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WCM: World Class Manufacturing (Manufatura de Classe Mundial).

São conjuntos de
conceitos, princípios e de técnicas usadas para a gestão de processos operativos de uma
empresa cada vez mais populares. A metodologia WCM vem se tornando o pilar para muitas
organizações.

Levando em conta o novo cenário empresarial, com concorrentes a níveis globais, as


abordagens das empresas se tornaram mais agressivas, já que modelos de negócio
disruptivos e baseados em tecnologia surgem a todo momento como novos players.

Dessa forma, as empresas devem se transformar e buscar novas formas de organização e


controle mais eficaz, melhorando sua gestão e garantindo maiores resultados. Uma das
formas de conseguir isso é por meio da aplicação da WCM.

WCM: World Class MAnufacturing


Oferecer serviços especializados, a um preço justo, e produtos com um padrão de qualidade
incontestável, são alguns passos necessário para seu negócio se consagrar no mercado ao
qual está inserido. Nesse contexto podemos utilizar o WCM.

A Manufatura de Classe Mundial, é uma forma de garantia que esse padrão será mantido.

Sua função principal é reduzir custos, otimização da logística, qualidade, manutenção e


produtividade para níveis de classe mundial, por meio de um conjunto estruturado de
métodos e ferramentas.

Assim como o Lean, o WCM tem origem no Sistema Toyota de Produção, se assemelha com
a metodologia utilizada pela Toyota por focar na redução de desperdícios, e nesse sistema
existem três elementos principais:

combate sistemático a cada desperdício e perda existente em toda a cadeia (cliente-


fornecedor-fornecedores);
envolvimento das pessoas e respectivos desenvolvimento de suas competências e por fim;
utilização rigorosa de métodos e ferramentas apropriados para as ineficiências do processo.
Os pilares do WCM
Segurança
Para assegurar integridade física do operador por meio da criação de um ambiente de
trabalho totalmente seguro e controlado, isto é realizado visando reduzir o número de
acidentes.

Avaliando riscos pela ótica da Toyota, reduzindo e controlando as condições e atos inseguros
na empresa, e desenvolvendo cultura preventiva e proativa para a segurança na empresa.

Desdobramentos de custos
Para que a organização consiga melhoramento eficaz por meio da identificação de todas as
perdas do sistema produtivo e priorizá-las segundo as que ofereçam as maiores
potencialidades de redução de custos.

Realizado identificando e localizando as perdas causais e resultantes.

Valorizando as perdas e escolhendo a metodologia de ataque.


E também, planificar as atividades de combate às perdas, realizando matrizes,
desenvolvimento de competências para enxergar e combater as perdas mais significativas e
cada vez mais, formação do orçamento do próximo ano, plano redução custos.

Melhoria focada
Para fornecer recursos metodológicos adequados para o combate às perdas conforme
priorização do Cost Deployment.

Monitorar os projetos e buscar ferramentas de resolução mais sofisticadas para os


problemas crônicos.

Nesta etapa deve se fornecer o método correto à cada perda encontrada, melhorar a
performance dos equipamentos e sistema produtivo, para que ocorra crescimento
profissional e aquisição de métodos eficazes, e também suporte metodológico a todos os
pilares.

Manutenção autônoma
Para melhorar a eficiência global dos equipamentos por meio da restauração das condições
de base e na observância.

Esse pilar está orientado para o desenvolvimento de competências dos operadores para a
melhoria de produto, processo e equipamento.

Os equipamentos têm que estar em perfeitas condições de uso e eficientes para o processo
contínuo de fabricação.

Manutenção planejada
Para que a organização seja dotada de máquinas perfeitas que não seja fonte de problemas
para a produção, de maneira a alcançar a satisfação total do cliente.

Esse pilar atua na restauração das condições originais dos equipamentos por mantenedores
competentes.

A tendência com as atividades implementadas é provocar o aumento do MTBF e a redução


do MTTR.

Depois não pode haver mais quebra devido à manutenção.

Organização no posto de trabalho


Para melhorar a eficiência e a produtividade do sistema produtivo, por meio de melhorias nos
postos de trabalho com o uso 5S , 5T e eliminação atividades NVAA.

Esse pilar busca ferramentas, materiais, dispositivos, tudo tem que estar ao alcance do
antebraço dos operadores (movimentação mínima).

Ferramentas utilizadas na metodologia WCM


Existem diversas formas de aplicar e utilizar os conceitos de WCM dentro de sua empresa e
para ajudar você separamos algumas das principais ferramentas utilizadas em gestão.
Confira.

5G
De origem na cultura de produção japonesa, os princípios 5G são um método para
compreender e agir de acordo com um determinado objetivo ou uma necessidade. São
aplicados, geralmente, em empresas com cultura de melhoria contínua.

O 5G é utilizado na gestão de produção, como uma forma de analisar obstáculos que podem
vir a prejudicar a planta da fábrica e encontrar as principais causas desses problemas,
garantindo sua resolução de forma precisa e eficaz.

Sua principal aplicação é na mediação do conflito, ou seja, qual a relação entre a teoria e a
prática, aquilo que está sendo feito e o que poderia ser aplicado em um ambiente ideal.

Por meio do uso dessa ferramenta podemos responder aos seguintes questionamentos:

as normas e procedimentos estão sendo utilizados no processo produtivo?


os envolvidos na produção estão adotando as boas práticas?
a mudança em planejamento poderá, realmente, trazer algum ganho para o resultado dos
processo afetados?
Com o 5G podemos analisar todos os detalhes e manter uma visão objetivo acerca de toda a
situação, descartando suposições e focando nos fatos. Ele visa garantir o restabelecimento
das boas práticas e com isso, melhorar a produtividade.

Os princípios constantes nessa ferramenta e que dá o nome ao 5G é derivado de cinco


palavras japonesas, cada uma representando um ponto do método:

gensoku ─ está ligada a utilização de procedimentos e normas para a melhoria de processos


e resolução de problemas em geral;
genba ─ se refere ao local em que a situação ocorre, exigindo que todos os envolvidos,
direta e indiretamente, estejam próximos para que possam compreender de forma clara os
detalhes do problema enfrentado;
genbutsu ─ está ligada a condição real do objetivo. Esse princípio determina tocar o
problema, ou seja, estar em contato direto com a situação com as próprias mãos;
genjitsu ─ se refere a realidade atual do processo de produção, que deve ser analisada de
forma completa, sem a formação de pré-julgamentos ou preconceitos.
4M
Outra ferramenta muito comum no controle dos processos e utilizada dentro do WCM é a 4M,
nome derivado também das variáveis analisadas, como ocorreu com a anterior.

Seu objetivo é direcionar a análise para os reais problemas e por meio de uma estratificação
de variáveis, identificar a sua principal causa.

Essa ferramenta deve ser utilizada apenas em causas reais, sendo que mesmo que várias
hipóteses possam surgir durante a sua aplicação, os esforços devem ser voltados apenas
para aquelas que se comprovem, pois o objetivo desse método é lidar com o que existe e
não ameaças em potencial.
O itens que são levados em consideração nessa metodologia e que dão nome a ferramenta
são:

método ─ os processos utilizados para a produção devem ser enxutos e adequados,


evitando tarefas repetitivas e sem necessidade, como o excesso de verificações ao longo da
produção, adotado em boa parte das empresas e desnecessário;
mão de obra ─ o colaborador correto deve ser direcionado para o trabalho correto, ou seja,
caso um processo demande qualificação, apenas profissionais qualificados devem atuar
nele, evitando problemas;
matéria-prima ─ o material utilizado para a produção deverá ter um controle de qualidade
eficaz, afinal, essa variável afetará de forma direta o produto final, fazendo com que
problemas se propaguem na linha de produção;
máquina ─ o equipamento deve ser capaz de exercer as atividades necessárias e estar em
condições de uso adequadas, garantindo a segurança do trabalho e a produtividade
necessária. Não é uma boa ideia improvisar, pois isso pode trazer problemas.
5 porquês
Essa é uma ferramenta muito simples que tem como objetivo principal identificar a causa de
problemas dentro do processo produtivo da empresa.

Ela tem como princípio agir na raiz de uma determinada situação negativa, resolvendo a
problema, não de forma paliativa, apenas minimizando os sintomas, um erro comum de
gestão.

O truque aqui é realizar uma série de perguntas simples, porquês, assim como uma criança
faria. O nome da ferramenta sugere que sejam realizadas 5, mas na verdade, podemos fazer
tantas quantas forem necessárias para mergulhar no problema.

Por exemplo, imagine que você está cozinhando o seu almoço, próximo ao meio dia e o
fogão não liga mais. Nesse momento se dá início as perguntas:

por que? ─ o fogo apagou;


por que? ─ o gás acabou;
por que? ─ já estou utilizando a mais de um mês;
contra medida ─ comprar um novo botijão de gás.
Nesse exemplo simples, apenas 3 perguntas já foram suficientes para entender a causa do
problema enfrentado e tomar uma contra medida para saná-lo o mais rápido possível.

Para problemas mais complexos, como os enfrentados em uma planta de produção, poderá
ser necessário realizar 5 perguntas ou até mais até chegar na raiz da situação e poder tomar
uma contra medida.

5W
Por último, vamos falar um pouco sobre o 5W. Essa ferramenta funciona como um checklist
para novos processos e seu objetivo e deixar tudo muito claro para que não haja nenhum
tipo de dúvida no momento em que a implantação ocorrer.
Em ambientes altamente competitivos, dúvidas e erros podem custar tempo e exigindo
retrabalho, trazendo prejuízos para a empresa. Por conta disso, o 5W se mostra como uma
ferramenta fundamental para trazer confiança para todos os envolvidos em um processo.

Seu nome é composto das iniciais de todos os itens que devem ser checados durante o
controle de qualidade do novo processo, são eles:

what ─ o que será feito, contém o mapeamento completo de todas as atividades que compõe
o novo processo;
why ─ porque será feito, contém as justificativas sobre a demanda de mudança ou
implantação;
where ─ onde será feito, qual será o local ou departamento que receberá o novo processo;
when ─ quando será feito, o cronograma completo para a implantação com datas e horários;
who ─ por quem será feito, distribuição das responsabilidades dentro do novo processo e
suas atividades.
Essas são apenas algumas das ferramentas que podem ser utilizadas dentro do conceito da
metodologia WCM para melhorar seus processos produtivos.

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