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Resumo com comentário crítico

Avaliação segundo PCN de língua estrangeira – pg: 79 a 85


Bárbara Rodrigues – Letras VIII

De acordo com o texto, a função da avaliação é alimentar, sustentar e


orientar a ação pedagógica e não apenas constatar um certo nível do aluno. É um
meio de descrição e explicação para compreender o que se alcança e por quê se
alcança. Torna-se uma atividade importante do processo de ensino e aprendizagem,
possibilitando correções no percurso e reconhecimento do aluno sobre seu próprio
desenvolvimento.

Os testes são instrumentos para avaliar um aspecto apenas do processo de


aprendizagem, ou seja, o produto em relação ao desempenho, tendo grandes
dificuldades na preparação para que fiquem garantidas clareza nas instruções,
coerência com o que foi ensinado e ausência deambigüidades. O objetivo deve ser,
melhorar o conhecimento sem julgamentos. Resultando sempre em uma reflexão
sobre os resultados.

Os testes são um elemento da avaliação. Eles são produto da


aprendizagem. O que interessa é encontrar meios de responder às perguntas para
redirecionar o percurso e entender a diferença. O exemplo a seguir ilustra como
deve ser pensada uma avaliação: Quando a cozinheira experimenta a sopa na
cozinha, está fazendo uma avaliação formativa (há possibilidades de se fazerem
ajustes no processo de cozimento); quando os comensais experimentam a sopa na
sala de jantar estão fazendo uma avaliação somativa (o produto está sendo
oferecido como pronto).

É necessário enfatizar a diferença entre avaliar a capacidade de


desempenho do aluno e estabelecer diferentes níveis de proficiência. A avaliação
somativa e os testes em partilcular dão informação, mas não revelam o
desenvolvimento do processo de aprendizagem. A participação dos alunos no
processo avaliativo é fundamental para que fique garantida a interação e a
pluralidade de visões.

Para quem é necessária a avaliação? A quem se destinam os resultados?


Ela é necessária para o professor, o aluno, os pais e a sociedade para a evolução do
processo de aprendizagem, as dificuldades e suas possíveis causas, e a eficácia
das práticas pedagógicas.

A dimensão afetiva
A dimensão de aprendizagem de Língua Estrangeira é uma dimensão
afetiva, pertinente em toda a situação de ensino e aprendizagem, mas de crucial
importância no contexto específico que diz respeito a essa área. Esta dimensão é
inerente ao próprio objeto de estudo e deverá variar para os alunos, dependendo de
características individuais dos alunos. Estes fatores derivam de três aspectos
problemáticos principais: as diferenças entre língua materna e estrangeira, a
frustração da não-comunicação, areação emocional que pode decorrer da
percepção de traços, a incerteza na ativação de conhecimento adequado de mundo,
a falta de um senso de orientação e de intuição para com o que é certo e o que é
errado, o dilema entre privilegiar-se o saber sobre o saber e saber usá-la e a escolha
entre uma aprendizagem racional ou intuitiva. O professor precisa acompanhar
atentamente as reações dos alunos e refletir sobre os possíveis efeitos de aspectos
decorrentes do domínio afetivo na aprendizagem.

Coerência entre o foco e de ensino e a avaliação

A avaliação de competência em leitura deverá também centrar-se na


habilidade de leitura, não levando em conta fatores como pronúncia, produção
escrita ou aspectos do uso oral da língua. Testes que verificam o domínio do
conhecimento sistêmico e tradicionais questões são formas adequadas para avaliar
o desempenho do aluno na construção de significados.

Avaliação: Um processo continuo e integrado

O professor deve aconselhar, coordenar, dirigir, liderar, encorajar, animar,


estimular, partilhar, escutar, respeitar e compreender o aluno, e colocar-se em seu
lugar para que a outra língua não se lhe apresente como estranha a ele.

Critérios para avaliação

Avaliação deve ser contextualizada e considerando sua relevância na


construção do aluno como ser discursivo em Língua Estrangeira. Critérios de
avaliação das habilidades comunicativas refletem o que se espera que o aluno
aprenda.
Em resumo, no que tange a compressão escrita, o aluno deverá ser capaz
de: Demonstrar compreensão geral de textos variados, selecionar informações
específicas, conhecimento da organização textual, consciência crítica em relação
aos objetivos do texto, sistêmico necessário para o nível de consciente fixado para o
texto.

Em resumo, no que tange a compressão oral, o aluno deverá ser capaz de:

1.demonstrar adequação na produção, no que diz respeito, particularmente, a


aspectos que afetam o significado no nível da sintaxe, da morfologia, do léxico e da
fonologia;

2.demonstrar conhecimento dos padrões interacionais e de tipos de textos orais e


escritos pertinentes a contextos específicos de uso da língua estrangeira;

3.demonstrar conhecimento de que escritores/falantes têm em mente leitores e


ouvintes posicionados de modo específico na sociedade.

Por fim, o PCN de língua estrangeira prevê que o critério principal para a
avaliação de qualquer das habilidades é que ela não se dê em situação diferente do
que a situação do ensino. Esta aumentará gradativamente ao longo da construção
da interlíngua do aluno.

Comentário pessoal e crítico após a leitura

Acredito que os pcns de língua estrangeira, embora bem elaborados em


seus objetivos, se esqueçam de associar os critérios avaliativos a realidade de
ensino de muitas escolas. E muitas das vezes os resultados de avaliação estarão
muito atrelados ao sistema somativo, para que no final dos anos esses alunos
avancem, do que realmente fazer um diagnóstico acerca do que este aluno precisa
durante o ano letivo. Infelizmente, poucas escolas tem possibilidade de fazer
diagnósticos periódicos, o que se vê são provas elaboradas em escalas, por
professores sobrecarregados, em turmas e turnos diferentes, de salas de aulas
super lotadas. A cultura da “prova” é muito amedrontadora, na minha opinião, mas, e
em muitos casos é o que se consegue fazer. O pcn não sugere outros métodos
avaliativos, também muito eficazes, como os trabalhos em grupos, as atividades
práticas etc. Ora, se estamos falando de um ensino multicultural e diverso, onde a
cultura e subjetividade do aluno é considerada, por que estes ainda estão sendo
avaliados com um processo de soma de pontos? Não fica claro, pelo menos nesse
texto, o que se pode fazer para solucionar o problema de um aluno considerado
insuficiente por uma nota baixa.

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