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11-01-2013

CIF

Classificação Internacional
de Funcionalidade,
Incapacidade e Saúde

Carla Teixeira

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11-01-2013

Pontos a Abordar
 Introdução
 Para que serve?
 Enquadramento conceptual da CIF
 Antecedentes
 Objectivos e propriedades
 Funcionalidade e Incapacidade
 Abordagem Biopsicossocial
 Aplicabilidade
 Ética
 Diferentes tipos de Classificação
 Estrutura organizativa
 Partes e Componentes
 Funções do corpo e estruturas anatómicas
 Actividades e participação – facilitadores e barreiras
 Factores contextuais
 Utilização e codificação
 Aplicabilidade da CIF em contexto educacional
 Roteiro de avaliação e Perfil de funcionalidade / incapacidade
 Medidas a adoptar em função da avaliação
 Caso prático - exemplo

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Para que serve?


Introdução

Classificação Internacional de
Funcionalidade, Incapacidade e Saúde

(CIF)

 Linguagem unificada e padronizada;


 Descrição da saúde e de estados relacionados com a
saúde.

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Antecedentes…
Enquadramento conceptual

Estrutura de base
etiológica

CIF
OMS CID--10
CID (Classificação
(Organização (Classificação Internacional de
Mundial Internacional Funcionalidade,
de de Doenças, Incapacidade e
Saúde) Décima Saúde)
Revisão)

Sistema de codificação de Classificados a


informações sobre saúde Classificação dos
estados de saúde funcionalidade e
(diagnóstico, funcionalidade
e incapacidade, motivos de (doenças, incapacidade
contacto com os serviços de perturbações, lesões, associados aos
saúde, etc…) etc.) estados de saúde

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Enquadramento conceptual

Objectivos …

 Suporte científico  compreensão e estudo


dos determinantes da saúde, resultados e
condições a ela relacionadas;

 Linguajar comum  melhorar a comunicação


entre diferentes utilizadores e diferentes Ferramenta
serviços de saúde;  Estatística
 Investigação
 Clínica
 Possibilitar comparação de dados entre  Político-social
países, disciplinas/ciências e serviços  Pedagógica
associados aos cuidados de saúde, e em
diferentes momentos;

 Esquema de codificação para sistemas de


informação de saúde.

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Enquadramento conceptual

Propriedades …

 Abarca todos os aspectos da saúde humana e alguns


componentes relacionados com o bem-estar;
 A descrição é feita em termos de domínios de saúde
(ver, ouvir, etc.) e domínios relacionados com a
saúde (transporte, educação, etc.);
 Exclui factores sócio-económicos que não estejam
relacionados com a saúde (ex. raça, religião, género,
etc.), muito embora estes possam limitar a sua
capacidade.

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Funcionalidade e Incapacidade
Enquadramento conceptual

 Descreve situações relacionadas com a


funcionalidade do ser humano e as suas
restrições/incapacidades.
 Estrutura a informação de maneira útil,
integrada e facilmente acessível;

 Modelo interactivo e evolutivo  abordagem

multidimensional da classificação da
funcionalidade e da incapacidade.

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Interacções entre os componentes da CIF

Condição de Saúde
(alteração ou doença)

Funções e Estruturas Actividade Participação


do Corpo

Factores Ambientais Factores Pessoais


(Não considerados na CIF)

Factores Contextuais

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Enquadramento conceptual

Funcionalidade e Incapacidade… (cont.)

 A funcionalidade de um indivíduo é resultante da interacção


positiva entre a condição de saúde e os factores
contextuais. Já a incapacidade é resultante da interacção
negativa entre ambos.

 Uma intervenção num elemento pode, potencialmente,


modificar um ou vários outros elementos;
 A interacção funciona em dois sentidos: a presença da
deficiência pode modificar até a própria condição de saúde.

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Abordagem “biopsicossocial”
Enquadramento conceptual

 Integração entre dois modelos:

Modelo Social
Modelo Médico
 Problema criado pela
 Problema da pessoa, com sociedade, uma questão de
causas em qualquer problema integração plena do indivíduo na
de saúde sociedade
 A solução visa uma acção social
 Assistência médica vista de responsabilidade colectiva a
como tratamento individual por fim de se realizarem as
profissionais que tem como alterações ambientais necessárias
objectivo a cura ou a adaptação à participação plena das pessoas
do indivíduo e mudança de com incapacidades, em todas as
comportamento áreas da vida social

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Enquadramento conceptual

Aplicabilidade

 A nível individual
 Para a avaliação dos indivíduos (nível de funcionalidade);
 Para planificar o tratamento individual (quais os que melhoram a
funcionalidade);

 Para a avaliação do tratamento e de outras intervenções


(quais os resultados e utilidade);

 Para a comunicação entre profissionais de saúde e outros


agentes envolvidos;
 Para a auto-avaliação por parte dos clientes (capacidade
relativamente a diferentes áreas);

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Aplicabilidade… (cont.)
Enquadramento conceptual

 A nível social
 Para definir critérios que permitem acesso a direitos –
benefícios da segurança social, pensões resultantes da
incapacidade, recompensas laborais e seguros (adequabilidade
aos objectivos sociais e justificáveis);
 Para a formulação e desenvolvimento de políticas sociais
(avaliar se a funcionalidade ao nível social melhora após atribuição de
direitos; ajustar políticas e legislação);
 Para avaliação das necessidades (de pessoas com vários graus
de incapacidade – deficiências, limitações da actividade e restrições de
participação);
 Para avaliação do meio ambiente (avaliar normas de
acessibilidade, identificação de facilitadores e de barreiras ambientais e
modificações operadas na política social).

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Enquadramento conceptual

Aplicabilidade… (cont.)

 A nível institucional
 Para fins educativos e de formação;
 Para o planeamento e desenvolvimento de recursos (cuidados
de saúde e serviços necessários);

 Para melhoria da qualidade dos serviços prestados e gestão


e avaliação de resultados (indicadores básicos válidos e fiáveis para
assegurar a qualidade; utilidade e custo-eficácia de serviços prestados).

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Ética…
Enquadramento conceptual

 Como todos as Escalas, Inventários, Questionários,


enfim… Instrumentos Científicos, a CIF está sujeita a uma
utilização ética!
 Ter em consideração de que se trata de um individuo com direitos
e que a CIF não deve ser meramente utilizada para o rotular;
 O sujeito deve conhecer o intuito da CIF e consentir o seu uso;
 As informações obtidas são pessoais e devem ser utilizadas
devidamente e confidencialmente;
 Estas informações devem promover uma melhoria nas escolhas
dessa pessoa e na sua autonomia e não devem nunca servir para
restringir o acesso a benefícios legítimos.

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Estrutura Organizativa
Classificação

 A CIF é apresentada em duas versões:

1 Versão completa  consiste numa classificação com quatro


níveis de detalhe, podendo estes ser agregados num sistema de
classificação de nível superior que inclui todos os domínios
num segundo nível.

2 Versão resumida  consiste numa classificação a dois níveis.

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Estrutura Organizativa
Classificação

 A CIF é constituída por duas partes, cada


uma com dois componentes:

Parte 1 Parte 2
Funcionalidade e
Incapacidade
CIF Factores
Contextuais

Componentes: Componentes:
(a) Funções do Corpo e Estruturas do Corpo (c) Factores Ambientais
(b) Actividades e Participação (d) Factores Pessoais

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Estrutura Organizativa
Classificação

 Cada uma das partes é composta por Constructos


(qualificadores ou códigos):
 Parte 1 - existem 4 constructos:
 Alterações nas funções do corpo
 Alterações nas estruturas do corpo
 Capacidade
 Desempenho

 Parte 2 – apenas 1 constructo:


 Facilitador / barreira
 Seguem-se os Domínios e Categorias de diferentes
níveis hierárquicos.

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Estrutura Organizativa
Classificação

 A CIF está organizada por Capítulos, sendo que


estes contêm categorias ou itens específicos a cada
componente. Por vezes existem os denominados
Agrupamentos que consistem em ´blocos´ de
categorias:

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Estrutura Organizativa
Classificação

 Cada capítulo contém Categorias de nível dois, três ou quatro,


devidamente definidas. São também incluídos os Termos de
Inclusão de forma a orientar relativamente ao seu conteúdo e os
Termos de Exclusão que permitem diferenciar as categorias
quando estas possam ser muito semelhantes (nenhum dos dois
pretende ser exaustivo):

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Estrutura Organizativa
Classificação

 Na classificação, constam ainda o Outro


Especificado (quando não especificado nas
restantes categorias e catalogado com o número 8 e
que deve ser especificado numa lista adicional) e o
Não Especificado (podem incluir-se num a
categoria mas não temos informação detalhada
suficiente para a sua catalogação e cotado com o
número 9).

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Estrutura Organizativa
Classificação

 No final da codificação utilizam-se os


Qualificadores, que expõem a extensão do nível de
saúde. Estes surgem no final de qualquer código,
após um ponto e o algarismo mostra a extensão do
problema. A sua ausência implica a não existência
de problemas de saúde:
 Ex.
b21021.1
Problema Ligeiro na Sensibilidade ao contraste

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Estrutura Organizativa
Qualificadores:
Classificação

 Ter um problema pode significar, segundo o


constructo em causa, uma deficiência, limitação,
restrição ou barreira;
 Funções do corpo - uma escala de quatro pontos
que demonstra o grau de deficiência da função ou
estrutura:

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Estrutura Organizativa
Qualificadores:
Classificação

 Estruturas do Corpo – neste componente existem


dois qualificadores:
 O primeiro é semelhante às funções do corpo
(escala de 4 pontos), mas expressa-se em termos de
deficiência (em vez de problema);
 O segundo é indicado para mostrar a natureza da
mudança. Consiste numa escala de nove pontos:

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Estrutura Organizativa
Qualificadores:
Classificação

 Actividades e Participação – dois qualificadores:


Desempenho (o que o indivíduo faz no seu ambiente de vida
habitual) e Capacidade (aptidão de um indivíduo para executar
uma tarefa ou uma acção).

 Ambos podem ser utilizados com uma escala semelhante à das


funções do corpo (escala de 4 pontos), mas expressa-se em termos
de dificuldade (em vez de problema ou deficiência).

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Estrutura Organizativa
Qualificadores:
 Factores Ambientais – escala de quatro pontos com
denominação de obstáculo e que definem estes factores como
“barreiras” ou “facilitadores”. Os facilitadores estão separados do
código por um sinal positivo (+) para a distinção com as
Classificação

barreiras.

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Estrutura Organizativa
Resumindo…
Classificação

Componente
(positivo ou negativo)

Domínios

Categorias
(Códigos)

Qualificadores
(magnitude da funcionalidade ou da
incapacidade ou se o factor ambiental é
barreira ou facilitador)

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Partes e Componentes
Classificação

Parte 1: Funcionalidade e Incapacidade

 A Funcionalidade de um indivíduo é resultante da


interacção positiva entre a condição de saúde e
os factores contextuais.

 A Incapacidade é resultante da interacção


negativa entre ambos.

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Partes e Componentes
Parte 1: Funcionalidade e Incapacidade
Classificação

Componente (a) Funções do Corpo e Estruturas do Corpo vs.


Deficiências

 Funções do Corpo incluem as funções fisiológicas dos sistemas orgânicos bem


como as funções psicológicas;
 As estruturas do corpo são constituídas órgãos, membros e seus componentes
(anatomia).
Deficiências são problemas nas funções ou na estrutura do corpo, tais como, um
desvio importante ou uma perda. Podem ser temporárias ou permanentes;
progressivas, regressivas ou estáveis; intermitentes ou contínuas.

 Funções e Estruturas são classificadas em duas secções diferentes.

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Partes e Componentes
Parte 1: Funcionalidade e Incapacidade
Classificação

Componente (b) Actividades e Participação vs. limitações da


actividade e restrições na participação
 Actividade concerne à realização de uma tarefa ou acção por
determinado indivíduo.
 Participação é o envolvimento numa situação da vida.

 Limitações da actividade são as dificuldades com que um


indivíduo pode deparar na execução de actividades.
 Restrições na participação são problemas com que um indivíduo
se pode deparar aquando do envolvimento em situações reais da vida.

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Partes e Componentes
Parte 1: Funcionalidade e Incapacidade
Classificação

Componente (b) Actividades e Participação vs. limitações da


actividade e restrições na participação (cont.)
 Actividade e Participação constituem uma lista única que contém
todas as áreas vitais e são cotadas com dois qualificadores: Desempenho
(o que o indivíduo faz no seu ambiente de vida habitual) e Capacidade (aptidão
de um indivíduo para executar uma tarefa ou uma acção). Ambos podem ser
utilizados com e sem dispositivos de auxílio ou assistência pessoal:
• Indivíduo pode possuir capacidade mas não o desempenho (Ex. sujeito
com HIV pode ver-lhe negado o acesso ao trabalho).

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Partes e Componentes
Classificação

Parte 2: Factores Contextuais

 Dizem respeito ao histórico pessoal, social, atitudinal e estilo de

vida desse indivíduo, e englobam 2 componentes:

 Factores Ambientais - Integram o ambiente físico, social e


atitudinal de determinada pessoa.

 Factores Pessoais – factores históricos e estilo de vida.

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Partes e Componentes
Parte 2: Factores Contextuais
Classificação

Componente (a) Factores Ambientais

 Composto por 2 níveis:

Individual engloba ambiente imediato (características físicas e


materiais e contacto com os outros) como por exemplo o contexto
escolar, laboral ou em casa.

Social  engloba ambiente formal e informal, condutas e


cultura, como por exemplo organizações, serviços de transporte e
comunicação, etc.

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Partes e Componentes
Parte 2: Factores Contextuais
Classificação

Componente (a) Factores Ambientais (cont.)


 Os factores ambientais podem ser contemplados como:

 Barreiras são factores ambientais que, quer pela sua ausência (ex. rampas

acesso) ou presença (ex. atitudes negativas) promovem uma diminuição da


funcionalidade e aumento da incapacidade, podendo aumentar a restrição
da actividade.
 Facilitadores são factores ambientais que, quer pela sua ausência (ex.

estereótipos) ou presença (ex. dispositivos de auxílio à marcha) promovem uma


melhoria da funcionalidade e um diminuição na incapacidade, podendo
diminuir a restrição da actividade.

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Partes e Componentes
Parte 2: Factores Contextuais
Classificação

Componente (b) Factores Pessoais

 Não contemplado na CIF (ex. religião, raça, género, etc).

 Contudo, podem ser determinantes, pelo que são incluídos na

Figura que se segue…

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Visão Geral da CIF


Classificação

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Visão Geral da CIF


Corpo
Classificação

Função: Estrutura:
 Funções Mentais  Estrutura do Sistema Nervoso
 Olho, Ouvido e Estruturas
 Funções Sensoriais e Dor
Relacionadas
 Funções da Voz e da Fala  Estruturas Envolvidas na Voz e na
 Funções dos Sistemas Fala
Cardiovascular, Hematológico,  Estrutura dos Sistemas
Cardiovascular, Imunológico e
Imunológico e Respiratório Respiratório
 Funções dos Sistemas Digestivo,  Estruturas Relacionadas com os
Metabólico e Endócrino Sistemas Metabólico, Endócrino e
Digestivo
 Funções Genitourinárias e
 Estruturas Relacionadas com os
Reprodutivas Sistemas Genitourinário e
 Funções Neuromusculoesqueléticas Reprodutivo
 Estruturas Relacionadas com o
e Relacionadas com o Movimento
Movimento Pele e Estruturas
 Funções da Pele e Estruturas Relacionadas
Relacionadas

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Visão Geral da CIF


Actividades e Participação
Classificação

 Aprendizagem e Aplicação do Conhecimento


 Tarefas e Exigências Gerais
 Comunicação
 Mobilidade
 Cuidados Pessoais
 Vida Doméstica
 Interacções e Relacionamentos Interpessoais
 Áreas Principais da Vida
 Vida Comunitária, Social e Cívica
Factores Ambientais
 Produtos e Tecnologia
 Ambiente Natural e Mudanças Ambientais feitas pelo Homem
 Apoio e Relacionamentos
 Atitudes
 Serviços, Sistemas e Políticas

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Utilização e Codificação
 Os domínios da CIF estão organizados segundo uma
Classificação

hierarquia (Capítulo, Domínios de segundo, terceiro e


quarto níveis);

 Trata-se de uma classificação que se recorre de um

sistema alfanumérico:

 ‘b’, ‘s’ ‘d’ (‘a’ / ‘p’), e ‘e’ são utilizados, respectivamente,


para denominar Funções do Corpo (body), Estruturas do
Corpo (structure), Actividades e Participação (domain;
podendo ser substituído por activity ou participation) e
Factores Ambientais (environment).

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Utilização e Codificação
Classificação

 Às letras são associadas a um código numérico, cujo


primeiro dígito corresponde ao número de capítulo, os
dois seguintes à classificação de 2.º nível e os últimos dois
ao 3.º e 4.º nível:

Nível Exemplo Codificação

Capítulo Capítulo 2: Funções Sensoriais e Dor


b2
Segundo nível Funções Visuais b210
Terceiro nível Qualidade da visão b2102
Quarto nível Sensibilidade ao contraste b21021

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Utilização e Codificação
Classificação

 Podem ser utilizados vários códigos para a descrição de um


mesmo indivíduo, que podem ser independentes ou inter-
relacionados.

 34 ao nível do capítulo

 362 ao segundo nível de classificação

 1424 no terceiro e quarto níveis

 Geralmente 3 a 18 códigos são o suficiente para classificação


a segundo nível.

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Aplicabilidade da CIF em contexto

Roteiro de avaliação
educacional

Decreto-Lei n.º 3 / 2008 de 7 de Janeiro

Define grupo-alvo da educação especial

Alunos com alterações / limitações significativas


ao nível da funcionalidade, actividade e participação
de carácter permanente

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Aplicabilidade da CIF em contexto

Roteiro de avaliação…
educacional

 Após referenciação do aluno em questão, os


órgãos de gestão das escolas ou
agrupamentos terão de verificar se se trata
realmente de um caso de Necessidades
Educativas Especiais (NEE) de carácter
permanente.

Decidir quais
Em referência a CIF (ou CIF-CJ*) as categorias a
avaliar

* versão para crianças e jovens

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Aplicabilidade da CIF em contexto
educacional

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Aplicabilidade da CIF em contexto

Roteiro de avaliação…
educacional

Avaliar o
aluno com Relatório Perfil
Cheklist técnico-pedagógico funcionalidade

Após escolaridade
obrigatória
Complementar com
Plano Individual Respostas e Medidas Educativas Adoptadas
Transição
Programa Educativo Individual (PEI)

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Aplicabilidade da CIF em contexto

Roteiro de avaliação…
O que é um PEI?
educacional

 Documento formal, que deve garantir a igualdade de acesso a


determinado aluno com NEE’s através da implementação das
medidas educativas adaptadas a esse aluno. Deve conter:

 É dinâmico:

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Aplicabilidade da CIF em contexto

Roteiro de avaliação…
O que é um PIT?
educacional

 Documento formal, que concretiza o projecto de vida de determinado aluno com NEE’s e
que permite a sua inserção na sociedade do ponto de vista profissional ou ocupacional:

 Também este é dinâmico:

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Aplicabilidade da CIF em contexto

Medidas a adoptar …
educacional

 As medidas contidas no Decreto-Lei n.º 3 /


2008 de 7 de Janeiro são:
 Apoio pedagógico personalizado;
 Adequações curriculares individuais;
 Adequações no processo de matrícula;
 Adequações no processo de avaliação;
 Currículo específico individual;
 Tecnologias de apoio.

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Aplicabilidade da CIF em contexto

Medidas a adoptar …
educacional

 Apoio pedagógico personalizado (ensino


especial):
 Adequação de estratégias para realização de
actividades;
 Reforço / aquisição de determinadas competências
necessárias à aprendizagem;
 Consolidação de aprendizagens feitas no grupo turma;
 Aquisição / reforço de competências específicas à
deficiência (ex. Braille, comunicação aumentativa e
alternativa, etc.).

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Aplicabilidade da CIF em contexto

Medidas a adoptar …
 Adequações curriculares individuais:
educacional

 Adequações que não põem em causa o currículo


normal (ex. inserção de determinadas disciplinas
como a Língua Gestual Portuguesa);
 Introdução de conteúdos intermédios;
 Dispensa actividades de acordo com a
funcionalidade do aluno se mesmo com
tecnologias de apoio for difícil a sua realização
(ex. deficiência motora  dispensa de Ed. Física).

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Aplicabilidade da CIF em contexto

Medidas a adoptar …
educacional

 Adequações no processo de matrícula:


 Todos os alunos com NEE’s podem ser inscritos
fora da área de residência;
 Dada prioridade a estes alunos em escolas de
referência (ex. surdos, etc.);
 Pode ser efectuado um adiamento (apenas um
ano lectivo) aquando da sua entrada para o
ensino básico;
 No 2.º e 3.º ciclos os alunos podem ser inscritos
por disciplinas desde que não altere o currículo
comum.

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Aplicabilidade da CIF em contexto

Medidas a adoptar …
educacional

 Adequações no processo de avaliação:

Segue as regras normais para os diferentes anos


de escolaridade, com algumas alterações:
Tipo de provas;
Instrumentos de avaliação;
Condições de avaliação (tempo, periodicidade, meios de
comunicação, etc.)
 Não sujeitos ao processo de transição comum,
mas àquele definido no seu PEI.

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Aplicabilidade da CIF em contexto

Medidas a adoptar …
educacional

 Currículo específico individual:


 Alteração significativa do currículo comum que
assenta sempre numa perspectiva funcional:
 Priorização de áreas curriculares ou de conteúdos;
 Eliminação de objectivos e conteúdos ou introdução de
alguns muito específicos (mobilidade, comunicação
aumentativa e alternativa, etc.);
 Aprendizagem de competências que permitam maior
autonomia e funcionalidade, de preferência em contexto
real e de acordo com a idade cronológica e interesse do
aluno.

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Aplicabilidade da CIF em contexto

Medidas a adoptar …
educacional

Tecnologias de apoio:
Dispositivos e equipamentos que compensam
determinada limitação funcional e que
permitam um melhor desempenho nas
actividades e na participação;
Envolvem uma multiplicidade de contextos:
Comunicação;
Mobilidade;
Higiene pessoal;
Recreação,
Etc.

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