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HIV

HIV: vírus da imunodeficiência humana.


AIDS: síndrome da imunodeficiência adquirida → TCD4 contagem menor 200

O risco de infecção por HBV é de 6% a 30% após inoculação com agulha


contaminada (hepatite B), na mesma situação, o HIV apresenta risco inferior a 1%;

TRANSMISSÃO
- O vírus pode ser encontrado: soro, sangue, saliva, sêmen, lágrima, urina,
leite materno, secreções do ouvido e a vagina.
- Vias mais frequentes: contato sexual, exposição parenteral, ou transmissão
da mãe para o feto.
- Não existem casos de transmissão pelo aerossol.
- Saliva tem proteínas que inibem a infecção (inibidora de protease
secretada por leucócitos → slip) e tonicidade provoca lise celular;
- Saliva não é uma fonte significativa: raros relatos que apontam como
infecciosos (lesões em mucosa podem interferir);

ETIOPATOGENIA
- Célula alvo principal é o linfócito T CD4;
- Dna do HIV é incorporado ao DNA do linfócito;
- Anticorpos desenvolvidos não protegem;
- Vírus permanece em silêncio e causa a morte celular ou faz com que deixe
de funcionar;
- Tem diminuição do número de células T auxiliares = perda da função
imunológica.
- Resposta normal a vírus, fungos e bactérias encapsuladas diminuem.

SINTOMAS
1) FASE DE INFECÇÃO AGUDA INICIAL: 3 a 6 semanas após a infecção; febre,
dor de garganta, mialgia, exantema transitório, fadiga, remissão
espontânea (imune);
2) FASE ASSINTOMÁTICA: replicação ativa, até 10 anos.
3) FASE CRÔNICA: desintegração da defesa; sinais e sintomas (fadiga, perda
de peso, diarreia) seguidos de infecções oportunistas, alterações
neurológicas, neoplasias.

EXAMES
DIAGNÓSTICO
- Teste rápido, ELISA, IMUNOFLUORESCÊNCIA E WESTERN BLOT.

MONITORAMENTO
- Carga viral: número de cópias de RNA viral circulante;
- Considerada baixa: entre 50 a 400 cópias/ml.
- Contagem de linfócitos T CD4 é o indicador de comprometimento
imunológico.
● normal: 600 a 1600 cél./mm³
● 500-200 cél/mm³ primeiros sintomas de supressão e infecções
oportunistas
● abaixo de 200 cél/mm 3 severa supressão e diagnóstico de AIDs.

MANIFESTAÇÕES ORAIS
1) LESÕES FORTEMENTE ASSOCIADAS AO HIV
a) Candidíase: pseudomembranosa, eritematosa e quelite angular;
b) Leucoplasia pilosa;
c) Sarcoma de Kaposi;
d) Linfoma não Hodgkin;
e) Doença periodontal: eritema linear gengival, gengivite necrosante.
periodontite necrosante;

Candidíase: 90%
→ pseudomembranosa: menos 200 células, contagem células CD4;
→ eritematosa: menos 400 células por mm³;
→ hiperplásica;
→ quelite angular;
→ dor diminui o paladar, come menos e emagrecimento.

Leucoplasia pilosa oral: lesão mais comum associada ao EBV (Epstein Barr vírus)
em pacientes com AIDs.
- placa branca que não se destaca a raspagem, tem hiperceratose, e
hiperplasia epitelial; pode aparecer como estrias ou áreas leucoplásicas
espessas;
- Estrias verticais que podem evoluir para leucoplasias espessas.
- + margem lateral de língua;
- Em pacientes HIV, diagnóstico é clínico.

TRATAMENTO: medicações anti herpes/ uso tópico de retinoides..

SARCOMA DE KAPOSI
- neoplasia multifocal com origem em células endoteliais vasculares;
- herpesvírus humano tipo 8 (HHV-8) dentro das lesões;
- múltiplas lesões de pele (tronco, braços, cabeça e pescoço) e mucosa oral
(qualquer local, + em palato duro, gengiva e língua);
- iniciam com máculas vermelhas purpéreas ou marrons e não desaparecem
sob pressão;
- com o tempo → placas ou nódulos, dor, sangramento e necrose na região;

DIAGNÓSTICO E TRATAMENTO
- Biópsia;
- Se o paciente não regredir com o tratamento HIV (HAART) fazer
quimioterapia;
- Lesões problemáticas podem ser removidas cirurgicamente.

LINFADENOPATIA GENERALIZADA PERSISTENTE


- Durante a fase silenciosa;
- Prevalência de 70%
- Linfadenopatia por mais de 3 meses e envolve dois ou mais locais
extralinguais;
- Mais frequente: nodos cervicais anterior e posterior, submandibular,
occipital e axilares (flutuante, 0,5 a 5 cm);

LINFOMA NÃO-HODGKIN
- 2º neoplasia maligna mais comum;
- 3 a 5% dos indivíduos; 60x chance;
- AIDS → doença agressiva e de alto grau, curto tempo de sobrevida;
- 4% são orais ( + em gengiva, palato, língua, amígdala ou seio maxilar);
- Aumento de volume de tecido mole ulcerado e eritematoso;
- Pode ter envolvimento intra ósseo → parece periodontite ( perda de LG e
mobilidade, espessamento do LP e perda da lâmina dura são diferenciais).

TRATAMENTO: quimio e radio.

DOENÇA PERIODONTAL: PUN E GUN E ERITEMA LINEAR GENGIVAL.


→ Eritema linear gengival: demarcação na gengiva marginal, 2 a 3 mm abaixo da
margem;

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