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PREFEITURA DE SÃO JOSÉ DOS CAMPOS

SECRETARIA DE EDUCAÇÃO E CIDADANIA


DEPARTAMENTO DE EDUCAÇÃO BÁSICA

Dados Gerais
Prefeitura Municipal de São José dos Campos
Prefeito Felício Ramuth
Secretaria de Educação e Cidadania
Secretária
Cristine de Angelis Pinto
Secretária Adjunta
Claudia Faria Khouri
Diretor do Departamento de Educação Básica
Márcio José Catalani
Assessoria Técnico-Pedagógica
Daniela Navarro
Chefe de Divisão de Ensino Fundamental
Françoise da Cássia Fernandes Ernesto

DADOS POR COMPONENTE


Chefe de Divisão do Programa de Educação Empreendedora
Sonia Maria Silva
Redatores do Documento Norteador do Enriquecimento Curricular
Orientadora de Ensino Enriquecimento Curricular
Ana Beatriz Lopes da Silva Ferreira
Professores Colaboradores:
Elize Rachel Pires do Carmo
Josiane Saboia Oliveira Neri
Juliana Aparecida de Oliveira Pereira Ferreira
Leticia de Fatima Soares Ramos
Lucia Helena Benedita Leite Marcondes
Paulo Víctor Izidoro da Fonseca
Raquel Di Mônaco Soares
Renata Giovanna Fernandes Primeiro
Rosângela Aparecida Leme Araújo
Orientadora de Ensino Pedagogia dos Sonhos
Poliana Campos Ferraciolli

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Sumário

Parte 1: O EMPREENDEDORISMO NA REDE MUNICIPAL DE ENSINO DE SÃO JOSÉ


DOS CAMPOS 4
1.1. O ensino e a aprendizagem no Enriquecimento Curricular 4
1.1.1 A estruturação do Enriquecimento Curricular nos anos finais do Ensino
Fundamental 6
1.2. Pressupostos teóricos 8
1.2.1 Conceitos Estruturantes do Componente 8
1.2.2 Competências específicas para o Componente Curricular: Enriquecimento
Curricular 11
1.2.3 Quadro 1 - Competências específicas de Enriquecimento Curricular 12
1.2.4 Ensino e a Aprendizagem do Enriquecimento Curricular no Ensino
Fundamental 13
1.2.5 Habilidades do Enriquecimento Curricular 16
1.3- Orientações Didáticas 25
1.3.1 Modalidades Organizativas 25
1.3.2 Aprendizagem Significativa 28
1.3.3 Metodologias Ativas 29
1.3.4 Trabalho de Campo 33
1.3.5 Educação Integral 34
1.3.6 A articulação entre os diferentes componentes curriculares 35
Parte 2- Organizadores Curriculares do Enriquecimento Curricular 37
2.1- 6º ANO: Educação Financeira e Consumo Consciente 37
2.2- 7º ANO: Educação Financeira e Educação Fiscal 39
2.3 - 8º ANO: Educação Empreendedora: Empreendedorismo Social 43
2.4 - 9º ANO: Educação Empreendedora: Ideias Inovadoras 45
2.5 Avaliação 48
2.6 Quadro Curricular- 6º ano- Educação Financeira e Consumo Consciente 50
2.7 Quadro Curricular- 7º ano – Educação Financeira e Fiscal 53
2.8 Quadro Curricular- 8º ano – Educação Empreendedora- Empreendedorismo
Social 57
2.9 Quadro Curricular-9º ano- Educação Empreendedora: Ideias Inovadoras 61
Referências Bibliográficas 65

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Parte 1: O EMPREENDEDORISMO NA REDE


MUNICIPAL DE ENSINO DE SÃO JOSÉ DOS
CAMPOS

1.1. O ensino e a aprendizagem no Enriquecimento


Curricular

A educação está presente no cotidiano de todos, pois é um processo que


faz parte da vida humana e de sua história e acompanha o sujeito objetivando
prepará-lo para vida. Sendo a escola um lugar de formação, na qual ocorre a
prática educacional formal é fundamental que ela se torne um espaço que promova
o desenvolvimento integral do ser humano propiciando a aprendizagem, assim
como também a comunicação, o relacionamento e o afeto.

Para a promoção do pensamento autônomo e das potencialidades do


sujeito, a Secretaria de Educação Municipal de São José dos Campos, incluiu na
Parte Diversificada do Currículo, o Enriquecimento Curricular que tem como
finalidade oferecer aos alunos as ferramentas necessárias para que sejam
autônomos, responsáveis, inovadores, articulados, protagonistas de sua história de
vida e capazes de atuarem como transformadores sociais.
O Boletim do Município nº 2420 de seis de outubro de 2017, nas páginas 18
e 19, apresenta a Portaria Nº 206/SEC/17, a qual dispõe:
Art. 1º Fica homologado o Parecer CME nº 01/17, que revoga o Parecer CME nº 01/16, de
13/09/16, do Conselho Municipal de Educação de São José dos Campos, que constitui o
Anexo I desta Portaria. Art. 2º Esta portaria entra em vigor na data de sua publicação.
São José dos Campos, 26 de setembro. CRISTINE DE ANGELIS PINTO- Secretária de
Educação e Cidadania. Publicada novamente por conter incorreções PARECER CME Nº
01/17- Aprovado em 19 de setembro de 2017.

O Enriquecimento Curricular abre um conjunto de opções, oportunidades e


possibilida-des de aprendizado aos educandos, a qual se estende além dos
conceitos puramente técnicos, proporcionando a eles um caminho novo, pautado
em descobertas em direção ao desenvolvimento, ao seu crescimento e à mudança

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de comportamento. O indivíduo que se sente instigado desde cedo a procurar


informações, a saber como tudo acontece, tem maiores condições de receber
novos conhecimentos, de despertar seu talento interior e despertar sua criatividade.
No Enriquecimento Curricular há a possibilidade de estimular o
desenvolvimento de habilidades e proporcionar ambientes favoráveis para que o
estudante possa pensar e criar o futuro e, ao mesmo tempo, comprometer-se com
soluções de problemas presentes. É a área do conhecimento que permite estimular
o desenvolvimento de competências, para que os alunos cresçam empoderados,
confiantes e certos de que são capazes de realizar seus sonhos e principalmente
que empreendam em suas vidas, pois de acordo com Dolabela (2003, p.32)
“Empreender é essencialmente um processo de aprendizagem
proativa, em que o indivíduo constrói e reconstrói ciclicamente a
sua representação do mundo, modificando-se a si mesmo e ao seu
sonho de autorrealização em processo permanente de
autoavaliação e autocriação.”

Desta maneira, é tangível a formação de pessoas criativas, proativas,


ousadas e determinadas.
Acrescidas às habilidades cognitivas, o Enriquecimento Curricular visa
também o desenvolvimento e fortalecimento das competências socioemocionais,
as quais são definidas por Parhomenko (2014 apud Cericato e Cericato 2019, p.
11) como a capacidade de gerenciar comportamentos, permitindo que as pessoas
se envolvam e se relacionem harmoniosamente umas com as outras dentro de um
contexto social. No ambiente escolar há a possibilidade de desenvolvê-las, pois
elas concedem ao indivíduo a oportunidade de relacionar-se consigo mesmo e com
os outros, estabelecer objetivos e tomar decisões e principalmente de ter abertura
para lidar com situações adversas ou novas. Propiciam ao sujeito chances de lidar
com suas próprias emoções, buscando garantir uma trajetória de vida
transformadora. Elas fazem parte da formação integral e do desenvolvimento do
ser humano.

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1.1.1 A estruturação do Enriquecimento Curricular nos


anos finais do Ensino Fundamental

6º ano: Educação Financeira e Consumo Consciente

A Educação Financeira visa contribuir para a criação de uma nova geração


de pessoas independentes financeiramente, que aprendam desde cedo, a utilizar
o dinheiro de maneira coerente e perspicaz. A educação para o consumo, permite
ao cidadão intervir de modo consciente no seu bem-estar e no desenvolvimento
social, econômico e cultural. Utilizando de informações que contribuam para a
compreensão das diferentes dimensões do consumo, interiorize os seus direitos e
as suas responsabilidades. Abordar esses temas é potencializar a reflexão sobre
as questões de que um consumo consciente possibilita uma educação financeira
promotora do desenvolvimento da cidadania plena e crítica.

7º ano: Educação Financeira e Fiscal

A educação financeira possibilita ao indivíduo e à sociedade o


aperfeiçoamento da compreensão em relação aos conceitos e produtos financeiros
e à percepção da importância da ligação com a Educação Fiscal. Esta objetiva
fornecer aos alunos o conhecimento sobre os tributos e a administração pública,
valorizando a democracia e a função social do tributo. Na Educação Financeira e
Educação Fiscal os educandos podem se tornar mais conscientes das
oportunidades e riscos ao realizarem suas escolhas e observarem que tais atitudes,
podem contribuir para a formação de cidadãos conscientes de seus direitos e
responsabilidades.

8º ano: Educação Empreendedora: Empreendedorismo Social

O processo de empreendedorismo social exige principalmente o redesenho


de relações entre comunidade, governo e setor privado, com base no modelo de
parcerias. O resultado final desejado é a promoção da qualidade de vida social,
cultural, econômica e ambiental, sob a ótica da sustentabilidade. Na perspectiva de
se trabalhar a educação voltada para o empreendedorismo, constitui-se um

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processo de aquisição do conhecimento sobre o ambiente e o próprio indivíduo, o


que contribui para o desencadeamento de habilidades, atitudes e comportamentos,
transformando a si e ao meio em que se vive. Essa proposta visa que os alunos
promovam através do desenvolvimento de projetos, a qualidade de vida das
pessoas, por meio da resolução de uma situação-problema social existente.

9º ano - Educação Empreendedora- Ideias Inovadoras

Ao possibilitar atividades educativas que permitam ao aluno resolver


situações-problemas, inovar, pensar e transformar ideias em realidade, contribui-se
para a formação de um indivíduo com habilidades e competências. A aprendizagem,
nessa perspectiva, apresenta os seguintes eixos: “aprender a aprender”, “aprender
a fazer”, “ aprender a conviver”, “ aprender a ser” e “aprender a empreender”.

Quando trabalhamos com o Programa de Educação Empreendedora no


ambiente escolar o objetivo é desenvolver o “aprender a empreender”, pois é por
meio dele que se busca construir os saberes necessários para transformar os
sonhos e projetos em ações concretas, reais e tangíveis. Isso consiste na
orientação de um sujeito mais autônomo, protagonista e que busque com afinco o
autoconhecimento e a autogestão, características que contribuirão para que se
tornem adultos mais resilientes e conscientes quanto aos caminhos que devem
trilhar para alcançar seus objetivos. Ensinar empreendedorismo desde cedo,
desperta nos jovens, iniciativa e atitude empreendedora, independentemente de
qual seja o seu projeto de vida. O desenvolvimento de competências
empreendedoras faz com que o sujeito se coloque como autor de sua história,
conhecendo suas potencialidades, buscando criar oportunidades com senso de
pertencimento e de responsabilidade e tornando-se um agente de transformação.

A escola é um bom espaço para que essas habilidades possam ser


desenvolvidas e vivenciadas, preparando os alunos para este novo tempo, em que
a criatividade, inovação e autogestão são cada vez mais necessárias e valorizadas.

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1.2. Pressupostos teóricos

1.2.1 Conceitos Estruturantes do Componente

A escola tem um papel fundamental no delineamento das características


comportamentais dos indivíduos, principalmente nas relacionadas às condutas
sociais. O saber escolar, deve incluir as dimensões do conhecimento e dos valores.
A proposta educacional do Enriquecimento Curricular, visa à construção de
competências e habilidades e está direcionada para “a construção conjunta do
conhecimento, e não para sua transferência linear; um ambiente de preparação
para vida” (DOLABELA, 2003, p. 32) Tais competências podem ser definidas como
conhecimentos, habilidades, atitudes e valores que mobilizados contribuem para a
formação do comportamento empreendedor, caracterizado como um conjunto de
características presentes na vida pessoal, social e no trabalho para concretização
dos sonhos/objetivos individuais e coletivos. Essa concepção é baseada na
Pedagogia Empreendedora de Fernando Dolabela, a qual é uma das bases
teóricas que dão suporte a Educação Empreendedora desenvolvida na rede de
ensino Municipal de São José dos Campos.

Propiciar ao estudante uma formação integral que o prepare para o


enfrentamento dos desafios da vida é foco central dessa proposta. A figura abaixo
mostra a importância das competências socioemocionais e das competências
cognitivas, assim como o trabalho do professor com o ensino híbrido poderá ser
eficaz para esse objetivo. As estratégias escolhidas para essa proposta devem ser
embasadas e ter como alvo fundamental e essencial à aprendizagem ativa dos
estudantes, pois isso possibilitará o desenvolvimento de competências essenciais
como pensamento crítico, resolução de problemas, colaboração, comunicação e
criatividade.

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Figura 1.

Fonte: Estudos da OCDE sobre competências - Competências para o progresso social: o poder das
competências socioemocionais.

A proposta de formação para os professores será contínua, não se


restringindo apenas na renovação de conhecimentos, mas também na formação
articulada com o trabalho realizado pelo professor em sala de aula. A caracterização
de pressupostos esclarecedores às experiências fomentadas pelos alunos é o
principal caminho para os objetos de estudo do Enriquecimento Curricular, os quais
estão no dia a dia e podem ser evidenciados a partir de métodos que estimulem
alunos e professores a compreenderem o mundo em que vivem, ou seja estarem
atentos à realidade em que estão inseridos.

É importante ressaltar que o foco primordial do Enriquecimento Curricular é


trabalhar conceitos e métodos de ensino focados na prática e quanto mais forem
apropriados pelos docentes e discentes melhores serão os resultados para o ensino
e a aprendizagem. A ênfase na reflexão sobre esse assunto buscou entrelaçar a
aprendizagem conceitual com a aprendizagem prática, considerando a
aprendizagem como um processo articulado entre: o momento do aprendiz, a sua
história e as suas possibilidades sob os aspectos cognitivo, afetivo e social.
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A responsabilidade dos professores é fazer uma reflexão como proposta de


(re) pensar os fazeres, ou seja, o professor precisa compreender que o seu fazer
pedagógico é também determinante para desenvolver o intelecto dos alunos e, por
via de consequências, as dimensões sociais.
Segundo FREIRE (1996, p.45)

“o que importa, na formação docente, não é a repetição mecânica


do gesto, este ou aquele, mas a compreensão do valor dos
sentimentos, das emoções, do desejo, da insegurança a ser
superada pela segurança do medo que, ao ser educado, vai
gerando a coragem”.

O professor do Enriquecimento Curricular, tem um perfil de pesquisador,


mediador dos novos significados, criador, inovador, sabendo da sua importância no
processo ensino aprendizagem é primordial que ele sempre reflita sobre suas
práticas pedagógicas educacionais, pois dessa maneira é possível organizar ações
adequadas para atender às necessidades dos alunos. Isso pressupõe o que diz
Dolabela (2003, p. 92-93)

“o ‘ensino’ para o desenvolvimento do saber empreendedor não é


constituído pela transferência de conhecimentos, mas pela indução à
prática, pela criação de condições para que o aluno possa desenvolver sua
capacidade de aprender sobre o ambiente do seu sonho e de criar
estratégias para a sua realização, identificando e aproveitando
oportunidades. A tarefa do professor é assistir o aluno na construção e
realização do seu próprio sonho, oferecendo-lhe oportunidades de
desenvolver os elementos de suporte que irão torná-lo capaz de conhecer-
se melhor, de formular imagens do seu futuro e de buscar o entendimento
e os conhecimentos relativos aos sonhos e à sua realização, identificando
as oportunidades e gerando novos conhecimentos. ”

Propiciar aos alunos a oportunidade da construção de uma aprendizagem


significativa atrelada diretamente aos objetivos e metas individuais e coletivas é o
cerne desse componente curricular.

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1.2.2 Competências específicas para o Componente


Curricular: Enriquecimento Curricular

A LDB deixa evidente dois conceitos decisivos para o desenvolvimento


curricular no Brasil. O primeiro, já antecipado pela Constituição, estabelece a
relação entre o que é básico-comum e o que é diverso. As competências e
diretrizes são comuns, os currículos são múltiplos. A parte diversa refere-se ao foco
do currículo. Ao dizer que os conteúdos curriculares estão a serviço do
desenvolvimento de competências, a LDB orienta a definição das aprendizagens
essenciais e não apenas dos conteúdos mínimos a serem ensinados. Esses são
os pilares da BNCC. A relação entre o que é básico-comum e o que é diverso é
retomada no Artigo 26 da LDB, que determina que:

Os currículos da Educação Infantil, do Ensino Fundamental e do


Ensino Médio devem ter base nacional comum, a ser
complementada, em cada sistema de ensino e em cada
estabelecimento escolar, por uma parte diversificada, exigida
pelas características regionais e locais da sociedade, da cultura,
da economia e dos educandos (BRASIL, 1996; ênfase adicionada).

Os alunos chegam à escola com múltiplos saberes, sendo assim é


fundamental que as propostas didáticas estimulem o confronto de conceitos
científicos com noções e conceitos do cotidiano, pois isso consiste em pressuposto
essencial à construção de conhecimentos e de novos conceitos por parte dos alunos.
Considerando essas situações, em articulação com as competências gerais
da Educação Básica é que o município de São José dos Campos oferece como a
parte diversificada do currículo nos anos finais do Ensino Fundamental, o
Enriquecimento Curricular, o qual está organizado por projetos que se articulam nas
diversas turmas e prevê que os alunos desenvolvam as competências descritas no
quadro abaixo:

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1.2.3 Quadro 1 - Competências específicas de


Enriquecimento Curricular

O Enriquecimento Curricular propõe decisões pedagógicas que estimulem


os alunos ao desenvolvimento dessas competências. Foca-se no que os alunos
devem “saber” (considerando a constituição de conhecimentos, habilidades,
atitudes e valores) e, sobretudo, do que devem “saber fazer” (considerando a
mobilização desses conhecimentos, habilidades, atitudes e valores para resolver
situações problema do cotidiano), pensando de acordo com os referenciais da Base
Nacional Comum Curricular.
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1.2.4 Ensino e a Aprendizagem do Enriquecimento


Curricular no Ensino Fundamental
O Enriquecimento Curricular é uma forma de intervenção na
contemporaneidade, influenciando tanto o processo cognitivo quanto as relações
do indivíduo com o outro e com o mundo. No processo de produção da vida
humana, oferece condições de compreensão do meio, oferecendo instrumentos
para a interferência e transformação tanto no aspecto social quanto individual.
Assim, o Enriquecimento Curricular torna-se um importante instrumento no
processo ensino e aprendizagem para o desenvolvimento de habilidades, como a
inovação, a criatividade, a tomada de decisão, entre outras.

Neste sentido o componente abre um conjunto de opções, oportunidades e


possibilidades de aprendizado, que vai além dos conceitos puramente técnicos,
proporcionando aos alunos um caminho novo, pautado em novas descobertas e
com intuito de provocar um estímulo à mudança de comportamento.

É importante compreender que o Enriquecimento Curricular deve fomentar


o desenvolvimento de habilidades, atitudes, pensamento crítico, autonomia, visão
estratégica, persistência, proatividade, por meio da construção de valores éticos
que são essenciais à formação humana.

Possui natureza e especificidades próprias que o distinguem dos modelos


tradicionais de ensino. Sua ênfase está no processo de aprendizagem do aluno,
com foco na ação, ou seja, no aprender a fazer, e no aprender a aprender.
Configura-se desse modo como experiencial, contextual e cooperativo e deve
ocorrer de forma integrada. O indivíduo assume o ponto de referência central no
processo de aprendizagem, atuando como protagonista de maneira autônoma. O
sujeito deve buscar também um autodirecionamento da aprendizagem a fim de
desenvolver o conhecimento e o conceito de si, reforçando a própria identidade por
meio do desenvolvimento de habilidades e competências próprias do ser
empreendedor.

Deve-se estar atento ao fato de que saber “ensinar não é transferir


conhecimentos, mas criar as possibilidades para sua própria produção ou
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construção” (FREIRE, 2003, p. 47). O professor, por sua vez, deve fazer uso de todas
as ferramentas disponíveis para que sua aula se torne agradável, dinâmica e que
promova alterações na maneira de ensinar, fazendo com que desperte no indivíduo
– parte primordial da educação – o desejo e o interesse em aprender, desenvolver
as características de ser questionador, pesquisador, investigador e avaliador das
informações que têm ao seu dispor.

O Enriquecimento Curricular também trabalha com o Empreendedorismo


Social tendo como premissa a busca pelo entendimento do outro e de problemas
sociais, visando criar soluções que impactem e transformem a vida das pessoas e
da comunidade. O desenvolvimento do ser criativo está vinculado à capacidade de
valorizar-se, de sentir-se capaz e com autoestima elevada para acreditar em si
mesmo e em suas capacidades criadoras.

Cabe também ao Enriquecimento Curricular trabalhar com as competências


cognitivas e socioemocionais, pois têm um impacto significativo na formação de
uma pessoa como um ser integral, como indivíduo, como profissional e como
cidadão.

As competências socioemocionais incluem a capacidade de lidar com as


próprias emoções, desenvolver autoconhecimento, se relacionar com o outro, de
ser capaz de colaborar, mediar conflitos e solucionar problemas.
(Adaptado do material do Instituto Ayrton Senna).

Temos alguns exemplos de formas de desenvolver competências


socioemocionais no Componente:
● Desenvolvimento de projetos sociais;
● Exercícios focados em ensinar os alunos a administrar as emoções e
reações às situações adversas;
● Trabalhar os Comportamentos Empreendedores;
● Criar atividades partindo da vivência do aluno em seu contexto social.

As competências cognitivas referem-se a entender ideias e como aplicá-las.


Elas envolvem tanto o aspecto físico como o mental, como habilidades motoras e
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percepção. Assim sendo, são habilidades que pontuam o desenvolvimento dos


alunos. Temos alguns exemplos de formas de desenvolver competências
cognitivas no currículo escolar:

● Entender um problema e apresentar soluções;


● Usar a percepção auditiva para conduzir uma tarefa;
● Planejar e executar um plano em todas as suas etapas;
● Criar a partir de uma situação problema.

Essa diretriz diz respeito a quatro das dez Competências Gerais da Base
Curricular que são baseadas na Educação Socioemocional.

7. Argumentar com base em fatos, dados e informações confiáveis, para


formular, negociar e defender ideias, pontos de vista e decisões comuns que
respeitem e promovam os direitos humanos e a consciência socioambiental em
âmbito local, regional e global, com posicionamento ético em relação ao cuidado
de si mesmo, dos outros e do planeta.

8. Conhecer-se, apreciar-se e cuidar de sua saúde física e emocional,


reconhecendo suas emoções e as dos outros, com autocrítica e capacidade para
lidar com elas e com a pressão do grupo.

9. Exercitar a empatia, o diálogo, a resolução de conflitos e a cooperação,


fazendo-se respeitar e promovendo o respeito ao outro, com acolhimento e
valorização da diversidade de indivíduos e de grupos sociais, seus saberes,
identidades, culturas e potencialidades, sem preconceitos de origem, etnia, gênero,
idade, habilidade/necessidade, convicção religiosa ou de qualquer outra natureza,
reconhecendo-se como parte de uma coletividade com a qual se deve
comprometer.

10. Agir pessoal e coletivamente com autonomia, responsabilidade,


flexibilidade, resiliência e determinação, tomando decisões, com base nos
conhecimentos construídos na escola, segundo princípios éticos democráticos,
inclusivos, sustentáveis e solidários.

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1.2.5 Habilidades do Enriquecimento Curricular

Os códigos para apresentação das habilidades do Enriquecimento Curricular


podem ser compreendidos por meio da descrição constante na imagem abaixo:

Figura 2.

Fonte: Elaborada pelos autores.2020

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1.3- Orientações Didáticas

1.3.1 Modalidades Organizativas


Espera-se que ao longo do Ensino Fundamental os alunos construam
compreensões novas e mais complexas acerca dos estudos realizados. Para isso,
é preciso que os objetos de conhecimento do Enriquecimento Curricular se
desdobrem em atividades relacionadas entre si. Os professores precisam lançar
mão de diferentes modalidades organizativas na gestão do tempo em sala de aula
a fim de construir condições didáticas favoráveis para o desenvolvimento dessas
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práticas” (LERNER, 2002, P 66). Lerner continua (...) as modalidades organizativas


que asseguram continuidade nas ações e permitem coordenar (realizáveis a longo
prazo) com os quais se orientam as atividades do leitor e do escritor, propósitos
que têm sentido atual para o aluno e são realizáveis em prazos relativamente curtos
(LERNER, 2002, P 66).
As Modalidades Organizativas trabalhadas no Enriquecimento Curricular
como uma estratégia eficaz são: projetos, sequências didáticas, as atividades
habituais e as situações independentes (ocasionais ou sistemáticas).

Fonte: Contribuição de Delia Lerner (Ler e Escrever na escola-2002)

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As estratégias propostas devem ser estruturadas a partir de situações-


problemas que incluam os conhecimentos já adquiridos pelos discentes e os
motivem a realizar as atividades pedagógicas propostas. As estratégias devem ter
como objetivo levar o aluno a investigar, argumentar, observar, identificar,
estabelecer relações, problematizar, visando o protagonismo juvenil.

As modalidades Organizativas trabalhadas no Enriquecimento Curricular


levam em conta possibilidades de integração e articulação entre as áreas do
conhecimento, ou seja, a interdisciplinaridade, não só como processo de trabalho
do professor durante as aulas, mas como trabalho coletivo da própria escola. As
modalidades discutidas, podem constar como forma de avaliação e
acompanhamento do processo de aprendizagem dos alunos, com ênfase tanto no
engajamento do aluno quanto da turma. Toda atividade possui o seu grau de
complexidade, o qual deve ser adaptado às possibilidades dos estudantes,
podendo lançar mão dos agrupamentos ou colaboração dos pares, ou seja, deve-
se elaborar a atividade prevendo a participação de todos alunos envolvidos no
processo ensino-aprendizagem, incluindo sempre os discentes pertencentes ao
Atendimento Educacional Especializado (AEE) e Atendimento Psicopedagógico
Educacional (API).

As aulas de Enriquecimento Curricular devem evidenciar a participação dos


alunos nas atividades para que haja mudanças significativas em seu perfil, ou seja,
mudar a postura, comportamentos, valorizar o planejamento, analisar problemas
complexos, enriquecer o vocabulário, valorizar a importância da inovação e do
trabalho coletivo.

No componente Enriquecimento Curricular é essencial a utilização de


metodologias inovadoras focadas na prática de trabalhar a resolução de problemas
com abordagens participativas. As modalidades organizativas vêm de encontro
com a proposta do componente. O professor deve trabalhar a interdisciplinaridade
e a contextualização dos objetos de conhecimento buscando criar em sala de aula,
ou fora dela, um ambiente de imersão que estimule o potencial criativo dos alunos
e que propicie o desenvolvimento de suas habilidades.

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1.3.2 Aprendizagem Significativa


Pode-se entender como aprendizagem significativa as ideias apresentadas
que interajam com conhecimentos pré-existentes por parte dos educandos. Esse
princípio, parte da teoria do especialista em Psicologia Educacional Ausubel
(1980), que sinaliza que os conhecimentos prévios do aprendiz são as chaves para
uma aprendizagem significativa. Para ele, aprender significativamente é relacionar
o novo a conhecimentos já construídos e posteriormente ampliá-los.

Tal conceito considera a história do indivíduo e valoriza o professor, bem


como as propostas de aprendizagem realizadas por ele. Para que o aprendizado
ocorra, Ausubel retrata a necessidade de dois elementos: primeiro o conhecimento
precisa ser significativo e segundo o educando precisa relacioná-lo de maneira
relevante.
Telma Weisz (2002) afirma a importância de se avaliar os conhecimentos já
existentes por parte dos jovens. Saber o que foi ensinado no ano anterior não é o
bastante para identificar o que o aluno aprendeu, visto que a aprendizagem não se
dá de forma linear e que cada indivíduo aprende a seu tempo e de formas
diferentes. É importante que o professor leve em conta os conhecimentos já
construídos, para que a partir de então elabore propostas que farão com que os
educandos avancem.
Pensando nesta abordagem cabe ao docente analisar e refletir sobre sua
prática, levando em conta os aspectos humanos e materiais, bem como a
individualidade dos educandos, adequando-as sempre que houver necessidade,
repensando as diversas possibilidades de recursos de ensino-aprendizagem.
Segundo Telma Weisz, boas situações de aprendizagem são aquelas que
promovem a circulação de conhecimentos, trocas entre os alunos e comparações
de suas produções.
No Enriquecimento Curricular as ações do educador devem oportunizar as
resoluções de situações-problema, observações, pesquisas, articulação de
saberes, debates e vivências. Considerando sempre os contextos nos quais os
educandos estão inseridos, suas experiências, realidade social e cultural entre
outros aspectos da individualidade. Oferecendo um ambiente significativo e afetivo.

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Trabalhando as diversas dimensões do ser humano: intelectual, afetiva, corporal,


social e ética.

1.3.3 Metodologias Ativas


Aprender exige sempre uma postura ativa por parte de quem aprende e de
quem ensina, porém, algumas formas de ensino-aprendizagem promovem ações
de envolvimentos mais efetivos.

A metodologia ativa de Educação é uma premissa para uma educação de


qualidade. Alguns teóricos como Dewey (1950), Freire (2009), Rogers (1973),
Novack (1999), entre outros, já sinalizam há muito tempo a necessidade de se
pensar em formas de aprendizagem que superem o depositar conhecimentos sobre
os alunos.

É importante ressaltar que segundo Moran (2013), as metodologias


precisam estar alinhadas aos objetivos. Se o objetivo é que os alunos aprendam
de maneira autônoma, como podemos promover propostas em que o professor traz
a informação pronta? Pelo contrário, é necessário garantir situações de
aprendizagem, que viabilizem formas de exercitar a autonomia, através da busca
de informações entre outras ferramentas.

A aprendizagem é significativa quando os alunos são motivados


internamente, quando encontram sentido no que estão aprendendo e o
conhecimento se relaciona com a vida. A fim de promover essas interações, temos
como ferramenta de trabalho a utilização das metodologias ativas.

As metodologias ativas propõem a participação efetiva dos estudantes, bem


como a integração entre as áreas de conhecimento e a utilização da tecnologia.

Estudos evidenciam que as pessoas aprendem de diferentes formas.


Existem distintos tipos de inteligência e consequentemente maneiras diversas de
aprender. Howard Gardner (1995) traz a teoria das inteligências múltiplas,
mostrando que a formas de aprender vão além do raciocínio lógico- matemático e
linguístico.

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A proposta das metodologias ativas, vêm de encontro a teoria das


Inteligências Múltiplas, possibilitando maneiras diversas de ensino-aprendizagem.
A Educação Empreendedora, em seu conceito mais abrangente, tem relação muito
próxima com as metodologias ativas. Investir no aprendizado ativo é também
investir no desenvolvimento da mentalidade empreendedora.

As metodologias promovem a autonomia e o protagonismo, tornando os


estudantes parte central do processo de aprendizagem e são frequentemente
apontadas como um dos caminhos para atingir os objetivos educacionais
apresentados pela UNESCO para o século XXI: aprender a ser, aprender a
conhecer (aprender a aprender), aprender a fazer e aprender a conviver. Elas
também têm grande importância no desenvolvimento das softskills, ou
competências socioemocionais, que são parte essencial da mentalidade
empreendedora.

Diferentes maneiras de aprender


A aprendizagem acontece por meio da dinâmica de três elementos:
● A aprendizagem individual, onde o aluno é o agente principal, trilhando sua
própria busca.
● A aprendizagem em grupo, onde o conhecimento acontece por meio da
interação e troca entre os pares.
● Aprendizagem orientada em que aprendemos com alguém mais experiente,
como por exemplo, o professor.
As tecnologias “propiciam a reconfiguração da prática pedagógica, a abertura e
plasticidade do currículo e o exercício da coautoria de professores e alunos. Por
meio da midiatização das tecnologias de informação e comunicação, o
desenvolvimento do currículo se expande para além das fronteiras espaços-
temporais da sala de aula e das instituições educativas; supera a prescrição de
conteúdos apresentados em livros, portais e outros materiais; estabelece ligações
com os diferentes espaços do saber e acontecimentos do cotidiano; e torna
públicas as experiências, os valores e os conhecimentos, antes restritos ao grupo
presente nos espaços físicos, onde se realizava o ato pedagógico”. (ALMEIDA &
VALENTE, 2012)

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Aprendizagem colaborativa e personalizada

A aprendizagem personalizada, leva em conta as peculiaridades de cada


indivíduo, bem como o ritmo e necessidades dos alunos. A atualidade traz às
pessoas um mundo de muitas informações, onde as coisas acontecem todas ao
mesmo tempo. Para os jovens, essa questão é ainda mais forte. O conhecimento
por sua vez, deve caminhar acompanhando a realidade dos tempos atuais. A
personalização da aprendizagem é uma ferramenta viável para atender essa
demanda.
Na proposta do Enriquecimento Curricular, o professor deve planejar
diferentes atividades, contemplando vários tipos de aprendizagens. Um aluno
pragmático, por exemplo, necessitará de propostas mais interativas, que associem
o conceito à prática. Alunos mais teóricos e conceituais, terão maior facilidades nas
aulas expositivas, por isso é importante que o professor oferte o conteúdo de
diferentes formas, dessa maneira contemplará a todos, levando em conta a sua
forma de aprender.
Aprender com grupos de outras pessoas de maneira presencial ou virtual é
uma das formas de aprendizagem colaborativa. Essa troca em pares ou grupos
auxilia no compartilhamento de informações, esclarecimentos de dúvidas e
ampliação de repertório.
As diversas maneiras de colaboração entre pessoas, presencialmente ou
virtualmente, viabilizam o aprendizado de forma rápida. Nesse processo, o
educador tem o papel de curador de conteúdo, selecionando o que é importante e
eficaz.
A aprendizagem colaborativa, traz a possibilidade de estabelecimento de
vínculos e interações, mas também apresenta seus desafios, pois o ambiente social
é ativo e imponderável. Por diversas vezes o convívio é permeado por
desentendimentos e tensões. Tais vivências, oportunizam aos estudantes a
convivência e respeito à pluralidade, ampliando assim o seu universo cultural.

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Aprendizagem baseada em projetos e em problemas

Desenvolver projetos partindo de situações significativas e que tenham


ligação com a vida além da sala de aula é a proposta do componente do
Enriquecimento Curricular. Os projetos são desenvolvidos a partir de resolução de
problemas reais do cotidiano dos alunos e por meio de pesquisa de campo atrelada
à elaboração de atividades que oportunizem a geração de ideias e proponham
meios de solucionar ou minimizar os desafios identificados.

Uso das tecnologias

Assegurar a utilização de ferramentas tecnológicas tais como:


disponibilização de conteúdos em ambiente virtual, pesquisas na internet
(salientando a importância da utilização de fontes confiáveis), produção de vídeos
e animações, utilizações de diferentes plataformas digitais que possibilitem
aprendizagem e a interação entre professores e alunos, dentre outras.

Gamificação das aulas

Utilizar as estratégias dos jogos para ensinar os objetos de conhecimento


do Enriquecimento Curricular é uma forma de promover interesse e envolvimento
aos alunos. Transformar os conteúdos em jogos que utilizem pistas, avatares,
missões e desafios são possibilidades para essa gamificação.

Assim como nas metodologias ativas, o desenvolvimento das competências


empreendedoras está intimamente ligado à autonomia, à ação e ao protagonismo.
Além disso, a mentalidade empreendedora tem forte ligação com o domínio de
competências socioemocionais, que vão influenciar a capacidade de liderança, a
tomada de decisão, a gestão de pessoas e o equilíbrio emocional dos futuros
empreendedores. Tais competências são reforçadas nos processos ativos, que
estimulam o autoconhecimento, a autoestima e a habilidade para lidar com o outro.
O investimento em metodologias ativas é importante, pois os alunos se tornam
capazes de tirar projetos do papel, seja na vida pessoal ou profissional.

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1.3.4 Trabalho de Campo

Essa atividade requer planejamento antecipado, clareza quanto aos


objetivos e implicações da atividade de campo no desenvolvimento das atividades
curriculares e contextualização dos objetos de conhecimento que serão ensinados.

No Enriquecimento Curricular é oferecido aos educadores, um material


teórico metodológico e estrutural, mostrando a importância do planejamento para
o trabalho de campo, que deve ser reconhecido como um processo para observar
diversas situações-problemas e obstáculos e ter comportamentos e atitudes
empreendedoras para resolver ou amenizar os problemas encontrados. Destaca-
se também a importância do trabalho como instrumento de investigação,
reconhecendo que o professor deve conviver com a prática científica, através da
observação, descrição, análise e levantamento de hipótese dos fenômenos
estudados em sala de aula. Os educandos e os educadores precisam conhecer a
realidade em que vivem, iniciando o processo de observação para poder analisá-
la, compreendê-la e saber adentrá-la, principalmente quando está realizando um
trabalho coletivo. As propostas didáticas no trabalho de campo para o
Enriquecimento Curricular devem incluir alguns procedimentos básicos,
envolvendo situações que permitam a problematização, a busca de oportunidades,
o registro, a representação, a pesquisa e análise da realidade.

Quando se volta do trabalho de campo é o momento de coletar os dados,


fazer a tabulação e montar os gráficos da pesquisa, fazer a sistematização das
informações encontradas. Esta ação é fundamental para compreender quais são
os aspectos que podem ser melhorados.
Destacamos no Enriquecimento Curricular o trabalho de campo como uma
forma importante e eficaz para a gestão de projetos, tornando o trabalho visual,
agradável e prático.

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1.3.5 Educação Integral

A sociedade atual ampliou seu olhar para o processo educativo, partindo


desse pressuposto, é função da escola preparar o aluno para a vida. Logo, esse
preparo, implica a formação integral dos estudantes, assim como nos orienta a
Base Nacional Comum Curricular (BNCC). Para tanto se faz necessário distanciar-
se de concepções simplistas que dividem as competências cognitivas das
emocionais.

É importante compreender o desenvolvimento como um movimento


complexo e não linear. Assumindo dessa maneira uma visão abrangente do ser
humano, trabalhando sua formação plena, acolhendo as singularidades e
diversidades.

A BNCC em suas dez competências gerais, une aspectos cognitivos e


emocionais, desmistificando assim a divisão entre ambas. Pensando nesse
aspecto amplo, é preciso ter clareza sobre as competências emocionais,
compreender que as mesmas dizem respeito a forma como se vê, pensa, sente e
age nas diversas situações da vida. Tais competências são mutáveis, e podem ser
aprendidas ao longo de nossa trajetória.

Existem diversas formas de organizar as competências socioemocionais,


apresentamos aqui a forma utilizada pelo Instituto Ayrton Senna organizando-as
em cinco macrocompetências. São elas: abertura ao novo, autogestão,
engajamento com os outros, amabilidade e resiliência emocional.

No Enriquecimento Curricular, objetiva-se que o aluno desenvolva


competências e habilidades que o auxiliarão a desenvolver-se globalmente. Os
trabalhos em equipe, a resolução de situações-problemas, a criação das ideias, a
utilização da criatividade, e a descoberta dos comportamentos empreendedores
fazem com que o aluno se forme integralmente.

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1.3.6 A articulação entre os diferentes componentes


curriculares

Interdisciplinaridade

O Enriquecimento Curricular centrado em práticas educativas nos Anos Finais


do Ensino Fundamental busca respostas e proposições para práticas docentes
cada vez mais inclusivas, tendo como participantes, alunos do 6º ao 9º ano do
Ensino Fundamental do município de São José dos Campos. Enquanto
componente curricular tem a capacidade de reunir e integrar os diversos
conhecimentos das diversas áreas, permitindo o desenvolvimento de trabalhos
interdisciplinares, pois seus objetos de estudo levam o sujeito a refletir sobre a
realidade a partir de um olhar mais amplo e desenvolver novos comportamentos e
atitudes em prol de si mesmo e dos outros.

O Enriquecimento Curricular utiliza a metodologia do trabalho interdisciplinar


para desenvolver a interação entre disciplinas aparentemente distintas e fazer com
que essa interação enriqueça e possibilite a formulação de um saber crítico-
reflexivo, saber esse que deve ser valorizado cada vez mais no processo ensino-
aprendizagem, sendo assim passa de uma percepção fragmentária para uma
concepção unitária do conhecimento. A interdisciplinaridade oferece uma mudança
de postura perante o conhecimento, partindo de contextos significativos. O ensino
interdisciplinar fará com que os professores ofereçam aos seus alunos uma
aprendizagem eficaz para a compreensão da realidade em sua complexidade. A
interação entre os professores de várias áreas promove o enriquecimento do
trabalho e promove uma abordagem integrada.

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Enriquecimento curricular: objetivos da metodologia das ações


interdisciplinar

1-Integração dos objetos de conhecimento;

2-Passar de uma concepção fragmentária para uma concepção unitária do


conhecimento;

3- Superar a divisão entre ensino e pesquisa, considerando o estudo e a pesquisa


a partir da contribuição das diversas áreas;

4-Ter o ensino-aprendizagem centrado numa visão de que aprendemos ao longo


de toda a vida, entre outros;

5-Envolver a contextualização do conhecimento;

6- Manter uma relação fundamental entre o sujeito que aprende e o componente


a ser aprendido;

7-Articular saber, conhecimento, vivência, escola, comunidade, meio ambiente,


dentre outros, que se traduz na prática por um trabalho escolar coletivo e
solidário;

8-Manter uma relação de respeito e valorização do outro.

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Parte 2- Organizadores Curriculares do


Enriquecimento Curricular

O processo de ensino aprendizagem do Enriquecimento curricular do 6º ao


9º ano, visa estimular nos alunos o desenvolvimento de habilidades e atitudes por
meio de novas experiências de aprendizagem que possibilitem o despertar de
competências para além do campo acadêmico. O sujeito ganha o propósito de
desenvolver suas habilidades com um maior número de variáveis, tais como
contextualização, comparação, interpretação, construção, observação,
conhecimento de si, olhar diferenciado ao outro, participação ativa individual e
coletiva, sentimento de pertencimento ao local em que vive, atenção aos problemas
encontrados, preparação para desafios e proposição de soluções.
Tais elementos embasam as unidades temáticas que são abordadas do 6º
ao 9º no Componente Enriquecimento Curricular, sendo elas:

2.1- 6º ANO: Educação Financeira e Consumo Consciente

O objetivo do trabalho desenvolvido no 6º ano é iniciar a formação de


cidadãos conscientes de seus direitos e deveres e promover a reflexão e mudança
de postura diante de suas relações com o dinheiro e consumo, para que possam
atuar de forma mais responsável na sociedade.

Unidades Temáticas:

1-O sujeito e o consumo consciente

6º ANO 2-Consumo e Publicidade

3-O dinheiro

4-Orçamento Pessoal e Familiar

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1-Unidade temática: O Sujeito e o Consumo consciente

Contempla uma reflexão sobre a atitude de um indivíduo frente às estruturas


econômicas, sociais, políticas e culturais. O Consumo consciente não deve ser
visto pelo sujeito como um recurso de controle das condutas de modo a manter em
funcionamento o sistema econômico em vigor e sim como uma posição crítica ao
modelo de consumo que tem causado prejuízos ao meio ambiente e à sociedade
em geral. O sujeito deve refletir sobre suas atitudes e comportamentos perante o
consumo, pensando nos reflexos positivos e negativos que ele traz à sociedade e
com isso mudar sua postura de forma consciente ao consumir. O sujeito deve fazer
escolhas conscientes, éticas e planejadas, podendo assim pensar em traçar o seu
projeto de vida. Espera-se que nessa unidade sejam utilizados diferentes recursos
e linguagens para que os alunos possam delinear o seu projeto de vida. Nossos
alunos vivem envolvidos no mundo digital, então devemos aproveitar para estimulá-
los através de: aplicativos, sites, blogs e vídeos na internet. Evidenciar a
importância de se comprar por necessidade e não simplesmente pelo desejo.

2-Unidade temática: Consumo e Publicidade

Parte-se do pressuposto de que, cada vez mais, os indivíduos são chamados


ao consumo e ao consumir, os parâmetros que norteiam a composição de suas
próprias identidades e formas de sociabilidade, são influenciados pela lógica do
consumismo com o apoio inquestionável da publicidade, fato que o leva a crer que
toda felicidade se resume à posse das mercadorias carregadas de valores
simbólicos. Pretende-se, com essa unidade temática, conduzir o aluno a refletir
quanto ao papel econômico e social da publicidade na tarefa de propagação do
consumo, tornando-o um indivíduo mais reflexivo, questionador e argumentador
frente a este processo influenciador da publicidade. Um dos focos primordiais
dessa unidade é fazer com que o aluno entenda que o conceito do SER deve
sobressair ao desejo do TER.

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3-Unidade temática: O dinheiro

A atenção está na articulação do dinheiro com o consumo, na qual percebe-


se a importância desse recurso às finanças pessoais, orçamento e planejamento.
Destaca-se também o consumo ético, consciente e responsável, valorizando assim
a moeda do país e do mundo como instrumento de globalização. Evidencia-se
também maneiras mais eficientes de utilizar os recursos financeiros sem
desperdício, discutindo práticas de consumo excessivo a fim de que o dinheiro seja
utilizado de forma consciente e responsável.

4-Unidade temática: Orçamento Pessoal e Familiar

Por sua vez, esta unidade temática propõe o direcionamento do olhar para
as finanças, ensinando ao aluno o valor do dinheiro e os benefícios de utilizá-lo de
maneira produtiva e consciente. As atividades devem ser práticas, assim os alunos
podem criar, desenvolver, experimentar, argumentar, analisar e planejar, por
exemplo uma lista de compra, na qual possa fazer o orçamento colocando o que é
necessário e não somente o que desejo supérfluo. Assim, propicia-se a articulação
entre os temas do 6º ano: Educação Financeira e Consumo Consciente.

2.2- 7º ANO: Educação Financeira e Educação Fiscal

O objetivo do tema é ampliar a consciência cidadã, de modo que o aluno


perceba sua importância e da coletividade, estimulando conhecimento sobre o que
é ser financeiramente educado, como gerir finanças, o seu papel de cidadão
consciente, atuante e disseminador no monitoramento da qualidade dos gastos
públicos e conhecedor da importância da função social dos tributos.

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Unidades Temáticas:

1-Educação Financeira e Educação Fiscal

7º ANO 2-Tributos

3-Planejamento Financeiro

4-Protagonismo Juvenil

1-Unidade temática: Educação Financeira e Educação Fiscal

A unidade temática incentiva o aluno a conhecer o que é e para que serve a


Educação Financeira e a Educação Fiscal. Tais conhecimentos influenciam em
mudanças de comportamentos na vida financeira, pois os alunos aprendem a se
planejar, conhecem os benefícios de economizar, aprendem a trabalhar de forma
divertida com o dinheiro, compreendem a função social dos tributos; entendem a
importância de acompanhar a aplicação dos recursos públicos e se tornam
motivados para o exercício da cidadania plena.
Aplicam-se atividades práticas que promovam orientações e desafios e
propiciem o desenvolvimento da autonomia e competências para uma Educação
de qualidade. Nesse contexto, a escola tem um papel fundamental na garantia de
um futuro sustentável para todos, pois, ao educar seus alunos forma cidadãos
críticos, provido de condições que permitam entender os contextos históricos,
sociais e econômicos, conscientes, responsáveis com uma visão global, tornando-
se capazes de intervir e modificar a realidade social.

2-Unidade temática: Tributos

O primeiro passo é conscientizar os alunos de que os valores arrecadados


por meio de tributos são de todos os contribuintes e, por isso, devem ser tratados

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com o máximo zelo. Para que isso aconteça, é importante oferecer, aos alunos,
ferramentas para que coloquem em prática os ensinamentos a partir da própria
forma de lidar com dinheiro na vida real. Ensinar os alunos o porquê de se estudar
os tributos e conhecer o seu papel social é muito importante para a formação do
estudante enquanto cidadão. O tema passa pelo entendimento do que são os
tributos e de como eles devem ser usados para melhorar a vida das pessoas, por
meio de serviços públicos eficientes e de qualidade para todos. Os alunos devem
ser incentivados a prestar atenção ao ambiente ao seu redor, num processo de
aprendizagem sobre como os recursos financeiros da instituição são recebidos e
administrados pelos gestores. Apropriados dos conhecimentos, o discente pode se
tornar mais consciente sobre a situação fiscal do país e da utilização dos impostos
recolhidos pela sociedade e engajar-se como disseminador na comunidade escolar
e principalmente em sua família.

3-Unidade temática: Planejamento Financeiro

O planejamento financeiro deve ser ensinado desde cedo para as crianças,


pois o contato com dinheiro tem sido cada vez mais precoce. Sendo dependentes
dos adultos, as crianças não precisam pagar contas e comprar alimentos e roupas,
mas ensinar o valor destes produtos fomenta a compreensão sobre despesas. A
unidade temática ressalta a necessidade dos alunos terem acesso à importância
do planejamento financeiro e de despertar o interesse em se reeducarem com
relação às finanças pessoais e familiares. Há enorme relevância em incentivar no
educando o propagar a temática no ambiente domiciliar, pois a atuação como
disseminador de novos saberes colabora e estimula seus responsáveis a ficarem
mais atentos à gestão do orçamento familiar. A utilização de recursos disponíveis
na internet amplia o hall de atividades que podem ser desenvolvidas sobre essa
temática, tais como testes, planilhas e aplicativos de organização financeira e
planejamento familiar.

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4-Unidade temática: Protagonismo Juvenil

A BNCC relaciona a ideia de protagonismo a outros conceitos, como


a educação integral e o projeto de vida dos alunos. Para esclarecer: uma proposta
de educação integral visando o desenvolvimento global do estudante em todas as
suas dimensões (física, cognitiva, afetiva, social, cultural). Por isso, “(…) o conceito
de educação integral com o qual a Base Nacional Comum Curricular está
comprometida se refere à construção intencional de processos educativos que
promovam aprendizagens sintonizadas com as necessidades, as possibilidades e
os interesses dos estudantes e, também, com os desafios da sociedade
contemporânea.” (BNCC)

Essa noção de preparar os estudantes para os desafios da sociedade


contemporânea está intimamente ligada ao desenvolvimento do protagonismo
juvenil, pois valoriza o olhar do estudante para fora, para a sua contribuição com a
vida comunitária (Adaptado do Portal SAE digital).

Além disso, “(…) a BNCC propõe a superação da fragmentação


radicalmente disciplinar do conhecimento, o estímulo à sua aplicação na vida real,
a importância do contexto para dar sentido ao que se aprende e o protagonismo do
estudante em sua aprendizagem e na construção de seu projeto de vida.” (BNCC).

Dessa forma, o protagonismo juvenil também se relaciona à construção do


projeto de vida, “tanto no que diz respeito ao estudo e ao trabalho como também
no que concerne às escolhas de estilos de vida saudáveis, sustentáveis e éticos. ”
(BNCC).

No Enriquecimento Curricular o protagonismo juvenil visa principalmente


reforçar o compromisso que temos com a formação integral dos alunos,
promovendo atividades conceituais e procedimentais, que através da prática
pedagógica, façam com que os alunos desenvolvam autonomia, que tenham
capacidade de tomar decisões e não só pensem no seu projeto de vida, mas que
sejam estimulados para criá-lo pensando no futuro e assim possam estar atentos
e participantes na esfera política, social, econômica e cultural do meio em que vive.

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2.3 - 8º ANO: Educação Empreendedora:


Empreendedorismo Social

O objetivo do tema é apresentar ao aluno a educação empreendedora como


alternativa para promover impacto social em um momento, no qual as pessoas
buscam investir nos próprios sonhos e ideias como fonte de renda. Acredita-se que,
por auxiliar os alunos a desenvolverem habilidades para a vida, com esse projeto
os educandos recebem uma formação diversificada e são capacitados a criar
projetos, resolver problemas e propor soluções visando o impacto social,
estimulando a inclusão e a diversidade.
O ambiente de sala de aula, sendo presencial ou virtual, deve propiciar mais
debates e discussões com diferentes exemplos e vivências, assim a aprendizagem
se torna significativa. É fundamental estimular o exercício da escuta ativa, ou seja,
ouvir a todos, entender suas necessidades, desviar-se de estigmas e julgamentos.

Unidades Temáticas:

1- Empreendedorismo e Empreendedorismo
social

8º ANO 2- Empreendimentos Sociais e Projetos

3- Contexto social, Pesquisa de Campo e


Planejamento

4- Projeto Empreendedor

1- Unidade Temática: Empreendedorismo e


Empreendedorismo social

O empreendedorismo trabalhado no Enriquecimento Curricular, contribui


para o desenvolvimento das competências necessárias para que os alunos possam
ir ao encontro da autorrealização, desenvolver a iniciativa, a capacidade de pensar,
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a persistência, a busca de objetivos, fazer e criar com autonomia e flexibilidade.


Entende-se que quanto mais cedo for dado o estímulo para o desenvolvimento do
empreendedorismo, maiores as chances de sucesso do futuro empreendedor,
onde o indivíduo possa se constituir como ser autônomo capaz de liberar sua força
criadora. Empreender é transformar, é criar oportunidades para dar nova forma aos
pensamentos e o Empreendedorismo Social é um conceito que possibilita a
construção de algo que gere maior impacto na sociedade e seja autossustentável.
O empreendedorismo social abordado no componente do Enriquecimento
Curricular, não depende exclusivamente de doações para a sobrevivência do
empreendimento, mas sim parte ou o total de suas receitas vêm de criação e
vendas de produtos e serviços, assim como em qualquer outro negócio. No entanto,
esse modelo não visa o lucro como objetivo central, e, sim, o valor agregado a uma
sociedade. É comum que a história da iniciativa de um empreendedor social esteja
ligada a um problema que uma pessoa/grupo enxergou em suas comunidades e, a
partir disso, buscaram uma solução que beneficie ao coletivo.

2-Unidade Temática: Empreendimentos Sociais e Projetos

Elaborar e criar um projeto de empreendedorismo social é o foco essencial


desta temática que se inicia com a identificação de um problema, que pode ser
relacionado à educação, saúde, qualidade de vida, cultura, lazer, meio ambiente,
emprego e geração de renda, entre outros. É importante ressaltar que o
empreendimento social deve ser motivado por um propósito em detrimento dos
lucros e que a noção de sucesso seja a contribuição para um mundo melhor.

Além disso, todo empreendimento social deve: ser inovador, ser


realizável, ser autossustentável, envolver várias pessoas e segmentos da
sociedade, incluindo a população atendida e provocar impacto social e resultados
mensuráveis.

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3-Unidade Temática: Contexto social, Pesquisa de Campo e


Planejamento
Esta unidade temática vem destacar o momento de se fazer uma pesquisa
de campo, a qual é uma das etapas da metodologia científica de pesquisa que
corresponde à observação, coleta, análise e interpretação de fatos e fenômenos
que ocorrem dentro de seus nichos, cenários e ambientes naturais de vivência e
serve para encontrar situações-problemas no contexto social da comunidade e
propor ideias inovadoras para resolver ou amenizar os problemas, gerando um
impacto social e para isso é necessário elaborar um planejamento que otimize o
alcance dos objetivos.

4-Unidade Temática: Projeto Empreendedor

O Projeto Empreendedor vem para ensinar o aluno a sistematizar a sua


ideia, como ela será planejada a partir da situação-problema encontrada. Planejar
as etapas do projeto empreendedor é de suma importância, pois se apresentará os
passos de como levantar os recursos necessários para execução desse projeto.
Ele é o norteador dos passos a seguir para o sucesso do projeto e revela também
a importância do trabalho em equipe.

2.4 - 9º ANO: Educação Empreendedora: Ideias


Inovadoras

O tema fomenta o desenvolvimento da Educação Empreendedora como


ferramenta para promover a realização dos sonhos dos alunos de maneira
individual e coletiva. Evidencia-se nesse contexto o empreender a própria vida, a
fim de que a construção do projeto de vida ultrapasse o espaço escolar e amplie a
visão de mundo dos estudantes. Propiciar o desenvolvimento e aprimoramento de
habilidades e competências que auxilie o educando nesse processo é o foco central
desse tema.
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Unidades Temáticas:

1- Empreendedorismo: Criatividade e
Inovação

9º ANO
2- Ideias Inovadoras e planejamento das
Ideias

3- Modelo de Negócios

4- Projeto de vida

1-Unidade Temática: Empreendedorismo: Criatividade e Inovação

Esta unidade preconiza fazer com que o aluno desenvolva os


comportamentos empreendedores, ou seja, que tome a iniciativa de empreender,
de ser criativo e inovador em seus projetos e ao identificar as oportunidades
consiga transformá-las em uma organização lucrativa e que impulsione o
desenvolvimento do próprio sonho.

2-Unidade Temática: Ideias Inovadoras e planejamento das Ideias

Esta unidade evidencia aos alunos a importância de uma boa ideia, a qual
acompanhada de um planejamento correto é capaz de fazer nascer projetos
inovadores. Estimular o desenvolvimento dos comportamentos empreendedores e
da criatividade é uma necessidade latente, contudo para aplicá-la e manter um
empreendimento de sucesso é necessário levantar quais os recursos necessários
para execução, implementação e gerenciamento do projeto empreendedor.

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3-Unidade Temática: Modelo de Negócios

De acordo com o SEBRAE o negócio é um sistema porque é constituído por


várias partes ou funções e necessita de todas elas para ser bem-sucedido. Um
modelo de negócios é uma descrição deste sistema. Essa descrição pode ser feita
de forma linear, com textos e números, por exemplo, ou de forma visual, como um
desenho, um boneco, um gráfico. O Modelo de Negócios nesse caso, é a
possibilidade de visualizar a descrição do projeto empreendedor, das partes que o
compõem, de forma que a ideia sobre o projeto da startup seja compreendida por
quem lê. Esta unidade visa a compreensão e criação de um Quadro de modelo de
negócios CANVAS para o desenvolvimento das ideias do projeto empreendedor
das startups educacionais.

4-Unidade Temática: Projeto de vida

A unidade prioriza a construção do Projeto de Vida e todas as suas etapas,


propiciando aos alunos a elaboração de objetivos e metas pessoais, assim como o
desenvolvimento de ações para realização dos sonhos. O autoconhecimento e os
valores pessoais serão norteadores nesse processo de construção do projeto de
vida.
Sabe-se que o projeto de vida está intimamente ligado à autonomia, à ação
e ao protagonismo, por isso o Enriquecimento Curricular aborda essa temática em
um momento crucial da vida dos estudantes, a adolescência. Tem como intuito
auxiliar na motivação e orientação dos sonhos, além de estimular o planejamento
de metas de curto, médio e longo prazo.

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2.5 Avaliação

A avaliação dialoga com o ensino e aprendizagem, os estudos evidenciam


que a forma como os alunos aprendem está relacionada com a forma como eles
são avaliados.

É necessário considerar que ao ensinar algo novo aos estudantes, os


mesmos já dispõem de conhecimentos prévios. Muitas vezes esses saberes
podem não estar relacionados ao conteúdo apresentado, todavia servirão de apoio
para uma nova aprendizagem. A partir dessa concepção faz-se necessário mapear
através de uma avaliação inicial o que os alunos já aprenderam.

A avaliação não deve constituir-se em um momento único e isolado e sim


uma prática permanente no ensino, um conjunto de momentos em que se obtêm
informações acerca de como se modificam as aprendizagens iniciais.

O Currículo Paulista parte do pressuposto de que a avaliação, no âmbito


escolar, deve ser encarada como um recurso pedagógico que permite aos
professores, gestores e demais profissionais da educação acompanhar a
progressão das aprendizagens, oferecendo subsídios para a análise do próprio
processo de ensino. Dessa maneira, os resultados dos processos avaliativos
devem concorrer para que todos os estudantes avancem em suas aprendizagens,
e para que os professores façam eventuais ajustes em suas práticas para garantir
a qualidade dessas aprendizagens.

Sob essa perspectiva, a avaliação produz informações valiosas no que diz


respeito à aprendizagem dos estudantes, às necessidades de recuperação e
reforços, à própria prática em sala de aula, permitindo adequações e mudanças
metodológicas.

Assim o professor deve avaliar atentamente os avanços, pensando em


instrumentos que possam diagnosticar as aprendizagens dos estudantes e seus
níveis de proficiência a respeito do que lhes foi ensinado e planejar ações
necessárias para que todos possam aprender, pois a avaliação deve permear o

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processo ensino e aprendizagem trazendo subsídios para a revisão do plano de


ensino, visando sempre acompanhar o processo integral de desenvolvimento de
cada estudante assegurando a aprendizagem significativa.

Segundo Telma Weisz (2011) o processo de avaliação dos alunos, constitui-


se também na avaliação da intervenção do professor. Quando sinalizado a não
compreensão de algum conteúdo, cabe ao docente a revisão de sua prática, a fim
de identificar os possíveis obstáculos que dificultam a compreensão por parte dos
educandos.

No Enriquecimento Curricular, as avaliações devem voltar-se para as


aprendizagens dos objetos de conhecimentos e conceitos trabalhados, como
também para os procedimentos importantes do componente. Deve ser adotada
uma multiplicidade de estratégias como por exemplo: observação direta, realização
de pesquisas, construções de maquetes, construção de aplicativos, apresentações
orais, leitura de imagens, tabelas, criação de ideias inovadoras, comunicação oral,
elaboração de registros e sínteses das aulas, participação ativa nas discussões
durante as aulas entre tantas outras. Quanto aos instrumentos de avaliação podem
ser diversificados como: atividades em grupo, construções, elaboração de
resumos, sínteses, textos argumentativos, apresentação de seminários, mapas
conceituais, participação nos grupos, debates, produção de mídias diversas, etc.
Esses instrumentos devem adequar-se ao objeto de conhecimento em foco e as
diferentes etapas de trabalho buscando sempre atividades práticas, inovadoras que
todos os alunos possam ser avaliados de forma integral.

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2.6 Quadro Curricular- 6º ano- Educação Financeira e


Consumo Consciente

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2.7 Quadro Curricular- 7º ano – Educação Financeira e


Fiscal

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2.8 Quadro Curricular - 8º ano Educação Empreendedora-


Empreendedorismo Social

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2.9 Quadro Curricular-9º ano- Educação Empreendedora:


Ideias Inovadoras

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Fonte: https://novaescola.org.br/conteudo/8778/o-que-e-avaliacao

WEISZ, Telma. Diálogo entre o ensino e a aprendizagem. São Paulo: Editora Ática,
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