar Plano de
Atendimento Individualizado (PAI), a partir da avaliação pedagógica.
A capacidade associada a esse item é a habilidade de avaliação pedagógica. Para o
Professor de AEE, é fundamental ter conhecimentos sobre os processos de avaliação e
identificação das dificuldades de aprendizagem específicas do estudante com Deficiência
Intelectual. Isso inclui:
Conhecimento dos critérios de avaliação: O professor deve estar familiarizado com os
critérios de avaliação utilizados para identificar a dificuldade de aprendizagem do
estudante com Deficiência Intelectual. Isso envolve compreender as características e os
critérios diagnósticos dessa condição, bem como os indicadores de desempenho abaixo
do esperado para a faixa etária e nível de desenvolvimento do estudante.
Habilidades de observação e coleta de dados: O professor deve ser capaz de observar
o estudante em diferentes situações de aprendizagem e coletar dados relevantes sobre seu
desempenho acadêmico, comportamental e socioemocional. Isso pode incluir registros
escritos, anotações, amostras de trabalho, questionários e observações diretas.

46
Utilização de instrumentos e técnicas de avaliação: O professor deve ter
conhecimentos sobre os instrumentos e técnicas de avaliação adequados para identificar
as necessidades educacionais específicas do estudante com Deficiência Intelectual. Isso
pode envolver o uso de testes padronizados, escalas de avaliação, entrevistas,
questionários e outras ferramentas relevantes.
Análise e interpretação dos dados: O professor deve ser capaz de analisar e interpretar
os dados coletados durante o processo de avaliação. Isso implica em identificar padrões,
áreas de dificuldade, pontos fortes e necessidades do estudante, relacionando-os com as
características da Deficiência Intelectual e as demandas do ambiente escolar.
Elaboração do Plano de Atendimento Individualizado (PAI): Com base na avaliação
pedagógica, o professor deve ser capaz de elaborar um Plano de Atendimento
Individualizado (PAI) que contemple as necessidades educacionais específicas do
estudante com Deficiência Intelectual. Isso requer a identificação de metas, objetivos,
estratégias pedagógicas e recursos de apoio adequados para promover a participação
efetiva do estudante nas atividades escolares.
Ao dominar essas capacidades, o Professor de AEE estará apto a identificar a dificuldade
de aprendizagem do estudante com Deficiência Intelectual, avaliar suas necessidades
educacionais e desenvolver um Plano de Atendimento Individualizado (PAI) que seja
adequado e eficaz para promover a sua participação ativa e progresso acadêmico. Isso
contribui para uma educação inclusiva e de qualidade, que atenda às necessidades
individuais de cada estudante.

Identificar materiais didáticos facilitadores da aprendizagem como alternativas.


A capacidade associada a esse item é a habilidade de adaptação e criação de materiais
didáticos alternativos. Para o Professor de AEE, é importante ter conhecimentos sobre
diferentes tipos de materiais didáticos que possam ser utilizados como alternativas para
facilitar a aprendizagem do estudante com necessidades educacionais especiais. Isso
inclui:
Conhecimento sobre recursos didáticos adaptados: O professor deve estar
familiarizado com recursos didáticos adaptados, que são materiais especialmente
projetados para atender às necessidades individuais do estudante com deficiência ou
dificuldades de aprendizagem. Isso pode incluir materiais táteis, visuais, sonoros,
manipulativos, entre outros.
Habilidades de adaptação de materiais existentes: O professor deve ser capaz de
adaptar materiais didáticos convencionais, como livros, apostilas, atividades e jogos, para
torná-los mais acessíveis e adequados às necessidades do estudante. Isso pode envolver a
modificação de formatos, tamanhos de fonte, cores, recursos de áudio, entre outros.
Criatividade na criação de materiais alternativos: Além de adaptar materiais
existentes, o professor também pode desenvolver materiais didáticos alternativos do zero.
Isso requer criatividade e habilidades de design pedagógico para criar recursos que sejam
atrativos, envolventes e eficazes para o estudante.

47
Conhecimento sobre tecnologias assistivas: O professor deve estar atualizado sobre as
tecnologias assistivas disponíveis, como softwares educacionais, aplicativos, dispositivos
eletrônicos e recursos online, que possam ser utilizados como materiais didáticos
alternativos. Isso inclui o conhecimento sobre as funcionalidades e possibilidades de uso
dessas tecnologias.
Colaboração com outros profissionais e especialistas: O professor pode buscar
colaboração com outros profissionais, como terapeutas ocupacionais, fonoaudiólogos,
especialistas em tecnologia assistiva, para obter orientações e sugestões de materiais
didáticos alternativos adequados às necessidades do estudante.
Ao dominar essas capacidades, o Professor de AEE estará apto a identificar e utilizar
materiais didáticos facilitadores da aprendizagem como alternativas, personalizando o
processo educacional para atender às necessidades individuais do estudante. Isso
promove a inclusão, a motivação e o engajamento do estudante, possibilitando um
aprendizado significativo e efetivo.

Identificar habilidades básicas de autogestão e específicas, como ferramentas


imprescindíveis, inclusive para o mercado de trabalho.

A capacidade associada a este item é a habilidade de desenvolvimento de competências


socioemocionais. Para o Professor de AEE, é importante ter conhecimentos sobre as
habilidades básicas de autogestão e específicas, assim como as competências
socioemocionais necessárias para a autonomia e o sucesso dos estudantes, tanto na escola
quanto no mercado de trabalho. Além das habilidades básicas de autogestão, como
organização, planejamento, tomada de decisões e autorregulação, as competências
socioemocionais são essenciais para promover a adaptação e o enfrentamento de desafios,
bem como o desenvolvimento de relacionamentos positivos e a capacidade de trabalhar
em equipe.
Algumas das competências socioemocionais relevantes incluem:
Inteligência emocional: Capacidade de reconhecer, compreender e gerenciar as próprias
emoções e as emoções dos outros, desenvolvendo empatia, automotivação e habilidades
de regulação emocional.
Resiliência: Capacidade de lidar com adversidades, superar obstáculos, adaptar-se a
mudanças e recuperar-se de fracassos, desenvolvendo habilidades de enfrentamento e
persistência.
Habilidades sociais: Capacidade de estabelecer e manter relacionamentos saudáveis,
demonstrando habilidades de comunicação, cooperação, trabalho em equipe, respeito e
empatia.

48
Autoconhecimento: Capacidade de compreender as próprias habilidades, interesses,
valores e objetivos, desenvolvendo uma visão positiva de si mesmo e uma identidade
saudável.
Pensamento crítico e resolução de problemas: Capacidade de analisar situações, tomar
decisões informadas, resolver problemas complexos e pensar de forma criativa e
inovadora.
Autonomia e autorregulação: Capacidade de estabelecer metas, gerenciar o tempo,
autodirigir o aprendizado, assumir responsabilidade pelas próprias ações e tomar decisões
autônomas.
Ao desenvolver essas competências socioemocionais, os estudantes adquirem habilidades
essenciais para o mercado de trabalho, como o trabalho em equipe, a resolução de
problemas, a liderança, a comunicação efetiva e a adaptabilidade. O Professor de AEE
desempenha um papel fundamental ao oferecer apoio e orientação na identificação e
desenvolvimento dessas habilidades, proporcionando oportunidades de aprendizagem e
práticas que promovam a autogestão e o crescimento socioemocional dos estudantes. Isso
contribui para sua preparação para o futuro, possibilitando uma transição mais suave para
o mercado de trabalho e para uma vida independente e satisfatória.

Elaborar materiais para acessibilidade curricular e orientar os professores regentes


para a flexibilização de estratégias pedagógicas;
A capacidade associada a este item é a criatividade. A criatividade é uma capacidade
fundamental para o Professor de AEE ao elaborar materiais e recursos para a
acessibilidade curricular e ao orientar os professores regentes na flexibilização de
estratégias pedagógicas. A criatividade envolve a habilidade de pensar de forma original,
encontrar soluções inovadoras, adaptar-se a diferentes situações e criar experiências de
aprendizagem significativas e inclusivas para os estudantes com deficiência.
Ao desenvolver materiais para acessibilidade curricular, o Professor de AEE precisa ser
criativo na adaptação dos recursos educacionais, buscando alternativas e estratégias que
atendam às necessidades individuais dos estudantes. Isso pode envolver a criação de
materiais adaptados, o uso de tecnologia assistiva, a adaptação de textos, a produção de
recursos visuais ou táteis, entre outros.
Além disso, ao orientar os professores regentes para a flexibilização das estratégias
pedagógicas, o Professor de AEE precisa ser criativo na proposição de abordagens
diferenciadas que permitam o acesso e a participação plena dos estudantes com
deficiência nas atividades escolares. Isso inclui a adaptação de métodos de ensino, a
diversificação de recursos, a criação de atividades inclusivas e o estímulo à participação
ativa dos estudantes.
A criatividade também é essencial para encontrar soluções criativas para os desafios que
possam surgir no processo de ensino e aprendizagem, identificar oportunidades de
aprendizagem personalizadas e promover a inovação pedagógica. Através da criatividade,
o Professor de AEE pode criar um ambiente de aprendizagem estimulante e inclusivo,
que valorize as potencialidades dos estudantes e promova o seu desenvolvimento integral.

49
Portanto, a capacidade de ser criativo permite ao Professor de AEE ir além das abordagens
tradicionais e encontrar maneiras inovadoras de garantir a acessibilidade curricular e
promover a inclusão educacional. Isso contribui para criar um ambiente de aprendizagem
inclusivo, estimulante e enriquecedor para todos os estudantes, independentemente de
suas necessidades individuais.

Planejar e propor intervenções direcionadas para a promoção de avanços na


aprendizagem do estudante, considerando suas capacidades e potencialidades.

A capacidade associada a este item é a adaptabilidade. A adaptabilidade é uma capacidade


importante para o Professor de AEE ao planejar e propor intervenções direcionadas para
a promoção de avanços na aprendizagem do estudante com deficiência. A adaptabilidade
refere-se à habilidade de ajustar e modificar as estratégias de ensino e intervenções de
acordo com as necessidades individuais do estudante, levando em consideração suas
capacidades e potencialidades.
Cada estudante com deficiência é único, com suas próprias habilidades, interesses e
ritmos de aprendizagem. Portanto, o Professor de AEE precisa ser capaz de se adaptar e
personalizar suas intervenções para atender às necessidades específicas de cada estudante.
Isso envolve a flexibilidade para modificar abordagens, recursos e estratégias de ensino,
a fim de proporcionar um ambiente de aprendizagem efetivo e inclusivo.
A adaptabilidade também implica em estar aberto a novas informações e conhecimentos,
buscando constantemente atualizar-se sobre as melhores práticas e recursos disponíveis.
O Professor de AEE deve estar disposto a explorar diferentes abordagens pedagógicas,
tecnologias assistivas e recursos de acessibilidade, a fim de encontrar as melhores
soluções para promover avanços na aprendizagem do estudante.
Além disso, a adaptabilidade também está relacionada à capacidade de avaliar
constantemente o progresso do estudante e fazer ajustes nas intervenções, caso
necessário. O Professor de AEE deve ser capaz de observar e analisar o desempenho do
estudante, identificar possíveis dificuldades ou obstáculos e adaptar suas estratégias para
superá-los.
Em resumo, a adaptabilidade é uma capacidade essencial para o Professor de AEE ao
planejar e propor intervenções direcionadas para a promoção de avanços na aprendizagem
do estudante com deficiência. Essa capacidade permite ajustar e personalizar as
abordagens pedagógicas, recursos e estratégias de ensino, de forma a atender às
necessidades individuais do estudante e promover um ambiente de aprendizagem
inclusivo e efetivo.

50
Estimular o desenvolvimento das capacidades dos estudantes em estabelecer
interações simbólicas com o meio que o circunda, de forma a minimizar as barreiras
de natureza cognitiva impostas pela deficiência.

A capacidade associada a este item é a imaginação criativa. Estimular o desenvolvimento


das capacidades dos estudantes em estabelecer interações simbólicas com o meio que os
circunda envolve promover a imaginação criativa. A imaginação criativa refere-se à
capacidade de criar e utilizar a imaginação de forma inventiva e original.
Para os estudantes com deficiência, especialmente aqueles com dificuldades cognitivas,
a imaginação criativa pode desempenhar um papel importante na minimização das
barreiras cognitivas. Ela permite que os estudantes explorem diferentes formas de
representação, simbolização e expressão, mesmo que enfrentem limitações em suas
habilidades cognitivas.
Ao estimular a imaginação criativa, o Professor de AEE pode oferecer oportunidades para
que os estudantes desenvolvam suas capacidades de representar e compreender o mundo
ao seu redor, mesmo que de maneiras não convencionais. Isso pode ser feito por meio de
atividades que incentivem a criação de histórias, jogos imaginativos, brincadeiras
simbólicas, uso de materiais e recursos adaptados, entre outros.
A imaginação criativa permite que os estudantes explorem novas possibilidades,
experimentem diferentes perspectivas e expressem suas ideias de maneira única. Ela pode
ajudar a superar barreiras cognitivas, estimulando a criatividade, a resolução de
problemas e a flexibilidade cognitiva.
Além disso, a imaginação criativa também tem um impacto positivo no desenvolvimento
socioemocional dos estudantes, promovendo a autoexpressão, a autoconfiança e a
empatia.
Portanto, ao estimular o desenvolvimento das capacidades dos estudantes em estabelecer
interações simbólicas com o meio que os circunda, é importante valorizar e promover a
imaginação criativa como uma capacidade fundamental. Isso permite que os estudantes
com deficiência explorem e expressem suas ideias de maneira significativa, superando as
barreiras cognitivas e ampliando suas oportunidades de aprendizagem e participação.

Planejar intervenções que privilegiam avanços na compreensão geral do estudante,


por meio de proposições de variadas atividades de natureza linguístico-cognitivas.

A capacidade associada a este item é a habilidade de raciocínio abstrato. Ao planejar


intervenções que privilegiam avanços na compreensão geral do estudante por meio de
atividades linguístico-cognitivas, é importante considerar o desenvolvimento da
habilidade de raciocínio abstrato.
O raciocínio abstrato refere-se à capacidade de pensar de forma conceitual, simbólica e
não literal. Envolve a compreensão de ideias abstratas, a capacidade de fazer conexões

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entre conceitos e a habilidade de generalizar informações. É uma capacidade cognitiva
fundamental que permite aos estudantes compreender e manipular conceitos complexos.
Ao propor atividades linguístico-cognitivas, o Professor de AEE pode criar oportunidades
para que os estudantes desenvolvam seu raciocínio abstrato. Isso pode incluir atividades
como a resolução de problemas, a análise de textos, a interpretação de informações, a
identificação de padrões e a aplicação de conceitos em diferentes contextos.
Estimular o raciocínio abstrato promove o desenvolvimento das habilidades de
pensamento crítico, de análise e de síntese. Também ajuda os estudantes a ampliarem sua
compreensão do mundo ao seu redor, facilitando a assimilação de novas informações e o
desenvolvimento de capacidades de pensamento mais complexas.
Ao planejar intervenções que visam avanços na compreensão geral do estudante, é
importante considerar a promoção do raciocínio abstrato como uma capacidade-chave.
Isso proporciona aos estudantes a oportunidade de desenvolver habilidades cognitivas
mais avançadas, permitindo uma compreensão mais profunda e abrangente dos conteúdos
apresentados e facilitando sua participação efetiva nas atividades escolares.

Estimular e desafiar o estudante a enfrentar de forma ativa conflitos cognitivos


relacionados à construção de conceitos, e sua generalização progressiva para
diferentes contextos de aprendizagem.
A capacidade associada a este item é a metacognição.
A metacognição refere-se à capacidade de refletir sobre o próprio processo de pensamento
e aprendizagem, compreender as estratégias utilizadas, monitorar o progresso, regular o
próprio comportamento e tomar decisões conscientes sobre como abordar as tarefas de
aprendizagem.
Ao estimular e desafiar o estudante a enfrentar conflitos cognitivos e construir conceitos,
é fundamental promover a metacognição. Isso envolve ajudar o estudante a desenvolver
a consciência de seus próprios processos de pensamento, identificar estratégias eficazes,
avaliar seu próprio progresso e ajustar sua abordagem conforme necessário.
A metacognição permite que os estudantes se tornem aprendizes mais autônomos e
autorregulados. Eles são capazes de monitorar seu próprio entendimento, identificar
lacunas de conhecimento, antecipar dificuldades, buscar ajuda quando necessário e tomar
decisões conscientes sobre como abordar as tarefas de aprendizagem.
Ao promover a metacognição, o Professor de AEE pode ajudar o estudante a desenvolver
habilidades de pensamento crítico, autorreflexão e autorregulação. Essas habilidades são
essenciais para o enfrentamento de conflitos cognitivos e para a generalização progressiva
dos conceitos para diferentes contextos de aprendizagem. Ao desenvolver a
metacognição, os estudantes se tornam mais conscientes de sua própria aprendizagem e
são capazes de se envolver de forma mais eficaz em processos de resolução de problemas
e construção de conhecimento.

52
2.5. TRANSTORNO DO ESPECTRO AUTISTA (TEA) CONHECIMENTOS

Da condição do Transtorno do Espectro Autista, suas características, e a


classificação dos níveis de suporte.
Para o Professor de AEE lidar com estudantes com Transtorno do Espectro Autista
(TEA), é importante ter conhecimentos sobre as características do TEA e compreender a
classificação dos níveis de suporte.
O Transtorno do Espectro Autista é uma condição neurológica que afeta o
desenvolvimento da comunicação, interação social e padrões de comportamento. Alguns
conhecimentos relevantes para o Professor de AEE incluem:
Características do TEA: Compreender as características principais do TEA, como
dificuldades na comunicação verbal e não verbal, dificuldades na interação social,
padrões de comportamento repetitivos e restritos, sensibilidades sensoriais e dificuldades
na flexibilidade cognitiva.
Variedade de habilidades e desafios: Reconhecer que o TEA é um espectro, o que
significa que os estudantes com TEA podem apresentar uma ampla variedade de
habilidades, interesses e desafios. Cada estudante é único e pode ter diferentes pontos
fortes e áreas de dificuldade.
Classificação dos níveis de suporte: Familiarizar-se com a classificação dos níveis de
suporte do TEA, que pode variar de acordo com as necessidades individuais do estudante.
Esses níveis podem ser classificados como leve, moderado ou grave, dependendo do grau
de apoio necessário nas áreas de comunicação, interação social e comportamento.
Estratégias de comunicação e interação social: Aprender estratégias eficazes para
promover a comunicação e interação social dos estudantes com TEA, como o uso de
sistemas de comunicação alternativa e aumentativa, o estabelecimento de rotinas e
estruturas claras, o incentivo à reciprocidade nas interações sociais e o ensino de
habilidades sociais específicas.
Adaptação do ambiente e materiais: Saber adaptar o ambiente e os materiais de ensino
para atender às necessidades dos estudantes com TEA, considerando a sensibilidade
sensorial, a organização visual e a clareza das instruções.
Estratégias de apoio comportamental: Conhecer estratégias de apoio comportamental
positivo, como o uso de reforço positivo, o estabelecimento de expectativas claras, o
ensino de habilidades de autorregulação emocional e o desenvolvimento de planos de
apoio individualizados.
Colaboração com a equipe multidisciplinar: Trabalhar em colaboração com a equipe
multidisciplinar, incluindo terapeutas, psicólogos e profissionais da saúde, para
desenvolver estratégias de apoio e promover o progresso do estudante.

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Ao ter esses conhecimentos, o Professor de AEE estará melhor preparado para atender às
necessidades educacionais dos estudantes com TEA, promovendo a inclusão, o
desenvolvimento de habilidades e o bem-estar geral desses estudantes.

Dos métodos, como o TEACCH, o Programas de Comunicação Total, metodologias


específicas e outras formas de comunicação específicas, para o trabalho educacional
prático com o estudante com TEA.
Para o Professor de AEE trabalhar com estudantes com Transtorno do Espectro Autista
(TEA), é importante ter conhecimentos sobre diferentes métodos e metodologias que
podem ser utilizados no trabalho educacional prático. Alguns desses métodos incluem:
TEACCH (Tratamento e Educação de Crianças Autistas e com Deficiências
Relacionadas): O método TEACCH é baseado em estratégias visuais e estruturadas. Ele
enfatiza o uso de rotinas, organização visual, sistemas de trabalho individualizados e
apoio na aprendizagem de habilidades funcionais para promover a independência do
estudante com TEA.
Programas de Comunicação Total: Esses programas visam fornecer ao estudante com
TEA diferentes formas de comunicação, incluindo a comunicação verbal, gestual,
pictográfica e uso de tecnologias assistivas. O objetivo é promover a comunicação
funcional e a compreensão da linguagem.
Metodologias específicas, como o Método ABA (Análise do Comportamento
Aplicada): O Método ABA é baseado nos princípios da análise do comportamento e é
amplamente utilizado no trabalho com estudantes com TEA. Ele se concentra em ensinar
habilidades por meio de estratégias de reforço positivo, modelagem, quebra de tarefas em
etapas e repetição sistemática.
Comunicação Alternativa e Aumentativa (CAA): Essa abordagem envolve o uso de
sistemas e recursos de comunicação diferentes da fala verbal para ajudar os estudantes
com TEA a se comunicarem. Isso pode incluir o uso de símbolos pictográficos,
comunicação por meio de dispositivos eletrônicos, aplicativos de comunicação e outros
recursos adaptados.
Abordagens sensoriais e motoras: Reconhecer a importância das abordagens sensoriais
e motoras para estudantes com TEA, incluindo a utilização de estratégias que abordem a
sensibilidade sensorial e o fornecimento de oportunidades para o movimento e a
exploração sensorial.
Estratégias de ensino individualizadas: Adaptar as estratégias de ensino de acordo com
as necessidades e preferências individuais do estudante com TEA, levando em
consideração seu estilo de aprendizagem, interesses e capacidades.
Além desses métodos e metodologias, é fundamental que o Professor de AEE tenha
habilidades de observação, flexibilidade, adaptação e trabalho em equipe para atender às
necessidades educacionais do estudante com TEA de forma individualizada e efetiva. O
conhecimento e a compreensão desses métodos e estratégias irão auxiliar o professor na

54
promoção do desenvolvimento acadêmico, social e comunicativo do estudante com TEA,
possibilitando uma experiência educacional mais inclusiva e significativa.

Da organização e estruturação do espaço da sala de aula, visando ao controle de


ruídos excessivos, possível personalização do ambiente, estilos didáticos diretivos,
tornando a jornada escolar o mais previsível possível.
Para o Professor de AEE lidar com a organização e estruturação do espaço da sala de aula,
visando ao controle de ruídos excessivos, possível personalização do ambiente e estilos
didáticos diretivos, alguns conhecimentos relevantes são:
Sensibilidade aos estímulos sensoriais: Ter conhecimento sobre as necessidades
sensoriais dos estudantes com Transtorno do Espectro Autista (TEA) e outras
dificuldades de aprendizagem. Isso inclui compreender as possíveis sensibilidades a
ruídos, luzes, cores, texturas e outros estímulos ambientais, e buscar maneiras de
minimizar ou adaptar esses estímulos para promover um ambiente mais calmo e
confortável.
Estruturação visual: Utilizar estratégias visuais para fornecer informações claras e
previsíveis. Isso pode envolver o uso de agendas visuais, calendários, quadros de rotina,
sinalizadores visuais e outros recursos visuais para ajudar os estudantes a entenderem e
se orientarem no ambiente escolar.
Personalização do ambiente: Reconhecer a importância de personalizar o ambiente da
sala de aula de acordo com as necessidades individuais dos estudantes. Isso pode incluir
a disponibilização de espaços de descanso, áreas de trabalho individualizadas, adaptação
da iluminação, uso de materiais e recursos sensoriais específicos, entre outros.
Estilos didáticos diretivos: Estar familiarizado com estilos de ensino que ofereçam
direcionamento claro e estruturado. Alguns estudantes com TEA se beneficiam de
instruções diretas e passo a passo, com expectativas claras e rotinas previsíveis. O
professor pode utilizar estratégias como quebra de tarefas em etapas menores, modelagem
e demonstrações visuais para facilitar a compreensão e a participação dos estudantes.
Conhecimento sobre o perfil e necessidades individuais dos estudantes: Cada
estudante com TEA é único, com habilidades, interesses e desafios específicos. Portanto,
o professor deve conhecer bem cada estudante com quem trabalha, compreender seu perfil
de funcionamento e adaptar o ambiente, os recursos e as estratégias de ensino de acordo
com suas necessidades individuais.
Colaboração com a equipe escolar: Trabalhar em conjunto com a equipe pedagógica,
os demais profissionais de apoio e a família do estudante para garantir a consistência e a
efetividade das estratégias utilizadas. Isso inclui compartilhar informações, discutir o
progresso do estudante e ajustar o plano de atendimento individualizado, se necessário.
Ao ter conhecimento e aplicar essas estratégias, o Professor de AEE pode contribuir para
a criação de um ambiente escolar mais inclusivo, acolhedor e propício ao aprendizado
dos estudantes com TEA e outras dificuldades de aprendizagem.

55
De recursos complementares de natureza psicopedagógica, levando-se em conta a
capacidade intelectual, o nível comunicativo e linguístico, as alterações de conduta,
o grau de flexibilidade cognitiva e comportamental e o nível de desenvolvimento
social do estudante.

Para o Professor de AEE trabalhar com recursos complementares de natureza


psicopedagógico, levando em conta diversos aspectos do estudante, alguns
conhecimentos relevantes incluem:
Avaliação e compreensão do perfil do estudante: É importante realizar uma avaliação
abrangente do estudante, considerando sua capacidade intelectual, nível comunicativo e
linguístico, alterações de conduta, grau de flexibilidade cognitiva e comportamental, e
nível de desenvolvimento social. Isso ajudará o professor a entender as necessidades e
potencialidades do estudante, bem como a identificar os recursos psicopedagógicos mais
adequados.
Conhecimento de estratégias de ensino individualizadas: Com base nas características
e necessidades específicas do estudante, o professor deve estar familiarizado com uma
variedade de estratégias de ensino individualizadas. Isso pode incluir o uso de materiais
adaptados, abordagens diferenciadas, modificações nas atividades, apoio visual e outras
técnicas que promovam a aprendizagem e o desenvolvimento do estudante.
Compreensão da flexibilidade cognitiva e comportamental: O professor deve ter
conhecimento sobre as dificuldades e necessidades relacionadas à flexibilidade cognitiva
e comportamental dos estudantes. Isso envolve compreender as dificuldades em lidar com
mudanças, a rigidez de pensamento, a necessidade de rotina e previsibilidade, e buscar
estratégias para promover a flexibilidade e adaptabilidade do estudante.
Seleção de recursos e materiais adequados: Com base nas características do estudante,
o professor deve ser capaz de identificar e selecionar recursos complementares de
natureza psicopedagógica adequados. Isso pode incluir materiais didáticos adaptados,
jogos educacionais, ferramentas de comunicação alternativa e aumentativa, recursos
digitais e outros recursos específicos que sejam apropriados para o perfil do estudante.
Colaboração com profissionais especializados: O professor de AEE deve estar aberto
à colaboração com outros profissionais especializados, como psicopedagogos,
psicólogos, fonoaudiólogos e terapeutas ocupacionais. Essa colaboração pode
proporcionar uma compreensão mais abrangente das necessidades do estudante e fornecer
orientações adicionais sobre recursos psicopedagógicos eficazes.
Atualização contínua: É essencial que o professor de AEE busque atualizar seus
conhecimentos e se manter informado sobre as melhores práticas e recursos
psicopedagógicos disponíveis. Participar de formações, cursos e grupos de estudo
relacionados à área pode ser uma maneira de adquirir novas habilidades e conhecimentos.
Ao aplicar esses conhecimentos, o professor de AEE poderá selecionar recursos
complementares de natureza psicopedagógica que atendam às necessidades individuais
do estudante, promovendo uma aprendizagem mais eficaz e favorecendo seu
desenvolvimento global.

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Das habilidades de cada área do sistema cognitivo, investindo nas potencialidades
para trabalhar as necessidades educacionais específicas do estudante com TEA.
Para o Professor de AEE trabalhar com as habilidades de cada área do sistema cognitivo
e investir nas potencialidades do estudante com TEA, alguns conhecimentos relevantes
incluem:
Compreensão do espectro do TEA: O professor deve ter conhecimento sobre o espectro
do Transtorno do Espectro Autista e suas características. Isso inclui uma compreensão
das dificuldades e pontos fortes que os estudantes com TEA podem apresentar em
diferentes áreas do sistema cognitivo, como comunicação, linguagem, habilidades
sociais, pensamento abstrato, memória, atenção e processamento sensorial.
Avaliação do perfil cognitivo: É importante realizar uma avaliação abrangente do perfil
cognitivo do estudante com TEA, identificando suas áreas de habilidade e necessidades
específicas. Isso pode envolver a utilização de testes padronizados, observações
comportamentais, análise de amostras de trabalho e entrevistas com os pais e profissionais
envolvidos.
Adaptação de estratégias de ensino: Com base na compreensão das habilidades e
necessidades do estudante, o professor deve adaptar as estratégias de ensino para atender
às suas necessidades educacionais específicas. Isso pode incluir o uso de recursos visuais,
estruturação do ambiente, apoio na comunicação, uso de rotinas e sistemas de reforço
positivo, entre outras abordagens que sejam eficazes para o estudante com TEA.
Conhecimento de intervenções baseadas em evidências: O professor de AEE deve
estar familiarizado com intervenções baseadas em evidências que visem desenvolver as
habilidades cognitivas do estudante com TEA. Isso pode incluir abordagens como o
Applied Behavior Analysis (ABA), Programas de Comunicação Total (PCT), TEACCH
(Tratamento e Educação de Crianças Autistas com Comunicação Desenvolvida),
intervenções focadas no desenvolvimento de habilidades sociais e emocionais, entre
outras.
Colaboração com profissionais especializados: É importante que o professor de AEE
esteja aberto à colaboração com outros profissionais especializados no TEA, como
psicólogos, terapeutas ocupacionais, fonoaudiólogos e psicopedagogos. Essa colaboração
pode fornecer uma compreensão mais abrangente das necessidades do estudante e
orientações adicionais sobre estratégias de ensino e intervenções adequadas.
Atualização contínua: O campo do TEA está em constante evolução, com novas
pesquisas e intervenções sendo desenvolvidas. Portanto, o professor de AEE deve buscar
atualizar seus conhecimentos por meio de formações, cursos, leituras e participação em
grupos de estudo. Isso permitirá que o professor esteja atualizado sobre as melhores
práticas e abordagens eficazes para trabalhar com as habilidades cognitivas dos
estudantes com TEA.
Ao aplicar esses conhecimentos, o professor de AEE poderá identificar as habilidades
específicas de cada área do sistema cognitivo do estudante com TEA, investir em suas
potencialidades e adaptar as estratégias de ensino para atender às suas necessidades
educacionais, promovendo assim um ambiente de aprendizagem inclusivo e eficaz.

57
Da flexibilização de estratégias pedagógicas para acessibilidade curricular e
elaboração de atividades para o desenvolvimento das habilidades para vida prática
autônoma, habilidades acadêmicas e funcionais.
Para o Professor de AEE trabalhar com a flexibilização de estratégias pedagógicas para
acessibilidade curricular e elaboração de atividades para o desenvolvimento das
habilidades para vida prática autônoma, habilidades acadêmicas e funcionais, alguns
conhecimentos relevantes incluem:
Conhecimento das necessidades individuais dos estudantes: O professor de AEE deve
ter um bom entendimento das necessidades individuais dos estudantes, incluindo suas
habilidades, dificuldades e interesses. Isso envolve conhecer suas habilidades para vida
prática autônoma, habilidades acadêmicas e funcionais, bem como as estratégias de
ensino e recursos que podem facilitar seu desenvolvimento nessas áreas.
Conhecimento das adaptações curriculares: É importante que o professor de AEE
esteja familiarizado com as adaptações curriculares que podem ser feitas para promover
a acessibilidade e atender às necessidades dos estudantes. Isso pode envolver ajustes nos
materiais didáticos, na forma como as atividades são apresentadas, na avaliação e nos
recursos de apoio utilizados.
Habilidades de planejamento e organização: O professor de AEE deve ser capaz de
planejar e organizar atividades que abordem especificamente as habilidades para vida
prática autônoma, habilidades acadêmicas e funcionais dos estudantes. Isso pode incluir
a elaboração de sequências de aprendizagem, a identificação de objetivos específicos, a
seleção de estratégias de ensino adequadas e a criação de materiais e recursos de apoio
relevantes.
Conhecimento de estratégias de ensino diferenciadas: O professor de AEE deve estar
familiarizado com uma variedade de estratégias de ensino diferenciadas que podem ser
utilizadas para atender às necessidades individuais dos estudantes. Isso pode incluir o uso
de materiais concretos, recursos visuais, apoios sensoriais, tecnologias assistivas e
estratégias de modelagem e prática.
Colaboração com outros profissionais: O professor de AEE deve estar disposto a
colaborar com outros profissionais, como terapeutas ocupacionais, fonoaudiólogos e
psicólogos, para desenvolver atividades que promovam o desenvolvimento das
habilidades para vida prática autônoma, habilidades acadêmicas e funcionais. Essa
colaboração pode fornecer insights e orientações adicionais para o planejamento e
implementação das atividades.
Avaliação contínua do progresso: O professor de AEE deve ser capaz de avaliar
continuamente o progresso dos estudantes nas habilidades para vida prática autônoma,
habilidades acadêmicas e funcionais, a fim de ajustar as estratégias de ensino e atividades
conforme necessário. Isso envolve o uso de ferramentas e técnicas de avaliação
apropriadas, bem como a análise dos resultados para informar a prática pedagógica.

58
Ao aplicar esses conhecimentos, o professor de AEE estará apto a flexibilizar as
estratégias pedagógicas para promover a acessibilidade curricular e elaborar atividades
que desenvolvam as habilidades para vida prática autônoma, habilidades acadêmicas e
funcionais dos estudantes. Isso contribuirá para a autonomia e inclusão desses estudantes,
preparando-os para a vida além da escola.

2.5.1. CAPACIDADES

Compreender que a educação dos estudantes com Transtorno do Espectro Autista


deve ser caracterizada por um estilo mais pragmático e natural, integrador e
centrado na comunicação como núcleo essencial do desenvolvimento do estudante,
respeitando os recursos e as capacidades dos mesmos.
A capacidade associada a esse item é a empatia. O professor de AEE precisa ter a
capacidade de se colocar no lugar do estudante com Transtorno do Espectro Autista,
compreendendo suas necessidades, recursos e capacidades. Essa empatia permite que o
professor adote um estilo pragmático e natural de ensino, priorizando a comunicação
como núcleo essencial do desenvolvimento do estudante. Ao se colocar no lugar do
estudante, o professor pode adaptar suas estratégias pedagógicas e criar um ambiente
inclusivo e respeitoso, que valoriza e utiliza os recursos e habilidades do estudante com
TEA.

De criar dentro do espaço escolar novas condições para harmonizar a convivência


com as diferenças, reduzir riscos de acidentes e bullying;
A capacidade associada a esse item é a sensibilidade social. O professor de AEE deve
possuir sensibilidade social para criar um ambiente escolar inclusivo e acolhedor, onde
todas as diferenças sejam respeitadas e valorizadas. Essa sensibilidade envolve a
compreensão das necessidades individuais dos estudantes, a identificação de possíveis
riscos de acidentes e bullying e a adoção de medidas preventivas para garantir a segurança
e o bem-estar de todos. O professor precisa promover a convivência harmoniosa entre os
estudantes, estimulando o respeito mútuo, a empatia e a valorização das diferenças. Dessa
forma, contribui para criar um ambiente escolar inclusivo e seguro para todos os
estudantes, independentemente de suas características e necessidades.

59
Aplicar métodos, como o TEACCH, o Programas de Comunicação Total,
metodologias específicas e outras formas de comunicação específicas, para o
trabalho educacional prático com o estudante com TEA.
A capacidade associada a esse item é a adaptabilidade. O professor de AEE precisa ser
adaptável e flexível ao aplicar diferentes métodos e metodologias no trabalho educacional
com estudantes com TEA. Cada estudante é único e apresenta características e
necessidades individuais, portanto, é essencial que o professor tenha a capacidade de
adaptar e ajustar as estratégias de ensino de acordo com as particularidades de cada aluno.
Isso inclui a compreensão e aplicação adequada de métodos como o TEACCH
(Tratamento e Educação de Crianças com Autismo e Déficits Relacionados à
Comunicação), Programas de Comunicação Total e outras abordagens específicas para o
TEA. A adaptabilidade permite ao professor personalizar a educação e criar um ambiente
de aprendizado que atenda às necessidades individuais de cada estudante com TEA,
promovendo o seu desenvolvimento e progresso educacional.

Orientar o professor do ensino comum na organização e estruturação do espaço da


sala de aula, visando ao controle de ruídos excessivos, possível personalização do
ambiente, estilos didáticos diretivos, tornando a jornada escolar o mais previsível
possível.
A capacidade associada a esse item é a colaboração. O professor de AEE precisa ter a
capacidade de colaborar e orientar o professor do ensino comum na organização e
estruturação do espaço da sala de aula para atender às necessidades dos estudantes com
TEA. Isso envolve trabalhar em parceria com o professor do ensino comum para
identificar estratégias que ajudem a controlar ruídos excessivos, personalizar o ambiente
e utilizar estilos didáticos diretivos que sejam adequados para os estudantes com TEA. A
colaboração entre os dois professores é fundamental para criar um ambiente de
aprendizado inclusivo e acolhedor, que proporcione uma jornada escolar previsível e
favorável ao desenvolvimento dos estudantes com TEA. Ao compartilhar conhecimentos,
trocar ideias e colaborar ativamente, os professores podem criar um ambiente de sala de
aula que atenda às necessidades individuais dos estudantes com TEA e promova o seu
engajamento e aprendizado.

Planejar intervenções individualizadas, recorrendo a recursos complementares de


natureza psicopedagógica, levando-se em conta a capacidade intelectual, as
habilidades de interação social, o nível comunicativo e linguístico, as alterações de
conduta, o grau de flexibilidade cognitiva e comportamental e o nível de
desenvolvimento social do estudante.
A capacidade associada a esse item é a adaptabilidade. O professor de AEE precisa ter a
capacidade de ser adaptável ao planejar intervenções individualizadas para estudantes
com TEA. Isso envolve a capacidade de reconhecer e considerar a capacidade intelectual,
as habilidades de interação social, o nível comunicativo e linguístico, as alterações de
conduta, o grau de flexibilidade cognitiva e comportamental e o nível de desenvolvimento
social do estudante. Cada estudante com TEA é único e tem necessidades e características

60
individuais, portanto, o professor de AEE deve ser capaz de adaptar suas intervenções
para atender às necessidades específicas de cada estudante. Isso pode envolver o uso de
recursos complementares de natureza psicopedagógica, a seleção de estratégias de ensino
apropriadas e a criação de um ambiente de aprendizado adaptado às necessidades
individuais do estudante. A adaptabilidade é fundamental para garantir que as
intervenções sejam eficazes e promovam o progresso e o desenvolvimento do estudante
com TEA.

Propiciar situações de aprendizagem a partir de objetos concretos e passar


gradativamente para modelos representacionais e simbólicos, de acordo com as
possibilidades do estudante.

A capacidade associada a esse item é a abstração. O professor de AEE deve ter a


capacidade de propiciar situações de aprendizagem que permitam ao estudante com TEA
avançar gradualmente do uso de objetos concretos para modelos representacionais e
simbólicos. Isso requer que o estudante seja capaz de abstrair conceitos e ideias a partir
de representações não diretamente perceptíveis. A habilidade de abstração é essencial
para o desenvolvimento cognitivo e a aprendizagem, permitindo ao estudante
compreender e trabalhar com conceitos além do contexto imediato. O professor de AEE
deve ser capaz de criar atividades e materiais que promovam a progressão da
aprendizagem do estudante com TEA nesse sentido, proporcionando oportunidades para
o desenvolvimento da capacidade de abstração.

Ressaltar as habilidades de cada área do sistema cognitivo, investindo nas


potencialidades para trabalhar as necessidades educacionais específicas do
estudante com Transtorno do Espectro Autista.

A capacidade associada a esse item é a individualização. Cada estudante com Transtorno


do Espectro Autista possui habilidades e potencialidades únicas em diferentes áreas do
sistema cognitivo. O professor de AEE deve ter a capacidade de identificar e ressaltar
essas habilidades individuais, investindo nelas para atender às necessidades educacionais
específicas do estudante. Isso requer uma abordagem personalizada e adaptada, na qual o
professor reconhece as áreas de destaque do estudante e busca estratégias e recursos que
explorem e desenvolvam essas habilidades. A individualização é fundamental para
promover a aprendizagem significativa e o progresso do estudante com TEA, valorizando
suas capacidades e maximizando seu potencial de desenvolvimento.

61
2.6. ALTAS HABILIDADES/ SUPERDOTAÇÃO (AH) CONHECIMENTOS

Da Educação Especial em geral, somados às especificidades das Altas Habilidades;


Para o Professor de AEE lidar com as Altas Habilidades, é importante que ele tenha
conhecimentos sobre:
Características das Altas Habilidades: Compreender as características específicas das
Altas Habilidades, como rapidez de aprendizagem, pensamento abstrato, criatividade,
capacidade de solução de problemas complexos, entre outros.
Identificação e avaliação: Saber identificar alunos com Altas Habilidades por meio de
observação, análise de desempenho acadêmico, avaliações psicopedagógicas e outros
instrumentos de identificação.
Plano de Atendimento Individualizado (PAI): Elaborar um PAI individualizado para
atender às necessidades específicas do aluno com Altas Habilidades, considerando
desafios adequados, enriquecimento curricular e estímulos adequados ao seu potencial.
Adaptações curriculares: Fornecer adaptações curriculares necessárias para promover
o desenvolvimento pleno das potencialidades do aluno, como aceleração de conteúdos,
aprofundamento temático, enriquecimento curricular, entre outros.
Recursos e estratégias pedagógicas: Conhecer recursos e estratégias pedagógicas que
estimulem e desafiem os alunos com Altas Habilidades, como projetos de pesquisa,
atividades de resolução de problemas, trabalhos em grupo, entre outros.
Desenvolvimento socioemocional: Entender a importância de promover o
desenvolvimento socioemocional dos alunos com Altas Habilidades, auxiliando-os na
gestão de suas emoções, no estabelecimento de relacionamentos saudáveis e na
construção de uma autoimagem positiva.
Parceria com famílias e profissionais: Estabelecer uma comunicação efetiva com as
famílias dos alunos com Altas Habilidades, compartilhando informações, discutindo
estratégias e promovendo a colaboração entre a escola, os pais e outros profissionais
envolvidos.
Esses conhecimentos ajudarão o Professor de AEE a compreender e atender às
necessidades educacionais dos alunos com Altas Habilidades, proporcionando um
ambiente estimulante e desafiador que promova seu pleno desenvolvimento acadêmico e
socioemocional.

62
Dos recursos da comunidade disponíveis, criando redes de apoio que possam
propiciar ao estudante maiores possibilidades de desenvolvimento de seus
potenciais, tendo em vista sua autonomia e sua preparação para o mundo do
trabalho;
Para o Professor de AEE aproveitar os recursos da comunidade e criar redes de apoio para
os estudantes, visando o desenvolvimento de seus potenciais, autonomia e preparação
para o mundo do trabalho, é importante ter conhecimentos sobre:
Recursos da comunidade: Identificar e conhecer os recursos disponíveis na comunidade
que podem contribuir para o desenvolvimento dos estudantes, como instituições de ensino
superior, centros de capacitação profissional, empresas e organizações sociais.
Parcerias com profissionais e especialistas: Estabelecer parcerias com profissionais e
especialistas da comunidade, como psicólogos, assistentes sociais, terapeutas
ocupacionais, orientadores vocacionais, entre outros, que possam oferecer apoio
especializado aos estudantes.
Programas de estágio e inserção profissional: Conhecer programas de estágio e
inserção profissional oferecidos pela comunidade, tanto em empresas privadas como em
órgãos públicos, e auxiliar os estudantes na busca por oportunidades de vivenciar
experiências práticas e desenvolver habilidades profissionais.
Serviços de orientação profissional: Familiarizar-se com serviços de orientação
profissional disponíveis na comunidade, que possam auxiliar os estudantes na
identificação de seus interesses, aptidões e na escolha de carreiras compatíveis com seus
potenciais.
Programas de inclusão no mercado de trabalho: Conhecer programas de inclusão no
mercado de trabalho voltados para pessoas com deficiência ou necessidades educacionais
especiais, e orientar os estudantes na busca por oportunidades de emprego compatíveis
com suas habilidades e interesses.
Redes de apoio e suporte: Estabelecer redes de apoio e suporte na comunidade,
envolvendo famílias, profissionais da educação, profissionais da área da saúde,
representantes de instituições locais e outros parceiros que possam contribuir para o
desenvolvimento dos estudantes.
Atualização sobre políticas e legislação: Manter-se atualizado sobre políticas,
legislação e diretrizes relacionadas à inclusão e preparação para o mundo do trabalho, a
fim de orientar os estudantes e suas famílias sobre seus direitos e possibilidades.
Esses conhecimentos permitirão ao Professor de AEE explorar os recursos da
comunidade, criar redes de apoio e proporcionar aos estudantes maiores oportunidades
de desenvolvimento de seus potenciais, autonomia e preparação para o mundo do
trabalho, visando uma transição bem-sucedida para a vida adulta.

63
De enriquecimento curricular, para estimular investigação de problemas reais e
exploração de temáticas diversas, ofertando oportunidades de autorrealização aos
estudantes de forma que possam desenvolver suas áreas de conhecimento de maior
interesse e capacidade.

Para o Professor de AEE explorar o enriquecimento curricular e estimular a


autorrealização dos estudantes, oferecendo oportunidades de investigação de problemas
reais e exploração de temáticas diversas, é importante ter conhecimentos sobre:
Diversificação curricular: Conhecer estratégias de diversificação curricular, que
permitem adaptar e enriquecer o currículo regular, oferecendo atividades e projetos que
atendam às necessidades e interesses específicos dos estudantes.
Identificação de áreas de interesse e habilidades: Desenvolver técnicas e instrumentos
para identificar as áreas de interesse, talentos e habilidades dos estudantes, a fim de criar
oportunidades de aprofundamento e desenvolvimento nessas áreas.
Recursos e materiais enriquecedores: Conhecer recursos e materiais didáticos que
possam enriquecer o currículo, como livros, jogos, recursos digitais, visitas a museus e
instituições, palestras e atividades práticas que permitam aos estudantes explorar temas
de seu interesse.
Metodologias ativas de aprendizagem: Familiarizar-se com metodologias ativas de
aprendizagem, que promovam a investigação, a participação ativa dos estudantes e o
desenvolvimento de habilidades de pesquisa, análise crítica, solução de problemas e
trabalho em equipe.
Projetos interdisciplinares: Planejar e implementar projetos interdisciplinares que
integrem diferentes áreas do conhecimento, estimulando os estudantes a explorarem
temáticas diversas e a relacionarem conceitos e habilidades de forma significativa.
Acompanhamento e avaliação: Desenvolver estratégias de acompanhamento e
avaliação do progresso dos estudantes nas atividades de enriquecimento curricular,
considerando critérios que valorizem o desenvolvimento de suas áreas de interesse e
capacidade.
Parcerias com profissionais e instituições: Estabelecer parcerias com profissionais de
diferentes áreas e instituições locais que possam contribuir para enriquecer o currículo,
oferecendo palestras, oficinas, mentorias e experiências práticas relacionadas aos
interesses dos estudantes.
Esses conhecimentos permitirão ao Professor de AEE desenvolver um enriquecimento
curricular significativo, estimulando a investigação, a autorrealização e o
desenvolvimento das áreas de conhecimento de maior interesse e capacidade dos
estudantes.

64
2.6.1. CAPACIDADES

Apresentar flexibilidade e criatividade na exploração dos recursos didáticos


variados, com a intenção de manter o desafio diante de estudantes que aprendem
rapidamente e tendem a procurar coisas novas e aprofundamento constantemente;
A capacidade associada a esse item é a adaptabilidade. A adaptabilidade é a habilidade
de se ajustar e responder de forma flexível a diferentes situações, desafios e demandas.
No contexto do Professor de AEE, a adaptabilidade refere-se à capacidade de se adaptar
e responder às necessidades específicas dos estudantes com altas habilidades, que
aprendem rapidamente e tendem a buscar constantemente coisas novas e
aprofundamento.
Ao apresentar flexibilidade e criatividade na exploração dos recursos didáticos variados,
o Professor de AEE demonstra sua capacidade de adaptar o currículo, os materiais e as
estratégias de ensino para manter o desafio e engajamento desses estudantes. Ele deve
estar preparado para ajustar o ritmo de aprendizagem, oferecer atividades mais complexas
e estimulantes, e estar aberto a novas abordagens e interesses dos estudantes.
A adaptabilidade envolve também estar aberto a mudanças, aprender com os desafios e
buscar constantemente novas maneiras de atender às necessidades individuais dos
estudantes com altas habilidades. Essa capacidade permite ao Professor de AEE criar um
ambiente de aprendizagem dinâmico e desafiador, garantindo que os estudantes sejam
constantemente estimulados e motivados em seu processo educacional.

Posicionar-se mais como facilitador do que como condutor dos processos,


permitindo que o estudante explore o conhecimento de acordo com seu ritmo e
interesse;
A capacidade associada a esse item é a habilidade de ser um facilitador da aprendizagem.
Essa habilidade envolve o papel do professor como um guia, mentor e apoiador do
estudante, permitindo que ele explore o conhecimento de acordo com seu ritmo e
interesse.
Ao assumir o papel de facilitador, o professor de AEE promove a autonomia e a
responsabilidade do estudante em sua própria aprendizagem. Ele fornece orientação,
recursos e suporte necessários, mas também permite que o estudante tome decisões, faça
descobertas e participe ativamente do processo educacional.
Ser um facilitador requer habilidades como escuta ativa, empatia, flexibilidade e
capacidade de adaptação. O professor de AEE deve estar aberto a diferentes perspectivas,
estimular a curiosidade e a investigação, incentivar a reflexão e o pensamento crítico, e
criar um ambiente seguro e encorajador para o estudante se envolver ativamente na
construção do conhecimento.
Essa capacidade também envolve a criação de oportunidades para o estudante definir
metas e estabelecer seu próprio caminho de aprendizagem, promovendo o
autogerenciamento e a autorregulação. O professor de AEE desempenha um papel de

65
suporte, fornecendo feedback construtivo e encorajamento, mas permite que o estudante
assuma a responsabilidade por sua própria aprendizagem.
Ao ser um facilitador da aprendizagem, o professor de AEE proporciona um ambiente
educacional colaborativo, estimulante e personalizado, que promove o engajamento, a
motivação e o desenvolvimento integral do estudante.

Flexibilizar os temas e problemas abordados de acordo com as necessidades do


estudante, devendo orientar e apoiar o professor do ensino comum;

A capacidade associada a esse item é a adaptabilidade. A adaptabilidade refere-se à


capacidade do professor de AEE de ajustar, modificar e flexibilizar os temas e problemas
abordados de acordo com as necessidades do estudante. Isso implica em compreender as
características individuais do estudante, suas preferências, interesses e níveis de
habilidade, e adaptar o conteúdo e as atividades de acordo com essas informações.
Ser adaptável envolve estar aberto a diferentes abordagens pedagógicas, estratégias de
ensino e recursos educacionais. O professor de AEE deve ser capaz de identificar as
necessidades específicas do estudante e, em colaboração com o professor do ensino
comum, desenvolver e implementar estratégias e ajustes adequados para garantir que o
estudante possa participar plenamente das atividades escolares.
A adaptabilidade também implica em ser sensível e responsivo às mudanças nas
necessidades do estudante ao longo do tempo. À medida que o estudante progride e
desenvolve novas habilidades, o professor de AEE deve ser capaz de ajustar
continuamente as atividades e desafios propostos, garantindo que o estudante esteja
sempre engajado e estimulado.
Essa capacidade requer habilidades de observação, avaliação e comunicação efetiva com
o estudante, seus colegas, pais e equipe educacional. O professor de AEE deve estar
disposto a ouvir feedback, buscar informações relevantes e adaptar seu planejamento e
práticas pedagógicas de acordo.
Ao ser adaptável, o professor de AEE demonstra respeito pela singularidade do estudante
e pela diversidade de suas necessidades e estilos de aprendizagem. Ele busca proporcionar
um ambiente educacional inclusivo e acolhedor, onde todos os estudantes possam
alcançar seu pleno potencial.

Alternar propostas de trabalho individual e grupal.


A capacidade associada a esse item é a habilidade de manejar a dinâmica de grupo. Ao
alternar propostas de trabalho individual e grupal, o professor de AEE precisa ter a
capacidade de gerenciar e promover uma dinâmica positiva e produtiva entre os
estudantes.
A habilidade de manejar a dinâmica de grupo envolve diversos aspectos, tais como:

66
Estabelecer regras e normas: O professor de AEE deve ser capaz de estabelecer regras
claras e normas de convivência que promovam a participação ativa e respeitosa de todos
os estudantes.
Facilitar a comunicação: É importante que o professor de AEE seja capaz de facilitar a
comunicação entre os estudantes, incentivando a troca de ideias, o respeito mútuo e a
escuta atenta.
Promover a colaboração: O professor de AEE deve estimular a colaboração entre os
estudantes, criando oportunidades para que trabalhem juntos, compartilhem
conhecimentos e experiências, e aprendam uns com os outros.
Gerenciar conflitos: É essencial que o professor de AEE tenha habilidades de resolução
de conflitos e seja capaz de intervir de forma adequada quando surgirem divergências ou
problemas entre os estudantes.
Estimular a participação de todos: O professor de AEE deve garantir que todos os
estudantes tenham a oportunidade de participar ativamente das atividades em grupo,
valorizando suas contribuições e promovendo a inclusão.
Ao desenvolver a habilidade de manejar a dinâmica de grupo, o professor de AEE cria
um ambiente propício para o aprendizado colaborativo, a troca de experiências e o
desenvolvimento social dos estudantes. Essa capacidade contribui para a construção de
um espaço inclusivo e enriquecedor, onde cada estudante se sinta valorizado e possa se
engajar de maneira significativa nas atividades propostas.

Traçar metas de comum acordo com o estudante e o professor do ensino comum,


para obter resultados desejados, levando em consideração as potencialidades e as
dificuldades.

A capacidade associada a esse item é a habilidade de estabelecer metas colaborativas. Ao


traçar metas de comum acordo com o estudante e o professor do ensino comum, o
professor de AEE precisa ter a capacidade de envolver as partes interessadas no processo
de definição de objetivos e resultados desejados.
Essa habilidade inclui os seguintes aspectos:
Diálogo e escuta ativa: O professor de AEE deve ser capaz de ouvir as necessidades,
expectativas e sugestões do estudante e do professor do ensino comum, criando um
espaço de diálogo aberto e respeitoso.
Identificação das potencialidades e dificuldades: É importante que o professor de AEE
possa identificar as potencialidades e as dificuldades do estudante, levando em
consideração suas habilidades, interesses e desafios específicos.
Definição de metas realistas: Com base nas informações coletadas, o professor de AEE
deve ajudar a estabelecer metas realistas e alcançáveis, levando em consideração as
capacidades e limitações do estudante.

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Colaboração e negociação: A habilidade de colaborar e negociar é fundamental para
chegar a um consenso sobre as metas a serem alcançadas. O professor de AEE deve estar
aberto a diferentes perspectivas e disposto a adaptar as metas conforme necessário.
Acompanhamento e avaliação: Uma vez estabelecidas as metas, o professor de AEE
deve acompanhar o progresso do estudante e realizar avaliações periódicas para verificar
se os resultados desejados estão sendo alcançados. Se necessário, ajustes podem ser feitos
ao longo do caminho.
Ao desenvolver a habilidade de estabelecer metas colaborativas, o professor de AEE
promove a participação ativa do estudante no processo educacional, valoriza suas
contribuições e cria um senso de responsabilidade compartilhada. Essa capacidade
contribui para a autonomia, o engajamento e o sucesso acadêmico do estudante.

Buscar a articulação com os recursos da comunidade disponíveis, criando redes de


apoio que possam propiciar ao estudante maiores possibilidades de desenvolvimento
de seus potenciais, tendo em vista sua autonomia e sua preparação para o mundo do
trabalho.
A capacidade associada a esse item é a habilidade de estabelecer parcerias e buscar
recursos da comunidade. Ao buscar a articulação com os recursos da comunidade, o
professor de AEE precisa ter a capacidade de identificar e estabelecer conexões com
diferentes atores e serviços externos que possam contribuir para o desenvolvimento dos
potenciais do estudante.
Essa habilidade inclui os seguintes aspectos:
Identificação de recursos e serviços: O professor de AEE deve estar familiarizado com
os recursos e serviços disponíveis na comunidade, como organizações sem fins lucrativos,
programas de apoio, centros de formação profissional, empresas locais, entre outros.
Estabelecimento de parcerias: É importante que o professor de AEE seja capaz de
estabelecer parcerias com esses recursos da comunidade, buscando colaboração e apoio
para atender às necessidades e interesses do estudante.
Comunicação eficaz: A habilidade de comunicação eficaz é fundamental para
estabelecer e manter essas parcerias. O professor de AEE deve ser capaz de articular
claramente as necessidades do estudante, explicar os objetivos da colaboração e garantir
uma comunicação fluida entre todas as partes envolvidas.
Advocacia: Em alguns casos, o professor de AEE pode precisar exercer a habilidade de
advocacia em nome do estudante, defendendo seus direitos e promovendo oportunidades
para seu desenvolvimento e inclusão na comunidade.
Coordenação e acompanhamento: O professor de AEE deve ser capaz de coordenar as
atividades e recursos da comunidade, garantindo que o estudante receba o suporte
necessário de forma consistente. Isso pode envolver o monitoramento do progresso, a
avaliação dos resultados e a realização de ajustes quando necessário.

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Ao desenvolver a habilidade de buscar a articulação com os recursos da comunidade, o
professor de AEE amplia as oportunidades de aprendizagem e desenvolvimento do
estudante, criando uma rede de apoio que promove sua autonomia e sua preparação para
o mundo do trabalho. Essa capacidade permite aproveitar os recursos disponíveis na
comunidade e promover uma educação mais abrangente e inclusiva.

69
2.7. SURDOCEGUEIRA E DEFICIÊNCIA MÚLTIPLA CONHECIMENTOS

Do conceito de surdo-cegueira como sendo uma deficiência única que apresenta


perdas auditiva e visual concomitantemente, em diferentes graus.
O Professor de AEE que trabalha com estudantes com surdocegueira precisa ter
conhecimentos específicos para atender às necessidades dessa deficiência única. Alguns
dos conhecimentos relevantes incluem:
Compreensão das características da surdocegueira: O professor de AEE precisa
entender as características da surdocegueira, que envolvem perdas auditivas e visuais
concomitantes em diferentes graus. Isso inclui compreender as variações nos níveis de
audição e visão dos estudantes, bem como as possíveis causas da surdocegueira.
Comunicação e linguagem: É fundamental que o professor de AEE esteja familiarizado
com diferentes formas de comunicação e linguagem utilizadas por pessoas com
surdocegueira, como a comunicação tátil, a língua de sinais tátil, a comunicação por
gestos, o uso de símbolos táteis, entre outros. Esses conhecimentos permitirão ao
professor apoiar a comunicação e a linguagem do estudante de forma adequada.
Estratégias de intervenção: O professor de AEE deve conhecer e utilizar estratégias de
intervenção específicas para estudantes com surdocegueira. Isso pode incluir a utilização
de recursos e materiais adaptados, o uso de tecnologias assistivas, a criação de ambientes
acessíveis e a implementação de estratégias de comunicação e ensino individualizadas.
Habilidades sensoriais: O professor de AEE deve ter conhecimentos sobre o
desenvolvimento e a estimulação das habilidades sensoriais, tanto auditivas quanto
visuais, para apoiar o estudante com surdocegueira em seu processo de aprendizagem e
exploração do ambiente.
Orientação e mobilidade: O professor de AEE pode trabalhar em colaboração com
profissionais de orientação e mobilidade para apoiar o estudante com surdocegueira na
locomoção segura e na orientação no ambiente escolar e na comunidade. Portanto, ter
conhecimentos básicos nessa área pode ser importante para o professor de AEE.
Acessibilidade e adaptações: O professor de AEE deve estar familiarizado com as
práticas e estratégias de acessibilidade, adaptando materiais, recursos e atividades para
atender às necessidades específicas do estudante com surdocegueira. Isso pode envolver
o uso de tecnologias assistivas, adaptação de materiais impressos em formatos acessíveis
e a criação de ambientes e atividades que promovam a participação ativa do estudante.
Sensibilidade e empatia: Trabalhar com estudantes com surdocegueira requer
sensibilidade e empatia para compreender suas experiências e necessidades. O professor
de AEE deve ser capaz de reconhecer as barreiras enfrentadas pelos estudantes com
surdocegueira e encontrar maneiras de apoiá-los de forma inclusiva e respeitosa.
Esses conhecimentos permitirão ao professor de AEE desenvolver estratégias e práticas
educacionais adequadas para atender às necessidades únicas dos estudantes com
surdocegueira, promovendo sua participação ativa e seu desenvolvimento integral.

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Da classificação da surdocegueira quanto ao período do surgimento, tipo de perda e
funcionamento da comunicação.

Para o Professor de AEE que trabalha com estudantes surdocegos, é importante ter
conhecimentos sobre a classificação da surdocegueira, levando em consideração o
período de surgimento, o tipo de perda e o funcionamento da comunicação. Esses
conhecimentos ajudam a compreender melhor as necessidades e características
individuais de cada estudante. Alguns pontos relevantes incluem:
Período de surgimento da surdocegueira: A surdocegueira pode ser classificada de
acordo com o período de surgimento, que pode ocorrer desde o nascimento
(surdocegueira congênita) até uma perda auditiva e visual adquirida posteriormente
(surdocegueira adventícia). Compreender o período de surgimento da surdocegueira pode
auxiliar o professor a adaptar as estratégias de ensino e comunicação de acordo com as
necessidades específicas de cada estudante.
Tipo de perda sensorial: A surdocegueira também pode ser classificada com base no
tipo de perda sensorial, considerando a combinação de perda auditiva e visual. Pode haver
variações na gravidade e no grau de perda em cada sentido, como surdez profunda com
cegueira total, surdez parcial com visão periférica, entre outras. O conhecimento sobre o
tipo de perda sensorial é importante para adaptar a comunicação e utilizar estratégias
apropriadas para cada estudante.
Funcionamento da comunicação: Cada estudante surdocego pode apresentar diferentes
formas de funcionamento da comunicação. Alguns podem utilizar a língua de sinais tátil,
outros podem se comunicar por meio de gestos ou sinais manuais, enquanto outros podem
utilizar recursos tecnológicos ou símbolos táteis. É essencial que o professor de AEE
esteja familiarizado com essas diferentes formas de comunicação e seja capaz de adaptar
sua abordagem para atender às necessidades individuais de cada estudante.
Compreender a classificação da surdocegueira quanto ao período de surgimento, tipo de
perda sensorial e funcionamento da comunicação ajuda o professor de AEE a desenvolver
estratégias adequadas de ensino, adaptação de materiais e promoção da comunicação
efetiva com os estudantes surdocegos. Esses conhecimentos contribuem para uma
abordagem mais individualizada e inclusiva, permitindo que cada estudante tenha acesso
ao currículo e participe ativamente do processo de aprendizagem.
Do conceito de Deficiência Múltipla como sendo a associação de duas ou mais
deficiências primárias (mental/visual/ auditiva/física), com comprometimentos que
acarretam consequências no seu desenvolvimento global e na sua capacidade adaptativa.

Da importância da Tecnologia Assistiva na educação destes alunos para efetivação


da comunicação.

71
Para o Professor de AEE que trabalha com estudantes surdocegos, é fundamental ter
conhecimentos sobre Tecnologia Assistiva (TA) e sua importância na educação desses
alunos, especialmente para a efetivação da comunicação. Alguns conhecimentos
relevantes nesse contexto incluem:
Conceito de Tecnologia Assistiva: A Tecnologia Assistiva refere-se a qualquer recurso,
equipamento ou sistema que facilite a participação e autonomia de pessoas com
deficiência. No contexto da surdocegueira, a TA desempenha um papel fundamental na
promoção da comunicação e no acesso à informação, proporcionando aos estudantes
surdocegos ferramentas que os auxiliem na interação e no aprendizado.
Tipos de Tecnologia Assistiva para surdocegos: Existem diversas formas de
Tecnologia Assistiva que podem ser utilizadas por estudantes surdocegos para apoiar a
comunicação. Alguns exemplos incluem dispositivos de comunicação tátil, como tabelas
táteis, teclados braille, impressoras braille, softwares de comunicação alternativa e
aumentativa, sistemas de GPS tátil, entre outros. O professor de AEE deve conhecer esses
recursos e saber como utilizá-los de forma eficaz no contexto educacional.
Avaliação e seleção de Tecnologia Assistiva: O professor de AEE desempenha um papel
importante na avaliação das necessidades individuais dos estudantes surdocegos e na
seleção adequada de Tecnologia Assistiva. Isso envolve compreender as habilidades e
preferências de cada aluno, considerando suas necessidades de comunicação, acesso à
informação e participação no ambiente educacional. O conhecimento sobre as opções
disponíveis de TA e a capacidade de avaliar e adaptar as soluções tecnológicas às
necessidades dos alunos são essenciais nesse processo.
Apoio técnico e capacitação: O professor de AEE também deve buscar capacitação e
atualização constante sobre as novas tecnologias e recursos de TA disponíveis para
estudantes surdocegos. É importante buscar apoio técnico especializado, como
profissionais de tecnologia assistiva, para garantir a correta utilização e manutenção dos
recursos tecnológicos utilizados pelos alunos.
A compreensão da importância da Tecnologia Assistiva na educação de estudantes
surdocegos e a aquisição de conhecimentos sobre os diferentes tipos de recursos e
estratégias disponíveis são fundamentais para o professor de AEE. Isso possibilita a
implementação de abordagens inclusivas e eficazes, promovendo a comunicação e o
acesso ao currículo para esses alunos, contribuindo para sua participação plena e
desenvolvimento acadêmico.

Dos conceitos de comunicação receptiva e de comunicação expressiva


Para o Professor de AEE, é importante ter conhecimentos sobre os conceitos de
comunicação receptiva e comunicação expressiva, especialmente ao trabalhar com
estudantes com dificuldades de comunicação. Alguns conhecimentos relevantes incluem:
Comunicação Receptiva: A comunicação receptiva refere-se à capacidade de
compreender e interpretar informações e mensagens transmitidas por outras pessoas.

72
Envolve a habilidade de receber e processar informações através de diferentes
modalidades, como linguagem oral, linguagem de sinais, comunicação tátil, entre outros.
O professor de AEE deve compreender as estratégias e técnicas de comunicação receptiva
utilizadas pelos estudantes para promover a compreensão e o entendimento das
informações transmitidas.
Comunicação Expressiva: A comunicação expressiva diz respeito à habilidade de
transmitir informações, ideias, sentimentos e desejos de forma clara e efetiva. Envolve a
capacidade de expressar-se utilizando diferentes modalidades, como a linguagem oral, a
linguagem de sinais, sistemas de comunicação alternativa e aumentativa, gestos,
expressões faciais, entre outros. O professor de AEE deve estar familiarizado com as
diferentes formas de comunicação expressiva utilizadas pelos estudantes e apoiar o
desenvolvimento e aprimoramento dessas habilidades.
Estratégias de comunicação: O professor de AEE deve conhecer e utilizar estratégias
adequadas para promover tanto a comunicação receptiva quanto a comunicação
expressiva dos estudantes. Isso pode incluir o uso de recursos visuais, como imagens,
símbolos ou pictogramas, a adaptação da linguagem utilizada, a utilização de gestos ou
sinais, a modelagem de frases ou expressões, entre outras estratégias que facilitem a
compreensão e a expressão dos estudantes.
Individualização da comunicação: Cada estudante possui suas próprias habilidades,
preferências e necessidades de comunicação. O professor de AEE deve ser capaz de
identificar e compreender as características individuais de cada aluno, adaptando as
estratégias de comunicação de acordo com suas necessidades específicas. Isso envolve a
criação de um ambiente de comunicação inclusivo, que valorize as diferentes formas de
expressão e promova a participação ativa dos estudantes.
O conhecimento dos conceitos de comunicação receptiva e comunicação expressiva,
juntamente com a compreensão das estratégias e técnicas de comunicação adequadas,
permite que o professor de AEE promova a comunicação efetiva e a interação dos
estudantes, facilitando o processo de aprendizagem e o desenvolvimento das habilidades
comunicativas.

2.7.1. CAPACIDADES

Contextualizar a surdocegueira e a deficiência múltipla.


A capacidade ainda não descrita nesta pesquisa que pode ser associada ao contexto da
surdocegueira e da deficiência múltipla é a empatia.
A empatia é a capacidade de se colocar no lugar do outro, compreender suas experiências,
sentimentos e perspectivas. No contexto da surdocegueira e da deficiência múltipla, é
fundamental que o professor de AEE possua empatia para entender as necessidades e
desafios enfrentados pelos estudantes. Isso envolve não apenas compreender as
limitações e dificuldades decorrentes da deficiência, mas também reconhecer as
habilidades, potencialidades e formas únicas de comunicação e interação desses
estudantes.

73
Ao exercer a empatia, o professor de AEE será capaz de criar um ambiente inclusivo e
acolhedor, adaptando as estratégias e recursos de ensino de acordo com as necessidades
individuais de cada estudante. Além disso, a empatia também contribui para o
estabelecimento de um relacionamento de confiança e respeito mútuo entre o professor e
o estudante, o que é essencial para promover um processo de aprendizagem efetivo e
significativo.
A empatia permite ao professor de AEE compreender as dificuldades enfrentadas pelos
estudantes com surdocegueira e deficiência múltipla em seu cotidiano escolar e pessoal,
bem como identificar formas de apoio e intervenção adequadas. Ao considerar as
perspectivas e necessidades individuais dos estudantes, o professor de AEE estará melhor
preparado para proporcionar uma educação inclusiva e de qualidade, promovendo o
desenvolvimento integral e o bem-estar dos estudantes com surdocegueira e deficiência
múltipla.

Desconstruir paradigmas quanto à surdocegueira como condição única e conceitos


equivocados sobre surdocegueira e deficiência múltipla.

A capacidade ainda não descrita nesta pesquisa que pode ser associada à desconstrução
de paradigmas e conceitos equivocados sobre a surdocegueira e a deficiência múltipla é
a flexibilidade cognitiva.
A flexibilidade cognitiva refere-se à capacidade de adaptar-se, mudar de perspectiva,
revisar e reorganizar o pensamento diante de novas informações e diferentes pontos de
vista. No contexto da surdocegueira e da deficiência múltipla, é essencial que o professor
de AEE tenha flexibilidade cognitiva para questionar e desafiar os paradigmas existentes
e os conceitos equivocados sobre essas condições.
A surdocegueira e a deficiência múltipla são experiências complexas e variadas, e é
importante reconhecer que cada indivíduo apresenta características únicas e necessidades
específicas. Ao ter flexibilidade cognitiva, o professor de AEE estará aberto a novas
informações, atualizações e pesquisas nessa área, evitando estereótipos e generalizações
simplistas.
A flexibilidade cognitiva permite ao professor de AEE adaptar suas práticas e estratégias
pedagógicas de acordo com as necessidades e potencialidades de cada estudante com
surdocegueira ou deficiência múltipla. Isso envolve a capacidade de compreender as
diferentes formas de comunicação e interação utilizadas por esses estudantes, ajustar os
recursos e materiais didáticos de acordo com suas habilidades sensoriais e adaptar o
ambiente de aprendizagem para garantir acessibilidade e inclusão.
Ao promover a desconstrução de paradigmas e conceitos equivocados, e ao adotar uma
abordagem flexível e centrada no estudante, o professor de AEE contribui para o
desenvolvimento integral e a inclusão efetiva de estudantes com surdocegueira e
deficiência múltipla, proporcionando a eles oportunidades educacionais significativas e
adequadas às suas necessidades individuais.

74
Conhecer o uso e aplicação de recursos de acessibilidade para a comunicação
aumentativa e alternativa.
A capacidade ainda não descrita nesta pesquisa que pode ser associada ao conhecimento
do uso e aplicação de recursos de acessibilidade para a comunicação aumentativa e
alternativa é a adaptabilidade.
A adaptabilidade refere-se à capacidade de ajustar-se e encontrar soluções flexíveis diante
de diferentes situações e necessidades. No contexto da comunicação aumentativa e
alternativa, o professor de AEE precisa ser adaptável para identificar e utilizar os recursos
de acessibilidade mais adequados para cada estudante.
A comunicação aumentativa e alternativa envolve o uso de estratégias, técnicas e recursos
que auxiliam a comunicação de pessoas com dificuldades na fala ou na linguagem. Esses
recursos podem incluir símbolos gráficos, sistemas de comunicação por troca de figuras,
aplicativos de comunicação, dispositivos eletrônicos, entre outros.
Ao conhecer e dominar o uso e aplicação desses recursos, o professor de AEE demonstra
adaptabilidade ao ajustar suas estratégias de ensino e comunicação de acordo com as
necessidades individuais de cada estudante. Isso envolve compreender os diferentes
sistemas de comunicação aumentativa e alternativa, identificar os recursos mais eficazes
para cada estudante e adaptar-se a novas tecnologias e métodos que possam surgir.
A adaptabilidade permite ao professor de AEE estar aberto a experimentar diferentes
abordagens e recursos de acessibilidade, buscando sempre as melhores soluções para
promover a comunicação efetiva e a participação ativa dos estudantes. Além disso, essa
capacidade também envolve a disposição de ajustar e adaptar os recursos de acordo com
as mudanças nas necessidades e habilidades dos estudantes ao longo do tempo.
Ao aplicar a adaptabilidade no uso de recursos de acessibilidade para a comunicação
aumentativa e alternativa, o professor de AEE proporciona um ambiente inclusivo e
acessível, permitindo que os estudantes com dificuldades na comunicação possam
expressar-se, participar ativamente das atividades educacionais e interagir com os demais
colegas de forma significativa.

Criar estratégias de flexibilização que garantam o acesso curricular para esse grupo
específico.
A capacidade ainda não descrita nesta pesquisa que pode ser associada à criação de
estratégias de flexibilização para garantir o acesso curricular é a adaptabilidade
pedagógica.
A adaptabilidade pedagógica refere-se à capacidade do professor de AEE de ajustar e
personalizar o ensino de acordo com as necessidades individuais dos estudantes. No
contexto da educação inclusiva e da garantia de acesso curricular para alunos com
necessidades específicas, a adaptabilidade pedagógica é fundamental.

75
Cada aluno possui características únicas, habilidades, ritmos de aprendizagem e
necessidades diferenciadas. O professor de AEE, ao criar estratégias de flexibilização,
precisa ser adaptável em sua abordagem pedagógica, considerando essas particularidades
e promovendo um ambiente de aprendizagem inclusivo.
Isso envolve a capacidade de identificar as barreiras que podem impedir o acesso
curricular dos estudantes, como dificuldades de comunicação, limitações sensoriais,
necessidades de apoio individualizado, entre outros, e buscar soluções pedagógicas que
atendam a essas demandas.
A adaptabilidade pedagógica implica em conhecer e utilizar diferentes metodologias,
recursos e estratégias de ensino, adaptando-os de forma a proporcionar uma
aprendizagem significativa e acessível para todos os estudantes. Isso pode incluir a
utilização de materiais didáticos adaptados, abordagens diferenciadas de ensino,
flexibilização de atividades e avaliações, uso de tecnologias assistivas, entre outros
recursos e práticas pedagógicas inclusivas.
Ao ser adaptável pedagogicamente, o professor de AEE é capaz de promover a
participação ativa e o progresso acadêmico dos estudantes com necessidades específicas,
proporcionando-lhes oportunidades igualitárias de aprendizagem. Além disso, essa
capacidade também contribui para o desenvolvimento de um ambiente escolar acolhedor,
onde todos os alunos se sintam valorizados e incluídos.

Reconhecer os estágios de desenvolvimento dos estudantes com surdocegueira ou


deficiência sensorial múltipla para planejar os passos e recursos necessários para
efetivar o ensino e aprendizagem deste.
A capacidade ainda não descrita nesta pesquisa que pode ser associada ao reconhecimento
dos estágios de desenvolvimento dos estudantes com surdocegueira ou deficiência
sensorial múltipla para o planejamento do ensino e aprendizagem é a sensibilidade e
empatia.
A sensibilidade e empatia referem-se à habilidade do professor de AEE de compreender
e se colocar no lugar dos estudantes, reconhecendo suas necessidades, limitações e
potencialidades de forma genuína e empática. Para trabalhar efetivamente com estudantes
com surdocegueira ou deficiência sensorial múltipla, é essencial ter sensibilidade e
empatia para entender as suas experiências e desafios únicos.
Ao reconhecer os estágios de desenvolvimento dos estudantes, o professor de AEE deve
considerar não apenas as dificuldades sensoriais, mas também o impacto emocional,
social e cognitivo que essas condições podem ter sobre eles. É importante compreender
as particularidades de cada estudante, suas formas de comunicação, suas necessidades de
apoio e as estratégias mais adequadas para promover o seu desenvolvimento e
aprendizagem.
A sensibilidade e empatia permitem ao professor de AEE estabelecer um vínculo de
confiança e respeito com os estudantes, criando um ambiente acolhedor e seguro para a
sua aprendizagem. Isso envolve estar atento às suas expressões não verbais, respeitar seus
tempos e ritmos, valorizar suas conquistas e promover um diálogo aberto e inclusivo.

76
Ao exercer a sensibilidade e empatia, o professor de AEE pode adaptar suas práticas
pedagógicas e recursos de acordo com as necessidades individuais dos estudantes,
promovendo um ensino efetivo e personalizado. Isso inclui o planejamento de atividades
e estratégias de ensino que sejam adequadas ao estágio de desenvolvimento de cada
estudante, considerando suas habilidades cognitivas, emocionais, sociais e sensoriais.
A sensibilidade e empatia também se estendem à interação com a família e a comunidade,
reconhecendo o papel fundamental desses atores na educação dos estudantes com
surdocegueira ou deficiência sensorial múltipla. Ao envolver a família e estabelecer
parcerias com outros profissionais e serviços da comunidade, o professor de AEE amplia
o suporte e os recursos disponíveis para atender às necessidades dos estudantes de forma
integral e inclusiva.

Utilizar recursos de Comunicação Alternativa e Aumentativa, símbolos tangíveis


manipuláveis, Sistema Pictográfico Compic, símbolos concretos texturizados, entre
outros.
A capacidade ainda não descrita nesta pesquisa que pode ser associada à utilização de
recursos de Comunicação Alternativa e Aumentativa, como símbolos tangíveis
manipuláveis, Sistema Pictográfico Compic, símbolos concretos texturizados, entre
outros, é a adaptabilidade.
A adaptabilidade refere-se à capacidade do professor de AEE de ajustar e personalizar os
recursos de comunicação de acordo com as necessidades e habilidades dos estudantes
com surdocegueira ou deficiência sensorial múltipla. Cada estudante pode apresentar
preferências, modos de comunicação e estilos de aprendizagem diferentes, e é
fundamental que o professor seja capaz de adaptar os recursos e estratégias para atender
às suas necessidades individuais.
Ao utilizar recursos de Comunicação Alternativa e Aumentativa, o professor de AEE
precisa ser flexível e adaptar-se às preferências e capacidades de cada estudante. Isso pode
envolver a seleção de símbolos, materiais e estratégias de comunicação que sejam mais
adequados e significativos para cada indivíduo. Por exemplo, alguns estudantes podem
preferir símbolos táteis, enquanto outros podem responder melhor a símbolos visuais ou
manipuláveis.
Além disso, a adaptabilidade também se refere à capacidade do professor de AEE de
ajustar os recursos de acordo com o progresso e as mudanças nas habilidades dos
estudantes. À medida que os estudantes desenvolvem novas competências de
comunicação, o professor precisa estar disposto a adaptar e expandir os recursos
disponíveis, garantindo que eles continuem a desafiar e apoiar o desenvolvimento dos
estudantes.
A adaptabilidade também está relacionada à prontidão para explorar e experimentar
diferentes recursos e estratégias de comunicação, buscando aqueles que sejam mais
eficazes para cada estudante. Isso pode envolver a colaboração com outros profissionais,
a pesquisa de novas tecnologias ou abordagens, e a disposição de ajustar e personalizar
os recursos existentes para atender às necessidades específicas dos estudantes.

77
Portanto, a adaptabilidade é uma capacidade essencial para o professor de AEE ao utilizar
recursos de Comunicação Alternativa e Aumentativa, permitindo que ele se ajuste e
personalize os recursos de acordo com as necessidades e habilidades individuais dos
estudantes com surdocegueira ou deficiência sensorial múltipla, buscando sempre
proporcionar uma comunicação efetiva e significativa.

Conhecer a aplicação de Tecnologias Assistivas, Estratégias de Comunicação e apoio


de materiais sensoriais voltados para esse público.

A capacidade ainda não descrita nesta pesquisa que pode ser associada ao conhecimento
da aplicação de Tecnologias Assistivas, Estratégias de Comunicação e apoio de materiais
sensoriais voltados para estudantes com surdocegueira ou deficiência sensorial múltipla
é a adaptabilidade.
A adaptabilidade refere-se à capacidade do professor de AEE de ajustar e personalizar as
Tecnologias Assistivas, Estratégias de Comunicação e materiais sensoriais de acordo com
as necessidades e habilidades específicas dos estudantes. Cada estudante com
surdocegueira ou deficiência sensorial múltipla pode ter preferências, capacidades e
necessidades únicas, e é essencial que o professor seja capaz de adaptar os recursos
disponíveis para atender a essas especificidades individuais.
Ao conhecer a aplicação de Tecnologias Assistivas, Estratégias de Comunicação e
materiais sensoriais voltados para esse público, o professor de AEE precisa ser flexível e
adaptar-se às preferências e capacidades dos estudantes. Isso pode envolver a seleção e o
uso adequado de dispositivos e softwares de Tecnologia Assistiva, a escolha de
Estratégias de Comunicação adequadas às habilidades de comunicação dos estudantes e
a utilização de materiais sensoriais que sejam relevantes e eficazes para cada indivíduo.
Além disso, a adaptabilidade também se relaciona à capacidade do professor de AEE de
ajustar os recursos de acordo com o progresso e as mudanças nas habilidades dos
estudantes. À medida que os estudantes desenvolvem novas competências e necessidades
específicas evoluem, o professor precisa estar disposto a adaptar e expandir os recursos
disponíveis, garantindo que eles continuem a atender às necessidades em constante
mudança dos estudantes.
A adaptabilidade também envolve a prontidão para explorar e experimentar novas
Tecnologias Assistivas, Estratégias de Comunicação e materiais sensoriais, buscando
aqueles que sejam mais eficazes para cada estudante. Isso pode envolver o aprendizado
contínuo sobre novas tecnologias e abordagens, a colaboração com outros profissionais e
a disposição de ajustar e personalizar os recursos existentes para atender às necessidades
individuais dos estudantes.
Portanto, a adaptabilidade é uma capacidade essencial para o professor de AEE ao aplicar
Tecnologias Assistivas, Estratégias de Comunicação e apoio de materiais sensoriais
voltados para estudantes com surdocegueira ou deficiência sensorial múltipla. Essa
capacidade permite que o professor se ajuste e personalize os recursos de acordo com as

78
necessidades e habilidades individuais dos estudantes, visando proporcionar um ambiente
de aprendizagem inclusivo e efetivo.

79
3. BIBLIOGRAFIA – EDUCAÇÃO ESPECIAL E INCLUSIVA
LIVROS E ARTIGOS

1. BORGES, C. S. Atendimento Educacional Especializado na Escola comum como


ação pedagógica favorecedora da Educação Inclusiva. Curitiba: Appis, 2020.
O livro "Atendimento Educacional Especializado na Escola comum como ação
pedagógica favorecedora da Educação Inclusiva" de C. S. Borges aborda a importância
do Atendimento Educacional Especializado (AEE) realizado dentro do ambiente da
escola regular como uma prática pedagógica que promove a Educação Inclusiva.
O problema central abordado no livro é a necessidade de garantir o acesso e a participação
plena de todos os estudantes, independentemente de suas necessidades educacionais
especiais, no ambiente educacional inclusivo. A ideia principal é que o AEE desempenha
um papel fundamental nesse processo, oferecendo suporte individualizado e recursos
específicos para os estudantes com deficiência, transtornos do espectro autista, altas
habilidades/superdotação e outras necessidades educacionais especiais, visando
promover o seu desenvolvimento e aprendizagem.
O livro destaca a importância de proporcionar um ambiente inclusivo na escola regular,
onde os estudantes com necessidades educacionais especiais sejam acolhidos, respeitados
e tenham acesso a uma educação de qualidade. Nesse contexto, o AEE é apresentado
como uma estratégia fundamental para assegurar a equidade e a igualdade de
oportunidades, pois visa atender às demandas individuais dos estudantes, promovendo a
sua participação ativa e o seu progresso acadêmico.
Ao abordar a temática do AEE no contexto da escola regular, o livro também enfatiza a
importância da formação e da colaboração entre os profissionais da educação, incluindo
os professores de AEE e os professores do ensino regular. A ideia é que esses
profissionais trabalhem de forma integrada e complementar, compartilhando
conhecimentos, planejando conjuntamente estratégias e recursos, e garantindo uma
educação inclusiva e de qualidade para todos os estudantes.
Portanto, o problema central abordado no livro é a necessidade de promover a Educação
Inclusiva e a ideia principal é destacar o papel do AEE como uma ação pedagógica
favorecedora desse processo, contribuindo para a construção de uma escola mais
inclusiva, acessível e equitativa.

2. CARVALHO, Rosita Edler. Educação inclusiva: com os pingos nos “is”, Editora
Mediação, 2004
O livro "Educação Inclusiva: com os pingos nos 'is'" de Rosita Edler Carvalho, publicado
em 2004, aborda a temática da Educação Inclusiva e busca esclarecer e aprofundar os
conceitos e práticas relacionados a esse campo educacional.
O problema principal abordado no livro é a exclusão e a segregação enfrentadas por
pessoas com deficiência no contexto educacional e social. A ideia principal do livro é
promover uma reflexão crítica sobre os paradigmas e as práticas tradicionais da educação,

80
buscando uma transformação para uma abordagem inclusiva, que valorize a diversidade
e garanta a participação de todos os estudantes.
A autora discute os fundamentos teóricos da Educação Inclusiva, apresentando conceitos-
chave como igualdade de oportunidades, respeito à diferença, valorização da diversidade
e construção de uma sociedade inclusiva. Além disso, o livro aborda questões práticas
relacionadas à implementação da Educação Inclusiva, como a formação de professores, a
adaptação curricular, a acessibilidade física e a colaboração entre os profissionais da
educação.
Carvalho também explora a importância da participação ativa da comunidade escolar e
da sociedade como um todo na promoção da inclusão. O livro busca desmistificar
preconceitos e estereótipos em relação às pessoas com deficiência, enfatizando a
importância de uma mudança de perspectiva que valorize a singularidade de cada
indivíduo e reconheça seus direitos fundamentais.
Dessa forma, o problema central abordado no livro é a exclusão de pessoas com
deficiência no âmbito educacional, e a ideia principal é a defesa e promoção da Educação
Inclusiva como um caminho para superar essa exclusão, garantindo a participação plena
e igualitária de todos os estudantes, independentemente de suas características e
necessidades. O livro propõe uma reflexão crítica e oferece subsídios teóricos e práticos
para a construção de um sistema educacional mais inclusivo e equitativo.

3. FALVEY, M. A.; GIVNER, C. C.; KIMM, C. O que eu farei segunda-feira pela


manhã? In: Stainback, S.; Stainback, W. Inclusão: um guia para educadores. Porto
Alegre: Artmed, 1999.
O livro "Inclusão: um guia para educadores" de Susan Stainback e William Stainback,
publicado em 1999, conta com a contribuição de vários autores, incluindo M. A. Falvey,
C. C. Givner e C. Kimm, que escrevem o capítulo intitulado "O que eu farei segunda-
feira pela manhã?".
O problema principal abordado no livro é a exclusão e a segregação de estudantes com
deficiência no sistema educacional. A ideia principal é oferecer um guia prático para os
educadores, fornecendo estratégias e orientações sobre como promover a inclusão de
forma efetiva e significativa no ambiente escolar.
O capítulo em questão discute a importância de planejar e preparar as atividades de sala
de aula levando em consideração a diversidade de necessidades e capacidades dos
estudantes. Os autores destacam a necessidade de criar um ambiente inclusivo que atenda
a todos os alunos, independentemente de suas características e habilidades.
Os autores enfatizam a importância de uma abordagem centrada no aluno, levando em
consideração seus interesses, habilidades, estilos de aprendizagem e necessidades
individuais. Eles propõem estratégias para o planejamento de atividades que envolvam
todos os alunos, promovendo a participação ativa e o engajamento de cada um.
Além disso, o capítulo aborda a importância da colaboração entre os educadores,
incluindo professores especializados, professores de apoio e demais profissionais

81
envolvidos no processo educacional. Os autores destacam a necessidade de compartilhar
conhecimentos, trocar ideias e trabalhar em equipe para garantir a inclusão e o sucesso de
todos os estudantes.
Em resumo, o problema central abordado no capítulo e no livro como um todo é a
exclusão de estudantes com deficiência no contexto educacional, e a ideia principal é
fornecer orientações práticas e estratégias para os educadores promoverem a inclusão e
atenderem às necessidades de todos os alunos. O livro busca capacitar os educadores a
criarem um ambiente inclusivo, acolhedor e educacionalmente enriquecedor para todos
os estudantes.

4. MANTOAN, M. T. Inclusão Escolar, o que é? Por quê? Como fazer? São Paulo:
Moderna, 2003.
O livro "Inclusão Escolar, o que é? Por quê? Como fazer?" de Maria Teresa Eglér
Mantoan, publicado em 2003, aborda o tema da inclusão escolar e busca responder a três
questões fundamentais: o que é inclusão escolar, por que é importante e como pode ser
efetivada.
O problema central discutido no livro é a exclusão e a segregação de estudantes com
deficiência no contexto educacional. A autora destaca a necessidade de transformar o
sistema educacional em um espaço inclusivo, que acolha e atenda às necessidades de
todos os alunos, independentemente de suas diferenças.
A ideia principal do livro é que a inclusão escolar não se resume apenas à matrícula de
alunos com deficiência nas escolas regulares, mas envolve uma mudança de perspectiva
e de práticas educacionais. A inclusão não é apenas uma questão de acesso físico, mas
também de garantir oportunidades de participação, aprendizagem e desenvolvimento para
todos os estudantes.
A autora argumenta que a inclusão escolar é um direito de todos os estudantes e que a
diversidade é uma característica natural da sociedade. Ela defende a ideia de que a
educação inclusiva beneficia não apenas os alunos com deficiência, mas também os
demais estudantes, ao promover o respeito às diferenças, a valorização da diversidade e
a construção de uma sociedade mais justa e igualitária.
O livro apresenta reflexões teóricas e práticas sobre a inclusão escolar, discutindo
diferentes aspectos, como a formação de professores, a adaptação curricular, a
organização do ambiente escolar e a importância da participação da família e da
comunidade. A autora também enfatiza a importância da colaboração entre os
profissionais da educação e a necessidade de superar os obstáculos e desafios para efetivar
a inclusão.
Em resumo, o livro aborda o problema da exclusão de estudantes com deficiência no
sistema educacional e apresenta a ideia principal de que a inclusão escolar é um direito
de todos os alunos. A autora explora os aspectos teóricos e práticos da inclusão, buscando
fornecer orientações e estratégias para efetivar a inclusão escolar e criar ambientes
educacionais inclusivos, acolhedores e propícios ao desenvolvimento de todos os
estudantes.

82
5. MANTOAN, Maria Tereza Eglér; PRIETO, Rosângela; ARANTES, Valéria
Amorim. Inclusão escolar: pontos e contrapontos. 2. ed. São Paulo: Summus, 2006
O livro "Inclusão Escolar: Pontos e Contrapontos", de Maria Tereza Eglér Mantoan,
Rosângela Gavioli Prieto e Valéria Amorim Arantes, publicado em 2006, aborda o tema
da inclusão escolar sob uma perspectiva crítica e dialógica.
O problema central discutido no livro é a implementação da inclusão escolar e os desafios
enfrentados nesse processo. As autoras apresentam diferentes pontos de vista e debatem
questões controversas relacionadas à inclusão, buscando promover uma reflexão
aprofundada sobre o tema.
A ideia principal do livro é que a inclusão escolar não pode ser tratada de forma simplista
e que é necessário considerar diferentes aspectos e perspectivas para compreender suas
complexidades. As autoras exploram diversas questões, como a formação de professores,
a adaptação curricular, a avaliação, a participação da família e a construção de ambientes
educacionais inclusivos.
O livro apresenta um formato de diálogo entre as autoras, que expressam diferentes visões
e experiências sobre a inclusão escolar. Cada capítulo é dedicado a um tema específico e
as autoras apresentam argumentos a favor e contra determinadas abordagens, estimulando
o leitor a refletir sobre as contradições e desafios da inclusão.
Ao longo do livro, são abordados temas como a segregação e a inclusão reversa, os
aspectos legais da inclusão, a importância da formação docente, os dilemas da avaliação
inclusiva, as políticas públicas e as diferentes concepções de inclusão presentes na
sociedade.
O livro busca proporcionar um espaço de reflexão crítica e favorecer o diálogo sobre a
inclusão escolar, levando em consideração diferentes perspectivas teóricas e práticas. As
autoras destacam a importância de superar visões simplistas e promover uma discussão
embasada, que considere a diversidade de experiências e necessidades dos alunos.
Em resumo, o livro "Inclusão Escolar: Pontos e Contrapontos" problematiza a
implementação da inclusão escolar e apresenta diferentes perspectivas sobre o tema. As
autoras debatem questões complexas e controversas, estimulando o leitor a refletir
criticamente sobre os desafios e dilemas da inclusão e a buscar soluções que promovam
uma educação mais inclusiva e de qualidade para todos os estudantes.

6. MAZZOTTA, Marcos José da Silveira. Educação especial no Brasil: história e


políticas públicas. São Paulo: Cortez, 1996.
O livro "Educação Especial no Brasil: História e Políticas Públicas", escrito por Marcos
José da Silveira Mazzotta e publicado em 1996, aborda a trajetória da Educação Especial
no contexto brasileiro, analisando as políticas públicas e os desafios enfrentados ao longo
da história.
O problema principal discutido no livro é a exclusão e marginalização das pessoas com
deficiência ao longo dos anos, e como as políticas públicas de Educação Especial têm
buscado promover a inclusão e garantir o acesso à educação para todos os alunos.

83
A ideia principal do livro é apresentar um panorama histórico da Educação Especial no
Brasil, desde seus primórdios até o contexto da década de 1990. O autor analisa as
políticas educacionais implementadas ao longo do tempo, destacando os diferentes
paradigmas que influenciaram a forma como a educação das pessoas com deficiência foi
concebida e realizada.
Ao longo do livro, são abordados temas como a institucionalização, a segregação, a luta
por direitos, as influências internacionais, os modelos educacionais, a formação de
professores e a participação da sociedade civil na construção das políticas de Educação
Especial.
Mazzotta também discute os avanços e desafios encontrados na implementação das
políticas públicas, destacando a importância da inclusão e da educação de qualidade para
todos os alunos, independentemente de suas diferenças e necessidades.
O livro contribui para a compreensão da trajetória histórica da Educação Especial no
Brasil, analisando as políticas públicas e refletindo sobre os desafios enfrentados para
promover uma educação mais inclusiva e igualitária.
Em resumo, o livro "Educação Especial no Brasil: História e Políticas Públicas" aborda o
problema da exclusão das pessoas com deficiência e apresenta a trajetória da Educação
Especial no país. O autor analisa as políticas públicas implementadas, destacando a
importância da inclusão e discutindo os desafios e perspectivas para uma educação mais
inclusiva e igualitária.

7. MENDES, E. A radicalização do debate sobre inclusão escolar no Brasil. Revista


Brasileira de Educação v. 11 n. 33 set./ dez. 2006.
O texto "A radicalização do debate sobre inclusão escolar no Brasil", escrito por Elizabeth
Mendes e publicado na Revista Brasileira de Educação em 2006, aborda a controvérsia e
as diferentes perspectivas em torno do tema da inclusão escolar no contexto brasileiro.
O problema principal discutido no texto é a polarização do debate entre defensores e
críticos da inclusão escolar. A autora destaca que o tema da inclusão tem sido objeto de
intensos debates e disputas ideológicas, gerando posições extremadas e radicais por parte
dos envolvidos.
A ideia principal do texto é analisar os principais argumentos e pontos de vista dos
diferentes atores envolvidos no debate sobre a inclusão escolar, buscando compreender
as razões que levam à radicalização das posições.
Mendes discute a concepção de inclusão como um direito de todos os alunos e critica a
visão de que a inclusão seria uma ameaça à qualidade do ensino ou um mero modismo
pedagógico. Ela argumenta que a inclusão escolar é um processo complexo e desafiador,
que requer ações efetivas para garantir a igualdade de oportunidades e o acesso pleno à
educação para todos os estudantes.
A autora também destaca a importância de uma abordagem contextualizada e flexível da
inclusão, levando em consideração as especificidades e necessidades individuais dos
alunos. Ela ressalta a necessidade de se pensar em estratégias e políticas educacionais que

84
promovam a participação ativa e a aprendizagem significativa de todos os estudantes,
independentemente de suas diferenças.
Em resumo, o texto "A radicalização do debate sobre inclusão escolar no Brasil" aborda
o problema da polarização do debate em torno da inclusão escolar. A autora busca
compreender as diferentes perspectivas e argumentos dos atores envolvidos, ressaltando
a importância de uma abordagem contextualizada e flexível da inclusão, que garanta a
igualdade de oportunidades e a participação plena de todos os alunos na educação.

8. MENDES, E.G; VILARONGA, C. A. R; ZERBATO, A. P. Ensino colaborativo


como apoio à inclusão escolar: unindo esforços entre educação comum e especial.
São Carlos: UFSCar, 2014. p. 68-88.
O livro "Ensino colaborativo como apoio à inclusão escolar: unindo esforços entre
educação comum e especial", escrito por Elizabeth G. Mendes, Claudia A. R. Vilaronga
e Ana Paula Zerbato e publicado em 2014, aborda o tema do ensino colaborativo como
uma estratégia para promover a inclusão escolar.
O problema principal discutido no livro é a necessidade de superar a separação entre
educação comum e educação especial, buscando a construção de práticas educativas
inclusivas e colaborativas. As autoras argumentam que a segregação e a exclusão de
alunos com deficiência ou necessidades educacionais especiais são obstáculos para a
efetivação da inclusão escolar.
A ideia principal do livro é apresentar o ensino colaborativo como uma abordagem
pedagógica que envolve a parceria entre professores da educação comum e professores
de educação especial para planejar, implementar e avaliar práticas inclusivas. O ensino
colaborativo propõe o compartilhamento de conhecimentos, experiências e recursos entre
os profissionais, visando atender às necessidades individuais de cada aluno e promover
sua participação plena na sala de aula regular.
As autoras discutem os princípios e fundamentos do ensino colaborativo, apresentam
modelos de organização e estratégias de trabalho colaborativo, além de exemplos de
práticas inclusivas em diferentes contextos escolares. Elas destacam a importância da
formação de professores e da construção de equipes pedagógicas coesas e comprometidas
com a inclusão.
O livro também aborda a necessidade de se repensar o papel do professor de educação
especial, que deixa de ser um mero provedor de recursos e passa a atuar como um
colaborador e facilitador do processo de inclusão. Além disso, enfatiza a importância de
se valorizar a diversidade presente na sala de aula e de se promover a interação entre os
alunos, favorecendo o desenvolvimento de habilidades sociais e emocionais.
Em resumo, o livro "Ensino colaborativo como apoio à inclusão escolar: unindo esforços
entre educação comum e especial" discute o problema da separação entre educação
comum e educação especial, propondo o ensino colaborativo como uma estratégia para
promover a inclusão escolar. As autoras apresentam os fundamentos e práticas do ensino
colaborativo, ressaltando a importância da parceria entre professores e a valorização da
diversidade na sala de aula.

85
9. MENDES, Rodrigo H. O que é Desenho universal para aprendizagem? Diversa,
1 dez. 2017.
Disponível em: https:// diversa.org.br/artigos/o-que-edesenho-universal-para-
aprendizagem/.
O que é Desenho universal para aprendizagem?" de Rodrigo H. Mendes. No entanto,
fornece uma breve explicação sobre o conceito de Desenho Universal para Aprendizagem
(DUA).
O Desenho Universal para Aprendizagem é um conceito e uma abordagem pedagógica
que busca promover a acessibilidade e a inclusão na educação, visando atender às
necessidades de todos os alunos, independentemente de suas habilidades, preferências de
aprendizagem ou características individuais. O objetivo é criar ambientes e materiais
educacionais flexíveis, que possam ser utilizados por todos os estudantes de forma eficaz.
A ideia principal do Desenho Universal para Aprendizagem é que a diversidade é uma
característica natural dos estudantes, e não uma limitação a ser superada. Dessa forma,
em vez de adaptar ou modificar o ambiente de aprendizagem para atender apenas a alguns
alunos, o DUA propõe a criação de um ambiente inclusivo desde o início, onde todas as
barreiras são minimizadas ou eliminadas.
O DUA se baseia em três princípios fundamentais:
Representação: fornecer múltiplas formas de apresentar as informações, como texto,
áudio, vídeo, imagens, gráficos, etc., para atender às diferentes modalidades de
aprendizagem dos estudantes.
Ação e Expressão: oferecer diferentes opções para os estudantes demonstrarem seu
conhecimento e habilidades, permitindo que eles escolham as ferramentas e estratégias
mais adequadas para eles.
Engajamento: fornecer oportunidades significativas de envolvimento e motivação dos
estudantes, conectando o conteúdo ao seu interesse, valor e relevância pessoal.
O Desenho Universal para Aprendizagem não se limita a alunos com deficiência ou
necessidades educacionais especiais, mas beneficia a todos os estudantes, criando um
ambiente inclusivo que valoriza a diversidade e promove uma aprendizagem efetiva para
todos.

10. OMOTE, S. Prefácio. In: RODRIGUES, O. M. P. R.; CAPELLINI, V. L. M. F.;


SANTOS, D. A. N. (Orgs.) Redefor Educação Especial e Inclusiva: Diversidade e
Cultura Inclusiva. São Paulo: Unesp, Núcleo de Educação a Distância, 2014.
O conceito central do tema "Educação Especial e Inclusiva: Diversidade e Cultura
Inclusiva" refere-se à abordagem inclusiva na educação, que visa promover o acesso,
participação e sucesso educacional de todos os alunos, incluindo aqueles com
necessidades educacionais especiais. Esse conceito reconhece a diversidade de
habilidades, talentos, características e necessidades dos estudantes e busca criar

86
ambientes educacionais que sejam acolhedores, acessíveis e adaptados para atender a
todos.
A educação inclusiva valoriza a igualdade de oportunidades e a diversidade como
recursos enriquecedores para a aprendizagem e o desenvolvimento de todos os alunos.
Isso implica em adotar práticas pedagógicas e estratégias de apoio que atendam às
necessidades individuais de cada estudante, proporcionando o acesso ao currículo, a
participação ativa em atividades educacionais e a oferta de suporte necessário para o seu
pleno desenvolvimento.
Além disso, a cultura inclusiva refere-se à criação de um ambiente escolar e social que
promova a aceitação, a valorização das diferenças, a equidade e o respeito mútuo. Isso
envolve a sensibilização e conscientização de todos os membros da comunidade
educacional sobre as questões relacionadas à diversidade e à inclusão, bem como a
implementação de políticas, práticas e estruturas que apoiem a educação inclusiva de
forma efetiva.
O livro "Redefor Educação Especial e Inclusiva: Diversidade e Cultura Inclusiva"
provavelmente explora e discute diferentes aspectos e perspectivas relacionados à
educação inclusiva, abordando temas como políticas educacionais, práticas pedagógicas,
formação de professores, adaptação curricular, apoios e recursos, além de trazer reflexões
sobre a importância da diversidade e da cultura inclusiva na construção de uma educação
mais igualitária e acolhedora para todos os estudantes.

11. SASSAKI, R. K. Inclusão: construindo uma sociedade para todos. Rio de


Janeiro: Editora WVA, 1997.
O problema principal abordado no livro "Inclusão: construindo uma sociedade para
todos" de Romeu Kazumi Sassaki é a exclusão e a discriminação enfrentadas por pessoas
com deficiência na sociedade. O autor busca promover a conscientização e a reflexão
sobre a importância da inclusão dessas pessoas em todos os aspectos da vida, incluindo a
educação, o trabalho, o acesso aos espaços públicos e a participação plena na sociedade.
A ideia principal apresentada no livro é que a inclusão não se limita apenas à promoção
de acessibilidade física, mas também envolve a transformação das atitudes, dos valores e
das políticas sociais para garantir a participação e a igualdade de oportunidades para todas
as pessoas, independentemente de suas habilidades e diferenças.
O autor argumenta que a inclusão não é uma tarefa apenas das pessoas com deficiência,
mas sim de toda a sociedade, destacando a importância da conscientização, da
mobilização social e da criação de políticas e práticas inclusivas. Sassaki enfatiza a
necessidade de uma mudança de paradigma, em que as diferenças sejam valorizadas e as
barreiras sejam removidas, permitindo que todas as pessoas contribuam e se beneficiem
plenamente da sociedade.
O livro busca inspirar ações concretas para construir uma sociedade inclusiva, destacando
o papel de cada indivíduo e instituição nesse processo, e promovendo uma visão mais
ampla e humanizada da inclusão como um direito fundamental de todas as pessoas.

87
4.LEGISLAÇÃO

1. BRASIL. Lei n. 13.146, de 6 de julho de 2015. Institui a Lei Brasileira de Inclusão


da Pessoa com Deficiência (Estatuto da Pessoa com Deficiência).

Disponível em: http://www.planalto. gov.br/ccivil_03/_ato2015-


2018/2015/lei/l13146.htm.

A Lei Brasileira de Inclusão da Pessoa com Deficiência (Estatuto da Pessoa com


Deficiência) é uma legislação brasileira que entrou em vigor em 6 de julho de 2015. Ela
busca promover a igualdade de oportunidades, a participação e a autonomia das pessoas
com deficiência em todos os aspectos da vida. A seguir estão alguns dos principais pontos
dessa lei:
Definição de pessoa com deficiência: A lei define a pessoa com deficiência como aquela
que possui impedimentos de longo prazo de natureza física, mental, intelectual ou
sensorial, que, em interação com diversas barreiras, podem obstruir sua participação plena
e efetiva na sociedade.
Igualdade e não discriminação: A lei estabelece que as pessoas com deficiência têm os
mesmos direitos fundamentais que as demais pessoas, devendo ser assegurada sua
igualdade de oportunidades em diversas áreas, como educação, trabalho, saúde, lazer,
acessibilidade, entre outras. É proibida qualquer forma de discriminação baseada na
deficiência.
Acessibilidade: O Estatuto da Pessoa com Deficiência enfatiza a importância da
acessibilidade em todos os espaços e serviços públicos e privados abertos ao público,
como transporte, edifícios, comunicações, serviços de saúde, entre outros. Estabelece a
necessidade de adaptações razoáveis para garantir o acesso pleno e a inclusão das pessoas
com deficiência.
Educação inclusiva: A lei determina que as pessoas com deficiência têm direito à
educação inclusiva em todos os níveis, desde a educação infantil até o ensino superior.
Ela prevê a oferta de recursos e apoios necessários para garantir a igualdade de
oportunidades e o pleno desenvolvimento dos estudantes com deficiência.
Trabalho: O Estatuto da Pessoa com Deficiência estabelece medidas para promover a
inclusão no mercado de trabalho, como a reserva de vagas em empresas com mais de 100
funcionários, ações afirmativas, incentivos fiscais e a obrigatoriedade de acessibilidade
nos locais de trabalho.
Curatela: A lei redefine a curatela, que é a representação legal de pessoas com
deficiência que não possuem plena capacidade de exercer atos da vida civil. Ela busca
restringir ao máximo a intervenção na tomada de decisões das pessoas com deficiência,
incentivando a autonomia e a participação delas nas escolhas que afetam suas vidas.

88
Esses são apenas alguns dos principais pontos da Lei Brasileira de Inclusão da Pessoa
com Deficiência. A legislação é ampla e busca abranger diversos aspectos da vida das
pessoas com deficiência, com o objetivo de garantir sua inclusão e pleno exercício de
direitos.

2. BRASIL. Ministério da Educação. A educação especial na perspectiva da inclusão


escolar. Brasília: MEC, 2010.

Esse documento é uma publicação que aborda diretrizes e orientações para a


implementação da educação especial no contexto da inclusão escolar. A seguir, apresento
alguns dos principais pontos destacados nesse documento:
Educação inclusiva: O documento enfatiza a importância da educação inclusiva, que
visa garantir a participação e aprendizagem de todos os alunos, incluindo aqueles com
deficiência, transtornos globais do desenvolvimento e altas habilidades/superdotação, em
escolas regulares. A inclusão implica na valorização da diversidade e no reconhecimento
das potencialidades de cada aluno.
Direito à educação: A publicação ressalta que todas as crianças e jovens têm direito à
educação, independentemente de suas condições físicas, intelectuais ou sociais. A
educação inclusiva é considerada um direito humano fundamental.
Escolas acessíveis: O documento destaca a importância de garantir a acessibilidade
arquitetônica e pedagógica nas escolas, buscando eliminar barreiras que possam impedir
a participação plena dos alunos com deficiência. Isso envolve adaptações físicas,
disponibilidade de recursos didáticos adequados e formação de professores para atender
às necessidades diversificadas dos alunos.
Atendimento educacional especializado (AEE): O material aborda a importância do
AEE, que é um conjunto de atividades, recursos e serviços educacionais oferecidos de
forma complementar ou suplementar ao ensino regular. O AEE visa promover o
desenvolvimento cognitivo, social e emocional dos alunos com deficiência, garantindo
seu acesso ao currículo e apoio para superar dificuldades específicas.
Formação de professores: O documento ressalta a necessidade de formação inicial e
continuada dos professores para trabalhar com a diversidade de alunos em sala de aula.
Os professores devem estar preparados para adotar práticas pedagógicas inclusivas,
valorizar as potencialidades de cada aluno e identificar estratégias de ensino adequadas
às suas necessidades.
Esses são alguns dos principais pontos abordados no documento "A educação especial na
perspectiva da inclusão escolar". Ele fornece diretrizes e orientações para a promoção da
educação inclusiva e o atendimento educacional especializado, visando garantir o direito
à educação de todos os alunos.

89
3. BRASIL. Lei Nº 9.394 de 20 de dezembro de 1996. Estabelece as diretrizes e bases
da educação nacional.
OBSERVAÇÃO: ESTA LEI É ABORDADE DE FORMA COMPLETA NA PARTE
GERAL.
Disponível em: https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/l9394.htm.
A Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional (Lei 9.394/96), também conhecida
como LDB, é a legislação que estabelece as diretrizes e bases da educação brasileira. No
que diz respeito ao Atendimento Educacional Especializado (AEE), a LDB traz algumas
disposições relevantes. A seguir, são apresentados os principais pontos relacionados ao
AEE na LDB:
Conceito de Atendimento Educacional Especializado: A LDB define o AEE como
uma modalidade de educação escolar, oferecida preferencialmente na rede regular de
ensino, para alunos com deficiência, transtornos globais do desenvolvimento e altas
habilidades/superdotação. O AEE tem o objetivo de complementar ou suplementar a
formação dos alunos, promovendo a sua participação e aprendizagem em igualdade de
condições com os demais estudantes.
Garantia do AEE: A LDB assegura o direito ao AEE aos alunos com deficiência,
transtornos globais do desenvolvimento e altas habilidades/superdotação. O atendimento
deve ser realizado preferencialmente nas classes comuns do ensino regular, por meio de
serviços, recursos e estratégias pedagógicas específicas.
Dever do Estado: A LDB estabelece que é dever do Estado, junto com os sistemas de
ensino, oferecer o AEE de forma articulada com o ensino regular. Isso implica na criação
de condições adequadas nas escolas, na formação de professores e na disponibilização de
recursos materiais e humanos necessários para o atendimento educacional especializado.
AEE no currículo escolar: A LDB prevê que o AEE deve ser organizado de forma a
complementar o ensino regular, adequando-se às necessidades educacionais específicas
dos alunos. O atendimento deve considerar o currículo, os conteúdos, as metodologias e
as estratégias pedagógicas adotadas nas classes comuns, visando à promoção da inclusão
e ao desenvolvimento pleno dos estudantes.
Colaboração entre sistemas de ensino: A LDB destaca a importância da colaboração
entre os sistemas de ensino, visando à oferta do AEE. Isso inclui a cooperação entre as
escolas regulares, as escolas especializadas e os demais serviços de atendimento à pessoa
com deficiência, de modo a garantir o acesso, a permanência e o sucesso escolar dos
alunos.
Esses são os principais pontos relacionados ao Atendimento Educacional Especializado
(AEE) presentes na Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional (LDB), Lei 9.394/96.
A legislação busca assegurar o direito à educação inclusiva e promover o acesso e a
participação plena dos alunos com deficiência, transtornos globais do desenvolvimento e
altas habilidades/superdotação.

90
4. BRASIL. Ministério da Educação. Resolução CNE/CEB nº 2, de 11 de setembro de
2001. Institui Diretrizes Nacionais para a Educação Especial na Educação Básica.
Disponível em: http:// portal.mec.gov.br/cne/arquivos/pdf/CEB0201.pdf
A Resolução CNE/CEB nº 2/2001, emitida pelo Conselho Nacional de Educação (CNE)
e pela Câmara de Educação Básica (CEB), institui as Diretrizes Nacionais para a
Educação Especial na Educação Básica no Brasil. Essas diretrizes têm como objetivo
orientar a oferta do Atendimento Educacional Especializado (AEE) e a inclusão de alunos
com deficiência, transtornos globais do desenvolvimento e altas habilidades/superdotação
na educação básica. A seguir, apresento os principais pontos desse documento:
Educação inclusiva: A resolução reforça o princípio da educação inclusiva, que deve
garantir a participação e a aprendizagem de todos os alunos, independentemente de suas
características e necessidades educacionais especiais. Destaca-se a importância de se
adotar práticas pedagógicas inclusivas nas escolas.
Atendimento Educacional Especializado (AEE): A resolução estabelece que o AEE é
parte integrante da proposta pedagógica da escola, devendo ser realizado de forma
complementar ou suplementar ao ensino regular. O AEE deve ser oferecido por
profissionais com formação específica, utilizando recursos e estratégias adequados às
necessidades dos alunos.
Parcerias e colaboração: O documento ressalta a importância da colaboração entre a
escola, a família, a comunidade e os serviços de saúde, assistência social e outros que se
fizerem necessários para o atendimento das necessidades educacionais dos alunos.
Destaca-se a importância da parceria com instituições especializadas e da articulação
entre diferentes níveis e modalidades de ensino.
Acessibilidade: A resolução destaca a necessidade de garantir a acessibilidade
arquitetônica, comunicacional, pedagógica e instrumental nas escolas, considerando as
necessidades dos alunos com deficiência. Isso inclui a adaptação de espaços físicos, a
disponibilização de materiais didáticos acessíveis e a oferta de recursos de tecnologia
assistiva.
Formação de professores: O documento enfatiza a importância da formação inicial e
continuada dos professores para atuarem na educação inclusiva. Destaca-se a necessidade
de desenvolver competências e habilidades relacionadas ao trabalho com a diversidade e
às práticas pedagógicas inclusivas.
Avaliação e acompanhamento: A resolução destaca a importância de uma avaliação
formativa e processual, que considere o desenvolvimento global dos alunos e que permita
a identificação de suas necessidades e progressos. Ressalta-se a importância do
acompanhamento individualizado e da revisão das estratégias utilizadas.
Esses são os principais pontos abordados na Resolução CNE/CEB nº 2/2001, que institui
as Diretrizes Nacionais para a Educação Especial na Educação Básica no Brasil. O
documento busca orientar a oferta do Atendimento Educacional Especializado (AEE) e a
promoção da inclusão de alunos com necessidades educacionais especiais, com foco na
educação inclusiva e no desenvolvimento pleno dos estudantes.

91
5. BRASIL. Ministério da Educação. Secretaria de Educação Especial. Política
Nacional de Educação Especial na Perspectiva da Educação Inclusiva. 2008.

Disponível em: http://portal.mec. gov.br/arquivos/pdf/politicaeducespecial.pdf.

Ministério da Educação do Brasil em 2008. Essa política estabelece diretrizes e


orientações para a implementação da educação especial inclusiva no país. A seguir estão
alguns dos principais pontos abordados nesse documento:
Educação inclusiva como princípio: A política afirma que a educação inclusiva é um
princípio que deve nortear todas as etapas e modalidades de ensino. Ela reforça a
importância de garantir o acesso, a participação e o aprendizado de todos os estudantes,
independentemente de suas características e necessidades educacionais.
Transformação das escolas: O documento destaca a necessidade de transformar as
escolas em ambientes acolhedores e inclusivos, capazes de oferecer suporte a todos os
alunos. Isso envolve a promoção de práticas pedagógicas inclusivas, adaptação dos
espaços físicos, disponibilização de materiais e recursos acessíveis, e formação adequada
dos profissionais da educação.
Atendimento Educacional Especializado (AEE): A política reconhece a importância
do Atendimento Educacional Especializado como um serviço complementar ao ensino
regular. O AEE deve ser oferecido de acordo com as necessidades individuais dos
estudantes com deficiência, transtornos globais do desenvolvimento e altas
habilidades/superdotação, com o objetivo de promover sua participação e aprendizagem.
Formação de professores: O documento ressalta a necessidade de formação inicial e
continuada dos profissionais da educação para atuarem de forma inclusiva. Destaca-se a
importância de desenvolver competências relacionadas ao trabalho com a diversidade,
adaptação curricular, uso de recursos didáticos acessíveis e colaboração entre os
profissionais.
Colaboração e parcerias: A política enfatiza a importância da colaboração entre a
escola, a família e a comunidade para promover a inclusão educacional. Além disso,
destaca a necessidade de parcerias com os serviços de saúde, assistência social e outros
setores para garantir o apoio integral aos estudantes com necessidades educacionais
especiais.
Avaliação e acompanhamento: O documento destaca a importância de uma avaliação
formativa, que considere o desenvolvimento global dos estudantes e permita o
acompanhamento de seu progresso. Ressalta-se a necessidade de avaliar e adaptar as
práticas pedagógicas de acordo com as necessidades individuais de cada aluno.
Esses são alguns dos principais pontos abordados na Política Nacional de Educação
Especial na Perspectiva da Educação Inclusiva, publicada em 2008 pelo Ministério da
Educação. O documento tem como objetivo promover a inclusão de estudantes com
necessidades educacionais especiais em todos os níveis e modalidades de ensino,

92
fornecendo diretrizes e orientações para a implementação de uma educação mais
inclusiva no país.

6. BRASIL. Ministério da Educação. Resolução CNE/CEB nº 4, de 2 de outubro de


2009. Institui Diretrizes Operacionais para o Atendimento Educacional
Especializado na Educação Básica, modalidade Educação Especial.

Disponível em:.http://portal. mec.gov.br/dmdocuments/rceb004_09.pdf

A Resolução CNE/CEB nº 4/2009, emitida pelo Conselho Nacional de Educação (CNE)


e pela Câmara de Educação Básica (CEB), institui as Diretrizes Operacionais para o
Atendimento Educacional Especializado (AEE) na Educação Básica, modalidade
Educação Especial, no Brasil. Essas diretrizes têm como objetivo orientar a oferta do AEE
e assegurar o acesso e a qualidade da educação para alunos com deficiência, transtornos
globais do desenvolvimento e altas habilidades/superdotação. A seguir estão alguns dos
principais pontos abordados nessa resolução:
Conceito de Atendimento Educacional Especializado: A resolução define o AEE como
o conjunto de atividades, recursos de acessibilidade e estratégias pedagógicas que
objetivam promover a participação e o aprendizado dos alunos com deficiência,
transtornos globais do desenvolvimento e altas habilidades/superdotação. O AEE deve
ser realizado de forma complementar ou suplementar à escolarização regular.
Público-alvo do AEE: A resolução estabelece que têm direito ao AEE os alunos que
apresentam necessidades educacionais especiais decorrentes de deficiência, transtornos
globais do desenvolvimento e altas habilidades/superdotação. Esses alunos devem ser
identificados e ter seu perfil de funcionalidade e de desenvolvimento registrado.
Organização do AEE: A resolução define que o AEE deve ser oferecido em salas de
recursos multifuncionais, que são espaços adequados e equipados para atender às
necessidades dos alunos. O atendimento pode ocorrer em contraturno ou simultaneamente
à escolarização regular, e deve considerar as especificidades de cada aluno, sendo
organizado em articulação com os demais profissionais da educação.
Profissionais do AEE: A resolução destaca a importância da presença de profissionais
com formação específica no AEE, como professores especializados, intérpretes de Libras,
mediadores pedagógicos, entre outros, de acordo com as necessidades dos alunos. Esses
profissionais devem atuar em parceria com os demais educadores da escola.
Acessibilidade no AEE: A resolução enfatiza a necessidade de garantir a acessibilidade
nos espaços e materiais utilizados no AEE, considerando as especificidades dos alunos
atendidos. Isso envolve o uso de recursos pedagógicos adaptados, tecnologia assistiva,
materiais acessíveis e estratégias de comunicação adequadas.
Avaliação e acompanhamento: A resolução ressalta a importância de realizar avaliações
formativas e processuais, que considerem o desenvolvimento dos alunos e a efetividade

93
do AEE. Destaca-se a necessidade de acompanhamento individualizado, registro das
atividades e resultados obtidos, além da revisão das estratégias utilizadas.
Esses são alguns dos principais pontos abordados na Resolução CNE/CEB nº 4/2009, que
institui as Diretrizes Operacionais para o Atendimento Educacional Especializado na
Educação Básica, modalidade Educação Especial, no Brasil. O documento busca garantir
a qualidade e a efetividade do AEE, promovendo a inclusão e o acesso igualitário à
educação para alunos com necessidades educacionais especiais.

7. BRASIL. Lei nº 13.146, de 6 de julho de 2015. Institui a Lei Brasileira de Inclusão


da Pessoa com Deficiência (Estatuto da Pessoa com Deficiência).

Disponível em: http://www.planalto. gov.br/ccivil_03/_ato2015-


2018/2015/lei/l13146.htm.

A Lei Brasileira de Inclusão da Pessoa com Deficiência, também conhecida como


Estatuto da Pessoa com Deficiência, é a legislação brasileira que visa promover a inclusão
e garantir os direitos das pessoas com deficiência. A seguir, estão alguns dos principais
pontos abordados por essa lei:
Definição de pessoa com deficiência: A lei define pessoa com deficiência como aquela
que possui impedimentos de longo prazo de natureza física, mental, intelectual ou
sensorial, que podem obstruir sua participação plena e efetiva na sociedade em igualdade
de condições com as demais pessoas.
Igualdade de direitos: A lei estabelece que as pessoas com deficiência têm os mesmos
direitos fundamentais que as demais pessoas, garantindo-lhes igualdade perante a lei, sem
discriminação de qualquer natureza. Isso abrange áreas como saúde, educação, trabalho,
transporte, moradia, cultura, esporte e lazer.
Acessibilidade: A lei prevê a obrigatoriedade da promoção da acessibilidade em diversos
aspectos da vida cotidiana, como no meio físico, nos transportes, nas comunicações, nos
serviços e nos equipamentos públicos e privados. Também são estabelecidas diretrizes
para a eliminação de barreiras e a garantia do acesso universal.
Educação inclusiva: A lei reforça a obrigatoriedade do Estado em assegurar a inclusão
educacional das pessoas com deficiência, desde a educação infantil até o ensino superior.
São previstas medidas para garantir o acesso, a permanência e a participação plena dos
estudantes com deficiência no ambiente escolar regular, além da oferta do Atendimento
Educacional Especializado (AEE) quando necessário.
Trabalho e emprego: A lei estabelece a promoção da inclusão das pessoas com
deficiência no mercado de trabalho, com ações voltadas à sua qualificação profissional e
à eliminação de obstáculos que impeçam sua inserção laboral. São previstas cotas de
contratação para empresas com mais de 100 empregados.

94
Capacidade civil e apoio: A lei adota o modelo de apoio à tomada de decisão, buscando
garantir que as pessoas com deficiência exerçam sua capacidade civil em igualdade de
condições com as demais pessoas. O objetivo é assegurar o máximo de autonomia e
participação das pessoas com deficiência na vida civil.
Esses são alguns dos pontos principais abordados pela Lei Brasileira de Inclusão da
Pessoa com Deficiência (Estatuto da Pessoa com Deficiência). A lei visa assegurar os
direitos e promover a inclusão das pessoas com deficiência, estabelecendo diretrizes e
medidas para garantir a igualdade de oportunidades e o pleno exercício da cidadania.

8. BRASIL. Decreto legislativo nº 186, de 2008. Aprova o texto da Convenção sobre


os Direitos das Pessoas com Deficiência e de seu Protocolo Facultativo, assinado em
Nova Iorque, em 30 de março de 2007.

Disponível em:
http://www.planalto. gov.br/ccivil_03/congresso/dlg/dlg1862008.htm#:~:text=DLG
%2D186%2D2008&text=Aprova%20o%20texto%20da%20
Conven%C3%A7%C3%A3o,Art.

O Decreto Legislativo nº 186/2008 não aprova o texto da Convenção sobre os Direitos


das Pessoas com Deficiência e de seu Protocolo Facultativo. Na verdade, esse decreto
aprova o texto da Convenção sobre a Eliminação de Todas as Formas de Discriminação
contra as Mulheres, adotada pela Assembleia Geral das Nações Unidas em 1979.
A Convenção sobre os Direitos das Pessoas com Deficiência foi aprovada pelo Brasil por
meio do Decreto Legislativo nº 186/2008. A seguir estão alguns dos principais pontos
abordados por essa convenção, que foi assinada em Nova Iorque em 30 de março de 2007:
Igualdade e não discriminação: A convenção estabelece que as pessoas com deficiência
têm direito à igualdade de oportunidades em todas as áreas da vida e que devem ser
protegidas contra a discriminação com base na deficiência. Ela promove a inclusão e a
participação plena e efetiva das pessoas com deficiência na sociedade.
Acessibilidade: A convenção reconhece o direito das pessoas com deficiência a acessar
o meio físico, o transporte, as comunicações e as informações de forma igualitária e
inclusiva. Os Estados-parte são incentivados a tomar medidas para garantir a
acessibilidade em todas as áreas da vida pública.
Autonomia e independência: A convenção reconhece o direito das pessoas com
deficiência a viver de forma autônoma e a tomar suas próprias decisões. Ela estabelece a
importância de fornecer o apoio necessário para que as pessoas com deficiência exerçam
sua capacidade legal em igualdade de condições com as demais pessoas.
Educação inclusiva: A convenção enfatiza o direito das pessoas com deficiência à
educação inclusiva e de qualidade em todos os níveis de ensino. Ela destaca a importância

95
de garantir ajustes razoáveis e o acesso a recursos de apoio para que os estudantes com
deficiência possam participar plenamente do sistema educacional.
Trabalho e emprego: A convenção promove o direito das pessoas com deficiência a
oportunidades de trabalho e emprego em condições de igualdade com as demais pessoas.
Ela reconhece a importância de garantir adaptações razoáveis e o acesso a programas de
reabilitação profissional e de apoio à empregabilidade.
Esses são alguns dos principais pontos abordados pela Convenção sobre os Direitos das
Pessoas com Deficiência. A convenção visa promover e proteger os direitos das pessoas
com deficiência, garantindo sua inclusão, igualdade de oportunidades e participação plena
na sociedade.

9. BRASIL. Decreto n. 5.626, de 22 de dezembro de 2005. Regulamenta a Lei n.


10.436, de 24 de abril de 2002, que dispõe sobre a Língua Brasileira de Sinais –
Libras, e o art. 18 da Lei n. 10.098, de 19 de dezembro de 2000.

Disponível em: http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2004-


2006/2005/decreto/d5626.htm.
O Decreto nº 5.626/2005 é uma regulamentação da Lei nº 10.436/2002, que trata sobre a
Língua Brasileira de Sinais (Libras), e do artigo 18 da Lei nº 10.098/2000, que estabelece
normas gerais de acessibilidade. A seguir, estão alguns dos pontos principais abordados
por este decreto:
Reconhecimento da Libras: O decreto reconhece a Libras como a língua materna das
pessoas surdas no Brasil, declarando-a como meio legal de comunicação e expressão. A
Libras é reconhecida como uma língua completa, independente e com estrutura
gramatical própria.
Direito à Libras na educação: O decreto estabelece o direito das pessoas surdas à
educação bilíngue, ou seja, à utilização da Libras como primeira língua e à modalidade
escrita da língua portuguesa como segunda língua. Também prevê a oferta obrigatória de
Libras como disciplina curricular nos cursos de formação de professores e de
Fonoaudiologia.
Tradução e interpretação em Libras: O decreto assegura o direito das pessoas surdas
de terem acesso à comunicação por meio da tradução e interpretação em Libras. Isso
envolve a disponibilização de intérpretes de Libras em órgãos públicos, empresas
concessionárias de serviços públicos e instituições de ensino, quando solicitados.
Acessibilidade comunicacional: O decreto determina que os serviços de atendimento ao
público devem ser acessíveis às pessoas surdas, por meio da disponibilização de recursos
de comunicação em Libras, como intérpretes, ou de tecnologias assistivas, como
videochamadas em tempo real.
Formação de intérpretes de Libras: O decreto estabelece critérios para a formação e
qualificação de intérpretes de Libras, incluindo a criação de cursos de formação

96
específicos, a regulamentação da profissão de intérprete de Libras e a adoção de exames
de proficiência.
Acessibilidade em eventos e comunicações: O decreto determina que eventos públicos,
programas de televisão e outros meios de comunicação devem garantir a acessibilidade
às pessoas surdas, por meio da disponibilização de recursos de tradução e interpretação
em Libras, legendas ou outras formas de comunicação acessível.
Esses são alguns dos principais pontos abordados pelo Decreto nº 5.626/2005, que
regulamenta a Lei da Libras e estabelece diretrizes para a promoção da acessibilidade
comunicacional e linguística das pessoas surdas. O objetivo do decreto é garantir a
igualdade de oportunidades e o pleno exercício dos direitos das pessoas surdas, por meio
do reconhecimento e do uso da Libras como meio de comunicação.

10. BRASIL. Decreto nº 44.236, de 1º de agosto de 1958. Institui a Campanha


Nacional de Educação e Reabilitação dos Deficitários Visuais.

Disponível em: https://www2.camara.leg. br/legin/fed/decret/1950-1959/decreto-44236-


1-agosto-1958- - 383373-publicacaooriginal-1-pe.html

O Decreto nº 44.236/1958 instituiu a Campanha Nacional de Educação e Reabilitação dos


Deficitários Visuais no Brasil. Embora esse decreto tenha sido revogado pelo Decreto nº
5.296/2004, que regulamenta a Lei nº 10.098/2000 (Lei de Acessibilidade), posso
fornecer informações gerais sobre a Campanha Nacional de Educação e Reabilitação dos
Deficitários Visuais, com base no seu contexto histórico. Alguns pontos principais dessa
campanha incluem:

Educação e reabilitação: A campanha tinha como objetivo promover a educação e a


reabilitação das pessoas com deficiência visual. Buscava garantir o acesso à educação e
à formação profissional, além de fornecer recursos e serviços para a reabilitação e a
inclusão social das pessoas com deficiência visual.

Divulgação e conscientização: A campanha visava sensibilizar a sociedade sobre as


necessidades e os direitos das pessoas com deficiência visual. Promovia a divulgação de
informações sobre a deficiência visual, seus desafios e as possibilidades de reabilitação e
inclusão.

Parcerias e cooperação: A campanha incentivava a cooperação entre órgãos


governamentais, instituições de ensino, organizações da sociedade civil e profissionais da
área da saúde e da educação. Essas parcerias visavam desenvolver ações conjuntas para
a promoção da educação e reabilitação dos deficitários visuais.

97
Recursos e serviços: A campanha buscava garantir recursos e serviços adequados para
atender às necessidades das pessoas com deficiência visual. Isso incluía o acesso a
materiais educacionais adaptados, apoio pedagógico, treinamento em técnicas de
orientação e mobilidade, reabilitação profissional e outros serviços especializados.

É importante ressaltar que as informações fornecidas estão relacionadas ao contexto


histórico do Decreto nº 44.236/1958 e à Campanha Nacional de Educação e Reabilitação
dos Deficitários Visuais na época. As políticas e abordagens para a educação e a
reabilitação de pessoas com deficiência visual evoluíram ao longo do tempo, com a
promulgação de leis mais recentes e a adoção de práticas mais inclusivas.

11. BRASIL. Lei n. 10.098, de 19 de dezembro de 2000. Estabelece normas gerais e


critérios básicos para a promoção da acessibilidade das pessoas portadoras de
deficiência ou com mobilidade reduzida, e dá outras providências.

Disponível em: http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/l10098.htm.

A Lei nº 10.098/2000, também conhecida como Lei de Acessibilidade, estabelece normas


gerais e critérios básicos para a promoção da acessibilidade das pessoas portadoras de
deficiência ou com mobilidade reduzida no Brasil. Abaixo estão alguns dos pontos
principais dessa lei:
Acessibilidade em edificações: A lei determina que as edificações de uso público,
coletivo ou privado de uso comum devem ser acessíveis, garantindo a circulação e o uso
dos espaços por pessoas com deficiência ou mobilidade reduzida. Isso inclui a obrigação
de proporcionar rampas, corrimãos, elevadores, banheiros adaptados, entre outros
recursos.
Acessibilidade nos transportes: A lei estabelece que os sistemas de transporte público
devem ser acessíveis, disponibilizando condições adequadas para a locomoção e o
embarque e desembarque de pessoas com deficiência ou mobilidade reduzida. Isso
envolve a adaptação de veículos, estações, pontos de parada e a disponibilização de
informações acessíveis.
Acessibilidade nas vias públicas: A lei determina que as vias públicas, calçadas,
passeios e espaços de uso comum devem ser acessíveis, garantindo a circulação segura e
independente das pessoas com deficiência ou mobilidade reduzida. Isso inclui a obrigação
de construir rampas, sinalizar obstáculos, instalar piso tátil e disponibilizar vagas de
estacionamento reservadas.
Acessibilidade nas comunicações: A lei estabelece que as informações e comunicações
devem ser acessíveis, contemplando recursos como a disponibilização de material em

98
formatos acessíveis (braille, áudio, digital), a utilização de intérpretes de Libras (Língua
Brasileira de Sinais) e a adoção de tecnologias assistivas.
Promoção da cultura de acessibilidade: A lei determina que é dever do poder público,
das empresas e da sociedade promover a cultura de acessibilidade, por meio de
campanhas, capacitações, conscientização e disseminação de práticas inclusivas.
Esses são alguns dos principais pontos abordados pela Lei de Acessibilidade (Lei nº
10.098/2000). O objetivo da lei é garantir que as pessoas com deficiência ou mobilidade
reduzida tenham acesso pleno e igualitário aos espaços, serviços e oportunidades,
promovendo a inclusão e a participação social de forma ampla.

12. BRASIL. Lei n. 12.319, de 1º de setembro de 2010. Regulamenta a profissão de


Tradutor e Intérprete da Língua Brasileira de Sinais – LIBRAS.

Disponível em:
http://www.planalto.gov.br/
ccivil_03/_ato20072010/2010/lei/l12319.htm#:~:text=LEI%20
N%C2%BA%2012.319%2C%20DE%201%C2%BA%20DE%20
SETEMBRO%20DE%202010.

A Lei nº 12.319/2010 regulamenta a profissão de Tradutor e Intérprete da Língua


Brasileira de Sinais (LIBRAS) no Brasil. Alguns dos pontos principais dessa lei são:
Reconhecimento da profissão: A lei reconhece a profissão de Tradutor e Intérprete de
LIBRAS como uma atividade devidamente regulamentada, que tem como objetivo
facilitar a comunicação entre pessoas surdas e ouvintes, promovendo a inclusão e a
acessibilidade linguística.
Formação e qualificação: A lei estabelece que os profissionais dessa área devem possuir
formação específica, comprovada por diploma de graduação em Tradução e Interpretação
de LIBRAS ou por certificado de proficiência em Tradução e Interpretação de LIBRAS,
emitido por instituição de ensino superior reconhecida pelo Ministério da Educação.
Competências profissionais: A lei define as competências que os Tradutores e
Intérpretes de LIBRAS devem possuir, incluindo o domínio da LIBRAS e da língua
portuguesa, a capacidade de mediar a comunicação entre pessoas surdas e ouvintes de
forma clara e precisa, além do conhecimento dos aspectos culturais e linguísticos
relacionados à comunidade surda.
Registro profissional: A lei determina que os Tradutores e Intérpretes de LIBRAS
devem se registrar junto ao órgão competente para o exercício da profissão, que pode
variar de acordo com a regulamentação estadual ou municipal. O registro é obrigatório e
comprova a habilitação do profissional para atuar nessa área.

99
Atuação profissional: A lei estabelece que os Tradutores e Intérpretes de LIBRAS
podem atuar em diferentes contextos, como eventos públicos, privados, educacionais,
culturais, jurídicos, de saúde, entre outros, sempre com o objetivo de facilitar a
comunicação entre pessoas surdas e ouvintes.
Esses são alguns dos pontos principais abordados pela Lei nº 12.319/2010, que
regulamenta a profissão de Tradutor e Intérprete de LIBRAS. O objetivo da lei é garantir
a qualificação e o reconhecimento desses profissionais, assegurando a qualidade e a
efetividade da tradução e interpretação em LIBRAS, contribuindo para a inclusão e a
igualdade de oportunidades para as pessoas surdas.

13. BRASIL. Lei n. 10.436, de 24 de abril de 2002. Dispõe sobre a Língua Brasileira
de Sinais – Libras e dá outras providências.

Disponível em: http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/ leis/2002/l10436.htm

A Lei nº 10.436/2002 dispõe sobre a Língua Brasileira de Sinais (Libras) e traz


importantes pontos relacionados à sua valorização, reconhecimento e uso no Brasil.
Abaixo estão alguns dos pontos principais dessa lei:
Reconhecimento da Libras como língua: A lei reconhece a Libras como uma língua de
natureza visual-motora, com estrutura gramatical própria, e determina que seja
considerada a primeira língua das pessoas surdas brasileiras.
Direito à educação bilíngue: A lei estabelece o direito das pessoas surdas à educação
bilíngue, ou seja, à utilização da Libras como língua de instrução nas escolas e à garantia
de aprendizagem da língua portuguesa como segunda língua.
Formação de profissionais: A lei determina que a formação de professores e instrutores
de Libras deve ser realizada de forma prioritária, buscando garantir a qualificação
adequada desses profissionais para atuarem na educação de pessoas surdas.
Acesso à informação e comunicação: A lei estabelece que os meios de comunicação
devem garantir o acesso às informações por meio da Libras, utilizando-se de recursos de
interpretação e legendagem, além de promover a divulgação e o uso da língua em
programas e campanhas.
Tradução e interpretação: A lei reconhece a importância dos serviços de tradução e
interpretação de Libras, especialmente nas áreas de saúde, educação, cultura e lazer, e
prevê a necessidade de formação e capacitação de profissionais para atuarem nesse
campo.
Esses são alguns dos pontos principais abordados pela Lei nº 10.436/2002, que dispõe
sobre a Língua Brasileira de Sinais (Libras). A lei visa assegurar o reconhecimento e a
valorização da Libras como língua de comunicação e expressão das pessoas surdas, bem

10
0
como garantir o acesso pleno aos direitos linguísticos, educacionais e de informação para
essa comunidade.

14. SÃO PAULO. DELIBERAÇÃO CEE Nº 149/16. Estabelece normas para a


educação especial no sistema estadual de ensino. (Anexa a Indicação CEE nº
155/2016).

Disponível em:
http://siau.edunet.sp.gov.br/ItemLise/arquivos/RESOLU%C3%87%C3%83O%20DE%
208-12- 2016. HTM?Time=11/05/2021%2014:32:16.

A Deliberação CEE nº 149/16, do Estado de São Paulo, estabelece normas para a


educação especial no sistema estadual de ensino. Alguns dos pontos principais dessa
deliberação são:
Acesso e permanência: A deliberação garante o direito de acesso e permanência de
alunos com deficiência, transtornos globais do desenvolvimento e altas
habilidades/superdotação nas escolas da rede estadual de ensino.
Atendimento educacional especializado (AEE): A deliberação determina que os alunos
com deficiência ou transtornos globais do desenvolvimento têm direito ao Atendimento
Educacional Especializado, que deve ser ofertado nas escolas da rede estadual. O AEE
visa complementar e suplementar a formação do aluno, proporcionando apoio pedagógico
especializado.
Plano de Desenvolvimento Individual (PDI): A deliberação prevê a elaboração do
Plano de Desenvolvimento Individual para os alunos com deficiência, transtornos globais
do desenvolvimento e altas habilidades/superdotação. Esse plano visa identificar as
necessidades e potencialidades do aluno, além de orientar as ações pedagógicas e os
recursos necessários para o seu desenvolvimento.
Adaptações curriculares: A deliberação estabelece que devem ser realizadas adaptações
curriculares para atender às necessidades educacionais dos alunos com deficiência ou
transtornos globais do desenvolvimento. Essas adaptações visam garantir a participação
e o aprendizado desses alunos em igualdade de condições com os demais.
Profissionais da educação: A deliberação determina a necessidade de formação e
capacitação dos profissionais da educação para atuar com alunos com deficiência,
transtornos globais do desenvolvimento e altas habilidades/superdotação. Além disso,
prevê a ampliação do quadro de profissionais especializados na área da educação especial.
Esses são alguns dos pontos principais abordados pela Deliberação CEE nº 149/16 do
Estado de São Paulo. A deliberação visa garantir a inclusão e a qualidade da educação
para os alunos com deficiência, transtornos globais do desenvolvimento e altas
habilidades/superdotação na rede estadual de ensino, assegurando o acesso, o
atendimento especializado e a adequação curricular necessária.

10
1
15. SÃO PAULO. RESOLUÇÃO SE Nº 68, DE 12 DE DEZEMBRO DE 2017.
Dispõe sobre o atendimento educacional aos estudantes, público-alvo da Educação
Especial, na rede estadual de ensino.

Disponível em:
http://siau.edunet.sp.gov.br/ItemLise/
arquivos/68_17.HTM?Time=02/02/2023%2008:52:53.

A Resolução SE nº 68/2017, do Estado de São Paulo, dispõe sobre o atendimento


educacional aos estudantes, público-alvo da Educação Especial, na rede estadual de
ensino. Alguns dos pontos principais dessa resolução são:
Atendimento educacional especializado (AEE): A resolução estabelece que o
atendimento educacional especializado deve ser oferecido aos estudantes com
deficiência, transtornos globais do desenvolvimento e altas habilidades/superdotação
matriculados na rede estadual de ensino. O AEE visa complementar e suplementar a
formação do aluno, proporcionando apoio pedagógico especializado.
Plano de Desenvolvimento Individual (PDI): A resolução prevê a elaboração do Plano
de Desenvolvimento Individual para os estudantes com deficiência, transtornos globais
do desenvolvimento e altas habilidades/superdotação. Esse plano visa identificar as
necessidades e potencialidades do estudante, além de orientar as ações pedagógicas e os
recursos necessários para o seu desenvolvimento.
Sala de recursos multifuncionais: A resolução determina a disponibilização de salas de
recursos multifuncionais nas escolas da rede estadual de ensino, destinadas ao
atendimento educacional especializado. Essas salas são espaços equipados com recursos
pedagógicos e tecnológicos que auxiliam no processo de ensino e aprendizagem dos
estudantes com deficiência e transtornos globais do desenvolvimento.
Formação de professores: A resolução estabelece a necessidade de formação e
capacitação dos professores para atuar com os estudantes da Educação Especial. Também
prevê a disponibilização de cursos de formação continuada para os profissionais da rede
estadual.
Acessibilidade: A resolução determina que as escolas devem promover a acessibilidade
física, comunicacional e pedagógica para garantir a participação plena e a aprendizagem
dos estudantes com deficiência, transtornos globais do desenvolvimento e altas
habilidades/superdotação.
Esses são alguns dos pontos principais abordados pela Resolução SE nº 68/2017 do
Estado de São Paulo. A resolução visa garantir o atendimento educacional especializado,
a inclusão e a qualidade da educação para os estudantes da Educação Especial na rede

10
2
estadual de ensino, assegurando o acesso, o apoio pedagógico especializado e a
adequação das condições de ensino para esses estudantes.

16. SÃO PAULO (Estado). Secretaria da Educação. Política de Educação Especial


do Estado de São Paulo, 2021.

Disponível em: chrome-


extension://efaidnbmnnnibpcajpcglclefindmkaj/https://www.educacao.sp.gov.br/wp-
content/uploads/2021/09/PEE-SP-DOCUMENTO-OFICIAL.pdf

A Política de Educação Especial do Estado de São Paulo tem como objetivo garantir o
acesso, a permanência e o sucesso educacional dos estudantes com deficiência,
transtornos globais do desenvolvimento e altas habilidades/superdotação na rede estadual
de ensino. Em resumo, alguns pontos principais dessa política são:
Inclusão e atendimento especializado: A política busca promover a inclusão dos
estudantes com necessidades educacionais especiais nas escolas regulares, por meio de
práticas pedagógicas inclusivas. Além disso, prevê o atendimento educacional
especializado, por meio do AEE, para complementar a formação desses estudantes.
Plano de Desenvolvimento Individual (PDI): É prevista a elaboração do PDI para cada
estudante com deficiência, transtornos globais do desenvolvimento e altas
habilidades/superdotação. Esse plano é elaborado de forma individualizada, considerando
as necessidades e potencialidades do estudante, e orienta as ações pedagógicas e recursos
utilizados em sua educação.
Formação de professores: A política destaca a importância da formação e capacitação
dos professores para atuarem de forma inclusiva e no atendimento às necessidades
educacionais especiais. Isso inclui a oferta de cursos de formação continuada e o estímulo
à participação em programas de especialização na área.
Acessibilidade e recursos pedagógicos: A política enfatiza a importância da promoção
da acessibilidade física, comunicacional e pedagógica nas escolas. Isso envolve a
adaptação de espaços físicos, a disponibilização de recursos pedagógicos adequados, o
uso de tecnologias assistivas e a oferta de materiais em formatos acessíveis.
Participação e envolvimento da comunidade escolar: A política incentiva a
participação e o envolvimento de todos os membros da comunidade escolar, incluindo
estudantes, pais, professores e gestores, no processo de inclusão e educação especial. Isso
é fundamental para criar um ambiente acolhedor, colaborativo e que promova a
aprendizagem e o desenvolvimento de todos os estudantes.
Esses são alguns pontos principais da Política de Educação Especial do Estado de São
Paulo em resumo. No entanto, é importante ressaltar que essas informações são baseadas
em princípios gerais e podem variar de acordo com a legislação e as diretrizes específicas
adotadas pelo Estado. Para obter informações mais detalhadas e atualizadas, recomenda-

10
3
se consultar os documentos e fontes oficiais da Secretaria da Educação do Estado de São
Paulo.

17. SÃO PAULO (Estado). Secretaria da Educação. Resolução SE-81, de 7 de agosto


de 2012. Dispõe sobre o processo de aceleração de estudos para alunos com altas
habilidades/superdotação na rede estadual de ensino e dá providências correlatas.

Disponívelem: https://midiasstoragesec.blob.core.windows. net/001/2019/12/processo-


deacelerao-de-estudos-para-alunos- -com-altas-habilidades-superdotao-resoluo-se-81-
2012.pdf.

A Resolução SE-81/2012, da Secretaria da Educação do Estado de São Paulo, dispõe


sobre o processo de aceleração de estudos para alunos com altas habilidades/superdotação
na rede estadual de ensino. Alguns dos pontos principais dessa resolução são:
Definição e identificação: A resolução define o conceito de altas
habilidades/superdotação e estabelece critérios para a identificação desses alunos,
considerando tanto aspectos intelectuais como socioemocionais.
Aceleração de estudos: A resolução prevê a possibilidade de aceleração de estudos para
os alunos com altas habilidades/superdotação, desde que seja identificada a necessidade
e o potencial de desenvolvimento acelerado desses estudantes. A aceleração pode ocorrer
em uma ou mais disciplinas, séries ou etapas escolares.
Avaliação e elaboração do Plano de Atendimento: A resolução estabelece que a
avaliação para a identificação das altas habilidades/superdotação deve ser realizada por
uma equipe multidisciplinar. Após a identificação, é elaborado o Plano de Atendimento,
que inclui as estratégias pedagógicas, os recursos e as adaptações necessárias para o
desenvolvimento do aluno.
Flexibilização curricular: A resolução prevê a flexibilização curricular para os
estudantes com altas habilidades/superdotação, permitindo que eles avancem em
conteúdo, disciplinas ou etapas escolares, conforme sua capacidade e interesse.
Formação de professores: A resolução destaca a importância da formação dos
professores para o atendimento adequado dos alunos com altas habilidades/superdotação.
Também prevê a oferta de cursos de formação continuada e o estímulo à participação em
programas de especialização na área.
Esses são alguns dos pontos principais abordados pela Resolução SE-81/2012 do Estado
de São Paulo. A resolução tem como objetivo proporcionar um atendimento educacional
adequado aos alunos com altas habilidades/superdotação, considerando suas necessidades
e potencialidades, e garantir a flexibilização curricular e o desenvolvimento acelerado
desses estudantes na rede estadual de ensino.

10
4
18. UNICEF(Brasil). Declaração Universal dos Direitos Humanos, 1948.

Disponível em: https://www.unicef.org/brazil/ declaracao-universal-dos-direitos-


humanos. XVI –

A Declaração Universal dos Direitos Humanos é um documento adotado pela Assembleia


Geral das Nações Unidas em 1948. Embora não seja uma lei vinculante, ela estabelece os
princípios fundamentais e os direitos básicos que devem ser protegidos e respeitados em
todo o mundo. Alguns dos pontos principais da Declaração Universal dos Direitos
Humanos são:
Igualdade e dignidade: A Declaração afirma que todos os seres humanos nascem livres
e iguais em dignidade e direitos. Todos têm o direito à igualdade perante a lei, sem
discriminação por motivos de raça, cor, gênero, idioma, religião, opinião política, origem
nacional ou social, propriedade, nascimento ou qualquer outra condição.
Direitos fundamentais: A Declaração lista diversos direitos fundamentais, como o
direito à vida, à liberdade, à segurança pessoal, à não tortura, à não escravidão, à
igualdade perante a lei, ao devido processo legal, à privacidade, à liberdade de
pensamento, consciência e religião, à liberdade de expressão, à liberdade de reunião e
associação, ao trabalho digno, ao padrão de vida adequado, à educação, à cultura e muitos
outros.
Proteção legal: A Declaração estabelece que toda pessoa tem o direito de ser reconhecida
perante a lei e de ter acesso à justiça. Também enfatiza que ninguém pode ser submetido
à detenção arbitrária, à prisão ou ao exílio.
Solidariedade e fraternidade: A Declaração promove a ideia de que todas as pessoas
devem agir em espírito de fraternidade, respeitando os direitos e a dignidade uns dos
outros. Ela destaca a importância da cooperação internacional para a promoção e proteção
dos direitos humanos.
Universalidade: A Declaração Universal dos Direitos Humanos é aplicável a todas as
pessoas, em todos os lugares. Ela proclama que todos têm direito a desfrutar dos direitos
e liberdades estabelecidos no documento, sem distinção de qualquer tipo.
Esses são alguns dos pontos principais da Declaração Universal dos Direitos Humanos.
Ela representa um marco importante na proteção dos direitos humanos e serve como base
para a construção de sociedades mais justas, igualitárias e respeitosas em todo o mundo.

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