O HTP procura entender todos os aspectos da personalidade de um
indivíduo e as maneiras pelas quais os indivíduos interagem com as pessoas e seu ambiente. Estimula a projeção de elementos de personalidade e áreas de conflito em situações terapêuticas e proporciona uma compreensão dinâmica das características e funções individuais. A ferramenta é destinada a maiores de 8 anos e recomenda a realização de três desenhos consecutivos: uma casa, uma árvore e uma pessoa; devem ser desenhados em folhas de papel separadas, com lápis e borracha. O teste também sugere um levantamento das características e descrições de cada desenho.
O teste aplicado tem a finalidade de trabalho acadêmico, por este
motivo não temos informações detalhadas. Lembrando que por se tratar de um trabalho acadêmico, e não de uma avaliação psicológica, as informações coletadas através do teste, pode ter interferências externas, variáveis que podem comprometer a eficácia do resultado, pois uma avaliação psicológica fidedigna é essencial que tenha sido utilizado no mínimo cinco ferramentas de avaliação. O teste foi aplicado na turma de psicologia do 5 Semestre, este relatório é referente ao analisando identificado como nº15. A partir da analise do teste HTP, é possível observar que o analisando nº15 tende a passar uma imagem convidativa, harmonia nas relações familiares e adequação na imagem corporal, preocupação com os detalhes, tendencia à expansão, desejo de realizar, de ter e obter rápido o sucesso, procura de boas recompensas, prosperar, suposta superestimação e aceitação de si mesmo, boa evolução psicossexual e relacionamento com o mundo externo de forma franca, boa energia vital, capacidade de organização, equilíbrio e habilidade para obter satisfação do ambiente, uma capacidade de adaptação, autossustentação, sensação de força e poder, e uma certa passividade. Tendencia a menor valorização da fantasia, objetividade, maior controle racional sobre a vida instintiva, com comportamento prático e voltado para a realidade concreta. Através de uma análise mais detalhada, é possível observar a tendencia de passar a imagem de superação das limitações e pontos traumáticos, valorizando de forma acentuada sua própria inteligência, desejo de afirmação, necessidade de mostrar-se forte, mostrando otimismo, interesse pela aparência, e ao mesmo tempo preocupação com o externo. Foi possível identificar “cicatrizes”, marcas deixadas em seu contexto, traumas psíquicos, os quais aparentemente não elaborados, e consequentemente colaborando com traços de ansiedade, insegurança, agressividade, culpa, medo de perder o controle e a objetividade, de não agradar, medo da realidade, receio na relações com o outro, preocupação com o contato, tensões internas, em alguns momentos trazendo dificuldade de se impor no mundo, gerando dependência, angustia, fazendo uso de uma “máscara social”, pois à necessidade de simpatia e de agradar, consequentemente um bom ajustamento social, exigindo um grande esforço para controlar impulsos instintivos e corporais. Segundo a psicanálise o indivíduo com essa fragilidade emocional, se preocupa em evitar situações de perigo, de ser tomado, devorado, sufocado, debatendo com questões de nível oral. O indivíduo não chama a atenção por ser agressivo, as pessoas mais próximas que convive com ele, o descreve normalmente como um indivíduo gentil e calmo. Indivíduos altamente funcionais com a dinâmica dessa fragilidade emocional, em relação a afetividade, traz a falta de defesas comuns. Eles têm a tendencia de se conectarem com muitas reações emocionais em um nível que é capaz de gerar admiração nas pessoas próximas. Uma das suas capacidades adaptativas é a criatividade. Para Winnicott (1965) um relacionamento aparentemente oposto que pode encorajar uma criança ao isolamento é a parentalidade muito incisiva, super investida e super envolvida. Um contexto comum no caso da fragilidade emocional mencionada, envolve uma mãe transgressora de limites e sedutora, e um pai crítico e impaciente. Dessa forma é possível concluir que através do relatório, mesmo não sendo complementar para uma avaliação psicológica, por se tratar de um trabalho acadêmico, o analisando nº15 tende a passar para o outro uma imagem de força e superação, que tudo está bem, uma forma de não transparecer, ou lidar com suas questões e tensões internas, as quais muitas vezes tende a demonstrar sintomas ansiosos, insegurança e dependência, dificultando o contato e de se impor no mundo, sendo necessário o acompanhamento psicoterapêutico, para que as “cicatrizes”, possam ser elaboradas, podendo auxiliar o analisando nº15 amenizar os sintomas já mencionados no relatório.
As poderosas ferramentas de gestão da emoção para relacionamentos saudáveis: Manual de psicologia aplicada para casais, pais e filhos, empresários e colaboradores